MAÇONARIA2

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COMUNIDADE DA GRAÇA

CENTRO DE TREINAMENTO DE LÍDERES


Alunos: Edson, Walmir, Rosineide, Nielson
Disciplina : Seitas e Heresias

1.MAÇONARIA
Breve histórico

Vamos começar no início da primeira Religião de Mistérios. Para


esse estudo, utilizaremos bastante o livro clássico do Reverendo
Alexander Hislop, The Two Babylons [As Duas Babilônias], escrito em
1917. Imediatamente após o Dilúvio, a humanidade passou a praticar o
mal novamente. Hislop registra que um dos filhos de Noé, Sem, ficava
agoniado ao ver tanta apostasia. Sem viveu 502 anos após o Dilúvio, e
viu sete gerações de seus descentendes morrerem antes de sua própria
morte. Aproximadamente 400 anos após o Dilúvio, um grande e poderoso
líder babilônio chamado Ninrode levantou-se para desviar muitas
pessoas da adoração ao único Deus Vivo e Verdadeiro. Finalmente,
quando Sem não conseguia mais tolerar as perversidades de Ninrode, ele
organizou um exército, atacou e matou Ninrode. Para garantir que os
povos daquele tempo compreendessem perfeitamente a totalidade da
derrota de Ninrode nas mãos do defensor de Deus, Sem desmembrou o
corpo de Ninrode e enviou as partes às muitas cidades do império, para
servir de advertência sobre o que aconteceria a quem se atrevesse a
seguir as crenças de Ninrode.

No entanto, os aderentes de Ninrode eram muitos e estavam


determinados a continuar com as práticas idólatras de seu falecido
líder. Hislop registra, "Nestas circunstâncias, para a idolatria
continuar... ou avançar, era indispensável que operasse em segredo. O
terror de uma execução ... exigiu que ... o máximo de cautela fosse
usada. Nesses Mistérios, sob o selo do segredo e a sanção de um
juramento, ou por meio de todos os recursos da magia, os homens eram
gradualmente levados de volta à toda a idolatria que tinha sido
suprimida publicamente, ao mesmo tempo que novos aspectos foram
acrescentados a essa idolatria que a tornam ainda mais blasfema que
antes...." [Hislop, The Two Babylons, pg 66-67].

Como Ninrode estabeleceu as ciências da magia e da astronomia,


essas duas artes foram ocultamente acrescentadas aos Mistérios como
Magia e Astrologia. [Ibid] Hislop deixa claro que essa Sociedade
Secreta de Mistérios misturava magia demoníaca, astrologia e idolatria
para convencer os iniciados que estavam se envolvendo em uma
organização que era verdadeira e sobrenatural. Hislop explica, "Tudo
era feito de forma a levar as mentes dos noviços ao ponto mais alto da
emoção que ... após os candidatos à iniciação terem passado pelas
confissões, e prestado os juramentos exigidos, "objetos estranhos
apareciam. Algumas vezes, o lugar ... parecia tremer; algumas vezes
aparecia brilhante e resplandecente com luz e fogo radiante, e então,
depois era coberto com trevas, algumas vezes trovões e relâmpagos...
ruídos tenebrosos, algumas vezes aparições terríveis assombravam os
espectadores." [pg 67]. Obviamente, forças demoníacas estavam por trás
dos Mistérios Secretos. Esses demônios revelavam certos Segredos
Sagrados que eram então passados aos outros iniciados e adeptos,
"segredos que eram desconhecidos da massa da população" [pg 68].
Assim, as Sociedades Secretas foram originalmente concebidas como
instrumentos por meio dos quais Satanás, temporariamente derrotado,
poderia preservar e estender suas doutrinas e objetivos. Para proteger
essa organização das autoridades da sociedade aberta, que estava
operando de acordo com os preceitos do Deus Vivo e Verdadeiro, Satanás
criou essas sociedades como secretas - protegidas por juramentos
sérios e confissões. As confissões dos iniciados eram críticas, pois
uma vez que uma pessoa revelava seus erros para outra pessoa, era
mantida por medo de exposição, caso deixasse a sociedade. Essa
provavelmente é a razão porque Jesus Cristo disse que nada deve ser
feito em segredo, e que seus seguidores não devem fazer juramentos.
Neste ponto, precisamos sucintamente revisar essas características que
são comuns a todas as sociedades secretas em todas as épocas.

 A MAÇONARIA NÃO CONFESSA A JESUS CRISTO COMO SALVADOR E DEUS.


Portanto o deus da Maçonaria NÃO É o Deus verdadeiro.
 OS 33 GRAUS DA MAÇONARIA (segundo o Rito Escocês, o mesmo que
domina a maçonaria inglesa, francesa e latino-americana, aonde
está incluída a brasileira)

1. APRENDIZ
2. COMPANHEIRO
3. MESTRE
4. MESTRE SECRETO
5. MESTRE PERFEITO
6. SECRETÁRIO ÍNTIMO
7. INTENDENTE DOS EDIFÍCIOS
8. MESTRE EM ISRAEL
9. ELEITO DOS NOVE
10. ILUSTRE ELEITO DOS QUINZE
11. SUBLIME CAVALHEIRO ELEITO
12. GRÃO MESTRE ARQUITETO
13. REAL ARCO
14. GRANDE ELEITO
15. CAVALEIRO DO ORIENTE
16. GRANDE CONSELHO (PRÍNCIPE DE JERUSALÉM)
17. CAVALHEIRO DO ORIENTE E DO OCIDENTE
18. SOBERANO PRÍNCIPE ROSA-CRUZ
19. GRANDE PONTÍFICE
20. VENERÁVEL GRÃO MESTRE
21. CAVALEIRO PRUSSIANO OU NOAQUITA
22. CAVALEIRO REAL MACHADO, OU PRÍNCIPE DO LÍBANO
23. CHEFE DO TABERNÁCULO
24. PRÍNCIPE DO TABERNÁCULO
25. CAVALEIRO DA SERPENTE DE BRONZE
26. ESCOCÊS TRINITÁRIO OU PRÍNCIPE DE MERCY
27. GRANDE COMENDADOR DO TEMPLO
28. CAVALEIRO DO SOL OU SUBLIME ELEITO DA VERDADE
29. GRANDE ESCOCÊS DE SANTO ANDRÉ DA ESCÓCIA, OU GRÃO MESTRE DA
LUZ
30. GRANDE INQUISITOR, CAVALEIRO KADOSH, OU CAVALEIRO DA ÁGUIA
BRANCA E NEGRA
31. GRANDE JUIZ COMENDADOR OU INSPETOR COMENDADOR
32. SUBLIME PRÍNCIPE DO REAL SEGREDO
33. SOBERANO GRANDE INSPETOR-GERAL.

* Nos três primeiros graus, nos quais a Enciclopédia Maçônica esta


fundada a própria Maçonaria, tendo neles o seu germe e núcleo, exclui
totalmente a pessoa de Cristo.
 O Ritual de iniciação na Maçonaria:
" ENTRA-SE PARA UMA DESSAS LOJAS MEDIANTE UM RITO DE INICIAÇÃO, LOJA
ESSA QUE POSSUI, NO MÍNIMO, SETE MEMBROS: O VENERÁVEL MESTRE, DOIS
VIGILANTES, O ORADOR, O SECRETÁRIO, O COMPANHEIRO E O APRENDIZ.
O NOVIÇO, PARA TORNA-SE APRENDIZ, TEM DE SUBMETER-SE A CERTAS PROVAS E
MEDITAÇÕES, ALÉM DE RESPONDER A CERTAS PERGUNTAS E REDIGIR UM
TESTAMENTO. DEPOIS, DE OLHOS VENDADOS, É ADMITIDO NO TEMPLO; PRESTA
JURAMENTO, RECEBE O AVENTAL E UM PAR DE LUVAS.
UM ANO DEPOIS, PODE ASPIRAR A SER ELEITO COMPANHEIRO, DEPOIS O DE
MESTRE, ASSIM EM DIANTE." (livro: ‘O QUE É A MAÇONARIA’ Pg. 21)

* Toda reunião da Maçonaria começa e termina com oração, só que


nenhuma oração pode ser feita em nome de Jesus Cristo, e até as
leituras bíblicas são feitas sem mencionar o nome de Cristo, para não
melindrar membros de outras religiões não cristãs.

* O nome de Cristo é tirado não só dos três primeiros degraus, como só


é permitido a Cristãos se reunirem para falar de Cristo em lugar
reservado, no mesmo pé de igualdade com os budistas, maometanos,
espíritas, e isto após ter passado pelos 3 primeiros degraus. Isto vai
de encontro a PREEMINÊNCIA devida só a Cristo (Col.1:18).

JURAMENTO FEITO POR UM MAÇON


c) O JURAMENTO RITO FRANCÊS
" JURO E PROMETO SOBRE OS ESTATUTOS GERAIS DA ORDEM E SOBRE ESTA
ESPADA, SÍMBOLO DE HONRA, ETC. CONSINTO, SE EU VIER A PERJURAR, QUE O
PESCOÇO ME SEJA CORTADO, O CORAÇÃO E AS ENTRANHAS ARRANCADAS, O MEU
CORPO QUEIMADO, REDUZIDO A CINZAS, E MINHAS CINZAS LANÇADAS AO VENTO,
E QUE MINHA MEMÓRIA FIQUE EM EXECRAÇÃO ENTRE TODOS OS MAÇONS. O GRANDE
ARQUITETO DO UNIVERSO ME AJUDE! "

* A Enciclopédia Maçônica diz: "A OBRIGAÇÃO DE TODO MAÇOM É O


OBEDECER AO MANDATO DO MESTRE’ (Não Cristo e sim, o mestre da loja
maçônica)
* Deus exige obediência irrestrita e exclusiva a Cristo. (Jo. 14:15;
I Jo.2:3; At. 5:29)
* O RITO DE INICIAÇÃO exige indiretamente que o CRENTE RENEGUE A SUA
Fé. Senão vejamos, esta citação do Jornal:
O BATISTA REGULAR:
" INICIAÇÃO DO APRENDIZ - APÓS UMAS BATIDAS REGULARES NA PORTA DO
TEMPLO, DIZ O GUARDA DO TEMPLO AO VENERÁVEL MESTRE: ‘ PROFANAMENTE
BATEM À PORTA DO TEMPLO, VENERÁVEL MESTRE’. DIZ O VENERÁVEL: ‘
VERIFICAI QUEM É O TEMERÁRIO QUE OUSA INTERROMPER NOSSAS
MEDITAÇÕES’... ENTÃO O MAÇOM QUE O ACOMPANHA, O EXPERTO, RESPONDE: ‘
SUSPENDEI VOSSA ESPADA, IRMÃO GUARDA DO TEMPLO, POIS NINGUÉM OUSARIA
ENTRAR NESTE RECINTO SEM VOSSA PERMISSÃO’. ‘ DESEJOSO DE VER A LUZ,
ESTE PROFANO VEM HUMILDEMENTE BUSCÁ-LA ‘.
** Como poderia um crente se chamar a si mesmo de PROFANO e SEM LUZ
depois de ter encontrada a Luz de CRISTO. Isto implica numa APOSTASIA
e NEGAÇÃO DA FÉ.
O CAMINHO DE SALVAÇÃO ENSINADO PELA MAÇONARIA NÃO É JESUS CRISTO
* O caminho de Salvação por obras ensinado pela Maçonaria é
representado por escada.
Assim diz a Enciclopédia Maçônica:
" ESTA ESCADA É UM SÍMBOLO DE PROGRESSO... SEUS TRÊS PRIMEIRO
DEGRAUS A FÉ, A ESPERANÇA E A CARIDADE, MOSTRAM-NOS OS MEIOS COMO
AVANÇAMOS DA TERRA PARA O CÉU, DA MORTE PARA A VIDA, DO MORTAL PARA O
IMORTAL. PORTANTO, SEU PÉ É COLOCADO NO ANDAR TÉRREO DA LOJA MAÇÔNICA,
A QUAL É O TIPO DO MUNDO E SEU CUME A LOJA, A QUAL É SÍMBOLO DO CÉU ".
(Pag. 361).
** A FÉ, a ESPERANÇA e a CARIDADE da maçonaria não estão baseadas em
Cristo e sim em obras humanas, que jamais poderiam purificar-nos .
(Ef. 2:8,9; Ap.1:5,6).

2. O ISLAMISMO
Nascimento do Profeta Mohamed
Segunda-feira, dia 25 de Abril de 571 da era cristã, nasceu
Mohamed (saaws) em Makka; era a manhã de 12 de Rabil-Awwal, o terceiro
mês do calendário lunar, no ano do Elefante. Nasceu órfão, pois o seu
pai falecera em Madina dois meses antes. O avô, Abdul Mutaleb ficou
muito satisfeito quando soube do nascimento do neto. Levou-o para a
Caaba e deu-lhe o nome de Muhammad (O Louvado), um nome não muito
comum na época., deu-lhe o nome de Ahmad. Certas narrações constam que
Amina durante toda a sua gravidez não sentiu as dores habituais, que
ao nascer viu sair dela uma luz que iluminou tudo e na hora do parto
ela ouviu uma voz, de alguém invisível, que lhe disse: “Dê-lhe o nome
de AHMAD”.

OS PILARES DO ISLAM
1º Pilar – Testemunhar que há só um Deus e que Muhammad (saaws) é seu
Profeta.
2º Pilar – Celebrar as cinco orações diárias, além das preces
ocasionais.
3º Pilar – Todo muçulmano cujas condições financeiras estão acima de
um mínimo especificado, deve pagar anualmente 2.5% do seu lucro a um
companheiro merecedor, a um novo convertido ao Islamismo, a um
viajante ou alguém que está envolvido em débitos.
4º Pilar – Jejuar no mês do Ramadan. (Siam)
5º Pilar – A peregrinação à Meca. (Haj)

ALCORÃO
Introdução
A palavra Alcorão na língua árabe significa leitura, recitação e foi
definida pelos sábios como sendo a palavra de Deus revelada ao profeta
Muhammad ( Que a paz esteja com ele ), que tem na sua recitação uma
forma de adoração, iniciado pela surata da Abertura e encerrado pela
surata dos Humanos, um milagre no seu texto e no seu significado e
passado para nós através de gerações.
Particularidades do Alcorão.
1) O seu texto e o seu significado vem de Deus, ao anjo Gabriel só
coube levar essa mensagem ao profeta e ao profeta Muhammad ( Que a paz
esteja com ele ) só coube receber, preservar , transmitir essa
mensagem para as pessoas e explicar o que necessitava de explicação.
Diz Deus o Altíssimo: " Certamente ( este Alcorão ), é uma revelação
do Senhor dos mundos. Com ele desceu o Espírito Fiel, Para o teu
coração, para que sejas um dos admoestadores, Em elucidativa língua
árabe." ( 26 : 192 à 195) e diz: " E a ti revelamos a Mensagem, para
que elucides os humanos, a respeito do que foi revelado, para que
meditem." ( 16 : 44 ) . E é essa particularidade a diferença entre o
Alcorão e as tradições do profeta visto nas tradições os significados
serem de Deus e o texto do profeta, diz Deus o Altíssimo: " Nem fala
por capricho. Isso não é senão a revelação que lhe foi revelada." ( 53
: 3 e 4 ).
2) O Alcorão foi revelado na língua árabe e como dissemos
anteriormente o seu texto e o seu significado vem de Deus, por isso
qualquer explicação que venha a ser feita a cerca de um ou mais
versículos na língua árabe não é considerado Alcorão e sim é chamado
de Tafssir ( exegese ). O mesmo acontece com as traduções, por mais
perfeitas e precisas que essas possam parecer, elas não são chamadas
de Alcorão e sim de explicações dos significados do Alcorão.

3) Outra particularidade do Alcorão é a facilidade. Deus facilitou a


sua recitação, a sua memorização, o seu entendimento e a pratica dos
seus ensinamentos, diz Deus o Altíssimo: " Em verdade, facilitamos o
Alcorão, para a admoestação." " Em verdade, facilitamos o Alcorão para
a recordação." ( 54 : 17 e 22 ) e diz " Em verdade, temos - te
facilitado ( o Alcorão ) em tua língua para que meditem." ( 44 : 58 ).
E como consequência dessa facilidade vemos homens, mulheres, velhos,
crianças, árabes e não árabes ( mesmo que não saibam nada acerca do
idioma árabe ), todos memorizando esse Livro e recitando os seus
versículos nas suas casas, nas mesquitas e onde mais desejam.

4) O Alcorão é a última das mensagens reveladas por Deus, por isso Ele
é destinado a toda a humanidade e é válido em todas as épocas, as suas
leis são sempre atuais. Ele continua da mesma forma em que foi
revelado ao profeta, sem que se alterasse uma única letra, pois Deus
se responsabilizou em preserva - Lo, diz Deus o Altíssimo: " Nós
revelamos a Mensagem e somos o Seu Preservador." ( 15 : 9 ) e diz: "
Este é um Livro veraz por excelência. A falsidade não se aproxima dele
( o Livro ), nem pela frente, nem por trás; é a revelação do Prudente,
Laudabilíssimo." ( 41 : 41 e 42 )
.
5) Outra particularidade é a abrangência. O Alcorão abrange todos os
aspectos da vida. Ele trata da crença, das virtudes morais, do
comportamento, das leis comerciais, das relações internacionais, da
política interna, das relações familiares e etc... . Ele não foi
destinado a um povo específico ou a um determinado grupo de pessoas,
ele foi destinado a toda humanidade, diz Deus o Altíssimo: " O mês de
Ramadan foi o mês em que foi revelado o Alcorão, orientação para a
humanidade." ( 2 : 185 ) e diz: " Certamente, não é mais do que uma
mensagem, para os mundos." ( 81 : 27 ) e diz: " Temos - te revelado,
pois, o Livro, que é uma explanação de tudo, é orientação,
misericórdia e alvíssaras para os muçulmanos ( submissos à vontade de
Deus )." (16:89).
Os assuntos contidos no Alcorão.
O Alcorão abrange todos os assuntos relacionados com o ser humano como
um todo, vejamos resumidamente esses assuntos:
Primeiro - O Alcorão nos da conhecimento de Deus; os seus nomes e
atributos, dos anjos, dos Livros por Ele revelados, dos mensageiros
por Ele enviados, do dia do juízo final e da predestinação. E mostra a
nossa obrigação diante dessa crença.
Segundo - Nos mostra as regras do bom comportamento, e as virtudes com
as quais os homens devem se moldar.
Terceiro - As regras das práticas que organizam a relação dos homens
com Deus ( orações, paga do Zakat, jejum, peregrinação, promessas e
etc... ) e as que regulamentam as relações dos homens entre si, seja
individualmente, em grupos ou enquanto nações.
Quarto - As histórias dos povos passados, para que se tire proveito
delas, aprendendo com os acertos e com os erros daqueles que nos
antecederam.
O Alcorão não foi revelado só para se pegar bênçãos através da
sua recitação; mas foi revelado para ser posto em prática trazendo as
pessoas das trevas para a luz, e nem para ser recitado aos mortos na
esperança de que assim Deus tenha misericórdia dos que já se foram;
mas foi revelado para regulamentar a vida dos que ainda se encontram
nesse mundo sendo uma constituição a ser seguida, e tão pouco foi
revelado para enfeitar as paredes; mas sim para enfeitar o homem e a
sua vida com a fé, o bom comportamento e as virtudes morais. Deus
deixa bem claro nos versículos que se seguem o motivo pelo qual Ele
revelou este Alcorão.
" E este é o Livro bendito que revelamos ( ao mensageiro ); observai -
o, pois, e temei a Deus; quiçá Ele Se compadeça de vós. " ( 6 : 155 )
" Ó humanos, já vos chegou uma prova convincente, do vosso Senhor, e
vos enviamos uma translúcida Luz. Aqueles que crêem em Deus, e a Ele
se apegam, introduzi - los - á em Sua misericórdia e Sua graça, e os
encaminhará até Ele, por meio da senda reta. " ( 4 : 174 e 175 )
" Realmente, revelamos - te o Livro, a fim de que julgues entre os
humanos, segundo o que Deus te ensinou. Não sejas defensor dos
pérfidos." ( 4 : 105 )
" Ó adeptos do Livro, foi vos apresentado o Nosso Mensageiro para
mostrar - vos muito do que ocultáveis do Livro e perdoar - vos em
muito.
Já vos chegou de Deus uma Luz e um Livro Lúcido, pelo qual Deus
guiará aos caminhos da paz aqueles que procurarem a Sua complacência
e, por Sua vontade, tirá - los - á das trevas e os levará para a luz,
encaminhando - os para a senda reta. " ( 5 : 15 e 16 )
" Em verdade, revelamos - te o Livro corroborante e preservador dos
anteriores. Julga - os, pois, conforme o que Deus revelou e não sigas
os seus caprichos, desviando - te da verdade que te chegou. A cada um
de vós temos ditado uma lei e uma norma; e se Deus quisesse, teria
feito de vós uma só nação; porém, fez - vos como sois, para testar -
vos quanto àquilo que vos concedeu. Emulai - vos, pois, na
benevolência, porque todos vós retornareis a Deus, o Qual vos
inteirará das vossas divergências. Incitamos - te a que julgues entre
eles, conforme o que Deus revelou; e não sigas os seus caprichos e
guarda - te de que te desviem de algo concernente ao que Deus te
revelou. Se te refutarem, fica sabendo que Deus os castigará por seus
pecados, porque muitos homens são depravados. Anseiam, acaso, o juízo
do tempo da insipiência? Quem é melhor juiz do que Deus, para os que
estão convencidos?" ( 5 : 48, 49 e 50 )
"Revelamo-lo como um Alcorão árabe, para que raciocineis." ( 12 : 2 )
O islamismo ensina o seguinte:
1. "Para Deus, a religião é o Islã" (Sura* 3:19).
2. Os infiéis e rejeitadores da fé são aqueles que não obedecem a Deus
(Alá) e seu profeta Maomé. "Dize: Obedecei a Deus e ao Mensageiro
(Maomé). Se se afastarem, Deus não ama os descrentes (koffar)" (Sura
3:32).
3. Os crentes (somente aqueles que são muçulmanos, porque a única
religião para Deus é o islamismo, conforme definido no ponto 1) não
podem ter descrentes (cristãos e judeus) como amigos ou ajudantes.
"Que os crentes não tomem por companheiros os descrentes (koffar) em
detrimento dos crentes. Quem o fizer não é de Deus (Alá)..." (Sura
3:28). Outras traduções dizem que os descrentes (não--muçulmanos) não
pertencem a Deus.
4. Alá ordenou a Maomé e seus discípulos que combatessem os (koffar)
descrentes no Islã. "Dos adeptos do Livro (judeus e cristãos),
combatei os que não crêem em Deus (Alá) nem no último dia... e não
seguem a verdadeira religião (islamismo)" (Sura 9:29).
5. Os não-muçulmanos são impuros. Eles não têm permissão para visitar
Meca e a Mesquita Sagrada: "Ó vós que credes, os idólatras
"mushrekeen" (não--muçulmanos) são realmente impuros. Que não se
aproximem da Mesquita Sagrada após o fim deste ano..." (Sura 9:28).
Atualmente, nenhum cristão pode visitar Meca.
A Arábia Saudita fez um grande contorno rodoviário ao redor de
Meca para os cristãos que tenham que passar por Meca em viagem para
outros lugares. Osama Bin Laden começou a sua guerra com os EUA, por
que os descrentes (cristãos) foram à Arábia Saudita, manchando a terra
santa do profeta Maomé.
6. O Alcorão afirma muito claramente que "koffar" são aqueles que
dizem que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Na Sura 5:72, nós lemos:
"São descrentes (kaffara) aqueles que dizem que 'Deus é o Messias, o
filho de Maria...' Quem atribuir associados a Alá, Alá lhe proibirá o
Paraíso e lhe dará o Fogo por morada. Os iníquos não terão quem os
ajude"
7. Lemos ainda na Sura 5:73: "São descrentes (kaffara) aqueles que
dizem que Deus (Alá) é o terceiro de três. Não há Deus senão o Deus
único (Alá). E se não desistirem do que dizem, um castigo doloroso os
(aos koffar) açoitará".
O Alcorão considera os cristãos como pessoas que descrêem e que adoram
mais de um deus ("kaffara" e "mushrekeen"), apesar de em outras suras,
Maomé tentar dizer coisas agradáveis a respeito dos cristãos, a fim de
atraí-los para o seu lado, chamando-os de "o povo do Livro." Ele até
disse a eles: "Nosso Deus (Alá) e vosso Deus (Alá) é o mesmo" (Sura
29:46).

A Descrição do Inferno no Islamismo


No islamismo, o inferno é um lugar de fogo e tormento. Alá preparou-o
para ser enchido com os Jinni (maus espíritos) e seres humanos, e
ninguém vai escapar. Foi criado tanto para os injustos como para os
justos. No Alcorão, no Sura (um capítulo do alcorão) Al Hijr 15.43,44,
"o Gehenna [inferno] será a terra prometida de todos eles. Sete
portões ele tem, e em cada portão uma porção destinada a eles". Também
lemos no Sura Maryam 19.71: "Nenhum de vocês lá está, mas vai descer
até ele [inferno], pois para o vosso Senhor é uma coisa decretada,
determinada. Então, libertaremos aqueles que temiam a Deus".
Ali Ibn Abi Talib (o terceiro Califa) certa vez perguntou: "Você sabe
com o que se parecem os portões do Gehenna?" Então ele pôs uma mão
sobre a outra indicando que há sete portões, um em cima do outro, Al
Baidawi (um comentarista) disse: "Ele tem sete portões através dos
quais eles serão admitidos pelo seu grande número. As camadas que eles
vão descer conforme a sua graduação, são rspectivamente: Gahanna, o
mais alto, é para os monoteístas rebeldes; o segundo, Al Laza
[fornalha], é para os judeus; o terceiro é Al Hutama [o esmagado], que
é para os cristãos; o quarto é Al-Sa'ir [a fogueira], para os
Sabaenos; o quinto, Saqar [calor ardente], é para os adoradores do
fogo; o sexto é o inferno, que é para os incrédulos; e o sétimo é a
Fossa para os enganadores".

A Descrição do Paraíso
A Bíblia diz que os cristãos nascidos de novo vão estar no céu com
Deus, num estado de santa alegria e adoração dAquele que os salvou do
inferno. Um retrato do paraíso que espera os muçulmanos depois que
eles saírem do inferno nos foi apresentado pelo Alcorão; por Maomé, o
mensageiro de Alá; e pela maioria dos antigos e mais recentes sábios
muçulmanos. Este retrato está muito bem apresentado no Sura (um
capítulo do Alcorão ) 36.55,56; 37.41-49; 47.15; 55.56; 56.22,23;
56.35-37; e 87.31-33:
Uma coisa muito estranha que o paraíso tem são as houris, destinados a
satisfazer os prazeres sexuais dos homens. Estas houris são virgens, e
as suas relações com os homens jamais afeta a sua virgindade. Não
envelhecem mais do que 33 anos de idade. São brancas, olhos grandes e
negros e a pele suave e macia. As mulheres que morrem em idade
avançada na terra serão recriadas virgens para o deleite dos homens.
Estes comentaristas concordam com isto: Al Jalalan (pp. 328, 451-453,
499), Al Baidawi (pp. 710, 711, 781) e Al Zamakhshary (Parte 4, pp.
453, 450-462, 690).
Em seu livro Legal Opinions (Opiniões Jurídicas), o Xeque Sha 'rawi (o
mais renomado Xeque de todos os países árabes e islâmicos, que tem um
programa de televisão no Egito) expôs a sua tese quando escreveu: "O
apóstolo de Deus recebeu a seguinte pergunta: 'Teremos intercurso
sexual no paraíso?' Ele respondeu: 'Sim, juro por Aquele que tem a
minha alma em Sua mão que será um intercurso vigoroso e, logo que o
homem se separe dela [a houri], ela voltará a ser imaculada e
virgem'". Na página 148, Sha 'rawi escreveu: "O apóstolo de Deus,
Maomé, disse: 'A cada manhã, cem virgens serão [a porção] de cada
homem'". O islamismo é uma religião de lascívia. As mulheres são
consideradas no céu como objetos de prazer a serem possuídos pelos
homens, do mesmo modo como são hoje abusadas em muitos países
muçulmanos.
Na página 191, Sha 'rawi diz que se uma mulher tiver sido casada com
mais de um homem, ou por ter ficado viúva, ou por ter-se divorciado,
no paraíso ela teria o direito de escolher um deles. Mas, o homem no
paraíso tem o direito de ter dúzias de houris. Compare com as palavras
de Jesus em Mateus 22.29,30. Ao ser questionado sobre o casamento no
céu, ele deixou bem claro: "Vocês estão errados porque não conhecem as
Escrituras nem o poder de Deus. Na ressurreição, as pessoas não se
casam nem são dadas em casamento; mas são como os anjos do céu".

O Contrato de Casamento Temporário


Sábios muçulmanos, em coleções de comentários chamados "Hadiths",
descrevem um "casamento de prazer". O casamento de prazer é
simplesmente assinar documentos religiosos no quarto de uma
prostituta, ou na recepção com um Imã (oficial religioso), antes de
fazer sexo. Assim, não existe pecado, pois os parceiros foram
"casados" por uma hora.
Maomé legalizou este procedimento, depois o proibiu, voltando a
legalizá-lo depois, por isso, a maioria dos seus seguidores e os
Califas consideram-no legal. Os muçulmanos xiitas (100 milhões) são
acostumados com este procedimento e o praticam em várias partes do
mundo. Conforme registrado no Sahih al-Bukhari (um comentário),
"Quando estávamos no exército, o apóstolo de Alá veio até nós e disse:
'Vocês têm direito ao prazer, portanto, desfrutem-no. Se um homem e
uma mulher concordarem em se casar temporariamente, esse casamento
deverá durar três noites e, se quiserem continuar, eles podem'". Ibn
Mas'ud também confirmou isto. (Para mais informações sobre mulheres no
Islamismo serão publicadas na próxima edição, nesta série).
O retrato do paraíso no Alcorão tem também as seguintes descrições:
"De altos tronos eles darão ordens" (83.23); "Adornados naquele lugar
com braceletes de ouro e pérolas e as suas roupas serão de seda"
(22.23); "Neles haverá frutos, e tâmaras e romãs" (55.68); "e
desposarão donzelas com grandes e brilhantes olhos" (52.20);
"reprimindo olhares que nenhum homem ou Jinni antes deles jamais
tocou" (55.56).
Como cristãos podemos nos regozijar porque Jesus breve virá e nós
vamos estar com Ele em perfeita santidade como Ele prometeu. Todos nós
vamos nos relacionar uns com os outros como irmãos e irmãs num reinado
glorioso, considerando e honrando uns aos outros. "Pois o reino de
Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito
Santo" (Rm 14:17).

3. O BUDISMO
A origem, o Bhudda Siddharta Gautama, a definição, os
ensinamentos, os templos e as crenças.
O termo "Buda" é um título, não um nome próprio. Significa
"aquele que sabe", ou "aquele que despertou", e se aplica a alguém que
atingiu um superior nível de entendimento e a plenitude da condição
humana. Foi aplicado, e ainda o é, a várias pessoas excepcionais que
atingiram um grau de elevação moral e espiritual que se transformaram
em mestres de sabedoria no oriente, onde se seguem os preceitos
budistas. Porém o mais fulgurante dos budas, e também o real fundador
do budismo, foi um ser de personalidade excepcional, chamado Siddharta
Gautama. Siddharta Gautama, o Buddha, nasceu no século VI a. C. (em
torno de 556 a. C.), em Kapilavastu, norte da Índia, no atual Nepal.
Nascido entre os nobres, filho do rei Suddhodana e da rainha Maya.
Logo após o nascimento foi levado a um templo para ser
apresentado aos sacerdotes, quando um velho sábio, chamado Ansita, que
havia se retirado à uma vida de meditação longe da cidade, aparece,
toma o menino nas mãos e profetiza: "este menino será grande entre os
grandes. Será um poderoso rei ou um mestre espiritual que ajudará a
humanidade a se libertar de seus sofrimentos". Suddhodana,
impressionado com a profecia, decide que seu filho deve seguir a
primeira opção e, para evitar qualquer coisa que lhe pudesse
influenciar contrariamente, passa a criar o filho longe de qualquer
coisa que lhe pudesse despertar qualquer interesse filosófico e
espiritual mais aprofundado, principalmente mantendo-o longe das
misérias e sofrimentos da vida que se abatem sobre o comum dos
mortais. Para isso, seu pai faz com que ele viva cercado do mais
sofisticado luxo. Na sua adolescência, aos dezesseis anos, casa-se com
sua prima, a bela Yasodhara, que lhe deu seu único filho, Rahula,
vivendo na corte, desenvolvendo-se intelectual e fisicamente, alheio
ao convívio e dos problemas da população de seu país. Quando começa a
ouvir comentários que se faziam sobre a dura vida fora dos portões do
palácio, despertando cada vez mais sua curiosidade e desconfiança do
porquê de seu estilo vida, onde ansiava por descobrir por que as
referências ao mundo de fora pareciam ser, às vezes, carregadas de
tristeza.
Na sua adolescência, aos dezesseis anos, casa-se com sua prima, a
bela Yasodhara, que lhe deu seu único filho, Rahula, vivendo na corte,
desenvolvendo-se intelectual e fisicamente, alheio ao convívio e dos
problemas da população de seu país. Quando começa a ouvir comentários
que se faziam sobre a dura vida fora dos portões do palácio,
despertando cada vez mais sua curiosidade e desconfiança do porquê de
seu estilo vida, onde ansiava por descobrir por que as referências ao
mundo de fora pareciam ser, às vezes, carregadas de tristeza.

Em seu caminhar, onde descobria os sofrimentos inevitáveis do


homem, encontrara-se com um monge mendicante, onde observou que o
monge, mesmo vivendo miseravelmente, possuía um olhar sereno, como de
quem estava tranqüilo diante dos revezes da vida.
Assim, quando decidiu buscar sua iluminação, Gautama resolveu se
juntar a um grupo de brâmanes dedicados a uma severa vida ascética.
Logo, porém, estes exercícios mortificadores do corpo demonstraram ser
algo inútil. A corda de um instrumento musical não pode ser retesada
demais, pois assim ela rompe, e nem pode ser frouxa demais, pois assim
ela não toca. Não era mortificando o corpo, retesando ao extremo os
limites do organismo, que o homem chega à compreensão da vida. Nem é
entregando-se aos prazeres excessivamente que chegará a tal.
Foi ai que Sidarta chegou ao seu conceito de O Caminho do Meio:
buscar uma forma de vida disciplinada o suficiente para não chegar à
completa indulgência dos sentidos, pois assim a pessoa passa a ser
dominada excessivamente por preocupações menores, e nem a autotortura,
que turva a consciência e afasta a pessoa do convívio dos seus
semelhantes. A vida de provações não valia mais que a vida de prazeres
que havia levado anteriormente.
Ele resolve, então, renunciar ao ascetismo e volta a se alimentar de
forma equilibrada. Seus companheiros, então, o abandonam
escandalizados. Sozinho Sidarta procurava seguir seu próprio caminho,
confiando apenas na própria intuição e procurando se conhecer a si
mesmo, sentindo as coisas, evitando tecer qualquer conceitualização
intelectual excessiva sobre o mundo que o cercava.
Desta forma, passou a atrair pessoas que se lhe acercam devido à
pureza de sua alma e tranqüilidade de espírito, que rompiam
drasticamente com a vaidosa e estúpida divisão da sociedade em castas
rígidas que separavam incondicionalmente as pessoas a partir do
nascimento, como hoje as classes sociais se dividem estupidamente a
partir da desigual divisão de renda e, ainda mais, de berço.
Sidarta transformou-se no Buda em virtude de uma profunda
transformação interna, psicológica e espiritual, que alterou toda a
sua perspectiva de vida.
Tendo atingido sua iluminação, Buda passa a ensinar o Dharma,
isto é, o caminho que conduz à maturação cognitiva que conduz à
libertação de boa parte do sofrimento terrestre. Eis que o número de
discípulos aumenta cada vez mais, entre eles, seu filho e sua esposa.
Os quarenta anos que se seguiram são marcados pelas intermináveis
peregrinações, sua e de seus discípulos, através das diversas regiões
da Índia.
Ao completar oitenta anos, sente seu fim terreno se aproximando e
deixa instruções precisas sobre a atitude de seus discípulos a partir
desta data.Buda morreu em Kusinara, no bosque de Mallas, Índia. Sete
dias depois seu corpo foi cremado e suas cinzas dadas as pessoas cujas
terras ele vivera e morrera.
Definição O Budismo é um conjunto de práticas originadas na
inspiração e ensinamentos de Buda. É também um estilo de vida, um
caminho completo para o desenvolvimento integral do indivíduo, onde
ensina como superar nossos problemas e dificuldades através do
entendimento e prevenção de suas causas. Normalmente olhamos fora de
nós para encontrar as causas de nossos problemas, Buda nos ensina a
olhar dentro de nós mesmos. Ele mostrou como nossos sentimentos e
insatisfações surgem de estados mentais negativos, em especial a
raiva, o apego e a ignorância. Ele ofereceu métodos para eliminar
esses estados mentais negativos através do desenvolvimento de
generosidade, compaixão, sabedoria e outros estados mentais positivos.
Cultivando essas qualidades em nossa mente seremos capazes de
descobrir força e paz interior.

Os Ensinamentos de Buda
Os ensinamentos foram transmitidos de boca em boca por cerca de 250
anos.
A partir do primeiro século a.C. estes foram recolhidos pelos monges
em três grandes coleções chamadas de "Tipitaka" (que quer dizer "três
cestos de livros"), e sua doutrina pode ser resumida em torno de
quatro verdades.
Os Três Cestos
1 - CESTO DA DISCIPLINA MONÁSTICA: Contém regras para a vida dos
monges.
2 - CESTO DOS ENSINAMENTOS MORAIS: Contém os sermões, as poesias, os
diálogos e os fatos da vida do fundador.
3 - CESTO DA DOUTRINA DA SALVAÇÃO: É o mais antigo catecismo com
perguntas e respostas.

As Quatro Verdades
1 - DUKA: A dor é universal.
2 - SAMUDAYA: A origem da dor é o desejo insaciável.
3 - NIRODHA: O fim da dor é a completa supressão do desejo.
4 - MARGA: O caminho para suprimir o desejo é o santo trilho das oito
normas que convergem na felicidade eterna (Nirvana).

O Trilho das Oito Normas


1 - Reto conhecimento.
2 - Reta intenção.
3 - Reta palavra.
4 - Reta ação.
5 - Reta vida.
6 - Reto esforço.
7 - Reto saber.
8 - Reta meditação.

Os Mandamentos
1 - Não matar
2 - Não roubar
3 - Não tomar a mulher do próximo
4 - Não mentir
5 - Não ingerir bebidas alcoólicas
6 - Resignar-se no sofrimento
7 - Meditar sobre o sofrimento dos vivos
8 - Participar das dores e alegrias dos outros
9 - Ser benevolente
10 - Perdoar as ofensas

DEUS - Tudo é Deus (Panteísmo). Cada homem possui uma energia vital.
De um modo geral são ateístas (não crêem num Ser Supremo). Muitos
budistas acreditam em Buda como um iluminado universal, com estado de
consciência igual a Deus. Não acreditam num Deus imanente (sempre
presente), pessoal e transcendente (superior, excelso).
Refutação: O Cristianismo ensina que Deus é o Criador de todas as
coisas; logo, Ele é um Ser distinto de sua criação.
JESUS - Foi um grande Mestre e passou muitos anos de sua vida em
mosteiros budistas no Tibet e na Índia. Para os budistas ocidentais,
Jesus é um homem iluminado.
Refutação: A Bíblia ensina que Jesus é o Verbo que se fez carne e
habitou entre nós (Jo 1.1,2,12, 14).
ESPÍRITO SANTO - Nada falam.
BÍBLIA - Desprezam-na. Suas doutrinas assentam-se em três grupos de
livros: o TRIPITAKA, que constituem os três cestos das escrituras
budistas: o primeiro trata da autodisciplina; o segundo, do sermão de
Buda; o terceiro, do conteúdo doutrinário.
SALVAÇÃO - O homem atingirá a perfeição plena através de reencarnações
e nas boas obras (Lei do Carma).
O objetivo o Nirvana (o paraíso dos budistas) para eliminar todos
os desejos e evitar o sofrimento. A salvação será alcançada pelo
próprio budista sem nenhuma ajuda externa.

OUTROS ENSINOS - Os "Oito Nobres caminhos" da doutrina budista são:


Crença correta;
Sentimentos corretos;
Fala correta; conduta correta;
Maneira de viver correta;
Esforço correto;
Memória correta;
Meditação e concentração correta.

As dez proibições abrangem:


(1) assassinato;
(2) roubo;
(3) fornicação;
(4) mentira;
(5) bebidas alcoólicas;
(6) comer durante a abstinência;
(7) dançar, cantar e participar de diversões mundanas;
(8) usar perfumes e outros ornamentos;
(9) dormir em camas que não estejam armadas no chão; e
(10) aceitar ouro e prata como esmola.

Teologia do Budismo
A divindade: não existe nenhum Deus absoluto ou pessoal. A existência
do mal e do sofrimento é uma refutação da crença em Deus. Os que
querem ser iluminados, necessitam seguir seus próprios caminhos
espirituais e transcendentais.
Antropologia: o homem não tem nenhum valor e sua existência é
temporária.

Salvação: as forças do universo procurarão meios para que todos os


homens sejam iluminados (salvos).
A alma do homem: a reencarnação é um ciclo doloroso, porque a vida se
caracteriza em transições. Todas as criaturas são ficções.
O caminho: o impedimento para a iluminação é a ignorância. Deve-se
combater a ignorância lendo e estudando.
No Budismo a pessoa pode meditar em sua respiração, nas suas atitudes
ou em um objeto qualquer. Em todos os casos, o propósito é se livrar
dos desejos e da consciência do seu interior.

4. O CATOLICISMO

SALVAÇÃO SÓ NA IGREJA CATÓLICA, DIZ OS PAPAS

Apesar de Pedro que dizem ter sido o primeiro papa afirmar que fora de
Jesus não há salvação[Atos 4:12], os supostos sucessores de São Pedro
afirmam exatamente o contrário. Passando por cima da autoridade do
próprio apóstolo, os papas através de seus concílios, bulas e
encíclicas afirmaram durante toda a história do catolicismo que fora
de sua igreja não havia salvação. Vejamos as declarações heréticas de
alguns deles contidas num site católico do qual foi extraído o artigo
logo abaixo:

"Papa Inocêncio III (1198-1216): "De coração cremos e com a boca


confessamos uma só Igreja, que não de hereges, só a Santa, Romana,
Católica e Apostólica, fora da qual cremos que ninguém se salva".

IV Concílio de Latrão (1215), infalível, Canon I: "...Há apenas uma


Igreja universal dos fiéis, fora da qual absolutamente ninguém é
salvo...". Canon III: "Nós excomungamos e anatematizamos toda heresia
erguida contra a santa, ortodoxa e Católica fé sobre a qual nós,
acima, explanamos...".

Papa Bonifácio VIII (1294-1303): "Por apego da fé, estamos obrigados a


crer e manter que há uma só e Santa Igreja Católica e a mesma
apostólica e nós firmemente cremos e simplemente a confessamos e fora
dela não há salvação nem perdão dos pecados (...) Romano Pontífice, o
declaramos, o decidimos, definimos e pronunciamos como de toda
necessidade de salvação para toda criatura humana.

Concílio de Florença (1438-1445): "Firmemente crê, professa e predica


que ninguém que não esteja dentro da Igreja Católica, não somente os
pagãos, mas também, judeus, os hereges e os cismáticos, não poderão
participar da vida eterna e irão para o fogo eterno que está preparado
para o diabo e seus anjos, a não ser que antes de sua morte se unirem
a Ela(...).

O Concílio infalível de Trento (1545-1563) além de condenar e


excomungar os protestantes, reiterou tudo o que os Concílios
anteriores declararam, e ainda proferiu : "... nossa fé católica, sem
a qual é impossível agradar a Deus..."

Papa Pio IV (1559-1565), um dos papas do Concílio de Trento: "... Esta


verdadeira fé católica, fora da qual ninguém pode se salvar..."
(Profissão de fé da Bula "Iniunctum nobis" de 1564)

Papa Benedito IV (1740-1758): "Esta fé da Igreja Católica, fora da


qual ninguém pode se salvar...".

Papa Gregório XVI (1831-1846), Mirari Vos: "Outra causa que tem
acarretado muitos dos males que afligem a Igreja é o indiferentismo,
ou seja, aquela perversa teoria espalhada por toda a parte, graças aos
enganos dos ímpios e que ensina poder-se conseguir a vida eterna em
qualquer religião, contanto que se amolde à norma do reto e honesto.
Podeis com facilidade, patentear à vossa grei esse erro tão execrável,
dizendo o Apóstolo que há um só Deus, uma só fé e um só batismo (Ef.
4,5): entendam, portanto os que pensam poder-se ir de todas as partes
ao Porto da Salvação que, segundo a sentença do Salvador, eles estão
contra Cristo, já que não estão com Cristo(Luc. 11,23) e os que não
colhem com Cristo dispersam miseravelmente, pelo que perecerão
infalivelmente os que não tiverem a fé católica e não a guardarem
íntegra e sem mancha(Simb. Sancti Athanasii).(...) Desta fonte lodosa
do indiferentismo promana aquela sentença absurda e errônea, digo
melhor disparate, que afirma e que defende a liberdade de consciência.
Esse erro corrupto que abre alas, escudado na imoderada liberdade de
opiniões que, para confusão das coisas sagradas e civis, se estende
por toda parte, chegando a imprudência de alguém asseverar que dela
resulta grande proveito para a causa da religião. Que morte pior há
para a alma do que a liberdade do erro?, dizia Santo Agostinho (Ep.
166)".

Teses condenadas, pelo Papa Pio IX (1846-1878), no Sillabus:

15a "É livre a qualquer um abraçar o professar aquela religião que


ele, guiado pela luz da razão, julgar verdadeira".

16a "No culto de qualquer religião podem os homens achar o caminho da


salvação e alcaçar a mesma eterna salvação".

17a "Pelo menos deve-se esperar bem da salvação eterna daqueles todos
que não vivem na verdadeira Igreja de Cristo".

18a "O protestantismo não é senão outra forma da verdadeira religião


cristã na qual se pode agradar a Deus do mesmo modo que na Igreja
Católica".

21a "A Igreja não tem poder para definir dogmaticamente que a religião
da Igreja Católica é a única religião verdadeira"

Outro texto de Pio IX: "(...) não temem fomentar a opinião desastrosa
para a Igreja Católica e a salvação das almas, denominada por Nosso
Predecessor, de feliz memória, de ‘loucura’ (Mirari Vos) de que a
‘liberdade de conciência e de cultos é direito próprio e inalienável
do indivíduo que há de proclamar-se nas leis e estabelecer-se em todas
as sociedades constituídas; (...) Portanto, todas e cada uma das
opiniões e perversas doutrinas explicitamente especificadas neste
documento, por Nossa autoridade apostólica, reprovamos, proscrevemos e
condenamos; queremos e mandamos que os filhos da Igreja as tenham,
todas, por reprovadas, proscritas e totalmente condenadas". (Quanta
Cura)

Papa Leão XIII (1878-1903), encíclica Libertas Praestantissimum:


"(...) oferecer ao homem liberdade (de culto) de que falamos, é dar-
lhe o poder de desvirtuar ou abandonar impunemente o mais santo dos
deveres, afastando-se do bem imutável, a fim de se voltar para o mal.
Isto, já o dissemos, não é liberdade, é uma escravidão da alma na
objeção do pecado."

Papa Pio XI (1922-1939), Mortalium Animus: " Os esforços [do falso


ecumenismo] não tem nenhum direito à aprovação dos católicos porque
eles se apoiam sobre esta opinião errônea que todas as religiões são
mais louváveis naquilo que elas revelam, e traduzem todas igualmente,
se bem que de uma maneira diferente, o sentimento natural e inato que
nos leva para Deus e nos inclina ao respeito diante de seu poder(...)
Os infelizes infestados por esses erros sustentam que a verdade
dogmática não é absoluta, mas relativa, e deve pois, se adaptar às
várias exigências dos tempos e lugares às diversas necessidades das
almas".(...) "Os artesãos dessas empresas não cessam de citar ao
infinito a Palavra de Cristo: ‘Que todos sejam um. Haverá um só
rebanho e um só pastor’( Jo XVII,21; X,16), e eles repetem esses texto
como um desejo e um voto de Cristo que ainda não teria sido realizado.
Eles pensam que a unidade da fé e de governo, característica da
verdadeira e única Igreja de Cristo, quase nunca existiu no passado e
que não existe hoje... Eles afirmam que todas ( as igrejas) gozam dos
mesmos direitos; que a Igreja só foi Una e Única, no máximo da época
apostólica até os primeiros Concílios Ecumênicos(...). Tal é a
situação. É claro, portanto, que a Sé Apostólica não pode por nenhum
preço tomar parte em seus congressos, e que não é permitido, por
nenhum preço, aos católicos aderir a semelhantes empreendimentos ou
contribuir para eles; se eles o fizerem dariam autoridade a uma falsa
religião cristã completamente estranha à única Igreja de Cristo"

Vejamos o que tem a dizer o maior papa do século, São Pio X (1903-
1914), ele tem a autoridade dos papas e a virtude dos santos. Talvez
seja a melhor pessoa, neste século, para falar sobre isso. Ele fez o
chamado Catecismo Maior, em 1905. O primeiro Catecismo foi ordenado
pelo Concílio de Trento, e foi publicado pelo Papa S. Pio V, em 1566,
e é um resumo de toda doutrina principal que a Igreja sempre ensinou,
colocada de forma fácil, para que todos possam compreender e obedecer.

"Catecismo da Doutrina Cristã", voz infalível do ensinamento dos Papas


e dos Concílios:

149- Que é a Igreja Católica?


A Igreja Católica é a sociedade ou reunião de todas as pessoas
batizadas que, vivendo na terra, professam a mesma fé e a mesma lei de
Cristo, participam dos mesmos sacramentos, e obedecem aos legítimos
Pastores, principalmente ao Romano Pontífice.

153- Então não pertencem à Igreja de Jesus Cristo as sociedades de


pessoas batizadas que não reconhecem o Romano Pontifice por seu chefe?
Todos os que não reconhecem o Romano Pontifice por seu chefe , não
pertencem à Igreja de Jesus Cristo.

156- Não poderia haver mais de uma Igreja?


Não pode haver mais de uma Igreja, porque, assim com há um só Deus,
uma só fé e um só Batismo, assim também não há nem pode haver senão
uma só Igreja verdadeira.

168- Pode alguém salvar-se fora da Igreja Católica, Apostólica,


Romana?
Não. Fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana, ninguém pode salvar-
se, como ninguém pôde salvar-se do dilúvio fora da arca de Noé, que
era figura desta Igreja.

Ou, ainda em outro documento, São Pio X, condenando, as teses


modernistas: "Toda religião, não excetuada sequer a dos idólatras,
deve ser tida por verdadeira(...). E os modernistas de fato não negam,
ao contrário, concedem, uns confusa, e outros manifestamente, que
todas as religiões são verdadeiras(...). Quando muito, no conflito
entre as diversas religiões, os modernistas poderão sustentar que a
Católica tem mais verdade, porque é mais viva e merece mais o título
de Cristã, porque mais completamente corresponde o título de Cristã,
porque mais completamente corresponde às origens do cristianismo".'

O autor (católico) deste artigo no original, ainda confirma convicto:

"Cremos ter provado que, pela Igreja Católica: só há uma Igreja


verdadeira, fora da qual não há salvação; Além disso, havendo um só
Deus, conseqüentemente, só pode haver uma Igreja verdadeira. Essas
proposições valem para sempre."

Agora já deu para perceber que a Igreja Romana é SEMPER EADEM, ou


seja, sempre a mesma, nunca vai mudar. Engana-se quem pensa que o
ecumênico João Paulo II, vai retirar todas essas afirmações heréticas
proferidas pelos seus antecessores. Na verdade, ele nunca se
posicionou contra, ou sequer mencionou como errôneo as dezenas de
"anátemas" que o Concílio de Trento impetrou contra os protestantes.
Nem poderia mesmo, pois fazendo assim, estaria automaticamente
admitindo que seus predecessores não eram falíveis quando falavam ex-
catedra. Ele nunca se colocaria debaixo destas maldições atoa, em nome
de uma falsa união!Diante de tudo isso só podemos dizer uma coisa: o
ecumenismo pregado por JPII, nada mais é do que uma farsa, uma arapuca
preparada para os protestantes. Não obstante a Bíblia é categórica em
dizer que: "E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu
nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser
salvos."

E não queira sofismar aqui o clero católico em dizer que a Igreja está em Cristo e Cristo na
Igreja, por isso os termos seriam equivalentes. Toda essa argumentação é erigida à margem da Palavra
de Deus. Mesmo que a Igreja seja o corpo de Cristo e ao mesmo tempo sua noiva, mostrando assim um
laço espiritual; no entanto, a Biblia não diz em lugar nenhum que essa Igreja, é a Igreja Romana.

A história do concílio de Éfeso

O concílio de Éfeso não instituiu a adoração a Maria, apenas


sancionou-a. Até então se tratava de um sentimento religioso popular.
Depois disso, passou a ser matéria teológica. Pior que uma prática
idólatra permitida é uma prática idólatra teologicamente defendida. E
foi justamente isso que esse concílio significou para o cristianismo:
o passaporte de entrada da deusa Diana para dentro da Igreja Cristã.

Hoje, fala-se muito do concílio de Éfeso como “uma questão


cristológica”. O que estava em jogo não era se Maria deveria ser
chamada de mãe de Deus ou não, mas se o Filho nascido dela possuía
apenas a natureza humana ou as duas naturezas: a humana e a divina. O
resultado positivo foi o estabelecimento da natureza hipostática de
Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Mas a deturpação veio de carona. Todo o ambiente que cercou esse
Concílio foi repleto de intrigas, corrupções, ódios e idolatria, mais
especificamente idolatria mariana. O historiador Edward Gibbon
referiu-se ao concílio de Éfeso como um “tumulto episcopal, que na
distância de treze séculos assumiu o venerável aspecto de Terceiro
Concílio Ecumênico”.4
Nestor, patriarca de Constantinopla, se recusava a conferir o
título de “Mãe de Deus” a Maria. “Na Síria, a escola de Nestor tinha
sido ensinada a rejeitar a confusão das duas naturezas, e suavemente
distinguir a humanidade de seu mestre Cristo da divindade do Senhor
Jesus. A bendita virgem era honrada como a mãe do Cristo, mas os seus
ouvidos foram ofendidos com o irrefletido e recente título de Mãe de
Deus, que tinha sido insensivelmente adotado desde a controvérsia
ariana. Do púlpito de Constantinopla, um amigo do patriarca e depois
o próprio patriarca, repetidamente pregou contra o uso, ou o abuso,
de uma palavra desconhecida pelos apóstolos, não autorizada pela
igreja, e que apenas tendia a alarmar os tímidos”, diz Gibbon (grifo
do autor).
Cirilo, então bispo de Alexandria, acusou-o de heresia e tratou
rapidamente de convencer Celestino, bispo de Roma, de seu ponto de
vista. Para resolver a questão, foi então decidido um Concílio
Universal, sediado na cidade de Éfeso, na Ásia Menor, que ficaria
acessível tanto por mar quanto por terra, para ambas as partes
conflitantes.

Cirilo usou todos os artifícios para persuadir o povo a tomar


seu partido. Vejamos o que disse Gibbon a respeito: “O despótico
primado da Ásia (Cirilo) dispôs prontamente de trinta a quarenta
votos episcopais: uma multidão de camponeses e os escravos da Igreja
foram derramados na cidade para sustentar com barulhos e clamores um
argumento metafísico; e o povo zelosamente afirmou a honra da Virgem,
de quem o corpo repousava dentro dos muros de Éfeso.
O navio que havia transportado Cirilo de Alexandria foi
carregado com as riquezas do Egito; e ele desembarcou um numeroso
corpo de marinheiros, escravos e fanáticos, aliciados com cega
obediência sob a bandeira de São Marcos e a mãe de Deus. Os pais e
ainda os guardas do concílio estavam receosos devido àquele desfile
esplendoroso de roupas guerreiras; os adversários de Cirilo e Maria
foram insultados nas ruas ou destratados em suas casas; sua
eloqüência e liberalidade fizeram um acréscimo diário ao número de
seu aderentes...
“Impaciente com uma demora que ele estigmatizou como voluntária
e culpável, Cirilo anunciou a abertura do Sínodo dezesseis dias após
a Festa do Pentecoste. A sentença, maliciosamente escrita para o novo
Judas (isto é, Nestor), foi afixada e proclamada nas ruas de Éfeso:
os cansados prelados, assim que publicaram para a igreja com respeito
à mãe de Deus, foram saudados como campeões, e sua vitória foi
comemorada com luzes, cantos e tumultos noturnos.
“No quinto dia, o triunfo foi obscurecido pela chegada e
indignação dos bispos orientais (do partido de Nestor). Em um cômodo
da pensão, antes que ele tivesse limpado o pó de seus pés, João de
Antioquia tinha dado audiência para Candidian, ministro imperial, que
relatou seus infrutuosos esforços para impedir ou anular a violenta
pressa dos egípcios. Com igual violência e rapidez, o Sínodo Oriental
de cinqüenta bispos degradou Cirilo e Memnon de suas honras
episcopais; condenou, em doze anátemas, o mais puro veneno da heresia
apolinária; e descreveu o primado alexandrino (Cirilo) como um
monstro, nascido e educado para a destruição da igreja.
“Pela vigilância de Memnon, as igrejas foram fechadas contra
eles, e uma forte guarnição foi colocada na catedral. As tropas, sob o
comando de Candidian, avançaram para o assalto; as sentinelas foram
cercadas e mortas à espada, mas o lugar era inexpugnável; os sitiantes
retiraram-se; sua retirada foi perseguida por um vigoroso grupo; eles
perderam seus cavalos e muitos soldados foram perigosamente feridos
com paus e pedras. Éfeso, a cidade da virgem, foi profanada com ódio e
clamor, com sedição e sangue; o sínodo rival lançou maldições e
excomunhões de sua máquina espiritual; e a corte de Teodósio ficou
perplexa pelas narrativas diferentes e contraditórias dos partidos da
Síria e do Egito. Durante um período tumultuado de três meses o
imperador tentou todos os meios, exceto o mais eficaz, isto é, a
indiferença e o desprezo, para reconciliar esta disputa teológica. Ele
tentou remover ou intimar os líderes por uma sentença comum de
absolvição ou de condenação; ele investiu seus representantes em Éfeso
com amplos poderes e força militar; ele escolheu de ambos os partidos
oito deputados para uma suave e livre conferência nas vizinhanças da
capital, longe do contagioso frenesi popular.
“Mas os orientais se recusaram a ceder e os católicos, orgulhosos
de seu número e de seus aliados latinos, rejeitaram todos os termos de
união e tolerância. A paciência do manso imperador Teodósio foi
provocada, e ele dissolveu, irado, este tumulto episcopal, que na
distância de treze séculos assumiu o venerável aspecto de Terceiro
Concílio Ecumênico. ‘Deus é minha testemunha’, disse o piedoso
príncipe, ‘que eu não sou o autor desta confusão. Sua providência
discernirá e punirá o culpado. Voltem para suas províncias, e possam
suas virtudes privadas reparar o erro e o escândalo deste encontro’.
“(...) os abades Dalmácio e Êutico tinham devotado seu zelo à causa de
Cirilo, o adorador de Maria, e à unidade de Cristo. Desde o primeiro
momento de sua vida monástica eles nunca tinham se misturado com o
mundo ou pisado no chão profano da cidade. Mas neste terrível momento
de perigo para a igreja, seus votos foram superarados por um mais
sublime e indispensável dever. À frente de uma ordem de eremitas e
monges, carregando archotes em suas mãos e cantando hinos à mãe de
Deus, eles foram de seus mosteiros ao palácio do imperador”5 (grifo
do autor).
Longe de ser uma disputa teológica, na qual a Palavra de Deus era
o padrão da verdade, essa foi uma guerra política, ocasião em que
Maria foi proclamada a “mãe de Deus”, iniciando uma ascensão que fez
dela a deusa que é hoje.
Nem todas as sutilezas teológicas produzidas pelo catolicismo terão
poder de inocentar os milhões apri-sionados na idolatria mariana.
Nenhum longo tratado, nenhuma citação da patrística e nenhuma alegação
da tradição serão suficientes para apagar dessas almas manchadas o
envolvimento com essas entidades que se intitulam “Senhoras”. São mais
de quinze séculos de práticas pagãs, justificadas por argumentos
ilegítimos, tentando tornar aceitável o inaceitável.

Mas o fundamento de Deus permanece. “Não terás outros deuses diante de


mim”, diz o Senhor. E muito menos deusas!

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