Axé Ketu
Axé Ketu
Axé Ketu
Obi é um elemento muito importante no culto de Vodun, Orisá e Nkisí. A noz de cola, Obi, é o símbolo da
oração no céu. É um alimento básico, e toda vez que é oferecido, o seu consumo é sempre precedido por
preces. Foi Orunmila quem revelou como a noz de cola foi criada. Quando Olodunmare descobriu que as
k
divindades estavam lutando umas contra as outras, antes de ficar claro que Esu era o responsável por isso,
Ele decidiu convidar as quatro mais moderadas divindades (Paz, a Prosperidade, a Concórdia e Aiye, a
única divindade feminina presente), para entrarem em acordo sobre a situação. Eles deliberaram
longamente sobre o motivo de os mais jovens não mais respeitarem os mais velhos, como ordenado pelo
Deus Supremo. Todos começaram então a rezar pelo retorno da unanimidade e equilíbrio. Enquanto
estavam rezando pela restauração da harmonia, Olodunmare abriu e fechou sua mão direita apanhando o
ar. Em seguida abriu e fechou sua mão esquerda, de novo apanhando o ar. Após isso, Ele foi para fora,
mantendo Suas mãos fechadas e plantou o conteúdo das duas mãos no chão. Suas mãos haviam
apanhado no ar as orações e Ele as plantou. No dia seguinte, uma árvore havia crescido no lugar onde
Deus havia plantado as orações que Ele apanhara no ar. Ela rapidamente cresceu, floresceu e deu frutos.
Quando as frutas amadureceram para colheita, começaram a cair no solo. Aiye pegou-as e as levou para
í
Olodunmare,e Ele disse a ela para que fosse e preparasse as frutas do jeito que mais lhe agradasse.
Primeiro, ela tostou as frutas, e elas mudaram sua textura, o que as deixou com gosto ruim. No outro dia,
Ela pegou mais frutas e as cozinhou, e elas mudaram de cor e não podiam ser comidas. Enquanto isso,
outros foram fazendo tentativas, no entanto todas foram mal sucedidas. Foram então até Olodunmare para
dizer que a missão de descobrir como preparar as nozes era impossível. Quando ninguém sabia o que
fazer, Elenini, a divindade do Obstáculo, se apresentou como voluntária para guardar as frutas. Todas as
frutas colhidas foram então dadas a ela. Elenini então partiu a cápsula, limpou e lavou as nozes e as
guardou com as folhas para que ficassem frescas por catorze dias. Depois, ela começou a comer as nozes
cruas. Ela esperou mais catorze dias e depois disso percebeu que as nozes estavam vigorosas e frescas.
Após isso, ela levou as frutas para Olodunmare e disse a todos que o produto das preces, Obi, podia ser
ingerido cru sem nenhum perigo. Deus então decretou que, já que tinha sido Elenini, a mais velha divindade
em Sua casa quem conseguiu descodificar o segredo do produto das orações, as nozes deveriam ser dali
por diante, não somente um alimento do céu, mas também, onde fossem apresentadas, deveriam ser
sempre oferecidas primeiro ao mais velho sentado no meio do grupo, e seu consumo deveria ser sempre
precedido por preces. Olodunmare também proclamou que, como um símbolo da prece, a árvore somente
cresceria em lugares onde as pessoas respeitassem os mais velhos. Naquela reunião do Conselho Divino, a
primeira noz de cola foi partida pelo Próprio Olodunmare e tinha duas peças. Ele pegou uma e deu a outra
para Elenini, a mais antiga divindade presente. A próxima noz de cola tinha três peças, as quais
representavam as três divindades masculinas que disseram as orações que fizeram nascer a árvore da noz
de cola. A próxima tinha quatro peças e incluía assim Aiye, a única mulher que estava presente na
cerimónia. A próxima tinha cinco peças e incluiu Orisa-Nla. A próxima tinha seis peças representando a
harmonia, o desejo das orações divinas. A noz de cola com seis peças foi então dividida e distribuída entre
todos no Conselho. Aiye então levou a noz de cola para a Terra, onde sua presença é marcada por preces e
onde ela só germina e floresce em comunidades humanas onde existe respeito pelos mais velhos, pelos
ancestrais e onde a tradição é glorificada.
TIPOS DE OBÍ
Obì – Noz de cola Acuminata. Obì e água (obì omi tùtu) são oferecidas primordiais nos cultos afro-
descendentes.
Obì àbátá ifin – Obi 4 partes branco – Oferenda exclusiva de Obatalá.
Obì abatá pupa – Obi vermelho. Servir de oferenda para qualquer ebora que não seja divertido, inclusive
para Orí e Egum.
Obì edun = obì àáyá – (Cola Caricofolia– Sterculiáceae) – Cola de macaco possui o fruto vermelho e
brilhante. É comestível. - Desconhecido o uso ritualístico.
Obì àbàtà = obì gidi – (Cola Acuminata – Sterculiáceae) – Este é um tipo de nó de cola vermelha que pode
possuir de quatro a seis cotilenóides (awé). Típico para oferta para qualquer Ebora.
Àjoòpa é um nóz de cola doce e vermelha, grande e de qualidade superior.
Obì ifin = O mesmo àjoòpa, só que de cor branca. - Oferendado a Obatalá – Muitas vezes é dado como um
presente ou como parte de um presente para uma pessoa importante.
Gbánjà = górò = awé méji – (Cola Nitida – Sterculiáceae) – É vermelho e possui apenas dois segmentos
como indica um de seus nomes (awé méji). Contém muita cafeína e por este motivo, se comido à noite,
provoca insônia. A cafeína age como estimulante e excitante muscular. Combater a depressão e a
hipertensão e sua ação rápida é também de curto efeito. Não sirva de oferenda ao Orixá.
Os mais raros são os Obí totalmente brancos denominados pelo nome de Obí Efin, somente exigido pelos
Orixá Funfun (Orixás de branco) e mesmo assim deve obrigatoriamente possuir mais de 2 gomos.
• Posteriormente coloca nas mãos da pessoa, para que faça os seus pedidos e todo este tempo
canta-se:
Obì kára l’okàn Obí comove-nos profundamente o coração
Gbàràgàda Escancarado
Obì kára l’okàn Obí comove-nos profundamente o coração
Gbàràgàda Escancarado
• Pedir agô ao Obi e abrí-lo, sacrique-o tirando o coração dele que é o broto que fica dentro dele:
Agô Obí! Agô Obí!
Obí kosí arùn Obí para que não tenhamos doenças
Obí kosí ofó Obí para que não tenhamos perdas
Obí kosí ejé Obí para que não tenhamos derramamento de sangue
Obí kosí fitíbò Obí para que não tenhamos desentendimentos
Obí kosí ará ikú babawá Obí para que a morte não nos veja
ORÍ
Ori é o maior de todos os Òrìsà e o mais velho. Os Òrìsàs são o que são, graças aos seus Oris (suas
características individuais). Ori é a raiz, os Òrìsà são o tronco. Ori é o Orisá primordial, individual,
intransferível e inigualável, determina o que cada um será na vida. Outros nomes de Ori:
Atélé elédàá – aquele que acompanha o ser incondicionalmente, companheiro fiel do ser humano;
Àyànmo – predestinação (escolhas, inclinações, personalidade e etc.);
Elédá – criador do ser humano e do que acontece em sua vida, essência vital do homem.
Ori também é o caminho da superação, autoconhecimento. Divide-se em dois: Ori òde – cabeça física
(identidade física, social, moral), é o comportamento (notável em relação às emoções e situações), tem o
poder de destruir tudo que se traz em Ori Inú. Ori inú – Cabeça interior (identidade espiritual, emocional, o
que seremos nessa vida e depois dela), é a parte positiva da nossa predestinação, é a riqueza, grandeza,
realeza, vitória. Tudo de bom que se pode conquistar/alcançar na vida.
Iwá (caratér) – para despertar o asé, Ori depende do Ìwà, sem Ìwà a altura do que se deseja nada se
materializa, Ori não consegue atuar. Em Ifá, Ìwà também é Orisá (cultuado para melhora do temperamento
e equilibrar Ori Inú e Ori Òde).
Ori faz com que o carisma /sorte se manifeste, mas ele não consegue impor aceitação do sujeito para
outras pessoas. Ìwà potencializa o asé de Ori, é a leitura social que farão do sujeito. Falta de Ìwà não é azar
(Para os iniciados azar NÃO EXISTE), não se cura falta de Ìwà (Mal comportamento). O grande adversário
dos sacerdotes é a falta de Ìwà.
Ori tem relação com nossas ações/movimentos (Mãos), são 4 as relações de Ori:
Ori – Cabeça
Àiyà – Peito/coração (Engloba os sentimentos, intuições, percepções, impulsividade, devoçãoespiritual.
Owó – Mãos (As ações de Ori, tudo que Ori tem como base da vida do ser humano passará pelas ações
[execução e pensamento], materialização da predestinação. Muitas vezes haverá falta de sincronia entre o
que se pensa e o que se faz).
Esè – Pés (O movimento, a forma de dirigir as suas ações que conduzem aos objetivos de Ori).
Orí rere – quando o ori está bom/cuidado o chamamos de orí rere ou orí iré (ire- sorte, bem), bem estar, é
aquele que inevitavelmente terá sucesso, aquele que vencerá todas e quaisquer dificuldades sem muitos
esforços, um bom ori, uma boa vida.
Orí Burúkú – mau ori, falta de sorte, falta de bem estar, é aquele que certamente terá dificuldades para se
adequar às exigências do ambiente terreno, é o orí que deverá ser acompanhado de perto por òrùnmìlá a
fim de prover suas necessidades espirituais e terrenas por intermédio de ifá que poderá lhe indicar a
possibilidade de conserto com um borí.
Orí pípè – ori perfeito, completo, a cabeça funciona bem, age pela lógica, ponderação, sensatez,
construção.
Orí ekòpé – ori incompleto, não funcional, faz coisas inadequadas, destrutivas.
ORÍKÌ DE ORÍ
Orí lo nda eni
Esi ondaye Òrìsà lo npa eni da
O npa Òrìsà da
Òrìsà lo pa nida
Bi isu won sun
Aye ma pa temi da
Ki Orí mi ma se Orí
Ki Orí mi ma gba abodi
ÀDÚRÀ DE ORÍ
Orí ení kini sàka ení
Orí ení kini sàka yan
Orí olóore ori jẹ̀ o
A saka yìn ki ya n’to lo ko
A saka yìn ki ègbón mi gbẹ̀
Ìta nù mo bo orí o.
ÀDÚRÀ DE ELÉDA
Àwa nà wúre eléda wa
Àwa nà wúre eléda wa
Mo adúpe wúre ati odúnmódún
Mo adúpé wúre ati òsú mòsu
Mo adúpé wúre iba gbogbo
Àwa nà wùre eléda
EBÓ ORÍ – EBÓÒRÍ
A expressão borí vem da junção de dois radicais da língua iorubá, a saber: bo=comida + orí=cabeça. Sobre
esse mágico rito de reprogramação do orí veremos em outro texto que já estamos escrevendo.
O ebó oferecido a cabeça é encaminhado a Olódùmaré, através de Esú, sob a forma de uma “mensagem
codificada” onde cada elemento utilizado tem um significado lógico, pertence a cadeia hierárquica da vida
dentro do universo de acordo com a variedade de asé: preto, vermelho e branco, agindo em relação direta
com cada ser.
As favas ou sementes, detêm características diversas e propriedades que transcendem a sabedoria do ser
desprovido do conhecimento de Orunmilá.
Ayo/Oso (Fava de Oxóssi) – tem a finalidade de agregar o poder feiticeiro
Alibé (Fava de Xangô) – atarir proteção, relativa ao poder de Xangô
Abere (Fava de Oxum) – atrair riqueza/abundância, relativa ao poder de Osun
Àrìdòn – atrair saúde
Òpelè – simboliza o mensageiro de Ifá
Ataare (pimenta da costa) – força/asé de realização determinante daquilo que se pretende. “Ataare diz que
o mal deve sempre ser afastado para longe do mei caminho”
Assim como as favas, as frutas também possuem caracteríticas individuais e propriedades diversas. É
necessário se ter a sabedoria de Orunmilá para identificá-las. São utilizadas segundo suas propriedades de
abundância, como por exemplo:
Ògèdè – banana
Èso kan – maçã
èso òrò – pêra
Àjàrà – uva
Òrómbo – laranja
Tànjàrín – tangerina
Ègusí – melão
Móngòrò – manga
As penas substituem a utilização do próprio pássaro no sacrifício como busca de poder individual de cada
um deles. É mais uma vez a sabedoria de Orunmilá interagindo na relação do homem com o meio natural e
a sua preservação.
Ikodíde – utilizada principalmente nos ritos de Ifá, Iyami, Esù e Ori, afim de fazer algo sagrado, providenciar
proteção contra ataque de maus espíritos, agressividade, perversidade.
Lekeleke – utilizada nos ritos das Iyami, Ori e Obatala na finalidade de amparo, tranqüilidade e conforto.
Aluko – utilizada nos ritos das Iyami, Esù e Ori na finalidade de obter sorte, sucesso e proteção.
Agbe – utilizada nos ritos das Iyami, Esù, Ogun e Ori na finalidade de neutralizar perversidade, atritos e
atrair bons negócios.
Nje gbígbe – Comidas secas, referem-se, basicamente, ao alimento do ancestral que no caso deste trabalho
(Orí) tem uma relação dom o ser individual.
Os animais possuem suas representações específicas as quais são pormenorizadas no trabalho de Orô
Npa Orisá.
Akikó (galo) – Oferenda a Exú antes do Bori
Igbi (caramujo) – tem o poder de produzir a placidez, é o ponto de equilíbrio entre os elementos minerais,
animais e vegetais na vida da pessoa
Eyele (pombo) – para que se domine as dificuldades, conhecido como pássaro da vida, ligado ao elemento
ar, possui uma ligação muito forte com Obatalá, como a calma, lentidão e serenidade. Devido toda a sua
qualidade, é o animal preferido da família funfum.
Ejá (peixe) – (BAGRE) Sobrevivência/Resistência para que a pessoa consiga sobreviver consigo,
encontrar dentro de si o caminho da própria sobrevivência, o caminho para a superação das dificuldades e
estar bem na vida tem relação a abundância na quantidade de escamas e fertilidades pela natureza
reprodutiva
Etú (guiné) - desarma as tensões, é a coroação do iaô ligado ao elemento terra, tendo o símbolo do 1°
iniciado na religião, associado ao movimento e a excitação, suas cores traz uma ligação forte com Exú,
Oxum, Oduduwá e Oxalá;
Erãn (Cabra) - Representa a fecundidade, a docilidade, a mansidão, mais ligada a entidades femininas;
Pepeyé (Pata) - resistência, longevidade, durabilidade, ligado ao elemento água, ou seja, a fonte principal
da vida
Adié (Galinha) - Mais comum nos processos de bossé, que significa calçar outros animais com o ejé mais
suave.
RITUAL DO BORI
1. ADÚRÀ
1.2 ÒRÚNMÌLÁ
Mo júbà eiyn iya mi Osóòrongá Meus respeitos a vós minhas mães ancestrais
Ó tonon eje enum wa Vós que segue o rastro de sangue de nossas entranhas
Ó tookon eje edo Vós que segue o rastro de sangue até o coração e ao fígado
Mo júbà eiyn iya mi Osóòrongá Meus respeitos a vós minhas mães ancestrais
Ó tonon eje enum wa Vós que segue o rastro de sangue de nossas entranhas
Eje o ye ni kale o Vós que segue o rastro de sangue até o coração e ao fígado
Eje o ye ni kale o O sangue que é absorvido pela terra cobre-se fungos e vive
O ye eye, ye koko Oh mãe pássaro, mão muito velha
O ye eye, ye koko Oh mãe pássaro, mão muito velha
1.4 ÀJÀLÀ
1.5 ORÍ
2. OBÍ ÀBATÀ
Posteriormente coloca nas mãos da pessoa, para que faça os seus pedidos e todo este tempo canta-se:
Obì kára l’okàn Obí comove-nos profundamente o coração
Gbàràgàda Escancarado
Obì kára l’okàn Obí comove-nos profundamente o coração
Gbàràgàda Escancarado
Realizar a oferta dos animais escolhido por orí (lembrando que todos devem ser fêmea) e após os animais,
são realizadas as ofertas da mesa:
Orí dájè n bó
Orí dájè n bó Orixá
Orí dájè n bó
Orí dájè n bó Orixá
Orixá ê ê ê ê ê
Orí dájè n bó
Orí dájè n bó Orixá
Importante! A cabeça come o que a boca come! Tudo que é ofertado ao orí, deve ser ofertado aos
presentes.
Após tudo que foi ofertado ao orí, a pessoa deita-se na esteira para a cabeça descansar e canta-se:
Orí ení kini sàka ení Cabeça que esta purificada na esteira
Orí ení kini sàka yan Cabeça que esta purificada na esteira caminha soberanamente
Orí olóore ori jẹ̀ o A cabeça do vencedor vencerá
A saka yìn ki ya n’to lo ko A cabeça limpa que louvamos mãe permita que façam uso dela
A saka yìn ki ègbón mi gbẹ̀ A cabeça limpa que louvamos meus mais velhos conduzirá
Ìta nù mo bo orí o Ar livre e limpo oferendo a cabeça
Após o processo, a pessoa deverá tomar seu banho também com as ervas que foram quinadas, deverá
seguir seu preceito e a oferenda deverá ser encaminhada conforme foi designado na consulta com o obí.
INKISIS
Os Nkisis são equivalentes aos Orixás e aos Voduns. Eles reverenciados pela nação de angola.
Aluviá/ Pambu Njila/ Bombo Njila: Intermediário entre os seres humanos e os outros Inkisis.
Nkosi: Senhor das estradas.
Ngunzu: Engloba as energias dos caçadores de animais, pastores, criadores de gado e daqueles que vivem
embrenhados nas profundezas das matas, dominando as partes onde o sol não penetra.
Kabila: O caçador pastor. Que zela pelos animais da floresta.
Mutalambô: Caçador vive em florestas e montanhas, Nkisi de comida abundante.
Gongobila: Caçador jovem e pescador.
Mutakalambô: Tem o domínio das partes mais profundas e densas das florestas, onde o Sol não alcança o
solo por não penetrar pela copa das árvores.
Katendê: Senhor das folhas, o médico.
Nzazi: É o raio, a justiça dos seres humanos.
Kaviungo: Dono das doenças, da saúde e da morte.
Nsumbu: Dono da terra, chamado de Ntoto pelo povo Congo.
Hongolo/Angoro: Comunicação dos seres humano e as divindades, é representado por uma cobra. Sua
força feminina é chamada de Angoroméia.
Kitembu: Rei de Angola. Senhor do tempo e estações. É representado, nas casas de Angola por um mastro
e uma bandeira branca.
Kaiango: Dominio sobre o fogo.
Matamba: Comanda os Mortos e é caminho de Kaiango.
Kisimbi: A grande mãe, dona de lagos e rios.
Ndanda Lunda: Dona da fertilidade e da lua.
Mikaia/ Kaitumba: Nkisi do oceano e do mar.
Nzumbarandá: A mais velha Nkisi, conectada com a morte.
Nvunji: O mais jovem do Nkisi, Representa a felicidade de juventude e toma conta dos filhos recolhidos.
Lembá/Lembá Dilê: Nkisi maior, ligado á criação do mundo.
VODUNS
São as divindades da nação JeJe, Todas criadas por Mawu (divindade Feminina) e Lissá (Divindade
Masculina), formando uma força DaDá Segbô (Grande Pai do Espirito Vital).
Lissá: O Dono do branco e poderoso vodún. Pai da criação.
Fa: Vodun da Adivinhação.
Legbá: Caçula de Lissá e Mawu, representa as estradas.
Aguê: Dono da terra firme.
Agassu: Linhagem real de Dahomey.
Ayizan: Dona da crosta terrestre e dos mercados.
Agbe: Dono dos Mares.
Agué: Dono da caça e protetor das florestas.
Dan/Bessen: Vodun da riqueza, representado por um arco iris e pela serpente.
Sakpatá: Vodun da Varíola.
Heviosso: Vodun dos raios e relâmpagos.
Gu: Dono dos metais, Guerra, Fogo e a tecnologia.
Loko: Primogênito dos voduns, é representado pela gameleira branca.
Aziri: Vodun das águas doces.
ÒRÌṢÀ
Os Orixás do Ketu são basicamente os da Mitologia Yoruba. Olorun também chamado Olodumare é o
Deus supremo, que criou as divindades. As centenas de ÒRÌṢÀs ainda cultuados na África, ficou reduzida a
um pequeno número que são invocados em cerimônias.
Na África cada Orixá estava ligado originalmente a uma cidade ou a um país inteiro. Tratava-se de uma
série de cultos regionais ou nacionais. Sàngó em Oyó, Yemoja na região de Egbá, Iyewa em Egbado, Ogún
em Ekiti e Ondo, Òsun em Ilesa, Osogbo e Ijebu Ode, Erinlé em Ilobu, Lógunnède em Ilesa, Otin em Inisa,
Osàálà-Obàtálá em Ifé, subdivididos em Osàlúfon em Ifan e Òságiyan em Ejigbo.
No Brasil, em cada templo religioso são cultuados todos os Orixás, diferenciando que nas casas grandes
têm um quarto separado para cada Orixá, nas casas menores são cultuados em um único quarto de santo.
O Ritual de uma casa de Ketu, é diferente das casas de outras nações, a diferença está no idioma, no toque
dos Ilus (Atabaque no Ketu), nas cantigas, nas cores usadas pelos Orixás, os rituais mais importantes são:
Padê, Sacrifício, Oferenda, Sassayin, Iniciação, Axexê, Olubajé, Águas de Oxalá, Ipeté de Oxum,…
A língua sagrada utilizada em rituais do Ketu é derivado da língua Yorubá. O povo de Ketu procura
manter-se fiel aos ensinamentos das africanas que fundaram as primeiras casas, reproduzem os rituais,
rezas, lendas, cantigas, comidas, festas, esses ensinamentos são passados oralmente até hoje.
EṢÚ
Dia: Todos os dias, Sempre é comemorado no início de mês, as segundas
Cor: As cores primordial que são preto, vermelho e branco
Ferramenta: Fálo (órgão genital masculino), Ogó (um bastão de palhas com cabacinhas)
Saudação: Laroyê Exú, Exú mojubá, Ko bá Laroyê Exú
Exu recebe diversos nomes, de acordo com a função que exerce ou com suas qualidades: Elegbá ou
Elegbará, Bará ou Ibará, Alaketu, Agbô, Odara, Akessan, Lalu, Ijelu (aquele que rege o nascimento e o
crescimento de tudo o que existe),Ibarabo, Yangi, Baraketu (guardião das porteiras), Lonan (guardião dos
caminhos), Iná (reverenciado na cerimônia do padê).
Agbà: o ancestral, epíteto referente à sua antiguidade.
Alaketu: cultuado na cidade de ketu onde foi o primeiro senhor de ketu.
Akesan: quando exerce domínios sobre os comércios.
Ajonan: tinha o seu culto forte na antiga região Ijesa.
Agbo: o guardião do sistema divinatório de Orumila.
Bárà: o rei do corpo (obá + ara) (princípio de vida individual)
Elérù: transportador dos carregos rituais onde possui total domínio.
El’Ébo: senhor-das-oferendas.
Enú Gbáríjo: nessa forma Exu passa a falar em nome de todos os orixás, explicitador de mensagens.
Eledu: estabelece o seu poder sobre as cinzas, carvão e tudo que foi petrificado.
Elegbárà: senhor do poder
Igbá ketá: o terceiro elemento, faz alusão aos domínios do orixá e ao sistema divinatório.
Igbárábò: aspecto de Exu onde cumpre o papel de protetor.
Ikoto: faz referência ao elemento ikoto que é usado nos assentos. Esse objeto lembra o movimento que Exu
faz quando se move ao jeito de um furacão.
Ína: quando é invocado na cerimônia do Ipade regulamentando o ritual.
Jelu: nessa fase ele regula o crescimento dos seres diferenciados. Culto em Ijelu.
Lodo: senhor dos rios, função delicada, dado a conflitos de elementos
Loko: como ele é assexuado nessa fase tende ao masculino simbolizando virilidade e procriação.
Lálú: Senhor das portas do reino de Oxalá, guardião do funfun.
Lajìkí: acompanha Ogun, Oyá e as porteiras.
Obá Iangui: o primeiro, foi dividido em várias partes segundo os seus mitos.
Odàrà: aquele que guia (mostra o caminho, vai na frente), fase benéfica quando ele não está transitando
caoticamente.
Oduso: quando faz a função de guardião do jogo de búzios.
Ònan: referencia aos bons caminhos, a maioria dos terreiros tem no seu fundamento, reza que não pode ser
comprado nem ganho e sim achado por acaso.
Òsíjè: com essa invocação ele fará a sua função de mensageiro.
Oguiri Oko: ligado aos caçadores e ao culto de Orumila-Ifa.
Ol’Obé: proprietário e senhor da faca e objetos de corte. É comum assentá-lo para pessoas que possuem
posto de Asogun.
Okòtò: o exú do carocol, o infinito.
Oro: é o responsável pela transmissão do poder através da fala. Ele é quem dá para os sacerdotes e
sacerdotisas o poder de acionar as forças espirituais através das evocações sagradas: preces,
encantações, cânticos. Existem algumas palavras de grande axé usadas nos rituais sagrados que muitas
vezes não se conhece a tradução. Elas funcionam como códigos para abrir certos portais do mundo
Invisível (ORUN), acionando o poder para transformar nossas vidas. Somente Exu Oro conhece estes
segredos, e somente ele pode dar a autorização necessária para entrarmos nestes mistérios.
Opin: é o Exu que deve ser evocado sempre que queremos estabelecer um local como sagrado. É ele quem
faz a demarcação dos limites que separam o espaço sacralizado do espaço comum. Fazem-se uma
construção qualquer e nela queremos instalar os nossos assentamentos de Orixás, além de evocar o Exu
do nosso caminho pessoal será necessário pedir a Exu Opin que aceite uma oferenda para consagrar o
lugar. A partir daquele local deve passar a ser usado exclusivamente para fins religiosos, e deve haver uma
separação bem nítida entre este espaço e o espaço livre para a circulação. No caso de se colocar, por
exemplo, um assentamento dentro de casa, é aconselhável colocá-lo sobre uma esteira e, se possível
cercar em volta com uma outra esteira. Sempre pedindo a Exu Opin para sacralizar o ambiente, não importa
a localização ou tamanho. Isto é válido, também, para os ambientes ritualísticos estabelecidos ao ar livre.
Soroke: apenas um apelido, pois a palavra significa em português aquele que fala mais alto, portanto
qualquer orixá pode ser soroke.
Tìrírí: acompanha Ogun
Woro: vem da cidade do mesmo nome.
ADÌMÚ DE EṢÚ
Exú é a boca que tudo come. Tudo que é ofertado a Exú, ele aceita, suas comidas devem ser sempre bem
temperadas e sempre acompanha muita pimenta e sal.
Xinxim (ingredientes de sarapatel, dendê e pimenta);
Bisteca mal passada ou crua;
Sardinha;
Gárì pupa (farofa de dendê);
Padê (água, mel, dendê, 02 folhas de peregun e 01 acaçá);
Acaçá vermelho (milho vermelho enrolado na folha de bananeira).
ORÍKÍ DE EṢÚ
Èsù ọ̀ ta òrìṣà
Oṣètùrá ni l’orukọ bàbá mọ́ ọ́
Alágogo ijà l’orukọ íyá npẹ́ o
Èṣù Àláketú, ọmọkùnrin Idọ́ lófin
O lé sónsó sóri ori esẹ̀ ẹlẹ́ sẹ̀
Kọ̀ jẹ́ kọ́ jẹ́ ki ẹni njẹ́ gbẹ e mi
A kìì lówó lái mu ti Èṣù kúrò
A kìì láyọ̀ lái mu ti Èṣù Kúrò
Aṣòntún ṣe òsì làì ní ìtìjú
Èsù ápáta somo olómo lénu
O fi okúta dipò iyó
Lóògemo òrun a nla kálu
Pàápa-wàrá, a túká máṣe ṣà
Èṣù máṣe mi, omo elómiran ni o sé
Èṣù máse, Èṣù máse, Èṣù máse
ÀDÚRÀ DE EṢÚ
ITÁLICO – Fala do babalorixá
Iyìn o, iyìn o Èṣù n má gbọ̀ o Kọ̀ jẹ́ kọ́ jẹ́ ki ẹni njẹ́ gbẹ e mi
Iyìn o, iyìn o Èṣù n má gbọ̀ o Iyìn o, iyìn o Èṣù n má gbọ̀ o
Iyìn o, iyìn o Èṣù n má gbọ̀ o A kìì lówó lái mu ti Èṣù kúrò
Iyìn o, iyìn o Èṣù n má gbọ̀ o A kìì láyọ̀ lái mu ti Èṣù Kúrò
Èṣù láaróyè, Èṣù láaróyè Iyìn o, iyìn o Èṣù n má gbọ̀ o
Iyìn o, iyìn o Èsù n má gbọ̀ o Aṣòntún ṣe òsì làì ní ìtìjú
Èṣù (falar o nome do Èṣù) Iyìn o, iyìn o Èṣù n má gbọ̀ o
Iyìn o, iyìn o Èṣù n má gbọ̀ o Èsù ápáta somo olómo lénu
Èsù ọ̀ ta òrìṣà O fi okúta dipò iyó
Iyìn o, iyìn o Èṣù n má gbọ̀ o Iyìn o, iyìn o Èṣù n má gbọ̀ o
Oṣètùrá ni l’orukọ bàbá mọ́ ọ́ Lóògemo òrun a nla kálu
Alágogo ijà l’orukọ íyá npẹ́ o Pàápa-wàrá, a túká máṣe ṣà
Iyìn o, iyìn o Èṣù n má gbọ̀ o Iyìn o, iyìn o Èṣù n má gbọ̀ o
Èṣù Ọ̀ dàrà, ọmọkùnrin Idọ́ lófin Èṣù máṣe mi, omo elómiran ni o sé
O lé sónsó sóri ori esẹ̀ ẹlẹ́ sẹ̀ Èṣù máse, Èṣù máse, Èṣù máse
Iyìn o, iyìn o Èṣù n má gbọ̀ o Iyìn o, iyìn o Èṣù n má gbọ̀ o
ORÌN DE EṢÚ
Igbarabo e mo júbà, àwa kò sé Bará ó bebe Tirirí l'ònòn
Igbarabo é mo júbà, e omodé ko èkò èkó Èsú Tirirí,
Barabo e mo júbà Elégbára Èsú l'óònòn Bará o bebe Tirirí l'ònòn
Èsú Tirirí.
Èsú wa jú wo mòn mòn ki wo Odára
Laróyé Èsú wa jú wo mòn mòn ki wo Odára Odára ló sòro, Odára ló sòro lóònòn
Èsú awo. Odára ló sòro e ló sòro Odára ló sòro
lóònòn.
Sónsó òbe, sónsó òbe
Odára kò l'orí erù, Laróyé Xoroquê Odará
Sónsó òbe, Odára kò l'orí ebo Odará babá ebó
Xoroquê Odará
Élégbara Exu Odará babá ebó
A xá Kêrê Kêrê
Akessan Bará Exú A jí kí Iré ní Exú
A xá Kêrê Kêrê Exu ká bí ká bí
A jí kí Iré ní Exú
Exú Onãn Exu ká bí ká bí
Exú Onãn
Mo xirê lokê Elegbara Ê jí jí ká Exú
Bará mirê Ala ká umbó
Exu Onãn ki wá ò Ê jí jí ká Exú
Ala ká umbó
Ungô gôrum gó
Laroyê! Gba rá Lò jí ki
Esú Lò bi wa
Esú Olona Ara e e
Mó forí Gbále Gba rá Lò jí ki
Esú O Esú Lò bi wa
Esú Olona Ara e e
Mó forí Gbále
Esú O Bará jabôtã
Bará ilê
Orisa pa ta Bará jabôtã
Ago nilé Bará um ló
Ago nilé mó forí gbále
Orisa pa ta Agô umbó,
Ago nilé Laroiê
Ago nilé mó forí gbále
ÒGÚN
Dia: Terça
Cor: Azul marinho
Ferramenta: Escudo, Afanje, mariô
Saudação: Patakorí Ogum
Há vários nomes de Ògún fazendo alusão a cidades onde houve o seu culto, como Ògún Ondó da
cidade de Ondó, Ekiti onde também há seu culto, etc. O orixá possui vários nomes na África como no Brasil
e com isso ganha as suas particularidades e costumes. Teremos títulos em Damassá, Lonan, Oluponã,
Igbô-Igbô, Erotò, etc
Mèje ou Mèjéjé – aquele que toma conta das sete entradas da cidade de Irê, ligado a Exú, o guardião das
casas de Ketu.
Je Ajá ou Ogúnjá como ficou conhecido – Um de seus nomes em razão de sua preferência em receber cães
(só na África) como oferenda, tem ligação com Oxaguiã e Ìyemonjá .
Àmènè ou Ominí – tem ligação com Oxun, cultuado em Ijexá, sua conta é verde clara.
Alágbèdé – É o Ògún dos ferreiros, o ferramenteiro, da ancestralidade, tem ligação com Ìyemonjá.
Akoró– É o Ogun que usa o mariwò como coroa, sua roupa é o mariwò, toma conta da casa de Oxalá, muito
ligado a Oxóssi e não come mel.
Oniré – É o título de Ògún filho de Oniré, quando passou a reinar em Ire, o Senhor de Irê.
Wàrís: é o ferreiro dos metais dourados, ligado a Oxun, ligado ao ar, por isso o mais requintado dentre todos
os Oguns.
ADÌMÚ DE ÒGÚN
Feijoada;
Paliteiro (inhame, palitos de mariô, se for para Já, deve se temperado com azeite doce).
ORÍKÍ DE ÒGÚN
Ògún pèlé o!
Ògún alákáyé,
Osìn ímolè.
Ògún alada méjì.
O fi òkan sán oko.
O fi òkan ye ona.
Ojó Ògún ntòkè bò.
Aso iná ló mu bora,
Ewu ejè lówò.
Ògún edun olú irin.
Awònye òrìsà tií bura re sán wònyìnwònyìn.
Ògún onire alagbara.
A mu wodò,
Ògún si la omi Logboogba.
Ògún lo ni aja oun ni a pa aja fun.
Onílí ikú,
Olódèdè màríwò.
Ògún olónà ola.
Ògún a gbeni ju oko riro lo,
Ògún gbemi o.
ÀDÚRÀ DE ÒGÚN
Saudação: Jesi jesi patakori! Ògún e!
Ògún dá lẹ́ kọ́
Ẹni adé ran
Ògún dá lẹ́ kọ́
Ẹni adé ran
Ògún to wa dó
Ẹni adé ran
Ògún to wa dó
Ẹni adé ran
ORÌN DE ÒGÚN
Ògún àjò e mònriwò Àwa nsiré Ògún ó
alákòró àjò e mònriwò èrù jojo
Ògún pa lè pa lóònòn Àwa nsiré Ògún ó
Ògún àjò e mònriwò èrù jojo Èrù njéjé
Elé ki fí èjè wè.
Alákòró elénun alákòró elénun ó
Ògún nítà ewé rè Ae ae ae alákòró elénun ó
Ògún nítà ewé rè
Ba Òsóòsí l’oko ri náà lóòde
Ògún nítà ewé rè Ògún Onirê
onirê Ògún
A l’Ògún méje Iré, Alakorô onirê,
aláàda méji, méji Obá de órun
Ọ̀ ṢỌ́ Ọ̀ SÌ
Dia: Quinta
Cor: No Ketu azul-celeste e na Angola verde
Ferramenta: Ofá, iruquerê e ogê
Saudação: Okê arô, Odé coquê maió, arolê
Filho de Yemanjá e Oxalá é o deus da caça e vive nas florestas, onde moram os espíritos dos
antepassados. Tem a virtude de dominar os espíritos da floresta. Na África era a principal divindade de
Ilobu, onde era conhecido pelo nome de Irinlé ou Inlé, um valente caçador de elefantes. Conduziu seu povo
de Ilobu a guerra e os ensinou a arte de guerrear, permanecendo até hoje nesta cidade. Ocupa um lugar de
destaque nos Candomblés em Salvador, isto porque é o patrono de todos os terreiros tradicionais. Oxóssi é
o único Òrixá que entra na mata da morte, joga sobre si uns pós-sagrados, avermelhados, chamados Arolé,
que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torna imune à morte e aos Eguns. Sendo ele um rei, carrega
o iruquere (espanta moscas) que só era usado pelos reis africanos, pendurado no saiote.
Íbuàlámò – é velho e caçador. Nasce nas águas mais profundas do rio irinlé. Sua vestimenta é branco com
bandas, saiote e capacete de palha da costa. Tem ligação com omolú e oxun. Seu assentamento se difere
de todos.
Ínlè – é novo e caçador, tem seu culto as margens do rio irinlé, conhecido com caçador de elefantes, o
marfim é a sua conta, tem ligação com oxuns, oxaguiã e yemanjá.
Dana Dana – tem fundamento com exu e ossain. É ele o òrixá que entra na mata da morte e sai sem temer
egun e a própria morte. Veste azul claro, muito impetuoso e foge à toa.
Akueran – tem fundamento com ogun e ossain. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Ele é o dono
da fartura. Ele mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas. Suas contas são
verde claro.
Otin – guerreiro e muito agressivo, vive intocado na mata, ligado a ogun. Usa azul claro, leva capangas,
roupas de couro de leopardo.
Kòifé – não se faz no brasil e na áfrica, pois, muitos de seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos ficam
um ano recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. veste vermelho, leva na mão uma espada e
uma lança. Come com ossain e vive muito escondido dentro das matas, sozinho. Suas contas são azuis
claras, usa capangas e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto. Assenta-se koifé e faz-se
ybo, ynlé ou oxum karé; trinta dias após, faz-se toda a matança.
Kàré – é ligado as águas e a oxum e logun edé e com eles exercem as mesmas forças e funções.. Usa azul
e um banté dourado. Gosta de pentear-se, de perfume e de acarajé. Bom caçador mora sempre perto das
fontes.
Ínsèèwé ou oni sèwè – é o senhor da floresta, ligado as folhas e a ossain, com quem vive nas matas. Veste
azul claro, e banda de palha da costa, usa capacete quase tapando o seu rosto.
Ínkúlè ou oni kulé – odé das montanhas, de culto no platô das serras, muito ligado a oxaguiã e jagun, veste
verde claro, turquesa.
Ìnfamí ou infaín – odé funfun, ligado a oxaguiã e oxalufã, só usa branco e come abadô
Ajénìpapò – odé ligado as iyamis osorongá, aquele que pode se aproximar e também a oyá, o dono do
irukere.
Odé orélúéré – ligado aos igbôs, odé de culto antigo.
Poderemos encontrar ainda: odé etetú; odé edjá, odé isanbò, odé ominòn, odé oberun’já.
Otokán sósó – embora muitas vezes seja citado como uma qualidade, não é qualidade, é um oríkì que
significa o caçador que só tem uma flecha. Ele não precisa de mais nenhuma flecha porque jamais erra o
alvo. Título que oxóssi recebeu ao matar o pássaro de ìyámi eléye. Não fazendo parte do rol dos caçadores
que possuíam várias flechas, oxóssi era aquele que só tinha uma flecha. Os demais erraram o alvo tantas
vezes quantas flechas possuíam, mas, oxóssi com apenas uma flecha foi o único que acertou o pássaro de
ìyámi, ferindo-o com um tiro certeiro no peito. Por essa razão é que ele não recebe mel, pois o mel é um dos
elementos fabricado pelas abelhas, que são tidas como animais pertencentes a oxum, mas, também às
ìyámi eléye. Então, é èèwò para oxóssi. Por essa razão também, é que se dá para oxóssi o peito inteiro das
aves, como reminiscência desse ìtàn.
Odé lagbure – lagbure é destoa do comportamento comum dos demais odé, que são carrancudos e
reservados, ele pelo contrário é dócil e amável, seu culto segue um ritmo alegre e simples.
ADÌMÚ DE Ọ̀ ṢỌ́ Ọ̀ SÌ
Axôxô (Milho vermelho e coco);
Lêlê (Milho vermelho e coco, preparado como cocada);
Milho;
Canjica.
ORÍKÍ DE Ọ̀ ṢỌ́ Ọ̀ SÌ
Òsoosì. O fi ofà kan soso pa igba ènìyàn.
Awo òde ìjà pìtìpà. Odé nú igbó,
Omo ìyá ògún oníré. Ofi ofà kan soso pa igba eranko.
Òsoosì gbà mí o. Awo eran pa sí ojúbo ògún lákayé,
Òrìsà a dínà má yà. Má wo mí pa o.
Ode tí nje orí eran. má sì fi ofà owo re dá mi lóró.
Eléwà òsòòsò. Odè ò, Odè ò, Odè ò,
Òrìsà tí ngbélé imò, Òsoosì ni nbá ode inú igbo jà,
gbe ilé ewé. Wípé kí ó de igbó re.
A bi àwò lóló. Òsoosì oloró tí nbá oba ségun,
Òsoosì kì nwo igbó, Obá Ajé jà,
Kí igbo má mì tìtì. O ségun.
Ofà ni mógàfí ìbon, Òsoosì o!
O tá ofà sí iná, Má bà mi jà o.
Iná kú pirá. Ògún ni o bá mi se o.
O tá ofà sí Oòrùn, Bí o bá nbò láti oko.
Oòrùn rè wèsè. kí o ká ilá fún mi wá.
Ogbàgbà tí ngba omo rè. Kí o re ìréré ìdí rè.
Oní màríwò pákó. Má gbàgbé mi o,
Ode bàbá ò. Ode ò, bàbá omo kí ngbàgbé omo.
Odé ojú ogun,
ÀDÚRÀ DE Ọ̀ ṢỌ́ Ọ̀ SÌ
Saudação: Oké Aro! Arolé!
Pakó tòri sa(n) gbo dìdé (aja in pa igbo)
Odẹ́ aróle o
Aróle o oni sa(n) gbo olówo
Odẹ́ aróle o nku lodẹ
ORÌN DE Ọ̀ ṢỌ́ Ọ̀ SÌ
O koké Odé Fara rè rè figbo Odé figb o
Oké o koké Odé oké Fara rè wa ko ṣe omorodé
Olowo giri giri igbo de Awa niṣo Odé loko emafá akueran
O Giri giri igbo de Awa niṣo Odé lore emafá kueran o
Ko jó ko jó omodé okué imáfara Aráyè odé arere oké
ṣà ọkùnrin Awa niṣo Odé loko emafá kueran
Ọ̀ SÁNYÌN
Dia: Terça
Cor: Verde e branco
Ferramenta: Ferro com sete pontas e um pombo no meio
Saudação: Euê Uassá
Quando falamos de Ossain, encontramos muitas controvérsias, para alguns ele é um orisá único que
rege o poder vital de todas as folhas, enquanto outros os dividem em qualidades muitas vezes pertencentes
a outras nações que não sejam de ketu. Aqui estão alguns caminhos em que Ossain se apresenta de
acordo com algumas fontes consultadas.
Miró – grande conhecedor das folhas sagradas, veste-se de verde-escuro com verde-claro. tem fundamento
com o tempo. É assentado em um vaso de barro cru ou com tabatinga (angola), carrega o peregum (folha
de Ossain), come acacá vermelho.
Birigan – tem fundamento com Osóssi, traz na cabeça uma pluma branca de ema, num torso, veste verde
claro com rosa, ou verde e branco. Seu igbá possui um par de pequenos chifres.
Atulá – tem fundamento com Osolufan é um orixá do efum (branco) por isso veste branco, conhecido como
“Ossain do sol”, pois só come de dia.
Aroni – é o mais velho, tem fundamento com Iansan. veste-se de verde-escuro com rajadas vermelhas é o
guardião da floresta da morte.
Modun – feiticeiro, é quem conhece todas as magias da cura e da morte, ligado à Nanã e Omolú.
Agué – usa roupas e contas rosas rajadas com verde, tem ligação com Oyá e Osumaré.
Mokossu – velho, vive escondido na mata, fuma e bebe em demasia, tem fundamento com Esú.
Gayaku – é novo, muito ágil, só vive no cume das árvores. Nunca aparece em lugares habitados. Come
com Osóssi, e aparece na roda do padê (ato de despachar Esú).
Agbènigi – velho e feiticeiro, dono do pássaro sagrado, é o único que se aproxima de Yamì Ossorongá (mãe
da fertilidade, o poder feminino), dono absoluto do poder das ervas, come diretamente com Esú no qual
muitas vezes é confundido.
ADÌMÚ DE Ọ̀ SÁNYÌN
Fubá de castanha/milho com gengibre;
Aboborá com milho vermelho e fumo.
ORÍKÍ DE Ọ̀ SÁNYÌN
Agbénigi, òròmodìe abìdi sónsó
Esinsin abedo kínníkínni;
Kòògo egbòrò irín
Aképè nigbà òràn kò sunwòn
Tíotio tin, ó gbà aso òkùnrùn ta gìègìè.
Elésè kan jù elésè méjì lo.
Ewé gbogbo kíki oògùn
Àgbénigi, èsìsì kosùn
Agogo nla se erpe agbára
Ó gbà wón là tán, wón dúpé téniténi
Aròni já si kòtò di oògùn máyà
Elésè kan ti ó lé elése méjì sáré
ÀDÚRÀ DE Ọ̀ SÁNYÌN
Saudação: Ewe Asa! Ewe Asa!
Meré-meré Ọ̀ sányìn ewé o ẹ́ jin
Meré-meré Ọ̀ sányìn ewé o ẹ́ jin
Meré-meré ewé o ẹ́ jin ngbẹ́ nọ́ n
Meré-meré ewé o ẹ́ jin ngbẹ́ nọ́ n
Ẹ jin meré-meré Ọ̀ sányìn wa le
ORÌN DE Ọ̀ SÁNYÌN
ỌMỌLÚ
Dia: Segunda
Cor: No Ketu Preto e branco e na Angola Preto, branco e vermelho
Ferramenta: Xaxará, lança niquelada
Saudação: Atotô, Axelebel Korô
Omolu/Obaluaiyé é o rei da terra. A sua vestimenta é feita de ìko; uma fibra de ráfia extraída do Igí-
Ògòrò, a “palha da costa”, elemento de grande significado ritualístico, principalmente em ritos ligados à
morte e o sobrenatural, sua presença indica que algo deve ficar oculto. Compostos de duas partes o “Filá” e
o “Azé”, a primeira parte, a de cima que cobre a cabeça é uma espécie de capuz trançado de palha da
costa, acrescido de palhas em toda sua volta, que passam da cintura, o Azé, seu asó-ìko (roupa de palha) é
uma saia de palha da costa que vai até os pés em alguns casos, em outros, acima dos joelhos, por baixo
desta saia vai um Xokotô, espécie de calça, também chamado “cauçulú”, em que oculta o mistério da morte
e do renascimento. Nesta vestimenta acompanha algumas cabaças penduradas, onde supostamente
carrega seus remédios. Ao vestir-se com ìko e cauris, revela sua importância e ligação com a morte.
Sua festa anual é o Olubajé. Tido como filho de Nanã no Brasil, a sua origem, forma, nome e culto em
África é bastante variado, de acordo com a região, essa variação de nomes é em conformidade com a
região, Obaluaiyé ou Xapanã em Tapá (Nupê) chegando ao território Mahi ao norte do Daomé; Sapata é a
sua versão Fon, trazida pelos Nagôs.
Em alguns lugares se misturam, em outros são deuses distintos, confundidos até com Nanã Buruku;
Omolu em keto e Abeokutá. O seu parentesco com Oxumaré e Iroko é observado em Keto (vindo de Aisê
segundo uns e Adja Popo segundo outros), onde se pode ver uma lança (oko Omolu) cravada na terra,
esculpida em madeira onde figuram esses três personagens mencionados, também em Fita próximo de
Pahougnan, território Mahi, onde o rei Oba Sereju, recebera o fetiche Moru, três fetiches ao mesmo tempo
Moru (Omolu), Dan (Oxumaré) e Loko (Iroko).
Akavan: Tem ligação com Oyá, veste estampado.
Ajunsun: Tem fundamentos com Oxumaré, Oxun e Oxalá. Carrega lança e veste branco.
Azoani: É jovem, veste vermelho, palha vermelha. Tem caminhos com Iroko, Oxumaré, Iemanjá e Oyá.
Afomam: Veste a estopa e carrega duas bolsas de onde tira as doenças. Veste de amarelo e preto. Todas
as plantas trepadeiras pertencem-lhe. Tem caminhos com Ogun de quem é companheiro, dança cavando a
terra com Intoto para depositar os corpos que lhe pertencem.
Ajágùnsí: Tem forte fundamento com Nanã, Ewá e Oxumare
Agòrò: veste branco, azan com franjas de palha
JAGUN:
Itetú: ligado a Yemanjá e Oxaguian
Arawe: Tem fundamento com Oyá e Oxaguian
Ajòjí ou Sejí: Tem fundamentos com Ogun, Oxaquian. e Exú
Àgbá: tem fundamento com Oxalufan e Yemanjá
Itunbé: Tem caminhos com Oxaguian, Ayrá e Oxalufan. Não come feijão preto e é o único que come Igbin
(Caracol).
Igbonà ou Topodun: ligação com Obá, Airá e Oxaguian
Odé ou Ipòpò: ligação com Ínlè,Logun, Ogun e Oxaguian
Dizem que são 14 qualidades ou caminhos de Obaluaiye/Omolú/Jagun/Sakpata e 7 delas são Jagun.
Teremos ainda vários nomes, títulos e qualidades parecidas: Alagbá, Janbèlé, Parú, Polibojí, Akarejebé,
Aruajé, Ahoye, Olutapá, Sapatá Ainon, WariWarún, Xapanã, Intòtò, Avimaji, etc.
ADÌMÚ DE ỌMỌLÚ
Feijão preto com camarão e cebola;
Ganguru (pipoca com coco);
Abadô (fubá de amendoim);
Uiguidí (milho vermelho enrolado na folha de bananeira como uma trouxinha, parecendo uma pamonha).
ORÍKÌ DE ỌMỌLÚ
Òrìṣà Jìngbìnì
Abàtà, Arú Bí Ewé Ajó.
òrìṣà Tí Nmú Omo Mú Ìyá
Bí Obàlúàiyé Bá Mú Won Tán
O Tún Lè Sáré Lo Mú Bàbá
Òrìṣà Bí Àjé
Obàlúàiyé Mo Ilé Osó, O Mo Ilé Àjé
O Gbá Osó L’ójú
Osó Kún Fínrínfínrín.
O Pa Àjé Ku Ìkan Soso
Òrìṣà Jìngbìnì
Obàlúàiyé A Mú Ni Toùn Toùn
Obàlúàiyé Sí Odù Re Hàn Mí
Kí Ndi Olówó
Kí Ndi Olomo.
Àse
ÀDÚRÀ DE ỌMỌLÚ
Saudação: Atoto!
Ọmọlú ìgbọ́ ná ìgbóná zue
Ọmọlú ígbọ́ ná ìgbóná zue
Ekọ ọmọ vodun maseto
Ekọ ọmọ vodun na je
Ìjòni le o Nàná
Ìjòni le o Nàná ki mayò
Nàná ki mayọ̀ ki n a lode
Fẹ̀ lẹ̀ fẹ̀ lẹ̀ mi igba nlọ, ajunsun wale
Meré-meré ẹ no ile isin
Meré-meré ẹ no ile isin
E n sinbe meré-meré osú láyè
E n sinbe meré-meré osú láyè
Ọba alá tun zue obi osùn
Ọba alá tun zue obi osùn
Iya lóni
Otù, àkọ́ ba, bi ìyá, húkọ́ , káká, bẹtọ
Otun zue, obi, osùn
Bara ale sọ ran ale sọ ran
Bara otun zue obi osùn
ORÌN DE ỌMỌLÚ
ÍRÒKÓ
Dia: Terça
Cor: Branco, verde e castanho
Ferramenta: Tronco, árvore gameleira, iroco
Saudação: Iroco kissibí, eró
Íròkó é a árvore que habita Oluwèré, chefe de todos os espíritos. Nem todas as árvores desta espécie
são habitadas por espíritos.
Na África, sua morada é a árvore Íròkó, nome científico chlorophora excelsa, que, por alguma razão, não
existia no Brasil e, ao que parece, também não foi para cá transplantada. Guardião da cidade que protege o
sagrado e representante da vida. É a árvore mais cultuada dentro da “cultura ioruba”. Não existe uma
linhagem, os antigos identificam através de rezas, qual a que consta de moradia para o espírito. A sua
presença é firmada através do ifá.
No Brasil, Íròkó é considerado um orixá e tratado como tal, principalmente nas casas tradicionais de
nação Ketu. É tido como orixá raro, ou seja, possui poucos filhos e raramente se vê Íròkó manifestado.
O orixá Íròkó tem como sua moradia a gameleira branca (representada por uma árvore ancestre). Um
dos fundamentos deste Orixá é o seu a assentamento fica no pé desta árvore e após preparo ritual da raiz,
seu tronco é enfeitado com um òjá funfun.
Como Exú, Iroko carrega para longe os fluídos maléficos (espíritos ruins e todas as negatividades).
Quando manifesta-se os fiéis jogam sobre ele os fluídos que querem se livrar e ele corre para fora do
barracão para atirar no mato todo o mau. As vezes bebe tanto que cai no chão.
Cobre-se então com um alá branco e, pouco depois, já recuperado ele ergue-se e volta a dançar. Dança
de joelhos no chão e o bravun, ritmo Gege, como Bessen. Veste cores fortes, vermelho, azul e verde, às
vezes cinza ou marrom e branco e leva uma lança na mão como seu instrumento. Suas contas são verde-
musgo e riscadas de marrom. As vezes veste-se de palha como Ọmọlú. Sua incorporação é pouco vista,
seus filhos giram tontos, cambaleando pelo barracão antes de caírem fulminados, logo levantam-se e põem-
se a dançar.
O caminho de Iroko é Olúwére, a energia que mora dentro da árvore Íròkò. Íròkò é um orixá cultuado no
candomblé do Brasil pela nação Ketu e, como Loko, pela nação Jeje. Corresponde ao Inquice Tempo na
nação Angola ou Congo. Para o povo iorubá, Íròkò é uma de suas quatro árvores sagradas normalmente
cultuadas em todas as regiões que ainda praticam a religião dos orixás, é o comandante de todas as
árvores sagradas, o vanguardeiro, os demais Osa Iggi devem-lhe obediência porque só ele é Iggi Olórun, a
árvore do Senhor do Céu. No entanto, originalmente, Íròkò não é considerado um orixá que possa ser feito
na cabeça de ninguém, o que não é regra pois em algumas casas esse orixá é feito.
Íròkò é a morada de espíritos infantis conhecidos ritualmente como abiku e tais espíritos são liderados
por Oluwèré. Quando as crianças se veem perseguidas por sonhos ou qualquer tipo de assombração, é
normal que se façam oferendas a Oluwèré aos pés de Íròkò, para afastar o perigo de que os espíritos abikú
levem embora as crianças da aldeia. Durante sete dias e sete noites, o ritual é repetido, até que o perigo de
mortes infantis seja afastado. O culto a Íròkò é um dos mais populares na terra iorubá e as relações com
esta divindade quase sempre se baseiam na troca: um pedido feito, quando atendido, sempre deve ser
pago pois não se deve correr o risco de desagradar Íròkò, pois ele costuma perseguir aqueles que lhe
devem.
ADÌMÚ DE ÍRÒKÓ
Pipoca no dendê, cesto e cipó seco.
ÀDÚRÀ DE ÍRÒKÓ
ORÍKÌ DE ÍRÒKÓ
Osa Iggi Má jé ki won ó dan mí
Iggi Olórun Àsùn dá ragbada lá à ba igi Iroko
Oluwá otim Iroko ki í dá tirè k’ó má se
Osa Iwin Iroko ki n ri se, ki n bimo,
Oba Iggi Iroko ki n lówó, ki n kólé
Àtatú ni ti Iroko Iroko k’o tún ìpín mi se
Iroko temi Baba l’o ní ki mi se oríire Te ire mó mi lówó
Orí rere ni temi Ojó ikú, Ojó àrùn kóo gbè mí o
Iroko yíó gba t’èmi wí Eso mí di oyin e má rojú si mi
Iroko jé ki òrò temi ó se Iroko gbà mi o
Baba Iroko p’èrò si mi nlé p’èrò si mi l’ónà
ORÌN DE ÍRÒKÓ
Ọ̀ ṢÙMÀRÈ
Dia: Quinta
Cor: Preto e amarelo, as cores do arco-íris
Ferramenta: Idãs e 01 lança
Saudação: Arroboboi
Ọ̀ ṣùmàrè é o orixá do arco-íris e da transformação. É o Orixá das adivinhações, grande feiticeiro,
babalawo e curador. Tem dupla representação, hora como arco-íris, hora como o homem serpente. Traz nas
mãos duas cobras de metal amarelado ou branco, representa o lado masculino e feminino, dependendo do
caminho. A sua saudação: A Run Boboi!!!, quer dizer: Vamos cultuar o intermediário que é elástico.
Dan – Vodun conhecido e cultuado no ketu com o nome de Oxumarê, é a cobra que participou da criação. É
uma qualidade benéfica, ligada à chuva, à fertilidade e à abundância; gosta de ovos e de azeite de dendê.
Como tipo humano, é generoso e até perdulário.
Vodun Dangbé – É um Oxumaré mais velho que seria o pai de Dan; governa os movimentos dos astros.
Menos agitado que Dan, possui uma grande intuição e pode ser um adivinho esperto.
Vodun Becé – é um nobre e generoso guerreiro, um tipo ambicioso, combativo de Oxumaré, menos afetado
e menos superficial que Dan.
Vodun Azaunodor – É o príncipe de branco que reside no Baobá, relacionado com os antepassados; come
frutas e “leva tudo de dois”.
Vodun Frekuen – É o lado feminino de Oxumaré, representado pela Serpente mais venenosa. O lado
masculino de Oxumaré é geralmente representado pelo Arco-Íris.
O Orixá Oxumarê possui ainda vários outros nomes na África como no Brasil, que como acontece com
todos os outros Orixás, se referem a cidades, lendas ou cultos específicos de uma determinada região, e
com isso ganha suas particularidades e costumes; alguns desses outros nomes são: Akemin, Botibonan,
Besserin, Dakemin, Bafun, Makor, Arrolo, Danbale, Akotokuen, Kaforidan, Danjikú, Aido Wedo, Foken,
Darrame, Averecy, Akoledura e Bakilá. Oxumare Araká é nome de uma mais antigas casas de candomblé
na Bahia, o Ilê Axé Oxumare Araká.
ADÌMÚ DE Ọ̀ ṢÙMÀRÈ
ORÍKÌ DE Ọ̀ ṢÙMÀRÈ
Osumare A Gbe Orun Li Apa Ira
Ile Libi Jin Ojo
O Pon Iyun Pon Nana
O Fi Oro Kan Idawo Luku Wo
O Se Li Oju Oba Ne
Oluwo Li Awa Rese Mesi Eko Ajaya
Baba Nwa Li Ode Ki Awa Gba Ki
A Pupo Bi Orun
Olobi Awa Je Kan Yo
O De Igbo Kùn Bi Ojo
Okó Ijoku Igbo Elu Ko Li Égùn
Okó Ijoku Dudu Oju E A Fi Wo Ran
ÀDÚRÀ DE Ọ̀ ṢÙMÀRÈ
Saudação: Ahoboboi
Ọ̀ ṣùmàrè e sé wa dé òjò
Àwa gbè ló sìngbà opé wa
E kun òjò wa
Dájú e òjò odò
Dájú e òjò odò s’àwa
ORÌN DE Ọ̀ ṢÙMÀRÈ
E ara ká ló bó ro
Àwa dé wò
Òsunmarè àwa dé wó
Vodun àwa dé wò
Òsunmarè o
ṢÀNGÓ
Dia: Quarta
Cor: Vermelho, marrom escuro, branco
Ferramenta: Oxés e o xere
Saudação: Obá ní chacaô, Cabiecilé
Conheça algumas das qualidades do Orixá Xangô, quais são cultuados dentro do Candomblé, podendo ser
no Jejê, Ketu, Nagô, Angola (estão um pouco sobre cada caminho do Orixá Xangô).
Alufan: É idêntico a um Airá. Confundido com Oxalufan. Veste branco e suas ferramentas são prateadas.
Alafim: É o dono do palácio real, governante de Oyó. Vem numa parte de Oxalá e caminha com Oxaguian
Afonjá: É o dono do talismã mágico dado por Oyá a mando de Obatalá; é aquele que fulmina seus inimigos
com o raio. Come com Yemanjá sua mãe.
Aganju: Significa terra firme. Tem perna de pau e é casado com Yemanjá. É o filho mais novo de Oranian. É
o mais cruel, é aquele que leva o coração do inimigo na ponta da lança, é o Xangô amaldiçoado que matou
e comeu a própria mãe.
Agogo / Agodo / Ogodo: Muito ruim e brutal, inclinado a dar ordens e a ser obedecido, foi ele quem raptou
obá. Come com Yemanjá. Neste caminho, Xangô segura dois Oxês (machados). Sendo o seu èdùn àrà
composto de dois gumes e é originário de Tapá. É aquele que, ao lançar raios e fogo sobre seu próprio
reino, e o destrói.
Baru: Veste-se de marrom e branco. Conta o mito em que Xangô recebe de Oxalá um cavalo branco como
presente. Com o passar do tempo, Oxalá voltou ao reino de Baru, onde foi aprisionado, passando sete anos
num calabouço. Calado no seu sofrimento, Oxalá provocou a infertilidade da terra e das mulheres do reino
de Baru. Mas Xangô Baru, com a ajuda dos babalawos, descobriu que seu pai Oxalá preso no calabouço de
seu palácio. Naquele dia, ele mesmo e seu povo vestiram-se de branco e pediram perdão ao grande orixá
da criação, terminando o ato com muita festa e com o retorno de Oxalá a seu reino. Assim seus
descendentes agirão sempre como um jovem desconfiado, ambicioso, elegante, teimoso, hospitaleiro,
galante e somente neste, Xangô surge como um rei humilde e solidário com a causa de seu povo.
Badè: É o mais jovem vodum da família do raio, cujo chefe é Keviosso, corresponde ao Xangô jovem dos
nagôs. É o irmão de Loko. Usa roupa azul com faixa atada atrás.
Jakuta: É aquele que atira as pedras, é a encarnação dos raios e trovões. É aprópria ira de Olorun, o Deus
criador. É o senhor do edun-ará, a pedra de raio. Conta o mito que o reino de Jacutá foi atacado por
guerreiros de povos distantes, num dia em que seus súditos descansavam e dançam ao som dos tambores.
Houve muita correria, muita morte, muitos saques. Jacutá escapou para a montanha seguido de seus
conselheiros, donde apreciava o sofrimento de seu povo. Irado, o rei chamou sua mulher Iansã, que,
chegando com o vento, levou consigo a tempestade e seus raios. Os raios de Iansã caíram como pedras do
céu, causando medo aos invasores, que fugiram em debandada. Mais uma vez, Jacutá fora acudido por
Iansã, e mais, sua eterna amante deu-lhe, dessa feita, o poder sobre as pedras de raio, o edun-ará. Gente
de Jacutá tem espírito de um velho pensador, justiceiro, incansável, brutal, colérico, impiedoso, preocupado
com a causa dos outros.
Koso ou Obacossô: Em sua passagem pela cidade de Kossô, Xangô recebe o nome de Obacossô, ou seja,
o rei de Kossô. Conta o mito que, depois de passar pela terra dos tapas, Xangô refugiou-se na cidade de
Kossô, mas a dor de Haver destruído seu povo, levou o rei a suicidar-se. No momento da morte de Xangô,
Iansã chegou ao Orum e, antes que Xangô se tornasse um Egun, pediu a Olodumare que o transforme num
orixá. Assim Xangô foi feito orixá pelo pedido de sua mulher Yansã. Os filhos de Obacossô são serenos,
tiranos, cruéis, agressivos, severos, amorosos, moralistas.
Oranifé: É o justiceiro, reto e impiedoso, que mora na cidade de ifé.
Tapa: É muito conhecido pelo seu temperamento imperioso e viril. Não perdoa os erros de seus filhos.
Airá: Os Airá são as qualidades de Xangô muito velhos, sempre vestidos de branco e usando segi (contas
azuis) em lugar dos corais vermelhos, e serão originários da região de Savê. Há, no entanto, atualmente
quem considere que Airá seria um Orixá diferente e não uma qualidade de Xangô. Esta questão requer
ainda algum estudo e pesquisa séria.
Intile: É o filho rebelde de Obatalá. Airá Intilé foi um filho muito difícil, causando dissabores a Obatalá. É dele
o mito que conta a primeira vez que Airá Intilé se submeteu a alguém. Airá tinha sempre ao pescoço colares
de contas vermelhas que Obatalá desfez e alternou as contas encarnadas com as contas brancas dos seus
próprios colares. Obatalá entregou a Intilé o seu novo colar, vermelho e branco. Daquele dia em diante, toda
terra saberia que ele era seu filho. E para terminar o mito, Obatalá fez com que Airá Intilé o levasse de volta
ao seu palácio pelo rio, carregando-o em suas costas. Neste caminho, Intilé dá aos seus filhos um ar altivo e
de sabedoria, prepotente, equilibrado, intelectual, severo, moralista, decidido.
Igbonam (Agoynham) ou Ibonã: É considerado o pai do fogo, tanto que na maioria dos terreiros, no mês de
junho de cada ano, acontece a fogueira de Airá, rito em que Ibonã dança sempre acompanhado de Iansã e
cantando sobre as brasas escaldantes das fogueiras.
Mofe, Osi ou Adjaos: É o eterno companheiro de Oxaguiã. Alguns constam ainda Oranian, que seria seu
pai; Dadá seu irmão, Aganju um dos seus sucessores, Ogodo que segura dois oxés, sendo o seu èdùn àrà
composto de dois gumes e é originário de tapá; Os Airá seriam muito velhos, sempre vestidos de branco e
usando segi (contas azuis) em lugar dos corais vermelhos, e seriam originários da região de Savê.
Existe também opinião formada por muitos, baseada na mitologia e nas diversas fontes sobre as origens de
Xangô, que Oranian seria seu pai; Dadá seu irmão, Aganju um dos seus sucessores, e Ogodo, o que segura
dois oxés, sendo o seu èdùn àrà composto de dois gumes e é originário de Tapá.
ADÌMÚ DE ṢÀNGÓ
Amalá (camarão, dendê, cebola, quiabo);
Rabada;
Barú não come quiabo e quando vai arriar para Airá, não tempera com epô pupa.
ORÍKÌ TI ṢÀNGÓ
Sángiri-làgiri,
Olàgiri-kàkààkà-kí Igba Edun Bò
O Jajú Mó Ni Kó Tó Pa Ni Je
Ó Ké Kàrà, Ké Kòró
S’ Olórò Dí Jínjìnnì
Eléyinjú Iná
Abá Won Jà Mà Jèbi
Iwo Ní Mo Sá Di O
Sango Ona Mogba Bi E Tu Bá Wó Ile
Jejene Ni Mú Ewure
Bi Sango Bá Wó Ile
Jejene Ni Mú Osa Gbogbo
ÀDÚRÀ DE ṢÀNGÓ
Saudação: Obaniṣe Kawo Kabiecile!
Ọba ìró l’òkó
Ọba ìró l’òkó
Yá ma sé kun ayinra òjẹ
(Aganju/Ogodo/Afonjá) òpó monjá le kòn
Okàn olo l’Oyá
Tobi fori òrìsà
Ọba sorun alá alàgba òjẹ
Ọba sorun alá alàgba òjẹ
ORÌN DE ṢÀNGÓ
ÒYA
Dia: Quarta
Cor: Marrom escuro, vermelho, rosa
Ferramenta: Afanje, Egun, Eruexim
Saudação: Eparrei, Eparrei Oiá misorundum
Um dos rituais mais belos do Candomblé é quando Oyá Kará, com seu tacho de cobre repleto de fogo,
vem dançar o ritmo egó. Ritualmente akará representa o fogo que Oyá engole, mas é de fato o bolinho de
akará que Oyá distribui aos seus, de cor avermelhada como brasa no ajerê depois de rodar na cabeça de
Oyá por todo barracão. Quando feito para vender no comércio, chama-se akarajé (akará + ajé) ou seja
akará de comer e assim se popularizou a palavra Akarajé Oyá também ergue a sua saia e pisa no fogo ao
lado de Xangô, Oyá também troca fogo com Ogun realizando uma das mais belas danças do candomblé.
Oyá convida todos para guerrear e vão chegando Ogun, Opará, Iyágunté, Obá, Xangô e por último chega
Oxaguiã, é a paz no meio da guerra, para apaziguar o coração de Oyá. O número 9 é sagrada a Iansã, nove
também são as qualidades de Iansã e 4 são as Oyás de culto Igbalé. Senhora dos ventos, dos tufões, das
nuvens de chumbo, tempestades, das águas agitadas pelo vento, águas do seu rio Níger, onde é cultuada.
A morte e seus mistérios não assustam Oyá, Senhora dos Eguns, mãe dos eguns, rainha dos eguns, Oyá
gueré a unló, só mesmo mãe Iansã.
Oyà Petu – Ligada a Xangô e até confunde-se com ele, Oyá dos raios.
Oyà Onira – Rainha da cidade de Ira, a doce guerreira ligada as águas de Oxun, veste rosa.
Oyà Bagan – Oyá com fundamento com Oxossi, Egun,Exú,Ogun guerreira dos ventos os estreitos das
matas.
Oyá Senó ou Sinsirá – Oyá raríssima, ligada Yemanjá e Airá
Oyà Topè – mora no tempo ligada a Oxun e Exú (alguns axés erradamente a tem como uma Igbalé)
Oyà Ijibé ou Ijibí - veste branco ligada a Oxalá ao vento frio
Oyà Kará - veste vermelho, ligada a Xangô, ao fogo,aquela que carrega o ajerê fervendo na cabeça.
Oyà Leié - o vento dos pássaros, veste estampado, ligada a Ewá
Oyà Biniká - A senhora do vento quente, ligada a Oxumare e Omolu.
Oyá Olokere ou Olokuere – ligada a Ogun, Odé, guerreira e caçadora.
Oyás de culto Igbalé:
Oyà Egunita – Igbalé, aqui vive com os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxala, Nanã, e ao
vento do bambuzal
Oyà Funan - Igabalé, a que encaminha os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxalá, Nanã e ao
centro do bambuzal
Oyà Padá – Igbale, a que ilumina o caminho aos mortos/eguns/veste branco,mariwo ligada a Oxalá, Omolú
e Nanã, ao bambuzal
Oyá Tanan ou Furé-Igbalé - a que recebe no portal os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxalá
e Nanã ao bambuzal.
Teremos ainda vários outros nomes de Oyá que se confundem ou são os mesmos, títulos, epítetos, e
qualidades diversas, entre elas: Oyá Olodé, Tonin’bé, Fakarebó, Adagambará, Filiabá, Iyá Popo, Iyá Kodun,
Iyá Abomì, Logunere, Petu, Arira, Doluo, Bamila, Kedimolu, Siré.
ADÌMÚ DE ÒYA
09 bolinhos de acará;
Caruru;
Aboborá com 09 acarás, búzios, azeite de dendê e doce.
ORÍKÌ DE ÒYA
Oyà A To Iwo Efòn Gbé Héèpà Héè, Oya ò!
Oyà Olókò Àra Erù Re Nikan Ni Mo Nbà O
Obìnrin Ogun Aféfé Ikú
Obìnrin Ode Obìnrin Ogun, Ti Ná Ibon Rè Ní À Ki Kún
Oya Òrírì Arójú Bá Oko Kú. Oyà ò, Oyà Tótó Hun!
Iru Èniyàn Wo Ni Oyà Yí N Se, Se? Oyà, A P’Agbá, P’Àwo Mó Ni Kíákíá,
Ibi Oya Wà, Ló Gbiná Kíákíá, Wéré Wéré L’ Oyà Nse Ti È
Obìnrin Wóò Bi Eni Fó Igbá A Rìn Dengbere Bíi Fúlàní
Oyà tí awon òtá rí O Titi Tí Nfi Gbogbo Ará Rìn Bí Esin
Tí Won Torí Rè Da Igbá Nù Sì Igbó Héèpà, Oya Olómo Mesan, Ibá Re Ò!
ÀDÚRÀ DE ÒYA
ORÌN DE ÒYA
Oyá kôrô nilê ô guerê-guerê Oyá têtê oyá têtê oyá oya têtê aiabá
Oyá kôrô unlá ô gué ará gué ará Oyá têtê oyá
Ôbirim xála kôrô nilé o guerê-guerê
Oyá ki a móréló Kôôrô nilê atí motumbalé
Oyá oyá kôôrô nilê atí motumbalé
Tani a padá lôodô oyá ôdôrrô iaiá Oyá oyá
Tani a padá lôodô oyá ôdôrrô iaiá
Oya deni loya,
Tani ago tani a cofa lajo Oya de Olorum
Tani a cofa lajo tani a cofa lajo
Baila lele morufuagan, baila lele morufuagan
Afulele adeo afulele, Laio laio tenu tenu laio laio tenu tenu
Afulele adeo afulele Baila lele morofuagan oguparajá
oya aba cobelajo afulele
oya bamba oya afulele ade Eloya cota mege megein sare zanzan
Eloya cota mege
Oyá koro
Koro o Oya dê mariwo acaralosse é de jocoló
Oya dê mariwo acaralosse é de jocoló
Oyá féfé
Ferioman
O laba laba
Laba o
ỌBÀ
Dia: Quarta
Cor: Marrom, vermelho e amarelo
Ferramenta: Escudo, afanje, ofá
Saudação: Obá siré
Obá é uma grande guerreira, e foi uma das três esposas de Xangô. Conta a sua lenda que foi com
Oxum, com o intuito de obter a preferência de Xangô que ela cortou a orelha esquerda e, com ela, temperou
um amalá para o seu esposo, pois Oxum a havia convencido de que fazendo isso, certamente ela
conseguiria o seu objetivo. O resultado foi contrário, pois Xangô detestou encontrar a orelha da esposa na
sua comida e também a sua mutilação. Obá passou então a esconder a mutilação com a mão esquerda,
com o seu escudo, ou também com um turbante.
Obá se vinga de Oxum entornando sobre seus pés um caldeirão de dendê fervendo, por isso que dizem
que se conhece uma pessoa de Oxum pelos pés.
Lendas à parte, Mãe Obá representa o lado esquerdo preeminente feminino, ligada as Iyamís, ostenta
seu poder apontando com a mão esquerda em riste na direção de sua orelha esquerda e com a mão direita
empunha como num coice sua espada, dança esplendidamente. Chefe da sociedade Elekô e Gueledé onde
homem não entra, guerreira amazona, padroeira da Guerra. Obá é da água barulhenta dos rios, do fogo e
da terra.
Obá Gìdéò - Neste caminho Obá está ligada a Xangô
Obà Syìó - Neste caminho Obá está ligada a Xangô e Oyá
Obà Lòdè - Neste caminho Obá está ligada a Iyami
Obà Lóké - neste caminho Obá vem junto com Odé
Obà Térà - Neste caminho Obá está ligada a Ogun
Obà Lomyìn - Neste Caminho Obá está ligada a Oxalá
Obà Rèwá - Neste caminho Obá vem junto com Ewá
ADÌMÚ DE ỌBÀ
ORÍKÌ TI ỌBÀ
Obà, Obà, Obà.
Ojòwú Òrìsà,
Eketà aya Sàngó.
O torí owú,
O kolà sí gbogbo ara.
Olókìkí oko.
A rìn lógànjó pèlú àwon ajé.
Obà anísùru, ají jewure.
Obà kò b’óko dé kòso,
O dúró, ó bá Òsun rojó obe.
Obà fiyì fún apá oko rè.
Oní ó wun òun ju gbogbo ará yókù lo.
Obà tó mo ohùn tó dára.
ÀDÚRÀ TI ỌBÀ
ORÌN DE ỌBÀ
Obà ló ojà, là jé
Obà ló ojà, là jé
T´inú ojà pààrá mòn inú ojà là ò jé.
YÈWÁ
Dia: Sábado
Cor: Vermelho vivo, coral e rosa, amarelo
Ferramenta: Arakole, lança, ofá e afange
Saudação: Ri Ro Ewá
Yewá não é a senhora da virgindade. Isso é uma questão de iniciação. Após de se iniciar, a yawo pode
ter relações sexuais, pois vale ressaltar que Yewá foi casada várias vezes e ela foi mãe.
Yewá Gebéuyin: A mais velha, veste vermelho Sangue e dourado. Esta Yewá se transforma na serpente
gigante que dorme no leito do rio Yewá.
Yewá Giran: Esposa de Obaluaê, veste-se com ikó, semelhante ao azê de Omolu, com palhas vermelhas e
sua saia é vermelho carmim, consigo carrega uma lança.
Yewá Mossocun: Esta ligada a Omolu e Oxalufãn.
Yewá Nipá: Possui caminhos com Odé e Oyá.
Yewá Fagemy: Esta ligada a Osumaré e seu arco-íris. Usa branco e sua ferramenta é o arakolê.
Yewá Moroguedan: Esta ligada a Osumaré e Oyá.
Yewá Bomio: A Yewá que se perdeu na floresta e se transformou em rio, esta ligada a Ossain, Jagun e
Xangô. Pode utilizar todas as cores referentes aos caminhos de Yewá.
Yewá Awô: Só veste-se branco e é a esposa de Orunmilá, dizem que ela o salvou da morte. Conhecendo os
segredos do Ifá, recebeu o título de Yá Awô. É da família do funfum.
Yewá Salamin: Esta é a Yewá caçadora, usa ofá e come com Oxóssi e Iemanjá, se veste de branco, verde e
creme e cores claras. Só é iniciada apenas em mulheres virgens.
Yewá Moajó: Ela utiliza ofá, tem caminhos com odé e só é iniciada apenas em mulheres virgens.
Yewá Kossunré: Ela come com Odé e Oxum, só é iniciada apenas em mulheres virgens.
ADÌMÚ DE YÈWÁ
Banana da terra torrada ou cozida no azeite doce;
Piramide de batata-doce com azeite doce;
Acará e omolocum no mesmo prato, acompanhado com flores brancas e alfazema.
ORÍKÌ DE YÈWÁ
ORÌN DE YÈWÁ
Ewa Ewa Moajo Ewa Ewa Ewa ni fa tôto lo bewa ê
Ewa Ewa Moajo Ewa Ewa Olu aiye
Koió koió lessé Ara a ni fa tôto lo bewa ê
Ewa Ewa Moajo Ewa Ewa Olu aiye
Se ke se dan
Ewa Ewa ijo Ewa
ÒṢÙN
Dia: Sábado
Cor: Dourado, guaraná
Ferramenta: Abebé, afange, ofá
Saudação: Òóré Yéyé ó
Divindade calma veste-se sempre de cores claras, de preferências amarelas que é a sua cor
consagrada; porém, dependendo da qualidade, òsun guerreira pode vestir-se de cor-de-rosa, òsun velha de
branco e azul-claro; òsun Ijimu, por exemplo, usa uma saia azul-claro, òja e adé cor-de-rosa. Òsun leva na
mão direita seu leque ritual, o abèbé de latão ou qualquer outro metal dourado, com uma sereia, um peixe
ou até mesmo uma pequena pomba no centro.
O número de òsun sendo dezesseis, o colar terá dezesseis fios, dezesseis firmas (ou duas, ou quatro)
que podem ser de divindades com as quais ela tem afinidade, ou com as quais sua filha estiver relacionada:
Òsòsi, Sàngó, Yémánjá, por exemplo. Òsun dança os ritmos ijesa, com passos miúdos, segurando
graciosamente a saia.
Òṣùn Abalô - é uma velha Òṣùn, de culto antigo, considerada iyá Ominibú, tem ligação com Oyá, Ogun e
Oxóssi, veste-se de cores claras, usa abebé e afange.
Òṣùn Ijímu – uma outra Òṣùn velha. Veste-se de azul-claro ou cor-de-rosa. Leva abèbé e afange, tem
ligação com as Iyamís, é responsável por todos os otás dos rios.
Òṣùn Abotô - também uma velha Òṣùn de culto antigo, ligada as Iyamís, feiticeira, carrega abebé e afange,
tem ligação com Nanã, Oyá de culto Igbalé.
Òṣùn Opará - seria a mais jovem das Òṣùn, é guerreira e acompanha Ògún, vivendo com ele pelas
estradas. Dança com ele quando se manifestam, juntos numa festa, leva uma espada na mão e pode vestir-
se de cor de marrom avermelhado, a senhora da espada.
Òṣùn Ajagura - outra Òṣùn guerreira que leva espada, jovem, tem ligação com Yemanjá e Xangô
Òṣùn Oke - jovem guerreira, muito ligada a Oxóssi, carrega ofá e erukere
Òṣùn Ipondá - é também uma Òṣùn guerreira ligada a Ibuálàmò. Yeye pondá é rainha da cidade que leva
seu nome Iponda, leva uma espada e veste-se de amarelo-ouro e branco quando acompanha Oxoguiã.
Òṣùn Oga - uma Òṣùn velha e muito guerreira, carrega abebé e afange
Òṣùn Karé - uma Òṣùn jovem e guerreira, ligada a Odé Karè e Logun Edé.
Òṣùn Ipetu - é de culto muito antigo, no interior da floresta, na nascente dos rios, ligada a Ossaiyn e
principalmente a Oyá dada a sua ligação com egun.
Òṣùn Ayaalá – é talvez a Òṣùn mais ancestral dentre todas, veste-se de branco, ligada a Orunmilá e as
Iyamis, considerada a avó.
Òṣùn Otin - com estreita ligação com Ínlè, ligada a caça e usa ofá e abebé.
Òṣùn Iberí ou Merimerin - Òṣùn nova, Senhora da vaidade e toda beleza e elegância.
Òṣùn mouwò - ligada a Olokun e Yemanjá, grande poder das Iyamís, veste-se de cores claras e usa abebé
e ofange.
Òṣùn Popolokun - de culto raro, ligado aos lagos e lagoas
Òṣùn Olókò – Òṣùn guerreira, vive na floresta nos grandes poços de água, padroeira do poço.
ADÌMÚ DE ÒṢÙN
Omolocum (Feijão fradinho, alface, ovo e camarão);
Ipeté (inhame, camarão, azeite doce);
Peixe de escama de água doce (torra no azeite doce, camarão e cebola);
Doce de leite.
ÀDÚRÀ DE ÒṢÙN
Saudação: Ora ye ye o!
Ẹ njì tenú ma mi o
Tenú màmà ya
Ìyá Ìbẹjí di Lógun àyaba omi ro
Ìbẹjì kórì ko jo
Àyaba ma pákútá màlà ge sá
Iya mi yèyé (Òsogbo / Ipondá / Opara / Kare).
ORÍKÌ DE ÒṢÙN
ORÌN DE ÒṢÙN
Ye ye ye ô Iya omi ni bu
Iya orô mi wa Odomi ro Orixá o lele
Ni axé toru efon
É oba koso ayaba ô Iya do Oxum mabé
Iya orô mi wa Iya wa oro
Ni axé toru efon Iya do Oxum mabé
Iya wa oro
A rí bé dé ô
Omi rô ara wa ra omi rô Oloomi ma
Lati jé xé omo loxum Oloomi ma iyo
Omi rô ara wa ra omi rô Oloomi ma iyo
A rí bé dé ô Enyn ayaba odo o yeye ô
Omi rô ara wa ra omi rô
Ofi de se mo loyó Ê olouwô
Omi rô ara wa ra omi rô Ê olouwô ofé ri oman
Ê olouwô
Igbá iyawô Ê olouwô ofé ri oman
Igbá si Oxum o rewa Ofé ri oman olouwô
Igbá iyawô Ofé ri oman
Igbá si Oxum o rewa
Awa si é É fibô, é fibô do wa iyá Oxum
Si igbá rewa É fibô, é fibô do wa iyá Oxum
Igbá iyawô
Igbá si Oxum o rewa Iyami talaade
Iyami talaade imalé o
Oxum e lóolaá Iyami talaade
Imolé lóomi
Oxum e lóolaá ayaba Yé yé yé òlóomi ò
Imolé lóomi Yé yé yé òlóomi ò
A é fé
A é fé
Awa iyn sin sin
LOGUN EDÉ
Dia: Quinta
Cor: Azul e dourado
Ferramenta: Ofá e abebé
Saudação: Jaci Jaci! Lóci lóci! Oluaô
Logun Edé é único, ele é um Orixá metá, ou seja, congrega três energias: de Oxun, de Oxóssi e dele
mesmo, domina o poder de mutação e transforma-se no que ele quiser, e um dos seus Orikís nos diz:
“Ológun fihòn awo
funfun lóni ni òlá
Ó yióò fihón dúdú…”
(O feiticeiro mostra a pele que desejar; se mostrar a pele clara hoje, amanhã mostrará a pele escura)
Podemos sintetizar Logun Edé nessas cantigas de sua roda, mostra-nos que ele não tem qualidade, ele
é tão somente o rei Logun Edé, o único soberano na cidade de Ilexá e, todos os anos, gente de toda parte
da África vem para os festejos de Ològún Edé que duram a semana inteira.
Na Nigéria, a cidade de Logun Edé chama-se Ilexa e é uma das mais ricas e prósperas da África,
anualmente fazem encontros com vários festivais vindos pessoas de toda as partes da África.
Na África negra, dizem que Logun Edé seria na verdade Ólògún Ode – o guerreiro caçador – o maior
entre todos os caçadores, pai de todos eles, inclusive de Oxóssi. E se observarmos a cantiga de Oxóssi,
veremos que expressão Omo ode, ou seja, filho do caçador, é constante, podendo inferir certa lógica nas
histórias contadas pelos africanos, como também sua ligação com Ogum.
E logun a rô a rô
Pa Logun pá Logun
IYEMONJA
Dia: Sábado
Cor: Cristal
Ferramenta: abebé, estrela do mar, concha do mar, afange
Saudação: Odoiá, Odofí iabá, erú yá mi
São 7 as qualidades, e por possuírem características tão próprias, há quem chegue a considerar que se
trata de orixás individuais (independentes) das outras qualidades. no entanto, Seria necessários estudos
mais aprofundados quanto a esta questão, então vamos encarar como qualidades de um único orixá, tal
como fazemos com todos os outros. Yemanjá rege a inteligência humana por isso tem o título de Iyá Orí.
Asagba ou Sobá: Ligada a Airá, Lufãn e Orunmilá, fia algodão, usa corrente de prata no tornozelo, carrega
abebé e sua energia é a espuma branca do mar e rio, veste branco com prata.
Akurá: Vive nas espumas do mar, aparece vestida com lodo do mar e coberta de algas marinhas. Muito rica
e pouco vaidosa. Adora carneiro, ligada a Nanã, veste branco aperolado.
Iyá Odo: Vive as margens dos rios, ligada a Oxum e suas peculiaridades.
Iya Awoyò: É uma das mais velha, possui ligação com Oxalá, Oxumarê e Xangô, Veste branco perolado e
cristal, responsável pelas marés.
Malèlèo ou Maylewo: Esta Yemanjá vive nos grandes lagos, tímida, não se pode tocar no rosto do Iyawò,
veste verde claro e branco prateado.
Iyá Ógunté: Mãe do rio ógun, esta Yemanjá guerreira usa espada e tem ligação com Ogun e Oxaguian,
carrega abebé, veste azul claro e Branco perolado.
Sessu: Voluntariosa e respeitável ligada a Babá Olokun, vive nas águas agitadas da costa e come inhame,
suas contas são verdes translúcido, veste verde e branco.
Teremos ainda outras Yemanjás com nomes, títulos e cultos extintos:
Olossá ou Oloxá: Ligada a com Oxum e Nanã. Veste verde-claro e suas contas são branco cristal. É a
Yemanjá mais velha da terra de Egbado, não há iniciados no Brasil.
Iya Massê: que é a mãe de xangô
Iyakú, Iya Atará Mobá, Iya Ewá, Iyá Tapá, Iya Tonà, etc.
ADÌMÚ DE IYEMONJA
ORÍKÌ DE IYEMONJA
ÀDÚRÀ DE IYEMONJA
Saudação: Odo ìyá!
Yemonja gbé rere ku e sìngbà
Gbà ní a gbè wí
To bo sínú odò yin
Òrìṣà ògìnyọ́ n gbà ní odò yin
ORÌN DE IYEMONJA
Àwa ààbò a yó A sà wè lé,
Yemonja àwa ààbò a yó A sà wè lé ó
Yemonja Odò fí
A sà wè lé
Ìyáàgbà ó dé iré sé
A kíì e yemonja Orí do nlé o
A koko pè ilé gbè a ó yó Iyemonjá
Odò ó fí Orí do nlé
A sà wè rè ó Iyemonjá
NÀNÁ
Dia: Terça-feira
Cores: Anil, Branco e Roxo
Ferramenta: Ibiri
Saudação: Salubá!
Em sua passagem pela Terra, foi a primeira Iyabá e a mais vaidosa, razão pela qual segundo a lenda,
desprezou o seu filho primogênito com Oxalá, Omolú, por ter nascido com várias doenças de pele. Não
admitindo cuidar de uma criança assim, acabou por abandoná-lo no pântano. Sabendo disso, Oxalá
condenou-a a ter mais filhos, os quais nasceriam todos com alguma deformação física (Oxumaré, Ewá e
Ossain), e baniu-a do reino, ordenando-lhe que fosse viver no mesmo lugar onde abandonou o seu filho, no
pântano.
Nanã tornou-se uma das Iyabás mais temidas, tanto que em algumas tribos quando o seu nome era
pronunciado, todos se jogavam ao chão. Senhora das doenças cancerígenas, está sempre ao lado do seu
filho Omolú. É protetora dos idosos, desabrigados, doentes e deficientes visuais.
Nanã Abenegi: Dessa Nanã nasceu o igbá Odu, que é a cabaça que traz Oxumarê, Oxossi Olodé, Oya e
Yemanjá.
Nanã Adjaoci ou Ajàosi: É a guerreira e agressiva que veio de Ifé, às vezes confundida com Obá. Mora nas
águas doces e veste-se de azul.
Nanã Ajapá: É a guardiã que mata, vive no fundo dos pântanos, é um Orixá bastante temido, ligado a lama,
a morte, e a terra. Está ligada aos mistérios da morte e do renascimento. Destaca-se como enfermeira;
cuida dos velhos e dos doentes, toma conta dos moribundos. Nela predomina a razão.
Nanã Asainan ou Asenàn: Provisoriamente sem dados inerentes a este caminho do Orixá Nanã.
Nanã Buruku ou Búkùú: Também é chamada Olú waiye (senhora da terra), ou Oló wo (senhora do dinheiro)
ou ainda Olusegbe. Este Orixá veio de Abomey; ligado à água doce dos pântanos, usa um ibirí azul
Nanã Obaia ou Obáíyá: É ligada a água e a lama. Mora nos pântanos; usa contas cristal vestes lilás e veio
do país Baribae.
Nanã Omilaré: É a mais velha, acredita-se ser a verdadeira esposa de Oxalá. Associada aos pântanos
profundos e ao fogo. É a dona do universo, a verdadeira mãe de Omolu Intoto. Veste musgo e cristal.
Nanã Savè: Veste-se de azul e branco, e usa uma coroa de búzios.
Nanã Ybain: É a mais temida. Orixá da varíola. Usa cor vermelha, é a principal, come directo na lagoa,
dando origem a outros caminhos. Para chamá-la, a ekeji tem que ir batendo com seus otás para fazê-la
pegar suas filhas.
Nanã Oporá: Veio de Ketu, coberta de òsun vermelho. É a mãe de Obaluaiyê, ligada a terra, temida,
agressiva e irascível.
Nanã Xalá: Muito ligada ao Branco e a Oxalá.
Teremos ainda outros nomes, títulos ou qualidades: Inselè, Sùsùré, Elegbé, Bíodún, ìkúrè, Asaiyó, etc.
ADÌMÚ DE NÀNÁ
Sará (mingau de puba com sal, açúcar e leite de coco);
Castanha, amendoim na folha de xumbetá;
Aberém (Fubá de milho pisado e mel).
Pirão
ORÍKÌ DE NÀNÁ
Okiti Kata, Ekùn A Pa Eran Má Ni Yan
Olu Gbongbo Ko Sun Ebi Eje
Gosungosun On Wo Ewu Eje
KO Pá Eni Ko Je Oka Odun
A Ni Esin O Ni Kange
Odo Bara Otolu
Omi a Dake Je Pa Eni
Omo Opara Ogan Ndanu
Sese Iba O
Iba Iye Ni Mo Mo Je Ni Ko Je Ti Aruní
Emi Wa Foribale Fun Sese
Oluidu Pe O papa
Ele Adie Ko Tuka
Yeye Mi Ni Bariba Li Akoko
Emi Ako Ni Ala Mo Le Gbe Agada
Emi A Wa Kiyà Onile Ki Ile
ÀDÚRÀ TI NÀNÁ
Saudação: Salúba Nàná! Salúba!
Ẹ kò odò, ẹ kò odò fó
Ẹ kò odò, ẹ kò odò fó
Ẹ kò odò, ẹ kò odò fó
Ẹ kò odò, ẹ kò odò fó
Kò odò, kò odò, kò odò ẹ
Dura dura ní kò gbẹ̀ ngbẹ̀
Mawun awun a tì jô n
Saluba Nàná, saluba Nàná, saluba.
Saluba Nàná, saluba Nàná, saluba.
ORÌN DE NÀNÁ
Nàná yò Ibiri xaxará lepe
Yìn Nàná yò Ibiri xaxará
O lù obó Obi Nanã ayó, Nanã nayó Oluwo bó xein xein
Nàná Yò
Sa là wá jo
A Yín saalaré Olu wò kú ké wá jo
A Ikú Wò lò se Sa là wá jo
A Yín saalaré un wá Olu wò kú ké wá jo
Kolê kolê Yín saalaré un wá Oloré
Eni ko ri bobò O dí Nàná e wá léwà e
Ki àwa lè Omo nilè ko rá ajo O dí Nàná e wá léwà e
Nàná Yìn kú re Omo nilè ko rá àjo
Ko rá jo, ko rá jo
O fé le lè
Nàná kú ré
Omo nilè ko rá àjo
ÒṢÀLÁ
Dia: Sexta
Cor: Branco
Ferramenta: Opaxorô, atorí, Escudo, afanje, mão de pilão
Saudação: Epi epi babá, Xepéu babá
Òṣàlá alase ou olúorogbo: salvou o mundo fazendo chover num período de seca.
Òṣàlá Etéko: Caminha com Oxaguiã, é inquieto. Vive nas matas e come todo o tipo de carne branca.
Òṣàlá Eteto Obá Dugbe: Outro guerreiro, ligado a Orixalá
Òṣàlá Obatalá: É o mais velho dos orixás. O grande rei branco; raiz de todos os outros Òṣàlás. Ele não é
feito, faz-se Ayrá ou Oxum Opara. É o pai de Òṣàlufòn que por sua vez é o pai de Oxaguiã. Por ser muito
grande e poderoso, Obatalá não se manifesta, sua palavra transforma-se imediatamente em realidade.
Representa a massa, o ar, as águas frias e imóveis do começo do mundo, controla a formação dos novos
seres, é o senhor dos vivos e dos mortos.
Òṣàlá Okó: Divindade da agricultura e colheita dos inhames novos e a fertilidade da terra. Orixá Nagô,
pouco conhecido no Brasil. Na época da chegada dos escravos, não deram muita importância a este orixá,
considerando como orixá da agricultura, em seu lugar Ogum e dos grãos Obaluaiyê. Quando se manifesta
leva um cajado de madeira que revela sua relação com as árvores, traz uma flauta.
Òṣàlá Olúfòn Ajigúna Koari: É confundido com Òṣàlá, pois veste-se de branco. Seu Opaxoró, no Brasil, é
confeccionado em madeira. Sendo um Orixá raro, tem poucas qualidades conhecidas. É um Orixá rico.
Òṣàlá Orínṣalá ou Obatalá: É casado com Iyemonja, suas imagens são colocadas lado a lado e cobertas
com traços e pontos desenhados com efum, no Ilésin, local de adoração, dizem que Iyemonja foi a única
mulher de Orínṣalá um caso excepcional de monogamia entre orixás e eborás.
Òṣàlá Òṣàlufón (Olú Fon): Orixá velho e sábio, cujo templo é Ifón pouco distante de Oṣogbô, a cerimônia de
saudações é de dezesseis em dezesseis dias. Orixá muito velho, de idade avançada, aleijado, lento,
movendo-se com muita dificuldade. Dança apoiado no opaxoró. Treme de frio e velhice. Detesta a violência,
disputas e brigas. Não come sal e nem dendê; odeia cores fortes, principalmente o preto e vermelho. A ele
pertencemos metais e substâncias brancas; não suporta cavalos.
Oṣogiyan ou Oxaguian (Orixá Ogiyan): Orixá jovem e guerreiro, cujo templo principal se encontra em Ejigbô.
Ganhou o título de Eleejigbô Rei de Ejigbô, Babá Ejigbô, uma de suas características e o gosto pelo inhame
pilado chamado lyán, que lhe valeu o apelido de Oisa-Je-Iyán ou Orisájiyan, Oxaguian no Brasil.
Conhecemos alguns Orixás guerreiros funfun Elemoxós,são eles:
Babá Ajagunan – Nascido do sêmen de Obatalá é um dos guerreiros brancos, o mais rebelde. Ajagunan
vem acompanhado dos demais guerreiros, Ogun Já e Jagun. Veste branco e prata, carrega a espada e o
escudo prateado, usa um capacete prateado. O verdadeiro guerreiro, ele quem ensinou Ògún a guerrear.
Babá Epejá – Enquanto Ajagunan é aspecto mais agressivo, Babá Epê é o mais calmo. Representa Akinjolé
em sua fase mais velha (não tão velho quanto Obatalá). Pai de Erinlé, ligado a pesca e ao ciclo das águas.
Aprendeu com seu filho a pesca, apreciador do marfim e dos dentes de elefantes. Veste branco, usa adê de
metal com chorão branco ou de búzios, carrega a mão de pilão e o atori.
Babá Akire ou Ikire – Guerreiro valente e agitado. Veste branco, traz uma espada nas mãos e um eketé
branco na cabeça. Um guerreiro poderoso e rico e que tinha muitos escravos, tudo oriundo de espólios de
suas conquistas. Seus principais templos são em Ìlàré e em Arùbídì. Dizem uns que Òrìsà kiré é um òrìsà
da paz, da produtividade e da riqueza. Muito rico e valente Babá Ikire transforma em surdo aquele que o
negligencia.
Babá Ajagemo – Guerreiro, em luta com Olunwi perdeu a batalha e ficou preso no palácio do mesmo, um
tempo depois Ajagemo foi solto e retorna a seu palácio. Veste Branco e traz a espada na mão e usa um
capacete prateado. Durante sua festa anual em Ẹdẹ, dança-se e representa-se com mímicas um combate
entre ele e Olunwi, no qual este último sai vencedor e aprisiona seu adversário. Mas tarde Òrìşá Ajagẹmọ é
libertado e volta triunfante para seu templo. Babá Lejugbé – Um aspecto maduro de Oxalá, não é jovem
nem idoso. Confunde-se com Olúfón por ser vagaroso e sua principal característica é ser indeciso. Caminha
com Aiyrá e Iyemanja. Veste branco. Este òrìsà também está relacionado com a agricultura, dizem que foi o
primeiro a cultivar o inhame.
ORÍKÌ DE ÒṢÀLÁ
ÀDÚRÀ DE ÒṢÀLÁ
Saudação: Epa Bàbá!
Bàbá esá rè wa
Ewa agba awo a sare wa
A jẹ águtan
A sare wa ewa agba awo
Iba Òrìṣà yin agba ògìnyọ̀ n
Òrìṣà ré wé
Orè bàbá
Èèè
Orè bàbá
Ṣirè wá ò
Orè bàbá
Èèè
Má ka se ó
Ka se ó má
Ka se Bàbá
Bàbá ebó
Bàbá èpá
Òní Orí iô iya ta kurí tô
Bàbá Èpá o
Mí ku ré o ré o Èpá ó Ò
Alá mì fún a dí Èpá o
Bàbá mí ku ré ó ré
É kò má gê kú è
Má gê kú è bàbá ò tún ò
É kò má gê kú è
Obatala Òrìsànlá
È kú má gê kú è
A mí Dundun Òrìsànlá
Òrìnsàlá
Tó ró to mú dê
Bàbá ó mí se fe rere
E ku oba Àjun gbín Àté unbó
Bàbá oya mú se fe rere
Bàbá oya mú se fe rere
Dù alá tê ó é tê ó
Dù alá tê ó é tê ó
Èpá má dèwi gbó
Òrìnsànlá
Èpá má dèwi gbó
Egbô alá
Tudo é sín um alá
Òrìnsàlá
Tá na gbo ín a igbó
Tá na gbo ín a igbó
Adoré eu adoré
Be la sín olodo
Be la sín adoré
Òrìnsàlá
Dà mí axó ilê
O da mí ó lélé
O da mí ku mí kó
E Òrìnsàlá
Láiyn sé aun umbó umã sè sè
Ebó alá
Ebó alá
ORÌN DE ÒṢÀLÁ
A jagun ná Bàbá o Òrisà rè wà
A jagun ná Mò rò Bàbá e ye
A jagun ná Bàbá o Mò rò Bàbá nilè wá o
A jagun ná Mò rò Bàbá ekún ayè
Elemaxó Bàbá Olorogun
A jagun ná Bàbá o O fìlà álá e o
Elemaxó Bàbá Òsògìnyón Ile Ile àwa
A jagun ná Bàbá o E Bàbá álá e o
Ile Ile àwa
Èrò Bàbá mi se ro
Èrò mi Bàbá kojáde Orí ò
Awure awure Bàbá O ni rò dí dè
Awure E lè jùbeelo
Awure Bàbá Bàbá e lè jùbeelo
Orisá bàbá E e bo ri o
Orisá beni ò E e bo ri o
Orisá bàbá E mò yin pá
Orisá olu a mì E mò yìn Ijesá
Orisá beni ò
Orisá bàbá Ajagunã Erô bàbá mì sòrò
Orisá beni ò Erô mì
Orisá bàbá Osoguiã Bàbá kojáde
Orisá beni ò Erô mì kojáde
Alá lá lá è è Oberê ké tê
Bàbá launxê Oberê ké tê Bàbá
Alá lá lá è è Igbí alá do ínjènã
Ofé launxê Oberê ké tê Bàbá
ÌYÀMÌ