Estruturas de Madeira e Metálica - Aula 01 - Introducão

ESTRUTURAS DE MADEIRA
INTRODUÇÃO
Disciplina: Estruturas de Madeira e Metálicas
Aula 01
Professor: Robson Welder Rodrigues Pio
ESTRUTURAS DE MADEIRA E METÁLICAS
Horários:
Segunda-feira: 21:00h
Quarta: 19:00h
Nota semestral:
T.A = 1,00 Ponto
A.S. = 2,00 Pontos
Avaliação = 7,00 Pontos
Aprovados media semestral acima de 7,00
Data das avaliações:

1ª Avaliação: 05/10/20
2ª Avaliação: 07/12/20
Cronograma:
1º Bimestre: Estruturas de Madeira
2º Bimestre: Estruturas Metálicas
Ementa:
Ø Estruturas de madeira: a madeira como elemento estrutural;

ü Estados limites;
ü Dimensionamento de peças tracionadas, comprimidas esbeltas,
medianamente esbeltas e curtas;
ü Dimensionamento à flexão simples e oblíqua;
ü Dimensionamento de ligações em madeira.
ü Cálculo de ação de vento em coberturas.
ü Estudos de casos de projetos.
Ø Estruturas metálicas: o aço como elemento estrutural;

ü Estados limites,
ü Dimensionamento de peças tracionadas e comprimidas;
ü Dimensionamento à flexão;
ü Dimensionamento de ligações por pinos e soldadas.
ü Estudos de casos de projetos
Bibliografia básica:
[1] CALIL JUNIOR, C.; MOLINA, J. C. Coberturas em Estruturas de Madeira: Exemplos de Cálculo. São Paulo: PINI,
2010.
[2] PITTA, J. A. A. Ações devidas ao vento em edificações. São Carlos: EdUFSCar, 2001.
[3] PFEIL, W.; PFEIL, M. Estruturas de Aço Dimensionamento Prático. 8. ed. São Paulo: LTC, 2009
Bibliografia complementar:
[1] BEER, F. P.; JOHNSTON JR., E. R.; DEWOLF, J. T.; MARUZEK, D. F. Mecânica dos materiais. Porto Alegre:
AMGH, 2015.
[2] MOLINTERNO, A. Caderno de Projetos de Telhados em Estruturas de Madeira. 4. ed. São Paulo: Blucher,
2010.
[3] PINHEIRO, A. C. F. B. Estruturas Metálicas: cálculos, detalhes, exercícios e projetos. 2. ed. São Paulo:
Blucher, 2005.
[4] SOUZA, A. S. C. Dimensionamento de elementos e ligações em estruturas de aço. São Carlos: EdUFSCar,
2017.
[5] VELLASCO, P. C. F. S.; ANDRADE, S. Comportamento e Projeto de Estruturas de Aço. São Paulo: Elsevier,
2016.
ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO
Generalidades
• Orgânico;
• Vegetal;
• Abundante;
• Renovável na natureza.
• Pela facilidade de ser trabalhada, e grande quantidade disponível, sempre foi muito
utilizada na construção civil.
• Em que pese o fato de que as chamadas aqui no Brasil “Madeiras de Lei”,

denominação das espécies correspondentes às Dicotiledôneas, terem sido muito
exploradas nas décadas passadas e hoje existirem apenas em regiões longínquas aos
grandes centros consumidores, existe uma enorme quantidade de espécies
reflorestadas, e que podem continuar a servir à Construção Civil.
Generalidades
Podemos avaliar o seu vasto emprego, pelas respectivas aplicações :

a) Em obras definitivas :
a.1) pontes
a.2) estruturas de cobertura
a.3) casas e edifícios em geral
b)Em obras provisórias:

b.1)escoramentos
b.2) andaimes
b.3) ensecadeiras
c) Como material auxiliar : formas para estruturas de concreto
d) Como material de acabamento :

d.1) lambris
d.2) forros
d.3) vistas e rodapés
Generalidades
Para uma aplicação racional da madeira, devemos compor um painel comparativo das
suas vantagens e desvantagens, e assim estabelecer um critério adequado da escolha
do material a ser utilizado na solução da estrutura de uma certa obra.
Vantagens :
a) Elevada resistência mecânica :
b) Facilidade de ser trabalhada :

Qualquer carpinteiro pode, com ferramentas simples, construir os detalhes necessários à
execução da grande maioria das estruturas usuais de madeira.
Generalidades
c) Ótimo isolamento térmico:

A madeira cumpre muito bem a função térmica que as construções de modo geral
requerem : uma ilustração disto é a apresentação dos valores do coeficiente de
condutibilidade térmica de alguns materiais conhecidos :
d) Obtenção do material em local próximo à obra :

Este é um fator comprovado mesmo em regiões consideradas remotas.
Generalidades
Desvantagens :
a) Falta de Homogeneidade :
a.1) Anisotropia :
É a variação das propriedades físicas e mecânicas, conforme a direção
considerada da peça.
Generalidades
Radial + Tangencial “direção normal às fibras”.
Longitudinal “direção paralela às fibras”.
a.2) Variação das propriedades físicas e mecânicas dentro da própria espécie.

a.3) Apresentação de defeitos
b) Higroscopia :
É a variação dos volumes e das resistências mecânicas, conforme varia o teor de umidade da
madeira.
c) Durabilidade limitada quando desprotegida :
Isto acontece por conta dos ataques de fungos e/ou insetos. No entanto, processos de secagem e
tratamentos preservativos adequados, podem garantir durabilidade de até 50 anos, ou mais.
d) Defeitos :
A maior ou menor quantidade de ocorrências determina a qualidade das amostras (dos lotes que as
amostras representam).
Propriedades Físicas da Madeira
Umidade :
A determinação da umidade de amostras de madeira deve ser feita obedecendo o que prescreve a
NBR-7190, no seu “ANEXO B”.
Umidade :
Densidade :
Retratibilidade :
É a redução das dimensões das pecas de madeira, ocasionada pela saída da agua de impregnação.
Esta propriedade apresenta-se com valores diferentes de acordo com a direção considerada das
fibras da madeira.
Resistencia da madeira ao fogo :

Ao contrario do que se pensa, a madeira não tem baixa resistência ao fogo. A peça exposta ao fogo
torna-se combustível para a propagação das chamas, porem, após alguns minutos de queima, a
camada externa carbonizada torna-se um isolante térmico, retardando o efeito do incêndio.
Durabilidade Natural :
Varia de acordo com com as características de cada espécie. A baixa durabilidade natural pode ser
compensada por tratamentos preservativos.
Resistencia Química :
A maior parte das espécies de madeira conhecidas têm boa resistência à ação química, fato pelo
qual a solução é muito adotada em ambientes com agressividade química.
Propriedades Mecânicas da Madeira
• PROPRIEDADES ELÁSTICAS :
Ø Módulo de Elasticidade Longitudinal (E): De acordo com a NBR-7190 :

E0 = obtido do ensaio à compressão da madeira
Ø Módulo de Elasticidade Transversal (G): Poderá́ ser estimado, de acordo com a

NBR-7190 :
Ø Coeficiente de POISSON (v): Não é referido pela NBR-7190.

• PROPRIEDADES DE RESISTÊNCIA :
Ø Resistencia à compressão :
a) compressão paralela às fibras : fc0

b) compressão normal às fibras : fc90
c) compressão inclinada em relação às fibras :fc∝
Para sua determinação, utiliza-se a expressão de HANKINSON :
Ø Resistencia ao cisalhamento :
a) cisalhamento vertical:
Não é critico; muito antes da ruptura por cisalhamento, ocorre ruptura por
compressão normal.
b) cisalhamento horizontal:
c) cisalhamento perpendicular:
Ø Resistência à flexão simples :
Na flexão simples, ocorrem quatro tipos diferentes de solicitações :
a) Compressão paralela às fibras, no banzo superior, para momentos positivos.

b) Tração paralela às fibras, no banzo inferior, para momentos positivos.
c) Cisalhamento horizontal entre as fibras.
d) Compressão normal às fibras, na região dos apoios.
Ø Resistência à torção :
É um fenômeno pouco conhecido e estudado na madeira. A NBR-7190
recomenda evitar a torção de equilíbrio nas estruturas.
Ø Resistência ao choque :
É a capacidade (acentuada na madeira) de absorver energia pelas deformações.
Tipos de Peças de Madeira
• Maciças :
Ø Madeira roliças ou bruta : troncos, na sua forma natural, sem casca.
Ø Madeira serrada : seções comercialmente disponíveis, de seção retangular.

• Industrializadas :
Ø Madeira compensada : chapas produzidas com lâminas de pequena

espessura, sobrepostas, coladas entre si, com a orientação das fibras
alternadamente dispostas.
Ø Madeira laminada colada : secções retangulares convencionais, de comprimentos

variáveis, compostas por lâminas de espessura média (aproximadamente 2 a 3
cm), sobrepostas, coladas entre si, com a orientação das fibras paralelamente
disposta
• Industrializadas :
Ø Madeira recomposta : chapas produzidas por fibras de madeira de comprimentos

pequenos (~ até 10 cm), recompostas sem a necessidade de orientação das
mesmas. São conhecidas como painéis OSB (Oriented Strand Board).
Dimensões Comerciais das Pecas de Madeira
A tabela 1 dá uma noção da nomenclatura utilizada na Construção Civil no Paraná, com as
dimensões expressas em centímetros :

Tipos de Estruturas de Madeira
Treliças e Tesouras :
A solução tipo “PRATT” quase não é usada em estruturas de madeira, apesar da geometria
apresentar a conveniência de barras comprimidas mais curtas e barras tracionadas mais longas, do
que na solução tipo “HOWE”. A razão é a grande dificuldade em dar solução às ligações das
mesmas.
As tesouras tipo BELGA e BOWSTRING são variações que raramente são usadas, mas que podem ter
aplicação justificada, para atender condições especiais.

Vigamentos :
Bastante usado para a confecção de pisos, em que vigas são dispostas a distâncias pequenas entre
si, dando apoio a peças transversais e tábuas, ou dando apoio diretamente às tábuas.
Arcos :
Podem ser treliçados ou de seções compostas por laminas de madeira laminadas e coladas.

Pórticos :
Pontes :

Escoramentos :
Formas para concreto :


Edifícios em geral :

Resumindo...
Ø Generalidades
Ø Propriedades Físicas da Madeira
Ø Propriedades Mecânicas da Madeira
Ø Tipos de Peças de Madeira
Ø Dimensões Comerciais das Peças de Madeira
Ø Tipos de Estruturas de Madeira
Próxima aula...
Ø Ações e segurança nas estruturas de Madeira

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Aprovados media semestral acima de 7,00

Data das avaliações:

Ø Estruturas de madeira: a madeira como elemento estrutural;

Ø Estruturas metálicas: o aço como elemento estrutural;

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

• Em que pese o fato de que as chamadas aqui no Brasil “Madeiras de Lei”,

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

Podemos avaliar o seu vasto emprego, pelas respectivas aplicações :

b)Em obras provisórias:

c) Como material auxiliar : formas para estruturas de concreto

d) Como material de acabamento :

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

a) Elevada resistência mecânica :

b) Facilidade de ser trabalhada :

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

c) Ótimo isolamento térmico:

d) Obtenção do material em local próximo à obra :

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

Radial + Tangencial “direção normal às fibras”.

Longitudinal “direção paralela às fibras”.

a.2) Variação das propriedades físicas e mecânicas dentro da própria espécie.

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

Propriedades Físicas da Madeira

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

Propriedades Físicas da Madeira

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

Propriedades Físicas da Madeira

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

Propriedades Físicas da Madeira

Resistencia da madeira ao fogo :

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Propriedades Mecânicas da Madeira

Ø Módulo de Elasticidade Longitudinal (E): De acordo com a NBR-7190 :

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

Propriedades Mecânicas da Madeira

Ø Módulo de Elasticidade Transversal (G): Poderá́ ser estimado, de acordo com a

Ø Coeficiente de POISSON (v): Não é referido pela NBR-7190.

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

Propriedades Mecânicas da Madeira

a) compressão paralela às fibras : fc0

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

Propriedades Mecânicas da Madeira

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

Propriedades Mecânicas da Madeira

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Propriedades Mecânicas da Madeira

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

Propriedades Mecânicas da Madeira

Ø Resistência à flexão simples :

Na flexão simples, ocorrem quatro tipos diferentes de solicitações :

a) Compressão paralela às fibras, no banzo superior, para momentos positivos.

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

Propriedades Mecânicas da Madeira

ESTRUTURAS DE MADEIRA – INTRODUÇÃO

Tipos de Peças de Madeira

Ø Madeira serrada : seções comercialmente disponíveis, de seção retangular.

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