Livro de Anatomia e Fisiologia Pra Os Alunos Da 10 E11 Classe Do Colegio Bueia e Filhos (Salvo Automaticamente) (Salvo Automaticamente)
Livro de Anatomia e Fisiologia Pra Os Alunos Da 10 E11 Classe Do Colegio Bueia e Filhos (Salvo Automaticamente) (Salvo Automaticamente)
Livro de Anatomia e Fisiologia Pra Os Alunos Da 10 E11 Classe Do Colegio Bueia e Filhos (Salvo Automaticamente) (Salvo Automaticamente)
2024
ANATOMIA E FISIOLOGIA
HUMANA
2023-2024
Introdução
A anatomia é um dos ramos das ciências biológicas que estuda a morfologia do corpo
humano, macro e microscopicamente. A palavra anatomia tem a origem grega e
significa “cortar em partes”, o termo dissecação (cortar, incisar) é aplicado no
estudo da anatomia com a utilização do cadáver humano. Sendo assim, a anatomia
localiza, situa, divide e denomina as partes de todos os órgãos do corpo humano,
enquanto que a fisiologia humana estuda as funções destas estruturas, e ambas devem
ser estudadas juntas para proporcionar melhor compreensão do funcionamento do corpo
humano em sua totalidade.
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Para estudar o corpo humano, primeiramente, ele deve ser dividido em partes: cabeça,
pescoço, tronco e membros. A cabeça corresponde à extremidade superior do corpo e
está unida ao tronco pelo pescoço; a região posterior do pescoço é denominada nuca, e a
do tronco, dorso; o tronco compreende o tórax e o abdome com as respectivas cavidades
torácica e abdominal; a cavidade abdominal prolonga-se inferiormente na cavidade
pélvica; são 4 membros, sendo 2 superiores ou torácicos e 2 inferiores ou pélvicos, cada
membro apresenta uma raiz, pela qual está conectado ao tronco, e uma parte livre. Na
transição entre o braço e o antebraço, há o cotovelo; entre o antebraço e a mão, o punho;
entre a coxa e a perna, o joelho; e entre a perna e o pé, o tornozelo.
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Também existem os planos de secção, que têm como significado cortar. Em alguns
tipos de estudos e pesquisas em anatomia, é necessário realizar cortes na peça
anatômica, sendo os sentidos destes cortes denominados planos de seção. São
quatro planos de secção do corpo humano.
Quadro | Planos de secção
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O corpo humano possui 206 ossos, que se interligam por meio das articulações,
para formar o arcabouço do corpo e desempenhar várias funções. Quando
pensamos nos ossos e no esqueleto como um todo, com certeza, logo os associamos
com as funções de sustentação do corpo humano e com os movimentos, no entanto,
suas funções vão além disso. Portanto, os ossos apresentam funções tanto mecânicas
quanto biológicas.
Funções mecânicas:
Funções biológicas:
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Tipos Definição
Osteoblastos Células mais “jovens” que são responsáveis pela
produção da matriz óssea, além de iniciarem a
calciflcação.
Osteócitos São os osteoblastos na fase “adulta” ou forma
“madura”. Os osteócitos são responsáveis pela
manutenção da matriz óssea.
Osteoclastos São células responsáveis pela reabsorção da matriz
óssea (remodelação óssea), liberando enzimas
lisossômicas e ácidos que digerem proteínase
componentes minerais da matriz óssea. São
importantes nos processos de desenvolvimento,
manutenção e reparo ósseo.
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EsqueletoAxial
Esqueleto Apendicular
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e clavículas.
espessura se equivalem.
Exemplos: ossos do carpo e
tarso.
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Os músculos estão situados por todas as partes do corpo humano e, por isso,
desempenham várias funções importantes ao organismo, tais como:
Locomoção: em conjunto aos sistemas ósseo e articular formam um
sistema de alavanca que possibilita os movimentos quando o músculo
contrai.
Músculo liso: a fibra muscular é fusiforme, com um único núcleo centralizado, não
apresenta estriações (por isso denominado liso) e está situado nas paredes dos
órgãos ocos e nos vasos sanguíneos. É responsável pela propulsão de materiais
pelos tubos do corpo e pela constrição dos vasos sanguíneos e sua ação é
involuntária.
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Para de fato ocorrer a contração muscular, essas estruturas do sarcômero devem estar
íntegras, além de outras estruturas proteicas e citoplasmáticas, porém, ainda é
necessário o estímulo nervoso que se origina no córtex motor do cérebro. Esse estímulo
atinge a fibra muscular e inicia o processo de contração muscular.
Cada ponto de junção entre uma terminação nervosa motora e uma célula muscular
corresponde a uma sinapse, local denominado junção neuromuscular. Nessa junção,
onde estão os receptores da acetilcolina no sarcolema, é conhecida pelo nome de placa
motora. O impulso nervoso oriundo do córtex motor do cérebro (responsável pelos
movimentos corporais) propaga-se pelo neurônio e atinge a placa motora. A célula
muscular recebe o estímulo e gera uma corrente elétrica que se propaga pela célula
muscular e desencadeia o mecanismo de contração muscular.
Placa
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a b. c
COSTELAS VERDADEIRAS
COSTELASFALSAS
COSTELAS FLUTUANTES
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Art. cotovelo
Art. carpometacárpica
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O sangue possui uma parte líquida, denominada plasma, e uma parte composta por
células variadas e fragmentos de células (plaquetas, leucócitos e hemácias).
Todo o nosso corpo é irrigado por vasos sanguíneos que se ramificam e se espalham
pelo corpo, formando uma rede responsável por distribuir o sangue para todos os
tecidos. Os vasos sanguíneos variam em formato, sendo classificados em artérias,
arteríolas, veias, vênulas e capilares.
- Artérias: são os vasos sanguíneos que levam o sangue rico em oxigênio do coração aos
tecidos. Sua parede é grossa e é formada pelos tecidos epitelial, muscular e conjuntivo.
Esses tecidos permitem que as artérias transportem o sangue com determinada pressão,
a qual é importante para que o sangue seja impulsionado pelo corpo. Conforme as redes
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- Arteríolas: são vasos que transportam o sangue rico em oxigênio para os tecidos, mas
são menores que as artérias. Elas ramificam-se cada vez mais, conforme se afastam do
coração. Os vasos formados a partir dessa ramificação são cada vez menores. Ao chegar
aos tecidos, as arteríolas formam os capilares.
-Vênulas: são pequenas veias que recebem o sangue pobre em oxigênio e rico em gás
carbônico proveniente dos capilares e o encaminha até as veias.
-Veias: são vasos sanguíneos que transportam o sangue rico em gás carbônico e pobre
em oxigênio dos tecidos para o coração. Possuem estrutura semelhante à das artérias,
porém, sua parede é mais delgada. Além disso, possuem válvulas que impedem o
retorno do sangue, contribuindo para direcionar o fluxo sanguíneo ao coração.
O coração é o órgão responsável por bombear o sangue através dos vasos sanguíneos,
levando os nutrientes e o oxigênio aos tecidos do corpo. É um órgão muscular com
cavidades ocas internas e funciona como uma bomba contrátil-propulsora. O tecido
muscular que forma o coração é muscular estriado cardíaco, e constitui sua camada
média chamado miocárdio. Forrando internamente o miocárdio existe o endocárdio e
externamente o pericárdio. O coração localiza-se na cavidade torácica ao lado dos dois
pulmões e possui sua maior parte desviada para o lado esquerdo do tórax e
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Periocárdio seroso(lâmina
parietal)
Periocárdio fibroso
Para percorrer todo o corpo, o sangue passa duas vezes pelo coração realizando dois
percursos. O percurso mais curto é o da circulação pulmonar ou pequena circulação, em
que o sangue faz o trajeto coração-pulmão-coração. Nesse trajeto, o gás carbônico do
sangue passa para o pulmão, e parte do oxigênio inspirado passa para o sangue. O
percurso mais longo corresponde à circulação sistêmica ou grande circulação, em que o
sangue faz o trajeto coração-tecidos-coração. Nesse trajeto, o oxigênio que estava no
sangue passa para as células dos tecidos e esse sangue recebe gás carbônico produzido
nas células. O lado direito do coração recebe sangue pobre em oxigênio vindo do corpo
e o impulsiona para os pulmões. O lado esquerdo recebe o sangue rico em oxigênio
vindo dos pulmões e o bombeia para o corpo. A veia cava se abre no átrio direito,
trazendo o sangue carregado de gás carbônico e pobre em oxigênio, chamado de sangue
venoso. Esse sangue é então bombeado para o ventrículo direito, passando pela valva
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Na base do coração estão as artérias e veias de grande calibre, que levam sangue do
coração para os órgãos e trazem sangue dos órgãos para o coração, chamadas de vasos
da base. São eles: artéria aorta, tronco pulmonar, veia cava superior, veia cava inferior e
as veias pulmonares. A artéria aorta, a mais importante do corpo humano, emerge no
ventrículo esquerdo e carrega sangue arterial do coração para todo o organismo. Já o
tronco pulmonar emerge do ventrículo direito e carrega o sangue venoso do coração
para os pulmões. A veia cava superior traz o sangue venoso da parte superior do corpo,
e a veia cava inferior o sangue venoso da parte inferior do corpo - ambas desembocam
no átrio direito. No átrio esquerdo chegam as veias pulmonares, trazendo sangue arterial
dos pulmões.
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O miocárdio é um músculo do coração que recebe sua irrigação sanguínea das artérias
coronária direita e esquerda, emergindo da aorta ascendente e irrigando todo o
miocárdio. O sangue venoso do tecido cardíaco é drenado pelas veias cardíacas que se
confluem para formar o seio coronário, que desemboca no átrio direito.
O débito cardíaco (DC) é o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo (ou
ventrículo direito) na aorta (ou tronco pulmonar) a cada minuto. O débito cardíaco é
igual ao volume sistólico (VS), o volume de sangue ejetado pelo ventrículo a cada
contração, multiplicado pela frequência cardíaca (FC), a quantidade de batimentos
cardíacos por minuto.
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O sangue é o veículo desses gases e é responsável por conduzi- los ao seu destino final.
O principal órgão do sistema respiratório é o pulmão, porém, para o oxigênio chegar até
ele, outros órgãos participam desse sistema. Ele é dividido anatomicamente em duas
partes, uma condutora e outra respiratória.
- Parte condutora: formada pelos órgãos tubulares que têm a função de conduzir o ar
inspirado até a parte respiratória, bem como os pulmões que devem direcionar o ar a ser
expirado com CO2 (dióxido de carbono) até a cavidade oral para então ser eliminado
para fora do organismo. A sequência dos órgãos condutores de oxigênio até os pulmões
é a seguinte: o ar inspirado entra no organismo pelo nariz e cavidade nasal, continua seu
percurso pela faringe, laringe, traqueia até chegar nos brônquios, que são subdivididos
em brônquios principais, lobares, segmentares e bronquíolos.
- Parte respiratória: formada pelos pulmões que, por sua vez, são constituídos pelos
ductos alveolares e alvéolos, sendo esses últimos estruturas nas quais realmente
acontece a hematose (troca gasosa).
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- Nariz: o nariz apresenta uma parte externa e uma interna. A externa se situa no plano
mediano, tem a forma de uma pirâmide de base inferior, apresenta dorso, ápice e raiz, além das
aberturas denominadas narinas. A cavidade nasal é a parte interna do nariz e possui as conchas
nasais, que são revestidas por mucosa ricamentevascularizada, os meatos que separam as conchas,
o septo nasal que divide as duas narinas e, por fim, as coanas, orifícios de comunicação com a
nasofaringe, marcam o limite posterior dascavidades nasais.
O nariz apresenta uma parte olfatória que têm as terminações nervosas responsáveis pelo
olfato, umidificação, aquecimento e purificação do ar.
Figura 3.8 | a) Anatomia do nariz externo; b) anatomia da cavidade nasal
Concha nasal
Seio frontal
Coana
Vestíbulo
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- Traqueia: tubo cartilagíneo que se estende da laringe até a sua divisão em dois
brônquios principais. É formada por 20 anéis traqueais de cartilagem hialina em forma
de letra C fechados posteriormente pelo músculo traqueal. Na bifurcação da traqueia,
encontra-se a “carina”, relevo em forma de quilha formado pelo último anel traqueal.
No pescoço e no tórax, a traqueia encontra-se anteriormente ao esôfago. Nas ocasiões
de obstrução grave das vias aéreas superiores (acima da traqueia) realiza-se a
traqueostomia, abertura por meio do bisturi no espaço entre o primeiro e segundo anéis
traqueais com o objetivo de estabelecer fluxo de ar.
- Brônquios: a traqueia se divide em brônquios, que são estruturas tubulares com anéis
de cartilagem hialina em suas paredes. Se comunicam superiormente com a traqueia e
inferiormente com os pulmões. Na extremidade inferior, a traqueia divide-se em dois
brônquios, o brônquio principal direito que penetra no pulmão direito, e o brônquio
principal esquerdo, destinado ao pulmão esquerdo. Cada brônquio principal divide-se
em unidades menores, os brônquios lobares, destinados aos lobos pulmonares. Os
brônquios lobares se subdividem em unidades menores, os brônquios segmentares,
destinados aos segmentos pulmonares. Os brônquios segmentares sofrem ainda
sucessivas divisões denominadas bronquíolos, antes de terminarem nos alvéolos. Estes
últimos são as estruturas funcionais do sistema respiratório e é nelas que ocorre a troca
gasosa. Todo este arranjo dá origem ao conjunto denominado árvore brônquica. .
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Pulmões: os pulmões são órgãos pares, possuem forma de pirâmide, sendo assim, têm
um ápice e uma base. Estão situados um de cada lado da coluna vertebral na cavidade
torácica e repousam sobre o diafragma. Eles são órgãos responsáveis pela hematose
(troca gasosa). Cada pulmão está dividido por fissuras em partes chamadas lobos. O
pulmão direito possui as fissuras horizontal e oblíqua, que o divide em três lobos
(superior, médio e inferior), e o pulmão esquerdo possui a fissura oblíqua entre os lobos
superior e inferior. Os alvéolos formam o tecido pulmonar.
Figura | Pulmões
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O principal músculo da respiração é o diafragma que atua na inspiração, junto com ele,
também atuam os intercostais externos. Na expiração atuam os músculos abdominais e
os intercostais internos. Esses músculos agem sobre a caixa torácica elevando ou
abaixando-a, contribuindo assim com a ventilação pulmonar, especialmente durante a
respiração profunda.
Fisiologia respiratória
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O controle nervoso dos músculos respiratórios é feito pelo centro respiratório que é
formado por agrupamentos neuronais situados no bulbo e na ponte do tronco encefálico.
Neurônios do centro respiratório do bulbo estimulam o diafragma e os intercostais
externos por meio dos nervos frênicos e intercostais, causando a contração desses
músculos e, consequentemente, ocorre a inspiração. Após alguns segundos se tornam
inativos e ocorre o relaxamento dos músculos e, em seguida, a expiração. O
agrupamento neuronal presente na ponte está ativo durante todo o ciclo da respiração,
ele interage com os neurônios do bulbo e interfere no ritmo da respiração, como na
realização de atividade física, ao dormir e ao falar, aumentando ou diminuindo a
frequência respiratória de acordo com a necessidade.
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O sistema digestório trata-se de um tubo cujo trajeto se estende desde a cavidade oral
até o ânus. A parte supradiafragmática é formada pela cavidade oral, faringe e parte do
esôfago, e a parte infradiafragmática, formada pela parte inferior do esôfago, estômago,
intestinos delgado e grosso.
Além dos órgãos que formam o tubo digestivo, existem os que são conhecidos como
anexos do sistema digestório, são eles: língua, dentes, glândulas salivares, fígado,
vesícula biliar e pâncreas
O sistema digestório pode ser dividido anatomicamente em duas partes com base na
localização do diafragma e do músculo da respiração, a parte superior é denominada
supradiafragmática e a inferior infradiafragmática.
- Absorção: passagem dos produtos digeridos do canal alimentar para o sangue e linfa.
- Cavidade oral: primeira parte do tubo digestivo em que se inicia o processo de quebra
dos alimentos, nela estão localizadas as glândulas salivares (parótida, submandibular e
sublingual) que secretam a saliva, importante para a mistura dos alimentos junto com a
ação dos dentes e musculatura da mastigação. Dessa forma, os alimentos são triturados
e moídos formando o bolo alimentar para em seguida ser deglutido.
- Faringe: órgão comum aos sistemas respiratório e digestório, recebe o bolo alimentar
da cavidade oral e o conduz ao esôfago.
- Esôfago: por meio das contrações peristálticas, transporta o bolo alimentar até o
estômago, ele possui o esfíncter esofágico que atua como uma válvula em sua parte
inferior, que restringe o fluxo alimentar impedindo o refluxo do alimento.
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Boca
Esôfago
Estômago
Fígado
Intestinos
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Após o alimento ser deglutido e passar pelo esôfago, ele chega ao estômago. Ele é
dividido em cárdia, onde desemboca o esôfago e ocorre a transição entre o esôfago e o
estômago, atua como válvula e impede o refluxo do alimento; fundo, região superior
que se projeta para o diafragma; corpo, sua maior parte; e piloro, parte final que se
comunica com o duodeno, local em que ocorre a liberação do alimento transformado em
quimo no intestino delgado.
O alimento, denominado quimo após chegar ao estômago, pode ali permanecer por 30
minutos a várias horas e se encontra parcialmente digerido. O processo de digestão
continua no intestino delgado, em sua primeira parte, denominada duodeno, o quimo é
neutralizado por secreções oriundas dos órgãos anexos, pâncreas, fígado e vesícula
biliar.
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A eliminação das fezes ocorre com a distensão do reto e relaxamento do esfíncter anal.
A contração dos músculos abdominais durante o esforço, facilita o esvaziamento do
intestino.
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Após a digestão dos alimentos e absorção dos nutrientes, o resto do alimento que não é
utilizado pelo organismo, passa para o intestino grosso, onde ocorre a absorção da água
e seu endurecimento. Existem glândulas na mucosa do intestino grosso que secretam
muco, responsável por lubrificar as fezes, facilitando seu transporte e eliminação.
Ainda no intestino grosso, estão presentes bactérias que dissolvem os restos dos
alimentos e combatem às bactérias estranhas que geram doenças infecciosas do sistema
digestório. As fibras vegetais contribuem com a formação da massa fecal, pois não são
digeridas e nem absorvidas, elas tornam as fezes macias e fáceis de serem eliminadas. A
presença de fezes no reto causa sua distensão e estimula as terminações nervosas ali
presentes, que iniciam o processo de defecação.
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Nos seres humanos, a excreção ocorre, principalmente, por meio da respiração e pela
eliminação de suor e urina. Portanto, na excreção, estão envolvidos diretamente os
sistemas respiratório, tegumentar e urinário.
O sistema urinário é formado por dois rins, que filtram o sangue e produzem a urina;
dois ureteres, que transportam a urina até a bexiga; pela bexiga urinária, na qual a urina
permanece armazenada por algum tempo; e pela uretra, responsável por eliminar a urina
para fora do corpo.
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Em um corte longitudinal do rim, pode-se observar uma zona cortical (mais externa), o
córtex renal, e uma zona medular (mais interna), a medula renal. Na zona cortical,
encontram-se os néfrons, as unidades funcionais dos rins, com função de microfiltros.
Na zona medular encontram-se as pirâmides renais, que se abrem nos cálices renais.
Estes, por sua vez, abrem-se na pelve renal, extremidade dilatada do ureter para onde
segue a urina produzida nos rins.
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Figura | Néfrons
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A uretra é o canal conectado à bexiga pelo qual a urina é eliminada. Ela difere entre os
dois sexos: no homem, é uma via comum para a micção e ejaculação e é maior; na
mulher, serve apenas à excreção da urina e é menor.
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Finalmente, as células das paredes dos túbulos regulam o pH do sangue, retirando íons
hidrogênio (H+) e íons amônio (NH4+), eliminando-os na luz do túbulo. O fluido final
que sai dos rins é a urina. Cada litro de urina formado por dia resulta de cerca de 150
litros de plasma filtrados pelos néfrons. A cada 40 minutos, todo o sangue do corpo
passa pelos rins.
A reabsorção de sódio, cloreto, cálcio e água, assim como a secreção de potássio pelos
túbulos renais, são afetadas por cinco hormônios, sendo eles: angiotensina II,
aldosterona, antidiurético, paratireoideo e peptídio natriurético atrial.
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A angiotensina II afeta o estado fisiológico dos rins de três maneiras: diminui a taxa de
filtração glomerular, provocando a vasoconstrição das arteríolas glomerulares aferentes;
aumenta a reabsorção de sódio, cloreto, cálcio e água no túbulo contorcido distal dos
néfrons, estimulando a ação dos contratransportadores de Na+-H+; e estimula a
liberação de aldosterona pelo córtex da glândula suprarrenal. O hormônio aldosterona
estimula as células dos ductos coletores a reabsorverem mais sódio e cloreto e a
secretarem mais potássio. Desta forma, mais água é reabsorvida, aumentando o volume
sanguíneo e a pressão arterial.
49 | P á g i n a
O sistema genital feminino inclui grupos de órgãos internos, que estão localizados
dentro da cavidade pélvica, são eles: ovários, tubas uterinas, útero e vagina; e órgãos
externos: monte púbico lábios maiores e menores, clitóris, bulbo do vestíbulo e
glândulas vestibulares maiores. Também, incluem-se neste sistema as mamas, que
atuam na fase da gestação, produzindo o leite materno através das glândulas mamárias.
• Ovários
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• Tubas uterinas
São as vias condutoras de gametas. São tubos, cuja extremidade medial se abre por
meio do óstio uterino da tuba na cavidade uterina. Por elas passam os óvulos que foram
expelidos pelo ovário e seguem até a cavidade uterina. Também, os espermatozoides
percorrem as tubas em direção oposta, e a fecundação, geralmente, ocorre em seu
interior.
• Útero
É o órgão que abriga o embrião até o seu completo desenvolvimento e nascimento. Tem
o formato de uma pera invertida e apresenta quatro partes: fundo, corpo, istmo e cérvix.
O corpo se conecta em cada lado com as tubas uterinas, e o fundo fica logo acima do
corpo. Este é a principal parte e se estende até o istmo, região mais estreitada. O istmo é
curto e a ele segue-se o cérvix, também conhecido como colo do útero, que se projeta na
vagina e com ela se comunica pelo óstio do útero.
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• Vagina
• Estruturas eréteis
O clitóris e o bulbo do vestíbulo são formados por tecido erétil, capaz de dilatar-se
como resultado de ingurgitamento sanguíneo. O clitóris é o homólogo do pênis no
homem e, mais particularmente, sua glande é uma estrutura extremamente sensível e
relacionada à excitabilidade feminina. O bulbo do vestíbulo é formado por duas massas
pares de tecido erétil, não são visíveis na superfície porque es tão profundamente
situados, recobertos pelos músculos bulboesponjosos. Quando cheios de sangue, se
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• Glândulas anexas
• Clitóris
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As mamas são anexas à pele, pois seu tecido é formado por glândulas cutâneas
modificadas que se especializam na produção de leite materno. As glândulas mamárias
são glândulas sudoríferas modificadas compostas de alvéolos mamários secretores e
ductos.
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Testículos são duas massas ovoides e lisas, situadas no escroto. São órgãos produtores
de espermatozoides e, a partir da puberdade, são produtores do hormônio testosterona,
responsável pelos caracteres sexuais secundários. O pênis e o escroto são órgãos
genitais externos visíveis na superfície do corpo.
São as vias percorridas pelos gametas masculinos desde o local onde são produzidos até
sua eliminação. São constituídos por túbulos e ductos do testículo, epidídimo, ducto
deferente, ducto ejaculatório e uretra.
São órgãos pares tubulares condutores de gametas. O epidídimo é a primeira parte das
vias condutoras, que se inicia nos testículos e termina na entrada do ducto deferente. Os
espermatozoides seguem, então, o trajeto desse ducto e são armazenados nele até o
momento da ejaculação, quando passam para o ducto deferente, o ducto ejaculatório e a
uretra, sendo eliminados para o exterior.
• Uretra
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• Glândulas anexas
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57 | P á g i n a
Os axônios neuronais são envolvidos por uma membrana chamada bainha de mielina, a
qual possui a função de isolamento elétrico, impedindo que as cargas elétricas presentes
na membrana dos axônios se dispersem. Dessa forma, existe a condução de impulso
nervoso nas fibras mielínicas, que apresentam a bainha de mielina, e nas fibras
amielínicas, que não apresentam bainha de mielina. Essa característica de fibras difere
na velocidade do impulso pelo axônio, sendo este maior nas mielínicas.
Figura | Sinapses
O potencial de ação trata-se de uma sequência rápida de eventos que diminui e reverte o
potencial de membrana e posteriormente o leva novamente para seu estado de repouso.
Apresenta duas fases, despolarização e hiperpolarização:
O Sistema Nervoso Central (SNC) apresenta uma camada mais externa, como se fosse
um revestimento, denominada substância cinzenta, composta pelos corpos dos
neurônios e, mais internamente, tem a camada denominada substância branca, esta por
sua vez é constituída pelos axônios e terminações dos neurônios. No bulbo e na medula
espinal essa disposição se inverte, a substância branca se situa externamente enquanto a
cinzenta, internamente.
O sistema nervoso é classificado de várias formas, uma delas é aquela que o divide em:
-Sistema Nervoso Central (SNC): composto pelo encéfalo e medula espinal, estão
contidos e protegidos pelo esqueleto axial, crânio neural e canal vertebral.
Outra forma de divisão do sistema nervoso é com base em sua função: somático ou de
vida de relação, atua nas relações que são percebidas por nossa consciência; e em
visceral ou vegetativo, atua de forma inconsciente, no controle e na percepção do meio
interno e das vísceras. Ambos, somático e visceral, possuem componentes aferentes
sensitivos e eferentes motores.
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Lobo frontal Lobo TemporaL Lobo Parietal Lobo Occipital Lobo da Ínsula
Lobos Funções
LOBO FRONTAL Processamentos complexos: cognição, planejamento e
iniciação dos movimentos
voluntários.
LOBO PARIETAL Área de projeção e processamento
somestésico.
LOBO TEMPORAL Área de projeção e processamento auditivo.
LOBO OCCIPITAL Área de projeção e processamento visual.
ÍNSULA Encontra-se oculta sob os lobos frontais e
temporais, emoções e extinto de
sobrevivência.
-Diencéfalo (tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo): o tálamo é uma região formada por
substância cinzenta, localizado entre tronco encefálico e o cérebro, é considerado a estação
retransmissora de impulsos nervosos sensitivos para o córtex cerebral, onde eles devem ser
processados. Dessa forma, as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos
receptores do olfato, obrigatoriamente passam por ele antes de atingir o córtex cerebral. O
tálamo, junto de estruturas do sistema límbico (que regula as emoções), também está
relacionado com o comportamento emocional. O hipotálamo está relacionado principalmente
com o controle visceral e hormonal, portanto, da homeostasia do organismo. O epitálamo está
relacionado com o sistema endócrino no controle do ritmo circadiano e juntamente do sistema
límbico no controle comportamental. O subtálamo está relacionado ao controle dos movimentos
junto ao córtex motor e de outros núcleos motores.
O Sistema Límbico é constituído por um grupo de estruturas que inclui hipotálamo, tálamo,
amígdala, hipocampo, corpos mamilares e giro do cíngulo. Todas estas áreas são importantes
para o controle emocional. O hipocampo está relacionado também com a memória e o
aprendizado.
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-Tronco encefálico: é constituído pelo mesencéfalo, ponte e bulbo, encontra-se entre a medula
espinal e o diencéfalo, ventralmente ao cerebelo. É responsável por receber informações
sensitivas de estruturas cranianas e controla os músculos da cabeça; transmite informações da
medula espinal para regiões encefálicas específicas, e também em direção contrária, do encéfalo
para a medula espinal (lado esquerdo do cérebro controla os movimentos do lado direito do
corpo; lado direito do cérebro controla os movimentos do lado esquerdo do corpo); regula a
atenção; recebem ou emitem fibras nervosas dos nervos cranianos, sendo que, dos 12 pares de
nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco encefálico. No bulbo estão os centros de controle
da respiração, do ritmo dos batimentos cardíacos e da pressão arterial.
-Medula espinal: assim denominada por estar dentro do canal espinal ou vertebral da coluna
vertebral, ela se estende somente até a primeira vértebra lombar, e na região lombossacral o
canal vertebral abriga a cauda equina. Nela encontram-se corpos neuronais motores e sensitivos
com seus respectivos axônios formando vias de fibras nervosas, as aferentes sensitivas, que
levam informações sensoriais da periferia até a região cortical no cérebro e as vias eferentes
motoras que trazem informações motoras elaboradas pelo córtex cerebral para os órgãos
efetuadores, por exemplo, o músculo.
Dessa forma, recebe impulsos sensoriais de receptores e envia impulsos motores a efetuadores
tanto somáticos quanto viscerais. Ela pode atuar em reflexos dependente ou independentemente
do encéfalo. Da medula emergem as raízes nervosas que vão formar os nervos responsáveis
pelos movimentos corporais.
Devido à importância do SNC, seus órgãos são protegidos tanto por estruturas esqueléticas
(caixa craniana protegendo o encéfalo e a coluna vertebral protegendo a medula) quanto por
membranas, denominadas meninges, são elas: dura-máter (a camada mais externa), aracnoide
(camada intermédia) e pia-máter (camada mais interna). Entre as meninges, aracnoide e pia-
máter, existe um espaço que é preenchido por um líquido, denominado líquido
cefalorraquidiano ou líquor, que participa do sistema de proteção do sistema nervoso,
absorvendo os impactos. Este líquido é renovado três vezes ao dia, a cada 8 horas .
Recordando, o sistema nervoso periférico é aquele que se situa fora do eixo do esqueleto axial.
É constituído pelos nervos, que são representantes dos axônios (fibras motoras e sensitivas); por
gânglios (aglomerado de corpos neuronais fora do SNC); por receptores eterminações nervosas.
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Na extremidade das fibras sensitivas existe o receptor, responsável por captar os diferentes
tipos de sensibilidades. A extensão dessas fibras se comunica com um nervo motor, responsável
pelos movimentos. Portanto, o sistema nervoso periférico é constituído por fibras que fazem a
conexão entre o sistema nervoso central e o órgão efetor, no caso da transmissão de impulsos
sensitivos; ou ao efetor, quando o impulso é motor. Os nervos se dividem em dois grandes
grupos: 31 pares de nervos espinais, que têm a origem a partir das raízes nervosas da medula
espinal que vão inervar os músculos, órgãos e glândulas do tronco e membros, e 12 pares de
nervos cranianos, que emergem do encéfalo e inervam na sua maioria músculos e órgãos da
cabeça e pescoço .
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Nervos Funções
Olfatório (I) Sensitivo especial: olfação.
Ótico (II) Sensitivo especial: visão.
Motor somático: movimento dos bulbosdos olhos e da pálpebra
superior.
Oculomotor (III)
Motor autônomo: acomodação da lente
para a visão e constrição da pupila.
Motor somático: movimento dos bulbosdos olhos.
Troclear (IV)
Misto:
Sensitivo: sensações táteis, álgicas e térmicas do escalpo, face e
cavidade oral(incluindo dentes e dois terços anterioresda língua).
Trigêmeo (V) Motor (branquial): mastigação e controle
da musculatura da orelha média.
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Os nervos espinais são constituídos de feixes de axônios que estão envolvidos por várias
camadas de tecido conjuntivo. Emergem de toda a extensão da medula espinal e são
responsáveis por conectar o SNC aos receptores sensitivos, aos músculos e às glândulas de todo
o corpo humano. São 31 pares de nervos espinais que são nomeados e numerados de acordo
com o nível que emergem da coluna vertebral.
Vamos entender como é formado o nervo espinal. Cada um deles é formado por uma raiz dorsal
motora e por uma ventral sensitiva. A raiz sensitiva com suas fibras adentra o gânglio sensitivo
e, após passar por ele, as raízes se unem e formam o nervo espinal, desta forma os nervos
espinais são mistos, ou seja, transmitem tanta informação sensitiva quanto motora.
Após a formação dos nervos, seus ramos anteriores, com exceção dos nervos torácicos de T2 a
T12, não encaminham diretamente aos seus respectivos órgãos efetores e, sim, formam redes
axônicas denominados plexos nervosos, estes se formam em ambos os lados da coluna
vertebral. Os principais plexos são: cervical, braquial, lombar, sacral e coccígeo. São
denominados de acordo com a região que vão inervar.
O sistema nervoso periférico (SNP) é dividido em três partes: sistema nervoso somático (SNS),
sistema nervoso autônomo (SNA) e sistema nervoso entérico (SNE). O SNS apresenta controle
sensitivo e motor, principalmente dos músculos estriados esqueléticos, de forma consciente. O
SNE controla o funcionamento do sistema digestório e antigamente era considerado parte do
SNA, sua ação é involuntária. O SNA apresenta neurônios sensitivos que captam informações
de receptores sensitivos autônomos, presentes em órgãos viscerais, e transmite para o SNC e
neurônios motores que conduzem respostas do SNC para estes órgãos viscerais, sendo assim,
sua ação é inconsciente e, portanto, involuntária.
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As diferenças entre esses dois componentes são: distribuição anatômica das fibras nervosas,
efeitos estimulantes muitas vezes antagônicos e tipos de substâncias transmissoras
(neurotransmissores) em geral diferentes.
Os nervos periféricos simpáticos, juntamente dos nervos espinais, apresentam sua origem nos
seguimentos torácicos e nos dois primeiros segmentos lombares da medula espinal. Eles chegam
até as cadeias simpáticas, que estão situadas uma a cada lado da coluna vertebral, com seus
gânglios simpáticos. Após passar por esta cadeia, os nervos terminais simpáticos se distribuem
por todo o organismo.
As principais funções do sistema nervoso simpático são: controle das glândulas sudoríparas
equilibrando a sudorese; controle da vasoconstrição da pele e consequentemente da perda de
calor pelo corpo; controle da pressão arterial e da frequência cardíaca; inibição dos movimentos
gastrintestinais e das secreções de suas mucosas, e aumento do metabolismo celular do
organismo como um todo.
-Neurônios pré e pós-ganglionares do sistema simpático: são transmitidos sinais simpáticos para
a periferia a partir de dois neurônios, o primeiro está localizado na coluna lateral da substância
cinzenta da medula espinal, sua fibra pré-ganglionar passa para a cadeia simpática onde faz
sinapse com o segundo neurônio no gânglio simpático. A fibra do segundo neurônio, a pós-
ganglionar, segue até o órgão efetor.
O sistema nervoso parassimpático, por sua vez, se origina a partir de vários nervos cranianos e
de segmentos sacrais da medula espinal. Alguns exemplos de ação deste sistema são: as fibras
parassimpáticas no nervo oculomotor, que controlam o foco da visão dos olhos, além da
dilatação das pupilas; as fibras parassimpáticas nos nervos vago e glossofaríngeo controlam a
secreção da saliva, o ritmo da frequência cardíaca, a secreção gástrica e pancreática e muitas das
contrações da parte superior do tubo gastrintestinal; e as fibras parassimpáticas, de origem
sacral, controlam o esvaziamento da bexiga e do reto.
O hipotálamo faz parte do encéfalo, sendo importante no controle das "funções vegetativas" do
organismo, ou seja, conjunto das funções orgânicas internas que são subconscientes, incluindo a
maioria das funções do sistema nervoso autônomo.
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O tálamo também faz parte do encéfalo e é responsável por determinar o tipo de sensibilidade,
denominado modalidade sensorial, em que um indivíduo experimenta um dos tipos de
sensibilidade, tato, pressão, frio, calor ou dor. Quando essa informação sensitiva é transmitida
do tálamo ao córtex sensitivo, é nele que esta informação se torna consciente, sendo possível
determinar de qual ponto do corpo a informação sensitiva se origino.
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Já o sistema endócrino apresenta uma resposta mais lenta, com resultado duradouro, e isto
acontece por meio da liberação de substâncias denominadas hormônios, os quais agem sobre o
órgão-alvo.
O sistema endócrino é formado por tecidos e glândulas que secretam produtos químicos
responsáveis por controlar grande parte das funções biológicas, denominados hormônios, os
quais agem em receptores específicos em tecidos-alvo. As glândulas endócrinas secretam esses
hormônios, que são conduzidos pela corrente sanguínea. Desta forma, essas glândulas, por meio
de seus hormônios, são responsáveis pelo crescimento, pelo funcionamento e pela regulação de
vários órgãos, por exemplo as características morfológicas masculinas e femininas, e também
podem influenciar no comportamento das pessoas. Portanto, os hormônios atuam na
manutenção da homeostasia do organismo, proporcionando excelente funcionamento. Também
existem as glândulas exócrinas, que são aquelas que secretam e liberam suas substâncias a partir
de um ducto que se abre diretamente no órgão- alvo, por exemplo as glândulas salivares.
•Hormônios locais: têm efeitos locais específicos e atuam em locais restritos, como: secretina,
que é liberada pelo duodeno e causa a secreção do pâncreas, e colecistocinina, liberada no
intestino delgado e atua na vesícula biliar. Ambos os hormônios atuam somente no sistema
digestório.
•Hormônios gerais: a maioria destes hormônios é secretada por glândulas específicas. Eles são
transportados no sangue para todo o corpo, causando reações diferentes, como a epinefrina
(adrenalina), secretada pela suprarrenal em resposta à estimulação simpática, e a insulina,
secretada pelo pâncreas, onde atuam em praticamente todas as células do organismo. Os
hormônios gerais têm ação endócrina, caem na corrente sanguínea e atuam longe do local de
produção.
Embora a maioria dos órgãos possa exibir atividade endócrina, os órgãos endócrinos mais
estudados são: hipotálamo; hipófise; tireoide; paratireoides; glândulas suprarrenais ou adrenais;
gônadas (testículos e ovários); Ilhotas de Langerhans pancreáticas e glândulas mamárias.
•Coração: produz o peptídeo atrial natriurético, que tem como função normalizar a volemia
sanguínea e a pressão arterial.
•Rins: produzem o calcitriol (vitamina D) e aumentam a absorção de cálcio pela via intestinal,
inibindo a excreção desse mineral pelos rins (urina).
•Glândula pineal: produz melatonina, a qual tem como principal função regular o sono, ou seja,
em um ambiente escuro e calmo, os níveis de melatonina do organismo aumentam, resultando
em sono.
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•Trato gastrintestinal: produz gastrina, colecistocinina, secretina, entre outros hormônios que
auxiliam no processo digestivo.
•Proteicos: a maioria dos hormônios pertence a esta classe e varia de tamanho, desde pequenos
peptídeos até pequenas proteínas. São hormônios secretados pela hipófise anterior e posterior,
pelo pâncreas (insulina e glucagon), pelas glândulas paratireoides (hormônio paratireoidianos),
entre outros.
•Aminados: são as aminas, secretados pela tireoide (tiroxina e triiodotironina) e pela medula
adrenal (epinefrina e norepinefrina).
O hormônio se liga aos receptores específicos na célula-alvo. Quando a célula não possui esses
receptores, o hormônio não é capaz de se ligar a ela e, consequentemente, não exercerá ação
sobre ela. As células que não têm receptores específicos para esses hormônios não respondem.
Assim, as glândulas endócrinas, por meio da secreção de seus hormônios, são responsáveis pelo
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•Hipotálamo e hipófise
O hipotálamo, além de ser responsável pelo funcionamento dos órgãos, regula a liberação e a
inibição dos hormônios da hipófise (principal glândula do corpo humano) por meio dos
hormônios hipotalâmicos ou fatores liberadores ou inibidores da hipófise. Também, produz os
hormônios ocitocina e antidiurético (ADH), que são estocados na hipófise posteriormente. Desta
forma, o hipotálamo recebe informações do sistema nervoso e secreta hormônios que atuam
sobre a hipófise.
A hipófise, também conhecida como glândula pituitária, é uma pequena glândula que se localiza
na base do crânio e se comunica com o hipotálamo, com o qual guarda importantes relações
anatômicas e funcionais. A hipófise é dividida em lobo anterior (adeno-hipófise) e lobo
posterior (neuro-hipófise).
- Prolactina: também conhecida como hormônio lactogênico, seu papel claramente estabelecido
é iniciar e manter a lactação e o desenvolvimento das mamas. A prolactina tem sua produção
regulada pelo hipotálamo. Outros fatores, como o sono profundo, o estresse, o exercício físico, a
amamentação e o estímulo táctil da mama também estimulam a liberação de prolactina, além
dos estrógenos.
- Glândula tireoide: a glândula tireoide mantém o metabolismo dos tecidos em nível funcional
adequado. O hormônio tireoidiano age estimulando o consumo de oxigênio das células do
organismo, ajuda a regular o metabolismo dos carboidratos e dos lipídeos, além de ser
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- Glândulas paratireoides: são quatro glândulas muito pequenas, localizadas na face posterior da
tireoide. Seu hormônio é o paratormônio. Sua função é regular o nível de íons cálcio e fosfato
no plasma sanguíneo (retira o cálcio dos ossos e libera no sangue). A redução da taxa de cálcio
no plasma causa o estímulo das paratireoides, que liberam seu hormônio. O paratormônio age
sobre as células ósseas, aumentando o número de osteoclastos e, consequentemente, promove a
absorção da matriz óssea. Já a elevação do cálcio plasmático diminui a produção de
paratormônio. Além de elevar o cálcio sanguíneo, o paratormônio reduz a taxa de íon fosfato no
plasma. Esse efeito é consequência de um aumento da perda de fosfato na urina. O
paratormônio diminui a absorção de fosfato do filtrado glomerular pelos túbulos do néfron,
aumentando a eliminação de cálcio.
- Glândulas suprarrenais ou adrenais: são duas, situadas sobre cada rim, compostas por duas
camadas, a cortical ou córtex da adrenal e medular ou medula da adrenal, podendo as duas
camadas ser consideradas órgãos distintos.
Córtex Adrenal: seus hormônios são: cortisol, esteroides de ampla ação sobre o metabolismo
dos carboidratos e das proteínas; e aldosterona (mineralocorticoides), essenciais na manutenção
do equilíbrio de sódio e do volume do líquido extracelular. A regulação principal da secreção
adrenocortical é exercida pela hipófise, no entanto a secreção de mineralocorticoides também é
influenciada por outras substâncias, como a angiotensina II, formada na corrente sanguínea pela
ação da renina, enzima secretada pelo rim. A angiotensina II também exerce importante função
na manutenção dos níveis normais da pressão sanguínea (pressão arterial).
- Glândula pineal: situada entre os hemisférios cerebrais, na parte superior do tálamo, possui
uma forma oval. Secreta o hormônio denominado melatonina, que é sintetizado a partir da
serotonina (um neurotransmissor). Essa glândula é estimulada por meio da luminosidade do
ambiente externo. As informações adquiridas pelo estímulo atingem a glândula através dos
impulsos nervosos, que têm origem na retina dos olhos. Esses impulsos alcançam o hipotálamo
e são conduzidos à medula espinal. Nesta, são conduzidos, através das fibras nervosas
simpáticas, até o cérebro, e finalmente atingem a glândula pineal. Em resposta a esses estímulos
luminosos, a glândula reduz a secreção da melatonina. Dessa forma, a quantidade de estímulo
de luz regula a secreção hormonal, portanto o hormônio sempre atingirá a concentração máxima
durante o período de sono.
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- Hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina: ADH tem como principal ação o aumento da
concentração da urina por meio do aumento da permeabilidade da água pelos túbulos coletores
dos rins, o que permite a maior quantidade de reabsorção de água para a corrente sanguínea.
Quando apresenta altas concentrações de ADH no sangue, ocorre a constrição das arteríolas e o
aumento da pressão arterial. Essa resposta pode ser importante durante um episódio de grave
hemorragia. A velocidade de liberação do ADH é controlada pela concentração do plasma e do
volume sanguíneo.
A estimulação da região genital também incentiva a liberação de ocitocina, tanto no ato sexual
como no momento do parto. Embora os homens também produzam ocitocina em resposta à
estimulação genital, o papel desse hormônio no sexo masculino é ainda desconhecido. Desta
forma, os efeitos fisiológicos da ocitocina são: estímulo da contração das células mioepiteliais
da mama com ejeção do leite e estímulo da contração da musculatura lisa uterina, com
importante papel no momento do trabalho de parto.
A secreção de ocitocina pode ser inibida e reduzida por algumas causas, como estresse
emocional; fatores psíquicos como o medo; ativação do sistema nervoso simpático; liberação de
adrenalina e noradrenalina; e, ainda, pela ingestão de álcool etílico.
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Ja nos seres vertebrados possuem pele constituida por duas camadas que sao: a mais
superficial a epiderme formada por varias camadas de celulas de epitelio estratificadas
e a mais interna a derme formada principalmente por tecido conjutivo.
Funcoes:
1.Protecao mecanica
4.Respiracao
5.secrecao
6.Identificacao sexual
Epiderme:e a camada mais superficial da pele ou seja aque mais esta em contacto com o
exterio, formado por tecido epitelial multiestratificado isto e formada por varias
camadas de celulas justapostas.
Anexos da Epiderme:
.Pelos
.Unhas
.Chifres
.Dentes
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Camadas:
.Basal
.Espinhosa
.Cornea
.Transparente
Camadas:
.Papilar
.Reticular
Tecido subcutaneo:
Sob a pele a uma camada de tecido conjutivo frouxoo tecido subcutaneo rico em
celulas quem armazenam gorduras. A camada subcutanea denomina se hipoderme, atua
como reserva de energia e nos protege contra choques mecanicos e isolamento termico.
Unhas e Pelos : estes sao constituidas por celulas epidermicas queratinizadas, mortas e
compactadas. Na base da unha ou pelos existem celulas se multiplicando empurando as
celulas velhas para cima. Estas ao se acumular queratina morrem e se compactuam
originando unha ou pelos.Cada pelo esta ligado a um musculo eretor que lhe permite a
movimentacao e a uma ou mais glandula sebacia que permite sua lubrificacao.
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