A Cor Do Racismo

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A COR DO RACISMO

O que teria levado Hitler a declarar: “… o extermínio dos judeus


será minha prioridade ao assumir o poder…”?
Qual a razão de nações inteiras optarem pelo uso de escravos
africanos?
Por que um movimento optaria por lemas como “Brasil para
brasileiros sem a presença de estrangeiros”?
O racismo é antigo, tão antigo quanto o pecado do homem. Você
já parou para pensar quantas barbaridades não se cometeram
em nome do preconceito racial?!

O que é Racismo?
Em toscas palavras, o racismo assim pode ser conceituado: é o
ato de colocar uma pessoa em situação de inferioridade,
subjugada, por causa de sua cor de pele ou etnia, em detrimento
de outra que, por causa de sua situação racial, se autodenomina
de “raça superior”.
Embora alguns usem o binômio: racismo e preconceito de modo
intercambiável, os estudiosos, contudo, costumam fazer
diferença entre eles. É que o racismo sempre será acompanhado
de alta dose de preconceito, mas nem sempre preconceito quer
dizer racismo. As manifestações preconceituosas podem
envolver muito mais que raça.
De um enfoque histórico esta questão definitivamente não se
restringe apenas a área da sociologia, mas se estende a quase
todos os campos de estudos humanos. Indo da religião à
psicanálise. Trata-se do preconceito racial que sem dúvida é um
dos grandes pivôs que dá cor à violência em nosso cotidiano.
A temática é uma questão candente do nosso tempo, está na
ordem do dia. Muito embora, tenha sido negligenciada por tanto
tempo, parece que agora as autoridades internacionais
acordaram para o assunto. Em 2001 foi realizada pela ONU a III
Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial,
Xenofobia e Formas Conexas de Intolerância, em Durban, na
África do Sul. Um dos objetivos era formar uma nova visão
mundial no combate ao racismo, ao preconceito e a intolerância.
“A discriminação entre seres humanos com base em raça, cor ou
origem étnica é uma ofensa à dignidade humana e será
condenada como uma negação dos princípios da Carta das
Nações Unidas, como uma violação dos direitos humanos e
liberdades fundamentais proclamadas na Declaração Universal
de Direitos Humanos, como um obstáculo para relações
amigáveis e pacíficas entre as nações, e como um fato capaz de
perturbar a paz e a segurança entre os povos.” (1)
Racismo no contexto brasileiro
Devido à espantosa miscigenação racial existente em nosso país,
que o coloca em uma situação impar no mundo, criou-se um
estereotipo de nação-paraíso das etnias. Na opinião de muitos, a
tolerância racial aqui é vista como em nenhum outro país do
mundo.
Não obstante essa visão mítica de “igualdade de raça”, o
contexto histórico brasileiro apresenta uma outra realidade. Não
se pode negar que o racismo faz parte do cotidiano de muitos
brasileiros. Ora, qual de nós nunca foi vítima desta prática
horrenda? Segundo o ex-diretor e assessor jurídico do Instituto
de Pesquisa e Culturas Negras, Dr. Luiz Fernando Martins da
Silva, “O Brasil possui a maior população negra fora da África. É a
segunda maior população negra do mundo, só inferior
numericamente à população do mais populoso país africano, a
Nigéria.”. Também a pesquisadora paulista Elza Berqui afirma
que a miscigenação brasileira atingiu os 21% em comparação
com os EUA que ficou em torno de 4%.
Apesar da grande parcela da população ser de origem negra, cuja
pujança não se pode negar no contexto histórico de nosso país,
não é raro encontrarmos cada vez mais brasileiros sendo vítimas
do preconceito racial.
Frases como “negão” e piadas de “preto”, já fazem parte, como
diria Jung, do inconsciente coletivo brasileiro.
Por exemplo, um artigo do jornal “O Estado de S. Paulo” de
24/09/96 – pag. A16 que trazia como subtítulo a seguinte frase
“Ex-funcionário alega ter sido demitido da Eletrosul, em Santa
Catarina, por ser negro.” é um exemplo típico do que estamos
falando. Este episódio é vivido diuturnamente e anonimamente
por milhares e até milhões de pessoas, no chamado país da
“tolerância”.
Mas quem pensa que a intolerância racial se restringe apenas à
raça negra está enganado, quem não se lembra do caso em que
um grupo de jovens ateou fogo num índio em Brasília?! O
preconceito alargou suas fronteiras, de seu alvo principal – a cor
da pele – atingiu a camada social, a religiosidade e a
nacionalidade. O pobre, o judeu, o índio, o protestante é tão
vítima da discriminação quanto é o negro. Isto porque o ser
humano tende a ter medo de tudo que é diferente, e essa
xenofobia contribui para levar à rejeição e por fim à resistência à
realidade da qual não se está habituado e nem pretende
compartilhar.
Ao analisarmos o boom do racismo é quase imperiosa a menção
a algumas entidades como a Ku Klux Klan e grupos como os
Skinheads que se tornaram notórios pela sua apologia ao
racismo que na defesa de uma nefanda ideologia de supremacia
racial deixaram e ainda deixam as marcas de suas atrocidades.
A Ku Klux Klan
Em 1866, no Estado do Tennessee, surge uma das mais
monstruosas instituições racistas que a sociedade norte
americana já conheceu – a Ku Klux Klan – formada por ex-
soldados do sul do país que serviram na guerra contra a abolição.
O grupo que já chegou a ter 4 milhões de filiados, deixou por
vários anos um rastro de terror e assassinatos que até hoje não
foi esquecido e indubitavelmente se tornou uma mancha na
história da nação que é considerada a “terra da liberdade”. Com
os rostos e corpos cobertos por lençóis brancos costumavam
queimar cruzes na frente da casa das pessoas que queriam
intimidar, principalmente de raça negra. Suas primeiras ações
eram voltadas ao combate ao voto dos negros. Depois a
intolerância se alargou para outros grupos minoritários tais como
os judeus, hispânicos, simpatizantes dos direitos civis e outros.
Mas não pense que a Klan foi algo sui generis, não, na verdade
grupos menos conhecidos de discriminação racial afloravam na
época como a Irmandade Branca (White Brotherhood), os
Homens da Justiça (Men of Justice), os Guardiões da União
Constitucional (Constitutional Union Guards) e os Cavaleiros da
Camélia Branca (Knights of White Camelia). Pasmem! O
movimento até hoje sobrevive e possui até site na Internet.

Os Skinheads *
Os Skinheads, também conhecidos por “carecas” são
notadamente mais recentes que a Ku Klux Klan. Contudo, não
menos violentos. São grupos de jovens nacionalistas. Apesar de
muitos classificá-los como nazistas, na verdade apenas um grupo
no Brasil se identifica com o nazismo – os White Powers (Força
Branca) – o mais radical de todos eles. Existem várias facções
diferentes dentro do movimento cada qual com ideologias
próprias, “por exemplo, enquanto os White Powers pregam
contra os nordestinos, homossexuais, judeus e negros, os
carecas do ABC só se opõe aos homossexuais e estrangeiros”,
explica Rosan Roberto da Silva, que foi um dos primeiros
integrantes dos carecas do ABC, hoje convertido ao Evangelho. Já
o sociólogo Sérgio Vinícius de Lima Grande, autor da dissertação
de mestrado Violência Urbana & Juventude em SP, acredita que
esta facção apesar de apoiar o anti-semitismo e o preconceito
contra os homossexuais, “não é a favor da discriminação racial”.
Todavia, se nessa diversidade há algo que os une é sem dúvida a
violência e o preconceito, seja de uma forma ou de outra. Esse
espírito nacionalista tem levado muitos destes jovens a
cometerem terríveis atrocidades em nome dessa ideologia. Um
caso que chocou o Brasil foi a morte do adestrador de cães e
homossexual Edson Neri da Silva, de 35 anos. Ele foi espancado
até a morte por Skinheads na Praça da Republica em São Paulo.
“Estes jovens praticam violência por nada, não existe uma razão,
a violência está no centro do movimento”, conclui Rosan.

A Internet como meio de divulgação do racismo


A internet tem sido um dos meios mais eficazes para esses
grupos disseminarem suas propagandas racistas. Sites de grupos
extremistas polulam na rede mundial de computadores. Segundo
o Southern Poverty Law Center, em Alabama, o número de
grupos racistas americanos havia crescido de 1997 a 1999, 30%,
hoje já chegam a quase 600 só nos EUA. “São nada menos que
duas mil páginas divulgando receitas para eliminar qualquer
pessoa que não seja da raça branca. Em abril de 1995, quando
aconteceu em Oklahoma um dos maiores atentados terrorista da
história americana, havia apenas uma página na rede”. Wade
Handerson, diretor-executivo da Leadership Conference on Civil
Rights — a maior entidade americana de direitos humanos dos
EUA e que agrupa 185 entidades aposta em combater este tipo
de crime usando a mesma arma dos racistas: “Não temos como
censurar a Internet. Uma solução é divulgar idéias de cidadania”,
afirma. Algumas entidades chegam até a oferecer serviços de
bloqueios de sites racistas como é o caso da Anti Defamation
League (ADL).
Três Questões insuperáveis para os racistas
Primeiro, a Bíblia declara veementemente que não há diferença,
inclusive, até proíbe que se faça acepção (discriminação) de
pessoas:
“Mas se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo por
isso condenados pela lei como transgressores.” (Tiago 2:9)
As escrituras Sagradas não é menos enfática ao igualar toda a
humanidade debaixo de uma só condição espiritual visto sob
dois enfoques antagônicos: todos somos criados a imagem e
semelhança de Deus (Gênesis 1.26), este é o lado positivo e;
“todos os homens pecaram” (Romanos 3.23), este é o lado
negativo da condição espiritual. Se as divisões antropológicas
sugeridas estiverem corretas, isto é, as raças caucasóide
(“branca”), negróide (“negra”) e mongolóide (“amarela”), não
importa, todas elas perante Deus são iguais. Por isso, Paulo,
inspirado pelo Espírito Santo afirma que “… de um só fez toda a
geração dos homens, para habitar sobre toda a face da
terra”(Atos 17:26).
Por isso em Cristo não deve existir nem “judeu nem grego; não
há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos
vós sois um em Cristo Jesus.” (Gálatas 3.28).
Daí considerarmos o racismo mais que um pecado social, mais
que mera questão de cultura. O racismo é uma heresia e das
mais perniciosas, pois desobedece e distorce a Palavra de Deus
quanto à irmandade de todos os homens enquanto empreende
uma luta irracional em prol da superioridade de determinada
raça.
Contudo, a Bíblia nos mostra o caminho para vivermos em
harmonia não importando as diferenças, “pois para com Deus
não há acepção de pessoas.” Romanos 2:11.
“Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas”
Atos 10:34
Segundo, é que do ponto de vista jurídico não há respaldo para
tal prática criminosa. O Dr. Eliézer de Mello Silveira que presta
assistência jurídica ao Centro Apologético Cristão de Pesquisas –
CACP, alerta para o fato de que “também a nossa Legislação
Pátria (vide inciso XLII, do artigo 5º da Constituição Federal de
1988), atribui crime inafiançável a prática do racismo, sujeita à
pena de prisão”. Mas durante muito tempo nossa legislação
negligenciou essa questão, de maneira lenta o racismo passou de
mera contravenção penal para crime imprescritível.
E por último, além das razões de cunho espirituais e legal acima
expostas, o racismo deve ser repelido também por questão de
lógica até: ora, inadmissível crer que se possa determinar, por
exemplo, o grau de inteligência, a personalidade ou o seu caráter
em razão de sua cor de pele ou nacionalidade. “Ora, desde
quando caráter, inteligência, ou quaisquer tipos de valores é
medido por intermédio de pigmentos enxertados na pele de um
ser humano ou de sua etnia?”, acrescenta o advogado.
Segundo estudos recentes o genoma de um africano pode ter
mais semelhanças com o de um norueguês do que com alguém
de sua idade. A diferença entre as varias “raças” existentes varia
entre 3% a 5%. Em outras palavras, as raças existem mais devido
a fatores culturais que biológicos.

Racistas de Cristo: isso é possível?


“Nós, a Ku Klux Klan, reverentemente reconhecemos a
majestade e supremacia de Jesus Cristo e reconhecemos sua
bondade e divina providência. Erguemos nossos rostos para Deus
nosso pai, reconhecendo que este país foi fundado como uma
nação Branca sob seus propósitos tais como revelados na
Sagrada Escritura.” (Credo dos Cavaleiros da Ku Klux Klan do
Texas.) (2)
Se é considerado errôneo e repugnante ver uma pessoa humilhar
e rejeitar uma outra por considerar-se superior a ela, quanto
mais terrível não seria ver tais pessoas tentando justificar esse
procedimento apelando para fatores religiosos? A problemática
espelha um verdadeiro paradoxo. Na verdade, uma contradição.
Pois, com efeito, ninguém em sã consciência poderá dizer, ao
menos sem causar embaraço, que embora sirva a Jesus Cristo,
que pertence a uma denominação religiosa cristã, se sinta
superior a uma pessoa em razão dessa pessoa ser de uma raça
diferente da sua: ser negro, ser branco, ser japonês, ser índio,
judeu, por exemplo.
Mas por incrível que pareça é essa a postura defendida pela seita
conhecida como “Igreja Mundial do Criador”. A seita foi fundada
em 1971 na Flórida por Ben Klassen, um ex-corretor de imóveis.
É a organização racista que mais cresce nos EUA segundo o jornal
The New York Times. Eles possuem um livro chamado “White
Bible” (Bíblia Branca) onde pregam o ódio contra judeus e negros
e defendem a supremacia da raça branca. Baseado nesta nefasta
ideologia Benjamin Nathaniel Smith, membro ativo de extrema
direita da seita que chegou a trocar seu nome para August Smith,
porque considerava seu nome “excessivamente judeu”,
assassinou 1 coreano, 5 judeus e 3 negros, por que os
consideravam “pessoas sujas”. A seita possui sites pela Internet
onde chega até recrutar crianças para seu evangelho de horror.

Os negros nas garras das seitas


Entretanto, apesar da Bíblia, da lei e da lógica serem argumentos
demasiadamente fortes contra esta prática pecaminosa, muitos
que se dizem espelhar sua conduta na pessoa de Cristo,
autodenominando-se “cristãos”, se sentem superiores a outrem
por causa da “inferioridade” da cor ou da etnia alheia. Nos
séculos passados a escravidão e o tráfico negreiro foram apenas
conseqüência dos postulados religiosos da época. No Brasil
colonial, dominado espiritualmente pela ordem religiosa dos
Jesuítas, os negros não tiveram a mesma sorte que os índios,
enquanto estes eram protegidos pelos religiosos (porque contam
alguns, que na época, cria-se que os negros não tinham alma,
portanto não poderiam praticar religião), aqueles não recebiam
nenhum apoio formal da Igreja Católica quanto a isto.
Apesar das seitas advogarem hoje em dia uma ética racial
diferente da que foi praticada no passado, nunca é demais
mostrarmos o que estes grupos religiosos criam e ensinavam no
início a respeito dos negros. É bom lembrarmos também, que
enquanto mantinham esta postura preconceituosa (ainda que
rebuscada de argumentos mil com o fito de camuflar suas ideias
racistas), reivindicavam ao mesmo tempo (como se dá ainda
hoje) ser, cada qual, o “único caminho de salvação” para o
homem.

O que as seitas diziam sobre os negros?


Veja abaixo o preconceito racial que era pregado entre algumas
seitas no início do movimento. Observe a terminologia
discriminatória e as sutilezas fraseológicas com que eram
empacotadas tais declarações:

1. Os Mórmons e sua teologia racista


“Devo dizer-vos qual é a lei de Deus com relação à raça africana?
Se o homem que pertence à semente escolhida [mórmon]
misturar seu sangue com a semente de Caim [negros], a
penalidade, sob a lei de Deus, é a morte no local. ISSO SEMPRE
SERÁ ASSIM.” (Brigham Young, Journal of Discourses *jornal de
sermões], vol. 10, pág. 110)
“Vós vedes algumas classes da família humana que são pretas,
incultas, indecentes, desagradáveis e baixas em seus hábitos,
selvagens e aparentemente privadas de quase todas as bênçãos
da inteligência que em geral são concedidas à humanidade…”
(Joseph Fielding Smith, The Way to Perfection [O caminho para a
perfeição, página 102]

2. Adventistas do Sétimo Dia: conselhos preconceituosos.


“Mas há uma objeção ao casamento da raça branca com a preta.
Todos devem considerar que não têm o direito de trazer à sua
prole aquilo que a coloca em desvantagem; não têm o direito de
lhe dar como patrimônio hereditário uma condição que os
sujeitariam a uma vida de humilhação. Os filhos desses
casamentos mistos têm um sentimento de amargura para com
os pais que lhes deram essa herança para toda a vida”.
(“Mensagens Escolhidas – vol.2” CPB, Sto. André, SP – 1985 págs.
343 e 344).
“Em resposta a indagações quanto à conveniência de casamento
entre jovens cristãos de raças branca e preta, direi que nos
princípios de minha obra esta pergunta me foi apresentada, e o
esclarecimento que me foi dado da parte do Senhor foi que esse
passo não deveria ser dado…Nenhuma animação deve ser dada a
casamentos dessa espécie entre nosso povo…” ( op.cit.)

3. Testemunhas de Jeová. Negros: raça inferior criada por


Jeová
“As raças negra e latina provavelmente sempre serão inclinadas
à superstição.” (Torre de Vigia de Sião de 1/4/1908, p. 99 – em
inglês)
“…É verdade que a raça branca exibe algumas qualidades de
superioridade sobre qualquer outra… há grandes diferenças na
mesma família caucasiana… O segredo da maior inteligência e
aptidão dos caucasianos, indubitavelmente é, em grande
medida, para ser atribuído à mistura de sangue dentre seus
diversos ramos; e isto foi evidentemente forçado em larga
medida pelo controle divino.” (Torre de Vigia de Sião de
15/7/1902, p. 216 – em inglês)
4.Espíritismo: a reencarnação apoia o racismo
“Nascer, morrer, renascer é o trabalho continuo a que está
sujeito o espírito, passando por todas essas transições, desde o
tipo boçal ao gênio. Não importa saber quantos milhares de anos
foram precisos para tomar as feições humanas, o tempo que
demorou na raça indígena e Na Preta, Até Chegar À Branca, e
nem as várias nacionalidades que adotou na sua trajetória…”
(Contribuições para o Espiritismo, Alexandre Dias, 2 ed., Rio de
Janeiro, 1950, pg. 19) (conferir Allan Kardec, O que é o
Espiritismo, Edição da Federação Espírita Brasileira, Brasília, 32a
edição, sem data, pp. 206-207)
Deus não tolera o racismo
O espírito kukluxKlaniano desses grupos acima demonstram a
falta de conhecimento bíblico de seus líderes, pois se lessem as
Escrituras Sagradas encontrariam várias citações contra o
preconceito racial como por exemplo: “Meus irmãos, não tenhais
a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção
de pessoas.” Tiago 2:1. Com isto na mente e no coração, jamais
teriam cometido esse pecado. Sabendo que muitos da raça negra
tiveram participação importante no desenrolar da história
bíblica, tais como: Simão o Cirineu, a Rainha de Sabá, o Eunuco
etíope, Simão o Níger, Lúcio, líder da igreja em Antioquia. Na
história da Igreja Cristã destaque para os mestres negros
Tertuliano, Orígenes, Atanásio, Agostinho e outros.
Mas então por que o racismo achou guarida dentro da igreja?
Segundo o pastor e sociólogo Paulo de Souza Oliveira uma das
razões que levou a essa teologia racista foi devido “…à ganância
das nações Européias que lotearam, entre si, o continente
africano e desenvolveram uma doutrina poligenista, que advoga
o surgimento de casais diferentes. Ensinavam que negros e
Asiáticos não descendiam de Adão e Eva…” (4)
Conclusão

Já dizia Jacques d´Adesky, “Na luta contra o racismo, o silêncio é


omissão”. Mas só isto não basta, é preciso mais.É necessário
mais que denúncia, é preciso conscientização, sobretudo bíblica.
O racismo não pode subsistir numa sociedade humana, pois é
herético do ponto de vista bíblico; irracional do ponto de vista
lógico; e do ponto de vista ético: imoral, maldoso e desumano.
Devemos afastar essa falsa idéia de supremacia racial em
detrimento das demais pessoas só porque são diferentes. Não
podemos ser coniventes com isso. Definitivamente, Deus não
tolera o racismo. Se há aqueles que ainda persistem nessa idéia,
sugiro que olha para o Evangelho, pois se existe uma raça
superior ela se encontra em Deus, pois só Ele é superior. É
necessário voltarmos nossa mente e ideais para Jesus Cristo. Ora,
diz a Bíblia que àquele que está em Cristo é nova criatura; pois
em Cristo tudo se faz novo, tudo se iguala: o negro e o branco, o
escravo e o livre o judeu e o gentio, todos são um só em Cristo
Jesus. O verdadeiro Cristianismo é isso: igualdade entre nós.
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Notas de Referências
(1) Declaração sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação Racial, ONU, 1963.
(2) texasknights.com
(3) Jornal “O Alerta” ano I vol. II (CACP)
(4) Revista Defesa da Fé nº 64
*(Um filme esclarecedor sobre o assunto é “Uma outra História
Americana”)
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Prof. Paulo Cristiano da Silva

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