Apostila Desenho Técnico 1

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 18

Desenho Técnico I

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DESENHO TÉCNICO

Definição de Desenho Técnico

O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por fina-
lidade a representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com
as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia
e também da arquitetura.
Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbo-
los e indicações escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é
definido como linguagem gráfica universal da engenharia e da arquitetura.
Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execu-
ção e a interpretação da linguagem gráfica do desenho técnico exigem treina-
mento específico, porque são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para re-
presentar formas espaciais (tridimensionais).
Figuras bidimensionais são as representadas apenas por largura e altu-
ra. E figuras tridimensionais são as representadas por largura, altura e profundi-
dade.
Conhecendo-se a metodologia utilizada para elaboração do desenho
bidimensional é possível entender e conceber mentalmente a forma espacial re-
presentada na figura plana.
Na prática pode-se dizer que, para interpretar um desenho técnico, é
necessário enxergar o que não é visível e a capacidade de entender uma forma
espacial a partir de uma figura plana é chamada visão espacial.

Visão espacial é um dom que, em princípio todos têm, dá a capacidade


de percepção mental das formas espaciais. Perceber mentalmente uma forma
espacial significa ter o sentimento da forma espacial sem estar vendo o objeto.
Por exemplo, fechando os olhos pode-se ter o sentimento da forma espacial de
um copo, de um determinado carro, da sua casa etc.
O entendimento do desenho técnico envolve certo nível de treinamento,
seja por parte do desenhista ou do leitor do desenho. Por este motivo, é de gran-
de importância a execução do desenho à mão neste processo de treino para in-
terpretação do desenho arquitetônico.
1
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I
OBS: Além do desenho à mão, os desenhos técnicos também po-
dem ser realizados no computador através de hardware de alta capacidade como
o AutoCAD e o Microstation, além de outros softwares designados especifica-
mente para o trabalho de projeto arquitetônico.

A Origem do Desenho Técnico

A representação de objetos tridimensionais em superfícies bidimensi-


onais evoluiu gradualmente através dos tempos.
O sistema criado por Gaspar Monge, publicado em 1795 com o título
“Geometrie Descriptive” (Geometria Descritiva) é a base da linguagem utiliza-
da pelo Desenho Técnico.
Com a Revolução Industrial, os projetos das máquinas passaram a
demandar maior rigor e precisão e consequentemente os diversos projetistas ne-
cessitavam agora de um meio comum para se comunicar e com tal eficiência que
evitasse erros grosseiros de execução de seus produtos. Desta forma, instituíram-
se a partir do século XIX as primeiras normas técnicas de representação gráfica
de projetos, as quais incorporavam os estudos feitos durante o período de desen-
volvimento da geometria descritiva, no século anterior. Por este motivo, o dese-
nho técnico (e, portanto, o desenho de arquitetura) era naquele momento consi-
derado um recurso tecnológico imprescinível ao desenvolvimento econômico e
industrial.

A Padronização dos Desenhos Técnicos

A representação gráfica do desenho em si corresponde a um conjunto


de normas internacionais sob a supervisão da ISO - International Organization
for Standardization (Organização Internacional para Normalização). Porém, ge-
ralmente, cada país costuma possuir suas próprias versões das normas, adaptadas
por diversos motivos.
No Brasil, as normas são editadas pela Associação Brasileira de Nor-
mas Técnicas (ABNT – fundada em 1940), registradas pelo INMETRO (Institu-
to Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) como normas
brasileiras - NBR e estão em consonância com as normas internacionais aprova-
das pela ISO. Alguns exemplos:

• NBR-6492 - Representação de projetos de arquitetura


• NBR-10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico
• NBR 5984 - Norma Geral de Desenho Técnico - Procedimento - (Antiga NB-8);
• NBR 8196 - Emprego de Escalas em Desenho Técnico;
• NBR 8402 - Execução de Caracteres para Escrita em Desenho Técnico;
• NBR 8403 - Aplicação de Linhas em Desenhos - Tipos de linhas - Largura de
Linhas;
• NBR 10068 - Folha de Desenho – Layout e Dimensões;
2
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I
• NBR 10126 - Cotagem em Desenho Técnico;
• NBR 10582 - Conteúdo da Folha para Desenho Técnico.

Formatação

Os desenhos podem ser executados em folhas de diferentes formatações


conforme a ABNT:

As folhas podem ser utilizadas tanto na posição vertical como na posição hori-
zontal.
As cópias devem sempre ser dobradas para a apresentação na prefeitura e para
arquivamento. O dobramento deve ser feito até atingir o formato A4, com a le-
genda visível na parte frontal. As margens são limitadas pelo contorno externo
da folha e quadro. O quadro limita o espaço para o desenho de acordo com as
seguintes dimensões:

A legenda deve conter todos os dados para identificação do desenho (nú-


mero, título, origem, data, escala, executor, etc...) e sempre estará situada no
3
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I
canto inferior direito da folha. Sua altura pode variar, apenas sua largura é espe-
cificada pela norma, como:

A0 e A1 = 175mm
A2, A3 e A4 = 178mm

No total, o espaço reservado para a legenda somada à margem direita


sempre resultará em um módulo de 185mm. O espaço vertical acima da legenda
deve ser reservado para outras informações, como convenções específicas, tabe-
las ou notas sobre o desenho. Este espaço pode ser mudado, por conveniência,
para a parte horizontal ao lado da legenda.

Exercício: Desenhar as margens e legenda no formato A4.

Caligrafia Técnica

Existe uma padronização para a caligrafia técnica, adequando a legibilidade à


uniformidade. Essa padronização foi criada para evitar que projetos realizados
em localidades diferentes tenham interpretações distintas. As letras devem ser
sempre em maiúsculas e, assim como os números, não devem ser inclinados.
Usualmente, os tamanhos são de 3mm para o texto e cotas e de 5mm para títu-
los. Estes valores podem ser alterados de acordo com a necessidade em um de-
senho específico, mas o mínimo é de 2,5mm, por norma.

Exercício: Preencher seqüencialmente com letras e números nas linhas guias.

4
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I
Elementos do Desenho Geométrico

Ponto

Um lugar concebido sem extensão no espaço chama-se Ponto. O ponto não tem
dimensão. A marca de uma ponta de lápis bem fina no papel dá a idéia do que é
um ponto. Toda figura geométrica é considerada um conjunto de pontos.

Em Desenho Geométrico o ponto é representado pela interseção de duas peque-


nas linhas e nomeado por uma letra maiúscula.

Linha

Linha não tem largura, tem apenas comprimento. Pode ser identificado como um
pedaço de barbante sobre uma mesa, formando curvas ou nós sobre si mesmo.
Geometricamente, uma linha pode ser entendida como uma sucessão de infinitos
pontos. A Linha é identificada por letras do alfabeto latino: a, b, c, etc...

Plano

Um plano é uma superfície plana que se estende infinitamente em todas as dire-


ções. O Plano é identificado por letras do alfabeto grego: α (alfa), β (beta) e
γ (gama).

5
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I
Retas paralelas

Duas retas no plano são paralelas quando não têm nenhum ponto em comum, ou
seja, nunca se cruzam.

No bloco retangular representado abaixo, as retas AB e HG são paralelas.

Uma reta é paralela a um plano quando ambos não se interceptam. Na figura, a


reta AB é paralela ao plano da base EFGH.

Reta transversal

Transversal é o nome dado à reta que cruza as retas paralelas.

Quando a transversal não for perpendicular às retas paralelas, haverá quatro ân-
gulos agudos iguais e quatro ângulos obtusos iguais.

6
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I

Retas perpendiculares

Duas retas se cruzam formando um ângulo de 90°.

Ângulo

Um ângulo é concebido pela abertura de duas semi-retas que possuem uma ori-
gem em comum. Com relação às suas medidas, os ângulos podem ser classifica-
dos como

O ângulo reto (90º) é provavelmente o ângulo mais importante, pois é encontra-


do em inúmeras aplicações práticas, como no encontro de uma parede com o
chão, os pés de uma mesa em relação ao seu tampo, caixas de papelão, esquadri-
as de janelas, etc...Um ângulo de 360 graus é o ângulo que completa o círculo.

Figura geométrica

Ângulos, triângulos, círculos, cubos e cilindros são figuras geométricas. Consi-


dera-se que todas as figuras geométricas são conjuntos de pontos.

7
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I
Polígonos

Um polígono é uma figura geométrica plana limitada por uma linha poligonal. A
palavra "polígono" advém do grego (poly) muitos e (gon) ângulo.

1. Os segmentos AB, BC, CD, DE e EA são os lados do polígono e da re-


gião poligonal.
2. Os pontos A, B, C, D, E são os vértices da região poligonal e do polí-
gono.
3. Os ângulos da linha poligonal, da região poligonal fechada e do polí-
gono são: a, b, c, d, e.

Dependendo do número de lados, um polígono recebe os seguintes nomes de


acordo com a tabela:

No. de lados Polígono No. de lados Polígono


1 não existe 11 undecágono
2 não existe 12 dodecágono
3 triângulo 13 tridecágono
4 quadrilátero 14 tetradecágono
5 pentágono 15 pentadecágono
6 hexágono 16 hexadecágono
7 heptágono 17 heptadecágono
8 octógono 18 octadecágono
9 eneágono 19 eneadecágono
10 decágono 20 icoságono

8
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I
Paralelogramo: é o quadrilátero que tem lados opostos paralelos. Num parale-
logramo, os ângulos opostos são congruentes.

Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos (90 graus).

Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)

Losango: 4 lados congruentes

Trapézio: É o quadrilátero que tem apenas dois lados opostos paralelos.

Triângulo: é um polígono de três lados. É o polígono que possui o menor nú-


mero de lados. A soma dos ângulos internos de um triângulo é 180 graus.

A altura de um triângulo é obtida pelo segmento de reta traçado a partir de um


vértice de forma a encontrar o lado oposto ao vértice formando um ângulo reto.

BH é uma altura do triângulo.

9
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I
Escala

O desenho de um objeto nem sempre pode ser feito em tamanho natural, isto é,
ser executado com os valores reais das medidas da peça.

Quando o desenho de uma peça for efetuado em tamanho menor do que o tama-
nho da própria peça, estaremos usando uma escala de redução. Quando o dese-
nho de uma peça for efetuado no tamanho maior do que esta, estaremos usando
uma escala de ampliação.

A escala permite aumentar, diminuir ou manter o tamanho do objeto no desenho.


A escala é a razão entre a medida do desenho e a medida real do objeto.

tamanho − desenho d
Escala = tamanho - real = D

Exemplo:

Deseja-se representar o comprimento real de 20m em uma folha de desenho,


usa-se a dimensão de 20 cm (=200 mm). Então, a escala será:
200 mm 200 mm 1
20m ou 20.000 mm ou 100 .

Quer dizer que: uma unidade de desenho (no papel) corresponderá a 100 unida-
des reais, ou seja, 1 cm no papel corresponde 100 cm reais , isto é, cada 1 cm
desenhado corresponde a 1 metro.

Classificação das escalas:

Natural - as medidas do desenho e do objeto são iguais, sendo indicada por 1:1.

De redução - as medidas do desenho são menores do que as do objeto


1
Ex. Um objeto foi reduzido na escala 2 ou 1: 2, isto é , o desenho tem a metade
do tamanho do objeto.

De ampliação - as medidas do desenho são maiores que as do objeto.


2
Ex. Um objeto foi ampliado na escala 1 ou 2:1, isto é, o desenho tem o dobro
do tamanho do objeto.

10
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I
Traços

Quanto aos tipos de traços, é possível classificá-los em:

EMPREGO TIPO TRAÇADO

Traço contínuo São as linhas comuns usadas para


demarcar arestas e contornos vi-
síveis.

Traço interrompido São as linhas tracejadas usadas


para demarcar arestas e contor-
nos não-visíveis.

Traço-ponto São estreitas e formadas por tra-


ços e pontos. Usado para indicar
eixos de simetria, ou linhas indi-
cativas de planos de corte. Em
centro de circunferência usa-se:
traço - traço perpendiculares.

Linhas de Cota Usada para indicar a distância


entre dois pontos. São estreitas,
de traço contínuas, limitadas por
setas nas extremidades, aponta-
das para as Linhas Auxiliares que
se prolongam até as proximida-
des do contorno do desenho.

Linhas de ruptura São estreitas, com traço contínuo


sinuoso ou zigue-zague que serve
para indicar ruptura e cortes par-
ciais da figura.

Normalmente ocorre uma hierarquização das linhas, obtida através do diâmetro


da pena (ou do grafite) utilizados para executá-la. Tradicionalmente usam-se
quatro espessuras de pena:

11
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I
Linhas complementares - Pena 0,1. Usada basicamente para registrar elemen-
tos complementares do desenho, como linhas de cota, setas, linhas indicativas,
linhas de projeção, etc.

Linha fina - Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos em vista.

Linha média - Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os elementos que se
encontram imediatamente a frente da linha de corte.

Linha grossa - Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos especiais,
como as linhas indicativas de corte (eventualmente é usada para representar
também elementos em corte, como a pena anterior).

Classificação para Desenho

De acordo com a norma brasileira que apresenta as condições gerais


para a execução de qualquer desenho técnico, temos a seguinte classificação:

⎧ ⎧vistas − ortogonias
⎪ ⎪
⎪ projetivo ⎨ perspectivas ⎧isométrica
⎪ ⎪ ⎨
⎩ ⎩cavaleira

⎪ ⎧diagramas
Desenho Técnico ⎨ ⎪esquemas
⎪ ⎪
⎪não − projetivo ⎪fluxograma s
⎪ ⎨
⎪ ⎪gráficos
⎪ ⎪
⎩ ⎪⎩etc

Definição de Projeção Ortogonal

Nos desenhos projetivos, a representação de qualquer objeto ou figura


é feita por sua projeção sobre um plano. Este tipo de projeção é denominado
Projeção Ortogonal (do grego ortho = reto + gonal = ângulo), pois os raios pro-
jetantes são perpendiculares ao plano de projeção.

Toda superfície paralela a um plano de projeção se projeta neste plano


exatamente na sua forma e em sua verdadeira grandeza.

A Figura 1 mostra a utilização de três planos de projeção para obten-


ção de três projeções, resultando em três vistas da peça por lados diferentes.

12
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I

A manutenção das mesmas posições relativas das vistas permite que a


partir dos desenhos bidimensionais, resultantes das projeções ortogonais, se en-
tenda (visualize) a forma espacial do objeto representado.
Observe os desenhos da Figura 2 onde são mostradas três vistas de
cada uma das quatro peças exemplificadas.

É importante considerar que cada vista representa a peça sendo obser-


vada de uma determinada posição. Ou seja, nas projeções ortogonais, apesar de
estarmos vendo desenhos planos (bidimensionais), em cada vista há uma pro-
fundidade, não visível, que determina a forma tridimensional da peça represen-
tada. Para entender a forma da peça representada pelas projeções ortogonais é
preciso exercitar a imaginação e a capacidade de visualização espacial fazendo a
associação das projeções ortogonais feitas por lados diferentes. Cada superfície
que compõe a forma espacial da peça estará representada em cada uma das três
projeções ortogonais, conforme mostra a Figura 3, onde os planos que compõem
13
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I
a forma espacial da peça foram identificados com letras e nas projeções podem-
se analisar os rebatimentos de cada um destes planos.

Representação de Arestas Ocultas

Como a representação de objetos tridimensionais, por meio de proje-


ções ortogonais, é feita por vistas tomadas por lados diferentes, dependendo da
forma espacial do objeto, algumas de suas superfícies poderão ficar ocultas em
relação ao sentido de observação.

14
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I
Exercício: Nos desenhos abaixo, faça a identificação dos planos que compõem
as formas espaciais das peças dadas e analise seus rebatimentos nas vistas cor-
respondentes.

Como projeções desenhadas representam uma mesma peça sendo vista


por lados diferentes, o desenho deve resguardar, visualmente, as proporções da
peça. Deste modo, os lados que aparecem em mais de uma vista não podem ter
tamanhos diferentes.

Na Figura abaixo, pode-se ver que as dimensões de largura da peça


aparecem nas vistas lateral e superior, as dimensões de altura aparecem nas vis-
tas de frente e lateral e as dimensões de comprimento aparecem nas vistas de
frente e superior.

Assim sendo, as vistas devem preservar:

• Os mesmos comprimentos nas vistas de frente e superior.


• As mesmas alturas nas vistas de frente e lateral.
• As mesmas larguras nas vistas lateral e superior.

15
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I
Representação de Superfícies Inclinadas

A representação de superfícies inclinadas pode ser dividida em dois


casos distintos:

1 – Quando a superfície é perpendicular a um dos planos de proje-


ção e inclinada em relação aos outros planos de projeção.
.

A projeção resultante no plano que é perpendicular à superfície incli-


nada será um segmento de reta que corresponde à verdadeira grandeza da di-
mensão representada. Nos outros dois planos a superfície inclinada mantém a
sua forma, mas sofre alteração da verdadeira grandeza em uma das direções da
projeção resultante.
A Figura 2.25 mostra um exemplo de representação de peças com su-
perfícies inclinadas, porém, perpendiculares a um dos planos de projeção.

16
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I
2 – Superfície Inclinada em Relação aos Três Planos de Projeção

As projeções resultantes nos três planos de projeção manterão a forma


da superfície inclinada, contudo, não corresponderão à sua verdadeira grandeza.

É importante ressaltar que, mesmo que as projeções resultantes não


correspondam à verdadeira grandeza da superfície representada, seu contorno
não sofre alterações, pois, em todas as vistas, uma determinada linha sempre
manterá sua posição primitiva em relação às outras linhas que contornam a su-
perfície inclinada. As Figuras 7 e 8 mostram exemplos de representação de su-
perfícies inclinadas em relação aos três planos de projeção.

17
Professora Fabiana Patriota Lima
Desenho Técnico I
Representação de superfícies curvas

A Figura 9 mostra a projeção ortogonal de superfícies planas, circula-


res e paralelas em cada um dos três planos de projeção. Observe que no plano
paralelo à superfície, a projeção resultante mantém a forma e a verdadeira gran-
deza do círculo, enquanto os outros dois planos a projeção resultam no compri-
mento e altura do cilindro.

A forma cilíndrica é muito comum de ser encontrada como furos. As


Figuras 10 e 11 mostram a representação de peças com furos.

18
Professora Fabiana Patriota Lima

Você também pode gostar