A Justiça 4.0 Como Ferramenta de Eficiência: O Caso Ambiental
A Justiça 4.0 Como Ferramenta de Eficiência: O Caso Ambiental
A Justiça 4.0 Como Ferramenta de Eficiência: O Caso Ambiental
Abstract: The present study intends, in a bird's eye view, to appreciate the importance of
Digital Justice, highlighting Justice 4.0 for achieving the Sustainable Development Goals
(SDG). The work begins with a brief literature review, considering the use of technologies in
the provision of jurisdiction, derived from the social isolation resulting from the pandemic of
Covid-19. Then comes Justice 4.0 with 100% digital judgments and the perception that Justice
is effectively a service, rather than a physical building, the Forum. The SDGs are presented by
reason why Justice 4.0 has established to the Court of Justice of the State of Rio de Janeiro
(TJRJ) to contribute to the achievement of goals set out in the 2030 Agenda. if Justice 4.0 in its
prevalent role as a functional efficiency tool inspired by successive Resolutions of the National
Council of Justice.
Submissão: 03/08/2023
Aprovação: 23/08/2023
Juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) - Coordenadora do Justiça 4.0
Ambiental.
Mestre em Sistemas de Gestão Ambiental pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Mais do que oportuna, a Justiça 4.0 representa iniciativa para aperfeiçoar a prestação
de serviços jurisdicionais no território nacional, além de atender, por via de consequência, a
consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos na Agenda 2030
da Organização das Nações Unidas.
Na década de 1960, quando o polímata canadense Marshall Mc Luhan cunhou o
conceito da aldeia global e o de que o meio é a mensagem, antecipando a relevância imperativa
dos meios de comunicação social associada ao progresso tecnológico planetário, longe se
dimensionava a extensão daquelas formulações teóricas. Décadas depois, sejam moradores de
comunidades subdesenvolvidas ou governantes poderosos e CEO de conglomerados
transnacionais, ninguém abdica da realidade virtual, que hoje carece de ordenamento a conflitos
éticos devido ao avanço da Inteligência Artificial sobre as atividades humanas.
Desse contexto evolutivo emerge a Justiça com juízos totalmente digitais, concebida
sob o ponto de vista prático de facilitar o acesso às instâncias jurídicas por incalculável número
de pessoas, que enfrentariam enorme dificuldade caso recorressem a procedimentos
rotineiros.
A rigor, a inovação aludida acompanha crescentes demandas funcionais ao universo
digital em busca de soluções, mormente após a pandemia Covid -19, verdadeiro marco gerador
de novas relações trabalhistas e quebra de paradigmas consagrados, alguns, talvez, para sempre:
home office, redução de gastos com pessoal, material e esvaziamento de antigos locais de
trabalho passaram a delinear o molde genérico de providências para debelar a gigantesca crise
sanitária, sendo ainda atual em parte das organizações.
Da racionalidade e abrangência implícitas nos seus pressupostos, a Justiça 100%
digital se estende a incrementar a efetivação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis
(ODS) coligidos pela ONU em 2015 (Programa das Nações Unidas Para Desenvolvimento,
[2023]).
Assim, é propósito determinante deste trabalho apresentar fundamentos teóricos e
legais para melhor compreensão da Justiça 4.0 e sua contribuição para o atingimento dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
“Surpreender-se, estranhar-se é começar a entender. É o esporte e o luxo específico do
intelectual. Daí a necessidade de vermos e de olhar o mundo com olhos dilatados pela surpresa.
1 REVISÃO DE LITERATURA
Esta seção aborda conceitos relacionados ao tema de estudo; entre eles, Justiça 4.0 e
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
2 MÉTODO DE PESQUISA
Art. 2º Admitir-se-á a oposição fundamentada das partes aos “Núcleos de Justiça 4.0”
nos processos a eles encaminhados com base no inciso I do artigo anterior, hipótese
em que deverá ser deduzida na primeira manifestação que vier a ser realizada após o
envio dos autos ao “Núcleo de Justiça 4.0.
Parágrafo único. A oposição fundamentada ao encaminhamento dos autos a um
“Núcleo de Justiça 4.0” manifestada por qualquer das partes, se acolhida, é irretratável
e vinculativa, de forma a gerar o efeito obrigatório do retorno dos autos à vara de
origem, ficando vedado novo encaminhamento ao núcleo para tramitação e/ou
julgamento, salvo se caracterizada posteriormente alguma das hipóteses previstas nos
incisos II a V do art. 1º (Conselho Nacional de Justiça, 2021).
Aqui é necessário trazer à baila o Ato Normativo nº 05/2022, que criou o Núcleo
Ambiental junto ao TJRJ, estabelecendo permissão de remessa de feitos individuais ou
coletivos em matéria de Fazenda Pública, e em seu bojo estabelece que, em matéria cível,
somente devem ser enviados os processos de natureza coletiva e não aqueles que discutam
interesses individuais.
Todavia, as varas cíveis pelo Estado vêm sendo infestadas de processos distribuídos
de maneira individual, mas trazendo em seu bojo interesse homogêneo, logo tutela de natureza
coletiva, envolvendo acidentes ambientais de vasta proporção. Também nesses feitos parece
que o melhor seria classificá-los como tutela coletiva, embora distribuídos de forma individual.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
SILVA, K. Y. C.; MORAES, C. M. A justiça 4.0 e o acesso sob a lente da agenda 2030 da
ONU. Revista do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região, Brasília, v. 26, n. 2, p. 42-52.
2022.