Sintaxe

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PORTUGUÊS

Douglas é um gênio sem diploma. (sujeito simples, há


1. SINTAXE apenas um núcleo, um substantivo).

→ é a parte da gramática que trata da ordem, da relação Mudaram as estações. (sujeito simples, há apenas um
e da função das palavras na frase. núcleo “estações”)
→ o sujeito está invertido, isto é, posposto (após) o
Tem duas grandes áreas de atuação: verbo.

1º Período simples → com os termos da oração (sujeito, Silvério e Everton são muquiranas generosos. (sujeito
predicado, complemento verbal e nominal, etc.). composto, há mais de um núcleo, há dois
substantivos).
→ formado por 1 verbo ou perífrase verbal (locução
verbal) Morreu / Morreram, na tarde de ontem, o homem julgado
pela PF e o seu acompanhante no crime cometido.
Exemplos: (sujeito composto)
João fez a tarefa / João tinha feito a tarefa.
Lembrar → da dupla concordância nos casos dos
Termos da Oração sujeitos posposto ao verbo.
Essenciais Integrantes Acessórios
Sujeito C. Verbal (OD e OI) Adj. Adnominal Dois cães ferozes brigaram na padaria. (sujeito simples,
Predicado C. Nominal Adj. Adverbial há apenas um núcleo, o substantivo ‘cães’)
Agente da passiva Aposto → O substantivo tem dois determinantes: o numeral
Vocativo “dois” e o adjetivo “ferozes”)

2º Período composto → com as orações substantivas, Duas de suas amigas foram aprovadas. (sujeito simples,
adverbiais, coordenadas. há apenas um núcleo, o numeral “duas”, que recebeu o
determinante “de suas amigas”, locução adjetiva)
FUNÇÕES SINTÁTICAS
Estudar diariamente demanda dedicação. (sujeito
simples, tem apenas um núcleo, o verbo “estudar”, esse
é o famoso sujeito oracional)

REGRA: Verbo se flexiona para concordar em número e


pessoa com o núcleo do sujeito

→ “estrutura base” de uma oração (frase com verbo); Observação: Retirando núcleo, o restante da sentença é
→ é normal que essa ordem seja invertida e inserida o predicado.
outras estruturas,
Predicado → soma de todos os termos da oração,
Sugestão: Colocar na ordem direta e procurar o sujeito de exceto sujeito e vocativo. Sempre apresenta um verbo.
cada verbo.
Análise sintática de um período:
→ Vereamos as principais funções sintáticas que os
termos de uma oração podem assumir. Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira,
segundo melhor juízo do operador do direito, suspeita de
Sugestões para fazer a análise sintática: inconstitucionalidade superveniente supostamente — se
tudo der certo — serão votadas hoje.
1º encontrar o verbo → ele indicará o sujeito;
2º perguntar quem ou o quê ao verbo; 1º Localize o verbo: ele indicará o número e pessoa do
3º encontrar: sujeito + predicado + complementos sujeito e também sua identidade: o que será votado? As
leis.
1.1 SUJEITO E PREDICADO
2º Identifique a pessoa (1ª, eu, nós; 2ª, tu, vós; 3ª, ele
Sujeito → é a entidade sobre que se declara algo na (a), eles(a)) e o número do verbo (singular/plural).
oração. (mais cobrado).
3) Localize o sujeito (geralmente, o “quem” do verbo e
→ tem um núcleo, que pode ser um substantivo ou que com ele concorda em pessoa e número).
termo de valor substantivo (pronomes, numerais,
verbo no infinitivo). Tirando a “gordura” e localizando o núcleo do sujeito,
teremos: leis serão votadas.
→ Esse núcleo recebe termos determinantes (artigos,
numerais, pronomes, adjetivos, locuções adjetivas, etc.).

Exemplos: O sujeito (sublinhado) e núcleo (negrito).


1
Exemplo:
Eu mandei o menino sair.
1.1.1 SUJEITO DETERMINADO
→ Eu mandei o quê? “Mandar” pede um complemento.
→ é aquele que está identificado. → O complemento (Objeto direto) de “mandei” é a oração:
“o menino sair”, que está numa forma de oração
Exemplos: reduzida de infinitivo.
Equivalente à forma desenvolvida:
Ela fuma. (sujeito simples, um núcleo).
→ “mandei que o menino saísse”.
João e Maria fumam (sujeito composto; + 1 núcleo). → Dentro dessa oração, quem sai? É o menino; então: “o
menino” é sujeito de “sair”.
O sujeito como uma oração (frase com verbo):
Exemplo:
Sujeito como oração desenvolvida, com conjunção Mandei-o sair.
“que”:
→ Não é surpresa que ele tenha passado. → “o” é o sujeito de “sair”.
→ se a oração fosse desenvolvida, “o menino” seria
Oração reduzida, teríamos: sujeito.
→ Não é surpresa ele ter passado. → Como o pronome o substitui, também tem a mesma
função sintática.
Sujeito oracional do verbo “ser” (“é”):
→ Exportar mais é preciso. Atenção: Não podemos trocar o pronome “o” por outro:
Mandei-o sair (correto)
Atenção: “exportar mais” é uma oração reduzida de Mandei-lhe sair (errado)
infinitivo. Equivalente à forma desenvolvida: Mandei ele sair (errado)

“É preciso que se exporte mais” → [que se exporte Para efeito de prova, GRAVE:
mais] é preciso.
→ O núcleo do sujeito é o verbo no infinitivo “Exportar”. Pronome oblíquo pode ser sujeito com os verbos:
→ Deixar, Fazer, Mandar, Ver, Ouvir e Sentir.
Atenção: Sujeito é oracional, o verbo fica no singular:
[ISTO] é preciso. Exemplos:
Deixe-me estudar
Importante: Então, temos dois verbos e duas orações. O Não se deixe aborrecer
sujeito de “é” tem forma oracional e o sujeito de Ela o fez desistir
“exportar” é indeterminado, pois não sabemos “quem Mandei a ir embora.
exporta”.
Atenção: Como temos duas orações e, em uma delas, o
sujeito é o pronome, as formas: DEIXE ABORRECER,
Sujeito passivo → aquele que “sofre” a ação. FEZ DESISTIR, MANDEI IR, etc.:
→ Não são locuções verbais, mas duas orações em
Exemplos: um período composto.
[João] foi raptado por estudantes barbudos. (“João” é
sujeito, sofre a ação de ser raptado.) 1.1.2 SUJEITO OCULTO / ELÍPTICO / DESINENCIAL:

Admite-se [que o Estado não pode ajudar.] Sujeito oculto → é determinado, pois podemos identificá-
[que o Estado não pode ajudar] admite-se/é admitido lo pelo contexto ou pela terminação do verbo
[ISTO] admite-se/é admitido (desinência).

→ Nessa oração, temos voz passiva sintética (VTD+SE), Corresponde a uma pessoa (pronome):
então o sujeito é oracional é paciente. Singular: 1ª, 2ª e 3ª
Plural: 1ª e 2ª
Atenção: Pronome Oblíquo como Sujeito? SIM.
Quando substitui o sujeito. Exemplos: Encontramos mamãe.
→ sujeito oculto / elíptico / desinencial (- mos > nós)]
REGRA: P.O. têm função de complemento.
É preciso ter cuidado com as plantas. Sem dedicação,
Exceção: o Pronome Oblíquo Átono (o, a, os, as) pode não crescem. [Identificação pelo contexto]
desempenhar função sintática de sujeito, quando:
→ Na oração em que ocorre o verbo “crescem”: não há
→ tais pronomes ocorrem dentro de um objeto direto um sujeito expresso.
oracional dos verbos causativos (deixar, mandar, fazer) → Mas sabemos que o sujeito é “plantas”: “sem
e sensitivos (ver, ouvir, sentir). dedicação, “as plantas” não crescem”.

2
Consultei meus advogados. Disseram que sou culpado.
Exemplos:
→ a oração “disseram que sou culpado” não traz um
sujeito expresso. Ela recebeu uma herança: trata-se de duas moedas.
→ Mas sabemos que o sujeito é “meus advogados”,
pelo contexto. Não foi por amor que ela veio. Trata-se de interesse.
1.1.3 SUJEITO INDETERMINADO Não se trata de quem é mais inteligente. Trata-se de
quem persiste mais.
→ é aquele que não se pode identificar no período.
→ pode ocorrer pelo uso de um verbo na 3ª pessoa do Observação:
plural, com omissão do agente que pratica a ação → o sujeito não deve ter preposição (“de”, por exemplo)
verbal; no seu início.

Exemplos: Assim, a expressão que vem após “tratar-se de” jamais


poderá ser um sujeito.
Hoje me contaram que você joga futebol muito mal.
(quem contou? Contou o quê?) → a preposição “de” é, nesse caso, exigida pelo
próprio verbo “tratar” (VTI).
Dizem que ela teve um caso com o chefe. (quem diz? diz → Se o termo não é o sujeito, então não vai fazer o verbo
o quê) se flexionar.
→ Então, o verbo fica na terceira pessoa do singular.
Roubaram nosso carro! (quem roubou? roubou o quê?)
Atenção: Voz passiva pronominal
a) Indeterminação do sujeito pelo uso da PIS:
VTD + SE → indicar voz passiva pronominal.
VTI
VI + SE (PIS) → verbo vai se flexionar para concordar com o sujeito
VL (paciente):

Exemplos: VTI + SE Vendem-se casas > Casas são vendidas. (sujeito plural,
verbo no plural).
Desconfia-se de que ela seja violenta.
→ VTI + SE (Quem desconfia? Não se sabe...) Indeterminação do
Voz Passiva Sintética
Sujeito pelo PIS (SE)
Precisa-se de médicos. VTI + SE VTD + SE
→ VTI + SE (Quem precisa? Não se sabe também.) VI + SE
VL + SE
Observação: Pode expressar um sujeito universal, algo
que todos fazem, mas sem individualizar um agente em
específico. b) Indeterminação do sujeito pelo uso de verbo no
infinitivo impessoal:
Exemplos: VI + SE
→ Como o verbo não concorda com nenhuma pessoa,
Respira-se melhor no campo. não é revelado quem pratica.
VI + SE (Em geral, todos respiram melhor no campo.)
Praticar esportes regularmente é muito importante.
Vive-se bem em Campinas. → O agente é genérico, indefinido;
VI + SE (Quem Vive? Não está determinado.) → Não determina quem vai “praticar esportes”;

Atenção:
Exemplos: VL + SE → O sujeito de “praticar” é: indeterminado; (não se
sabe)
Vive-se alegre na infância.
→ O sujeito do verbo “ser”: oração sublinhada. O que é
Sempre se fica nervoso durante um assalto. muito importante? Praticar esportes regularmente.

Verbo de Ligação + SE (Em geral, todos ficam nervosos Exemplo: Instruções: lavar as mãos com álcool...
durante um assalto, temos um sujeito indeterminado, um → (quem lava? Agente genérico)
agente universal, genérico, não específico).
Observação: Se o verbo no infinitivo vir flexionado
Atenção: “DESPENCA”: TRATAR-SE DE (VTI + SE). (infinitivo pessoal), então está fazendo concordância
com um sujeito visível na sentença. Nesse caso, não há
Com sentido de assunto / referência ou como uma sujeito indeterminado.
espécie de substituto do verbo “ser”, é sempre
invariável, indica sujeito indeterminado. É necessário passarmos por aquele caminho.
3
Faz 2 anos que não vou à praia.
→ Flexão do infinitivo: o sujeito “nós”; então, temos Faz frio em Corumbá.
determinação do agente. Há tempos são os jovens que adoecem.
Está quente aqui.
Parecia cedo demais.
São 7 horas da manhã, acorde!

1.1.4 SUJEITO X REFERENTE Observação: O caso mais cobrado de oração sem


sujeito é o uso do verbo “haver” impessoal (com sentido
Sujeito → Função sintática relacionado ao papel que um de “existir”, “ocorrer” ou “tempo decorrido”)
termo (substantivo, pronome, etc.) desempenha na
oração. Exemplos:
“Há pessoas ruins no mundo”. (existe)
Referente → está relacionado à ideia e ao contexto da Verbo Impessoal + Objeto Direto.
frase. Na maior parte dos casos, o sujeito e o referente
são iguais. Mas é possível o verbo ter um “sujeito” “Houve acidentes graves na avenida”. (ocorre)
diferente do seu “referente”. Verbo Impessoal + Objeto Direto

Exemplos: “Há dois anos não fumo”. (haver – tempo)


Os meninos jogam futebol. Jogam futebol todas os dias. Verbo Impessoal + Objeto Direto

1ª oração: “Existem pessoas ruins no mundo”


→ “os meninos” é o sujeito e “jogar” é o referente, pois Verbo Pessoal + Sujeito
são os meninos que jogam.
→ “pessoas ruins no mundo” é apenas “objeto direto”
2ª oração: de “haver” (verbo impessoal), por isso não há flexão.
→ Sintaticamente, o sujeito está oculto, omitido, elíptico;
→ “os meninos” é ainda o referente (mundo das ideias) → objeto direto não faz o verbo se flexionar (ir ao
de “jogar”. plural), isso é papel do sujeito.

[Os meninos] jogam futebol. (Eles = Os meninos) Jogam → na oração “existem pessoas ruins no mundo”, o
futebol todas os dias. termo “pessoas ruins no mundo” é sujeito do verbo
“existir” (verbo pessoal, com sujeito), por isso há flexão.
Exemplo:
Vi os meninos que jogam futebol. Importante:
→ o verbo haver impessoal (ou outro impessoal que o
Na oração sublinhada: substitua) vem sempre no singular e “contamina” os
→ “os meninos” continuam sendo o referente, pois, verbos auxiliares que formam locução com ele.
semanticamente, são os meninos que jogam.
Exemplos:
→ O sujeito sintático é o pronome “que”. Nesse caso, Há mil pessoas aqui.
referente e sujeito não coincidem. Deve haver mil pessoas aqui.
Deve fazer 3 anos que não fumo.
Exemplo: Deve ir para 2 meses que não fumo.
Uma dezena de médicos avaliou o candidato.
→ na locução, o verbo auxiliar também fica em forma de
→ O verbo “avaliou” concorda no singular com o núcleo singular!
do sujeito “dezena”;
→ Semanticamente, o referente da ação é “médicos”, → se for verbo pessoal, como “existir”, o verbo auxiliar
pois são os médicos que de fato avaliam. se flexiona normalmente:

1.1.5 ORAÇÃO SEM SUJEITO (INEXISTENTE) Exemplo:


Existem mil pessoas aqui.
As principais formas da oração sem sujeito: Devem existir mil pessoas aqui.

→ Fenômenos da natureza: Observação:

Exemplo: São orações sem sujeito:


Choveu ontem. → “basta/chega de brigas!”,
Anoiteceu. → “era uma vez uma linda princesa” e
→ “dói muito nas minhas costas, Doutor”.
Verbos impessoais (ser; estar; fazer; haver; parecer)
com sentido de fenômenos naturais, tempo ou estado. 1.2 OBJETO DIRETO (OD):

Exemplos:
4
Verbos intransitivos → não pedem complemento, pois
tem sentido completo. Que você era capaz, eu já o sabia.

Exemplos: 1.2.4 Objeto Direto Interno, Intrínseco, Cognato


Joana corre todos os dias.
O tempo passa. → Compartilham o mesmo “campo semântico” do verbo.
O povo não vive, sobrevive.
→ O núcleo do objeto vem acompanhado de um
Verbos transitivos → exigem um complemento. determinante.
Exemplos:
Verbo transitivo direto → complemento é direto, sem
preposição. (Vendi carros). Eu sempre vivi uma vida de grandes desafios.

Verbo transitivo indireto → complemento indireto, pede Vamos lutar a boa luta e sangrar o sangue guerreiro.
preposição (Gosto de carros).
Depois da prova, dormi um sono tranquilo.
Verbos bitransitivos → 2 (dois) complementos (direto
e indireto) Choveu aquela chuvinha leve, uma delícia para estudar.

Exemplo: os estudantes deram [a prova] ao analisar. Observação: em outros contextos, “dormir”, “viver”,
“sangrar” e “chover” são verbos intransitivos, não pedem
Estudantes – Sujeito simples nenhum objeto.
Deram – Verbo de Ação; Verbo transitivo direto;
A prova – Objeto Direto 1.3 OBJETO INDIRETO
Ao analisar – Objeto Indireto
→ é o complemento verbal dos verbos transitivos
1.2.1 Objeto Direto indiretos, por via de uma preposição.

→ é o complemento verbal dos verbos transitivos diretos, Exemplos:


sem preposição.
Não dependa de ninguém para estudar. (Quem depende,
Exemplos: depende DE algo/alguém).

Comprei bombons na promoção. (Comprou o quê? Aludi ao episódio do acidente. (Quem alude, alude A
Comprou bombons) algo/alguém).

Pedi ajuda logo no início. (Pediu o quê? Pediu ajuda.) Concordo com você. (Quem concorda COM
algo/alguém).
O menino realizou as tarefas de casa.

1.3.1 Objeto Indireto como Oração (oração


1.2.2 Objeto Direto como oração subordinada substantiva objetiva indireta).

Exemplos: Exemplos:

Pedi que me ajudassem logo no início. Nenhum gato gosta de que puxem seu rabo. (oração
desenvolvida)
(Pediu o quê? Pediu algo. Pediu que o ajudassem. Pediu
[ISTO]) Não gosto de dormir tarde. (oração reduzida)

→ o objeto direto será uma oração subordinada 1.3.2 Objeto Indireto Pleonástico
substantiva objetiva direta, OU,
→ em termos mais simples, um objeto direto oracional. → Os “pronomes” exercem função de objeto indireto
pleonástico, pois apenas repetem o objeto indireto que
1.2.3 Objeto Direto Pleonástico já estava na sentença.

→ é representado por um pronome que retoma um Exemplos:


objeto direto já existente na oração, com finalidade de
ênfase. Às violetas, não lhes poupei água.

Exemplo: Aos meus amigos, dou-lhes tudo que posso.

Esta moto, comprei-a na promoção.


1.4 OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO
Aqueles problemas, já os resolvi.
5
→ o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no "Como fosse acanhado, não interrogou a ninguém."
complemento direto por motivo de clareza, eufonia ou
ênfase.  Quando o Objeto Direto for um nome próprio.

Principais casos: Busquei a José no aeroporto.

 Quando o objeto direto for um pronome oblíquo  Quando o objeto direto for a palavra “ambos”
tônico ou “quem”.
Contratei a ambos para minha empresa. (“contratar” é
Vendemos a nós mesmos. VTD)
→ “vender” é VTD,
→ complemento “nós” é um pronome oblíquo tônico;  Quando houver reforço ou exaltação de um
→ a preposição “a”, é obrigatória sentimento (normalmente com nomes próprios ou
por eufonia):
“Nem ele entende a nós, nem nós a ele” (“entender” é
VTD) Ele ama a Deus e não teme a Maomé.

Encontrou o funcionário a quem tinha demitido. Judas traiu a Cristo.


→ “demitir” é VTD
→ o complemento “quem” pede essa preposição “a”. Fizeram sorrir, sem dificuldade, a Tamires.

 Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o


 Quando o objeto direto for verbo no infinitivo, com objeto direto para dar-lhe realce:
os verbos “ensinar” e “aprender”.
A você é que não enganam!
Meu irmão tentou me ensinar a surfar, mas nem aprendi a
nadar.  Em construções paralelas com pronomes oblíquos
(átonos ou tônicos) do tipo:
→ “Surfar” é objeto direto de “ensinar”;
→ “nadar” é o objeto direto do verbo “aprendi” “Mas engana-se contando com os falsos que nos cercam.
→ por estar no infinitivo, a preposição “a” também é Conheço-os, e aos leais”.
obrigatória).

 Quando houver dupla possibilidade de referente, ou


seja, ambiguidade:

A onça ao caçador surpreendeu. / À onça o caçador


surpreendeu.

(se retirarmos a preposição, teríamos “a onça o caçador


surpreendeu” e você poderia se perguntar quem
surpreendeu quem, já que haveria ambiguidade na frase.)

Considero Ricardo como a um pai. (como “considero um Objeto Indireto Complemento Nominal
pai”)
Complementa
Sem a preposição, a leitura seria: Considero Ricardo como Complementa Verbo
Substantivo Abstrato
um pai (como um pai “considera” — “pai” é sujeito).
Tem Preposição Complementa Adjetivo
 Quando o objeto indicar reciprocidade:
Complementa Advérbio
Ex.: O menino e a menina ofenderam-se uns aos outros.
Tem preposição
Nos casos abaixo, a preposição acompanhando o
objeto direto geralmente aparece por ênfase ou
tradição.
COMPLEMENTO NOMINAL
 Com alguns pronomes indefinidos, sobretudo
referentes a pessoas:
→ É complemento de um nome que possua
transitividade (substantivo, adjetivo ou advérbio), com
“Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias
preposição.
a outros?”
“A quantos a vida ilude!”
→ Parece um objeto indireto, mas não completa o
"A estupefação imobilizou a todos."
sentido de um verbo, mas sim de um nome.
"A tudo e a todos eu culpo."
6
→ O complemento nominal se liga a substantivos
→ Ideia de passividade. abstratos, adjetivos e advérbios.

Exemplos: → O adjunto adnominal só se liga a substantivos


concreto e abstratos.
Não tenha dependência de ninguém para estudar.
→ Se for substantivo abstrato e a preposição for
→ Dependência é um substantivo com transitividade. qualquer uma que não seja “de”, normalmente será
Quem tem dependência, tem dependência de Complemento Nominal.
algo/alguém).
Se a preposição for “de”, teremos que analisar os outros
João era dependente de café. aspectos.

→ Dependente é um adjetivo e pede um complemento, → O complemento nominal é necessariamente


preposicionado. Dependente de quê? DE café) preposicionado.

O juiz decidiu favoravelmente ao autor. → O adjunto adnominal pode ser ou não


preposicionado.
→ Favoravelmente é um advérbio. O Juiz decide → Se não tiver preposição, será Adjunto adnominal.
favoravelmente a quem/quê? AO autor)
Semelhanças:
→ O complemento nominal (CN) também pode ter
forma de uma oração: Substantivo abstrato + termo preposicionado (“de”).

O cão sentia falta de que brincassem com ele. → É preciso ver alguns critérios de distinção.

O cão sentia falta de brincar. Será adjunto Adnominal:

→ Aqui, a oração está reduzida de infinitivo. → O termo preposicionado tem sentido agente;

João tinha consciência de que precisava passar. → O termo preposicionado pode ser substituído por
uma palavra única, um adjetivo equivalente.
João tinha consciência de precisar passar.
Será Complemento Nominal:
→ Aqui, a oração está reduzida de infinitivo.
→ O termo preposicionado tem sentido paciente, de
alvo;
ADJUNTO ADNOMINAL
→ O termo preposicionado pode ser visto como um
→ Termo que acompanha substantivos concretos e complemento verbal se aquele nome for transformado
abstratos para atribuir-lhes características, qualidade ou numa ação: Complemento Nominal. Isso ocorre porque o
estado. complemento nominal é “como se fosse” o objeto indireto
→ Têm função adjetiva, ou seja, modificam termo de um nome.
substantivo.
Exemplos:

Os adjuntos adnominais, atribuem ao nome “carros” Adjunto Adnominal:


características como quantidade, qualidade, posse. “As” e “duas” → se ligam a substantivo concreto e não
são preposicionados;
→ Não foram exigidos pelo nome “carros”, mas sim
acrescentados. “de branco” → é termo preposicionado, mas se liga a
substantivo concreto, então não pode ser CN.
Exemplos:
Complemento Nominal
O pobre do rapaz atropelou o azarado do gato. “Medo” → é substantivo abstrato, indica sentimento. A
relação é paciente, pois “mim” não é quem está com
Ouro em pó/em barras. medo, mas o objeto do medo. Logo, é um complemento
nominal.
Barco a vela/a vapor/a gasolina.

ADJUNTO ADNOMINAL X COMPLEMENTO NOMINAL

7
Complemento Nominal
“de remédios” → se liga a substantivo abstrato (“abuso”
– derivado de ação) e tem sentido passivo.

“à saúde” → é termo preposicionado ligado a adjetivo


(“prejudicial”).

→ Se o termo é ligado a adjetivo ou advérbio, não há


dúvida, é CN.

→ O sentido é passivo, pois “a saúde é prejudicada”.

Adjunto Adnominal

“da mulher” → se liga ao substantivo abstrato “saúde”.


→ A mulher é agente, tem a saúde e há claro sentido de
posse.
→ É possível substituir a locução “da mulher” pelo
adjetivo “feminina”, sem prejuízos.

Observação: A principal distinção deve sempre ser: PREDICATIVO DO SUJEITO


“sentido passivo” (CN) X sentido ativo/posse (AA).
→ É a qualificação/estado/caracterização que se atribui
ao sujeito, normalmente por via de um verbo de ligação:
ser; estar; permanecer; ficar; continuar; tornar-se; andar;
virar; continuar.
“da família” → se liga ao substantivo concreto
“pessoas”, então só pode ser adjunto adnominal; Exemplos:
“ao trabalho” → é termo preposicionado ligado ao Ela continuava pomposa, mesmo na miséria.
adjetivo “favoráveis”. (Predicativo na forma de adjetivo)
→ Termo ligado a adjetivo ou advérbio, só pode ser Mesmo celebridades ficam nervosas diante da mídia.
Complemento Nominal. (Predicativo na forma de adjetivo)
Observação: se transformarmos “favorável” em verbo, O violão é de madeira rara. (Predicativo com
teremos um complemento verbal: “favorecer o trabalho”. preposição, locução adjetiva)
Isso também é pista para o sentido do complemento
nominal. Todos estão sem paciência. (Predicativo com
preposição, locução adjetiva)
→ “dos filhos” é termo preposicionado ligado a
substantivo abstrato, trabalho (ação). Pode ser CN ou Você é dos meus. (Predicativo com preposição,
Adjunto Adnominal. locução adjetiva)
→ Tiramos a dúvida pelo teste do agente/paciente: os O mundo é um moinho. (Predicativo na forma de
filhos trabalham, têm o trabalho, são agentes. Além substantivo)
disso, há sentido de posse. Trata-se, portanto, de
adjunto adnominal. O governo virou o maior inimigo do povo. (Predicativo
na forma de substantivo)
Observação: Se for caso de substantivo abstrato ligado
a termo preposicionado (“de”), aí tente ver se é possível Lá em casa, somos quatro. (Predicativo na forma de
substituir perfeitamente por um adjetivo. numeral)
→ Último critério: ver se o sentido do termo É necessário que estudemos mais. (Predicativo de um
preposicionado é agente ou paciente. sujeito oracional)

O problema foi considerado como insolúvel. (Predicativo


com preposição acidental)

João não é mau, mas Maria o é. (Predicativo na forma de


pronome demonstrativo)

Atenção: Se um desses verbos aparecer com uma


circunstância adverbial, e não uma qualidade do

8
sujeito, este vai ser um verbo intransitivo, não verbo de
ligação. Exemplos:

Exemplos: Eu vi a menina muito irritada com sua eliminação.

O homem permaneceu no bar todo o tempo. → Predicativo do objeto: o sujeito atribuiu o estado de
“no bar” → é circunstância de lugar; “irritação” à menina, uma característica vista como
“todo o tempo” → é circunstância de tempo. transitória, é uma “opinião do sujeito sobre o objeto”)
“Permaneceu” → é verbo intransitivo, não é verbo de
ligação. A menina irritada da sala implica com todos.

A professora saiu atrasada. → Adjunto adnominal: ela é irritada por sempre, a


“sair” → é verbo intransitivo, e, mesmo assim, o característica é inerente, definitiva; não é atribuída a ela
“atrasada” é predicativo do sujeito. por um sujeito).

→ Não é só verbo de ligação que acompanha


predicativo do sujeito!

→ Quando ocorre ao lado de um verbo de “ação”, o


predicativo do sujeito indica o “estado/caracterização”
do sujeito no momento da prática daquela ação. Para diferençar: Predicativo do Objeto X Adjunto
PREDICATIVO DO OBJETO Adnominal:

→ Qualificação/estado que se atribui ao objeto, por via de → Substituir o objeto direto por um pronome (o, a, os, as);
alguns verbos que pedem um objeto + predicativo. e
→ Verificar se o termo permanece junto (adjunto) ou se
separa do substantivo (predicativo).

Isso também pode ser testado na conversão para a voz


passiva. Veja:
Exemplos:
Julguei as perguntas complexas.
O povo elegeu-o senador. Julguei-as complexas.
As perguntas foram julgadas complexas.
Achei o filme bacana.
O adjetivo permanece separado, então é predicativo
A bebida torna o homem verdadeiro. (termo independente).

Ele fez o método mais rápido.


Exemplo hipotético em que teríamos um adjunto:
Eu vi a menina muito irritada com sua eliminação.
Resolveram as perguntas complexas.
Nomearam meu primo Procurador da República.
Resolveram-nas.
→ O objeto indireto também pode ter predicativo.
As perguntas complexas foram resolvidas
Exemplos:
Chamei ao político de ladrão. O adjetivo desapareceu junto com o substantivo na
Não gosto de você maquiada. pronominalização, então é adjunto.
Sonhei com você, fantasiado de mulher.
Bechara traz alguns exemplos menos “intuitivos” de → o adjetivo permaneceu sempre “junto ao nome”, o
predicativo do objeto. que confirma sua função sintática de “adjunto adnominal”.
Exemplos:
Tinham o réu como/por inocente. PREDICATIVO DO SUJEITO X ADJUNTO ADNOMINAL
Dou-me por satisfeito.
Quero João para padrinho. → o Predicativo do sujeito pode aparecer distante do
Vi-a forte, mesmo na doença. sujeito, separado por pontuação.
→ O adjunto adnominal deve ficar “junto ao nome”.
PREDICATIVO DO OBJETO X ADJUNTO ADNOMINAL
[O menino] chegou desanimado e foi dormir.
Predicativo → é característica atribuída ao ser, → Predicativo do sujeito, “chegou e estava
transitória, não é permanente/inerente. desanimado”.)

Adjunto adnominal - é uma característica própria do [O menino], desanimado, chegou e foi dormir
ser (inerente e definitiva).
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Desanimado, [o menino] chegou e foi dormir.
→ Predicativo do sujeito, “chegou e estava Predicado verbo-nominal → é uma mistura dos dois
desanimado”. acima: tem verbo de ação e tem também predicativo.
→ A pontuação e o deslocamento também indicam que
não é adjunto. Verbo (não de ligação) + Predicativo (do sujeito ou do
objeto).
[O menino desanimado] chegou e foi dormir.
→ Adjunto adnominal, característica inerente “ele é 1) Verbo de ação intransitivo + Predicativo do sujeito
desanimado e chegou”, não é uma característica
limitada ao momento de “chegar’. João saiu triste.
→ O adjunto adnominal acompanha o sujeito. João sorriu desconfiado.
→ Se substituirmos por um pronome, o adjunto “some” João, cansado, desistiu.
com o sujeito;
→ Teremos: Ele chegou. Observação: Aqui, temos não só a ação, mas também um
estado/característica atribuído ao sujeito no momento da
O Predicativo não acompanha o sujeito; ação.
→ Se o substituirmos por um pronome, teremos: Ele
chegou desanimado. → Só o predicado verbal não tem predicativo.
→ Predicativo pode acompanhar também verbos que
não sejam de ligação.

TIPOS DE PREDICADO 2) Verbo de ação transitivo + Predicativo do objeto

Os termos “essenciais” → sujeito e predicado. João achou a menina melancólica.


→ Tudo que não for o sujeito será o PREDICADO. João julgou o réu culpado.
→ O Predicado pode ser: verbal, nominal ou verbo- O povo elegeu o réu presidente.
nominal. Os pais tornaram os meninos atletas.
Douglas gosta da mãe animada.
Predicado verbal → tem como núcleo um verbo O professor precisa da turma motivada.
nocional (transitivo ou intransitivo).
VOCATIVO
Verbo nocional → indica ação/movimento: correr, falar,
pular, beber, sair, morrer, pedir. → é um chamamento, é termo externo, pois se remete ao
ouvinte ou leitor.
Exemplos: → É isolado na oração, sempre marcado por vírgulas ou
João comprou um rifle. (predicado verbal, verbo de ação pausas equivalentes.
“comprar”, transitivo direto) → Não é considerado um termo interno “da oração”,
pois se refere ao interlocutor.
João gosta de música celta. (predicado verbal, verbo de
ação “gostar”, transitivo indireto) Exemplos:

João correu. (predicado verbal “correr”, verbo de ação, Paulo, preciso de ajuda aqui!
intransitivo)
Mãe, passei para Auditor.
→ João é o sujeito e o restante da sentença é o predicado
verbal. Pela ordem, Meritíssimo, a prova não consta dos autos.

Predicado nominal → tem como núcleo um predicativo APOSTO


do sujeito.
→ é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece,
Predicativo do sujeito → atribui característica, qualidade, desenvolve ou resume outro termo da oração,
estado, condição ao sujeito. normalmente com uma relação de “equivalência”
semântica.
→ SEMPRE ligado ao sujeito por um verbo de ligação
(verbos de estado: ser, estar, ficar, permanecer, Aposto explicativo → quando amplia, detalha,
parecer, continuar, andar). enumera, resume um termo anterior;

Verbo de Ligação + Predicativo do Sujeito → vem na forma de expressões intercaladas (vírgulas,


parênteses ou travessões).
João parece melancólico.
João tornou-se rancoroso. Aposto especificativo → quando especifica o referente
João está empolgado. dentro de um universo.
João anda animadíssimo.
João é servidor público.
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Cuidado: a aposto ≠ adjetivo (AA), pois não traz uma Ele cometeu crime de latrocínio.
qualidade. A cidade do Rio de Janeiro sofreu com a especulação
imobiliária.
→ O aposto traz “outra forma” de se referir ao termo.
ADJUNTO ADNOMINAL X APOSTO ESPECIFICATIVO
→ O aposto não tem valor adjetivo.
“da Pipa” não é um adjunto adnominal, porque não há
Jorge, o malandro, ainda é jovem. (substantivo>aposto) valor adjetivo nem de posse.
Poderíamos dizer: O malandro ainda é jovem.
→ O aposto especificativo “nomeia”. Pipa é o nome da
Agora, compare o exemplo anterior com o a seguir: praia.
Ex: Jorge, malandro, ainda é jovem. (adjetivo > → A preposição poderia ser até retirada: A praia Pipa.
predicativo do sujeito)
Veja uma lógica diferente:
→ O aposto pode substituir o termo a que se refere,
assumindo sua função sintática. Exemplo: O clima do Rio de Janeiro
Exemplo: quando se refere ao sujeito, pode virar o sujeito; → É adjunto adnominal, pois não há identidade
quando se refere ao objeto direto, pode virar objeto direto. semântica entre “Clima” e “Rio de Janeiro”, o Rio não é um
clima. Porém, há sentido de posse, o Rio tem o seu
Maria, a babá, virou empresária. clima.

→ “a babá” é aposto explicativo que vem entre vírgulas → Crime = Latrocínio, o “latrocínio” é o próprio “crime”.
e pode substituir o sujeito Maria: A babá virou → O “artilheiro” é o próprio “Messi”,
empresária. É um aposto do sujeito. → “Rio de Janeiro” é própria “cidade”, assim por diante,
ok?
Gosto de vários animais - cães, gatos, pássaros.

“cães, gatos, pássaros” é aposto explicativo que vem ADJUNTO ADVERBIAL


separado e pode substituir o objeto indireto “de vários
animais”. É um aposto de objeto indireto. → Refere-se ao verbo para trazer uma ideia de
circunstância, como tempo, modo, causa, meio, lugar,
Observação: Maria = Babá; Animais = Cães, gatos, instrumento, motivo, oposição.
pássaros... → Especifica a forma como aquele verbo é praticado.

Exemplos: Ele morreu por amor. (adjunto adverbial de motivo)

O pior desafio, o da mudança, acaba sendo vencido. Ontem. (adjunto adverbial de tempo)

Anderson Silva, ex-campeão peso-médio, tem 41 anos. de fome. (adjunto adverbial de causa)

Roupas, móveis e eletrodomésticos, tudo foi destruído assim. (adjunto adverbial de modo)
pelo tornado.
aqui. (adjunto adverbial de lugar)
Tenho dois desejos, trabalhar e ser reconhecido.
só. (adjunto adverbial de modo)
Chegaram apenas dois alunos: Mário e Ricardo.
→ Refere-se também a um adjetivo, um advérbio e até a
Machado de Assis, como romancista, nunca foi superado. uma oração inteira.

Ninguém quer estudar, fato que impede a aprovação. Exemplo: Ela é muito bonita.
→ “muito” é um advérbio usado para “intensificar” o
Ninguém quer estudar, o que impede a aprovação. adjetivo “bonita”;
→ sua função é de adjunto adverbial
→ Nos últimos dois casos, o pronome demonstrativo “O” e
a palavra “fato” se referem a toda oração anterior... Exemplo: Ela será aprovada muito provavelmente.
→ “muito” é um advérbio usado para “intensificar” o
Observação: O aposto “especificativo” não vem advérbio “provavelmente”;
separado por pontuação e individualiza o seu → sua função é de adjunto adverbial
referente.
Exemplo: Infelizmente, o governo não vai resolver seus
Configura-se em um nome próprio especificando um problemas.
substantivo comum: → “infelizmente” é um advérbio que se refere à oração
como um todo.
O artilheiro Messi é o melhor da história. → expressa uma forma de “julgamento/opinião” sobre seu
A praia da Pipa é linda. conteúdo.
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→ sua função é de adjunto adverbial.

Adjunto adverbial → também pode aparecer na forma de


uma oração adverbial, com circunstância de condição,
causa, tempo, condição, finalidade, etc...

Se eu pudesse, ajudaria. (oração adverbial condicional)


Está tudo molhado, porque choveu muito. (oração
adverbial causal)
Quando for nomeado, tudo terá valido a pena. (oração
adverbial temporal)

AGENTE DA PASSIVA

Voz ativa → o sujeito pratica a ação


Voz passiva → o sujeito sofre a ação e quem a pratica é
justamente o “agente da passiva”.

Da voz ativa para a passiva analítica:


→ Sujeito vira agente da passiva
→ Objeto direto vira sujeito paciente.

→ O agente da passiva geralmente é omitido na


passiva sintética
→ O agente da passiva pode ser introduzido pela
preposição “de”.

Exemplo: O mocinho foi cercado de zumbis.

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PERÍODO COMPOSTO COORDENAÇÃO X SUBORDINAÇÃO

Frase x Oração x Período: Período composto → pode conter orações


coordenadas, subordinadas ou ambos os tipos, quando
Frase → qualquer enunciado com sentido completo. será chamado de período misto.

Exemplos: Exemplos:

Que situação terrível! (frase nominal – não tem verbo –


não é oração)

Pare! (frase verbal = oração)

Fogo! Bom dia! Perder!

Isto é um assalto! (oração = frase com verbo)

Oração → tem verbo e não precisa ter sentido completo.


Exemplo de Oração Coordenação:
Exemplos:
[Eu estava cansado,] [por isso dormiu rapidamente.]
[Espera] [que a menina falasse] [que ganhou a nota.]
Equivale a:
[Eu tinha esperado] [que a menina falasse] [que havia Eu estava cansado. Por isso, dormiu rapidamente.
ganhado a nota].

Período → É composto de oração. Uma oração =


período simples = oração absoluta, pois tem sentido
completo e não é ligada a nenhuma outra.

Exemplos:

Isto é um assalto! São orações unidas por coordenação quando uma não
depende da outra para ter sentido completo, ou seja, são
O tempo passa, mas nada acontece. frases.

→ Período composto = duas orações = dois verbos Período composto por subordinação:
→ Oração coordenada (independente) = Período
composto por coordenação. → A oração subordinada depende sintaticamente da
principal
Quando eu puder, viajarei. → A oração dependente não tem sentido completo
sozinha, é “fragmento”, ou seja, não forma frase.
→ Período composto = duas orações = dois verbos
→ 1ª oração (adjunto adverbial de tempo) Exemplos:
→ Período composto por subordinação.

Classe x Função sintática

O menino comprou uma moto.


Substantivo

O menino comprou uma moto. [Ele disse] [que guardou o pacote] [que estava no
Sujeito (função sintática)
balcão.]
Uma moto leva o menino ao trabalho.
O menino = substantivo.
Uma moto = sujeito (da ação)
O menino = objeto direto.

Observação: o substantivo pode ter várias funções


sintáticas.

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Período misto → é aquele que tem orações de ambos os
tipos. Exemplo: Ou você mergulha no projeto ou desiste de vez.

ORAÇÕES SUBORDINADAS

→ Oração depende sintaticamente de uma oração


Oração 1 → é subordinada temporal da 2; principal.
Oração 3 → é subordinada substantiva objetiva direta da
2 (é OD de “perceber”); Oração Principal + Oração Subordinada
Oração 4 → é subordinada causal em relação à 3. Incompleta → Oração Subordinada Substantiva
Oração 5 → é coordenada aditiva em relação à 2.
Completa → Oração Subordinada Adverbial
→ Temos, então, coordenação e subordinação, ou seja,
um período misto. Completa → Oração Subordinada Adjetiva

Observação: Em alguns casos, teremos mais de um Orações Subordinadas Substantivas


verbo e apenas uma oração:
→ Completa algo que falta a Oração Principal.
→ Quando houver locução verbal: “Tentamos ser → Tem papel de substantivo.
felizes”
→ Quanto tivermos um verbo expletivo, como na Serão subordinadas substantivas quando exercem uma
expressão "ser + que": função sintática típica de substantivo, como:

“Minha mãe é que manda na casa”. → aposto, objeto direto, objeto indireto, complemento
nominal, predicativo e agente da passiva.
ORAÇÕES COORDENADAS
→ Introduzidas por conjunção integrante: Que, Se,
→ são ligadas por conjunções coordenativas.
Como
Coordenadas sindéticas → Por terem conjunção,
[João disse] [que passaria no concurso.]
conector (síndeto) → 3ACE
[João não disse] [se estava ocupado.]
Coordenadas assindéticas → não trazem conjunção.
[João não disse] [como encontraria a carta.]
Orações coordenadas conclusivas → introduzidas pelas
conjunções: logo, pois (deslocado, depois do verbo),
portanto, por conseguinte, por isso, assim, sendo assim,
→ Introduzidas por pronomes interrogativos: Quem,
desse modo.
Qual, Quando, Onde.
Exemplo: Estudei pouco, por conseguinte não passei.
[João disse] [onde estaria naquela noite?]
Orações coordenadas explicativas → introduzidas pelas
conjunções: que, porque, pois (antes do verbo),
[Quero saber] [quando serei atendido.]
porquanto.

Exemplo: Estude muito, porquanto não vai vir fácil a


Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
prova.
Características:
Orações coordenadas aditivas → introduzidas pelas
conjunções: e, nem (= e não), não só..., mas também, não
1) Oração Principal = VTD / VTDI + SE (PA)
só..., como também, bem como, não só..., mas ainda.

Exemplo: Comprei não só frutas, como legumes.


[Não SE conhece] [qual é a causa da briga.]
Orações coordenadas adversativas → introduzidas
pelas conjunções: mas, porém, contudo, todavia,
→ Se (PA) não pode coexistir com Objeto Direto.
entretanto, no entanto, não obstante.
→ SE (PA) transforma Objeto Direto em Sujeito.
Exemplo: Estudei pouco, não obstante passei no
concurso.
2) Oração Principal = VL + Predicativo do Sujeito
Orações coordenadas alternativas → introduzidas pelas
conjunções: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer,
→ Observe que falta apenas o sujeito para a estrutura.
seja... seja, talvez... talvez.

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[É possível] [que os juros parem a inflação.]

[É importante] [que se estude sempre.] (desenvolvida)

→ Muito comum aparecer na forma reduzida de


infinitivo. Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal

Exemplo: [É importante] [estudar sempre.] → Funciona semelhantemente a um objeto indireto, mas


complementa nomes que têm transitividade.

3) Oração Principal = Verbo Intransitivo (3ª pes/sing) Exemplos:

[Importa] [que a nota seja revelada.] [Tenho desconfiança] [de que ela conversa com a
tartaruga.] (desenvolvida)

Observação: O verbo fica no singular com sujeito [Tenho receio] [de falar com o médico.] (reduzida de
oracional. infinitivo)

Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta Observação: A banca pode suprimir o uso da
preposição que iniciaria uma oração completiva nominal
→ Faz papel de complemento de um verbo transitivo ou objetiva indireta, mas dê preferência pelo uso da
direto, ou seja, é um objeto direto oracional. preposição.

Oração Principal = VTD (sem SE – PA) Exemplos:

Exemplos: [Estava desejoso] [que ele viesse.]

[Disse] [que ele deveria procurar ajuda.] (desenvolvida) [Eu tinha dúvida] [que ele era o gerente.]

[Mandei-o] [procurar ajuda.] (reduzida de infinitivo) Oração Subordinada Substantiva Apositiva

Funciona como um aposto, termo substantivo que:


[As pessoas comentaram] [que o valor era alto.] → nomeia um substantivo ou pronome substantivo
→ pode substituí-lo sintaticamente.

Observação: A oração introduzida por conjunção Observação: É a única das Orações Subordinadas
integrante “SE” é normalmente objetiva direta: Substantivas em que a Oração Principal está completa.

Não sei se ele vem. Oração Principal = pontuação (: ou ,)

Ele não nos informou se vinha. Hoje, terça, é feriado. >>> terça é feriado.
“terça” é aposto de “hoje”.

Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta João, o mecânico, cobra caro. >>> O mecânico cobra
caro.
→ Funciona como um objeto indireto, mas com forma de O “mecânico” é aposto de “João”.
oração.

Oração Principal = VTI Uma oração também pode funcionar como aposto, essa,
então, é nossa oração apositiva.
Exemplos:
Exemplos:
[Desconfio] [de que ela conversa com a tartaruga.]
[Tenho um sonho:] [que eu passe logo no concurso.]
(desenvolvida) (desenvolvida)

[Insisti] [em falar com o médico.] (reduzida de infinitivo) [Tenho um sonho:] [passar logo no concurso.] (reduzida
de infinitivo)

[Eu duvidava] [de que a chuva acabasse logo.] [João tinha um sonho:] [que a banca fosse CESPE.]

[Eu duvidava] [que a chuva acabasse logo.]


Oração Subordinada Substantiva Predicativa
→ A preposição de “de” é facultativa.
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→ Funciona como um predicativo, qualidade que se atribui Ignoro [quem/quanto/como/onde/quando/por que
ao sujeito, por via de um verbo de ligação: Fulana é economizou]
bonita. “Fulana” é sujeito e “bonita” é seu predicativo. Ignoro [ISTO]

Oração Principal = Sujeito + Verbo de Ligação Também podem ser introduzidas por pronome
indefinido ou advérbio.
Observação: Preposição é facultativa:
Exemplos:
[João era] [de quem a menina mais gostava.]
[Falava] a [quem quisesse ouvir.]

[João era] [quem a menina mais gostava.] [Vejo] [quão felizes são vocês.]

[Descobri] [quando ele começou a desconfiar.]


Exemplos:

[A intenção é] [que eu gabarite a prova.] (desenvolvida) EXERCÍCIOS:

[A intenção é] [gabaritar a prova.] (reduzida de infinitivo) Aposto pleonástico x Objeto Direto Pleonástico

1) “O pai só a vê no fim de semana, o que o fará sentir-se


Observação: Um artigo pode fazer toda a diferença: culpado e o impedirá (...).”

[Certo é] [que todos querem passar] O = aposto pleonástico. (retoma toda a oração anterior).

(= Isto é certo – SUBJETIVA)


2) [“Estudos sobre promoção da saúde têm apontado]
[O certo é] [que todos querem passar] [que a aquisição de qualidade de vida engloba aspectos
interligados.”]
(= O certo é Isto - PREDICATIVA)
A oração introduzida por “que” funciona como
Atenção: Se houver artigo ou pronome na oração complemento direto de “têm apontado”.
principal, a oração substantiva vai ser classificada como
“PREDICATIVA”. 1º quem têm apontado? “Estudos... saúde” [Isso] - VTD
2° “que” → introduz objeto direto.

Oração Subordinada Substantiva de Agente da Portanto, afirmativa CORRETA.


Passiva
Coordenada sindética explicativa X Subordinada
→ Funciona como um agente da passiva em forma de Adjetiva Explicativa
oração.
3) “Fui surpreendido por uma andorinha solitária, QUE
Oração Principal = Verbo na Voz Passiva Analítica CRUZOU O PARA-BRISA DO CARRO A TODA”.

Exemplo: Oração Principal = “Fui... Solitária” (Está completa).


Logo, não será Substantiva.
[As vagas foram conquistadas] [por quem se preparou.]
Como há relação de dependência será: Subordinada
[A casa foi construída] [por quem mora nela.] Adjetiva Explicativa.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS


Orações Subordinadas Substantivas Justapostas
→ Equivalem a um adjetivo e exercem função sintática
→ Ocorrem, em geral, nas interrogativas indiretas. de um adjunto adnominal.
→ São iniciadas por pronomes interrogativos (que, → Qualificadora da Oração Principal
quanto, que, qual); OU → Oração Principal completa (sintaticamente)
→ São iniciadas por advérbios interrogativos (como, Sem vírgulas → Adjunto adnominal
onde, quando, por que). Com vírgulas → Aposto
→ São chamadas de "justapostas" porque não são → Referem-se a um substantivo antecedente; e
introduzidas por conjunção, mas por pronomes ou → São introduzidas por um pronome relativo: que, o
advérbios. qual, cujo, quem, onde, quanto, como, etc.
→ As orações são “postas uma ao lado da outra”, sem
uma conjunção que as conecte.

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→ A retirada das vírgulas muda completamente o
sentido.

1ª oração → só se infere a existência de um único filho.

2ª oração → entende que há mais de um filho e


[Essa é a praça] [que fica no centro.] especificamente aquele que mora em Brasília toca
violão.

Orações adjetivas: explicativas x restritivas Observação: Restrição impossível.

Orações adjetivas explicativas → Em alguns casos, por razões semânticas, somos


obrigados a usar vírgula, pois não há possibilidade de
→ acrescentam uma informação sobre o antecedente, haver oração restritiva como nos seres que já são
embora já definido, ampliando os dados e detalhes sobre individualizados, particularizados, únicos, como os
ele. São informações acessórias, mas são importantes substantivos próprios.
para a construção de sentido.
→ Devem ser marcadas com vírgulas. Exemplos:
→ Pode funcionar como aposto.
A Bolívia, que é um país latino, tem moeda forte.
Exemplos:
Os menores, que são protegidos pelo ECA, merecem
Os policiais, [que estavam na ocorrência,] chegaram. respeito. (Todos são protegidos)

A polícia, que defende a sociedade, deve ser vista com


Meu aluno, que mora no interior, estuda on-line. dignidade. (Todas as polícias defendem)

Observação: por ser uma informação acessória, uma O grande Machado de Assis, que escreveu Quincas
explicação, uma ampliação de sentido. "Meu aluno Borba, era um gênio.
estuda on-line (e ele mora no interior)." Temos, então, uma
oração adjetiva explicativa. → Não é possível suprimir a vírgula, pois isso daria
ideia de que há vários Machados de Assis e meu
Orações adjetivas restritivas comentário se restringe a um Machado de Assis
específico, aquele que escreveu Quincas Borba. Essa
→ particularizam, individualizam um ser em relação a restrição seria absurda, pois só há um!
um grupo de possibilidades.
→ O comentário feito se refere a uma parte menor do Mais Exemplos:
que o todo, a entidades específicas, não à totalidade do
conjunto. 1) As pessoas [que chegaram mais cedo] foram
→ Não são marcadas por pontuação. atendidas.

Sem vírgula (restritiva) → transmite a ideia de que há


→ Se retirarmos a virgula da oração adjetiva várias pessoas e um número menor chegou cedo.
explicativa, teremos uma oração restritiva e o sentido
vai mudar: 2) Uma pessoa [que estuda] deve ser respeitada.

Exemplo: Meu aluno que mora no interior estuda on- Sem vírgula (restritiva) → “Pessoa” – grupo maior
line. “Que estuda” – grupo menor

→ Agora temos vários alunos e somente um deles 3) O país [que investe em educação] valoriza o futuro dos
estuda online, aquele aluno específico que mora no seus cidadãos.
interior.
Sem vírgula (restritiva) → “país” – grupo maior
Importante: a retirada das vírgulas afeta as relações de “investe” – grupo menor
sentido, pois acarreta a passagem de explicativa para
restritiva. 4) Num mundo [que anuncia tudo ser possível.]

Exemplos: → Equivale a um adjetivo, pois qualifica o substantivo


anterior a ela.
Meu filho, que mora em Brasília, toca violão. Sem vírgula (restritiva) → “mundo” – grupo maior
(explicativa, COM VÍRGULA). “anuncia tudo ser possível” – grupo menor

Meu filho que mora em Brasília toca violão. (restritiva, 5) [É essencial] [que haja a implementação de um modelo
SEM VÍRGULA). de policiamento] [Isso]

17
1º Oração principal incompleta. (será O.S. Substantiva) que (tendo como antecedente na oração principal uma
palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho)...
É = Verbo de ligação;
Essencial = Predicativo do Sujeito. Exemplos:
Que = Conjunção Subordinativa Integrante
Comi tanto no rodízio que fiquei 16 horas sem fome.
Sujeito será “que haja... de policiamento”.
A fome era tamanha que o leão comeu salada.

Maria chegará mais tarde, de modo que atrasará seu


serviço.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS


Oração Subordinada Adverbial Condicional (condição,
→ quando exercem uma função de advérbio. hipótese)
→ trarão uma circunstância adverbial, justamente como
faz o advérbio. → São introduzidas pelas conjunções condicionais
→ Circunstância não é complemento, mas acessória. “SE” e outras conjunções que possam assumir sentido
→ terão conjunção adverbiais (carrega valor de hipótese, como caso, contanto que, desde que,
semântico) e verbo. salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem
→ Oração Principal completa que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).

Oração Subordinada Adverbial (C6FTPm) Exemplos:


Causa Finalidade Modo
(reduzida) Maria chegará mais tarde, caso o ônibus já tenha
Consequência Tempo passado.
Concessão Proporção
Condição Se quiser passar, estude regularmente.
Comparação
Causa Uma vez que pague, exija o recibo. (se pagar...)
Conformidade
Caso pague, exija o recibo. (se pagar...)
Exemplos:
Sem que estude, não há como passar. (se não estudar...)
Vou levar o cachorro para passear hoje à noite.
(advérbio de tempo)
Oração Subordinada Adverbial Temporal
Vou levar o cachorro para passear quando ela chegar.
(oração adverbial de tempo) → Equivale a um advérbio de tempo.
→ São introduzidas pelas conjunções temporais: quando,
Oração Subordinada Adverbial Causal enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes
que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal
→ Tem função de um advérbio de causa e é introduzida (= assim que)...
por uma conjunção ou locução causal: porque, visto
que, já que, uma vez que, que, como, porquanto... Exemplos:

Exemplos: Mal (Assim que) ele saiu, o ônibus passou. (vírgula


obrigatória)
Maria chegará mais tarde, porque tem compromisso.
Assim que ela chegar, conte toda a verdade. (vírgula
Visto que acabara a luz, acendi uma vela. obrigatória)

Como não tinha Coca, tive que beber uma Pepsi. Maria chegará mais tarde, quando estiver de plantão.
(virgula facultativa)
Observação: a expressão “haja vista” (sentido de
causa): equivale ao das locuções prepositivas devido a, Oração Subordinada Adverbial Concessiva
por conta de, por causa de.
→ Equivale a uma expressão adverbial com sentido de
Oração Subordinada Adverbial Consecutiva (sentido concessão (expectativa de que o fato não deve se
de consequência) realizar, mas se realiza mesmo assim).

→ São introduzidas pelas conjunções consecutivas: → São introduzidas pelas conjunções concessivas:
de sorte que, de modo que, de forma que, de jeito que, mesmo que, ainda que, embora, apesar de que,
conquanto, por mais que, posto que, se bem que, não
obstante, malgrado.
18
Observação:
Nas orações concessivas, o verbo normalmente vem no As conjunções adverbiais não alterarão nem
subjuntivo. (Lembrar terminações -A/-E/-SSE) complementarão o sentido da Oração Principal.

Exemplos: Oração Subordinada Adverbial Proporcional

Embora fosse mulato, gago e epilético, Machado de Assis → Traz uma relação de proporcionalidade com a oração
fundou a Academia Brasileira de Letras. principal: à medida que, à proporção que, ao passo que
e também as correlações quanto
Posto que estivessem grávidas, as mulheres vikings mais/menos...mais/menos...
guerreavam.
Exemplos:
Ainda que eu falasse a língua dos anjos, sem amor eu
nada seria. Quanto mais eu rezo mais assombrações me aparecem.
Tenho que aceitar críticas, conquanto não goste.
Quanto mais estudo mais sorte tenho nas provas.
Não obstante durma pouco, está sempre animado.
À medida que o tempo passa, a confiança vai
Os trabalhadores, pobres que sejam, mantêm as contas aumentando.
em dia.
Atenção: Na medida em que (CAUSA)
Os obstáculos, que sejam muitos, não o desanimam.
Oração Subordinada Adverbial Comparativa
Por mais inteligente que seja, precisa estudar!
→ Traz uma comparação ou contraste em relação à
Observação: “Não obstante” também aparece na lista oração principal: como, assim como, tal qual, tal como,
das conjunções coordenadas adversativas, usada com mais que, menos, tanto quanto, igual a.
verbo no indicativo
Exemplos:
Exemplos:
Essa matéria é mais fácil do que a que estudamos ontem.
Estudei pouco, não obstante fui aprovado.
→ Quando conjunção concessiva, virá com verbo no Corria como um touro. (corre)
subjuntivo.
Ele estuda tanto quanto seu tio médico (estuda).
Não obstante tenha medo, nunca deixo de tentar.) Maria chegará mais tarde, igual aos diretores. (chegarão)

→ É possível iniciar essas orações com locuções Maria é mais estudiosa do que João.
prepositivas de sentido concessivo: apesar de, a despeito
de... Contudo, a presença da preposição vai levar o → preposição do é facultativa
verbo para o infinitivo, numa oração reduzida:
Observação: o verbo da oração subordinada costuma vir
Por mais que fosse engenheiro, errava todas as contas. implícito, porque é o mesmo verbo da principal.

Apesar de ser engenheiro, errava todas as contas. Orações Subordinadas Adverbiais Conformativas
→ Portanto, a substituição só é possível com adaptação
do verbo! → Indicam que uma ação ou fato se desenvolve de
acordo com outro.
Oração Subordinada Adverbial Final → São introduzidas pelas conjunções conformativas:
como, conforme, consoante, segundo.
→ Traz uma circunstância adverbial de finalidade. Indica
propósito, motivo, finalidade: para que, a fim de que, com Exemplos:
o objetivo de, de modo que, de sorte que, porque
(quando = para que), que, para + infinitivo. A prova se desenrolou como tínhamos treinado!

Exemplos: Tudo correu conforme o que planejamos.

Dou exemplos [para que você entenda tudo.] Conforme destaca a política nacional, os investimentos.

Estude todo dia [a fim de que acumule conhecimento ao Observação: oração DESLOCADA sempre virgulada.
longo do mês.]
Oração Subordinada Adverbial Modal
Fiz o que pude [porque você passasse logo. (para que
você passasse...).] → Aparece sempre como Oração Reduzida com ideia de
modo.
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Viram a equivalência? Essa é uma forma de
Exemplos: reescritura.

Maria chegará mais tarde [sem fazer barulho.] Exemplos:


Vi alguém chorando!
Sem → Preposição → oração reduzida de gerúndio: verbo no gerúndio, sem
Fazer → Infinitivo conjunção.

Maria chegará mais tarde, como? Sem fazer barulho. Vi alguém que chorava.
→ oração desenvolvida: verbo conjugado, no pretérito
Como → sempre tem como resposta um modo. imperfeito; pronome relativo “que”.

Observação: Não existe na desenvolvida com ideia de Li um livro explicando esse tema.
modo. → oração reduzida de gerúndio: verbo no gerúndio, sem
conjunção.
ORAÇÕES REDUZIDAS X ORAÇÕES
DESENVOLVIDAS Li um livro que explicava esse tema.
→ oração desenvolvida: verbo conjugado, no pretérito
Período composto → é aquele que tem mais de uma imperfeito; pronome relativo “que”.
oração. Essas orações podem ser unidas por
coordenação (orações independentes) ou subordinação Vejamos agora uma reduzida de particípio:
(orações sintaticamente dependentes).
As orações subordinadas poderão ser: Exemplos:
Terminado o serviço, foi embora.
1) Substantivas (introduzidas por conjunção integrante; → oração reduzida de particípio: verbo no particípio; sem
substituíveis por ISTO; exercem função sintática típica de conjunção.
substantivo, como Sujeito, OD, OI...)
Assim que terminou o serviço, foi embora.
2) Adjetivas (introduzidas por pronome relativo; se → oração desenvolvida: verbo conjugado, no pretérito
referem ao substantivo antecedente; exercem papel perfeito; conjunção temporal “assim que”
adjetivo, ou seja, modificam o substantivo)

3) Adverbiais (introduzidas pelas conjunções Exemplos de orações reduzidas de infinitivo, pois são
subordinativas adverbiais – causais, temporais, as mais cobradas:
concessivas, condicionais; tem valor de advérbio e trazem
sentido de circunstância da ação verbal, como tempo, 1 - Subordinadas Substantivas
condição...) a) Subjetivas: Não é legal comprar produtos falsos.
b) Objetivas Diretas: Quanto a ela, dizem ter se casado.
Desenvolvidas → terão conjunção integrante, pronome c) Objetivas Indiretas: Sua vaga depende de ter
relativo ou conjunções adverbiais. Além disso, o verbo constância no objetivo.
estará conjugado. d) Predicativas: A única maneira de passar é estudar
muito.
Reduzidas → não terão esses “conectivos” e os verbos e) Completivas Nominais: Ele tinha medo de reprovar.
não estarão conjugados. f) Apositivas: Só nos resta uma opção: estudarmos
→ Os verbos aparecerão em suas formas nominais: muito.
infinitivo (comer), particípio (comido) e gerúndio
(comendo). 2 - Subordinadas Adverbiais
→ Podem vir com preposição, mas não vêm com a) Causais: Passei em 1º lugar por estudar muito.
conjunção nem pronome relativo. São menores, pois b) Concessivas: Apesar de ter chorado antes, sorriu na
têm menos elementos. hora da posse.
c) Consecutivas: Aprendeu tanto a ponto de não ter outra
Para desenvolver uma oração reduzida: saída senão passar.
→ inserir nela uma conjunção (ou pronome relativo); e d) Condicionais: Sem estudar, ninguém passa.
→ conjugar seu verbo. e) Finais: Eu estudo para passar, não para ser estatística.
f) Temporais: Ao rever a ex-professora, ele se
Exemplos: emocionou.
Ao me ver, não me cumprimente!
→ oração reduzida de infinitivo: sem conjunção; com Vejam estruturas clássicas das orações reduzidas,
verbo no infinitivo e com preposição. temos:

Quando me vir, não me cumprimente! Ao + infinitivo – Tempo: Ao chegar, avise.


→ oração desenvolvida, com conjunção temporal A + infinitivo – Condição: A persistirem os sintomas,
“quando”, verbo conjugado no futuro do subjuntivo. consulte um médico.
Por + Infinitivo – Causa: Por ser muito capacitado,
ganhava muito dinheiro.
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Sem + Infinitivo – Concessão: Sem se preparar, passou Exemplo: Tenho um primo que é inteligente e que é
no concurso. rico.
Sem + Infinitivo – Condição negativa: Sem se preparar,
não passará no concurso. Exemplo: Estudo por estar desempregado (oração
reduzida) e porque aspiro a uma vida melhor (oração
desenvolvida).

3 - Subordinadas Adjetivas Não houve paralelismo, as estruturas são diferentes.

Exemplos: Reescrevendo com estruturas paralelas, teríamos:


Ela não é mulher de negligenciar os filhos. (...que
negligencia) Exemplo: Estudo por estar desempregado e por aspirar
Esse é o último livro a ser escrito por Machado de Assis. a uma vida melhor. (estruturas simétricas: duas
(...que foi escrito...) orações reduzidas de infinitivo)

Observação: Nem sempre o sentido de uma oração Exemplo: Estudo porque estou desempregado e
reduzida é óbvio e indiscutível, de modo que a conversão porque aspiro a uma vida melhor.
em oração desenvolvida (e vice-versa) pode ser feita de (estruturas simétricas: duas orações desenvolvidas)
mais de uma maneira, tudo vai depender do contexto.
Exemplos: Exemplos:
Em se plantando, tudo dá. - É necessário que você estude E que você revise.
→ Quando plantamos – tempo (coordenação paralela de orações)
→ Se plantarmos – hipótese - Não só trabalho, como estudo. (coordenação paralela
de orações)
Quando o verão chegar, ficaremos felizes. - Comprei não só frutas, mas também legumes.
Ao chegar o verão/ Chegado o verão/ Chegando o (coordenação paralela de substantivos)
verão). - Não gosto de que me ofendam, nem de que me
elogiem demais. (coordenação paralela de orações
Orações reduzidas fixas que não conseguimos desenvolvidas)
desenvolver: - Não gosto de ser ofendido, nem de ser elogiado
demais. (coordenação paralela de orações reduzidas)
Exemplos: - Não gosto de chuva, nem gosto de sol. (coordenação
Coube-nos pagar a conta. paralela de substantivos)
Não há mais tentar ou negociar agora. - Ou você estuda, ou vai continuar sofrendo com
Ele, além de ser bonito, era gentil. desemprego. (coordenação paralela de orações
“Em vez de você viver chorando por ele, pense em desenvolvidas)
mim...” - Seja por bem, seja por mal, serei aprovado.
Longe de desanimar, empolgou-se. (coordenação paralela de orações com termos
Não faz outra coisa senão estudar. preposicionados)

PARALELISMO
→ é o uso de estruturas paralelas, simétricas, com Paralelismo Semântico
estrutura gramatical idêntica ou semelhante. → Refere-se à coerência de sentido entre os termos
→ Fere o paralelismo sintático o uso de segmentos coordenados.
estruturalmente diferentes em uma Exemplo: O policial fez duas operações: uma no Morro
coordenação/enumeração de termos de mesmo valor do Juramento e outra no pulmão.
sintático. → Embora haja paralelismo estrutural, não há
paralelismo semântico, pois se coordenam ideias sem
Exemplo: relação; uma é uma área geográfica e o outro é
Tenho um primo inteligente (adjetivo) e que tem muito relacionado a cirurgia.
dinheiro (oração adjetiva).
Exemplo: Heber tem um carro a diesel e um carro
→ Essa oração não foi construída com paralelismo, nacional.
pois coordena dois termos com mesma função sintática → Não há coerência nessa correlação entre o
(adjunto adnominal de “primo”), mas que não têm a combustível do carro e sua origem.
mesma forma. → A lógica linguística seria relacionar, por exemplo, um
→ Temos adjetivo (inteligente) no primeiro item, mas uma carro nacional e um importado, ou um carro a diesel e
oração adjetiva no segundo (que tem muito dinheiro), um a álcool.
uma estrutura diferente, assimétrica.
→ Ajustando o paralelismo, teríamos uma oração com FUNÇÕES DA PALAVRA “QUE”
ambos os termos em forma de adjetivo simples.
Exemplo: Tenho um primo inteligente e rico. Preposição acidental:
Haveria paralelismo também se os dois termos viessem Exemplo: Primeiro que tudo, tenho que passar na prova.
com forma de oração adjetiva.
Pronome relativo:
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Exemplo: O aluno que estuda passa. Faço votos que sejas feliz!

Pronome indefinido: Conjunção concessiva:


→ Acompanha substantivo, tem ideia de “qual (is)” Exemplo: Estude constantemente, pouco que seja.
→ Pode ter sentido exclamativo. (=ainda que pouco)
Exemplos:
Sei que (quais) intenções você tem com minha filha. Conjunção temporal:
Que ideia mais descabida! Exemplo: Agora que eu ia viajar, chove.
Que mulher tinhosa, hein! Conjunção integrante:
→ Introduz orações substantivas, aquelas que podem ser
Pronome interrogativo: substituídas por [ISTO]:
Exemplos: Exemplos:
(O) Que houve aqui? (“o” é expletivo) Quero que você se exploda! = Quero [ISTO]
Não sei que (quais) intenções você tem com minha filha. É preciso que estudemos. = É preciso [ISTO]
(forma uma interrogativa indireta).
Vamos ver melhor a análise sintática de uma oração
Substantivo: substantiva, aquela introduzida por conjunção integrante
Exemplo: Essa mulher tem um quê de cigana. (sempre e substituível por ISTO.
acentuado)
Estava claro [que ele era preguiçoso.]
Advérbio de intensidade: Estava claro [ISTO]
Exemplo: Que chato! Isto estava claro. A oração tem função de sujeito.

Interjeição:
Exemplo: Que! Não acredito que fez isso! (surpresa, Quero [que você se exploda!]
admiração) Quero [ISTO]
(Quem quer, quer algo). A oração tem função de objeto
Partícula expletiva: direto.
→ Pode ser retirada, sem prejuízo sintático ou
semântico. A função é apenas dar “realce”, “ênfase”: Detalhe!!! O “se” também pode ser conjunção
Exemplos: integrante. Veja:
Você é que manda. (mais enfático que apenas “você Não sei [se ele estuda seriamente!]
manda”) Não sei [ISTO]
Fui eu que te sustentei, seu ingrato! (SER+QUE) (Quem sabe, sabe alguma coisa). A oração tem função de
Quase que caí da varanda. Que trágico que seria. objeto direto.
Naturalmente que disse sim.
Discordo [de que eles aumentem impostos].
Conjunção explicativa: Discordo [DISTO]
Exemplo: Estude, que o edital já vai sair. (Quem discorda, discorda de alguma coisa). A oração
funciona como objeto indireto.

Conjunção alternativa: Equivale ao par alternativo “quer


X...quer Y”. A certeza [de que vou passar na prova] me alivia.
Exemplo: Que chova, que faça sol, irei à praia. A certeza [DISTO] me alivia.
(Quem tem certeza, tem certeza de alguma coisa). Esse
Conjunção adversativa: substantivo é abstrato, indica um sentimento.
Exemplo: Culpem todos, que não a mim! (mas não a → Seu complemento preposicionado tem valor
mim) paciente, é alvo da certeza. Temos, então, uma oração
com função de complemento nominal.
Conjunção aditiva:
Exemplo: Você fala que fala hein, meu amigo! Uso do “QUE” aplicável nas funções sintáticas:

Conjunção consecutiva: Sujeito: Estes são os atletas que representarão o nosso


Exemplos: país. (atletas representarão)
Bebi tanto que passei mal. Objeto Direto: Comprei o fone que você queria. (queria
Ele não sai à rua que não encontre um amigo. (sem o fone)
encontrar um amigo) Objeto Indireto: Este é o curso de que preciso. (preciso
do curso)
Conjunção comparativa: Complemento Nominal: Estas são as medicações de
Exemplo: Estudo mais (do) que você. (“do” é que ele tem necessidade. (necessidade de medicações)
facultativo) Predicativo do Sujeito: Ela era a esposa que muitas
gostariam de ser. (ser a esposa)
Conjunção final: Agente da Passiva: Este é o animal por que fui atacado.
Exemplos: (atacado pelo animal)
Estudo para que meu filho tenha uma vida melhor.
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Adjunto Adverbial: O acidente ocorreu no dia em que Partícula expletiva de realce: → Pode ser retirada, sem
eles chegaram. (chegaram no dia). prejuízo sintático ou semântico.
Exemplos:
Vão-se minhas últimas economias.
Principais Funções do “SE” Passaram-se anos e ela não voltou.

Pronome apassivador (PA) → Acompanha um VTD e


indica voz passiva.
Exemplo: Vendem-se casas. Os casos em que o “SE” se ligam a verbos são os mais
Partícula de indeterminação do sujeito (PIS) → difíceis de distinguir. Nos guiemos por alguns critérios
Acompanha os verbos que não possuem objeto direto, semânticos gerais:
isto é, verbos intransitivos, transitivos indiretos e de 1) Nos casos de voz passiva, deve ter VTD e sentido
ligação. passivo, ou seja, que há um agente “externo”
Exemplos: praticando aquela ação e o sujeito do verbo tem que
Vive-se bem aqui. estar sofrendo a ação.
Trata-se de uma exceção. Exemplo: João se vacinou / se batizou / se curou.
Sempre se está sujeito a erros. → É voz passiva, pois alguém vacinou / batizou / curou
Conjunção integrante: João.
Exemplo: Não quero saber se ele nasceu pobre. (não
quero saber ISSO; introduz uma oração substantiva 2) Os verbos pronominais são transitivos indiretos ou
objetiva direta) intransitivos.
Conjunção condicional: → Os verbos com sentido reflexivo normalmente
Exemplo: Se eu estudar sempre, serei aprovado. serão transitivos diretos.
Conjunção causal → Equivale a “já que” e expressa um → “SE” como objeto indireto é pouco comum.
fato “real”, visto como causa. → Não há voz passiva com VT I.
Exemplos:
“Se você gosta dela, por que não a procura?” (Procuro → Para haver voz reflexiva deve estar bem clara no texto
porque gosto) a noção de um ser animado ou ente personificado
“Se não vale a pena desistir, eu devo concluir a missão” deliberadamente praticando uma ação em si mesmo.
(Concluo porque não vale a pena desistir) Exemplos:
Pronome reflexivo → Indica que o agente pratica uma Maria se penteia cuidadosamente. (sentido reflexivo
ação em si mesmo. clássico.)
Exemplos: João se amarrou ao tronco durante o furacão. (“amarra” e
Minha tia se barbeia. “é amarrado” ao tronco).
O menino feriu-se com a faca.
→ Quando o sujeito não é o agente efetivo da ação,
→ Nesse caso, “se” tem função sintática de objeto sendo ela espontânea ou independente da sua vontade,
direto, pois o sujeito e o objeto são a mesma pessoa. não haverá voz reflexiva nem voz passiva. O “SE” será
Acompanham verbos que indicam ações que podem ser parte integrante do verbo.
praticadas na própria pessoa ou em outra. Exemplo: A criança caiu do bote e se afogou.
Pronome recíproco: → A criança não “afogou a si mesma” nem houve um
Exemplo: Irmão e irmã se abraçaram. agente externo “afogando” o menino, mas há uma ação
→ Nesse caso, equivale a abraçaram um ao outro e o espontânea. Então, não há voz passiva.
“SE” terá função sintática de objeto direto.
Parte integrante de verbo pronominal (PIV): Exemplo: As nuvens se movimentam rapidamente.
Exemplos: Elas se movimentam independente da sua vontade. Não
Candidatou-se à presidência e se esforçou para ser eleito. há nenhum ser exterior ao sujeito praticando a ação de
Certifique-se do horário. mover as nuvens. Não há voz passiva.
Ele sempre se queixa da família.
3) Só há dúvida entre voz passiva e reflexiva se houver
“SE” reflexivo ≠ “SE” dos verbos pronominais, possibilidade de o sujeito praticar a ação em si mesmo.
Exemplo: Consertaram-se relógios.
O “SE” dos verbos pronominais: → Só podemos ter voz passiva, pois o relógio não pode
→ É parte integrante do verbo; consertar a si mesmo.
→ Não pode ser conjugado sem ele: atrever-se, alegrar-
se, admirar-se, orgulhar-se, levantar-se, arrepender-se, 4) Devido as possibilidades de análises, em alguns casos,
materializar-se, reconhecer-se, formar-se, queixar-se, há ambiguidade contextual:
sentar-se, suicidar-se, concentrar-se, afogar-se, precaver- Exemplo: Após o primeiro ato, vestiram-se a moça e o
se, partir-se (quebrar)... rapaz.
→ São quase sempre Intransitivos ou Transitivos Voz passiva → foram vestidos por alguém.
Indiretos. Isso ajuda a distinguir das vozes passiva e Voz reflexiva → vestiram a si mesmos.
reflexiva. Voz reflexiva recíproca → vestiram um ao outro,
→ Não exerce função sintática alguma. mutuamente.

Funções do “COMO”
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- Fui convencido de como deveria agir para vencer.
Interjeição: (oração subordinada substantiva completiva nominal
Exemplo: Como?! Não acredito no que estou ouvindo! justaposta)

Verbo: representa a primeira pessoa do singular do verbo → Na oração substantiva que introduz, o “como” tem
“comer”. função de adjunto adverbial de modo.
Exemplo: Eu não como carne!
Advérbio de Intensidade:
Conjunção aditiva: normalmente em “correlações Exemplos:
aditivas”: tanto...como; não só...como. Como é grande o meu amor por você.
Exemplos: Ninguém esquece como foi difícil passar. (oração
Tanto corro de dia, como nado à noite. subordinada substantiva objetiva direta)
Não só estudo, como reviso diariamente. Descobrimos como eram infelizes os vaidosos. (oração
Juntos na alegria como na tristeza (Houaiss). subordinada substantiva objetiva direta)

Conjunção comparativa: estabelece um paralelo entre → Nesses casos, o “como” = “quão”, e introduz oração
qualidades, ações, entidades. substantiva “justaposta”, uma oração substantiva não
Exemplo: Ele canta como um anjo. introduzida por conjunção integrante.
Exemplo: Amou sua mulher como se fosse a última → Como advérbio, o “como” exerce função de adjunto
(comparação hipotética). adverbial na oração que introduz.
Conjunção conformativa: indica que um fato ocorre
conforme outro. RESOLVA QUESTÕES!!!
Exemplos:
Como todos sabem, não existe milagre em concurso
público.
O mundo é um moinho, como dizia Cartola.

Conjunção causal: Vem antecipada, antes da oração


que indica a consequência.
Exemplo: Como choveu, a rua está toda molhada.

Pronome relativo: retoma substantivos como “modo”,


“maneira”, “forma”, “jeito” etc.
Exemplos:
A maneira como você fala magoa as pessoas.
Essa não é a forma como você deve estudar.

Preposição acidental: Normalmente com sentido de


“por” ou “na qualidade de”.
Exemplos:
Ele joga como atacante.
Machado de Assis, como romancista, nunca foi superado.
Os heróis tiveram como prêmio uma medalha.

Advérbio interrogativo:
Exemplo: Como lidar com as críticas desmedidas?
(Advérbio interrogativo de modo em interrogativa direta.)
→ Como advérbio, também pode iniciar oração
substantiva “justaposta” (posta junto, ao lado), um tipo
específico de oração substantiva não introduzida por
conjunção integrante:

Exemplos:
- Desejo saber como vai. (oração subordinada
substantiva objetiva direta)
- Ignoramos como ele gastou tanto dinheiro. (oração
subordinada substantiva objetiva direta)
- Sua produtividade não está como a diretoria deseja.
(oração subordinada substantiva predicativa
justaposta)
- Até agora, não se sabe como ficarão as leis
trabalhistas. (oração subordinada substantiva
subjetiva justaposta)
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