Estrutura de Mercado e Formação de Preços
Estrutura de Mercado e Formação de Preços
Estrutura de Mercado e Formação de Preços
Descrição
Propósito
Objetivos
Módulo 1
Módulo 2
Módulo 4
Firma monopolista
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Introdução
Vamos começar analisando uma estrutura de mercado
específica, os mercados competitivos. Em um mercado
competitivo, há muitos compradores e vendedores, de forma que
ações individuais não afetam o preço da venda do bem e nem a
quantidade total que será vendida. Quando um indivíduo não tem
capacidade de afetar individualmente os resultados do mercado,
dizemos que ele não possui poder de mercado e é tomador de
preços.
Q = q1 + q2 + … + qn
consumidores.
Exemplo
Suponha que o preço da maçã seja R$1,00 e João e Maria desejem
comprar, respectivamente, 5 e 4 unidades. Então, a demanda total desse
preço é Q (p maçã = R$1) = 5 + 4 = 9 . Se o preço aumenta para
R$2, 00 , talvez cada um passe a comprar apenas 3 maçãs, e teremos:
Q (p maçã = R$2) = 3 + 3 = 6 .
A demanda de cada indivíduo para cada bem depende dos preços e da
renda individual. Assim, a demanda agregada depende dos preços e
também da distribuição de renda. Para simplificarmos, costumamos
olhar para a demanda agregada como a demanda de um consumidor
representativo, que tem sua renda igual à soma de todas as rendas
individuais.
Ceteris paribus
É uma expressão latina que significa “todo o mais constante”. Ou seja,
estamos analisando um elemento de cada vez.
Elasticidade-preço da demanda
É interessante ter uma medida da sensibilidade da demanda a
mudanças no preço e na renda, que também é conhecida como
elasticidade. A primeira delas é a elasticidade-preço da demanda
(denotada por ϵ ): é apenas a mudança percentual da quantidade
dividida pela mudança percentual no preço. Representamos a variação
da quantidade por ΔQ e, portanto, a variação percentual é a razão
ΔQ/Q (análoga para o preço).
Comentário
O motivo para multiplicamos a inclinação da curva pela razão de preço e
quantidade é ter uma medida que independa da unidade de medida
utilizada: a elasticidade não tem unidade de medida, ao contrário do
preço (medido em reais, dólares etc.) e da quantidade (medido em
quilos, pacotes etc.).
Fórmula da elasticidade
infinita.
−bp
ϵ = −1 = , ent oã
a − bp
a
2bp = a, logo p =
2b
Elástico
Quando sua elasticidade-preço for maior do que 1 em módulo.
Inelástico
Quando sua elasticidade for menor do que 1 em valor absoluto.
Uma curva de demanda inelástica é pouco sensível a variações no
preço, e um aumento de 1% ocasionará uma redução de menos de 1%
na quantidade.
Elasticidade unitária
Quando sua elasticidade for igual a |1|.
Exemplo
Suponha que pão e tapioca sejam considerados substitutos perfeitos.
Se o preço do pão aumenta, a demanda de pão iria para zero, de forma
que todos os consumidores prefeririam consumir tapioca, afinal, para os
consumidores, eles são perfeitamente equivalentes.
ΔQ/Q
ϵ =
Δm/m
Normais
Cuja demanda cresce devido ao aumento da renda, e cuja
elasticidade-renda é positiva.
Receita e elasticidade
Receita é o quanto se ganha com a venda do bem, ou seja, é a
quantidade vendida multiplicada pelo preço do bem. Quando o preço do
bem varia, a quantidade também variará, ocasionando mudanças na
receita.
R = pq
′
R = (p + Δp)(q + Δq)
′
R = pq + qΔq + pΔq + ΔpΔq
′
ΔR = R − R = qΔp + pΔq + ΔpΔq
ΔR Δq
= q + p
Δp Δp
ΔR Δq p Δq
= q + p > 0 => ( ) ∗ ( ) => −1
Δp Δp q Δp
ΔR = pΔq + qΔp
Assim:
1
RM g = p (1 + )
ϵ
1
RM g = p (1 − )
|ϵ|
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Elasticidade
Entenda melhor os conceitos de elasticidade-preço da demanda,
elasticidade-renda da demanda e receita e elasticidade.
Se a elasticidade for igual a -1, a receita marginal terá valor de zero,
indicando que a receita não varia quando aumenta a venda.
Exemplo
Suponha que pão e tapioca sejam substitutos: um aumento no preço da
tapioca fará com que os consumidores substituam o consumo de
tapioca por pão, elevando a quantidade demandada de pão. Esse
aumento leva a um deslocamento da curva de demanda agregada.
Oferta agregada
Assim como a demanda agregada, estudamos também as curvas de
oferta das firmas. Estas curvas são individuais, assim com as curvas de
demanda dos consumidores.
S = S1 + S1 + … + Sn
Soma horizontal
Significa que fixamos um preço e somamos as quantidades, exatamente
como fizemos para a curva de demanda agregada.
Exemplo
Para produzir pão é preciso de trigo. Gabriel precisa de 10kg de farinha
de trigo por mês para produzir 100 pães, e paga R$2,00 no quilo de
farinha de trigo. Gabriel gasta R$20,00, e cobra R$0,50 por pão
produzido.
Dessa forma, é bem provável que Gabriel repasse parte da alta dos
preços dos insumos para o consumidor, e o preço do pão aumente
como consequência.
Questão 1
Questão 2
Gráfico: Equilíbrio
Painel A Painel B
zoom_in
Se a demanda aumenta e a oferta cai, o preço de equilíbrio sobe, mas a
quantidade dependerá de qual dos deslocamentos teve maior
magnitude.
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Quando a demanda cai e a oferta aumenta, o preço de equilíbrio é
menor, mas o efeito sobre a quantidade de equilíbrio é ambíguo.
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Estática comparativa no modelo de
oferta e demanda
Confira os conceitos abordados neste conteúdo.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Questão 1
Questão 2
Vitória pode valorizar uma roupa de brechó mais do que Fernando, que
só compraria uma roupa usada se fosse muito barata.
Seus preços de reserva estão acima do preço pelo qual o bem é vendido,
que é de R$10,00. O preço de reserva deles está acima do preço de
mercado e, portanto, eles irão realizar a transação. Há também aqueles
consumidores com preço de reserva abaixo do preço de mercado. Esses
indivíduos não irão comprar o bem.
Excedente do consumidor
É a diferença entre o preço de reserva do consumidor e o preço de
mercado. Voltando à figura 16, o excedente de Júlia é igual a R$50,00 -
R$10,00 = R$ 40,00. Já o de Manuel é de R$35,00 - R$10,00 = R$25,00,
enquanto o de Beatriz é de R$22,00 - R$10,00 = R$12,00.
Afonso
Não vende um disco por menos de R$9,00, mas por qualquer preço
acima deste.
Robson
Só aceita vender por, pelo menos, R$15,00.
Joaquim
Vende por R$22,00.
Esses ganhos são a razão pela qual todos, quando fazem parte de uma
economia de mercado, estão em uma situação melhor do que se
fossem autossuficientes.
Exemplo
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Excedente do produtor e do
consumidor
Confira agora a solução de um exemplo numérico de excedente do
consumidor e um reforço sobre o conceito de eficiência de Pareto.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Questão 1
1 R$ 0,90 R$ 0,80
2 R$ 0,70 R$ 0,60
3 R$ 0,50 R$ 0,40
4 R$ 0,30 R$ 0,30
Questão 2
1 R$ 0,10 R$ 0,30
2 R$ 0,10 R$ 0,50
3 R$ 0,40 R$ 0,70
4 R$ 0,60 R$ 0,90
4 - Firma monopolista
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever o comportamento de uma firma
monopolista.
Monopólio
Monopólios são mercados em que há apenas um produtor ofertando
um bem e, portanto, ao contrário de um mercado em concorrência
perfeita, não há competição alguma. Além disso, o bem ofertado não
deve possuir nenhum substituto próximo.
Gráfico: Monopólio.
Como sabemos, um produtor que deseja maximizar seu lucro tem uma
ótima regra: produz a quantidade em que o custo marginal se torna igual
à receita marginal. A regra é válida para qualquer produtor, e a aplicação
desta leva a diferentes quantidades ofertadas, embora todas
maximizem o lucro.
Preço do sonho
Unidades Receita total Receita Marginal
(em R$)
10 0 10
9,5 1 19 9
8,5 2 25,5 7
8 3 32 7
7,5 4 37,5 6
6,5 5 39 2
6 6 42 3
5,5 7 44 2
5 8 45 1
4,5 9 45 0
4 10 44 -1
3,5 11 42 -2
3 12 39 -3
2,5 13 35 -4
2 14 30 -5
1,5 15 24 -6
1 16 17 -7
0,5 17 9 -8
0 18 0 -9
Comentário
Observe que um monopolista não possui uma curva de oferta, uma vez
que a curva de oferta mostra a quantidade que os produtores estão
dispostos a ofertar a qualquer preço de mercado dado. Como o
monopolista não toma o preço como dado, ele escolherá a quantidade
que maximiza o lucro levando em conta sua própria capacidade de
influenciar o preço.
Gráfico: Painel A e B
Painel A Painel B
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Formação de preços em monopólio
Confira melhor os conceitos de monopólio, concorrência perfeita e bem-
estar.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Questão 1
Questão 2
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Podcast
Ouça agora um resumo sobre os principais assuntos abordados.
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Para uma compreensão mais aprofundada dos tópicos desenvolvidos,
sugerimos a leitura da obra a seguir:
Referências
KRUGMAN, P.; WELLS, R. Introdução à Economia. 2. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2011
VARIAN, H. R. Microeconomia: uma abordagem moderna. 8. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2012
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