Seminário Genética - 20240605 - 113923 - 0000

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

DISCENTES: DANIELLE DA SILVA BATISTA; ISABELLA LOHANY FERREIRA GOMES; LUISA


PEREIRA DA CRUZ SILVA; RAQUEL DE NOVAIS ANDRADE.
DISCIPLINA: GENÉTICA - T2
PROFESSOR: LEONARDO VANDERLEI LUTZ

PATENTEAMENTO
O QUE É PATENTEAMENTO?

Patentes são mecanismos de proteção legal


de inventos ou descobertas. Em troca da
divulgação pública da descoberta ou do
método de fabricação da invenção, o inventor
ganha, por um período de alguns anos, o
direito de exclusividade para explorar
economicamente sua criação.

https://www.chrismadden.co.uk/cartoon-gallery/genetic-
engineering-cartoon-creating-artificial-life-in-the-laboratory/
IMPORTÂNCIA

Desenvolvimento de testes diagnósticos


Produtos imunobiológicos
Aplicações terapêuticas
Retorno financeiro à pesquisadores

Pórem...
Barreira ao desenvolvimento de novas pesquisas
Restrição à produção de novos insumos
Restrição ao acesso
PROPRIEDADE INTELECTUAL E ORGANISMOS VIVOS
Novidade
Atividade Inventiva
Aplicação Industrial

LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996


IX - o todo ou parte de seres vivos
naturais e materiais biológicos
encontrados na natureza, ou ainda
que dela isolados, inclusive o
genoma ou germoplasma de
qualquer ser vivo natural e os
processos biológicos naturais
Tipos de Invenções Biológicas
Patenteáveis
Organismos geneticamente modificados (OGMs).
Métodos de diagnóstico e tratamento de doenças.
Produtos farmacêuticos e biológicos.
Tecnologias agrícolas e alimentos geneticamente
modificados.
Processos biotecnológicos e métodos de produção.

No Brasil, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é


responsável pelo exame e concessão de patentes. O tempo médio
de espera para a concessão de uma patente biológica no Brasil
pode variar de 6 a 10 anos ou mais, dependendo da complexidade
da invenção, do volume de pedidos e dos recursos disponíveis para
o INPI.
Patenteamento de Patenteamento
invenções comuns biológico

As diferenças fundamentais residem na:

Natureza das invenções;


Requisitos de patenteabilidade;
Processo de solicitação;
Impactos éticos e sociais associados a cada tipo de
patenteamento.
Diferenças significativas entre o patenteamento de:

Invenções comuns Patenteamento biológico


Devem atender aos critérios de Enfrenta requisitos mais complexos
novidade, atividade inventiva (ou não devido à natureza dos organismos vivos,
óbvio) e aplicabilidade industrial como exemplo a demonstração de
utilidade prática e a consideração de
questões éticas e morais.

O processo de solicitação de patente Pode envolver desafios adicionais, ex:


segue um conjunto estabelecido de necessidade de fornecer informações
diretrizes e procedimentos, que detalhadas sobre a identificação e
podem variar dependendo do país ou caracterização dos organismos vivos,
região. métodos de reprodução, efeitos
ambientais e questões relacionadas à
biossegurança.
Diferenças significativas entre o patenteamento de:

Invenções comuns Patenteamento biológico


Muitas vezes gera debates éticos
mais profundos, especialmente
Pode levantar questões éticas
quando envolve a manipulação
relacionadas à concorrência,
genética de organismos vivos,
propriedade intelectual e acesso ao
questões de segurança alimentar,
conhecimento.
direitos dos agricultores e
comunidades locais, bem como
preocupações sobre a
comercialização da vida.
A comercialização da vida
No contexto das patentes biológicas, refere-se à prática de
conceder direitos de propriedade intelectual sobre
organismos vivos, genes, proteínas, processos biológicos e
outras inovações relacionadas à biotecnologia.

Isso significa que empresas ou instituições podem obter


exclusividade legal sobre determinadas descobertas ou
tecnologias biológicas, o que lhes confere o direito de
controlar sua produção, distribuição e uso, muitas vezes com
fins lucrativos.
Essa comercialização da vida é frequentemente vista
como controversa e problemática por várias razões:
Propriedade da Vida; Concentração de Poder:
A concentração de patentes
Acesso Equitativo:
nas mãos de poucas empresas
Pode criar barreiras ao acesso
equitativo a tratamentos médicos, pode levar à dominação de
alimentos geneticamente modificados mercados inteiros e ao aumento
e outras tecnologias biotecnológicas. do poder econômico e político
dessas empresas.
Impacto do patenteamento biológico na
saúde pública: Biotecnologia e Meio Ambiente:
Os altos custos associados aos aumentar a dependência de
medicamentos patenteados podem monoculturas, levar à perda de
torná-los inacessíveis para muitas
biodiversidade e contribuir para
pessoas, especialmente em países em
a contaminação genética de
desenvolvimento, onde o acesso a
cuidados de saúde é limitado. espécies nativas.
Desafios e Controvérsias
CRÍTICAS AO PATENTEAMENTO DE
ORGANISMOS VIVOS

Quem “fabricou” os genes? Foram “inventados” pelo


homem ou já existiam e foram simplesmente
descobertos? A quem pertence o direito às informações
básicas contidas nos genes? Os genes são mercadorias?
A quem pertence o patrimônio hereditário de cada
espécie? Poderiam as empresas controlar o acesso às
informações e o uso do genoma?

Descobertas não são Recompensar e estimular


patenteáveis o trabalho do pesquisador.
Desafios e Controvérsias
Atraso do desenvolvimento
tecnológico
As guerras de patentes seriam verdadeiramente fatais.
Uma empresa pode descobrir que uma substância
naturalmente produzida por, digamos, alguma árvore
amazônica cura câncer — e pode patentear tal
substância, obtendo monopólio global sobre um
tratamento e cobrando o que bem entender por isso.

Vidas em risco Lucros sobre a pesquisa


Dúvidas sobre a lógica
operacional da legislação

Para alguns especialistas, a atual legislação acaba


funcionando como um incentivo para empresas burlarem
as regras burocráticas, incorrendo na biopirataria.
A anuência prévia da Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) é uma exigência do sistema de
patenteamento brasileiro que, independentemente de
como se julgue seus méritos, tem sido foco de disputas
institucionais entre o Ministério da Saúde (MS) e o Instituto
Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e, por
conseguinte, tem gerado ineficiência institucional.
o INPI tem competência legal para efetuar o exame
técnico de patenteabilidade, estando a Anvisa legitimada
somente para analisar questões relacionadas à saúde
pública, devendo restringir a sua anuência prévia a tal
escopo

Anvisa INPI
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Como garantir que o
patenteamento em genética
promova benefícios sociais e
avanços científicos sem
Para discutir
comprometer valores éticos
fundamentais, como justiça,
equidade e autonomia
individual?
O SABER
GENÉTICO PODE
Para discutir
SER
CONFISCADO?
Referências
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3581/3/Desafios.pdf
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/144/49.pdf?
sequence=4&isAllowed=y
https://www.blogs.unicamp.br/hypercubic/2013/04/patentes-genticas/
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2132/tde-20052016-
110409/publico/Rafael_de_Figueiredo_Silva_Pinheiro_Versao_Integral.pdf

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