Tema 1 - Redes de Computadores e A Internet

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Redes de computadores e a

internet
Prof. Fabio Henrique Silva

Descrição

Os conceitos básicos e aspectos históricos relacionados às redes de computadores e à


internet.

Propósito

A organização das redes de computadores é essencial para os profissionais de Tecnologia


da Informação (TI) utilizarem os serviços oferecidos por uma ou mais camadas de um
modelo de arquitetura de redes.
Objetivos

Módulo 1

Conceitos básicos

Reconhecer os conceitos básicos de redes de computadores e a internet.

Módulo 2

Parâmetros de avaliação

Descrever os parâmetros de avaliação das redes.

Módulo 3

Camadas de protocolo e modelos de


serviço

Identificar a arquitetura de redes de computadores como um modelo em camadas.


Módulo 4

Histórico da internet

Descrever os aspectos da evolução das redes e a internet.

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Introdução
A internet, nos moldes atuais, possui bilhões de usuários conectados, dispositivos e
enlaces de comunicação, além de uma quantidade enorme de computadores. Os usuários
podem conectar uma alta gama de dispositivos, tais como: notebooks, smart TVs,
smartphones, sensores, webcams, console para jogos e utensílios domésticos.

Nesses diversos dispositivos, são executadas diversas aplicações de redes que


revolucionaram a forma como vivemos, seja no trabalho, no comércio, nas relações
interpessoais, como também na forma como nos divertimos.

Não tem como negarmos a importância da internet para todos nós, mas para quem estuda
computação vai muito além do simples uso. É importante compreender os conceitos de
organização das redes de computadores e internet, necessários para utilização nas redes
de hoje e do futuro.
1 - Conceitos básicos
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer os
conceitos básicos de redes de computadores e a internet.

O que é a internet?
Confira agora as principais reflexões sobre o que, de fato, é a internet.

As redes de computadores podem ser definidas como um conjunto de módulos


processadores interligados por um sistema de comunicação, capazes de trocar
informações e compartilhar recursos.

Já a internet pode ser definida como um conjunto de rede de computadores que opera,
basicamente, utilizando os protocolos TCP e IP, e interconecta bilhões de dispositivos de
computação ao redor do mundo.

No entanto, a internet não é apenas um conjunto de redes interligadas. Há diversas formas


de utilização para definir o que é a internet e como ela está organizada. Por exemplo,
podemos defini-la de acordo com os componentes de software e hardware básicos que a
formam.

Podemos considerar que a internet é formada por três grandes partes:

looks_one
Sistemas finais

looks_two
Núcleo da rede

looks_3
Redes de acesso
A junção dessas três partes permite que você use seu smartphone, acesse um aplicativo e
utilize um serviço hospedado em qualquer datacenter no mundo.

Outra forma de enxergar a internet é como uma infraestrutura de redes que fornece
diversos serviços para que as aplicações de rede possam trocar informações. Alguns dos
serviços oferecidos pela internet são: definir o caminho da origem até o destino; corrigir os
erros que possam ocorrer no trajeto; evitar que haja sobrecarga dos componentes.

Os serviços fornecidos pela internet permitem que os desenvolvedores das aplicações


possam se preocupar com suas funcionalidades apenas, não somente com diversos
detalhes de como a informação será propagada. Basta o aplicativo enviar os dados para
essa infraestrutura de serviços que ela fará o maior esforço para que a informação seja
entregue ao destino.

Vamos agora conhecer esses componentes?

O entorno da internet

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A borda da rede
Confira agora os principais pontos sobre a borda da rede.
Os dispositivos que utilizamos e que estão conectados à internet são chamados de
sistemas finais, ou hosts (hospedeiros), pois se encontram no entorno, ou periferia, da
internet e são nesses dispositivos que executamos as aplicações de rede.

De uma forma geral, eles podem ser divididos em duas grandes categorias:

Clientes
São os desktops, notebooks, smartphones e tablets, dispositivos que, normalmente, estão
de posse de algum usuário.

Servidores
São as máquinas mais poderosas, que armazenam e distribuem páginas web, vídeo em
tempo real, retransmissão de e-mails etc.

Sobre os servidores, é comum chamarmos de máquinas grandes, poderosas, mas, na


realidade, o que define a máquina ser servidora não é o hardware, e sim o software
executado por ela. Como o nome diz, o servidor será o dispositivo que contém o software,
servindo alguma coisa ou algum serviço para um cliente que faz um pedido ou requisição.

A imagem a seguir ilustra a localização dos sistemas finais em uma infraestrutura de redes
de computadores. Confira!

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Interação entre sistemas finais.

Redes de acesso
Confira agora os principais pontos sobre as famosas redes de acesso.

A rede de acesso é uma rede física que conecta os sistemas finais ao primeiro roteador
(conhecido como “roteador de borda”) de um caminho partindo de um sistema final até
outro qualquer. Podemos dizer que a rede de acesso é o meio físico, ou enlace, que faz a
ligação dos sistemas finais ao núcleo da rede.

Veja abaixo as diferentes redes de acesso (linhas em azul):


open_in_full

Redes de acesso.

Os meios físicos podem ser enquadrados em duas categorias:

Meios guiados
São as redes com fio, ou seja, os sinais são dirigidos ao longo de um meio sólido, tal como
um cabo de fibra ótica, que propaga sinais luminosos; um par de fios de cobre trançado ou
um cabo coaxial, que propaga sinais elétricos.

Meios não guiados


São as famosas redes wireless. Nestes meios, os sinais se propagam pelo espaço aberto,
como é o caso de canais de rádio empregados em redes domésticas sem fio, os sinais da
telefonia celular, ou de um canal digital de satélite. Nesses tipos de redes, dizemos que são
propagados sinais eletromagnéticos.

As redes de acesso também podem ser divididas em duas categorias, de acordo com a
finalidade a que se destina: redes residenciais ou institucionais.

Redes de acesso residenciais


Os tipos de acesso residenciais bastante conhecidos são a linha digital de assinante (DSL),
através de cabo coaxial, e a fibra ótica.
Para o DSL, são utilizados os modems DSL que utilizam a linha telefônica existente
fornecida pela mesma empresa fornecedora do serviço de telefonia fixa. Já para o acesso
através de cabo coaxial, a infraestrutura utilizada é a mesma oferecida pela empresa que
fornece o serviço de televisão a cabo.

Comentário

Para o acesso através da fibra ótica, utilizamos o conceito chamado FTTH (fiber to the
home), um caminho de fibra ótica diretamente até a residência. Convém ressaltar que FTTH
não é um padrão ou protocolo em si, mas apenas um conceito indicando que a fibra ótica
chega até a residência ou empresa.

Em geral, uma fibra que sai da central de telecomunicações é compartilhada por várias
residências; ela é dividida em fibras individuais do cliente apenas após se aproximar
relativamente das casas.

Em locais onde DSL, cabo e FTTH não estão disponíveis (por exemplo, em locais rurais), um
enlace de satélite pode ser empregado para conexão (em velocidades mais baixas que as
tecnologias tipicamente usadas).

E ainda existe o acesso discado por linhas telefônicas tradicionais, que são os precursores
das redes de acesso, no qual um modem doméstico se conecta por uma linha telefônica a
um modem no provedor de acesso, ocupando a linha telefônica e com baixas velocidades.
Esse tipo de acesso era o mais comum até a década de 1990 e início dos anos 2000.

Curiosidade

Caso não conheça, procure na internet sobre o barulho característico dos modems
utilizados no acesso discado.

Redes de acesso institucionais


Algumas das soluções residenciais também podem ser utilizadas para as redes de acesso
institucionais, mas as chamadas redes locais (LANs) costumam ser usadas nos ambientes
universitários, corporativos e residenciais, para conectar sistemas finais ao roteador de
borda da rede, com o uso predominante de um padrão conhecido como ethernet que,
tipicamente, emprega cabos metálicos, ou através das redes sem fio, ou wi-Fi, que
empregam o padrão IEEE 802.11.

Comentário

É cada vez mais comum utilizarmos as redes de telefonia celular como rede de acesso
para acessar a internet, comumente chamando de 4G/3G. Possuem alcance bem maior que
o wi-fi e as empresas de telecomunicação têm investido na quinta geração (5G), que
oferece redes de acesso remotas de maior velocidade.

O núcleo da rede
Confira agora os principais pontos sobre o núcleo da rede.

O núcleo da rede consiste em uma rede de dispositivos, por exemplo, roteadores e


switches, os enlaces, normalmente de alta velocidade, que interligam esses dispositivos. O
núcleo da rede oferece os possíveis caminhos que permitem a interconexão dos sistemas
finais, conforme mostrado na imagem (destaque em azul). Confira!

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Núcleo da rede.

O núcleo da rede é organizado pelos diversos provedores de serviços de internet (Internet


Service Providers — ISPs), pelos quais nós, usuários, contratamos serviços para nos
conectarmos à internet. Conectar usuários finais e provedores de conteúdo a um provedor
de acesso (ISP) é apenas uma parte de todo o desafio: interligar os bilhões de sistemas
finais que compõem a internet. Isso é feito a partir da criação de uma rede de redes.

Existem centenas de milhares de ISPs, com diferentes portes, abrangência e finalidades.


Por exemplo, ISPs que têm por finalidade oferecer serviço de conexão dos usuários à
internet. Outros são conhecidos por serem ISPs de trânsito, que realizam a interligação de
ISPs, sem oferecer acesso direto aos usuários. Normalmente, os ISPs de trânsito são
responsáveis pela administração dos famosos cabos submarinos.

A abrangência dos ISPs está relacionada à região ou alcance que


possuem. Em determinada região, como uma cidade, pode haver um
ISP regional ao qual os ISPs menores, chamados locais, se conectam.
Cada ISP regional, então, se conecta a ISPs chamados de nível 1, que
possuem abrangência nacional e internacional. Por sua vez, os ISPs
de nível 1 podem se interconectar e trocar dados entre si.

É possível em algumas regiões haver um ISP regional maior, ao qual os ISPs regionais
menores se conectam ao ISP regional maior, então, se conecta a um ISP de nível 1.

Perceba como é complexo o núcleo da rede e que existe certa hierarquia de provedores.

Para facilitar a interconexão dos diversos provedores, existe o chamado ponto de presença
(PoP — Point of Presence), que é um grupo de um ou mais roteadores (no mesmo local) na
rede do provedor, onde os ISPs clientes podem se conectar para poderem acessar outras
redes.

Qualquer ISP (exceto os de nível 1) pode efetuar o multi-homing, ou seja, conectar-se a dois
ou mais ISPs provedores para terem redundância. Por exemplo, um ISP local pode efetuar
multi-home com dois ISPs regionais, ou então com dois ISPs regionais e também com um
ISP de nível 1.
Comentário

Os ISPs clientes pagam aos seus ISPs provedores para obter interconectividade global com
a internet. Um ISP cliente paga a um ISP provedor conforme a quantidade de tráfego que
ele troca com o provedor.

Para reduzir custos, um par de ISPs próximos no mesmo nível de hierarquia pode
emparelhar, ou seja, conectar diretamente suas redes, de modo que todo o tráfego entre
elas passe pela conexão direta, em vez de passar por intermediários mais à frente. Isso em
geral é feito em acordo, ou seja, nenhum ISP paga ao outro.

Os ISPs de nível 1 também são emparelhados uns com os outros, sem taxas. Assim, uma
empresa de terceiros pode criar um ponto de troca da internet (internet exchange point —
IXP), que quase sempre é em um prédio à parte, com seus próprios comutadores. O IXP é
um ponto de encontro onde vários ISPs podem se emparelhar e permitir que haja conexão
direta entre os diversos provedores que utilizam essa infraestrutura.

Saiba mais

No Brasil, existe o IX (ix.br), que é o ponto de troca de tráfego utilizado pelos principais
provedores de acesso à internet.

A rede como serviço


Confira agora os principais pontos sobre a rede como serviço.

Podemos também descrever a internet como uma infraestrutura provedora de serviços a


aplicações.
Existe uma quantidade grande de aplicações para internet (“aplicações distribuídas”), como
correio eletrônico, navegadores da web, redes sociais, mensagem instantânea, voz sobre IP
(VoIP), vídeo em tempo real, jogos distribuídos, compartilhamento de arquivos peer-to‑peer
(P2P), televisão pela internet, login remoto etc.

As aplicações da internet são executadas nos sistemas finais, e não nos comutadores
localizados no núcleo da rede. Você precisará criar programas que sejam executados em
sistemas finais, utilizando uma ou mais linguagens de programação, como Java, C ou
Python.

Saiba mais

Uma Interface de Programação de Aplicação (API) específica, como o programa executado


no sistema final, consegue enviar os dados através da rede, para que alcance o sistema
final de destino.

Utilizando essa API, o desenvolvedor não precisa se preocupar em como as informações


serão entregues ao destino, nem se sofreram algum tipo de erro no meio do caminho, muito
menos como fazer para transformar os bits em sinais elétricos, pulsos de luz ou ondas
eletromagnéticas para serem propagadas pelo espaço.

A infraestrutura de rede se encarrega de realizar todas essas ações que estarão


distribuídas nos diversos componentes de rede, desde o sistema operacional existente no
seu computador ou smartphone, passando pelos roteadores, switches, entre outros
componentes.

E aí? Ficou curioso para saber qual API é essa que você pode utilizar? Acalme-se. Por
enquanto, passaremos apenas o nome: socket.

Falta pouco para atingir seus


objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Quando definimos a internet quanto aos componentes da rede de computadores,


podemos separar a composição das redes em três partes:

(1) Uma na qual se encontram os hosts, ou nós.


(2) Uma na qual se encontram as tecnologias para acesso dos nós aos roteadores.
(3) Uma na qual se encontram os roteadores.

Qual das alternativas a seguir possui corretamente os respectivos nomes específicos


dessas partes?

A (1) Redes de acesso; (2) núcleo da rede; (3) sistemas finais.

B (1) Sistemas finais; (2) redes de acesso; (3) núcleo da rede.

C (1) Camada de hosts; (2) núcleo da rede; (3) camada de servidores.

D (1) Camada de servidores; (2) núcleo da rede; (3) camada de hosts.

E (1) Camada de servidores; (2) camada de hosts; (3) núcleo da rede.

Parabéns! A alternativa B está correta.


Um dos modos de definir a internet refere-se aos componentes de software e hardware
básicos que a formam. Todos os equipamentos usados pelos usuários finais, por
exemplo, o computador que você utiliza, são denominados hospedeiros ou sistemas
finais. As redes de acesso dão acesso ao núcleo da rede. Os roteadores são utilizados
principalmente no núcleo da rede, determinando a rota, ou caminho pela rede, que
possibilita a um pacote percorrer desde o sistema final de origem até o sistema final
destino.

Questão 2

Um provedor de serviço de internet (internet service provider – ISP), que atua em uma
região relativamente pequena (não mais que um município), conectando usuários ou
provedores dessa região, é denominado:

A ISP regional.

B ISP de nível 1.

C ISP de nível 0.

D ISP principal.

E ISP secundário.

Parabéns! A alternativa A está correta.


Existem centenas de milhares de ISPs de acesso conectados a múltiplos ISPs de
trânsito global. Em determinada região, pode haver um ISP regional ao qual os ISPs de
acesso na região se conectam. Cada ISP regional, então, se conecta a ISPs de nível 1,
de abrangência nacional e internacional. Em algumas regiões, pode haver um ISP
regional maior, ao qual os ISPs regionais menores nessa região se conectam ao ISP
regional maior, então, se conecta a um ISP de nível 1.

2 - Parâmetros de avaliação
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever os
parâmetros de avaliação das redes.
Atraso em redes de comutação de
pacotes
Confira agora as principais reflexões sobre os parâmetros de avaliação.

O ideal seria que os serviços da internet transferissem dados entre sistemas finais, de
modo instantâneo e sem nenhuma perda. Porém, as redes de computadores restringem a
quantidade de dados que podem ser transferidos entre sistemas finais, apresentam atrasos
entre sistemas finais e ainda podem perder pacotes. As leis da física introduzem atraso e
perda.

Para ser possível a formulação de propostas de soluções para os problemas encontrados


no funcionamento das redes de computadores, é recomendável examinar e quantificar esse
contexto como parâmetros para avaliação das redes. Por isso, estudaremos os parâmetros
relacionados ao atraso, à perda e vazão em redes de computadores.

Tipos de atraso
Confira agora os principais pontos sobre tipos de atraso.
Considere um pacote enviado de um nó por meio do roteador A até o roteador B. Um
pacote somente pode ser transmitido do roteador A ao B, se não houver nenhum outro
pacote sendo transmitido pelo enlace e se não houver outros à sua frente na fila. Se o
enlace estiver ocupado, ou com pacotes à espera, o recém-chegado entrará na fila (buffer,
ou memória, do roteador). A imagem a seguir ilustra os elementos citados. Veja!

O atraso de nó no roteador A.

Um pacote começa em um sistema final de origem, passa por vários roteadores até ser
entregue em outro sistema final de destino. Quando um pacote viaja de um dispositivo ou
um nó (sistema final ou roteador) ao nó subsequente (sistema final ou roteador), sofre, ao
longo desse caminho, diversos tipos de atraso em cada nó. Os mais importantes deles são
o atraso de processamento nodal, o atraso de fila, o atraso de transmissão e o atraso de
propagação. Eles formam o atraso total.

O desempenho de muitas aplicações da internet é muito afetado por esses atrasos que
ocorrem na rede. Vamos detalhá-los?

Atraso de processamento expand_more


Tempo gasto em um dispositivo para examinar o cabeçalho do pacote e determinar
por qual saída deve encaminhá-lo.

Atraso de fila expand_more

Tempo decorrido enquanto um pacote espera para ser transmitido no enlace. Se a


fila (buffer) estiver vazia, e nenhum outro pacote estiver sendo transmitido naquele
momento, então o tempo de fila de nosso pacote será zero. Por outro lado, se o
tráfego estiver intenso e houver muitos pacotes também esperando para serem
transmitidos, o atraso de fila será longo.

Atraso de transmissão expand_more

Tempo exigido para empurrar (isto é, transmitir) todos os bits do pacote para o
enlace. É uma função do comprimento do pacote e da taxa de transmissão do
enlace, mas nada tem a ver com a distância entre os roteadores.

Atraso de propagação expand_more

Tempo necessário para propagar o bit desde o início do enlace até o próximo nó. O
bit se desloca pelo meio de acordo com a velocidade de propagação do enlace, a
qual depende do meio físico, isto é, se o meio utilizado é fibra ótica, fios de cobre e
assim por diante. Este atraso é diretamente relacionado à distância entre os
roteadores, mas nada tem a ver com o comprimento do pacote ou com a taxa de
transmissão do enlace.
Importante ressaltar que os tipos de atraso se refletem nas aplicações de maneira
diferente. As aplicações de tempo real, que tem interatividade, com jogos interativos, vídeo
e áudio conferências, são mais suscetíveis ao atraso de propagação. Por outro lado, as
aplicações que transferem um grande volume de dados, como transferências de arquivos,
têm o atraso de transmissão como o ponto crítico.

Comentário

O atraso de fila pode variar de pacote para pacote. Por exemplo, se dez pacotes chegarem
a uma fila vazia ao mesmo tempo, o primeiro pacote não sofrerá nenhum atraso de fila, ao
passo que o último sofrerá um relativamente grande (enquanto espera que os outros nove
sejam transmitidos). O processo de chegada a uma fila é aleatório.

Essa variação do atraso de fila causa um efeito chamado jitter (variação de atraso), que
impacta significativamente as aplicações de streaming (multimídia), as quais precisam
reproduzir os pacotes em intervalos regulares. Portanto, a variação do atraso impactará a
reprodução em intervalos regulares, tendo em vista que os pacotes não chegarão com
atrasos regulares.

Perda, atraso fim a fim, vazão

video_library
A influência dos parâmetros de
redes nas aplicações
Confira agora os principais pontos sobre os parâmetros de redes.
Perda
Outro parâmetro importante que pode impactar a operação de uma aplicação de redes é a
perda de pacotes. Vamos analisar como ele pode ocorrer?
Se a intensidade de tráfego for próxima a zero, as chegadas de pacotes
serão poucas e bem espaçadas, sendo improvável que um pacote que esteja
chegando encontre outro na fila. Com isso, o atraso de fila médio será
próximo a zero e todos os pacotes serão processados, sem perdas.

Agora, imagine a situação na qual a intensidade de tráfego é próxima da


capacidade de transmissão. Com certeza, haverá intervalos de tempo em
que a velocidade de chegada excederá a capacidade de transmissão (por
causa das variações na taxa de chegada do pacote) e uma fila será formada
durante esses períodos.

Se você aumentar a taxa de chegada do pacote o suficiente, de forma que a


intensidade do tráfego exceda capacidade de transmissão, verá a fila
aumentar ao longo do tempo.

Como a capacidade da fila (buffer) é finita, logo um pacote pode chegar ao


roteador e encontrar o buffer cheio. Sem espaço disponível para armazená-lo,
o roteador terá que descartá-lo, isto é, ele será perdido.

U i t fi l id f ô d d é t f i
Um sistema final considera que o fenômeno da perda é um pacote que foi
transmitido para o núcleo da rede, sem nunca ter emergido dele no destino.

Vamos analisar o impacto da perda na aplicação. Se a aplicação que estiver sendo utilizada
não admitir perda, como uma transferência de arquivos, o pacote perdido irá impactar o
funcionamento da aplicação e, portanto, esse problema deve ser corrigido, normalmente,
retransmitindo o pacote faltante.

Mas existem aplicações que toleram perda, tipicamente, as aplicações de streaming. Nesse
tipo de serviço, se alguns pacotes forem perdidos, a aplicação não terá prejuízos. Sabe por
quê? Os pacotes de dados de uma aplicação de streaming carregam, por exemplo, um
conjunto de pixels de um dos frames do vídeo. Se esse pacote não chegar, apenas alguns
pixels deixarão de ser reproduzidos e dificilmente o usuário perceberá.

Voltemos ao caso da aplicação que não tolera perda. O desenvolvedor da aplicação precisa
implementar alguma técnica de controle de perdas? A resposta é não! Lembra que
comentamos que a rede oferece uma infraestrutura de serviços? Então, utilizando a API
(socket) correta para a aplicação, os serviços existentes na rede corrigirão a perda de
pacotes, assim, o desenvolvedor pode focar na lógica da aplicação porque a rede cuidará
da entrega dos pacotes.

Atraso fim a fim


Anteriormente, comentamos sobre os diversos tipos de atrasos, porém, analisamos de
forma isolada, pensando no que ocorre entre um nó e outro. Bom, mas é fácil imaginar que
entre os sistemas finais, existem vários equipamentos intermediários (roteadores e
switches), por onde o pacote trafegará e terá algum tipo de processamento.

Portanto, o pacote transitando do sistema final de origem para o de destino terá gaso
determinado tempo, que é o atraso fim a fim, ou seja, a soma de todos os atrasos que o
pacote ficou sujeito ao longo do caminho.
Se os atrasos de fila forem desprezíveis, não existirá congestionamento e a aplicação
poderá funcionar corretamente. Mas, se os atrasos de fila não forem desprezíveis, os
atrasos nos nós se acumulam e resultam em um atraso fim a fim significativo que poderá
impactar o funcionamento da aplicação, em especial àquelas que são sensíveis ao atraso.

Saiba mais

O programa Traceroute (Tracert, no Windows), disponível em qualquer sistema final,


permite que possamos verificar o tempo gasto entre cada roteador no caminho e o tempo
no sistema final.

O usuário especifica um nome de hospedeiro de destino, e o programa envia vários pacotes


em direção ao destino. Durante o caminho, esses pacotes passam por vários roteadores.
Quando um deles recebe o pacote, envia de volta à origem uma mensagem contendo o
nome e o endereço do roteador. Quando o destino recebe o pacote, também envia uma
mensagem à origem, que registra o tempo transcorrido entre o envio e o recebimento da
mensagem de retorno correspondente.

A origem registra também o nome e o endereço do roteador, ou do hospedeiro de destino,


que retorna a mensagem. Desse modo, a origem pode reconstruir a rota tomada pelos
pacotes que vão da origem ao destino e pode determinar os atrasos de ida e volta para
todos os roteadores no caminho. Observe a imagem a seguir:

Exemplo de uso do Traceroute.

No exemplo mostrado, existem 12 roteadores entre a origem e o destino. Vamos pegar o


Roteador 5, que tem o endereço 200.244.19.75. Examinando seus dados, vemos que na
primeira das três tentativas, o atraso de ida e volta entre a origem e o roteador foi 17ms. Os
atrasos de ida e volta para as duas tentativas seguintes foram 20 e 16ms, e incluem os
atrasos que foram abordados, que são o atraso de transmissão, o atraso de propagação, o
atraso de processamento do roteador e o atraso de fila.

Como o atraso de fila varia com o tempo, o atraso de ida e volta do pacote n enviado a um
roteador n pode, às vezes, ser maior do que o do pacote n + 1 enviado ao roteador n + 1.
Verificando os tempos apresentados na imagem, é possível verificar que isso ocorreu em
alguns momentos.

Também é fácil verificar a variação de atraso com o Traceroute. Como o programa dispara
três pacotes para cada destino, percebemos que dificilmente teremos os três pacotes com
o mesmo atraso.

Vazão
Outra medida de desempenho é a vazão fim a fim. Considere a transferência de um arquivo
grande do hospedeiro A para o hospedeiro B. A vazão instantânea a qualquer momento é a
taxa (em bits/s) em que o hospedeiro B está recebendo o arquivo. Se o arquivo consistir em
F bits e a transferência levar T segundos para o hospedeiro B receber todos os F bits, a
vazão média da transferência do arquivo é F /T bits/s.

Comentário

Para algumas aplicações, como a telefonia via internet, é desejável ter um atraso baixo e
uma vazão instantânea acima de algum valor. Para outras aplicações, como transferência
de arquivo, o atraso não é um fator importante, mas é recomendado que a vazão seja a
mais alta possível.

A vazão depende não somente das taxas de transmissão dos enlaces ao longo do caminho,
mas também do tráfego oriundo de outras sistemas finais. Pode acontecer de um enlace
com uma alta taxa de transmissão, como um cabo submarino, ser o gargalo para uma
transferência de arquivo, considerando que, no mesmo momento que você está realizando
um download, muitos outros tráfegos estão passando pelo mesmo cabo submarino,
sobrecarregando o enlace e os equipamentos que controlam a entrada dos dados no
enlace.
Falta pouco para atingir seus
objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

A capacidade da fila em um roteador é finita, logo um pacote pode chegar e encontrar


uma fila cheia. Sem espaço disponível para armazená-lo, o roteador irá:

A Armazenar o pacote.

B Atrasar o pacote.

C Encaminhar para outro roteador.

D Avisar o emissor sobre o acontecimento.

E Descartar o pacote.
Parabéns! A alternativa E está correta.

Se a taxa de chegada do pacote a um roteador exceder a sua capacidade de


processamento por unidade de tempo, implicará um aumento do tamanho da fila, ou
buffer. Uma vez que o tamanho máximo seja ocupado por pacotes, o comportamento
do roteador será o de descartar o pacote; isto é, ele será perdido.

Questão 2

Analise as afirmativas a seguir:

I. Atraso de processamento: É o tempo exigido para examinar o cabeçalho do pacote


e determinar para onde direcioná-lo.

II. Atraso de transmissão: É a quantidade de tempo exigida para empurrar (isto é,


transmitir) todos os bits do pacote para o enlace.

III. Atraso de propagação: É o tempo necessário para propagar o bit desde o início do
enlace até o roteador B.

Assinale a alternativa que possui todas as afirmativas corretas.

A Somente I.

B Somente II.

C I, II.
D II, III.

E I, II, III.

Parabéns! A alternativa E está correta.

O atraso de processamento pode também incluir outros fatores, como o tempo


necessário para verificar os erros em bits existentes no pacote que ocorreram durante
a transmissão dos bits desde o nó anterior um roteador. O atraso de transmissão é a
quantidade de tempo necessária para o roteador empurrar o pacote para fora; é uma
função do comprimento do pacote e da taxa de transmissão do enlace, nada tendo a
ver com a distância entre os roteadores. O atraso de propagação é o tempo que leva
para um bit se propagar de um roteador até o seguinte; é uma função da distância
entre os roteadores, mas nada tendo a ver com o comprimento do pacote ou com a
taxa de transmissão do enlace.
3 - Camadas de protocolo e
modelos de serviço
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar a
arquitetura de redes de computadores como um modelo
em camadas.

Arquitetura de camadas
Confira agora os principais pontos sobre arquitetura de camadas.
Todas as atividades na internet que envolvem duas ou mais entidades remotas que se
comunicam são governadas por um protocolo.

Um protocolo define o formato e a ordem das mensagens trocadas entre duas ou mais
entidades comunicantes, bem como as ações realizadas na transmissão e/ou no
recebimento de uma mensagem ou outro evento.

Um protocolo de rede e um protocolo humano são muito semelhantes. Quando nos


encontramos com outra pessoa, segundo as regras da boa educação, devemos fazer um
cumprimento antes de fazer uma pergunta, ou pedir uma ajuda.

Comentário

Inicialmente, fazemos um cumprimento, como um “oi” e esperamos receber outro “oi” como
resposta, ou, por exemplo, falando um “bom dia” e esperando receber um “bom dia” de
volta. A partir desse ponto, podemos perguntar as horas, por exemplo. Ou seja, existem
mensagens específicas que enviamos e ações específicas que realizamos em reação às
respostas recebidas. Também podemos realizar outros eventos quando a resposta é
diferente da esperada.

O mesmo é válido para as redes de computadores. Para que determinada ação seja
realizada entre dois componentes de rede, eles devem utilizar o mesmo protocolo.

Para facilitar o desenvolvimento e evolução das redes, os projetistas de rede organizaram


os protocolos, e o hardware e o software de rede que os executam, em camadas.

Em um modelo de serviço:

Cada protocolo é executado em uma camada.

Cada camada oferece seus serviços à camada acima dela, executando certas ações
dentro dela, e utilizando os serviços da camada diretamente abaixo dela.
O ponto de ligação entre uma camada e outra camada é denominado interface.

O primeiro modelo de camadas

Modelo de referência OSI


Confira agora os principais pontos sobre o modelo OSI.

No final dos anos 1970, a Organização Internacional para Padronização (International


Organization for Standardization – ISO) propôs que as redes de computadores fossem
organizadas em camadas, sendo cada camada responsável por realizar determinado
serviço.

Esse esforço fez surgir um modelo de camadas que ficou conhecido como modelo RM-OSI
(Reference Model Open Systems Interconnection), ou simplesmente modelo OSI, utilizado
até hoje e composto por sete camadas, numeradas de cima para baixo: aplicação,
apresentação, sessão, transporte, rede, enlace e física, conforme mostrado na imagem a
seguir. Confira!
O modelo de referência OSI.

Importante ressaltar que o modelo OSI é utilizado como uma referência para o estudo e
funcionamento das redes, entretanto, não é utilizado em si, principalmente porque ele não
definiu protocolos, mas sim os serviços que cada camada oferece. Vamos detalhar essas
camadas?
Aplicação expand_more

Nesta camada, residem as aplicações de rede que implementam os serviços de


redes, como para transferir arquivos, enviar mensagens, entre outros. Um protocolo
de camada de aplicação é executado nos sistemas finais, permitindo que as
aplicações executadas nesses sistemas finais possam trocar informações por meio
de mensagens.

Apresentação expand_more

Nesta camada, provê serviços que permitam às aplicações de comunicação


interpretarem o significado dos dados trocados, ou seja, ela é responsável por
garantir que sistemas diferentes possam trocar informações, como faz um tradutor.
Entre esses serviços estão a compressão, criptografia e a codificação de dados.

Sessão expand_more

Nesta camada, há a delimitação e sincronização da troca de dados. É a camada que


seria responsável, por exemplo, por permitir que, se você estivesse realizando um
download de um arquivo e a conexão caísse, você retomasse a transferência a partir
do último ponto de sincronização.

Transporte expand_more

Nesta camada, são carregadas mensagens da camada de aplicação entre os


sistemas finais, garantindo que todos dados sejam trocados de forma correta, ou
seja, sem perda, em ordem, sem sobrecarregar a rede e as máquinas. Um pacote da
camada de transporte é denominado segmento.

Rede expand_more

Nesta camada, há a responsabilidade por determinar o caminho de um hospedeiro


para outro. Para que esse serviço seja possível, os endereços lógicos são definidos
na camada de rede, que identificam unicamente uma máquina na rede, e a função
de roteamento. Os pacotes da camada de rede são conhecidos como datagramas.

Enlace expand_more

Nesta camada, leva-se um pacote, denominado quadro, de um nó ao nó seguinte, no


caminho entre origem e destino. Em cada nó, a camada de rede passa o datagrama
para a camada de enlace, que fica responsável por encaminhar o pacote de dados
até o próximo nó, de forma confiável, ou seja, sem erros.

Físico expand_more

Nesta camada, os bits individuais que estão dentro do quadro de um nó para o


seguinte são movimentados, transformando-os em algum tipo de sinal adequado a
ser transmitido pelo meio de transmissão utilizado, por exemplo, fios de cobre ou
fibra ótica.
Arquitetura TCP/IP ou internet

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Arquitetura e internet
Confira agora os principais pontos sobre arquitetura e internet.

Conforme comentamos, o modelo OSI é um modelo de referência e não é utilizado na


prática.

As redes que utilizamos empregam a arquitetura TCP/IP ou arquitetura internet.


Originalmente, a arquitetura TCP/IP emprega quatro camadas (aplicação, transporte, inter-
rede e intrarrede). Entretanto, por fins didáticos, utilizaremos um modelo formado por cinco
camadas: aplicação, transporte, rede, enlace e físico, como mostra a imagem a seguir. No
modelo de cinco camadas, a camada de intrarrede é dividida em camada de enlace e física.
Confira!
Pilha de protocolos da internet.

Conforme podemos observar, a diferença que temos entre o modelo OSI e a arquitetura de
cinco camadas é a ausência das camadas de apresentação e sessão. As funções dessas
duas camadas são absorvidas pela camada de aplicação.

Um detalhe que você deve ter percebido é que, quando falamos do


OSI, sempre falamos sobre modelo e agora no TCP/IP estamos
usando a expressão arquitetura. Por que essa diferença?

Essa diferença ocorre pelo fato de o OSI não definir protocolos. Já no TCP/IP, temos um
conjunto de protocolos associados, conhecidos como a pilha de protocolos TCP/IP, que
nada mais são do que o conjunto de protocolos implementados por todas as camadas da
arquitetura.

A camada de aplicação tem a mesma função da camada do modelo OSI, acrescido das
funções da apresentação e sessão. Nessa camada, estão definidos alguns dos principais
protocolos utilizados atualmente, como o HTTP (HyperText Transfer Protocolo), DNS
(Domain Name Server), SMTP (Simple Mail Transfer Protocolo), entre muitos outros.

A camada de transporte tem a responsabilidade de garantir a confiabilidade das


informações trocadas pelas aplicações. Há dois protocolos de transporte na internet,
vejamos a seguir:

TCP expand_more
Provê serviços orientados à conexão para suas aplicações. Alguns serviços são:
entrega garantida de mensagens, controle de fluxo (compatibilização das
velocidades do remetente e do receptor), controle de congestionamento (uma
origem reduz sua velocidade de transmissão quando a rede está congestionada) e
garantia da ordem das mensagens.

UDP expand_more

Provê serviço não orientado à conexão para suas aplicações. É um serviço


econômico sem controle de fluxo e de congestionamento adequado para as
aplicações que toleram perda de pacotes, mas não toleram atrasos.

A camada de rede segue a mesma função da camada de rede do modelo OSI, mas agora
são definidos o formato do endereço e as regras de encaminhamento. Essa definição é
feita pelo protocolo IP (Internet Protocol).

As camadas de enlace físicas não são definidas de forma explícita na arquitetura internet,
mas elas executam o mesmo papel previsto no modelo OSI. Alguns dos padrões utilizados
nessas camadas de enlace são o ethernet, wi-fi e bluetooth.

Encapsulamento

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Conceito de encapsulamento
Confira a seguir os principais pontos sobre o encapsulamento.

Para compreender o conceito de encapsulamento, considere uma mensagem da camada


de aplicação na máquina emissora que é passada para a camada de transporte. Essa
camada pega a mensagem e anexa as informações de cabeçalho de camada de transporte.
Essas informações serão usadas pela camada de transporte do lado receptor.

Comentário

A mensagem da camada de aplicação e as informações de cabeçalho da camada de


transporte, juntas, formam o que é chamado de Unidade de Dados de Protocolo, ou PDU
(Protocol Data Unit), que, nesse caso, é chamado de segmento da camada de transporte,
que encapsula a mensagem da camada de aplicação.

A camada de transporte então passa o segmento à camada de rede, que adiciona


informações de cabeçalho de camada de rede, como endereços de sistemas finais de
origem e de destino, criando um datagrama de camada de rede. Este é então passado para
a camada de enlace, que adicionará suas próprias informações de cabeçalho e criará um
quadro de camada de enlace. Finalmente, os dados são passados para a camada física,
que transmite os dados na forma de bits pelo meio físico.

Em cada camada, um PDU possui campos de cabeçalho e um campo de carga útil. A carga
útil é, em geral, um pacote da camada acima. Quando o pacote chega no sistema final
destino, o processo de desencapsulamento se inicia. Na extremidade receptora, cada
segmento deve ser reconstruído a partir dos datagramas que o compõem. O conceito de
encapsulamento está ilustrado na imagem que veremos a seguir.

Quando um sistema final envia pacotes para outro sistema final, o caminho físico que os
dados percorrem é o seguinte:
looks_one
Sentido para baixo na pilha de protocolos de um sistema final emissor.

looks_two
Sentido para cima e para baixo nas pilhas de protocolos de um comutador e roteador de
camada de enlace que estejam no caminho.

looks_3
Depois para cima na pilha de protocolos do sistema final receptor.

Os roteadores e comutadores de camada de enlace não implementam todas as camadas


da pilha de protocolos. Por exemplo, os roteadores da internet são capazes de executar o
protocolo IP (da camada 3), mas comutadores de camada de enlace não (só até a camada
2, de enlace). Os hospedeiros implementam todas as cinco camadas.

Conceito de encapsulamento.
Falta pouco para atingir seus
objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Assinale a alternativa que possui todas as camadas na sequência correta do modelo


de arquitetura de camadas OSI.

A Apresentação, aplicação, sessão, rede, transporte, enlace, físico.

B Físico, enlace, rede, transporte, apresentação, aplicação, sessão.

C Aplicação, apresentação, sessão, transporte, rede, enlace, físico.

D Físico, enlace, rede, transporte, apresentação, sessão, aplicação.

E Rede, físico, enlace, transporte, sessão, apresentação, aplicação.


Parabéns! A alternativa C está correta.

A ISO propôs que as redes de computadores fossem organizadas em camadas,


denominadas modelo de Interconexão de Sistemas Abertos (OSI). As sete camadas do
modelo de referência OSI são: aplicação, apresentação, sessão, transporte, rede,
enlace e camada física.

Questão 2

Considere o processo de encapsulamento de dados de um sistema final A, que irá


enviar pacote para o sistema final B. Qual é a sequência correta a respeito do processo
de encapsulamento?

A camada de transporte passa o segmento à camada de rede, que


A adiciona informações de cabeçalho de camada de rede, criando um
datagrama de camada de rede.

A camada de transporte passa o segmento à camada de enlace, que


B adiciona informações de cabeçalho de camada de enlace, criando um
quadro de camada de enlace.

A camada de rede passa o pacote à camada de transporte, que


C adiciona informações de cabeçalho de camada de transporte, criando
um segmento de camada de transporte.
A camada de rede passa o pacote à camada de aplicação, que adiciona
D informações de cabeçalho de camada de aplicação, criando uma
mensagem de camada de aplicação.

A camada de aplicação passa a mensagem à camada física, que


E adiciona informações de cabeçalho de camada física, criando sinais
binários de camada física.

Parabéns! A alternativa A está correta.

O encapsulamento sempre ocorre entre camadas adjacentes, no sentido "de cima para
baixo" (considerando a sequência da mais alta para a mais baixa: aplicação,
apresentação, sessão, transporte, rede, enlace, física).
4 - Histórico da internet
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever os
aspectos da evolução das redes e a internet.

Aspectos da evolução das redes de


computadores e a internet

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A história da internet
Confira agora os principais pontos sobre a história da internet.

Anos 1960
No início da década de 1960, a rede de telefonia, que usa comutação de circuitos para
transmitir informações de uma origem a um destino, era a rede de comunicação dominante
no mundo. A comutação de circuitos foi escolhida, pois a voz é transmitida a uma taxa
constante entre os pontos. Com a importância cada vez maior dos computadores no início
da década de 1960, foi considerada a questão de como interligar computadores para que
pudessem ser compartilhados entre usuários geograficamente dispersos.

A comutação de pacotes foi inventada como uma alternativa poderosa


e eficiente à comutação de circuitos. O programa de ciência de
computadores na ARPA (Advanced Research Projects Agency, ou
Agência de Projetos de Pesquisa Avançada), nos Estados Unidos,
publicou um plano geral para a ARPAnet, a primeira rede de
computadores por comutação de pacotes e uma ancestral direta da
internet pública de hoje.

Em 1969, foi instalado o primeiro comutador de pacotes na UCLA (Universidade da


Califórnia em Los Angeles). O primeiro protocolo fim a fim entre sistemas finais da ARPAnet
foi o protocolo de controle de rede (Network Control Protocol – NCP). Com um protocolo
fim a fim à disposição, a escrita de aplicações tornou-se possível, e em 1972, foi escrito o
primeiro programa de e-mail.

Anos 1970
O trabalho de interconexão de redes realizado pela DARPA (Defense Advanced Research
Projects Agency, ou Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa), criou uma rede
de redes e foi realizado por Vinton Cerf e Robert Kahn.

Comentário

Esses princípios de arquitetura foram incorporados ao TCP. As primeiras versões desse


protocolo combinavam uma entrega sequencial confiável de dados via retransmissão por
sistema final (que ainda faz parte do TCP de hoje) com funções de envio (que hoje são
desempenhadas pelo IP). Os três protocolos fundamentais da internet que temos hoje —
TCP, UDP e IP — estavam conceitualmente disponíveis no final da década de 1970.
Anos 1980
Saiba mais

Em 1983, o TCP/IP foi adotado oficialmente como o novo padrão de protocolo de máquinas
para a ARPAnet (em substituição ao protocolo NCP). Foi desenvolvido o sistema de nomes
de domínios (DNS) utilizado para mapear nomes da internet fáceis de entender.

Anos 1990
Na década de 1990, a ARPAnet, a progenitora da internet, deixou de existir. O principal
evento foi o surgimento da World Wide Web, que levou a internet para os lares e as
empresas de milhões de pessoas no mundo inteiro. A web serviu como plataforma para a
habilitação e a disponibilização de centenas de novas aplicações, como sites de busca (por
exemplo, Google), comércio pela internet (por exemplo, Amazon, eBay) e redes sociais (por
exemplo, Facebook).

A web foi inventada por Tim Berners-Lee, entre 1989 e 1991, no CERN
(European Center for Nuclear Physics, ou Centro Europeu para Física
Nuclear), com base em ideias originadas de trabalhos sobre
hipertexto.

Em 1995, empresas começaram a operar servidores e a realizar transações comerciais pela


web. A segunda metade da década de 1990 foi um período de tremendo crescimento e
inovação, com grandes corporações e milhares de novas empresas criando produtos e
serviços para a internet.

De 1995 a 2001, a internet realizou uma viagem vertiginosa pelos mercados financeiros.
Antes mesmo de se mostrarem lucrativas, centenas de novas empresas faziam suas
ofertas públicas iniciais de ações e começavam a ser negociadas em bolsas de valores.
Muitas empresas eram avaliadas em bilhões de dólares, sem ter nenhum fluxo significativo
de receita. As ações da internet sofreram uma queda também vertiginosa entre 2000 e
2001, e muitas novas empresas fecharam.

Anos 2000 até o presente


Desde o início do milênio, vimos a implementação do acesso à internet por banda larga nos
lares – modems a cabo, DSL, FTTH. Esse acesso à internet de alta velocidade possibilitou a
aparição de várias aplicações de vídeo, como a distribuição de vídeo gerado pelo usuário
(por exemplo, YouTube), fluxo contínuo por demanda de filmes e shows de televisão (por
exemplo, Netflix) e videoconferência entre várias pessoas (por exemplo, Skype).

Comentário

A onipresença cada vez maior das redes Wi-Fi e de telefonia celular 4G e 5G públicas está
possibilitando permanecer constantemente conectado enquanto se desloca, e também
permitindo novas aplicações inerentes à localização.

O número de dispositivos sem fio conectados ultrapassou o número de dispositivos com


fio. Muitas empresas de comércio na internet agora estão rodando suas aplicações na
“nuvem” — como na EC2 da Amazon, ou na Azure da Microsoft.

Uma breve história da internet


A linha do tempo da história da internet, a seguir, mostra como a vasta rede de hoje evoluiu
a partir do conceito inicial.

Década de 60
Vamos agora conferir os principais acontecimentos deste período.
1965 expand_more

Ano em que dois computadores no MIT Lincoln Lab se comunicam usando a


tecnologia de comutação de pacotes.

1968 expand_more

Ano em que Beranek and Newman Inc. (BBN) revela a versão final das
especificações do Interface Message Processor (IMP). BBN ganha contrato com a
ARPANET.

1969 expand_more

Ano em que, em 29 de outubro, o Centro de Medição de rede da UCLA, o Stanford


Research Institute (SRI), a Universidade da Califórnia-Santa Barbara e a Universidade
de Utah instalam nós. A primeira mensagem é "LO", que foi uma tentativa do
estudante Charles Kline de "LOGIN" no computador SRI da universidade. No entanto,
a mensagem não pôde ser concluída porque o sistema SRI travou.

Década de 70
Vamos agora conferir os principais acontecimentos deste período.

1972 expand_more
Ano em que Ray Tomlinson da BBN introduz o e-mail de rede. O grupo de trabalho da
internet (INWG) se forma para atender à necessidade de estabelecer protocolos
padrão.

1973 expand_more

Ano em que a rede global se torna uma realidade quando a University College of
London (Inglaterra) e o Royal Radar Establishment (Noruega) se conectam à
ARPANET. O termo internet nasceu.

1974 expand_more

Ano em que nasce o primeiro Provedor de Serviços de Internet (ISP) com a


introdução de uma versão comercial da ARPANET, conhecida como Telenet. Vinton
Cerf e Bob Kahn (a dupla considerada por muitos como os pais da internet)
publicam "A Protocol for Packet Network Interconnection", que detalha o design do
TCP.

1976 expand_more

Ano em que a rainha Elizabeth II aperta o botão “enviar” em seu primeiro e-mail.

1979 expand_more
Ano em que são usados formulários USENET para hospedar notícias e grupos de
discussão.

Década de 80
Vamos agora conferir os principais acontecimentos deste período.

1981 expand_more

Ano em que a National Science Foundation (NSF) forneceu uma doação para
estabelecer a Computer Science Network (CSNET) para fornecer serviços de rede
para cientistas da computação da universidade.

1982 expand_more

Ano em que Transmission Control Protocol (TCP) e Internet Protocol (IP), como o
conjunto de protocolos, comumente conhecido como TCP/IP, surgem como
protocolo para ARPANET. Isso resulta na definição incipiente da internet como
internet TCP/IP conectada. O TCP/IP continua sendo o protocolo padrão para a
internet.

1983 expand_more

Ano em que o Domain Name System (DNS) estabelece o conhecido sistema .edu,
.gov, .com, .mil, .org, .net e .int para nomear sites. Isso é mais fácil de lembrar do
que a designação anterior para sites, como 123.456.789.10.

1984 expand_more

Ano em que William Gibson, autor de Neuromancer, é o primeiro a usar o termo


"ciberespaço".

1985 expand_more

Ano em que Symbolics.com, o site da Symbolics Computer Corp. em


Massachusetts, torna-se o primeiro domínio registrado.

1986 expand_more

Ano em que o NSFNET da National Science Foundation fica on-line para centros de
supercomputadores conectados a 56.000 bits por segundo – a velocidade de um
modem de computador dial-up típico. Com o tempo, a rede acelera e as redes
regionais de pesquisa e educação, apoiadas em parte pela NSF, são conectadas ao
backbone NSFNET, expandindo efetivamente a internet em todos os Estados
Unidos. A NSFNET era essencialmente uma rede de redes que conectava usuários
acadêmicos junto com a ARPANET.

1987 expand_more

Ano em que o número de hosts na internet ultrapassa 20.000. A Cisco envia seu
primeiro roteador.

1989 expand_more

Ano em que World.std.com torna-se o primeiro provedor comercial de acesso


discado à internet.

Década de 90
Vamos agora conferir os principais acontecimentos deste período.

1990 expand_more

Ano em que Tim Berners-Lee, cientista do CERN, desenvolve HyperText Markup


Language (HTML). Essa tecnologia continua a ter um grande impacto em como
navegamos e visualizamos a internet hoje.

1991 expand_more

Ano em que o CERN apresenta a World Wide Web ao público.

1992 expand_more
Ano em que os primeiros áudio e vídeo são distribuídos pela internet. A frase
"navegar na internet" é popularizada.

1993 expand_more

Ano em que o número de sites chega a 600 e a Casa Branca e as Nações Unidas
ficam on-line. Marc Andreesen desenvolve o navegador Web Mosaic na
Universidade de Illinois, Champaign-Urbana. O número de computadores
conectados à NSFNET cresce de 2.000 em 1985 para mais de 2 milhões em 1993. A
National Science Foundation lidera um esforço para delinear uma nova arquitetura
de internet que apoiaria o crescente uso comercial da rede.

1994 expand_more

Ano em que nasce a Netscape Communications. A Microsoft cria um navegador da


web para Windows 95. Também em 1994, Yahoo! é criado por Jerry Yang e David
Filo, dois estudantes de engenharia elétrica da Universidade de Stanford. O site foi
originalmente chamado de "Guia de Jerry e David para a World Wide Web". A
empresa foi posteriormente incorporada em março de 1995.

1995 expand_more

Ano em que Compuserve, America Online e Prodigy começam a fornecer acesso à


internet. Amazon.com, Craigslist e eBay entram em operação. O backbone original
da NSFNET é desativado quando a transformação da internet em uma empresa
comercial está em grande parte concluída.
O primeiro site de namoro on-line, Match.com, é lançado.

1996 expand_more

Ano em que a guerra dos navegadores, principalmente entre os dois principais


players, Microsoft e Netscape, esquenta. CNET compra tv.com por US$ 15.000.

Uma animação 3D apelidada de "The Dancing Baby" se torna um dos primeiros


vídeos virais.

1997 expand_more

Ano em que a Netflix é fundada, por Reed Hastings e Marc Randolph, como uma
empresa que envia DVDs aos usuários pelo correio.

Os fabricantes de PCs podem remover ou ocultar o software de internet da


Microsoft em novas versões do Windows 95, graças a um acordo com o
Departamento de Justiça. A Netscape anuncia que seu navegador será gratuito.

1998 expand_more

Ano em que nasce o mecanismo de busca Google, mudando a forma como os


usuários se relacionam com a internet.

Introduzido o Protocolo de Internet versão 6, para permitir o crescimento futuro de


endereços de internet. O protocolo mais usado até então é a versão 4. O IPv4 usa
endereços de 32 bits, permitindo 4,3 bilhões de endereços exclusivos; O IPv6, com
endereços de 128 bits, permitirá 3,4 x 1038 endereços únicos, ou 340 trilhões de
trilhões de trilhões.
1999 expand_more

Ano em que a AOL compra a Netscape. O compartilhamento de arquivos ponto a


ponto se torna uma realidade à medida que o Napster chega à internet, para grande
desgosto da indústria da música.

Década de 2000 - 2010


Vamos agora conferir os principais acontecimentos deste período.

2000 expand_more

Ano em que a bolha das pontocom estoura. Sites como o Yahoo! e eBay são
atingidos por um ataque de negação de serviço em larga escala, destacando a
vulnerabilidade da internet. AOL funde-se com a Time Warner.

2001 expand_more

Ano em que um juiz federal fecha o Napster, determinando que ele deve encontrar
uma maneira de impedir que os usuários compartilhem material protegido por
direitos autorais antes que ele possa voltar a ficar on-line.

2003 expand_more
Ano em que o worm “SQL Slammer” se espalhou pelo mundo em apenas 10
minutos. Myspace, Skype e o navegador Safari.

A plataforma de publicação de blogs WordPress é lançada.

2004 expand_more

Ano em que o Facebook fica on-line e a era das redes sociais começa. Mozilla
apresenta o navegador Mozilla Firefox.

2005 expand_more

Ano em que é lançado o YouTube.com. O site de notícias sociais Reddit também é


fundado.

2006 expand_more

Ano em que AOL muda seu modelo de negócios, oferecendo a maioria dos serviços
gratuitamente e contando com publicidade para gerar receita. O Fórum de
Governança da internet se reúne pela primeira vez.

Lançamento do Twitter. O fundador da empresa, Jack Dorsey, envia o primeiro tweet:


“just setting up my twttr”, ou em português: “apenas configurando meu twttr”.

2009 expand_more
Ano em que a internet completa 40 anos.

Década de 2010 - 2020


Vamos agora conferir os principais acontecimentos deste período.

2010 expand_more

Ano em que o Facebook atinge 400 milhões de usuários ativos e os sites de mídia
social Pinterest e Instagram são lançados.

2011 expand_more

Ano em que Twitter e Facebook desempenham um grande papel nas revoltas do


Oriente Médio.

2012 expand_more

Ano em que o governo do presidente Barack Obama anuncia sua oposição a


grandes partes da Lei Stop Online Piracy e da Protect Intellectual Property Act, que
teriam promulgado novas regras amplas exigindo que os provedores de serviços de
internet policiassem conteúdo protegido por direitos autorais. O esforço bem-
sucedido para impedir o projeto de lei, envolvendo empresas de tecnologia como
Google e organizações sem fins lucrativos, incluindo Wikipedia e Electronic Frontier
Foundation, é considerado uma vitória para sites como o YouTube, que dependem
de conteúdo gerado pelo usuário, bem como "uso justo" na internet.

2013 expand_more

Ano em que Edward Snowden, ex-funcionário da CIA e contratado da Agência de


Segurança Nacional (NSA), revela que a NSA tinha um programa de monitoramento
capaz de interceptar as comunicações de milhares de pessoas, incluindo cidadãos
dos EUA.

51% dos adultos norte-americanos relatam que fazem transações bancárias on-line,
de acordo com uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center.

2015 expand_more

Ano em que Instagram, o site de compartilhamento de fotos, atinge 400 milhões de


usuários, superando o Twitter, que chegaria a 316 milhões de usuários em meados
do mesmo ano.

2016 expand_more

Ano em que o Google lança o Google Assistant, um programa de assistente pessoal


ativado por voz, marcando a entrada da gigante da internet no mercado de
assistente computadorizado "inteligente". O Google se junta ao Alexa da Amazon,
Siri da Apple e Cortana da Microsoft.

2018 expand_more
Ano em que há um aumento significativo de dispositivos habilitados para internet.
Um aumento na internet das Coisas (IoT) vê cerca de sete bilhões de dispositivos
até o final do ano.

2019 expand_more

Ano em que redes de quinta geração (5G) são lançadas, permitindo conexão mais
rápida à internet em alguns dispositivos sem fio.

De 2020 a 2022
Vamos agora conferir os principais acontecimentos deste período.

2021 expand_more

Ano em que se completa 4,66 bilhões (mais especificamente, em janeiro de 2021)


de pessoas conectadas à internet. Isso é mais da metade da população global.
2022 expand_more

Ano em que a internet via satélite em órbita baixa da Terra está mais próxima da
realidade. No início de janeiro de 2022, a SpaceX lança mais de 1.900 satélites
Starlink no total. A constelação agora está fornecendo serviço de banda larga em
áreas selecionadas ao redor do mundo.

Falta pouco para atingir seus


objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

As redes de computadores evoluíram significativamente ao longo dos anos, passando


das redes de comutação de circuito para as redes de comutação de pacotes. Para que
os pacotes possam ser enviados em um rede de comutação de pacotes, foi criado o
protocolo IP na

A década de 1970.
B década de 1980.

C década de 1990.

D década de 2000.

E década de 2010.

Parabéns! A alternativa B está correta.

A especificação original do protocolo IP foi feita mais precisamente em setembro de


1981, na RFC 791.

Questão 2

A internet que utilizamos hoje passou por evoluções ao longo dos últimos sessenta
anos. A rede que iniciou todo o processo e que pode ser considerada como sendo a
progenitora da internet é a

A ALOHANet.

B NSFNET.
C BITNET.

D ARPANet.

E CSNET.

Parabéns! A alternativa D está correta.

O programa de ciência de computadores na ARPA (Advanced Research Projects


Agency), nos Estados Unidos, publicou um plano geral para a ARPAnet, a primeira rede
de computadores por comutação de pacotes e uma ancestral direta da internet pública
de hoje.

Considerações finais
Ao longo do nosso estudo, foi possível verificarmos alguns conceitos iniciais relacionados
às redes de computadores e à organização da internet. Descobrimos que a internet é
composta de sistemas finais, redes de acesso e núcleo da rede, e que a internet global é
uma rede de redes, composta de ISPs de níveis mais altos e mais baixos.

Foi possível entender quais são os parâmetros de avaliação das redes e quais são as
causas de atrasos e perdas de pacotes em uma rede de comutação de pacotes, além de
compreender como esses parâmetros influenciam no funcionamento das aplicações de
redes.

Também descobrimos que as redes são organizadas em camadas de protocolo e modelos


de serviço, princípios fundamentais de arquitetura de redes. Por fim, vimos um pouco sobre
a história das redes de computadores.

headset
Podcast
Para encerrar, conheça mais sobre a importância das redes de computadores para os
profissionais de TI.

Referências
FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. 4. ed. São Paulo:
McGraw-Hill, 2008.

KUROSE, J. F.; ROSS, K. W. Redes de computadores e a internet: uma abordagem top-down.


6. ed. São Paulo: Pearson, 2013.
TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. Redes de computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson,
2011.

ZIMMERMANN, K. A.; EMSPAK, J. Internet history timeline: ARPANET to the World Wide
Web. Live Science, 08 abr. 2022. Consultado na Internet em: 01 nov. 2022.

Explore +
Confira as indicações que separamos para você!

Pesquise na internet sobre a história da ARPAnet e o funcionamento das redes. Sugerimos


alguns vídeos no YouTube, com legendas em português, como:

ARPANET- the team behind the internet

Computer Networks: Crash Course Computer Science #28

Inside a Google data center

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