Ebook PDF of Sem Esforço Torne Mais Fácil O Que É Mais Importante 1St Edition Greg Mckeown Full Chapter

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Sem esforço Torne mais fácil o que é

mais importante 1st Edition Greg


Mckeown
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A Editora Sextante agradece a sua escolha.
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Título original: Effortless
Copyright © 2021 por Greg McKeown
Copyright da tradução © 2021 por GMT Editores Ltda.

Esta edição foi publicada mediante acordo com Currency, selo da Random House, uma divisão da Penguin Random
House, LLC.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios
existentes sem autorização por escrito dos editores.

tradução: Beatriz Medina


preparo de originais: Melissa Lopes Leite
revisão: Livia Cabrini e Sheila Louzada
diagramação: Ana Paula Daudt Brandão
ilustrações: Greg McKeown e Denisse Leon
capa: Terri Radstone
adaptação de capa: Gustavo Cardozo
adaptação para e-book: Hondana

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO


SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

M429s

McKeown, Greg
Sem esforço [recurso eletrônico] / Greg McKeown; tradução de Beatriz Medina. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Sextante,
2021.
recurso digital

Tradução de: Effortless


Formato: epub
Requisitos do sistema: adobe digital editions
Modo de acesso: world wide web
ISBN 978-65-5564-194-3 (recurso eletrônico)

1. Fadiga mental. 2. Burnout (Psicologia). 3. Stress ocupacional. 4. Qualidade de vida. 4. Livros eletrônicos. I.
Medina, Beatriz. II. Título.

CDD: 158.723
21-71555
CDU: 159.944.4

Meri Gleice Rodrigues de Souza - Bibliotecária - CRB-7/6439

Todos os direitos reservados, no Brasil, por


GMT Editores Ltda.
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22270-000 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 2538-4100 – Fax: (21) 2286-9244
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Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
Mateus 11:30
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO Nem tudo tem que ser tão difícil

1. INVERTER: E se isso pudesse ser fácil?

Primeira parte: 2. DESFRUTAR: E se pudesse ser divertido?


Estado sem esforço 3. LIBERTAR-SE: O poder de deixar pra lá
Como tornar mais fácil a concentração? 4. DESCANSAR: A arte de não fazer nada
5. OBSERVAR: Como enxergar com clareza

6. DEFINIR: Que aspecto deve ter algo finalizado


7. COMEÇAR: A primeira ação óbvia
Segunda parte:
Ação sem esforço 8. SIMPLIFICAR: Comece do zero
Como tornar mais fácil o trabalho essencial? 9. PROGREDIR: A coragem de ser tosco
10. ESTABELECER UM RITMO: Devagar é tranquilo,
tranquilo é rápido

11. APRENDER: Explore ao máximo o que os outros sabem


Terceira parte: 12. ELEVAR: Aproveite a força da multiplicação
Resultados sem esforço
13. AUTOMATIZAR: Faça uma vez e nunca mais
Como obter o retorno máximo com um esforço
mínimo? 14. CONFIAR: O segredo das equipes de alto desempenho
15. PREVENIR: Resolva o problema antes que aconteça
AGORA: O que acontece em seguida é o que mais importa
CONCLUSÃO Agradecimentos
Notas
INTRODUÇÃO

NEM TUDO TEM QUE SER TÃO DIFÍCIL

Patrick McGinnis,1 palestrante requisitado e autor de livros sobre trabalho e


empreendedorismo, tem uma história de vida muito interessante.
Patrick fez tudo o que deveria fazer para ser considerado uma pessoa de sucesso.
Formou-se na Universidade de Georgetown e fez um MBA na Harvard Business School.
Entrou para uma empresa importante de finanças e seguros.
Cumpria as longas jornadas de trabalho que achava que esperavam dele, cerca de 80
horas por semana, mesmo nas férias e nos feriados. Nunca saía do escritório antes do chefe;
às vezes, parecia que nem sequer saía do escritório.
Viajava tanto a serviço que conquistou a melhor categoria do programa de fidelidade da
companhia aérea Delta, um nível tão alto que nem nome tinha. Ao mesmo tempo, integrava
o conselho diretor de quatro empresas em três continentes. Certa vez, quando se recusou a
ficar em casa porque estava doente, teve que sair três vezes da sala de reuniões para
vomitar no banheiro. Quando voltou, um colega lhe disse que ele estava verde. Nem assim
Patrick parou.
Tinham lhe ensinado que o trabalho duro é o caminho para tudo o que se quer na vida.
Fazia parte da mentalidade da Nova Inglaterra (região dos Estados Unidos onde nasceu):
sua ética profissional era a prova de seu caráter. E, sempre buscando resultados melhores,
ele levou isso além. Não achava simplesmente que trabalhar por horas intermináveis o
levaria ao sucesso; achava que isso era o sucesso. Se alguém não ficava até tarde no
escritório era porque não devia ter um cargo muito importante.
Ele presumia que, no final das contas, as longas jornadas iriam recompensá-lo. Até que,
certo dia, descobriu que trabalhava para uma empresa falida. A empresa era a AIG e o ano,
2008. As ações da companhia tinham caído 97%. Todas as vezes que ficou até tarde no
escritório, todos os incontáveis voos noturnos para a Europa, a América do Sul e a China,
todos os aniversários e comemorações perdidos tinham sido em vão.
Após a eclosão da crise financeira, McGinnis ficou meses sem conseguir sair da cama.
Começou a ter suores noturnos. Sua visão ficou borrada, em sentido literal e figurado.
Passou meses sem enxergar com clareza. Sentia-se caindo no abismo, completamente
perdido.
Adoecido pelo estresse, procurou um médico que lhe pediu alguns exames. Ele se
sentia como o trágico personagem Lutador, um dos cavalos do livro A revolução dos bichos,
de George Orwell. Descrito como o trabalhador mais dedicado da fazenda, sua resposta a
todos os problemas, a todos os reveses, era “Eu vou trabalhar mais!”2 – até que
desmoronou por excesso de trabalho e foi mandado para o matadouro.
Assim, sentado no táxi enquanto voltava do consultório médico, Patrick fez o que
chamou de “barganha com Deus” e prometeu que, se sobrevivesse, iria finalmente fazer
algumas mudanças.
“Trabalhar duro e por mais tempo havia sido minha solução para todos os problemas”,
disse Patrick. Mas, de repente, ele percebeu que, na verdade, o saldo do excesso de
trabalho era negativo.
O que poderia fazer, então? Havia três opções: poderia continuar do mesmo jeito e,
provavelmente, morrer de tanto trabalhar; poderia diminuir suas expectativas e desistir de
suas metas; ou poderia encontrar um jeito mais fácil de atingir o sucesso que queria.
Ele escolheu a terceira opção.
Pediu demissão da AIG, mas continuou atuando como consultor. Parou de trabalhar 80
horas por semana. Passou a voltar para casa às cinco da tarde. Não lia nem mandava e-
mails nos finais de semana.
Também parou de tratar o sono como um mal necessário. Começou a caminhar, a
correr e a comer melhor. Perdeu 11 quilos. Voltou a curtir a vida e a gostar do trabalho.
Mais ou menos nessa época, ele soube que um amigo estava investindo em startups –
não muito dinheiro, só pequenos cheques aqui e ali. Interessado, Patrick resolveu apostar
em alguns negócios. Conseguiu um retorno de 25 vezes sobre sua carteira de
investimentos. Mesmo em épocas de dificuldade econômica, ele se sentia confiante com
suas finanças, porque não dependia de uma única fonte de renda.
Hoje em dia, Patrick ganha mais dinheiro do que antes, trabalhando metade das horas.
E o tipo de trabalho que está realizando é mais compensador, menos invasivo. “Nem
parece mais trabalho”, declarou ele.
O que ele aprendeu com essa experiência foi o seguinte: quando simplesmente não dá
para se esforçar mais, é hora de procurar um caminho diferente.
E quanto a você?
Já sentiu que está correndo mais depressa mas não se aproxima de seus objetivos? Quer
dar uma contribuição maior mas não consegue porque lhe falta energia? Tem a impressão
de estar a um passo do esgotamento físico e mental? Percebe que a situação é muito mais
difícil do que deveria ser?
Se respondeu “sim” a qualquer uma dessas perguntas, este livro é para você.
Assim como Patrick no início da história, existem muitas pessoas por aí trabalhando
duro e dando o melhor de si. Elas são disciplinadas e focadas. São engajadas e motivadas.
Ainda assim, estão completamente exaustas. Onde estão errando?

O caminho sem esforço


A vida é feita de ciclos. Há ritmo em tudo o que fazemos. Tem a hora de dar tudo de si e a
hora de descansar e se recuperar. Hoje, porém, nos forçamos cada vez mais, o tempo todo.
Não há cadência, só um esforço estafante e contínuo.
Vivemos numa época de grandes oportunidades. No entanto, parece que a vida
moderna faz a gente se sentir o tempo todo como quem caminha em altitude elevada. O
cérebro fica confuso. O chão parece instável. O ar é rarefeito, e pode ser
surpreendentemente cansativo avançar um centímetro que seja. Talvez sejam o medo e a
incerteza incessantes quanto ao futuro. Talvez sejam a solidão e o isolamento. Talvez
sejam as preocupações ou as dificuldades financeiras. Talvez sejam todas as
responsabilidades, todas as pressões que nos sufocam diariamente. Seja qual for a causa, a
consequência é que muitas vezes empregamos o dobro do esforço para alcançar só metade
do resultado esperado.
A vida tende a ser complicada, árdua, triste, fatigante e frustrante em muitos
momentos. Precisamos lidar com decepções, relacionamentos desgastados, contas
atrasadas, criação de filhos, doenças, perda de entes queridos. Há períodos em que todos os
dias são difíceis.
Não seria realista afirmar que este livro tem o poder de eliminar essas tribulações. Não
escrevi Sem esforço para subestimar o peso de suas aflições, e sim para ajudar você a deixá-
las mais leves. Ele pode não tornar todo fardo difícil mais fácil de carregar, mas acredito
que possa descomplicar muitas coisas.
É normal se sentir sobrecarregado e exausto com os desafios grandes e penosos. E é
igualmente normal se sentir sobrecarregado e exausto com as frustrações e os incômodos
cotidianos. Acontece com todos nós.
Estranhamente, alguns reagem à exaustão e à sobrecarga prometendo trabalhar ainda
mais. Em nada ajuda o fato de nossa cultura glorificar o esgotamento físico e mental – ou
síndrome de burnout – como medida de sucesso e valor pessoal. A mensagem implícita é
que, se não nos sentirmos perpetuamente exaustos, é porque não estamos fazendo o
suficiente. Segundo essa mentalidade, grandes feitos estariam reservados aos que sangram,
aos que chegam perto de um colapso. Um volume esmagador de trabalho deveria ser a
meta.

O burnout não é uma medalha de honra.


É verdade que trabalhar mais arduamente pode levar a um resultado melhor. Mas só
até certo ponto. Afinal de contas, há um limite máximo de tempo e de esforço que podemos
investir. E, quanto mais cansados ficamos, mais o retorno sobre esse esforço diminui. Esse
ciclo pode continuar até ficarmos esgotados, e sem produzir o resultado que de fato
queremos. Provavelmente você sabe disso. Pode estar nessa situação agora mesmo.
E se adotássemos a abordagem oposta? Se, em vez de nos forçarmos, em alguns casos
bem além dos nossos limites, buscássemos um caminho mais fácil?

O dilema
Após a publicação do meu primeiro livro, Essencialismo – A disciplinada busca por menos,
entrei no circuito de palestras. Tive a oportunidade de viajar pelos Estados Unidos dando
conferências, autografando livros e transmitindo uma mensagem muito significativa para
mim. Numa dessas viagens, cheguei à noite de autógrafos na hora marcada e descobri que
300 pessoas faziam fila até dobrar a esquina e que os exemplares tinham se esgotado na
livraria – o que nunca acontecera antes em um evento. Aquele ano virou um borrão de
saguões de aeroporto, corridas de Uber e quartos de hotel.
Pessoas que leram o livro três, cinco ou dezessete vezes me escreveram para dizer que
ele tinha mudado sua vida e, em alguns casos, até a salvara. Todas desejavam me contar sua
história, e eu estava disposto a ouvi-la.
Eu queria falar diante de salas cheias de gente ansiosa para se tornar essencialista.
Queria responder a todos os e-mails que recebia dos leitores. Queria escrever mensagens
personalizadas a todos os que me pediam autógrafos. Queria estar presente e ser gentil com
cada pessoa que tivesse uma história a contar sobre sua experiência com Essencialismo.
Melhor ainda do que ser o “Pai do Essencialismo” era ser pai, agora de quatro filhos.
Minha família sintetiza tudo o que é essencial para mim, e eu queria me dedicar totalmente
a ela. Queria ser um verdadeiro parceiro para minha esposa, Anna, e dar o apoio necessário
para que ela pudesse ir atrás de seus objetivos e sonhos. Queria realmente escutar meus
filhos sempre que quisessem falar, mesmo nos momentos que pareciam os mais
inconvenientes. Queria estar presente para comemorar seus sucessos. Queria orientá-los e
incentivá-los a atingir as metas essenciais para eles, fosse dirigir um filme ou alcançar o
nível mais alto dos escoteiros. Eu queria fazer tudo com eles, como curtir jogos de
tabuleiros, praticar luta, nadar, jogar tênis, ir à praia, assistir a filmes comendo pipoca e
guloseimas.
Com o intuito de ter tempo para tudo isso, eu já descartara muita coisa não essencial:
resistira a escrever outro livro, embora me dissessem que eu “tinha que” fazer isso a cada
18 meses; pedira licença do meu trabalho como professor em Stanford; pusera de lado os
planos de montar um negócio de seminários e oficinas.
Nunca havia sido tão seletivo na vida. O problema era que ainda parecia que eu estava
fazendo coisas demais. E não era só isso: eu sentia um chamado para aumentar minha
contribuição mesmo quando não havia mais espaço para mais nada.
Eu me esforçava para ser um modelo de Essencialista. Para viver de acordo com o que
ensinava. Mas não era suficiente. Sentia as falhas do pressuposto a que sempre me
agarrara: que, para obter tudo o que queremos sem nos ocupar demais nem nos forçar ao
impossível, bastava ter a disciplina de só dizer “sim” a atividades essenciais e “não” a todo
o resto. Mas agora eu me perguntava o que fazer quando a vida já está reduzida ao
essencial e ainda há coisas demais.
Mais ou menos nessa época, eu dava uma aula a um grupo de empreendedores quando
alguém mencionou a “teoria das pedras grandes”.
É a história muito conhecida da professora que pega um jarro de vidro grande e vazio.
Ela põe algumas pedrinhas no fundo. Depois, tenta pôr pedras maiores em cima, só que
elas não cabem.
Então a professora pega outro jarro de vidro vazio do mesmo tamanho. Desta vez, ela
põe as pedras grandes primeiro e, em seguida, as pedrinhas. Agora elas cabem. E ainda
sobra espaço para completar com areia.
De acordo com essa metáfora, as pedras grandes são as responsabilidades mais
essenciais, como saúde, família e relacionamentos. As pedrinhas são os aspectos menos
importantes, como trabalho e carreira. Já a areia representa coisas como mídias sociais e
aplicativos de namoro.
A lição é semelhante àquela que sempre segui: quando a gente prioriza o que é mais
importante, há espaço na vida não só para o que mais valorizamos como para outras coisas.
Caso contrário, você fará o que for trivial porém ficará sem espaço para o que realmente
importa.
No entanto, sentado no quarto de hotel naquela noite, me perguntei: o que fazer quando
há pedras grandes em excesso? E se o trabalho absolutamente essencial não couber dentro
dos limites do jarro?

Enquanto eu refletia sobre isso, recebi uma chamada de vídeo. Era meu filho Jack, que
ligava do celular de minha esposa. Isso não era comum e imediatamente chamou minha
atenção. Notei que o rosto dele estava sem cor. O tom de voz era urgente. Ele parecia
apavorado. Dava para ouvir minha mulher ao fundo pedindo para Jack “virar o celular”,
para que eu visse o que estava acontecendo.
Ele tentou explicar: “Tem… alguma coisa muito errada… Eve estava comendo e aí a
cabeça dela começou a se mexer… Mamãe… mandou eu ligar para você.”
Minha filha estava sofrendo uma crise convulsiva fortíssima.
Com a adrenalina nas alturas, fiz as malas correndo e peguei o primeiro voo de volta
para casa. Mas o que viria nos dias e semanas à frente me deixou emocionalmente
esgotado. Houve visitas ao hospital. Consultas com médicos especialistas. Telefonemas
intermináveis de amigos e parentes que queriam saber como estávamos e em que poderiam
ajudar. Enquanto isso, todas as minhas outras responsabilidades não tinham desaparecido
milagrosamente só porque eu estava no meio de uma crise. Ainda havia palestras a
remarcar. Voos a cancelar. E-mails essenciais a responder.
Eu me sentia perdido, sobrecarregado, sufocado. Estava a ponto de desmoronar.
Passadas muitas semanas, finalmente admiti a realidade da situação: eu estava
esgotado. Escrevera um livro que ensinava a ser essencialista, e lá estava eu,
sobrecarregado e forçado a ir muito além dos limites. Eu sentia uma pressão autoimposta
de ser o essencialista perfeito, mas não restava nada não essencial para eliminar. Tudo
tinha importância. Até que chegou o momento em que admiti que não estava bem.
O que aprendi foi: eu estava fazendo todas as coisas certas pelas razões certas, mas
estava fazendo do jeito errado.
Eu era como um levantador de pesos tentando levantá-los com os músculos da região
lombar. Um nadador que não tinha aprendido a respirar direito. Um padeiro que sovava
meticulosamente à mão cada um dos pães.
Desconfio que você saiba exatamente do que estou falando. Aposto que entende como é
se sentir envolvidíssimo com o trabalho, porém à beira da exaustão. Fazer o melhor que
pode e ainda assim sentir que não basta. Ter mais tarefas essenciais do que cabem no seu
dia. Querer fazer mais e simplesmente não ter espaço. Avançar em coisas importantes, mas
estar cansado demais para extrair qualquer alegria do sucesso.
Para você que dá tanto de si, preste atenção: existe outro jeito.
Nem tudo tem que ser tão difícil. Chegar ao próximo nível não deve ser sinônimo de
exaustão crônica. Sua contribuição para o mundo não precisa ser feita às custas de sua
saúde física e mental.
Quando fica difícil demais lidar com as coisas essenciais, você pode desistir delas ou
procurar um jeito mais fácil de gerenciá-las.
Essencialismo era sobre fazer as coisas certas. Sem esforço é sobre fazê-las do jeito
certo.
Desde que escrevi Essencialismo,3 tive a oportunidade de conversar com milhares de
pessoas – algumas cara a cara, outras via rede social e outras ainda em meu podcast – sobre
os desafios que enfrentam para levar uma vida que prioriza o que tem mais importância.
Escutei muita gente contando, de forma às vezes vulnerável, como se esforça para isso.
O que aprendi foi o seguinte: todos queremos fazer o que mais importa. Queremos
entrar em forma, guardar dinheiro para a casa própria ou a aposentadoria, alcançar a
realização na carreira e construir relacionamentos mais significativos com as pessoas com
quem trabalhamos e com quem convivemos. O problema não é a falta de motivação. Se
fosse, todos já teríamos nosso peso ideal, viveríamos dentro de nossas posses, teríamos o
emprego dos sonhos e desfrutaríamos de relacionamentos profundos com todas as pessoas
que são valiosas para nós.
A motivação não basta, porque é um recurso limitado. Para avançar verdadeiramente
nas coisas que importam, precisamos de um jeito novo de trabalhar e viver.
Em vez de tentar obter resultados melhores nos esforçando ainda mais, podemos
transformar as atividades mais essenciais nas mais fáceis de serem executadas.
Para alguns, a ideia de trabalhar menos arduamente traz certo desconforto. Nós nos
julgamos preguiçosos. Tememos ficar para trás. Ficamos nos sentindo culpados por não
fazermos um esforço extra todas as vezes. Essa mentalidade, consciente ou não, pode ter
origem na ideia puritana de que o ato de fazer coisas difíceis tem um valor inerente. O
puritanismo – uma concepção da fé protestante que prosperou sobretudo nos Estados
Unidos –, além de abraçar a dificuldade, também nos fez desconfiar da facilidade. Mas
atingir nossas metas com eficiência não é falta de ambição; é uma questão de inteligência.
Trata-se de uma alternativa libertadora tanto para o esforço quanto para a preguiça, pois
nos permite conservar a sanidade e, ao mesmo tempo, realizar tudo o que desejamos.
O que poderia acontecer na sua vida se as coisas fáceis e sem sentido ficassem mais
difíceis e as essenciais, mais fáceis? Se os projetos essenciais que você vem adiando se
tornassem prazerosos, ao passo que as distrações sem sentido perdessem totalmente o
apelo? Essa mudança viraria o jogo a seu favor. Mudaria tudo. E de fato muda tudo.
Essa é a proposta de valor de Sem esforço. Trata-se de um jeito novo de trabalhar e
viver. Um jeito de realizar mais com tranquilidade – realizar mais porque você está
tranquilo. Um jeito de aliviar os fardos inevitáveis da vida e obter os resultados certos sem
se esgotar.
O que poderia acontecer na sua vida se as
coisas fáceis e sem sentido ficassem mais
difíceis e as essenciais, mais fáceis?
Guia do livro
Este livro está organizado em três partes:

A Primeira Parte reapresenta você ao seu Estado Sem ​Esforço.


A Segunda Parte mostra como realizar a Ação Sem Esforço.
A Terceira Parte trata de como obter Resultados Sem Esforço.

Cada uma evolui a partir da anterior.


Pense num jogador de basquete de alto nível se preparando para cobrar um lance livre.
Primeiro, ele entra no estado mental certo. Posiciona-se na linha do lance livre e quica a
bola algumas vezes – um ritual para ajudá-lo a ficar completamente concentrado. Quase dá
para ver o jogador esvaziando a cabeça: ele se livra de todas as emoções, bloqueia o ruído
do público. É o que chamo de Estado Sem Esforço.
Depois, o jogador dobra os joelhos, alinha o cotovelo no ângulo certo e então eleva as
mãos, impulsiona e arremessa a bola. Ele treinou esses movimentos fluidos e precisos até
que se entranhassem na memória muscular. Essa é a Ação Sem ​Esforço.
Por último, a bola faz um arco no ar e entra na cesta. Faz aquele barulhinho satisfatório:
o som de um lance livre executado com perfeição. Não foi um golpe de sorte. Ele pode
fazer isso várias e várias vezes seguidas. É essa a sensação de conseguir Resultados Sem
Esforço.

Primeira Parte: Estado Sem Esforço


Quando o cérebro atinge sua capacidade máxima, tudo parece mais difícil. A fadiga nos
desacelera. Premissas equivocadas e emoções negativas atrapalham nosso processamento
de informações novas. As incontáveis distrações do cotidiano nos impedem de enxergar
com clareza o que é importante.
Assim, o primeiro passo para fazer as coisas com menos esforço é limpar toda a tralha
da cabeça e do coração.
Você já deve ter sentido isso. É quando está descansado, em paz e concentrado. Está
totalmente presente no momento. Tem uma consciência aguçada do que importa aqui e
agora. Você se sente capaz de executar a ação certa.
Essa parte do livro apresenta formas práticas de retornar ao Estado Sem Esforço.

O modelo

Exaustivo Sem esforço


As coisas mais essenciais podem
Pensa Tudo o que vale a pena fazer exige um esforço imenso
ser as mais fáceis

Esforça-se demais: complica demais, projeta demais,


Faz pensa demais e faz demais
Encontra o caminho mais fácil
Os resultados certos sem
Obtém Esgotamento e nenhum dos resultados desejados
esgotamento

Segunda Parte: Ação Sem Esforço


Quando estamos no Estado Sem Esforço, fica mais fácil passar à Ação Sem Esforço. Mas
ainda podemos encontrar complexidades que atrapalhem o início ou o avanço de um
projeto essencial. O perfeccionismo dificulta começar projetos essenciais, duvidar de si
mesmo dificulta terminá-los e tentar fazer coisas demais depressa demais dificulta manter
o ímpeto.
Essa parte do livro fala de como simplificar o processo para tornar o trabalho em si
mais fácil.

Terceira Parte: Resultados Sem Esforço


Quando executamos a Ação Sem Esforço, fica mais fácil obter o resultado que queremos.
Há dois tipos de resultado: o linear e o residual.
Sempre que seu esforço gera um benefício único, você obtém um resultado linear. Todo
dia, você parte do zero; se não investir esforço hoje, não obterá o resultado hoje. É uma
razão de 1 para 1: a quantidade de esforço investido é igual à do resultado recebido. Mas e
se esse resultado pudesse fluir para nós repetidamente, sem novos esforços de nossa parte?
Com o resultado residual, você investe o esforço uma vez e colhe benefícios várias
vezes. O resultado flui para você enquanto dorme, ou quando está tirando um dia de folga.
Pode ser praticamente infinito.
Sozinha, a Ação sem Esforço produz resultado linear. Mas, quando aplicamos a Ação
sem Esforço a atividades de alta alavancagem, os rendimentos de nosso esforço se
combinam, como os juros compostos da poupança. É assim que produzimos resultado
residual.
Produzir um ótimo resultado é bom. Produzir um ótimo resultado com facilidade é
melhor. Produzir um ótimo resultado com facilidade várias e várias vezes é melhor ainda.
A Terceira Parte do livro mostra justamente como fazer isso.

Qualquer coisa pode ser feita sem esforço, mas não tudo
Descobrir o jeito de viver sem esforço é como usar óculos escuros polarizados especiais
para pescar.4 Sem eles, o brilho da água dificulta ver qualquer coisa nadando sob a
superfície. Mas, assim que se põem os óculos, suas lentes filtram as ondas horizontais de
luz que vêm da água e bloqueiam o brilho. De repente, é possível enxergar todos os peixes
lá embaixo.
Quando você se acostuma a fazer as coisas do jeito difícil, é como se estivesse o tempo
todo ofuscado pelo brilho que vem da água. Mas, quando começar a pôr em prática as
ideias deste livro, passará a ver que o jeito mais fácil estava lá o tempo todo, só que fora do
seu campo de visão.

Todos já experimentamos o jeito sem esforço. Por exemplo: você já se sentiu mais
produtivo quando alcançou um estado mais relaxado? Já obteve um resultado melhor
depois que parou de se esforçar tanto? Já fez algo uma vez que o beneficiou múltiplas
vezes?
Minha motivação para escrever este livro é uma só: ajudar você a vivenciar isso mais
vezes e por mais tempo.
É claro que nem tudo na vida pode ser feito sem esforço. Mas é possível tornar as coisas
essenciais menos impossíveis; depois, mais fáceis; em seguida, fáceis; e, finalmente, sem
esforço.
Para escrever este livro, entrevistei especialistas, li pesquisas e extraí ensinamentos da
economia comportamental, da filosofia, da psicologia, da física e da neurociência. Fiz uma
busca disciplinada para descobrir respostas à pergunta fundamental: Como tornar mais
fácil o que é mais importante?
Agora, mal posso esperar para dividir com você o que aprendi, pois, como disse George
Eliot: “Para que vivemos, se não para tornar a vida menos difícil uns para os outros?”5
jogador de basquete com melhor aproveitamento nos lances livres não é Michael

O Jordan nem Steph Curry. É Elena Delle Donne. Sua taxa de sucesso na linha de
lance livre durante sua carreira é de 93,4%. É a mais alta da história tanto da liga
americana feminina (WNBA) quanto da masculina (NBA).6
Seu segredo é confiar no processo simples que pratica desde a época da escola. Elena
vai até a linha, acha o ponto certo com o pé direito, alinha os pés, quica a bola três vezes,
faz um L com o braço, ergue-o e lança a bola. “Quando se mantém tudo simples, há menos
coisas para dar errado”, ela diz.
E qual seria a parte mais importante do processo? “Não pensar demais. O mais
importante na linha de lance livre é não deixar coisas demais entrarem na cabeça.”
Em outras palavras, o segredo do sucesso de Elena é a capacidade de alcançar o que
chamo de Estado Sem Esforço.
Você é como um supercomputador projetado com recursos extremamente poderosos.
Foi construído para aprender depressa, resolver problemas intuitivamente e calcular sem
esforço a próxima ação correta.
Em condições ideais, seu cérebro trabalha a uma velocidade incrível.7 Mas, da mesma
forma que um supercomputador, seu cérebro nem sempre alcança o desempenho ideal.
Pense em como o computador fica mais lento quando o disco rígido está cheio demais de
arquivos e dados de navegação. A máquina ainda tem uma potência excelente, mas está
menos disponível para cumprir funções essenciais. Do mesmo modo, quando seu cérebro
está cheio de tralha – como premissas equivocadas, emoções negativas e padrões de
pensamento tóxicos –, você tem menos energia mental disponível para realizar o que é
mais essencial.
Um conceito da psicologia cognitiva chamado teoria da carga perceptiva8 explica por
que isso que acontece. A capacidade de processamento do cérebro é grande, mas limitada.
Ele já processa mais de 6 mil pensamentos por dia.9 Assim, quando encontramos
informações novas, o cérebro tem que decidir como alocar os recursos cognitivos
remanescentes. E, pelo fato de o cérebro ser programado para priorizar as emoções com
elevado “valor afetivo”10 – como medo, ressentimento ou raiva –, essas emoções fortes
geralmente vencem a disputa, nos deixando com ainda menos recursos mentais para
dedicar às coisas que importam.

Quando seu computador fica lento, você só precisa clicar em alguns botões para limpar
uns arquivos e os dados de navegação; imediatamente a máquina passa a funcionar melhor
e mais depressa. De maneira similar, é possível usar táticas simples para se livrar de toda a
tralha que desacelera o disco rígido de sua mente. Ao clicar em alguns botões, seu Estado
Sem Esforço original pode ser restaurado.
Talvez você já tenha experimentado como é retornar ao Estado Sem Esforço. Imagine o
fim de um longo dia. Você está com uma dor de cabeça que não passa. Não se lembra de
onde deixou o celular. Nem as chaves. Até as solicitações mais simples e razoáveis – um
cliente lhe pede uma informação numa mensagem de voz confusa, ou seu filho quer que
você vá buscá-lo após a aula de piano – o enchem de frustração. Um feed​back construtivo
do chefe o tira dos eixos; você se convence de que é um fracasso. Trata o cônjuge com
irritação e não encontra as palavras certas para expressar como se sente sobrecarregado.
Por que tudo é tão difícil?, você se pergunta.
Então, depois de uma boa refeição, um banho quente e uma bela noite de sono, tudo
parece diferente. Você acorda com a cabeça leve, grato por mais um dia. Encontra o celular
e as chaves (bem onde os deixou!). Imediatamente, sabe como responder ao cliente (o
recado nem era tão confuso assim, afinal de contas) e o faz com gentileza. O que você mais
quer é estar no carro com seu filho por alguns minutos na volta da aula de piano. Você
encontra as palavras certas para dizer ao seu cônjuge: “Sinto muito por aquilo! Por favor,
me perdoe.” Agradece sinceramente ao chefe pelo feedback. Sua confiança na própria
capacidade é restaurada.
Quando retorna ao Estado Sem Esforço, você se sente mais leve e mais iluminado.
Primeiro, você se sente menos pesado, sem fardos. De repente, tem mais energia.
E você também se sente mais cheio de luz. Quando remove os fardos do coração e as
distrações da mente, consegue enxergar com mais clareza. É capaz de discernir a ação
correta e de iluminar o caminho certo.
O Estado Sem Esforço é aquele em que você está fisicamente descansado,
emocionalmente aliviado e mentalmente energizado. Está cem por cento presente, atento e
focado no que é essencial naquele momento. É capaz de fazer com facilidade o que mais
importa.
CAPÍTULO 1

INVERTER
E se isso pudesse ser fácil?

“Quatro da manhã e estou acordada editando fotos? É sério, isso?”11


Kim Jenkins queria fazer o que era realmente importante, mas estava sobrecarregada.
Para começar, a universidade onde ela trabalhava passava por uma grande expansão. A
base de clientes dobrara nos últimos anos, mas eles funcionavam praticamente com o
mesmo número de funcionários e os mesmos recursos de antes.
Com a expansão da instituição viera o aumento generalizado da complexidade. Havia
políticas internas novas e difíceis de decifrar. Os processos tinham ficado ineficientes e
agora todos os projetos e programas exigiam mais tempo e energia. Pessoas bem-
intencionadas tinham somado coisas, mas nunca subtraído. Tarefas que eram simples
foram transformadas em desafios enlouquecedores e desnecessariamente complicados.
Por consequência, o esforço necessário para fazer seu trabalho se tornara hercúleo. E
Kim tendia a ser muito dura consigo mesma. Ela disse: “Eu achava que, se não me
empenhasse muito, sacrificando todo o tempo que tinha para mim, eu estaria sendo
egoísta.”
Então, um dia, caiu a ficha. As coisas eram muito mais difíceis do que deveriam ser.
“Enxerguei tudo como realmente era: camadas e mais camadas de complexidade
desnecessária. Aquilo se expandia o tempo todo e eu sufocava no meio de tanta confusão.”
Kim decidiu que era hora de mudar. Quando estivesse diante de uma tarefa que
parecesse impossível, ela perguntaria: “Não tem um jeito mais fácil?”
Pouco depois, um professor perguntou se a equipe de audiovisual dela poderia gravar
um semestre inteiro de um curso. Era a oportunidade perfeita para testar sua nova
abordagem. Se fosse antes, ela teria se atirado de cabeça na tarefa: colocaria a equipe para
trabalhar durante quatro meses e procuraria modos de ir além, acrescentando trilhas
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five years old, nevertheless she was of the greatest assistance to
her mother in nursing women. Both showed the utmost kindness to
the new-born children, washed and brushed them up, said pretty
things to them, and strengthened the mothers with cordials and tonic
draughts. To their care the Israelites were indebted for the graceful
and vigorous forms of their children; and the two women were such
favourites with the people, that they called the one Shiphrah (the
soother or beautifier) and the other Puah (the helper).
When they appeared before the king, and heard what he designed,
Miriam’s young face flushed scarlet, and she said, in anger, “Woe to
the man! God will punish him for his evil deed.”
The executioner would have hurried her out, and killed her for her
audacity, but the mother implored pardon, saying, “O king! forgive
her speech; she is only a little foolish child.”
Pharaoh consented, and assuming a gentler tone, explained that the
female children were to be saved alive, and that the male children
were to be quietly put to death, without the knowledge of the
mothers. And he threatened them, if they did not obey his wishes,
that he would cast them into a furnace of fire. Then he dismissed
them. But the two midwives would not fulfil his desire.
And when Pharaoh found that the men-children were saved alive, he
shut up the two midwives, that the Hebrew women might be without
their succour. But this availed not. And God rewarded the midwives;
for of the elder Moses was born.
Five years passed, and Pharaoh dreamed that, as he sat upon his
throne, an old man stood before him holding a balance. And the old
man put the princes, and nobles, and elders of Egypt, and all its
inhabitants into one scale, and he put into the other a sucking child,
and the babe outweighed all that was in the first scale.[457]
When Pharaoh awoke, he rehearsed his dream in the ears of his
wise men and magicians and soothsayers, and asked them the
interpretation thereof.
Then answered Balaam, who, with his sons Jannes and Jambres,
was at the court, and said, “O king, live for ever! The dream thou
didst see has this signification. A child shall be born among the
Hebrews who shall bring them with a strong hand out of Egypt, and
before whom all thy nations shall be as naught. A great danger
threatens thee and all Egypt.”
Then said Pharaoh in dismay, “What shall we do? All that we have
devised against this people has failed.”
“Let the king suffer me to give my advice,” said Jethro, one of his
councillors. And when Pharaoh consented, he said, “May the king’s
days be multiplied! This is my advice; the people that thou
oppressest is a great people, and God is their shield. All who resist
them are brought to destruction; all who favour them prosper.
Therefore, O king, do thou withdraw thy hand, which is heavy upon
them; lighten their tasks, and extend to them thy favour.”
But this advice pleased not Pharaoh nor his councillors; and his
anger was kindled against Jethro, and he drove him from his court
and from the country. Then Jethro went with his wife and daughter,
and dwelt in the land of Midian.
Then said the king, “Job of Uz, give thy opinion.”
But Job opened not his lips.
Then rose Balaam, son of Beor, and he said, “O my king, all thy
attempts to hurt Israel have failed, and the people increase upon
you. Think not to try fire against them, for that was tried against
Abraham their father, and he was saved unhurt from the midst of the
flames. Try not sword against them, for the knife was raised against
Isaac their father, and he was delivered by the angel of God. Nor will
hard labour injure them, as thou hast proved. Yet there remains
water, that hath not yet been enlisted against them; prove them with
water. Therefore my advice is—cast all their new-born sons into the
river.”[458]
The king hesitated not; he appointed Egyptian women to be nurses
to the Hebrews, and instructed them to drown all the male children
that were born; and he threatened with death those who withstood
his decree. And that he might know what women were expecting to
be delivered, he sent little Egyptian children to the baths, to observe
the Hebrew women, and report on their appearance.
But God looked upon the mothers, and they were delivered in sleep
under the shadow of fruit-trees, and angels attended on them,
washed and dressed the babes, and smeared their little hands with
butter and honey, that they might lick them, and, delighting in the
flavour, abstain from crying, and thus escape discovery. Then the
mothers on waking exclaimed:—“O most Merciful One, into Thy
hands we commit our children!” But the emissaries of Pharaoh
followed the traces of the women, and would have slain the infants,
had not the earth gaped, and received the little babes into a hollow
place within, where they were fed by angel hands with butter and
honey.
The Egyptians brought up oxen and ploughed over the spot, in
hopes of destroying thereby the vanished infants; but, when their
backs were turned, the children sprouted from the soil, like little
flowers, and walked home unperceived. Some say that 10,000
children were cast into the Nile. They were not deserted by the Most
High. The river rejected them upon its banks, and the rocks melted
into butter and honey around them and thus fed them,[459] and oil
distilled to anoint them.
This persecution had continued for three years and four months,
when, on the seventh day of the twelfth month, Adar, the astrologers
and seers stood before the king and said, “This day a child is born
who will free the people of Israel! This, and one thing more, have we
learnt from the stars, Water will be the cause of his death;[460] but
whether he be an Egyptian or an Hebrew child, that we know not.”
“Very well,” said Pharaoh; “then in future all male children, Egyptians
as well as Hebrews, shall be cast indiscriminately into the river.”
And so was it done.[461]
2. THE BIRTH AND CHILDHOOD OF MOSES.

Kohath, son of Levi, had a son named Amram, whose life was so
saintly, that death could not have touched him, had not the decree
gone forth, that every child of Adam was to die.
He married Jochebed, the daughter of Levi, his aunt, and by her he
had a daughter Miriam; and after four years she bore him a son, and
he called his name Aaron.
Now when it was noised abroad that Pharaoh would slay all the sons
of the Hebrews that were born to them, Amram thrust away his wife,
and many others did the same, not that they hated their wives, but
that they would spare them the grief of seeing their children put to
death.[462] After three years, the spirit of prophecy came on Miriam,
as she sat in the house, and she cried, “My parents shall have
another son, who shall deliver Israel out of the hands of the
Egyptians!” Then she said to her father, “What hast thou done? Thou
hast sent thy wife away, out of thine house, because thou couldst not
trust the Lord God, that He would protect the child that might be born
to thee.”
Amram, reproved by these words, sought his banished wife; the
angel Gabriel guided him on his way, and a voice from heaven
encouraged him to proceed. And when he found Jochebed, he led
her to her home again.[463]
One hundred and thirty years old was Jochebed, but she was as
fresh and beauteous as on the day she left her father’s house.[464]
She was with child, and Amram feared lest it should be a boy, and
be slain by Pharaoh.
Then appeared the Eternal One to him in a dream, and bade him be
of good cheer, for He would protect the child, and make him great,
so that all nations should hold him in honour.
When Amram awoke, he told his dream to Jochebed, and they were
filled with fear and great amazement.
After six months she bore a son, without pain. The child entered this
world in the third hour of the morning, of the seventh day of the
month Adar, in the year 2368 after the Creation, and the 130th year
of the sojourn of the Israelites in Egypt. And when he was born, the
house was filled with light, as of the brightest sunshine.
The tender mother’s anxiety for her son was increased when she
noted his beauty,—he was like an angel of God,—and his great
height and noble appearance. The parents called him Tobias (God is
good) to express their thankfulness, but others say he was called
Jokutiel (Hope in God). Amram kissed his daughter, Miriam, on the
brow, and said, “Now I know that thy prophecy is come true.”[465]
Jochebed hid the child three months in her chamber where she
slept. But Pharaoh, filled with anxiety, lest a child should have
escaped him, sent Egyptian women with their nurslings to the
houses of the Hebrews. Now it is the custom of children, when one
cries, another cries also. Therefore the Egyptian women pricked their
babes, when they went into a house, and if the child were concealed
therein, it cried when it heard the Egyptian baby scream. Then it was
brought out and despatched.
Jochebed knew that these women were coming to her house, and
that, if the child were discovered, her husband and herself would be
slain by the executioner of Pharaoh.
Moreover they feared the astrologers and soothsayers, that they
would read in the heavens that a male child was concealed there.
“Better can we deceive them,” said Amram, “if we cast the child into
the water.”
Jochebed took the paper flags and wove a basket, and pitched it
with pitch without, and clay within, that the smell of the pitch might
not offend her dear little one; and then she placed the basket
amongst the rushes, where the Red Sea at that time joined the river
Nile.
Then, weeping and wailing, she went away, and seeing Miriam come
to meet her, she smote her on the head, and said, “Now, daughter,
where is thy prophesying?”
Miriam followed the little ark, as it floated on the wash of the river,
and swam in and out among the reeds; for Miriam was wondering
whether the prophecy would come true, or whether it would fail. This
was on the twenty-first of the month Nisan, on the day, chosen from
the beginning, on which in after times Moses should teach his people
the Song of Praise for their delivery at the Red Sea.[466]
Then the angels surrounded the throne of God and cried, “O Lord of
the whole earth, shall this mortal child fore-ordained to chant, at the
head of Thy chosen people, the great song of delivery from water,
perish this day by water?”
The Almighty answered, “Ye know well that I behold all things. They
that seek their salvation in their own craftiness and evil ways shall
find destruction, but they who trust in Me shall never be confounded.
The history of that child shall be a witness to My almighty power.”
Melol, king of Egypt, had then only one daughter, whom he greatly
loved; Bithia (Thermutis or Therbutis)[467] was her name. She had
been married for some time to Chenephras, prince of a territory near
Memphis, but was childless. This troubled her greatly, for she
desired a son who might succeed her father upon the throne of
Egypt.
At this time God had sent upon Egypt an intolerable heat, and the
people were affected with grievous boils.[468] To cure themselves,
they bathed in the Nile. Bithia also suffered, and bathed, not in the
river, but in baths in the palace; but on this day she went forth by the
Nile bank, though otherwise she never left her father’s palace. On
reaching the bathing-place she observed the ark lodged among the
bulrushes, and sent one of her maids to swim out and bring it to her;
but the other servants said, “O princess, this is one of the Hebrew
children, who are cast out according to the command of thy royal
father. It beseems thee not to oppose his commands and frustrate
his will.”
Scarcely had the maidens uttered these words than they vanished
from the surface of the earth. The angel Gabriel had sunk them all,
with the exception of the one who swam for the ark, into the bosom
of the earth.
But the eagerness of the princess was so great, that she could not
wait till the damsel brought her the basket, and she stretched forth
her arm towards it, and her arm was lengthened sixty ells, so that
she was able to take hold of the ark and draw it to land, and lift the
child out of the water.
No sooner had she touched the babe, than she was healed of the
boils which afflicted her, and the splendour of the face of the child
was like that of the sun.[469] She looked at it with wonder, and
admired its beauty. But her father’s stern law made her fear, and she
thought to return the child to the water, when he began to cry, for the
angel Gabriel had boxed his ears to make him weep, and thus excite
the compassion of the princess. Then Miriam, hid away among the
rushes, and little Aaron, aged three, hearing him cry, wept also.
The heart of the princess was stirred; and compassion, like that of a
mother for her babe, filled her heart. She felt for the infant yearning
love as though it were her own. “Truly,” said Bithia, “the Hebrews are
to be pitied, for it is no easy matter to part with a child, and to deliver
it over to death.”
Then, fearing that there would be no safety for the babe, if it were
brought into the palace, she called to an Egyptian woman who was
walking by the water, and bade her suckle the child. But the infant
would not take the breast from this woman, nor from any other
Egyptian woman that she summoned; and this the Almighty wrought
that the child might be restored to its own mother again.
Then Miriam, the sister, mingled with those who came up, and said
to Bithia, with sobs, “Noble lady! vain are all thine attempts to give
the child the breast from one of a different race. If thou wouldst have
a Hebrew woman, then let me fetch one, and the child will suck at
once.”[470]
This advice pleased Bithia, and she bade Miriam seek her out a
Hebrew mother.
With winged steps Miriam hastened home, and brought her mother,
Jochebed, to the princess. Then the babe readily took nourishment
from her, and ceased crying.
Astonished at this wonder, the king’s daughter said, but unawares,
the truth, for she spake to Jochebed, “Here is thy child; take and
nurse the child for me, and the wage shall be two pieces of silver a
day.”
Jochebed did what she was bidden, but better reward than all the
silver in Pharaoh’s house was the joy of having her son restored to
his mother’s breast.
The self-same day the soothsayers and star-gazers said to Pharaoh,
“The child of whom we spake to thee, that he should free Israel, hath
met his fate in the water.”
Therefore the cruel decree ordering the destruction of all male
infants was withdrawn, and the miraculous deliverance of Moses
became by this means the salvation of the whole generation. In
allusion to this, Moses said afterwards to the people when he would
restrain them (Numbers xi.): “Verily ye number six hundred thousand
men, and ye would all have perished in the river Nile, but I was
delivered from the water, and therefore ye are all alive as at this
day.”
After two years Jochebed weaned him, and brought him to the king’s
daughter. Bithia, charmed with the beauty and intelligence of the
child, took him into the palace, and named him Moses (he who is
drawn out of the water). Lo! a voice from heaven fell, “Daughter of
Pharaoh! because thou hast had compassion on this little child and
hast called him thy son, therefore do I call thee My daughter (Bithia).
The foundling that thou cherishest shall be called by the name thou
gavest him—Moses; and by none other name shall he be known,
wheresoever the fame of him spreads under the whole heaven.”
Now, in order that Moses might really pass for the child of Bithia, the
princess had feigned herself to be pregnant, and then to be confined;
and now Pharaoh regarded him as his true grandchild.
On account of his exceeding beauty, every one that saw him was
filled with admiration, and said, “Truly, this is a king’s son.” And when
he was taken abroad, the people forsook their work, and deserted
their shops, that they might see him. One day, when Moses was
three years old, Bithia led him by the hand into the presence of
Pharaoh, and the queen sat by the king, and all the princes of the
realm stood about him. Then Bithia presented the child to the king,
and said, “Oh, sire! this child of noble mien is not really my son; he
was given to me in wondrous fashion by the divine river Nile;
therefore have I brought him up as my own son, and destined him to
succeed thee on thy throne, since no child of my body has been
granted to me.”
With these words Bithia laid the boy in the king’s arms, and he
pressed him to his heart, and kissed him. Then, to gratify his
daughter, he took from his head the crown royal, and placed it upon
the temples of Moses. But the child eagerly caught at the crown, and
threw it on the ground, and then alighting from Pharaoh’s knee, he in
childish fashion danced round it, and finally trampled it under his
feet.[471]
The king and his nobles were dismayed. They thought that this
action augured evil to the king through the child that was before
them. Then Balaam, the son of Beor, lifted up his voice and said, “My
lord and king! dost thou not remember the interpretation of thy
dream, as thy servant interpreted it to thee? This child is of Hebrew
extraction, and is wiser and more cunning than befits his age. When
he is old he will take thy crown from off thy head, and will tread the
power of Egypt under his feet. Thus have his ancestors ever done.
Abraham defied Nimrod, and rent from him Canaan, a portion of his
kingdom. Isaac prevailed over the king of the Philistines. Jacob took
from his brother his birthright and blessing, and smote the Hivites
and their king Hamor. Joseph, the slave, became chief in this realm,
and gave the best of this land to his father and his brethren. And now
this child will take from thee the kingdom, and will enslave or destroy
thy people. There is no expedient for thee but to slay him, that Egypt
become not his prey.”
But Pharaoh said, “We will take other counsel, Balaam, before we
decide what shall be done with this child.”
Then some advised that he should be burnt with fire, and others that
he should be slain with the sword. But the angel Gabriel, in the form
of an old man, mingled with the councillors, and said, “Let not
innocent blood be shed. The child is too young to know what he is
doing. Prove whether he has any understanding and design, before
you sentence him. O king! let a bowl of live coals and a bowl of
precious stones be brought to the little one. If he takes the stones,
then he has understanding, and discerns between good and evil; but
if he thrusts his hands towards the burning coals, then he is innocent
of purpose and devoid of reason.”[472]
This advice pleased the king, and he gave orders that it should be as
the angel had recommended.
Now when the basins were brought in and offered to Moses, he
thrust out his hand towards the jewels. But Gabriel, who had made
himself invisible, caught his hand and directed it towards the red-hot
coals; and Moses burnt his fingers, and he put them into his mouth,
and burnt his lips and tongue; and therefore it is that Moses said, in
after days, “I am slow of lips and slow of tongue.”[473]
Pharaoh and his council were now convinced of the simplicity of
Moses, and no harm was done him. Then Bithia removed him, and
brought him up in her own part of the palace.
God was with him, and he increased in stature and beauty, and
Pharaoh’s heart was softened towards him. He went arrayed in
purple through the streets, as the son of Bithia, and a chaplet of
diamonds surrounded his brows, and he consorted only with princes.
When he was five years old, he was in size and knowledge as
advanced as a boy of twelve.
Masters were brought for him from all quarters, and he was
instructed in all the wisdom and learning of the Egyptians; and the
people looked upon him with hope as their future sovereign.[474]
3. THE YOUTH AND MARRIAGE OF MOSES.

Moses, as he grew older, distinguished himself from all other young


men of Egypt by the conquest which he acquired over himself and
his youthful passions and impetuous will. Although the life of a court
offered him every kind of gratification, yet he did not allow himself to
be attracted by its pleasures, or to regard as permanent what he
knew to be fleeting. Thus it fell out, that all his friends and
acquaintances wondered at him, and doubted whether he were not a
god appeared on earth. And, in truth, Moses did not live and act as
did others. What he thought, that he said, and what he promised,
that he fulfilled.
Moses had reached the summit of earthly greatness; acknowledged
as grandson to Pharaoh, and heir to the crown. But he trusted not in
the future which was thus offered to him, for he knew from
Jochebed, whom he frequently visited, what was his true people, and
who were his real parents. And the bond which attached him to his
own house and people was in his heart, and could not be broken.
Moses went daily to Goshen to see his relations; and he observed
how the Hebrews were oppressed, and groaned under their burdens.
And he asked wherefore the yoke was pressed so heavily on the
neck of these slaves. He was told of the advice of Balaam against
the people, and of the way in which Pharaoh had sought the
destruction of himself in his infancy. This information filled Moses
with indignation, and alienated his affections from Pharaoh, and filled
him with animosity towards Balaam.[475] But, as he was not in a
position to rescue his brethren, or to punish Balaam, he cried, “Alas!
I had rather die than continue to behold the affliction of my brethren.”
Then he took the necklace from off him, which indicated his princely
position, and sought to ease the burden of the Israelites. He took the
excessive loads from the women and old men, and laid them on the
young and strong; and thus he seemed to be fulfilling Pharaoh’s
intentions in getting the work of building sooner executed, whereas,
by making each labour according to his strength, their sufferings
were lightened. And he said to the Hebrews, “Be of good cheer, relief
is not so far off as you suppose—calm follows storm, blue sky
succeeds black clouds, sunshine comes after rain. The whole world
is full of change, and all is for an object.”
Nevertheless Moses himself desponded; he looked with hatred upon
Balaam, and lost all pleasure in the society of the Egyptians. Balaam
seeing that the young man was against him, and dreading his power,
escaped with his sons Jannes and Jambres to the court of Ethiopia.
The young Moses, however, grew in favour with the king, who laid
upon him the great office of introducing illustrious foreigners to the
royal presence.
But Moses kept ever before his eyes the aim of his life, to relieve his
people from their intolerable burdens. One day he presented himself
before the king and said, “Sire! I have a petition to make of thee.”
Pharaoh answered, “Say on, my son.”
Then said Moses, “O king! every labourer is given one day in seven
for rest, otherwise his work becomes languid and unprofitable. But
the children of Israel are given no day of rest, but they work from the
first day of the week to the last day, without cessation; therefore is
their work inferior, and it is not executed with that heartiness which
might be found, were they given one day in which to recruit their
strength.”
Pharaoh said, “Which day shall be given to them?”
Moses said, “Suffer them to rest on the seventh day.”
The king consented, and the people were given the Sabbath, on
which they ceased from their labours; therefore they rejoiced greatly,
and for a thousand years the last day of the week was called “The
gift of Moses.”[476]
As the command to destroy all the male children had been
withdrawn the day that Moses was cast into the Nile, the people had
multiplied greatly, and again the fears of the Egyptians were
aroused. Therefore the king published a new decree, with the object
of impeding the increase of the bondsmen.
He required the Egyptian task-masters to impose a tale of bricks on
every man, and if at evening the tale of bricks was not made up,
then, in place of the deficient bricks, even though only one brick was
short, they were to take the children of those who had not made up
their tale, and to build them into the wall in place of bricks.[477] Thus
upon one misery another was piled.
In order that this decree might be executed with greater certainty, ten
labourers were placed under one Hebrew overseer, and one
Egyptian task-master controlled the ten overseers. The duty of the
Hebrew overseers was to wake the ten men they were set over,
every morning before dawn, and bring them to their work. If the
Egyptian task-masters observed that one of the labourers was not at
his post, he went to the overseer, and bade him produce the man
immediately.
Now one of these overseers had a wife of the tribe of Dan, whose
name was Salome, daughter of Dibri. She was beautiful and faultless
in her body. The Egyptian task-master had observed her frequently,
and he loved her. Then, one day, he went early to the house of her
husband, and bade him arise, and go and call the ten labourers. So
the overseer rose, nothing doubting, and went forth, and then the
Egyptian entered and concealed himself in the house. But the
overseer, returning, found him, and drew him forth, and asked him
with what intent he had hidden himself there; and Moses drew nigh.
Now Moses was known to the Hebrews as merciful, and ready to
judge righteously their causes; so the man ran to Moses, and told
him that he had found the Egyptian task-master concealed in his
house.
And Moses knew for what intent the man had done thus, and his
anger was kindled, and he raised a spade to smite the man on the
head and kill him.
But whilst the spade was yet in his hand, before it fell, Moses said
within himself, “I am about to take a man’s life; how know I that he
will not repent? How know I that if I suffer him to live, he may beget
children who will do righteously and serve the Lord? Is it well that I
should slay this man?”
Then Moses’s eyes were opened, and he saw the throne of God,
and the angels that surrounded it, and God said to him, “It is well that
thou shouldst slay this Egyptian, and therefore have I called thee
hither. Know that he would never repent, nor would his children do
other than work evil, wert thou to give him his life.”
So Moses called on the name of the Most High and smote; but
before the spade touched the man, as the sound of the name of God
reached his ears, he fell and died.[478]
Then Moses looked on the Hebrews who had crowded round, and
he said to them, “God has declared that ye shall be as the sand of
the sea-shore. Now the sand falls and it is noiseless, and the foot of
man presses it, and it sounds not. Therefore understand that ye are
to be silent as is the sand of the sea-shore, and tell not of what I
have this day done.”
Now when the man of the Hebrews returned home, he drove out his
wife Salome, because he had found the Egyptian concealed in his
house, and he gave her a writing of divorcement, and sent her away.
Then the Hebrews talked among themselves at their work, and some
said he had done well, and others that he had done ill. There were at
their task two young men, brothers, Dathan and Abiram, the sons of
Eliab, of the tribe of Reuben, and they strove together on this
subject, and Dathan in anger lifted his hand, and would have smitten
Abiram. Then Moses came up and stayed him, and cried, “What
wickedness art thou doing, striking thy comrade? It beseems you not
to lay hands on each other.”
Boldly did Dathan answer: “Who made thee, beardless youth, a lord
and ruler over us? We know well that thou art not the son of the
king’s daughter, but of Jochebed. Wilt thou slay me as thou didst the
Egyptian yesterday?”
“Alas!” said Moses, “now I see that the evil words, and evil acts, and
evil thoughts of this people will fight against them, and frustrate the
loving-kindness of the Lord towards them.”
Then Dathan and Abiram went before Pharaoh, and told him that
Moses had slain an Egyptian task-master; and Pharaoh’s anger was
kindled against Moses, and he cried, “Enough of evil hath been
prophesied against thee, and I have not heeded it, and now thou
liftest thy hand against my servants!”
For he had, for long, been slowly turning against Moses, when he
saw that he walked not in the ways of the Egyptians, and that he
loved the king’s enemies, and hated the king’s friends. Then he
consulted his soothsayers and his councillors, and they gave him
advice that he should put Moses to death with the sword. Therefore
the young man, Moses, was brought forth, and he ascended the
scaffold, and the executioner stood over him with his sword, the like
of which was not in the whole world. And when the king gave the
word, the headsman smote. But the Lord turned the neck of Moses
into marble, and the sword bit not into it.
Instantly, before the second blow was dealt, the angel Michael took
from the executioner his sword and his outward semblance, and
gave to the headsman the semblance of Moses, and he smote at the
executioner, and took his head from off his shoulders. But Moses
fled away, and none observed him. And he went to the king of
Ethiopia.[479]
Now the king of Ethiopia, Kikannos (Candacus) by name, was
warring against his enemies; and when he left his capital city, Meroe,
at the head of a mighty army, he left Balaam and his two sons
regents during his absence.
Whilst the king was engaged in war, Balaam and his sons conspired
against the king, and they bewitched the people with their
enchantments, and led them from their allegiance, and persuaded
them to submit to Balaam as their king. And Balaam strengthened
the city on all sides. Sheba, or Meroe, was almost impregnable, as it
was surrounded by the Nile and the Astopus. On two sides Balaam
built walls, and on the third side, between the Nile and the city, he
dug countless canals, into which he let the water run. And on the
fourth side he assembled innumerable serpents. Thus he made the
city wholly impregnable.
When King Kikannos returned from the war, he saw that his capital
was fortified, and he wondered; but when he was refused admission,
he knew that there was treason.
One day he endeavoured to surmount the walls, but was repulsed
with great slaughter; and the next day he threw thirty pontoons
across the river, but when his soldiers reached the other side, they
were engulfed in the canals, of which the water was impelled with
foaming fury by great mill-wheels. On the third day he assaulted the
town on the fourth side, but his men were bitten by the serpents and
died. Then King Kikannos saw that the only hope of reducing the city
was by famine; so he invested it, that no provisions might be brought
into it.
Whilst he sat down before the capital, Moses took refuge in his
camp, and was treated by him with great honour and distinction.
As the siege protracted itself through nine years, Kikannos fell ill and
died.
Then the chief captains of his army assembled, and determined to
elect a king, who might carry on the siege with energy, and reduce
the city with speed, for they were weary of the long investment. So
they elected Moses to be their king, and they threw off their
garments and folded them, and made thereof a throne, and set
Moses thereon, and blew their trumpets, and cried “God save King
Moses!”[480]
And they gave him the widow of Kikannos to wife, and costly gifts of
gold and silver and precious stones were brought to him, but all
these he laid aside in the treasury. This took place 157 years after
Jacob and his sons came down into Egypt, when Moses was aged
twenty-seven years.
On the seventh day after his coronation came the captains and
officers before him, and besought of him counsel, how the city might
be taken. Then said Moses, “Nine years have ye invested it, and it is
not yet in your power. Follow my advice, and in nine days it shall be
yours.”
They said, “Speak, and we will obey.”
Then Moses gave this advice, “Make it known in the camp that all
the soldiers go into the woods, and bring me storks’ nests as many
as they can find.”
So they obeyed, and young storks innumerable were brought to him.
Then he said, “Keep them fasting till I give you word, and he who
gives to a stork food, though it were but a crumb of bread, or a grain
of corn, he shall be slain, and all that he hath shall become the king’s
property, and his house shall be made a dung-heap.”
So the storks were kept fasting. And on the third day the king said,
“Let the birds go.”
Then the storks flew into the air, and they spied the serpents on the
fourth side of the city, and they fell upon them, and the serpents fled,
and they were killed and eaten by the storks or ever they reached
their holes, and not a serpent remained. Then said Moses, “March
into the city and take it.”
And the army entered the city, and not one man fell of the king’s
army, but they slew all that opposed them.
Thus Moses had brought the Ethiopian army into possession of the
capital. The grateful people placed the crown upon his head, and the
queen of Kikannos gave him her hand with readiness. But Balaam
and his sons escaped, riding upon a cloud.
Moses reigned in wisdom and righteousness for forty years, and the
land prospered under his government, and all loved and honoured
him. Nevertheless, some thought that the son of their late king ought
to ascend the throne of his ancestors;—he was an infant when
Moses was crowned, but now that he was a man, a party of the
nobles desired to proclaim his right.
They prevailed upon the queen to speak; and when all the princes
and great men of the kingdom were assembled, she declared the
matter before all. “Men of Ethiopia,” said she, “it is known to you that
for forty years my husband has reigned in Sheba. Well do you know
that he has ruled in equity, and administered righteous judgment. But
know also, that his God is not our God, and that his faith is not our
faith. My son, Mena-Cham (Minakros) is of fitting age to succeed his
father; therefore it is my opinion that Moses should surrender to him
the throne.”
An assembly of the people was called, and as this advice of the
queen pleased them, they besought Moses to resign the crown to
the rightful heir. He consented, without hesitation, and, laden with
gifts and good wishes, he left the country and went into Midian.[481]
Moses was sixty-seven years old when he entered Midian. Reuel or
Jethro,[482] who had been a councillor of Pharaoh, had, as has been
already related, taken up his residence in Midian, where the people
had raised him to be High Priest and Prince over the whole tribe. But
Jethro after a while withdrew from the priesthood, for he believed in
the one True God, and abhorred the idols which the Midianites
worshipped. And when the people found that Jethro despised their
gods, and that he preached against their idolatry, they placed him
under the ban, that none might give him meat or drink, or serve him.
This troubled Jethro greatly, for all his shepherds forsook him, as he
was under the ban. Therefore it was, that his seven daughters were
constrained to lead and water the flocks.[483]
Moses arrived near a well and sat down to rest. Then he saw the
seven daughters of Jethro approach.
The maidens had gone early to the well, for they feared lest the
shepherds, taking advantage of their being placed under ban, should
molest them, and refuse to give their sheep water. They let down
their pitchers in turn, and with much trouble filled the trough. Then
the shepherds came up and drove them away, and led their sheep to
the trough the maidens had filled, and in rude jest they would have
thrown the damsels into the water, but Moses stood up and delivered
them, and rebuked the shepherds, and they were ashamed.
Then Moses let down his pitcher, and the water leaped up and
overflowed, and he filled the trough and gave the flocks of the seven
maidens to drink, and then he watered also the flocks of the
shepherds, lest there should be evil blood between them.
Now when the maidens came home, they related to their father all
that had taken place; and he said, “Where is the man that hath
shown kindness to you?—bring him to me.”
So Zipporah ran—she ran like a bird—and came to the well, and
bade Moses enter under their roof and eat of their table.
When Moses came to Raguel (Jethro), the old man asked him
whence he came, and Moses told him all the truth.
Then thought Jethro, “I am fallen under the displeasure of Midian,
and this man has been driven out of Egypt and out of Ethiopia; he
must be a dangerous man; he will embroil me with the men of this
land, and, if the king of Ethiopia or Pharaoh of Egypt hears that I
have harboured him, it will go ill with me.”
Therefore Raguel took Moses and bound him with chains, and threw
him into a dungeon, where he was given only scanty food; and soon
Jethro, whose thoughts were turned to reconciliation with the
Midianites, forgot him, and sent him no food. But Zipporah loved him,
and was grateful to him for the kindness he had showed her, in
saving her from the hands of the shepherds who would have dipped
her in the watering-trough, and every day she took him food and
drink, and in return was instructed by the prisoner in the law of the
Most High.[484]
Thus passed seven, or, as others say, ten years;[485] and all the while
the gentle and loving Zipporah ministered to his necessities.
The Midianites were reconciled again with Jethro, and restored him
to his former position; and his scruples about the worship of idols
abated, when he found that opposition to the established religion
interfered with his temporal interests.
Then, when all was again prosperous, many great men and princes
came to ask the hand of Zipporah his daughter, who was beautiful as
the morning star, and as the dove in the hole of the rock, and as the
narcissus by the water’s side. But Zipporah loved Moses alone; and
Jethro, unwilling to offend those who solicited her by refusing them,
as he could give his daughter to one only, took his staff, whereon
was written the name of God, the staff which was cut from the Tree
of Life, and which had belonged to Joseph, but which he had taken
with him from the palace of Pharaoh, and he planted it in his garden,
and said, “He who can pluck up this staff, he shall take my daughter
Zipporah.”
Then the strong chiefs of Edom and of Midian came and tried, but
they could not move the staff.
One day Zipporah went before her father, and reminded him of the
man whom he had cast into a dungeon so many years before. Jethro
was amazed, and he said, “I had forgotten him these seven years;
he must be dead; he has had no food.”
But Zipporah said meekly, “With God all things are possible.”
So Jethro went to the prison door and opened it, and Moses was
alive. Then he brought him forth, and cut his hair, and pared his
nails, and gave him a change of raiment, and set him in his garden,
and placed meat before him.
Now Moses, being once more in the fresh air, and under the blue
sky, and with the light of heaven shining upon him, prayed and gave
thanks to God; and seeing the staff, whereon was written the name
of the Most High, he went to it and took it away, and it followed his
hand.
When Jethro returned into the garden, lo! Moses had the staff of the
Tree of Life in his hand; then Jethro cried out, “This is a man called
of God to be a prince and a great man among the Hebrews, and to
be famous throughout the world.” And he gave him Zipporah, his
daughter, to be his wife.[486]
One day, as Moses was tending his flock in a barren place, he saw
that one of the lambs had left the flock and was escaping. The good
shepherd pursued it, but the lamb ran so much the faster, fled
through valley and over hill, till it reached a mountain stream; then it
halted and drank.
Moses now came up to it, and looked at it with troubled
countenance, and said,—
“My dear little friend! Then it was thirst which made thee run so far
and seem to fly from me; and I knew it not! Poor little creature, how
tired thou must be! How canst thou return so far to the flock?”

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