Revista Oikos
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1. RESUMO
2. ABSTRACT
The study is based on the Iratapuru community in the state of Amapá and aimed
to understand how the community perceives, organizes, and relates to living space.
Methodologically, a set of approaches was used such as structured interviews and Rapid
Participatory Diagnosis -DRP, in order to grasp and understand the most significant
forms of socioeconomic and cultural organization. As a result, it was found that the
relationship built between the community, the forest and the river is essential to
maintain the way of life and that this organization of space in the environment
1
Este trabalho é fruto de uma pesquisa realizada pelo autor para estudos de licenciamento ambiental do
Aproveitamento Hidrelétrico no Rio Jari no estado do Amapá, coordenado pela empresa Ecology Brasil.
O autor agradece a empresa Ecology Brasil, pelo financiamento do trabalho de campo.
2
Doutor em Ciências, Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA/UFRRJ). Professor de
Extensão Rural do Departamento de Economia Rural da Universidade Federal de Viçosa, MG (e-mail:
[email protected]).
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corresponds to a traditional pattern that moves through the way these people relate to
house, forest, river, agricultural cycle and labor relations.
Keywords: Space. Community. Amazon.
3. INTRODUÇÃO
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4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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O Vale do Jari é uma região que tem fusões importantes, ou seja, ao mesmo
tempo em que abriga um dos maiores parques brasileiros o Parque Nacional Montanhas
do Tumucumaque, registram-se também grandes empreendimentos de exploração de
caulim, essências florestais, celulose dentre outros, que causam grandes impactos
socioambientais na região.
A ocupação do Vale do Jari pode ser definida por diversos momentos distintos,
inicialmente está relacionado à ocupação indígena de diversas etnias como Waiãpi,
Aparaí, Wayana, Tiriyós, katxuayana, Karanã, Kastumi entre outras, sendo que essas
duas últimas já se encontram extintas. Esses povos praticavam a caça, a pesca e a
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Coronel era uma designação dada aos grandes fazendeiros de terras no Brasil do século XIX e início do
Século XX e que possuía grande influência política em suas regiões.
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Além dos migrantes nordestinos a mão de obra nas terras do coronel era formada
por negros e caboclos. Assim, a região foi se consolidando como atrativa para
migrantes, oriundos principalmente dos estados do Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande
do Norte e Paraíba. A forma de relação de trabalho imposta na região era o aviamento,
modelo herdado dos antigos seringais, que consiste numa espécie de relação trabalhista
imposta pelos senhores de terras da região Amazônica.
O aviamento segundo Castelo (1999) é um mecanismo de relação trabalhista que
consiste na expropriação imposta pelos fazendeiros aos trabalhadores. Dentro do
sistema de aviamento o fazendeiro ficava responsável por fornecer ao trabalhador:
crédito, bens de consumo, mercadorias de que necessitava e instrumento de trabalho.
Sendo que o trabalhador ficava obrigado a vender sua produção ao barracão do
fazendeiro. Caso o trabalhador não entregasse a produção ao barracão do fazendeiro as
punições eram severas. É importante destacar que as mercadorias vendidas pelos
fazendeiros para os trabalhadores tinham preços sempre astronômicos e por isso os
extrativistas ficavam sempre endividados, mantendo uma relação de dependência.
Nesse período, algumas vilas foram fundadas ou consolidadas como
Arumanduba, (sede das terras do Coronel), Padaria e Santo Antônio. O reinado de José
Júlio Andrade durou de 1899 a 1948, nesse período por pressões da população local,
contra os desmandos desse proprietário, o obrigaram a vender suas terras e abandonar a
região.
Em 1948, o Coronel vendeu as terras para cinco empresários portugueses. Que
criaram três empresas para gerenciar a exploração de produtos extrativistas e agrícolas
da região, as empresas foram a Jari Indústria e Comércio, a Companhia Industrial do
Amapá para a comercialização dos produtos e a Companhia de Navegação Jarí S.A, que
tinha comprado os barcos do Coronel Andrade, para o transporte nacional.
O principal empresário do grupo era o português Joaquim Nunes de Almeida,
que residia na área na localidade de Jarilândia (hoje um distrito do município de Vitoria
do Jari, no Sul do estado do Amapá). Desta forma, os portugueses trouxeram uma visão
mais empresarial para o local e novos negócios foram abertos que não eram explorados
na fase anterior, como por exemplo: a exportação de madeira, principalmente, para
Portugal e Inglaterra, sendo considerado um dos maiores negócios da fase dos
portugueses, essa madeira era exportada nos portos de Jarilândia e a ilha do Cajari no
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Amazonas. “A madeira era exportada em toras, toda ela de essências de várzea, como
Macacaúba (Plastymisciumulei) e a Sucupira (Bonwdchéa nitida), que eram as mais
valorizadas” (LINS, 2001, p. 107).
Além disso, por causa do crescimento da região com a exploração de minério na
região da Serra do Navio, os portugueses passaram a investir na produção agrícola,
provocando mudanças significativas nos sistemas de produção das comunidades do
Vale do Jari, ou seja, os portugueses adotaram novas técnicas de produção agrícola na
região.
No entanto, as condições de exploração do trabalhador foram às mesmas
existentes na época do coronel, ou seja, continuaram mantendo o sistema de aviamento,
“os recursos eram coletados pelos seringueiros e castanheiros no interior da floresta e
juntados nos ‘barracões’, pontos estratégicos na beira do rio, onde os ‘donos’ passavam
regularmente de barco para resgatar a produção dos extrativistas” (GREISSING, 2010,
p.47).
No final da década de 1960 (1967), os portugueses com dificuldades em
administrar a área, por causa dos conflitos com os posseiros e a entrada de outros
compradores dos produtos como a castanha, fizeram com que o grupo vendesse as terras
para o norte-americano Daniel Ludwig, por cerca de US$ 3 milhões numa extensão de
terra equivalente a uma área de 1.632.121 hectares sendo 1.174.391 ha no estado do
Pará, município de Almerim e o restante no Território Federal do Amapá (atual estado
do Amapá), no município de Mazagão. Posteriormente, foi criado o município de
Laranjal do Jari, também conhecido como Beiradão, na margem esquerda do rio Jari.
Destarte, o norte Americano Daniel Ludwig fundou a Jari Florestal e
Agropecuária que ficou conhecido com Projeto Jari. A intenção era substituir a floresta
nativa por uma plantação homogênea de uma planta denominada Gmelina arbórea para
a fabricação de celulose, matéria-prima do papel, (atualmente está sendo cultivado no
projeto eucalipto), além disso, pretendia-se explorar jazidas de caulim, pecuária,
agricultura de arroz de várzea e outras culturas como banana, dendê, e foi construída
uma área industrial.
Ademais, outros projetos de infraestrutura foram edificados como: distrito de
Monte Dourado, estradas, portos e trapiches, campo de aviação e rede elétrica. Esses
investimentos promoveram grandes transformações socioeconômicas na região e nos
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Uma comunidade isolada nunca é típica de uma região ou uma nação. Cada
qual tem suas próprias tradições, suas histórias particular, suas variações
especiais do modo de vida regional ou nacional (WAGLEY, 1988, p.43).
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com cerca de 10 moradores que foram desenhando no chão o esboço da vila, ao mesmo
tempo em que contavam a história de transformação do lugar.
Destarte, logo abaixo na figura 02, é possível apresentar o mapa final da vila na
perspectiva de seus moradores. No mapa é possível perceber que os aparatos coletivos
como: gerador de energia (09), galpão de secagem da castanha (10), sede da cooperativa
(28), casa de SEMA (30), igreja (31), ficam nas áreas centrais da vila. A exceção é a
escola (37) que foi construída depois num local mais afastado do rio. Percebe-se
também, que cerca de 20 casas ficam nas palafitas próximas ao rio e as demais casas
ficam numa área mais afastada do rio.
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casa, “acima de tudo como entidades morais, de esferas de ação social, províncias éticas
dotadas de positividade, domínios culturais institucionalizados e, por causa disso capaz
de despertar emoções” (p. 14).
Nesse sentido, a maioria dos moradores de Iratapuru, pela proximidade com o
rio, têm suas casas construídas em palafitas, que são edificações suspensas sobre o rio.
Assim essas casas são uma forma de conviver com os ciclos naturais (chuva e seca), na
região, pois a casa na palafita é uma forma conviver com o período de cheias, mantendo
a proximidade do rio.
A principal matéria prima utilizada na construção é a madeira, com piso desse
material, e com coberturas de palha, e que geralmente tem em média 15 anos de
utilização. Fotos 1 e 2 abaixo demonstram o modelo de casa da Vila de Iratapuru.
Destaca-se também, que algumas casas são construídas em áreas mais distantes dos rios,
neste caso a única diferença para as que estão na beira do rio, são que elas não possuem
palafitas.
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dispersas ou até mesmo isoladas, do centro da vila em regiões denominadas como: São
Francisco, Munguba, Piuquara, São José e São Militão. (ECOLOGY BRASIL, 2008).
Em média as casas da vila têm quatro cômodos, sendo que a cozinha, geralmente
é construída numa área externa a casa, podendo até ter algumas laterais abertas para
facilitar a saída da fumaça. Segundo os entrevistados, a cozinha é feita fora da casa para
evitar que ao preparar os alimentos a fumaça do fogão de lenha, não enfumace o resto
da casa. Na cozinha, é onde fica o fogão de lenha construído pelos próprios moradores.
Nas cozinhas onde existem paredes as panelas ficam armazenadas como se fossem
ornamentos decorativos e não necessariamente utilitários. A cozinha também é o local
onde as pessoas mais próximas da família são recebidas convívio, sem a necessidade de
interrupções das tarefas.
A sala é o espaço onde se encontra os aparelhos eletrônicos da casa, com os
quadros de santos e as fotos da família pendurados na parede. Na sala de algumas
famílias é possível encontrar redes que são utilizadas para o descanso e também o
material utilizado na coleta da castanha como paneiro (espécie de balaio), além de
algumas ferramentas utilizadas nos roçados ou em pescaria.
Heredia (1979) chama atenção para a importância da moradia como um dos
aspectos relacionados ao universo simbólico de seus moradores, assim como aspectos
associados ao trabalho e à produção de subsistência, relacionados à moradia, pois, para
a autora, é o trabalho no roçado que possibilita o consumo familiar, adquirindo o roçado
um caráter dominante sobre a casa.
Em muitas casas não se dispõe de banheiro e quando ele existe é uma casinha
nos fundos das habitações com um sanitário. A água utilizada tanto para consumo como
para o banho vem do rio Iratapuru, seu tratamento é basicamente a cloração
(hipoclorito) que é feita pelos próprios moradores, através de cloro fornecido pela
Companhia de Água e Esgoto do Estado do Amapá. De acordo com os entrevistados, a
companhia deu um treinamento para os moradores da região para que os mesmos
pudessem tratar a água antes de utilizá-la. Porém, O destino final da água utilizada nas
casas é a céu aberto nos fundos ou nas laterais das suas casas, em alguns casos ficando
ali empossada. Sobre o banho, os moradores disseram que preferem tomar no próprio
rio Iratapuru.
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feijão, cara, arroz e o cultivo de algumas espécies frutíferas como: banana e melancia.
Normalmente, essas culturas são plantadas distantes da vila, adequando-se assim, as
condições impostas pela natureza.
Além desses roçados, as famílias da comunidade criam pequenos animais
(galinha e porcos), pescam e caçam. É importante destacar que nas portas das casas é
possível encontrar alguns canteiros suspensos onde se plantam temperos e plantas
medicinais.
O tamanho da roça varia de acordo com o número de membros na família, ou
seja, da mão de obra disponível para as atividades e/ou da necessidade alimentação, mas
normalmente esses roçados variam em torno de um a dois hectares. Foi possível
identificar em algumas fases do trabalho na roça, alguns tipos de ajuda mútua como a
troca de dias ou o mutirão, que é uma prática muito comum nesse tipo de agrupamento
que “consiste essencialmente na reunião de vizinhos, convocados por um deles, a fim de
ajudá-lo a efetuar determinado trabalho: derrubada, roçada, plantio, limpa, colheita,
malhação, construção de casa, fiação, etc.” (CANDIDO, 1987. p. 68). Assim, essa
relação pode ser vista como uma das manifestações de solidariedade mais importantes
na sociedade camponesa brasileira.
É importante destacar que esse tipo de ajuda é encarado de forma voluntária
pelos participantes do mutirão. Entretanto, ele poderia ser observado como um conjunto
de obrigações como dar, receber e retribuir. Quem recebe o benefício da troca tem a
obrigação de retribuir o favor recebido. Esse ciclo, que pode ser chamado de dádiva, foi
analisado por Mauss (2003) em sociedades tradicionais, nas quais o autor analisou a
presença da dádiva como um valor que estabelece conexões entre indivíduos e grupos.
A dádiva representa uma forma de contrato denominado de sistema de prestações totais
(potlatch), que são feitas, sobretudo, de forma voluntária, por presentes, regalos, embora
sejam no fundo obrigatórias. Desta forma, os moradores da comunidade de Iratapuru
procuram construir uma relação de ajuda mútua em períodos que a demanda de trabalho
na roça é maior.
Em se tratando das principais culturas cultivadas estas são basicamente
plantadas para garantirem a alimentação direta e imediata da família. A forma de
manejo utilizada é a roça de toco. Nesse tipo de roça, o primeiro trabalho consiste em
cortar a vegetação rasteira com facão e depois com machado derrubar as árvores, depois
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deixa o mato e os tocos secaram para serem queimados. Esse é um sistema agrícola
tradicional que utiliza práticas de manejo que possibilitam a manutenção da
sustentabilidade dos recursos naturais existentes desmatando somente aquilo que é
necessário para o sustento da família. Depois de alguns anos aquela área é abandonada
para que ela se recupere e descanse. Neste caso, as famílias procuram outra área para
iniciar todo o processo. Nas fotos 3 e 4 é possível observar uma típica roça de toco.
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passar do tempo a área que está sendo utilizada é abandonada para que a mata se
recupere e outra área é escolhida.
Segundo Toledo (1990), agrupamentos com essas características estão sempre
criando mecanismo de exploração que visem à conservação e auto-preservação do meio
aonde vivem. Ainda segundo o autor, a crise ecológica gerada pelos modelos de
exploração agrícola, tem contribuído para a revalorização dos sistemas tradicionais de
uso da natureza e retomando práticas tradicionais de manejo dos recursos naturais como
referência alternativa de produção que sejam ecologicamente viáveis e até mesmo
conservacionistas.
O espaço da roça pode ser visto, também, como um local de reprodução de
conhecimento, uma vez que os pais ensinam aos filhos as técnicas agrícolas necessárias
para o manejo desse espaço. Na região é muito comum encontrar crianças ou
adolescentes ajudando os pais nas atividades realizadas na roça. Heredia (1979), ao
estudar comunidades rurais no sertão do Brasil, também observou essa relação de
aprendizagem que ocorre no espaço da roça.
Procurando entender a relação agro-extrativista com a distribuição das tarefas ao
longo do ano na região foi realizada a dinâmica do calendário agrícola, que permitiu
visualizar com mais clareza os períodos e as atividades praticadas na região.
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Atividades Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Tratos culturais da
castanha
Preparar rancho e
equipamentos
Colheita, quebra dos
ouriços e transporte
da castanha
Comercialização da
castanha
Manutenção e tratos
culturais das
lavouras
Plantio das lavouras
Colheita das
lavouras*
Caça e pesca
Fonte: Pesquisa de campo, elaborado juntamente com as famílias da comunidade de Iratapuru.
*Algumas culturas são colhidas o ano todo.
Legenda:
Atividades relativas à exploração da castanha
Atividades relativas à agricultura, caça e pesca
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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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tradicional do campesinato que perpassa pelo modo que essas famílias se relacionam
com o espaço casa, floresta, rio, o ciclo agrícola e pelas relações de trabalho construídas
no seio da comunidade.
O lugar do trabalho para as famílias de Iratapuru é na floresta e neste espaço a
comunidade obedece a uma lógica de preservação e de exploração da floresta buscando
o equilíbrio com a natureza, perpassando por um conjunto de ações simbólicas, rituais,
que além de produzir alimentos, define os modos de vida dos moradores.
Outro ponto a se destacar está relacionado com o processo organizacional vivido
pelo grupo principalmente, a partir da constituição da RDS-I do rio Iratapuru e da
cooperativa, pois, a partir desse momento o grupo passou a ter condições de agregar
valor aos produtos extraídos por eles da floresta, além de serem visto como a
comunidade guardiã da reserva, trazendo a comunidade um status importante de
reconhecimento, por parte de entidades governamentais e não governamentais.
Entender esse universo como a de Iratapuru, ajuda a compreender de que forma
esses grupos se interagem e se reproduz no interior da Amazônia. A pesquisa aponta,
sobretudo, a partir da constituição da RDS-I que a comunidade passa a viver novas
situações no sentido de defender ou regulamentar ações predatórias ou
conservacionistas, refletindo, assim, novas formas da comunidade interpretar o seu
território.
9. REFERÊNCIAS
DA MATA, R. A casa e a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. 5a Ed. Rio
de Janeiro: Rocco, 1997.
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MAUSS, M. “Ensaio sobre a dádiva”. In: Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac
& Naify, 2003.
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