Tema 1 - Redes de Computadores e A Internet
Tema 1 - Redes de Computadores e A Internet
Tema 1 - Redes de Computadores e A Internet
internet
Prof. Fabio Henrique Silva
Descrição
Propósito
Módulo 1
Conceitos básicos
Módulo 2
Parâmetros de avaliação
Módulo 3
Histórico da internet
meeting_room
Introdução
A internet, nos moldes atuais, possui bilhões de usuários conectados, dispositivos e
enlaces de comunicação, além de uma quantidade enorme de computadores. Os usuários
podem conectar uma alta gama de dispositivos, tais como: notebooks, smart TVs,
smartphones, sensores, webcams, console para jogos e utensílios domésticos.
Não tem como negarmos a importância da internet para todos nós, mas para quem estuda
computação vai muito além do simples uso. É importante compreender os conceitos de
organização das redes de computadores e internet, necessários para utilização nas redes
de hoje e do futuro.
1 - Conceitos básicos
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer os
conceitos básicos de redes de computadores e a internet.
O que é a internet?
Confira agora as principais reflexões sobre o que, de fato, é a internet.
Já a internet pode ser definida como um conjunto de rede de computadores que opera,
basicamente, utilizando os protocolos TCP e IP, e interconecta bilhões de dispositivos de
computação ao redor do mundo.
looks_one
Sistemas finais
looks_two
Núcleo da rede
looks_3
Redes de acesso
A junção dessas três partes permite que você use seu smartphone, acesse um aplicativo e
utilize um serviço hospedado em qualquer datacenter no mundo.
Outra forma de enxergar a internet é como uma infraestrutura de redes que fornece
diversos serviços para que as aplicações de rede possam trocar informações. Alguns dos
serviços oferecidos pela internet são: definir o caminho da origem até o destino; corrigir os
erros que possam ocorrer no trajeto; evitar que haja sobrecarga dos componentes.
O entorno da internet
video_library
A borda da rede
Confira agora os principais pontos sobre a borda da rede.
Os dispositivos que utilizamos e que estão conectados à internet são chamados de
sistemas finais, ou hosts (hospedeiros), pois se encontram no entorno, ou periferia, da
internet e são nesses dispositivos que executamos as aplicações de rede.
De uma forma geral, eles podem ser divididos em duas grandes categorias:
Clientes
São os desktops, notebooks, smartphones e tablets, dispositivos que, normalmente, estão
de posse de algum usuário.
Servidores
São as máquinas mais poderosas, que armazenam e distribuem páginas web, vídeo em
tempo real, retransmissão de e-mails etc.
A imagem a seguir ilustra a localização dos sistemas finais em uma infraestrutura de redes
de computadores. Confira!
open_in_full
Redes de acesso
Confira agora os principais pontos sobre as famosas redes de acesso.
A rede de acesso é uma rede física que conecta os sistemas finais ao primeiro roteador
(conhecido como “roteador de borda”) de um caminho partindo de um sistema final até
outro qualquer. Podemos dizer que a rede de acesso é o meio físico, ou enlace, que faz a
ligação dos sistemas finais ao núcleo da rede.
Redes de acesso.
Meios guiados
São as redes com fio, ou seja, os sinais são dirigidos ao longo de um meio sólido, tal como
um cabo de fibra ótica, que propaga sinais luminosos; um par de fios de cobre trançado ou
um cabo coaxial, que propaga sinais elétricos.
As redes de acesso também podem ser divididas em duas categorias, de acordo com a
finalidade a que se destina: redes residenciais ou institucionais.
Comentário
Para o acesso através da fibra ótica, utilizamos o conceito chamado FTTH (fiber to the
home), um caminho de fibra ótica diretamente até a residência. Convém ressaltar que FTTH
não é um padrão ou protocolo em si, mas apenas um conceito indicando que a fibra ótica
chega até a residência ou empresa.
Em geral, uma fibra que sai da central de telecomunicações é compartilhada por várias
residências; ela é dividida em fibras individuais do cliente apenas após se aproximar
relativamente das casas.
Em locais onde DSL, cabo e FTTH não estão disponíveis (por exemplo, em locais rurais), um
enlace de satélite pode ser empregado para conexão (em velocidades mais baixas que as
tecnologias tipicamente usadas).
E ainda existe o acesso discado por linhas telefônicas tradicionais, que são os precursores
das redes de acesso, no qual um modem doméstico se conecta por uma linha telefônica a
um modem no provedor de acesso, ocupando a linha telefônica e com baixas velocidades.
Esse tipo de acesso era o mais comum até a década de 1990 e início dos anos 2000.
Curiosidade
Caso não conheça, procure na internet sobre o barulho característico dos modems
utilizados no acesso discado.
Comentário
É cada vez mais comum utilizarmos as redes de telefonia celular como rede de acesso
para acessar a internet, comumente chamando de 4G/3G. Possuem alcance bem maior que
o wi-fi e as empresas de telecomunicação têm investido na quinta geração (5G), que
oferece redes de acesso remotas de maior velocidade.
O núcleo da rede
Confira agora os principais pontos sobre o núcleo da rede.
open_in_full
Núcleo da rede.
É possível em algumas regiões haver um ISP regional maior, ao qual os ISPs regionais
menores se conectam ao ISP regional maior, então, se conecta a um ISP de nível 1.
Perceba como é complexo o núcleo da rede e que existe certa hierarquia de provedores.
Para facilitar a interconexão dos diversos provedores, existe o chamado ponto de presença
(PoP — Point of Presence), que é um grupo de um ou mais roteadores (no mesmo local) na
rede do provedor, onde os ISPs clientes podem se conectar para poderem acessar outras
redes.
Qualquer ISP (exceto os de nível 1) pode efetuar o multi-homing, ou seja, conectar-se a dois
ou mais ISPs provedores para terem redundância. Por exemplo, um ISP local pode efetuar
multi-home com dois ISPs regionais, ou então com dois ISPs regionais e também com um
ISP de nível 1.
Comentário
Os ISPs clientes pagam aos seus ISPs provedores para obter interconectividade global com
a internet. Um ISP cliente paga a um ISP provedor conforme a quantidade de tráfego que
ele troca com o provedor.
Para reduzir custos, um par de ISPs próximos no mesmo nível de hierarquia pode
emparelhar, ou seja, conectar diretamente suas redes, de modo que todo o tráfego entre
elas passe pela conexão direta, em vez de passar por intermediários mais à frente. Isso em
geral é feito em acordo, ou seja, nenhum ISP paga ao outro.
Os ISPs de nível 1 também são emparelhados uns com os outros, sem taxas. Assim, uma
empresa de terceiros pode criar um ponto de troca da internet (internet exchange point —
IXP), que quase sempre é em um prédio à parte, com seus próprios comutadores. O IXP é
um ponto de encontro onde vários ISPs podem se emparelhar e permitir que haja conexão
direta entre os diversos provedores que utilizam essa infraestrutura.
Saiba mais
No Brasil, existe o IX (ix.br), que é o ponto de troca de tráfego utilizado pelos principais
provedores de acesso à internet.
As aplicações da internet são executadas nos sistemas finais, e não nos comutadores
localizados no núcleo da rede. Você precisará criar programas que sejam executados em
sistemas finais, utilizando uma ou mais linguagens de programação, como Java, C ou
Python.
Saiba mais
E aí? Ficou curioso para saber qual API é essa que você pode utilizar? Acalme-se. Por
enquanto, passaremos apenas o nome: socket.
Questão 1
Questão 2
Um provedor de serviço de internet (internet service provider – ISP), que atua em uma
região relativamente pequena (não mais que um município), conectando usuários ou
provedores dessa região, é denominado:
A ISP regional.
B ISP de nível 1.
C ISP de nível 0.
D ISP principal.
E ISP secundário.
2 - Parâmetros de avaliação
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever os
parâmetros de avaliação das redes.
Atraso em redes de comutação de
pacotes
Confira agora as principais reflexões sobre os parâmetros de avaliação.
O ideal seria que os serviços da internet transferissem dados entre sistemas finais, de
modo instantâneo e sem nenhuma perda. Porém, as redes de computadores restringem a
quantidade de dados que podem ser transferidos entre sistemas finais, apresentam atrasos
entre sistemas finais e ainda podem perder pacotes. As leis da física introduzem atraso e
perda.
Tipos de atraso
Confira agora os principais pontos sobre tipos de atraso.
Considere um pacote enviado de um nó por meio do roteador A até o roteador B. Um
pacote somente pode ser transmitido do roteador A ao B, se não houver nenhum outro
pacote sendo transmitido pelo enlace e se não houver outros à sua frente na fila. Se o
enlace estiver ocupado, ou com pacotes à espera, o recém-chegado entrará na fila (buffer,
ou memória, do roteador). A imagem a seguir ilustra os elementos citados. Veja!
O atraso de nó no roteador A.
Um pacote começa em um sistema final de origem, passa por vários roteadores até ser
entregue em outro sistema final de destino. Quando um pacote viaja de um dispositivo ou
um nó (sistema final ou roteador) ao nó subsequente (sistema final ou roteador), sofre, ao
longo desse caminho, diversos tipos de atraso em cada nó. Os mais importantes deles são
o atraso de processamento nodal, o atraso de fila, o atraso de transmissão e o atraso de
propagação. Eles formam o atraso total.
O desempenho de muitas aplicações da internet é muito afetado por esses atrasos que
ocorrem na rede. Vamos detalhá-los?
Tempo exigido para empurrar (isto é, transmitir) todos os bits do pacote para o
enlace. É uma função do comprimento do pacote e da taxa de transmissão do
enlace, mas nada tem a ver com a distância entre os roteadores.
Tempo necessário para propagar o bit desde o início do enlace até o próximo nó. O
bit se desloca pelo meio de acordo com a velocidade de propagação do enlace, a
qual depende do meio físico, isto é, se o meio utilizado é fibra ótica, fios de cobre e
assim por diante. Este atraso é diretamente relacionado à distância entre os
roteadores, mas nada tem a ver com o comprimento do pacote ou com a taxa de
transmissão do enlace.
Importante ressaltar que os tipos de atraso se refletem nas aplicações de maneira
diferente. As aplicações de tempo real, que tem interatividade, com jogos interativos, vídeo
e áudio conferências, são mais suscetíveis ao atraso de propagação. Por outro lado, as
aplicações que transferem um grande volume de dados, como transferências de arquivos,
têm o atraso de transmissão como o ponto crítico.
Comentário
O atraso de fila pode variar de pacote para pacote. Por exemplo, se dez pacotes chegarem
a uma fila vazia ao mesmo tempo, o primeiro pacote não sofrerá nenhum atraso de fila, ao
passo que o último sofrerá um relativamente grande (enquanto espera que os outros nove
sejam transmitidos). O processo de chegada a uma fila é aleatório.
Essa variação do atraso de fila causa um efeito chamado jitter (variação de atraso), que
impacta significativamente as aplicações de streaming (multimídia), as quais precisam
reproduzir os pacotes em intervalos regulares. Portanto, a variação do atraso impactará a
reprodução em intervalos regulares, tendo em vista que os pacotes não chegarão com
atrasos regulares.
video_library
A influência dos parâmetros de
redes nas aplicações
Confira agora os principais pontos sobre os parâmetros de redes.
Perda
Outro parâmetro importante que pode impactar a operação de uma aplicação de redes é a
perda de pacotes. Vamos analisar como ele pode ocorrer?
Se a intensidade de tráfego for próxima a zero, as chegadas de pacotes
serão poucas e bem espaçadas, sendo improvável que um pacote que esteja
chegando encontre outro na fila. Com isso, o atraso de fila médio será
próximo a zero e todos os pacotes serão processados, sem perdas.
U i t fi l id f ô d d é t f i
Um sistema final considera que o fenômeno da perda é um pacote que foi
transmitido para o núcleo da rede, sem nunca ter emergido dele no destino.
Vamos analisar o impacto da perda na aplicação. Se a aplicação que estiver sendo utilizada
não admitir perda, como uma transferência de arquivos, o pacote perdido irá impactar o
funcionamento da aplicação e, portanto, esse problema deve ser corrigido, normalmente,
retransmitindo o pacote faltante.
Mas existem aplicações que toleram perda, tipicamente, as aplicações de streaming. Nesse
tipo de serviço, se alguns pacotes forem perdidos, a aplicação não terá prejuízos. Sabe por
quê? Os pacotes de dados de uma aplicação de streaming carregam, por exemplo, um
conjunto de pixels de um dos frames do vídeo. Se esse pacote não chegar, apenas alguns
pixels deixarão de ser reproduzidos e dificilmente o usuário perceberá.
Voltemos ao caso da aplicação que não tolera perda. O desenvolvedor da aplicação precisa
implementar alguma técnica de controle de perdas? A resposta é não! Lembra que
comentamos que a rede oferece uma infraestrutura de serviços? Então, utilizando a API
(socket) correta para a aplicação, os serviços existentes na rede corrigirão a perda de
pacotes, assim, o desenvolvedor pode focar na lógica da aplicação porque a rede cuidará
da entrega dos pacotes.
Portanto, o pacote transitando do sistema final de origem para o de destino terá gaso
determinado tempo, que é o atraso fim a fim, ou seja, a soma de todos os atrasos que o
pacote ficou sujeito ao longo do caminho.
Se os atrasos de fila forem desprezíveis, não existirá congestionamento e a aplicação
poderá funcionar corretamente. Mas, se os atrasos de fila não forem desprezíveis, os
atrasos nos nós se acumulam e resultam em um atraso fim a fim significativo que poderá
impactar o funcionamento da aplicação, em especial àquelas que são sensíveis ao atraso.
Saiba mais
Como o atraso de fila varia com o tempo, o atraso de ida e volta do pacote n enviado a um
roteador n pode, às vezes, ser maior do que o do pacote n + 1 enviado ao roteador n + 1.
Verificando os tempos apresentados na imagem, é possível verificar que isso ocorreu em
alguns momentos.
Também é fácil verificar a variação de atraso com o Traceroute. Como o programa dispara
três pacotes para cada destino, percebemos que dificilmente teremos os três pacotes com
o mesmo atraso.
Vazão
Outra medida de desempenho é a vazão fim a fim. Considere a transferência de um arquivo
grande do hospedeiro A para o hospedeiro B. A vazão instantânea a qualquer momento é a
taxa (em bits/s) em que o hospedeiro B está recebendo o arquivo. Se o arquivo consistir em
F bits e a transferência levar T segundos para o hospedeiro B receber todos os F bits, a
vazão média da transferência do arquivo é F /T bits/s.
Comentário
Para algumas aplicações, como a telefonia via internet, é desejável ter um atraso baixo e
uma vazão instantânea acima de algum valor. Para outras aplicações, como transferência
de arquivo, o atraso não é um fator importante, mas é recomendado que a vazão seja a
mais alta possível.
A vazão depende não somente das taxas de transmissão dos enlaces ao longo do caminho,
mas também do tráfego oriundo de outras sistemas finais. Pode acontecer de um enlace
com uma alta taxa de transmissão, como um cabo submarino, ser o gargalo para uma
transferência de arquivo, considerando que, no mesmo momento que você está realizando
um download, muitos outros tráfegos estão passando pelo mesmo cabo submarino,
sobrecarregando o enlace e os equipamentos que controlam a entrada dos dados no
enlace.
Falta pouco para atingir seus
objetivos.
Questão 1
A Armazenar o pacote.
B Atrasar o pacote.
E Descartar o pacote.
Parabéns! A alternativa E está correta.
Questão 2
III. Atraso de propagação: É o tempo necessário para propagar o bit desde o início do
enlace até o roteador B.
A Somente I.
B Somente II.
C I, II.
D II, III.
E I, II, III.
Arquitetura de camadas
Confira agora os principais pontos sobre arquitetura de camadas.
Todas as atividades na internet que envolvem duas ou mais entidades remotas que se
comunicam são governadas por um protocolo.
Um protocolo define o formato e a ordem das mensagens trocadas entre duas ou mais
entidades comunicantes, bem como as ações realizadas na transmissão e/ou no
recebimento de uma mensagem ou outro evento.
Comentário
Inicialmente, fazemos um cumprimento, como um “oi” e esperamos receber outro “oi” como
resposta, ou, por exemplo, falando um “bom dia” e esperando receber um “bom dia” de
volta. A partir desse ponto, podemos perguntar as horas, por exemplo. Ou seja, existem
mensagens específicas que enviamos e ações específicas que realizamos em reação às
respostas recebidas. Também podemos realizar outros eventos quando a resposta é
diferente da esperada.
O mesmo é válido para as redes de computadores. Para que determinada ação seja
realizada entre dois componentes de rede, eles devem utilizar o mesmo protocolo.
Em um modelo de serviço:
Cada camada oferece seus serviços à camada acima dela, executando certas ações
dentro dela, e utilizando os serviços da camada diretamente abaixo dela.
O ponto de ligação entre uma camada e outra camada é denominado interface.
Esse esforço fez surgir um modelo de camadas que ficou conhecido como modelo RM-OSI
(Reference Model Open Systems Interconnection), ou simplesmente modelo OSI, utilizado
até hoje e composto por sete camadas, numeradas de cima para baixo: aplicação,
apresentação, sessão, transporte, rede, enlace e física, conforme mostrado na imagem a
seguir. Confira!
O modelo de referência OSI.
Importante ressaltar que o modelo OSI é utilizado como uma referência para o estudo e
funcionamento das redes, entretanto, não é utilizado em si, principalmente porque ele não
definiu protocolos, mas sim os serviços que cada camada oferece. Vamos detalhar essas
camadas?
Aplicação expand_more
Apresentação expand_more
Sessão expand_more
Transporte expand_more
Rede expand_more
Enlace expand_more
Físico expand_more
video_library
Arquitetura e internet
Confira agora os principais pontos sobre arquitetura e internet.
Conforme podemos observar, a diferença que temos entre o modelo OSI e a arquitetura de
cinco camadas é a ausência das camadas de apresentação e sessão. As funções dessas
duas camadas são absorvidas pela camada de aplicação.
Essa diferença ocorre pelo fato de o OSI não definir protocolos. Já no TCP/IP, temos um
conjunto de protocolos associados, conhecidos como a pilha de protocolos TCP/IP, que
nada mais são do que o conjunto de protocolos implementados por todas as camadas da
arquitetura.
A camada de aplicação tem a mesma função da camada do modelo OSI, acrescido das
funções da apresentação e sessão. Nessa camada, estão definidos alguns dos principais
protocolos utilizados atualmente, como o HTTP (HyperText Transfer Protocolo), DNS
(Domain Name Server), SMTP (Simple Mail Transfer Protocolo), entre muitos outros.
TCP expand_more
Provê serviços orientados à conexão para suas aplicações. Alguns serviços são:
entrega garantida de mensagens, controle de fluxo (compatibilização das
velocidades do remetente e do receptor), controle de congestionamento (uma
origem reduz sua velocidade de transmissão quando a rede está congestionada) e
garantia da ordem das mensagens.
UDP expand_more
A camada de rede segue a mesma função da camada de rede do modelo OSI, mas agora
são definidos o formato do endereço e as regras de encaminhamento. Essa definição é
feita pelo protocolo IP (Internet Protocol).
As camadas de enlace físicas não são definidas de forma explícita na arquitetura internet,
mas elas executam o mesmo papel previsto no modelo OSI. Alguns dos padrões utilizados
nessas camadas de enlace são o ethernet, wi-fi e bluetooth.
Encapsulamento
video_library
Conceito de encapsulamento
Confira a seguir os principais pontos sobre o encapsulamento.
Comentário
Em cada camada, um PDU possui campos de cabeçalho e um campo de carga útil. A carga
útil é, em geral, um pacote da camada acima. Quando o pacote chega no sistema final
destino, o processo de desencapsulamento se inicia. Na extremidade receptora, cada
segmento deve ser reconstruído a partir dos datagramas que o compõem. O conceito de
encapsulamento está ilustrado na imagem que veremos a seguir.
Quando um sistema final envia pacotes para outro sistema final, o caminho físico que os
dados percorrem é o seguinte:
looks_one
Sentido para baixo na pilha de protocolos de um sistema final emissor.
looks_two
Sentido para cima e para baixo nas pilhas de protocolos de um comutador e roteador de
camada de enlace que estejam no caminho.
looks_3
Depois para cima na pilha de protocolos do sistema final receptor.
Conceito de encapsulamento.
Falta pouco para atingir seus
objetivos.
Questão 1
Questão 2
O encapsulamento sempre ocorre entre camadas adjacentes, no sentido "de cima para
baixo" (considerando a sequência da mais alta para a mais baixa: aplicação,
apresentação, sessão, transporte, rede, enlace, física).
4 - Histórico da internet
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever os
aspectos da evolução das redes e a internet.
video_library
A história da internet
Confira agora os principais pontos sobre a história da internet.
Anos 1960
No início da década de 1960, a rede de telefonia, que usa comutação de circuitos para
transmitir informações de uma origem a um destino, era a rede de comunicação dominante
no mundo. A comutação de circuitos foi escolhida, pois a voz é transmitida a uma taxa
constante entre os pontos. Com a importância cada vez maior dos computadores no início
da década de 1960, foi considerada a questão de como interligar computadores para que
pudessem ser compartilhados entre usuários geograficamente dispersos.
Anos 1970
O trabalho de interconexão de redes realizado pela DARPA (Defense Advanced Research
Projects Agency, ou Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa), criou uma rede
de redes e foi realizado por Vinton Cerf e Robert Kahn.
Comentário
Em 1983, o TCP/IP foi adotado oficialmente como o novo padrão de protocolo de máquinas
para a ARPAnet (em substituição ao protocolo NCP). Foi desenvolvido o sistema de nomes
de domínios (DNS) utilizado para mapear nomes da internet fáceis de entender.
Anos 1990
Na década de 1990, a ARPAnet, a progenitora da internet, deixou de existir. O principal
evento foi o surgimento da World Wide Web, que levou a internet para os lares e as
empresas de milhões de pessoas no mundo inteiro. A web serviu como plataforma para a
habilitação e a disponibilização de centenas de novas aplicações, como sites de busca (por
exemplo, Google), comércio pela internet (por exemplo, Amazon, eBay) e redes sociais (por
exemplo, Facebook).
A web foi inventada por Tim Berners-Lee, entre 1989 e 1991, no CERN
(European Center for Nuclear Physics, ou Centro Europeu para Física
Nuclear), com base em ideias originadas de trabalhos sobre
hipertexto.
De 1995 a 2001, a internet realizou uma viagem vertiginosa pelos mercados financeiros.
Antes mesmo de se mostrarem lucrativas, centenas de novas empresas faziam suas
ofertas públicas iniciais de ações e começavam a ser negociadas em bolsas de valores.
Muitas empresas eram avaliadas em bilhões de dólares, sem ter nenhum fluxo significativo
de receita. As ações da internet sofreram uma queda também vertiginosa entre 2000 e
2001, e muitas novas empresas fecharam.
Comentário
A onipresença cada vez maior das redes Wi-Fi e de telefonia celular 4G e 5G públicas está
possibilitando permanecer constantemente conectado enquanto se desloca, e também
permitindo novas aplicações inerentes à localização.
Década de 60
Vamos agora conferir os principais acontecimentos deste período.
1965 expand_more
1968 expand_more
Ano em que Beranek and Newman Inc. (BBN) revela a versão final das
especificações do Interface Message Processor (IMP). BBN ganha contrato com a
ARPANET.
1969 expand_more
Década de 70
Vamos agora conferir os principais acontecimentos deste período.
1972 expand_more
Ano em que Ray Tomlinson da BBN introduz o e-mail de rede. O grupo de trabalho da
internet (INWG) se forma para atender à necessidade de estabelecer protocolos
padrão.
1973 expand_more
Ano em que a rede global se torna uma realidade quando a University College of
London (Inglaterra) e o Royal Radar Establishment (Noruega) se conectam à
ARPANET. O termo internet nasceu.
1974 expand_more
1976 expand_more
Ano em que a rainha Elizabeth II aperta o botão “enviar” em seu primeiro e-mail.
1979 expand_more
Ano em que são usados formulários USENET para hospedar notícias e grupos de
discussão.
Década de 80
Vamos agora conferir os principais acontecimentos deste período.
1981 expand_more
Ano em que a National Science Foundation (NSF) forneceu uma doação para
estabelecer a Computer Science Network (CSNET) para fornecer serviços de rede
para cientistas da computação da universidade.
1982 expand_more
Ano em que Transmission Control Protocol (TCP) e Internet Protocol (IP), como o
conjunto de protocolos, comumente conhecido como TCP/IP, surgem como
protocolo para ARPANET. Isso resulta na definição incipiente da internet como
internet TCP/IP conectada. O TCP/IP continua sendo o protocolo padrão para a
internet.
1983 expand_more
Ano em que o Domain Name System (DNS) estabelece o conhecido sistema .edu,
.gov, .com, .mil, .org, .net e .int para nomear sites. Isso é mais fácil de lembrar do
que a designação anterior para sites, como 123.456.789.10.
1984 expand_more
1985 expand_more
1986 expand_more
Ano em que o NSFNET da National Science Foundation fica on-line para centros de
supercomputadores conectados a 56.000 bits por segundo – a velocidade de um
modem de computador dial-up típico. Com o tempo, a rede acelera e as redes
regionais de pesquisa e educação, apoiadas em parte pela NSF, são conectadas ao
backbone NSFNET, expandindo efetivamente a internet em todos os Estados
Unidos. A NSFNET era essencialmente uma rede de redes que conectava usuários
acadêmicos junto com a ARPANET.
1987 expand_more
Ano em que o número de hosts na internet ultrapassa 20.000. A Cisco envia seu
primeiro roteador.
1989 expand_more
Década de 90
Vamos agora conferir os principais acontecimentos deste período.
1990 expand_more
1991 expand_more
1992 expand_more
Ano em que os primeiros áudio e vídeo são distribuídos pela internet. A frase
"navegar na internet" é popularizada.
1993 expand_more
Ano em que o número de sites chega a 600 e a Casa Branca e as Nações Unidas
ficam on-line. Marc Andreesen desenvolve o navegador Web Mosaic na
Universidade de Illinois, Champaign-Urbana. O número de computadores
conectados à NSFNET cresce de 2.000 em 1985 para mais de 2 milhões em 1993. A
National Science Foundation lidera um esforço para delinear uma nova arquitetura
de internet que apoiaria o crescente uso comercial da rede.
1994 expand_more
1995 expand_more
1996 expand_more
1997 expand_more
Ano em que a Netflix é fundada, por Reed Hastings e Marc Randolph, como uma
empresa que envia DVDs aos usuários pelo correio.
1998 expand_more
2000 expand_more
Ano em que a bolha das pontocom estoura. Sites como o Yahoo! e eBay são
atingidos por um ataque de negação de serviço em larga escala, destacando a
vulnerabilidade da internet. AOL funde-se com a Time Warner.
2001 expand_more
Ano em que um juiz federal fecha o Napster, determinando que ele deve encontrar
uma maneira de impedir que os usuários compartilhem material protegido por
direitos autorais antes que ele possa voltar a ficar on-line.
2003 expand_more
Ano em que o worm “SQL Slammer” se espalhou pelo mundo em apenas 10
minutos. Myspace, Skype e o navegador Safari.
2004 expand_more
Ano em que o Facebook fica on-line e a era das redes sociais começa. Mozilla
apresenta o navegador Mozilla Firefox.
2005 expand_more
2006 expand_more
Ano em que AOL muda seu modelo de negócios, oferecendo a maioria dos serviços
gratuitamente e contando com publicidade para gerar receita. O Fórum de
Governança da internet se reúne pela primeira vez.
2009 expand_more
Ano em que a internet completa 40 anos.
2010 expand_more
Ano em que o Facebook atinge 400 milhões de usuários ativos e os sites de mídia
social Pinterest e Instagram são lançados.
2011 expand_more
2012 expand_more
2013 expand_more
51% dos adultos norte-americanos relatam que fazem transações bancárias on-line,
de acordo com uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center.
2015 expand_more
2016 expand_more
2018 expand_more
Ano em que há um aumento significativo de dispositivos habilitados para internet.
Um aumento na internet das Coisas (IoT) vê cerca de sete bilhões de dispositivos
até o final do ano.
2019 expand_more
Ano em que redes de quinta geração (5G) são lançadas, permitindo conexão mais
rápida à internet em alguns dispositivos sem fio.
De 2020 a 2022
Vamos agora conferir os principais acontecimentos deste período.
2021 expand_more
Ano em que a internet via satélite em órbita baixa da Terra está mais próxima da
realidade. No início de janeiro de 2022, a SpaceX lança mais de 1.900 satélites
Starlink no total. A constelação agora está fornecendo serviço de banda larga em
áreas selecionadas ao redor do mundo.
Questão 1
A década de 1970.
B década de 1980.
C década de 1990.
D década de 2000.
E década de 2010.
Questão 2
A internet que utilizamos hoje passou por evoluções ao longo dos últimos sessenta
anos. A rede que iniciou todo o processo e que pode ser considerada como sendo a
progenitora da internet é a
A ALOHANet.
B NSFNET.
C BITNET.
D ARPANet.
E CSNET.
Considerações finais
Ao longo do nosso estudo, foi possível verificarmos alguns conceitos iniciais relacionados
às redes de computadores e à organização da internet. Descobrimos que a internet é
composta de sistemas finais, redes de acesso e núcleo da rede, e que a internet global é
uma rede de redes, composta de ISPs de níveis mais altos e mais baixos.
Foi possível entender quais são os parâmetros de avaliação das redes e quais são as
causas de atrasos e perdas de pacotes em uma rede de comutação de pacotes, além de
compreender como esses parâmetros influenciam no funcionamento das aplicações de
redes.
headset
Podcast
Para encerrar, conheça mais sobre a importância das redes de computadores para os
profissionais de TI.
Referências
FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. 4. ed. São Paulo:
McGraw-Hill, 2008.
ZIMMERMANN, K. A.; EMSPAK, J. Internet history timeline: ARPANET to the World Wide
Web. Live Science, 08 abr. 2022. Consultado na Internet em: 01 nov. 2022.
Explore +
Confira as indicações que separamos para você!