CFO 2012 1 Barbosa
CFO 2012 1 Barbosa
CFO 2012 1 Barbosa
DIRETORIA DE ENSINO
CENTRO DE ENSINO BOMBEIRO MILITAR
ACADEMIA BOMBEIRO MILITAR
FLORIANÓPOLIS
MAIO 2012
Vinícius Barbosa Gonçalves
Florianópolis
Maio 2012
Vinícius Barbosa Gonçalves
_____________________________________
Ten Cel BM Edupércio Pratts - Especialista
Professor Orientador
_____________________________________
Cap BM Diogo Bahia Losso - Especialista
Membro da Banca Examinadora
_____________________________________
1º Ten BM Fábio Collodel - Graduado
Membro da Banca Examinadora
Dedico este trabalho aos meus pais, pelo
incentivo e apoio incondicional dados a mim;
aos demais familiares, pelo carinho e
compreensão e a todos que colaboraram, direta
ou indiretamente na realização deste sonho.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por estar presente na minha vida de forma tão singular e por
estar comigo em todas as etapas da construção deste projeto.
Aos meus pais, pelo apoio incondicional na realização desta conquista e por me
apoiar na realização dos meus sonhos.
Ao meu Orientador Ten Cel Edupércio Pratts, por ter passado todo o
conhecimento e experiência durante a elaboração deste projeto, e também por ter
proporcionado grandes oportunidades, para o meu crescimento profissional e pessoal.
Aos meus colegas e amigos Joseenses, pelos bons momentos proporcionados
durante a minha vida em São José dos Campos.
Aos meus caros colegas Catarinenses e Rondonienses por ter me ensinado as
diferenças regionais é o que faz desse Brasil uma nação.
Aos colegas pantaneiros por me mostrar que a amizade é tudo nesses momentos
de luta.
A minha namorada por esses dois anos de compreensão e paciência.
RESUMO
O presente trabalho retrata uma área de relevância fundamental à aviação: a manutenção das
aeronaves. Embora possa ser considerada o principal fator de segurança das operações aéreas,
ela muitas vezes é deixada de lado, comprometendo e colocando em risco todos os
envolvidos. O objetivo geral deste trabalho é relatar a importância do mecânico de aeronaves
nas unidades de operações aéreas, provando que essa função é essencial para a segurança de
voo e para o cumprimento das operações. Objetiva-se, ainda, mostrar de forma sucinta a
função do mecânico de aeronaves e sua participação no ciclo de segurança de voo. Para tanto,
optou-se por desenvolver uma pesquisa exploratória de cunho documental, escolhendo-se o
método indutivo de abordagem e o método monográfico de procedimento. O trabalho em
questão se estrutura em seis capítulos, assim distribuídos: o primeiro capítulo introduz e
discorre sobre a justificativa do tema, expõe os seus objetivos e apresenta os procedimentos
metodológicos usados. O segundo capítulo aborda o cenário atual da aviação de segurança
pública nacional. O terceiro capítulo trata da história e das atividades do Batalhão de
Operações Aéreas (BOA) de Santa Catarina, bem como da visão de futuro dessa organização.
O quarto capítulo apresenta as estruturas de uma aeronave de asa rotativa, como reconhecer
suas principais partes e entender seu funcionamento. O quinto capítulo versa sobre o
planejamento e de como é feita a formação do mecânico de aeronaves. O sexto capítulo
mostra a rotina operacional do mecânico de aeronaves e suas principais tarefas dentro da
organização. Após a pesquisa realizada, as considerações finais reiteram que todo o cenário da
aviação de segurança pública nacional depende do trabalho responsável deste profissional,
cuja função é essencial para a segurança de voo e para o cumprimento de qualquer tipo de
operação aérea. Nesse sentido, a formação do mecânico de aeronaves assume importância
vital nas atividades de resgate e salvamento realizadas por diversas organizações, dentre as
quais destacou-se o Batalhão de Operações Aéreas (BOA) de Santa Catarina. Por fim,
destaca-se o quão indispensável é a rotina operacional do mecânico de aeronaves, bem como
suas principais tarefas dentro da organização, pois sem as mesmas o trabalho de todos os
envolvidos pode ser comprometido e a vida das pessoas é colocada em risco.
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 10
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 52
1 INTRODUÇÃO
É notável a evolução das operações aéreas no Brasil, principalmente por seu fator
preponderante nas atividades de segurança pública. Nota-se um substancial crescimento no
uso de aeronaves de segurança pública no país, devido à aquisição, pelos governos estaduais,
de um número cada vez maior de helicópteros, os quais vêm cumprindo com êxito inúmeras
missões sociais a que são destinados: ações de defesa civil; combate a incêndios florestais e
urbanos; operações policiais; patrulhamento ambiental; patrulhamento rodoviário; resgate de
vítimas, etc.
Entretanto, convém lembrar que existem diversos fatores primordiais à sua
operacionalização, visto que as aeronaves, de um modo geral, são ferramentas com inúmeras
funções, as quais exigem elevado nível de treinamento e condutas operacionais padrões que
garantem o sucesso das missões. Logo, é de suma importância que as instituições
governamentais estejam comprometidas com tal unidade operacional, visando resultados cada
vez mais positivos.
As aeronaves são máquinas multimissão de elevados custos operacionais: compra,
manutenção, abastecimento, gasto com a equipe técnica, etc. Assim, é preciso que o comando
da unidade aérea programe o futuro da organização a fim de que se garanta a segurança das
operações e também para que o dinheiro investido tenha o retorno que se almeja. Além disso,
uma pergunta deve ser respondida de forma clara: Como garantir a segurança de voo e o
sucesso no cumprimento das operações aéreas?
Basicamente, o sucesso de tais itens depende do mecânico de aeronaves, cuja
função é vital para a segurança dos voos, fator indispensável para uma operação aérea segura.
É através do mecânico de aeronaves que o processo de rotina diário tem início,
com a realização de inspeções regulares e emissão de relatórios. Além disso, é preciso que o
piloto tenha plena confiança no mecânico que faz a manutenção da aeronave e a prepara antes
do voo, para que ele se preocupe apenas com a missão que deve cumprir.
Uma vez que o mecânico de aeronaves é o profissional treinado e habilitado para
exercer esta função, é preciso que cada unidade aérea planeje sua formação com antecedência,
adotando procedimentos operacionais para este cargo dentro da corporação.
Nesse sentido, buscou-se retratar neste trabalho esta área de relevância
fundamental à aviação: a manutenção das aeronaves. Embora possa ser considerada o
11
principal fator de segurança das operações aéreas, ela muitas vezes é deixada de lado,
comprometendo e colocando em risco todos os envolvidos.
O objetivo geral deste trabalho é relatar a importância do mecânico de aeronaves
nas unidades de operações aéreas, provando que essa função é essencial para a segurança de
voo e para o cumprimento das operações. Objetiva-se, ainda, mostrar de forma sucinta a
função do mecânico de aeronaves e sua participação no ciclo de segurança de voo.
Para tanto, optou-se por desenvolver uma pesquisa exploratória de cunho
documental, escolhendo-se o método indutivo de abordagem e o método monográfico de
procedimento.
O trabalho em questão se estrutura em seis capítulos, assim distribuídos:
O primeiro capítulo introduz e discorre sobre a justificativa do tema, expõe os
seus objetivos e apresenta os procedimentos metodológicos usados.
O segundo capítulo aborda o cenário atual da aviação de segurança pública
nacional.
O terceiro capítulo trata da história e das atividades do Batalhão de Operações
Aéreas (BOA) de Santa Catarina, bem como da visão de futuro dessa organização.
O quarto capítulo apresenta as estruturas de uma aeronave de asa rotativa, como
reconhecer suas principais partes e entender seu funcionamento.
O quinto capítulo versa sobre o planejamento e de como é feita a formação do
mecânico de aeronaves.
O sexto capítulo mostra a rotina operacional do mecânico de aeronaves e suas
principais tarefas dentro da organização.
12
Nas palavras de Pedro (2003, p. 01), após as duas grandes Guerras Mundiais, a
aviação passou a ser “um importante meio de transporte, em virtude da sua evolução técnica e
do expressivo excedente de aeronaves e pilotos, tornando-se, assim um instrumento de
transporte de passageiros e carga, veloz, eficiente e seguro”.
A imperiosa necessidade de impor regras de responsabilidade aos transportadores e
operadores de aeronaves deu-se em virtude dos limites regionais e internacionais
que a aviação atua, pois a aeronave não está circunscrita ao território de sua
bandeira, mas tem importante papel de fator de integração entre os países e
continentes, seja no transporte de cargas, seja no transporte de passageiros. Por outro
lado, a normatização e o grau de conscientização do indivíduo com relação aos seus
direitos e deveres, enquanto usuário do transporte aéreo, colaborou para a
implementação das regras que definem os aspectos contratuais e extracontratuais da
responsabilidade civil do transportador aéreo (PEDRO, 2003, p. 01).
A Força Aérea Brasileira (FAB) é a Força Armada responsável pela defesa aérea
da nação brasileira. Faz parte de sua missão constitucional: garantir os poderes
constitucionais, a lei e a ordem, por iniciativa de qualquer dos poderes constitucionais.
Também cabe à Aeronáutica cooperar com o desenvolvimento nacional e com a defesa civil,
na forma determinada pelo Presidente da República, sempre com vistas a manter a soberania
no espaço aéreo nacional objetivando a defesa da pátria. Além disso, a FAB é responsável
pela busca e resgate de pessoas e aeronaves perdidas, apoio a comunidades amazônicas com
transporte aeromédico e de recursos para atendimento (BRASIL, 2012a).
Em seu trabalho, a Aeronáutica vislumbra ser reconhecida, nacional e
internacionalmente, por sua prontidão e capacidade operacional para defender os interesses
brasileiros em estreita cooperação com as demais Forças. E, para cumprir importantes
atribuições – tais como manter a soberania do espaço aéreo nacional com vistas à defesa da
Pátria; prover a segurança da navegação aérea e operar o Correio Aéreo Nacional (CAN) –, a
Força Aérea Brasileira conta com um efetivo formado por 77.454 pessoas, entre militares e
15
Conforme lembra Correia (2008), 2006 foi um ano marcado pela quebra da ordem
pública no Estado de São Paulo, em função dos incessantes ataques de facções criminosas a
delegacias e quartéis de polícia de Corpos de Bombeiros, além de inúmeras rebeliões em
presídios de todo o estado.
Como uma forma de responder rapidamente a essas ações delituosas a Polícia
Militar do Estado de São Paulo converteu rapidamente os recursos disponíveis em aeronaves
para o GRPAe, as quais foram intensamente empregadas no transporte tático de policiais
militares para a contenção de rebeliões, socorro de policiais feridos nas ações e demais ações
táticas (CORREIA, 2008).
Dessa forma, “a estrutura de segurança pública estrategicamente montada no
interior do Estado conseguiu conter as ações delituosas graças à intervenção da ferramenta
versátil de suas aeronaves e, principalmente, pela descentralização operacional (CORREIA,
2008, p. 49).
A partir de tais eventos criminosos, o Governo do Estado respondeu à necessidade
de investir na capacitação e no aumento de sua frota operacional e, atualmente o GRPAe
conta com vinte e quatro helicópteros “Águia” e cinco aviões, sendo capaz de participar dos
seguintes tipos de missões:
a) Combate a incêndios: servindo para avaliar globalmente a situação e para
permitir um bom planejamento do combate; resgatar vítimas ou equipes técnicas cercadas
pelo fogo; transportar material; lançar água sobre os focos.
b) Defesa Civil: socorro a vítimas e prestação de ajuda à população.
c) Policiamento Ambiental: fiscalização aérea de pontos que dificilmente seriam
detectados por vias terrestres.
d) Policiamento de Choque: atua controlando distúrbios civis causados por
passeatas, rebeliões em presídios, protestos, reintegrações de posse etc.
e) Policiamento de Trânsito: trabalhando em conjunto com o Policiamento de
Trânsito e com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), são realizados voos sobre a
região metropolitana de São Paulo com o intuito de se observar o fluxo de veículos e detectar
pontos de congestionamento, orientando as equipes em terra.
f) Policiamento ostensivo: atuando com a equivalência de aproximadamente
quinze viaturas policiais.
g) Remoção aeromédica: removendo pacientes de um hospital para outro.
17
Figura 01: Organograma do Batalhão de Aviação da Brigada Militar do Rio Grande do Sul
Figura 02: Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina
A primeira aeronave a operar foi o modelo Esquilo (HB 350 B), prefixo PT-HLU,
denominado “Arcanjo 01”, cuja capacidade de transporte é de seis pessoas: dois Pilotos, três
Tripulantes (BM/SAMU) e uma vítima, conforme figura 3:
20
Gráfico 01: Natureza das ocorrências atendidas pelo BOA do CBMSC entre 20 de janeiro de 2010 e 12 de abril
de 2012
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) / Batalhão de Operações Aéreas (BOA)
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) / Grupo de Resposta Aérea de Urgência (GRAU)
Figura 05: Helixpteron de Leonardo da Vinci, Igor Sikorsky e modelo SA330 Puma – Eurocopter France
De acordo com a definição acima, os rotores de uma aeronave podem ser simples
ou combinados (dois rotores), sendo que o segundo tipo trabalha de forma que cada rotor gire
em sentido oposto ao outro. Além disso, o sistema principal de rotor pode ser classificado de
três modos diferentes: totalmente articulado, semirrígido ou rígido.
Lopes (2007, p. 18) descreve que, por sua “versatilidade e características
operacionais, como o “voo pairado”, e facilidades pousos e decolagens em pequenos espaços,
o helicóptero tem-se mostrado um equipamento de alta capacidade em operações aéreas
emergenciais”.
Assim, os helicópteros têm sido muito utilizados pelos órgãos públicos que
integram o sistema de Segurança Pública e Defesa Civil na proteção e no amparo à sociedade,
como nos casos das Polícias Militares, do Corpo de Bombeiros e das Polícias Civis brasileiras
(LOPES, 2007).
29
Lopes (2007) explica ainda que atualmente o modelo mais utilizado atualmente
pelos órgãos de segurança pública para missões policiais, de defesa civil e de emergência
bombeiro militar é o AS 350 B-BA-B2 e B3, conhecidos como “Esquilo”, graças às suas
características operacionais e técnicas, as quais permitem que a aeronave seja usada em
diferentes áreas de emergência.
Este helicóptero tem concepção francesa e é fabricado e montado na cidade de
Itajubá (Minas Gerais) pela Helibrás, representante nacional do fabricante mundial de
helicópteros da linha Eurocopter. Sua capacidade interna de transporte de passageiros a bordo
é de seis pessoas e o seu peso máximo de decolagem é de 2250 quilos carga interna para o B2
e B3. A distância máxima que ele percorre com autonomia é de 630 km. Já sua velocidade de
cruzeiro, isto é, a velocidade média ideal mantida durante maior parte de um deslocamento, é
de 230 km/h. O consumo de combustível previsto é de aproximadamente 03 horas e 20
minutos. Além disso, a aeronave é dotada de capacidade técnica para a realização de voos
visuais noturnos, possuindo instrumentos e acessórios compatíveis para tal operação (LOPES,
2007).
30
Vale ressaltar que as funções dos mecânicos de aeronaves devem ser divididas em
duas etapas bem definidas: formação e procedimento operacional dentro das suas limitações.
A parte de atuação deve estar ligada à capacidade da organização e ao provimento da estrutura
adequada, conforme as normas regulamentares vigentes para a aviação civil.
Devido à sua complexidade, a formação de um mecânico de aeronaves deve
resultar em um profissional altamente capacitado. E, após concluir o curso de formação,
o militar é promovido a cada período de sete anos, passando de terceiro sargento
para segundo e primeiro sargento, até a graduação de suboficial. Como suboficial ou
primeiro sargento, pode concorrer ao Estágio de Adaptação ao Oficialato (EAOF) e
atingir o posto de capitão. Após dez anos na especialidade, outra opção é o Curso de
Formação de Oficiais Especialistas (CFOE), que pode levar o militar ao posto de
tenente-coronel. Para isso, é necessário ter as promoções por merecimento e ser
aprovado em concurso interno (BRASIL, 2011b, p. 42).
32
O curso objetiva proporcionar aos militares e/ou civis das Forças Auxiliares, com
grau de instrução no nível médio/técnico, experiências de aprendizagem que os habilitem a
34
A turma superou a média mínima (nota 6) e obteve uma ótima média geral,
finalizada em 7,7. O primeiro colocado do curso foi o Sd PM Reche da Polícia Militar do
Mato Grosso do Sul com a média final de 9.2 (PILOTO POLICIAL, 2009b).
Figura 14: Formandos do Curso Especial de Mecânica de Aeronaves para Militares das Forças Auxiliares
Os formandos foram: Sgt Padilha (RS), Sgt Mario Pinto (RS), Sgt Mario (RS), Sgt
Candido (DF), Sgt Cleidson (DF), Sgt Póvoa (DF), Sgt Cláudio (DF), Sgt Gustavo (RJ), Sgt
Galvão (PA), Sgt Josivaldo (SE), Cb Edmundo (AP), Cb Anderson (MT), Sd Elcio (DF), Sd
Charles (DF), Sd Negry (DF), Sd Wasner (RJ), Sd Reche (MS), Sd Eudes (MS), Sd Roger
(AC), Sd Eridson (RN), Sd Vagner (SP), Sd Aquino (SP), Sd Adão (SP), Sd Kalil (SP) e Sd
Sandro (SP) (PILOTO POLICIAL, 2009b).
A figura 15 mostra os instrutores do curso, responsáveis pela formação dos novos
mecânicos: SO Fázio, SO Madeira, SO Teixeira, SO Frazão, SO Walk, Sgt Augusto, Sgt Joel
e Sgt Lourenço (PILOTO POLICIAL, 2009b).
Figura 15: Instrutores e Formandos do Curso Especial de Mecânica de Aeronaves para Militares das Forças
Auxiliares
A Polícia Militar de Goiás opera desde 1982 uma aeronave Falcão 01. Assim, o
Curso de 1º Escalão do Arriel1 representa a primeira etapa na qualificação desses homens
para as intervenções no Grupo Motopropulsor do Falcão 01, restando agora apenas o Curso de
2º Escalão do mesmo motor (PILOTO POLICIAL, 2012b).
A qualificação desses militares faz parte do plano de metas do Comando da
Unidade, o qual visa a consolidação de uma Unidade Aérea Policial de referência no Brasil,
pautando-se pela operacionalidade inerente à um Unidade Especializada, que é o GRAer/GO,
e pela excelência na segurança de voo, particularidade requerida para a operação de aeronaves
que fazem uso de avançada tecnologia (PILOTO POLICIAL, 2012b).
As unidades operacionais goianas gozam de um apoio rápido e extremamente
eficiente, capaz de auxiliar na localização de veículos, encontrar indivíduos embrenhados em
matas, realizar acompanhamentos e cercos, identificar locais críticos, monitorar áreas
ocupadas por sem-terras, além de inúmeras outras aplicações voltadas às atividades policiais
(PILOTO POLICIAL, 2012b).
Além da qualificação da mão-de-obra de manutenção, o GRAer/GO tem
qualificado seus policiais nas mais diversas especialidades inerentes à atividade aérea, como a
realização do Curso de Operações Aéreas, o envio de pilotos pra intercâmbios com polícias de
45
Mundial, formando uma rede padronizada de procedimentos que garantem sua qualidade,
segurança e eficácia em serviço (CHAGAS, 2011).
Além disso, por meio das informações registradas no diário de bordo de cada
aeronave, o controlador sabe exatamente o que ocorreu durante e depois de cada voo,
podendo calcular o quanto determinada aeronave ainda poderá ser utilizada. Um helicóptero
de médio porte, por exemplo, possui em média 450 itens controlados, desde o vencimento de
vida útil dos componentes até a validade de seus documentos tais como, seguro, inspeções
anuais, certificado de aeronavegabilidade, etc. (CHAGAS, 2011).
De acordo com o Major Valdoney Sérgio Rohling, chefe da Seção de Controle
Técnico de Manutenção da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), em 2012 a PMSC conta
com três mecânicos formados: na base de Florianópolis há um soldado e na base de Joinville
há um Oficial ex-sargento mecânico do Exército brasileiro e um soldado. Em sua opinião,
trata-se de um número suficiente, tanto para garantir os serviços da CTM na atual realidade do
BAPM quanto para checar os serviços das empresas contratadas.
Durante a entrevista realizada com o Major, ele explicou que o contrato de
manutenção é licitado e assinado por um período de um ano, sendo possível prorrogá-lo ano
após ano, por até no máximo seis anos. Sua revisão é constante e é possível realizar alterações
sempre que necessário, desde que detectadas pela checagem das atividades realizada ao fim
de cada ano.
Com relação ao planejamento dos recursos da CTM, o Major Rohling afirmou que
anualmente são planejados tais recursos, conforme orçamento previsto. No entanto, deve-se
atentar para as diversas manutenções periódicas estabelecidas no manual da aeronave a fim de
que seja feita uma previsão de gastos durante um período posterior de três a quatro anos, com
base na manutenção da quantidade de voos mensais realizados pela aeronave.
Segundo as informações recebidas, a estimativa dos gastos devem projetar novas
demandas que garantam a realização dos serviços de manutenção periódica. Além disso, é
importante que a CTM esteja atenta às discordâncias que possam ocorrer durante o corrente
ano, planejando reservas de gastos para atender a eventuais falhas que não fazem parte da
manutenção preventiva.
O Major salientou ainda que os recursos do governo são estimados anualmente, o
que significa dizer que o planejado deve ser gasto naquele mesmo ano. Caso os recursos
financeiros não sejam utilizados, devem ser devolvidos. Logo, cabe à CTM planejar
atentamente o uso de tais recursos, visando melhorias na aeronave ou em outros setores.
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No que diz respeito ao valor da hora voo das aeronaves da PMSC, o entrevistado
relatou que o helicóptero AW119 (Koala) tem uma média de R$ 1.957,00 a hora-voo e que o
helicóptero AS350 (Esquilo) tem uma média de R$ 1.788,72 a hora-voo.
Em sua opinião, o investimento em manutenção – e, por conseguinte, na função
mecânico de aeronaves – torna possível baratear os custos das operações, desde que haja
disponibilidade orçamentária para se investir nos mecânicos e em uma oficina, uma vez que
sabe-se que a implementação de um sistema como esse exige, a princípio, muito tempo e
dinheiro, sendo que o retorno só aparece a longo prazo.
Outro entrave citado é o fato de que a homologação de uma oficina pela ANAC
exige que sua estrutura seja compatível com a necessidade, tendo ferramental e pessoal
especializado.
Por fim, Major Rohling expôs a visão de futuro da organização, qual seja:
construir uma base em Chapecó, oeste do estado. Trata-se de um objetivo imediato e todos os
esforços da instituição estão voltados para esse fim. Posteriormente, ele afirma que será
necessário ativar uma oficina homologada até 100 horas, a qual seja capaz de realizar ao
menos as tarefas mais simples da manutenção periódica.
É importante destacar que a recente criação do BOA não o faz ficar atrás das mais
antigas unidades aéreas do Brasil. Tendo em vista que através de um estágio nesta
organização, foi fácil observar o compromisso assumido com a sociedade de forma eficiente.
O BOA com a recente aquisição de uma aeronave própria, já se adiantou na
operacionalização deste recurso e mantém dentro do seu nível gerencial uma CTM. Em
apenas um mês essa seção já vê sua crescente demanda e grande responsabilidade, pois é
quem administra e garante a funcionalidade da principal ferramenta de trabalho.
Essa organização já prevê futuras funções como, a ativação do quadro funcional
de mecânicos. Ela já tem dois mecânicos formados e mais três em formação, com apoio
Federal, por meio de um convenio entre a ANAC e SENAI de São José/SC, onde esses três
futuros mecânicos estão realizando seus estudos. É importante salientar esse esforço, pois essa
parceria faz com que ANAC arque com uma parte dos gastos e os alunos fiquem com uma
pequena parcela.
A preocupação em manter os gastos da aeronave sobre controle já fornece
números reais, para a futura criação do sistema único gerencial de recursos. Um sistema onde
todos o gastos da unidade devem ser declarados para assim estabelecer novas metas. Dessa
forma o hora voo do helicóptero PP-HGR está em 1800 reais, esforços da CTM do BOA em
manter em apenas um mês de operações os dados da unidade atualizados e controlados.
49
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
______. Agência Nacional de Aviação Civil. RBHA 43: manutenção, manutenção preventiva,
recondicionamento, modificações e reparos. 2004. Disponível em: <[email protected]>
Acesso em 13 de abril de 2012.
______. Agência Nacional de Aviação Civil. RBHA 63: mecânico de voo e comissário de
voo. 2006a. Disponível em: <[email protected]> Acesso em 13 de abril de 2012.
______. Agência Nacional de Aviação Civil. RBHA 65: despachante operacional de voo e
mecânico de manutenção aeronáutica. 2001. Disponível em: <[email protected]>
Acesso em 13 de abril de 2012.
GOMES, Emanuelle. Dois anos dos “anjos do ar”, o Arcanjo do Corpo de Bombeiros
Militar de Santa Catarina. 2012. Disponível em:
<http://ndonline.com.br/mobile/noticias/24031-dois-anos-dos-ldquo-anjos-do-ar-rdquo-o-
arcanjo-do-corpo-de-bombeiros-militar-de-santa-catarina.html> Acesso em 03 de março de
2012.
SANTA CATARINA. Polícia Militar de Santa Catarina. Atividades executadas pela PM.
2012. Disponível em:
<http://www.pm.sc.gov.br/website/redir.php?site=40&act=1&id=13&url=13> Acesso em 16
de abril de 2012.
SANTOS JÚNIOR, Jair Pereira dos. Estudo para o uso de aeronaves de asas fixas pelo
Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
Florianópolis: CEBM, 2011.
SÃO PAULO. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Radiopatrulha Aérea. 2012.
Disponível em: <http://www.polmil.sp.gov.br/inicial.asp> Acesso em 19 de abril de 2012.
VIANNA, Henrique Oliveira. O emprego das aeronaves de asas rotativas nas operações
de Segurança Pública. Rio de Janeiro: Universidade da Força Aérea / Programa de Pós
Graduação em Ciências Aeroespaciais, 2009, p. 440-452. Disponível em:
<http://www.unifa.aer.mil.br/seminario3_pgrad/trabalhos_2009/Henrique%20Oliveira%20Vi
anna.pdf> Acesso em 29 de março de 2012.
56
APÊNDICE A: Entrevista
1. FINALIDADE
Regular o emprego de helicópteros à disposição da Corporação, em missões de
busca, resgate, salvamento, combate a incêndios, atendimento pré-hospitalar, defesa civil,
segurança pública, proteção ao meio ambiente, e outras operações e missões legais e definidas
pelo Comando-Geral.
2. REFERÊNCIAS
a. Constituição Federal.
b. Constituição Estadual, art. 108.
c. Lei nº 7.565 de 16 de dezembro de 1986, dispõe sobre o Código Brasileiro de
Aeronáutica.
d. Decreto nº 88.777/83 - art. 2º.
e. Lei nº 6.217, de 10 de fevereiro de 1983.
f. NSMA 58/91 Subparte "K" (Normas de Serviço do Ministério da Aeronáutica).
g. ICA 100-12 (Instrução do Comando da Aeronáutica).
59
3. OBJETIVOS
a. Definir, regular e orientar a atuação do BATALHÃO DE OPERAÇÕES AÉREAS
do CBMSC (BOA-CBMSC) quanto ao emprego de aeronaves.
b. Definir, regular e orientar a atuação dos ElSub (OBM e/ou GBM) quando do
empenho de aeronaves em apoio ao serviço bombeiro militar, de segurança pública e defesa
civil.
4.SITUAÇÃO
a. O Estado de Santa Catarina possui uma extensa orla marítima, decorrendo daí um
grande número de ocorrências envolvendo pessoas e embarcações.
b. Necessidade de se potencializar o efetivo empregado, dando-lhe condições de
suprir as grandes distâncias, bem como, a capacidade de se deslocar para locais de difícil
acesso (costões, alto mar, quenions, congestionamentos de trânsito, etc.).
c. Necessidade de um gerenciamento pleno das atividades terrestres, notadamente em
eventos de grande vulto, meio ambiente, etc..
5. MISSÃO
a. Geral: realizar missões de socorrimento público aéreo, especialmente operações de
busca, resgate, salvamento, defesa civil, segurança pública, atendimento pré-hospitalar, apoio
ao SAMU e operações de grande vulto em todo o território estadual e apoio a órgãos públicos
municipais, estaduais e federais.
b. Específica: realizar missões planejadas, de rotina ou de apoio a órgãos
governamentais, e atender solicitações do Governo do Estado.
6. EXECUÇÃO
a. Conceito de Operação:
60
b. Integração Ar/Solo:
1) está consubstanciada no perfeito entrosamento entre as frações terrestre e aérea
que atuarem em conjunto para o desencadeamento de ações ou operações Bombeiros Militar,
com objetivos definidos;
2) para garantia desse entrosamento, devem ser observados os seguintes princípios:
a) conhecimento das potencialidades do processo de comandamento operacional
aéreo como plataforma de observação;
b) mobilidade operacional;
c) unidade aérea de suporte avançado da vida;
61
c. Conceituação:
1) Guarnição de Operações Aéreas - GOA: é a fração composta pela Tripulação
Bombeiro Militar/SAMU, integrando os esforços efetivados pelas frações BM/SAMU de terra
com o fim de alcançar os objetivos da Corporação no quadro da segurança pública e defesa
civil;
2) Patrulhamento Preventivo Aéreo - PPA: exercício dinâmico do Poder de Polícia e
em cumprimento da atividade de socorrimento público, dentro da esfera de competência do
Corpo de Bombeiros Militar, realizando missões com o emprego de aeronaves em operações,
isolada ou em conjunto com as frações BM/SAMU de terra, cumprindo missões de
observação, fiscalização, reconhecimento, coordenação, busca, resgate, salvamento, socorro
público e apoio a órgãos públicos;
3) tripulação Bombeiro Militar e SAMU: é a guarnição de operações aéreas,
integrada pelo Comandante da aeronave e Comandante de Operações Aéreas (Co-piloto), e
por Tripulantes Operacionais orgânicos do BOA-CBMSC e do GRAU/SAMU;
4) heliponto: área homologada ou registrada, ao nível do solo ou elevada, utilizada
para pousos e decolagens de helicópteros;
5) heliporto: heliponto público dotado de instalações e facilidades para apoio de
operações de aeronaves e de embarque e desembarque de pessoas e cargas;
6) Comandante de Operações Aéreas – Cmt OpA: Oficial do CBMSC, com
aprovação do Conselho de Voo, com no mínimo licença de Piloto Privado de Helicóptero
(PPH), e Certificado de Habilitação Técnica (CHT) para o tipo de equipamento, é o
responsável pela coordenação das operações aéreas;
7) Comandante de Aeronave - CA: Oficial do CBMSC, integrante do BOA-CBMSC,
tendo cumprido com aproveitamento as normas para ascender tecnicamente às funções
operacionais, aprovado pelo Conselho de Voo, e designado pelo Comando-Geral, com licença
de Piloto Comercial de Helicóptero (PCH) e Certificado de Habilitação Técnica (CHT) para o
tipo de equipamento, com no mínimo 510 horas de voo, responsável pelo comando, condução
e segurança da aeronave;
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8) Área de Pouso Ocasional - APO: área de dimensões definidas, que poderá ser
usada em caráter temporário, para pousos e decolagens de helicópteros mediante autorização
prévia, específica e por prazo limitado, do Comando Regional respectivo (DTCEA);
9) Área de Pouso Eventual - APE: é uma área selecionada e demarcada para pousos e
decolagens de helicópteros, possuindo características físicas compatíveis com aquelas
estabelecidas pela ANAC para helipontos normais, que pode ser usada, esporadicamente, em
condições meteorológicas visuais (VMC), por helicóptero em operação de segurança pública,
defesa civil, de busca e salvamento, de socorro médico, etc.;
10) Apoio Solo e Orientador de Pouso - ASOP: Bombeiro Militar habilitado pelo
BOA-CBMSC, que tem por finalidade orientar de terra o pouso e decolagem da aeronave,
desenvolver atividades especializadas em solo, abastecimento e segurança da aeronave.
d. Condições de Execução:
1) o BOA-CBMSC ficará subordinado diretamente ao Subcomando-Geral da
Corporação;
2) o emprego do BOA condiciona-se às Diretrizes de Ação Operacional da
Corporação, bem como, segundo as regras do Comando da Aeronáutica e da ANAC para
emprego de helicópteros em missões de segurança pública e defesa civil (ICA 100-4, RBHA
91 Subparte "K");
3) Guarnições por Aeronave - GA:
a) 1 Piloto CA com no mínimo 510 horas de voo, Of BM com curso de Piloto
Comercial de Helicóptero - PCH);
b) 1 Cmt de OpA e/ou Co-Piloto com “ground school” da aeronave, Of BM com
curso de PCH e/ou Piloto Privado de Helicóptero - PPH;
c) 2 Tripulantes Operacionais - TO;
d) outros tripulantes devidamente treinados conforme a missão e a área de atuação, a
exemplo da equipe integrada do GRAU/SAMU, composta por médico e enfermeiro;
4) as funções de CA e Cmt OpA citadas nas alíneas "a)" e "b)" acima serão
exclusivas de Oficias do CBMSC, sendo seu ingresso na atividade realizado através de
normas do Comando Geral, obedecendo critérios médico, físico, intelectual, técnico,
disciplinar e psicológico de acordo com as normas emanadas da Agência Nacional de Aviação
Civil e do Comando Geral do CBMSC;
5) quando da criação de bases operacionais fora da sede, as guarnições citadas
citadas nas alíneas "c)" e "d)" acima serão do efetivo orgânico da região ou UOp, desde que
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e. Instrução:
1) as instruções, treinamentos, cheques e recheques dos pilotos e tripulantes
pertencentes ou que prestam serviços ao BOA-CBMSC serão gerenciadas pelo Comandante
do BOA-CBMSC;
2) as instruções e treinamentos de BBMM de outras unidades da Corporação ou
componentes de outros Órgãos, acontecerão sob prévia autorização do Sub Comandante Geral
do CBMSC.
9. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. O BOA atua também como órgão de assessoria no CBMSC para os assuntos
referentes a utilização, aquisição, implantação e emprego de aeronaves em todo o Território
Catarinense.
b. O Comandante do BOA é o responsável, perante o Comando, pela administração,
instrução, disciplina e emprego operacional da Unidade.
c. A denominação das aeronaves do BOA receberão a denominação “ARCANJO-
XX” cujas incógnitas serão a sequência numérica crescente, conformo ordem de aquisição
partindo da 01.
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Avião modelo C-210 PT-WRP, Bonanza BE-34 PT-KIP, Sêneca BEM 810 PT-ESJ
2. Cinto de segurança
3. Publicações aeronáuticas (cartas, rotaer, mapa rodoviário, etc)
4. Armamento de uso individual
5. Fone de ouvido
6. GPS em funcionamento
7. Equipamento de Proteção Individual
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Aeronave não configurada para a missão
mais água, e será necessário uma nova drenagem do sistema. Esta drenagem deverá ser feita com a
seletora no tanque de combustível na posição “esquerdo” e também com a seletora na posição
“direito”.
Embaixo da estrutura próximo à nacele do motor há dois pontos de dreno.
f) Checar os itens da ASA ESQUERDA:
Pneu principal – CHEQUE quanto à pressão correta.
Antes do primeiro voo do dia e após cada reabastecimento, use um copo de dreno e drene uma
pequena quantidade de gasolina da válvula de dreno rápido do reservatório do tanque de gasolina, para
checar quanto à água, sedimentos e coloração correta da gasolina.
Há dois pontos de dreno e a drenagem deverá ser efetuada no sentido ponta da asa à estrutura.
Quantidade de combustível – CHEQUE VISUALMENTE quanto ao nível desejado.
Ao efetuar o reabastecimento de combustível, a aeronave deverá estar estacionada em um
piso nivelado.
Tampa de abastecimento de combustível – TRAVADO e respiro desobstruído.
g) Checar os itens da ASA ESQUERDA em seu Bordo de ataque:
Capa do tubo de pitot – REMOVA e cheque a abertura quanto obstrução. “Não assoprar”.
Palheta de aviso de estol – CHEQUE quanto a liberdade de movimentos.
Amarração da asa – SOLTE.
h) Checar os itens da ASA ESQUERDA em seu Bordo de fuga:
Respiro do tanque de combustível no bordo de fuga da ponta da asa – CHEQUE quanto a
obstrução.
Aileron – CHEQUE quanto a liberdade de movimentos e segurança.
6. O mecânico deverá checar os DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA O VOO:
6.1. MANUAIS
GPS KMD 150.
INTERCOM
MANUAL DE VOO do fabricante da aeronave (localizado na bolsa do lado esquerdo do Cmt).
6.2. PASTA DE DOCUMENTOS
Certificado de matrícula.
Certificado de aeronavegabilidade. (ver validade)
Ficha de peso e balanceamento.
Ficha de Inspeção Anual de Manutenção (FIAM).
Licença de estação (ver validade).
Taxas pagas
Seguros (RETA e CASCO).
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RESULTADOS ESPERADOS
1. Cumprir todas as missões estabelecidas com êxito.
2. Que a aeronave esteja configurada e abastecida, pronta para a missão no horário previsto.
3. Que os materiais inerentes à missão estejam a bordo da aeronave.
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AÇÕES CORRETIVAS
1. Se, eventualmente, ocorrer algum fato que não fora previsto neste POP, incluí-lo no próximo.
POSSIBILIDADE DE ERROS
1. As possibilidades de erro referentes ao preparo da aeronave e planejamento da missão estão
inerentes a falta de atenção, antecipação e experiência das pessoas envolvidas (Piloto , Cmt de
Operações e mecânico) que eventualmente posam deixar de realizar suas funções , conforme preceitua
este POP.
2. Publicações aeronáuticas desatualizadas.
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PROCESSO: 215
POLÍCIA MILITAR
PADRÃO: 215.02
DO ESTADO DE Preparação da aeronave - Avião
ESTABELECIDO EM:
SÃO PAULO
23/08/04
NOME DO PROCEDIMENTO: Inspeção entre-voo e pós-voo REVISADO EM:
no avião
Nº DA REVISÃO:
RESPONSÁVEL: Mecânico.
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Avião modelo C-210 PT-WRP, Bonanza BE-34 PT-KIP, Sêneca BEM 810 PT-ESJ
2. Cinto de segurança
3. Publicações aeronáuticas (cartas, rotaer, mapa rodoviário, etc)
4. Armamento de uso individual
5. Fone de ouvido
6. GPS em funcionamento
7. Equipamento de Proteção Individual
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Aeronave não configurada para a missão
Verificar quanto a vazamento do óleo hidráulico e altura do amortecedor (de acordo com o manual
do fabricante).
Se necessário limpar o telescópio, fazê-lo com um pano umedecido com óleo hidráulico.
3. O mecânico deverá iniciar a INSPEÇÃO PÓS-VOO observando a seguinte sequência:
a) HANGARAGEM:
A aeronave deverá permanecer num piso nivelado, com capa no tubo de pitot, calçada, com a trava
do manche fixada, seletora do tanque combustível fechada, máster e magnetos desligados e sem a
chave no contato.
Quando a aeronave pernoitar fora da base, colocar as travas de hélice e amarrá-la ao solo.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Cumprir todas as missões estabelecidas com êxito.
2. Que a aeronave esteja configurada e abastecida, pronta para a missão no horário previsto.
3. Que os materiais inerentes à missão estejam a bordo da aeronave.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se, eventualmente, ocorrer algum fato que não fora previsto neste POP, incluí-lo no próximo.
POSSIBILIDADE DE ERROS
1. As possibilidades de erro referentes ao preparo da aeronave e planejamento da missão estão
inerentes a falta de atenção, antecipação e experiência das pessoas envolvidas (Piloto , Cmt de
Operações e mecânico) que eventualmente posam deixar de realizar suas funções , conforme preceitua
este POP.
2. Publicações aeronáuticas desatualizadas.
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MATERIAL NECESSÁRIO
1. Aeronave Esquilo AS 50
2. Fones de ouvidos.
3. Equipamento e instrumentos para manutenção de acordo com ensaio a ser realizada
4. Manuais de manutenção.
5. Ferramentas específicas para o ensaio a ser realizado
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Mecânico não devidamente habilitado para a determinada intervenção/inspeção.
2. Falta de equipamentos/instrumentos necessários para a devida intervenção/inspeção.
3. Não acompanhar os manuais de manutenção para preparação da aeronave.
4. Incorreta instalação de equipamentos/instrumentos.
5. Não realização da inspeção após a intervenção.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Colocar a aeronave em condições para realização do voo de manutenção.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Seguir todas as determinações dos Manuais de Manutenção.
2. Sempre utilizar ferramentas, equipamentos e instrumentos adequados em qualquer ensaio a ser
realizado.
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POSSIBILIDADE DE ERROS
1. Consulta deficiente aos Manuais de Manutenção.
2. Uso inadequado de ferramentas, equipamentos e instrumentos para o ensaio a ser realizado.
3. Uso de ferramentas, equipamentos e instrumentos não devidamente aferidos ou calibrados.
4. Uso de Manuais de Manutenção não atualizados.
5. Inspeção deficiente.
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MATERIAL NECESSÁRIO
1. Aeronave Esquilo AS 50
2. Fones de ouvidos.
3. Equipamento e instrumentos para manutenção de acordo com ensaio a ser realizada
4. Manuais de manutenção. (ver MET/MTC/PMV Seção 8.3).
5. Ferramentas específicas para o ensaio a ser realizado
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Proibido o uso de capacetes.
2. Desconhecimento das condições meteorológicas desfavoráveis.
3. Pré-voo não realizado ou realizado inadequadamente sem o conhecimento da intervenção efetuada
ALF.
4. Tripulação sem a devida qualificação (cursos e experiência).
5. Tripulação sem condições fisiológicas para a realização do voo.
6. Tripulação sem disponibilidade de tempo mínimo necessário para a realização do voo.
7. Pressão da chefia para a liberação da aeronave.
8. Realizar o voo sem ter a reciclagem mínima e sem ter feito o Curso de Emergências nos últimos 6
(seis) meses.
7. Realizar o ensaio.
8. Elaborar o Relatório de Voo e Diário de Bordo.
9. Acompanhar a elaboração dos Gráficos de Ensaio conforme os manuais do fabricante.
10. Atestar ao final dos ensaios que a aeronave está em condições operacionais, em solidariedade com
os mecânicos do fabricante e inspetores do GRPAe.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Realização do voo de manutenção com segurança.
2. Checagem das condições da Aeronave para sua liberação (o mais breve possível) para operação,
após feitos os devidos ajustes.
3. Diminuição dos Custos de manutenção.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Proibida a execução de voos de manutenção sem tripulação devidamente qualificada:
Para Pilotos de Manutenção:
o Mínimo de 2.000 horas em comando
o Familiarização com os procedimentos da Div Mnt Aer
o Curso de Formação em Voos de Ensaio
o Reciclagem Bianual em Voos de Manutenção
o Curso de Emergências Quadrimestral para Pilotos de Manutenção
Para Mecânicos de Voo:
o Curso de Formação em Voos de Ensaio
o Carteiras em todos os sistemas da aeronave
2. Escolha do local adequado para ensaios, com interferência mínima de fatores externos (tráfego de
outras aeronaves, áreas livres de obstáculos que propicie executar quaisquer dos procedimentos de
emergência previstos no PMV e nos ensaios em voo (que não estão no PMV)).
3. Não realizar os voos em condições meteorológicas inadequadas, quando o ensaio assim o exigir.
4. Deixar na escala de voo sempre um piloto de manutenção no horário de expediente.
POSSIBILIDADE DE ERROS
1. Ignorar as condições meteorológicas proporcionando erro na coleta dos dados do ensaio.
2. Pré-voo deficiente possibilitando a ocorrência de incidente ou acidente aeronáutico.
3. Aumento dos custos e da indisponibilidade da aeronave devido aos ensaios serem feitos por
tripulação não qualificada.
4. Incidente ou acidente aeronáutico devido aos ensaios serem feitos por tripulação não qualificada.
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ESCLARECIMENTOS
1. Os fones de ouvidos são utilizados no lugar dos capacetes por possibilitarem aos tripulantes
ouvirem com mais facilidade qualquer tipo de ruído estranho ao funcionamento normal da
aeronave. A primeira partida deve ser feita, inclusive, sem o fone de ouvido.
2. Há ensaios em que as condições meteorológicas devem ser ideais para que não haja erro na
avaliação da coleta de dados, pois podem influenciar nas atitudes aerodinâmicas da aeronave (por
exemplo, o voo para balanceamento do rotor principal e de cauda).
3. Tripulação qualificada é aquela que e formada por mecânicos e pilotos formados em cursos para
voos de manutenção, bem como com experiência suficiente na atividade, devidamente recicladas
pelo fabricante. Por isso, o próprio PMV preconiza, na Seção 8.3 Página 1: “Uma vez que esses
ensaios não fazem parte da operação normal da aeronave, os mesmos devem ser efetuados
somente por pessoal qualificado e sob a responsabilidade do operador”. A formação de pessoal
técnico (pilotos e mecânicos) para os ensaios em voo (voo de manutenção) é de responsabilidade
da Div Mnt Aer, dentro dos critérios e condições mínimas exigidas de conhecimento técnico e
experiência e nos limites de duas duplas (piloto e mecânico) por curso. Durante o período deste
curso a aeronave a ser utilizada deve ser obrigatoriamente a da Polícia Militar a qual poderá ficar
indisponível na fábrica de duas a três semanas.
4. Durante o pré-voo, deve-se dar uma importância maior nos sistemas que sofreram intervenções na
manutenção, aumentando assim a prevenção com vista à segurança de voo.
5. Existem ensaios que são realizados em grandes altitudes, onde o organismo pode sofrer sérias
mudanças e, dependendo de cada tripulante e de seu estado fisiológico, estas alterações de
comportamentos podem colocar em risco o voo, causando, por exemplo, a perda momentânea de
coordenação motora, perda de reflexo, tontura e até mesmo um desmaio.
6. Durante a realização do “briefing” dos ensaios em voo são atribuídas algumas funções,
principalmente no que tange à coleta de dados nos equipamentos e instrumentos de manutenção
instalados na aeronave, bem como as atitudes a serem tomadas por cada tripulante em situações de
emergência.
7. Alguns voos são necessários serem feitos com o peso total da aeronave, única ocasião em que se
admite levar passageiros não habilitados a bordo, dependendo sempre da autorização do piloto de
manutenção.
8. Siglas Utilizadas: MET- Manual de Manutenção
MTC – Manual de Técnicas Correntes
ALF – Inspeção após o Ultimo Voo
PMV – Manual de Voo