CÁPITULO

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1.

1 Objectivo Geral

O objectivo Geral deste trabalho é conhecer o conceito dos actos de comercio.

1.2 Objectivo Especifico

Analisar o Conceito de acto de comercio subjectivo e Objectivo em varios contextos

Compreender os fundamentos básicos dos Respectivos conceitos

Identificar a importância de conhecimento desses Conceitos.

1.3 Justificativa

E Relevante o estudo deste tema porque nos vai ajudar a identificar e diferenciar os actos de
comercio com outros actos não comerciais.

1.4 Metodologia

Para levar a cabo o presente trabalho, apoiamo-nos na pesquisa bibliográfica, a nossa Lei
Comercial, buscas do matérial já existente e Publicados relacionado com o tema “Actos de
Comercio”, basicamente foi feita uma recolha e revisão documental em fontes primárias
(legislação, livros, internet).

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Introdução

O Presente trabalho irá abordar sobre os actos de comercio, sua definição , classificação e a
diferença entre os actos de comercio Subjectivo e Objectivos.

Dizer que são actos de comercio todos os factos juridicos Voluntarios especialmente previstos
no codigo comercial, em Leis de natureza comercial avulsas ao codigo comercial ou em
disposições legais de natureza comercial integradas em diplomas legais de natureza não
comercial e os actos analogos a todos esses indenpedendetemente, em qualquer dos casos, de
serem comerciantes ou não comerciantes as pessoas que neles intervem.

Também podemos considerar actos de comercio todos os factos juridicos voluntarios


praticados pelos comerciantes excepto os que forem de natureza exclusivamente civil e os
actos de cujo conteúdo e circunstâncias resulte que não estão conexionados com o comercio
do respectivo sujeito.

Estes actos são regulados pelo Direito Comercial podem incluir actividades como compra
venda de produtos , prestação de serviços contratos comerciais entre outras.

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ACTOS DE COMÉRCIO

A Determinação dos actos de comércio acha-se prevista nos artigos 4° e 5° do Ccom de 2005.

Extrai-se destes artigos, a idea de que determinados actos jurídicos, acontecimentos jurídicos
relevantes são classificados como comerciais.

E no art 4° Com, a expressão acto de comércio, é usada em sentido amplo.Isto é, abarcando


vários acontecimentos que consubstanciam actividadescomerciais e por isso assinaladamente
efeitos jurídicos comerciais. Nomea-damente, os facto jurídicos voluntários lícitos ou ilícitos
ou ainda simplesnegócio jurídico. No entanto, nem todas as disposições do Com refletem-
sena idea essencial dos actos de comércio strictu sensu, embora se assuma queo nosso Direito
comercial é um Direito dos actos de comércio e da empresa16.

Ex: factos lícitos, art 180°, 293° n°2 c.com

Ex: actos jurídicos ilícitos, art 24° c.com

Ex: negócios jurídicos, art 477° c.com

Nos termos da al b) n°1 do art 4° c.com, são actos de comércio os actos praticados no
exercício de uma empresa comercial de onde resulta que não sãoapenas actos de comércio os
contratos, mas também todos os actos praticadosno exercício da empresa comercial das quais
emanam obrigações comerciais.

Isto é, esta disposição tanto abarca os actos praticados de forma isolada ou ocasional, quer
por empresário comercial, quer por não empresáriocomercial, como também todos actos
associados à organização da empresacomercial tendentes a obtenção de lucro.

"° Assim o é, porque se atentarmos a estrutura do nosso Direito comercial, dúvidas


nãorestarão no sentido de que ele se centra sempre a idea de classificar os actosregulados
porele a medida em que sejam e comércio e praticados dentro de umaestrutura composta
quecompreende a idea de empresa como actividade.

Relações Entre Direito Comercial e Outros Ramos do Direito

Direito comercial vs direito civil, as relações entre estes dois ramos sãointimas. O Direito
Civil é um direito privado comum e geral porqueregula a generalidade das relações jurídico-
privadas. O Direito Comercial,regula uma parte destas relações privadas, as que compõem o

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exercício daempresa comercial e a prática dos actos de comércio. O direito civil é sub-
sidiário do direito comercial, tal como aludimos anteriormente, havendouma lacuna no direito
comercial, recorre-se ao direito civil, isto é, aoscasos análogos deste para cobrir as lacunas do
direito civil; art 7° Ccomcontanto que se observem os requisitos previstos neste artigo.

Direito comercial vs direito consfilucional, há uma relação de subordinação onde no direito


constitucional prevalecem os princípios ou normas fundamentais para um ordenamento
jurídico, e o direito comercialbaseia-se nessas normas ou princípios que o direito
constitucional dispõe. Art. 2° n° 4 da CRM.

Direito comerctal 'vs direito administrativo, O direito administrativoorganiza entre outras,


as relações entre os agentes económicos e oEstado, a sua organização, o espaço geográfico.
Aos agentes económicos recaiem obrigações para com o Estado e a constituição de
sociedades comerciais está condicionada ao respeito de sectores deixados àdisposição dos
particulars por normas da administração.

Direito comercial vs direito criminal, o direito penal é aplicável aossujeitos do direito


comercial do mesmo modo que o faz relativamenteas demais sujeitos do Direito. Aos ilícitos
penais ou contravençõescometidos pelos empresários comerciais o direito penal sanciona
através dos seus mecanismos.

Direito comercial vs Direito Fiscal, o direito fiscal é um ramo do direitopúblico, constituído


por um complexo de normas jurídicas que fazemprevisão dos termos em que são cobrados e
determinados os montantes dos impostos a arrecadar das pessoas singulares e colectivas.Os
impostos são o centro daquilo que trata no fundo o direito fiscal,podendo incidir directamente
sobre os rendimentos das pessoas singulares ou colectivas, que em seu nome, por si ou por
intermédio deterceiro exercem uma empresa comercial ou outra actividade objectode possível
cobrança.

No entanto, excluem-se do art 4° c.com, os factos jurídicos naturais ouinvoluntáriosporque,


aqueles que ocorrem sem verificação da vontadehumana.

Exemplo, falecimento de um sócio de uma determinada sociedade. Estefacto corre com


repercussões na vida da sociedade, mas em sí não consubstancia qualquer facto que como tal
se deva integrar como sendo de comércio.

Classificação dos Actos de Comércio

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a) Actos de comércio subjectivos, são aqueles classificados como tal em função do sujeito
que os pratica, isto é, a qualificação do acto comosendo do comércio terá como base ou, a
pessoa que à luz do art 3°c.com, pratica uma daquelas actividades previstas. Deste modo,
osactos praticados pelo empresário comercial no exercício da empresacomercial se presumem
de comércio, salvo se das circunstâncias querodearam a sua práticap resulte o contrario? Ter-
se-à assim, de verificarnão só o acto em si mas as circunstâncias que rodearam o acto. Se por
exemplo, usou o capital socialse praticou uma compra com intencção de revenda, etc.

b) Acto de comércio objectivo, é todo aquele acto que independentemente do sujeito ou da


qualidade de sujeito, encontra-se previsto no Código comercial ou Código civil ou ainda em
qualquer legislaçã:extravagante que qualifica o tal acto como sendo de comércio. Conferir o
n° 1 do art. 4° do Ccom.

Há actos exclusivamente civis, aqueles que não tem qualquepotencialdade de consubstanciar


actos de comércio por isso, nunca teria como ser regulado na Lei Comercial'"?. Quando o
legislador na parte final do n° 2° do art. 4° do Ccom, exprime a idea de que o acto só não será
comercial quando praticado pelo empresario comerciose das circunstâncias que rodearam a
sua prática resultar o contrário, quis afastar na nossa opinião essa presunção que poderia
recatambém sobre os actos exclusivamente civis. Ao acto exclusivamencivil não há coo
representar a sua comercialidade mesmo quanopraticado pelo empresário comercial. É por
exemplo, o casamento e a perfilhação praticada pelo empresário comercial.

Outros actos de comercio objectivos previstos no Codigo comercial

São também actos de comercio objectivos por se encontrarem especialmente previstos no


codigo comercial nomeadamente:

 O Contracto de compra e venda comercial


 A fiança comercial
 O contracto da conta corrente
 Contracto de deposito comercial
 Contracto de aluguer comercial e outros

Os actos de comercio objectivos previstos em Leis de natureza comercial avulsas ao codigo


comercial.

Por sua vez, sao nomeadamente actos de comercio objectivos previstos em legislaçao de
natureza comercial avulsa ou extravagante ao codigo comercial.

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Os actos praticados em letras de câmbio, livranças e cheques, regulados respectivamente na
Lei Uniforme relativa a letras e livranças e na lei uniforme relativa a cheques.

Por exemplo: a prestação de um aval por parte de um socio ou administrador de uma


sociedade de advogados numa livrança em que é avalizada essa sociedade, emitida no âmbito
de um contrato de emprestimo bancario com vista a concessão de crédito a sociedade e para
o avalista ( Socio ou administrador) e avalizado (sociedade de advogados), um acto de
comercio Objectivo.

Para o Banco porém é um acto de comercio simultaneamente objectivo e subjectivo.

C) Acto unilateral, quando uma das partes intervenientes é empresáriocomercial e a outra


não é. Nos termos do art. 5° do com, esse acto é regu-lado pela lei comercial relativamente
aos dois-sujeitos salvo no que só sedeva aplicar ao empresário comercial de acordo com a sua
qualidade.

d) Acto bilateral, quando os dois são empresários comerciais e realizamum acto de comércio
ou seja, o acto é comercial para as duas partes.Uma compra realizada por um empresário num
armazém de outroempresário comercial com a finalidade de revenda.

Assim, o acto de comércio não é em função da pessoa que os praticou, mas sim em função da
sua qualificação como tal pela lei. JoséIbraimo Abudo na sua obra sobre Lições de Direito
Comercial distingue os mecanismos usados na definição dos actos de comércio"®. Parao
efeito, e segundo o autor, há três mecanismos que o legislador pode

adoptar na determinação nos actos de comércio objectivo:

1. Modelo da definição, a partir do qual o legislador oferece deforma sintética o que se deve
entender por acto de comércio.Este modelo apresenta dificuldades na medida em que
todadefinição pode colocar problema de entendimento e incerteza

do direito;

2. Modelo-sistema da enumeração expressa, onde o legisladoropta por uma identificação


expressa num rol alargado dos actosque a própria lei determina.O inconveniente deste modelo
é que limita o campo dosactos e a luz de um direitodinâmico, tal como é no direitocomercial,
podem escapar várias situações a classificação deactos de comércio.

3. Modelo da enumeração implícita, este modelo apenas delimita os actos do comércio


através da remissão para diversosactos que o código considera comerciais, evitando-se uma

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enumeração taxativa, com os inconvenientes acima enumerados,optando pela indicação
exemplificativa, é esta a posição adoptada pelo nosso legislador, al a) n° 1° do art 4° c.com,
ao estabelecer que são actos de comércio, os actos regulados na lei ematenção as
necessidades da empresa comercial designadamenteos previstos neste código e os actos
análogos.

e) Actos de comércio absolutos, os actos que têm de per si, a naturezacomercial, isto é, os
actos que devem a sua comercialidade à sua natureza intrínseca, ou, ainda dada a sua natureza
funda-se no própriocomércio, na via empresarial.

A) Actos de comércio por conexão, os actos cuja comercialidade a leioutorga tendo em


consideração a sua especial relação com certo actode comércio, ou com o comércio, ou seja,
são actos comerciais emrazão da sua peculiar ligação a um acto de comércio absoluto ou
umaactividade classificada como comercial. Portanto, tudo depende dasua relação de conexão
ou acessoriedade, quer com um acto de comércio fundamental, quer com a exploração de
uma empresa mercantil.

Para o jurista Rocco, os actos de comércio absolutos, também sãochamados


actosconstitutivos a medida em que caracterizam as operações de mediação na troca, e os
actos de comércio por conexão, sãochamados actos de comércio, porque se limitam a facilitar
essas mesmas operações.Para a maioria dos comercialistas, os actos de comércio acessórios
comportam a totalidade dos actos de comércio subjectivos, na talteoria chamada, teoria da
conexão subjectiva, mas também abrangemuma diversidade de actos objectivos, como por
exemplo, mandato,empréstimo, que a lei a chama de conexão objectiva.

Teoria do acessório

Constatando que, determinados actos de natureza civil podem transformar-se em comerciais,


uma vez praticados no âmbito comercial, adoutrina construiu uma teoria que apelida os actos
praticados por umcomerciante no exercício do seu comércio e não só, mas também os
actosligados à um acto de comércio absoluto de actos de comércio acessórios1°.No essencial,
há duas categorias de actos de comércio acessórios:

1. Os associados à acto de comércio ligados a actividade comercial, de um empresário


comercial,

2. Os constituídos por actos que adquirem a comercialidade emrazão da relação existente


entre eles a um acto de comércio pornatureza.Deste modo, os primeiros são actos subjectivos

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e os segundos são actosde comércio objectivos e acessórios. Embora uma tal extensão da
comercialidade pareça à primeira vista razoável, a verdade é que ela falseia arazão de ser da
criação da figura de actos de comércio acessórios. Estessão considerados comerciais por
estarem presumi velmente relacionadoscom a actividade de um comerciante na sua empresa
comercial, isto épor pertencerem a âmbito do comércio profissionalmente organizado.

g) Actos de comércio causais, os actos relativamente aos quais a lei oscontempla e os regula
de forma a preencher ou a realizar uma determinada causa-função jurídico económica;

Ex: compra e venda tem por causa a alienação de um bem mediantea aquisição de um preço.

h) Actos de comércio abstratos, os que se manifestam com vista a preencher uma


diversidade de causas funções, podendo as relações jurídicas que deles emanam ter uma vida
autónoma das relações que lhederam origem. Na verdade, o acto de comércio abstrato tem
tambémuma causa. No entanto, esta causa não é típica, podendo integrar-senuma das
diferentes relações jurídicas integradas ao acto.

Ex: negócio jurídico cambiários, que são negócios praticados noâmbito dos títulos de crédito,
que tanto podem ser de origem de umcontrato de compra e venda, de empréstimo, e.t.c.

¡) Actos de comércio puros, os actos comerciais relativamente à todosos sujeitos, são


também designados actos bilateralmente comerciais(os dois intervenientes são empresários
comerciais).

¡) Actos de comércio mistos, é para a doutrina a outra forma de designaros actos de


comércio unilaterais. São-no relativamente a uma das partese nos termos do art 5° com, são
regulados à luz do código comercial,em relação a todos os contratantes com excepção
daqueles que são aplicáveis aos comerciantes pela natureza de ser empresário comercial.

1) Actos de comércio formalmente comerciais, os que são reguladosna lei comercial como
um esquema formal que permanece abertopara dar cobertura a qualquer conteúdo e abstraem
no seu regime deobjecto ou fim para que são utilizados.

m) Actos substancialmente comerciais, os que têm a comercialidade emrazão da própria


natureza, isto é, por representar em si mesmos actospróprios da actividade materialmente
mercantil.

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Conclusão

O Grupo concluir que actos do comercio são transações ou operações realizadas no âmbito da
actividade comercial, elas envolvem a compra, a venda, a troca, circulação ou distribuição de
bens ou serviços com objectivo de adquirir lucro.

Estes actos são regulados pelo Direito Comercial podem incluir actividades como compra
venda de produtos , prestação de serviços contratos comerciais entre outras.Concluimos
também que os actos de comercio classificam – se como actos subjectivos e actos objectivos.

Os objectivos são determinados pela natureza da transação em si, não só mais também são
aqueles definidos pela Lei comercial indepedentemente das caracteristicas das partes
envolvidas ou de contexto em que ocorre Ex: compra e venda de Mercadorias.

Os actos de comercio Subjectivos são actos determinados com base na qualidade das partes
envolvidas ou são classificados como tal em função do sujeito que as pratica isto é a
qualidade do acto como sendo de comercio, são actos juridicos voluntarios praticados pelos
comerciantes excepto os actos que forem de natureza exclusivamente civil ex: casamento,
testamento ou perfilhação.

Actos de comercio por conexão são todos aqueles que são comerciais apenas porque estão
ligados ou em conexão com actos comerciais.

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Bibliografia

Decreto – Lei nº 2/2005, de 27 de Dezembro

J.M.Coutinho de Abreu, op cit pag 33 P.Pais de Vasconcelos

J.M. Coutinho de Abreu op cit pags 33 e 249 a 257

J.M.Coutinho de Abreu.Op.cit, pags 77 a 81,cfr

P.Leitão pais de Vasconcelos op.cip pag 43

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