SABÃO

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adicione 100 mL de álcool etílico* e misture até ficar pastoso.

Neste momento adicionar essência e


ornamentos se preferir. Verter em moldes. Deixar em repouso até endurecer.
*Observação: O etanol pode ser uma infusão com suco de limão, canela, cravo, chá, ou algo que
produza cor ou odor agradável.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CÂMPUS LAGES

Professor: Marcel Piovezan

Prática 13: Preparação de sabão cheiroso

Materiais e Reagentes

Qtde Qtde
Óleo usado 500 mL Detergente de coco 50 mL
Desinfetante pinho 20 mL Bastão de madeira 1
NaOH 50 g Becker 1L e 100 mL e 500 1 cada
Moldes 1 Proveta
mL de 100 mL 1
Espátula 1

3. Procedimento experimental

Em um Becker de 1 L colocar 50 g de NaOH e dissolva usando 50 mL de água, misture bem até dissolver toda a
base (cuidado com o aquecimento provocado pela solubilização do hidróxido). Lentamente e misturando sempre vá
acrescentando 500 mL de óleo usado coado. Misture bem por 20 minutos. Em seguida, adicione 50 mL do
detergente de coco e misture. Em seguida adicione 20 ml do desinfetante pinho sempre misturando bem. Verter
em moldes. Deixar em repouso até endurecer.

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Professor: Marcel Piovezan
Prática 14: Sabonete Artesanal de Abacate, Aveia e Cinza
Introdução: A polpa de abacate deve estar maduro sedo rico em vitamina A, D e E e fonte de ácido graxo. A aveia
em flocos tem função esfoliante. O suco de limão é conservante natural. A base NaOH é o agente saponificante; O
óleo comestível ou usado e filtrado ou virgem ou óleo de coco é fonte de ácidos graxos. Por fim as cinzas devem ser
peneiradas retirando os pedaços maiores sendo fonte de sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo e outros
elementos saponificantes.
 Materiais e Reagentes
Qtde Qtde Qtde
Abacate 200 g Espátula metálica 2 Becker de 100 mL 3
Flocos de aveia 1g Espátula de madeira 1 Colher metálica 1
Suco de limão 0,5 mL Chapa de aquecimento 1 Caixas de leite 1
Soda Cáustica (NaOH) 15 g faca 1 Balança 1
Óleo comestível 20 mL liquidificador 1 Proveta de 100 mL 1
Cinzas peneiradas 18 g Becker 1L 1 termômetro 1

Preparo:
Passe a polpa do abacate pelo processador de alimentos (liquidificador ou mixer), juntamente com o sumo de limão,
depois coloque a massa já homogênea em Becker de 1 L e acrescente a soda cáustica. Separadamente, aqueça o óleo
a aproximadamente 60 oC, junte a massa de abacate em seguida acrescente a aveia e as cinzas. Bata por 30 min.
Despeje em forma de silicone ou caixas forradas com plástico ou papel vegetal. Espere secar por 24 ou 48 horas, ou
até secagem. Desenforme e corte. Deixe curar durante uns 20 dias antes de usar, a cura neutraliza a soda cáustica.

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Professor: Marcel Piovezan
Prática 15: Sabonete líquido Natural
Introdução
Para produção de um sabonete natural a substância responsável pela conversão dos triglicerídeos (óleos) em
sais de ácido graxos (sabões) não é a soda cáustica vendida no comércio, e sim utiliza-se o hidróxido de potássio
(KOH). O motivo pelo qual substitui-se o hidróxido de sódio pelo de potássio é que o primeiro produz sabonetes de
consistência mais dura e o de potássio sabonetes líquidos mais moles. Quanto à escolha da fonte de triglicerídeo
(óleos ou gorduras. As gorduras sempre produzirão sabonetes mais duros e os óleos mais moles. Na obtenção de
sabonetes mais moles, desejado para um sabonete líquido, opta-se pela combinação de óleos como fonte de
triglicerídeos e KOH como agente saponificador. Outros componentes importantes são:
Ácido bórico: dupla finalidade: a primeira é controlar o pH do sabonete, evitando que este fique com muita soda e, a
segunda, evitar aparecimento de uma película dura na superfície do sabonete líquido.
Açúcar:pequenas quantidades são utilizadas para evitar “nuvens” no sabonete líquido, que reduz a transparência.
Glicerina: ajuda a aumentar a transparência do sabonete e a manter a pele úmida após seu uso.
Materiais e Reagentes
 1 panela para banho Maria ou equipamento de banho maria.
 1 colher de madeira.
 1 fogão.
 1 termômetro de com capacidade de leitura de até 120 °C.
 Papel para medir o pH.
 1 balança.
 3 becker.
Materiais
Dividiremos o material em três grupos: os óleos, a solução de soda e outros
componentes.
Óleos
 30 g de óleo de soja.
 30 g de óleo de milho.
 30 g de óleo de canola.
Solução de soda
 17 g de água.
 17 g de hidróxido de potássio.
Outros materiais
 2,0 g de ácido cítrico ou ácido bórico.
 2,5 mL de essência de erva-doce.
 5 gotas de corante alimentício da cor verde.
 4,0 mL de álcool.
 4,0 g de glicerina.
 2,0 mL de extrato glicólico de erva-doce.
 2,0 g de açúcar.

Procedimento
1. Pesar os óleos que irão fazer parte da formulação.
2. Colocar os óleos em um Becker de 250 mL e aquecer em banho-maria dentro de uma panela até
a mistura atingir temperatura em torno de 75 ºC.
3. Pesar o hidróxido de potássio e medir a quantidade de água para sua dissolução.
4. Colocar em um becker a água em seguida adicionar o KOH, mexendo até ele se dissolver
totalmente.
o Não utilizar água quente.
o Evite respirar os vapores, pois são tóxicos.
5. Quando a temperatura da solução de KOH estiver em torno de 60 ºC adicionar lentamente
esta solução sobre a mistura de óleos enquanto mexe os óleos vigorosamente com colher de pau
ou com o mixer.
6. Bata a massa até ela ficar com uma aparência cremosa, semelhante a polenta mole.
o A saponificação com hidróxido de potássio é muito mais lenta que a obtida com o
hidróxido de sódio. Uma pequena quantidade de álcool deverá aumentar a velocidade de
saponificação.
7. Cozinhe em banho-maria até ficar com aspecto semitransparente.
8. Após a massa ficar com aspecto semitransparente, adicione álcool para que toda a massa fique
líquida, use o mixer se for necessário para ajudar a dissolver a massa.
o Não coloque álcool em excesso, só o necessário para deixar a massa líquida.
9. Espere a massa esfriar totalmente e neste momento neutralize o sabonete. Um sabonete
líquido deve ter seu pH entre 8,0 e 9,0.
o Medir o pH da solução com o papel indicador.
o Utilizar uma solução de ácido bórico 20% (m/v) para neutralizar o sabonete.
10. Após o pH estar corrigido acrescente água quente para diluir a massa até a concentração
desejada.
o Abaixo uma tabela com as quantidades necessária para fazer as diluições
o Para retirar todo o álcool do sabonete líquido, deixe a massa cozinhando até o cheiro de
álcool ter sumido completamente.
11.Retire do banho-maria.
12.Quando a temperatura do sabonete estiver abaixo de 40 ºC acrescente a essência.
13.Em seguida adicione algumas gotas do corante e o extrato glicólico e misture bem.
14.Coloque o sabonete líquido em um pote de vidro ou plástico transparente que possa ser
fechado e deixe descansar por uma semana.
o Este tempo de descanso serve para que qualquer turbidez eventualmente produzida pela
essência ou pela presença de sabão não solúvel seja depositado no fundo do frasco.
o Caso forme uma película esbranquiçada no fundo do pote, retire o líquido claro com
cuidado para não misturar novamente estas impurezas.
o Manter o pote em lugar fresco e sem luz direta.
15.Após o período de descanso e da separação das impurezas acrescente a glicerina e o açúcar
(dissolvido no mínimo de água possível, dado: solubilidade da sacarose 1,97 g/mL de água).
Percentagem de diluição
Comercialmente os sabonetes têm sua concentração dada em referência à massa do “sabão
verdadeiro”. A massa do “sabão verdadeiro” é dada pela soma das massas dos óleos contidos na
fórmula e da soda seca utilizada para saponificá-los. Dessa forma a massa da água e dos demais
aditivos utilizados na formulação não são contabilizadas.
Percentagem de “sabão verdadeiro” Água adicionada para cada 1 kg de massa
15 % 3 kg
20 % 2 kg
25 % 1,40 kg
30 % 1 kg
35 % 0,71 kg
40 % 0,5 kg
Para construir a tabela anterior, supôs que o sabonete líquido tinha inicialmente 60 % de
“sabão verdadeiro” em sua formulação, assim podemos calcular a
quantidade de água a ser acrescentada a 1 kg de massa para obter uma concentração de 30 %:
30 % = 60 %
1+x
30 + 30 x = 60
30 x = 30
x = 1 Kg
É importante observarmos que o peso do álcool adicionado para fazer a massa ficar líquida
dever ser somado como se fosse água. Evidentemente se todo álcool foi evaporado, seu peso não
deve ser considerado.

Bibliografia
MERCADANTE, R., ASSUMPÇÃO, L. Sabonetes líquidos: sintéticos e naturais. 2010. p.21

Cálculos:
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Prática 16: Preparação de sabão transparente

Introdução

A fabricação de sabão pode ser considerada como um dos mais antigos processos químicos realizados pelo homem
(cerca de 5000 anos antes de Cristo). Conforme Plínio, o célebre naturalista romano, o invento do sabão deve-se aos
gauleses, que se serviam dele como cosmético para tornar lustrosos os cabelos, fabricando este produto com
gorduras animais e cinzas. Consta, também, que esses "inventores" teriam atingido certo grau de desenvolvimento,
pois teriam fabricado duas qualidades de sabão: o duro e o mole. A fabricação caseira de um sabão rústico é
bastante simples, bastando aquecer uma gordura animal ou vegetal (sebo, banha, gordura de coco, etc.) com uma
solução aquosa concentrada de soda cáustica (NaOH) em uma proporção aproximada de 50% desta última em relação
à graxa. A mistura é cozida durante uma hora ou mais e após é vertida em moldes para endurecer. O sabão é de
baixa qualidade, pois contém, além de impurezas e subprodutos da reação, quantidades apreciáveis de álcali que não
reagiu. O processo químico que ocorre durante a fabricação do sabão é conhecido como "saponificação" e consiste na
hidrólise de um éster por uma base. As gorduras são constituídas fundamentalmente de triglicerídeos, que são
ésteres de ácidos carboxílicos de cadeia longa com o álcool conhecido como glicerol ou glicerina (Figura 1). A
glicerina pode ser removida ou mantida na composição final. Ela age como um umectante, absorvendo umidade do ar,
e como emoliente, tornando a pele mais macia.

Figura 1. Esquema da reação de


saponificação.

Na Figura 1, os grupos R representam fragmentos de ácidos carboxílicos de cadeias longas (geralmente de 12 a


18 carbonos), denominados ácidos graxos, que podem ser diferentes uns dos outros na mesma molécula. A molécula
do sabão é constituída de duas partes: uma cabeça polar e uma cauda apolar. Quando dissolvido em água, acima de
uma concentração mínima (concentração micelar crítica, CMC) o sabão forma micelas (Figura 2). Na presença de
partículas hidrofóbicas de graxa ou sujeira, essas partículas penetram na micela. A parte polar (hidrofílica) das
moléculas do sabão permite sua solubilização na água e posterior remoção (Figura 2).

Figura 2. Corte transversal de uma micela.

Na fabricação industrial do sabão são utilizados pelo menos dois tipos diferentes de gorduras e óleos, pois cada
um deles contribui com diferentes propriedades para o produto final. Os ácidos graxos predominantes definem as
principais características dos sabões. Por exemplo, maiores quantidades de óleos produzem sabões mais macios. A
cera de abelha torna o sabão mais duro. Um excesso de óleo de coco torna o sabão mais quebradiço. O óleo de coco é
muito usado porque é barato e produz um eficiente efeito de limpeza com uma espuma macia. Deve-se usar água
deionizada na preparação dos sabões, visando evitar a reação dos mesmos com os íons duros presentes na água
comum, que induz à precipitação, além da contaminação com impurezas, que pode levar à obtenção de cor. Sabões
opacos podem se tornar transparentes pela adição de etanol, glicerina e açúcar (sacarose), que impedem a formação
de cristais. Os produtos empregados na fabricação dos sabões transparentes devem ser de elevado grau de pureza,
sendo que o óleo de coco, o sebo refinado e o óleo de rícino são os mais usados. A adição de leite hidrata a pele e
produz um sabão com consistência cremosa. Quando toda água é substituída por leite, esse precisa ser congelado
antes da adição da base para prevenir a desnaturação das proteínas. Nas águas chamadas "duras", isto é, águas que
contém grandes concentrações de íons divalentes de cálcio e magnésio e trivalentes de ferro, o sabão não consegue
atuar porque esses íons formam precipitados com os ânions dos ácidos carboxílicos de cadeias longas, conforme
mostrado na Figura 3.

Figura 3. Reação de um sabão genérico em água dura.

Uma maneira de solucionar este problema é adicionar à água, antes da adição do sabão, um pouco de carbonato
de sódio para precipitar os íons indesejados na forma de carbonatos. Outra solução para que se possam fazer
limpezas com águas "duras" é a utilização de detergentes sintéticos no lugar de sabões. Os detergentes são
constituídos por longas cadeias alquila contendo pelo menos um grupo funcional, que pode ser aniônico, catiônico,
anfótero ou não iônico. Detergentes aniônicos incluem os grupos sulfato, sulfonato ou fosfato. Os detergentes
catiônicos são geralmente haletos de amônio quaternário. Detergentes não-iônicos são ésteres, éteres ou amidas. Na
Figura 4 são mostradas as fórmulas de alguns detergentes comerciais. Um dos primeiros detergentes desenvolvidos
foi o laurilsulfato de sódio, porém seu custo era muito elevado. A partir de 1950 foram desenvolvidos detergentes
mais baratos, conhecidos como alquilbenzenosulfonatos (ABS), obtidos a partir do petróleo, os quais se tornaram
muito populares. Entretanto, esses detergentes apresentavam problemas ao meioambiente uma vez que não eram
degradados pelas enzimas bacterianas devido às suas cadeias altamente ramificadas (observados pela espuma
persistente nos rios, acarretando em uma maior mortandade de algas pela dificuldade de realizar a fotossíntese,
mortandade de peixes pela diminuição da quantidade de oxigênio na água pela decomposição das algas, etc.). A partir
de 1966 foram substituídos pelos detergentes do tipo LAS (alquilbenzenosulfonatos com cadeia alquila
predominantemente linear), com grande diminuição do impacto ambiental, uma vez que as bactérias conseguem
degradar cadeias que tenham somente uma ramificação.

Figura 4. Fórmula molecular de alguns detergentes


comerciais.

Objetivos
 Sintetizar um cosmético biodegradável

Materiais e Reagentes

Qtde Qtde
Óleo de mamona (óleo de rícino) 6g
Óleo de coco 21 g aromatizante -
Azeite de oliva 3g Becker 250 mL e 50 mL 1 cada
etanol 12 mL Pipeta graduada de 10 mL 1
NaOH sólido Bastão de vidro 1
sacarose 5,56 g Chapa de aquecimento -
glicerina 7,4 g Moldes

Procedimento experimental

Mistura A - Colocar 6 g de óleo de mamona, 21 g de óleo de coco, 3 g de óleo de oliva em um becker de 250 mL.
Mistura B - Em becker de 50 mL Preparar uma solução contendo 4,53 g de NaOH em 10 mL de água destilada,
depois de dissolvido acrescente 12 mL de etanol.
Mistura C - Em becker de 50 mL preparar uma solução com 5,56 g de sacarose em 5 mL de água destilada e 7,4 g de
glicerina.

Preparo do sabão
Aquecer a Mistura A agitando continuamente até a fusão das gorduras. Lentamente introduzir a Mistura B
homogeneizando sempre. Manter em aquecimento e agitação por até 2 minutos (um odor adocicado deverá ser
produzido). Adicionar a Mistura C e homogeneizar bem. Manter a agitação e aquecimento por mais 1 minuto e
resfriar a 60 oC. Misturar bem e verter em moldes. Deixar em repouso até endurecer.

Questionário:

1. O que é saponificação?
2. Por que é preferível a hidrólise básica na fabricação do sabão e não a catalisada por ácido?
3. Quais são as características estruturais do sabão que fazem dele um bom agente de limpeza?
4. Por que um sabão não consegue atuar quando forma precipitado (águas duras)? Por que o
detergente é mais eficiente do que o sabão em águas duras?
5. O que é detergente biodegradável?
6. Que moléculas dão odor adocicado ao sabão? A que função orgânica pertencem?
7. Mostre como é produzido o acetato de etila a partir de ácido acético e etanol em meio ácido.

Referências

1. PAVIA, D. L.; LAMPMAN, G. M.; KRIZ, G. S.; ENGEL, R. G. Introduction to Organic


Laboratory Techniques – a Small Scale Approach. Saunders College Publishing Orlando.
USA. 1988.

2. MABROUK, S. T. J. Chem. Educ. 82, 1534 (2005).

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