Anais Simposio Tecnologia

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Anais do II Simpósio Internacional e V Nacional de Tecnologias Digitais na Educação.

João Batista Bottentuit Junior (Org.)

POSSIBILIDADES DIDÁTICO-METODOLÓGICAS NA EDUCAÇÃO


DE SURDOS COM O USO DO WHATSAPP

Alexandre Lima Moura Neto518


Josiane Coelho da Costa519
João Batista Bottentuit Junior520

Resumo: O uso de tecnologias como recurso e, ao mesmo tempo, enquanto possibilidades de


interação entre surdos e ouvintes, bem como, veículo para interação nas salas de aulas de
Instituição de Ensino superior (IES) é discutido neste trabalho que discorre sobre as tecnologias
digitais mais utilizadas no Ensino Superior. Objetivou-se ainda neste estudo descrever
possibilidades a serem usadas no processo educacional dos surdos a fim de dar suporte para
que estes alcancem seus objetivos acadêmicos. O trabalho foi desenvolvido, inicialmente,
através de pesquisa bibliográfica com bases nos pressupostos de Lévy (1999), Castells (2003),
Kenski (2007), Araújo e Bottentuit (2015) e Lodi (2010); posteriormente realizou-se uma
pesquisa de campo a partir de aplicação de questionários com perguntas fechadas a 20
estudantes surdos de diferentes instituições de ensino superior, residentes na cidade de São
Luís, MA, concluindo-se, após a análise dos dados que o aplicativo mais utilizados em situações
acadêmicas é o whatsApp e que não há um uso comum ou sequer conhecimento de aplicativos
voltados à especificidade de seus respectivos cursos, verificou-se também que o site de busca
Google é unânime quando se trata de pesquisa em rede. É importante destacar que a partir das
análises e vasta leitura das teorias agregadas ao trabalho percebeu-se grandes possibilidades na
educação de surdos no tocante as tecnologias; é uma nova forma de educar esta geração
conectada e é relevante pensar nos sujeitos surdos incluídos em sala de aulas, a partir dos
dispositivos legais, como um público a ser também envolvido nessa nova forma de educação
inclusiva virtual.
Palavras-chave: Tecnologias; Surdos; WhatsApp; Recurso Pedagógico.

Abstract: The use of technologies as a resource and, at the same time, as possibilities of
interaction between deaf and hearing, as well as, vehicle for interaction in the Higher Education

518
Mestrando em Cultura e Sociedade – UFMA. Professor do Instituto Maranhense de Ensino e
Cultura - IMEC. Membro do Grupo de Pesquisa em Patrimônio Cultural – UFMA/CNPq. E-mail:
[email protected].
519
Graduanda do curso de Letras-Libras da Universidade Federal do Maranhão – UFMA.
Membro do Grupo de Pesquisa Linguagens, Culturas e Identidade (CNPq/UFMA) E-mail:
[email protected].
520
Doutor em Ciências da Educação com área de especialização em Tecnologia Educativa pela
Universidade Federal do Maranhão do Minho, Mestre em Educação Multimídia pela
Universidade do Porto. Professor Associado I da Universidade Federal do Maranhão. Professor
permanente dos programas de pós-graduação em Cultura e Sociedade e Sociedade (Mestrado
Acadêmico) e Gestão de Ensino da Educação Básica (Mestrado Profissional). E-mail:
[email protected].

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Institution (IES) classrooms is discussed in this work that discusses the most digital technologies
used in higher education. The objective of this study was to describe possibilities to be used in
the educational process of the deaf in order to support them to reach their academic goals. The
work was developed, initially, through bibliographical research based on the assumptions of
Lévy (1999), Castells (2003), Kenski (2007), Araújo and Bottentuit (2015) and Lodi (2010); later, a
field survey was carried out through the application of questionnaires with closed questions to
20 deaf students from different institutions of higher education, living in the city of São Luís,
MA. used in academic situations is whatsApp and that there is a common use or even
knowledge of applications geared to the specificity of their respective courses, it has also been
found that the Google search site is unanimous when it comes to network research. It is
important to point out that from the analyzes and vast reading of the theories added to the
work great possibilities were perceived in the education of the deaf in relation to technologies;
is a new way of educating this connected generation and it is relevant to think of the deaf
subjects included in the classroom from the legal devices as an audience to be also involved in
this new form of virtual inclusive education.
Keyword: Technologies; Deaf people; WhatsApp; Pedagogical Resource

1 INTRODUÇÃO

Pensar em tecnologias nos dias atuais de imediato remete-se a


computador ou qualquer aparelho digital e as conexões em redes, mas a
tecnologia é tão antiga quanto a espécie humana. Na época das cavernas, por
exemplo, um simples galho de árvore que se transformava em lança
apresentava-se como novidade e certo progresso diante da comunidade
rupestre. O modo como o homem primitivo lutava para manter-se vivo, técnicas
e recursos criados com a transformação de objetos ao seu redor e a capacidade
de raciocínio contribuíram para inovações significativas no que se refere sua
sobrevivência e bem-estar social.
Na proporção da evolução social do homem as tecnologias também
avançam de acordo com a época. Houve um tempo em que a grande novidade
era o rádio, em outra época a televisão e hoje são inúmeras as criações, sendo
possível em pequeno espaço de tempo substituir smartphones com novas
funções, que séculos antes seriam inimagináveis. A escolha da temática que
subjaz este trabalho que objetiva discutir as tecnologias especificamente
virtuais, voltadas à educação de surdos, justifica-se pelo interesse que tais
tecnologias têm despertado nas mais diversas classes e culturas; e no fato que
seu crescimento universal é imensurável e contínuo, refletindo substancialmente
no progresso das atividades escolares. Considera-se, para tanto, o fato de que a

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era digital chegou à contemporaneidade e se fez tão necessária quanto


alimentar-se, fazendo com que o homem da contemporaneidade passasse a
considerar a tecnologia enquanto aspecto intrínseco à vida humana, o que se
potencializou a partir do advento da internet (LÉVY,1999)
Mesmo sendo relativamente nova, a tecnologia de comunicação e a
vida das pessoas numa proporção gigantesca. Vive-se assim, em um novo lugar,
um ciberespaço, segundo destaca Lévy (1999), no qual novas possibilidades
permitem novas culturas. Por exemplo, quem poderia imaginar que a primeira
ação ao acordar seria checar o celular e verificar as notificações das redes
sociais virtuais? Bem antes de cumprimentar qualquer familiar dentro da nossa
casa um “bom dia” já foi enviado para milhares de outras pessoas conectadas às
redes sociais.
É nesse contexto de transformações do modo de viver que busca-se
reflexões sobre o uso desse recurso na educação, reflexões estas que são
compartilhadas neste trabalho cuja organização estruturou-se a partir de
pesquisa bibliográfica baseadas nos estudos de Lévy (1999), Castells (2003),
Kenski (2007), Araújo e Bottentuit (2015) e Lodi (2010); e realizou-se também
pesquisa de campo através de aplicação de questionários com perguntas
fechadas a 20 estudantes surdos de diferentes instituições de ensino superior,
residentes na cidade de São Luís, MA. Trata-se, portanto, de pesquisa
quantitativa e qualitativa.
Os resultados obtidos apontaram para o uso do aplicativo whatsApp
como a principal escolha dos surdos universitários para desenvolver suas
atividades acadêmicas, mostrou ainda que estes desconhecem outros
aplicativos relacionados aos seus respectivos cursos de graduação e por fim foi
possível inferir que o site de busca Google é o principal e mais utilizado pela
comunidade surda nas suas pesquisas acadêmicas. Vale ressaltar a importância
de estudos sobre a temática proposta, uma vez que, os surdos estão presentes
na comunidade universitária, mas suas dificuldades para manter-se nos cursos
são proporcionalmente maiores que os ouvintes. Faz-se necessário buscar
metodologias para desenvolver os conhecimento e intelecto desses sujeitos a
partir das tecnologias atuais, considerando-se que os surdos também precisam
ser envolvidos nesse novo mundo virtual.

2. EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS DIGITAIS

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A relação de tecnologia e educação pode ser vista de um ângulo de


socialização, inovação e dinamicidade, conforme aponta Kenski (2007), pois
compreende-se que estes recursos, inseridos na sala de aula, nas últimas
décadas têm se constituído importantes ferramentas a otimizar e, ao mesmo
tempo, impingir significados ao processo de ensino e de aprendizagem,
possibilitando a construção de conteúdos de diferentes áreas.
No que tange o surgimento da internet, elemento imprescindível aos
dias atuais, em diversas esferas sociais, segundo Castells (2003), teve início com
ARPANET (Advanced Reserach Projects Network) Departamento de Defesa dos
Estados Unidos em 1969. O autor afirma que durante a guerra fria, um grupo de
universitários elaborou um sistema para comunicação interna, voltado à
comunidade acadêmica, mas que, posteriormente, foi utilizado como recurso de
guerra. O governo norte-americano percebeu nesta, possibilidades para usos
militares específicos; sendo este o ponto de partida do uso da internet, que
mais tarde viria a se popularizar e ser utilizada por uma infinidade de usuários,
em diferentes áreas, entre elas, a educação que possibilita a participação social
dos sujeitos.
Para Kenski (2007, p. 37) “a educação também é um mecanismo
poderoso de articulação das relações entre poder, conhecimento e tecnologias”.
Nesta acepção, o indivíduo que participou de qualquer sistema de ensino
educacional é facilmente reconhecido pela forma de falar e comportar-se, e são
nessas atitudes que as relações de poder se desenvolvem. Ao observarmos, por
exemplo, uma conversa entre recentes conhecidos, em um barzinho ou
restaurante, verificaremos que a linguagem se evidencia por ser um elemento
demarcador de posições socioculturais dos diferentes sujeitos, participantes da
conversa.
Infere-se desse modo, que a pessoa que vive em um contexto
acadêmico, ou que alcançou um nível maior de escolaridade poderá em um
momento de discussão usar termos mais rebuscados, enquanto alguém com
menor grau de instrução acadêmica poderá usar expressões mais comuns,
podendo inclusive, em certos momentos, sentir-se intimidado por aquele que,
pelo modo de falar, demonstra maior escolarização e, consequentemente, maior
poder de conhecimento, que se materializa a partir de um nível mais elevado
de linguagem. (BAGNO, 1997).
Nesse contexto, verifica-se que a escola se constitui então, em um
ambiente que se apresenta, para muitos, enquanto única oportunidade de

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formar para cidadania, ou seja, que possibilita a participação social de cidadãos,


que na maioria das vezes, serão respeitados e reconhecidos. Nessa acepção,
mesmo em um contexto no qual algumas instituições mantêm a educação
formal, com uma visão e metodologia conservadoras e, muitas vezes, um tanto
arcaicas, é possível identificar traços de uso das tecnologias, sobretudo as
virtuais; quer seja por meio de um simples aviso por uma rede social ou até o
envio de livros, atividades, conteúdos pelo e-mail. São novas possibilidades de
educar, contribuindo positivamente na construção de conhecimentos.
Percebe-se assim, o quanto a educação na atualidade mudou. A
antiga professora com uma palmatória na mão, deu lugar a um tutor a
distância, cuja metodologia para trabalhar conteúdos se dá por meio da
utilização da televisão ou da tela de um computador, enquanto recursos; o
quase obsoleto quadro-negro e seu giz de gesso, perderam espaço para o
quadro-branco e o pincel à tinta. A contemporaneidade acompanha então, a
tendência virtual e deve ser usada a favor da educação.
No tocante às tecnologias de informação e comunicação virtuais
enquanto utilizadas nas salas de aula da atualidade Moran (2013, p. 104) pontua
que:
Os professores e os alunos podem utilizar as tecnologias da
informação para estimular o acesso à informação e à pesquisa
individual e coletiva, favorecendo processos para aumentar a
interação entre eles. A rede informatizada cria a possibilidade de
exposição e de disponibilização das pesquisas aos alunos, de maneira
mais atrativa e produtiva, da demonstração e da vivência de simulação
por textos e imagens, facilitando o discernimento e o envolvimento
dos alunos com problemas reais da sociedade.

Evidencia-se assim, o uso das tecnologias na escola, como recurso a


possibilitar, entre os sujeitos, a construção de conhecimentos, o acesso à
pesquisa e a interação destes com o mundo, em uma velocidade praticamente
imensurável, que lhes fazem simular o real para, compreendendo-o encontrar
possibilidades de solucionar problemas reais, do cotidiano. É importante
demarcar que para tanto, faz-se necessário a consecução de projetos
educacionais e de propostas pedagógicas que envolvam a interação em sala,
pois como afirma Lévy (2011) “a técnica propõe, mas o homem dispõe”.
Compreende-se então, que esse processo de uso das tecnologias na
educação envolve, sobretudo, o professor, cujo papel de mediador entre o
sujeito aprendente e os objetos de aprendizagem; é este o responsável em usar,

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de forma consciente e planejada, os recursos para tornar a aprendizagem não


só dinâmica, mas exequível e, sobretudo, significativa, tal como preconiza
Moran (2013). Assim sendo, atividades como chats, fóruns, avisos, grupos de
estudos, atividades on-line podem ser metodologias facilitadoras nesse
processo, haja vista estas se fazerem crivadas de significados para os
estudantes.
A despeito de sua valorização e uso, na contemporaneidade, sob a
ótica da sala de aula comum, as opções de uso pedagógicos das tecnologias,
não parecem difíceis, mas ainda assim, suscitam questionamentos tais como,
especialmente quando trabalhadas com pessoas com deficiência, como por
exemplo, as pessoas surdas, sujeitos desta pesquisa ora apresentada.
Desse modo, entre diferentes questões elencadas no âmbito da
educação de surdos, destacam-se: [1] como trabalhar os conteúdos essenciais
no contexto na educação de surdos, considerando suas limitações? [2] de que
modo agregar as novas tecnologias para uma minoria linguística que possui
especificidades comunicacionais? É necessário pois, considerar que os surdos,
embora não tenham limitações cognitivas, possuem muitos entraves que
dificultam o acesso às informações e conhecimentos e que se materializam, de
acordo com Skliar (2016) em baixos índices de aprendizagem, ínfimo acesso ao
ensino superior e mesmo inserção no mercado de trabalho cada vez mais
competitivo.

2.1 O uso de tecnologias na educação de surdos

As atuais políticas de inclusão têm inserido a pessoa surda na sala de


aula, sem, contudo, efetivarem sua inclusão, haja vista o cenário educacional
que se apresenta em relação à educação de surdos não apresentarem o suporte
necessário para que estes aprendam e que se desenvolvam enquanto pessoas e,
principalmente cidadãos que participam de decisões e buscam soluções para os
problemas do dia a dia, segundo evidência Sá (2016).
No Brasil, é recomendado por documentos e legislações específicas,
tais como a LDB, Lei n. 9.394/96 que a educação de surdos deve acontecer a
partir de escolas de educação bilíngue e escolas regulares, que recebem alunos
ouvintes e surdos. A Lei nº 10.436/2002 (BRASIL, 2002) e o Decreto nº
5.626/2005 (BRASIL, 2005) reconhecem e legitimam a Língua Brasileira de Sinais
(Libras) e postulam acerca da obrigatoriedade de seu ensino como disciplina

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curricular nos cursos de magistério, educação especial, fonoaudiologia,


pedagogia e licenciaturas; determinam ainda, a consecução de outras
providências que dispõem acerca do atendimento e da promoção da
acessibilidade linguística aos surdos e explana ainda sobre a formação do
professor bilíngue, instrutor surdo de Libras e do intérprete/tradutor de Libras.
Ressalta-se, entretanto, que mesmo nas escolas consideradas
bilíngues, verifica-se a ausência de um currículo voltado para os surdos; nota-se
poucos profissionais com formação adequada para atender às necessidades
desses sujeitos. Tal afirmativa é ratificada pelo baixo desempenho destes, bem
como por meio das notas no sistema de ensino regular, do baixo índice de
alunos matriculados no ensino médio e do número inexpressivo de surdos no
Ensino Superior, conforme aponta Falcão (2015).
Poucos conseguem continuar a jornada acadêmica. De acordo com
Albino e Silva (2013) apud Moura (2016, p. 50) inexiste por parte das
instituições, ações que potencializem o desenvolvimento de universitários
surdos, que entre outras dificuldades, se deparam com uma rotina acadêmica
que nem sempre conseguem acompanhar, principalmente em razão de
problemas que emergem no ambiente de uma IES, tais como a obrigatoriedade
de produzirem textos na modalidade escrita da Língua Portuguesa; os autores
evidenciam ainda, a evasão de estudantes surdos, no ensino superior, cuja causa
está também, na pouca interação com o grupo de universitários ouvintes e a
não adaptação à rotina acadêmica.
Destarte, a partir da bibliografia utilizada como base para este
estudo, foi possível compreender que as tecnologias podem ser importantes
recursos no contexto da educação de surdos. Assim, na perspectiva de se
verificar em que medida, no contexto do Ensino Superior os aplicativos e ou
redes sociais virtuais, funcionam como instrumento de interação de turmas e
organização de trabalho, buscou-se elencar quais aplicativos têm sido mais
utilizados pelos surdos, para fins pedagógicos, com vistas a sanar dificuldades
em relação às disciplinas do currículo e qual a escolha comunicacional desses
sujeitos, no universo digital, que reproduz o ambiente real, onde predominam
diferentes grupos sociais formados por ouvintes.

3 APLICATIVOS MAIS UTILIZADOS POR SURDOS, NO MEIO ACADÊMICO

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Para fins de colher-se dados que respondessem às indagações que


instigou à realização deste trabalho, foi feita uma pesquisa bibliográfica, e de
campo, tendo como base um questionário fechado, aplicado a um grupo de
surdos, sujeitos da pesquisa, utilizando-se como corpora as respostas colhidas,
nos questionários.
Optou-se por uma pesquisa de natureza quantitativa, que segundo
Gil (2008) busca dados e verificar números e qualitativa, que para Minayo (2001)
é uma forma de aproximar-se dos sujeitos sociais para melhor entendê-los e
discutir as questões a eles relacionadas. Sendo assim, a pesquisa contou com a
participação de 20 surdos, graduandos de três Instituições de Ensino Superior
na cidade São Luís, Maranhão, entre estas, a Universidade Federal do Maranhão
(UFMA), o Centro Universitário Leonardo Da Vince (Uniasselvi) e a Faculdade
Pitágoras do Maranhão.
Considerando-se a proporção com que o computador, smartphones
e a Internet ganharam, no que se refere às novas possibilidades de
comunicação e informação no âmbito educacional e, a partir da constatação de
que estas, ainda que utilizadas socialmente em rede, se constituem enquanto
tecnologias acessíveis visualmente, solicitou-se aos participantes, que
elencassem entre os aplicativos facebook, whatsapp, instagram, ou outro que
pudesse ser mencionado, qual seria o aplicativo mais utilizado para tratar e/ou
discutir a respeito de algum trabalho da universidade. Os dados colhidos foram
organizados no gráfico 1, como pode ser observado.

Gráfico 1: Apps mais utilizado no contexto escolar

100
90
80
70
60 Instagram
50 Facebook
40
30 Whatsapp
20
10

Redes sociais

Fonte: Dados colhidos pelos autores entre fevereiro e abril de 2019.

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Os sujeitos da pesquisa apontaram o WhatsApp como o aplicativo


mais utilizado para comunicação com outros colegas e professores, em um total
de 90%. Foi evidenciada especialmente, a comunicação por meio de textos
escritos, ainda que o aplicativo seja bastante comum em seu uso, no tocante a
mensagens de voz e vídeo. Vale ressaltar que o aplicativo instagram foi
mencionado por dois surdos, correspondendo a 10% da pesquisa, como o canal
mais utilizado nas atividades acadêmicas.
Nessa direção, Santos, Pereira e Mercado (2016) afirma que o
WhatsApp é utilizado para interação e comunicação entre os participantes,
possibilitando a consecução de um trabalho com a multimodalidade textual,
haja vista este possibilitar o envio e recebimento de mensagens de textos em
imagens, vídeos ou mesmo por áudios. Para Araújo e Bottentuit Júnior (2015,
p.13) a “ideia de bate papo contínuo” do uso do whatsapp, possibilita o alcance
dos objetivos propostos para a aula, assim como, comunicacional enquanto
condição precípua para a interação entre surdos e ouvintes, condição
importante para a construção de saberes.
As sociabilidades virtuais, indiscutivelmente, oportunizaram aos
surdos e pessoas com deficiência física a assumirem papéis atuantes em
atividades no mercado de trabalho assim como na esfera educacional e como
apontam Miglioli e Souza (2015, p. 50) “para os surdos a web fornece protocolo
de comunicação inerentemente acessível e uma interface pervasiva,
possibilitando que eles, mesmo como diferenças, possam agir e interagir com a
sociedade”.
Nessa acepção, foi perguntado na pesquisa também sobre o uso de
aplicativos relacionados aos seus respectivos cursos, se usavam ou conheciam
algum. Dos 20 surdos entrevistados, 17 responderam que não usavam e nem
conheciam aplicativos que o ajudassem e fossem próprios dos seus cursos de
graduação; os três surdos que disseram conhecer aplicativos relacionados foram
discentes do curso Letras-Libras, da Universidade Federal do Maranhão,
referindo-se ao aplicativo Hand Talk521. Quando perguntados sobre o site de
busca Google, 100% dos entrevistados responderam que o utilizam em suas
atividades acadêmicas como principal fonte de pesquisa.

3.1 Discussão e análise de dados

521
Aplicativo de tradução de Libras automática, recebe comandos de voz e texto. Escreve-se a
palavra em português e o avatar do app (Hugo) realiza a sinalização em Libras.

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Para Volterra (1994) apud Lacerda e Polleti (2009, p. 159) a inclusão


de alunos surdos no sistema regular de ensino necessita de alguns suportes que
garantam resoluções de problemas relativos à comunicação, desse modo, um
dos recursos mais comuns são os profissionais Intérpretes/tradutores de Libras,
incorporados à sala, a partir dos dispositivos legais, (Decreto 5.626/2005), como
intermediadores linguísticos. Entretanto faz-se necessário buscar alternativas
dinâmicas a fim de instigar a participação desses sujeitos na interação em sala
de aula, e propiciar apoio para alcançar seus objetivos educacionais, assim, é
imprescindível a oferta de recursos tecnológicos que assegurem o acesso ao
conhecimento destes sujeitos.
Nessa perspectiva, a partir dos dados coletados na pesquisa,
observando-se a escolha dos surdos nos cursos de graduação pelo WhatsApp,
buscou-se relacionar as funções do referido aplicativo enquanto possíveis
recursos pedagógicos. Assim, refletiu-se para a possibilidade do recurso
“grupo”, a ser considerado como passo inicial nesta utilização do aplicativo com
alunos surdos, tendo em vista que é um dos mais comuns canais de mensagens
simultâneas entre contatos de WhatsApp. Permitindo que os alunos tenham
acesso ao conteúdo compartilhado neste canal, podendo estes ser dicas das
aulas, dúvidas recorrentes, disponibilização de endereços eletrônicos com
materiais importantes dos respectivos cursos.
Outra função bem atual e bastante conhecida no whatsapp é o
status. Esta permite que uma ou mais fotos e informações permaneçam durante
24 horas disponíveis aos contatos presentes no aplicativo podendo ser
visualizada várias vezes sem que haja contato direto por bate-papo, tornando-
se assim, relevante para expor conteúdos que o surdo possa adquirir sem
sentir-se intimidado, uma vez que as conversas em grupos de whatsApp têm a
participação desses indivíduos em menor escala. Ratificando a colocação
Miglioli e Souza (2015) demarcam que os ambientes de interação virtual
incentivam a autoconfiança dos surdos por propiciar situações de equidade
Outro fator, muito discutido na área da surdez e pouco resolvido
pelas políticas públicas é a questão das dificuldades do Português em sua
modalidade escrita, que estes sujeitos possuem, como como vêm discutindo
Falcão (2015), Lodi (2010), entre outros autores. Desta forma, o uso do
WhatsApp em seu recurso status poderia ser postados diariamente dúvidas
recorrentes destes estudantes, tais como: sinônimos de palavras usadas nas

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aulas, pois o vocabulário da Língua Portuguesa para o surdo não é tão amplo
quanto para os ouvintes, como afirma Salles (2004).
A percepção do professor enquanto agente principal no
desenvolvimento das aulas poderia voltar-se a alguma questão que não ficaram
esclarecidas a este aluno. A título de exemplo, entre os entrevistados, um surdo
do curso de design, hipoteticamente sentindo-se confuso com algum termo
estrangeiro poderá acessar o status com no qual possa dispor de breve
explicação do significado, postagens de sinônimos e aplicação em frases. Como
observa-se me figuras 1 e 2
Figura 1 Figura 2

Fonte: Retirado dos arquivos pessoais dos pesquisadores

Estes mini ambientes virtuais de aprendizagem não precisam exigir


que professor e aluno tenham uma relação de amizade ou de intimidade, para
isso pode-se delimitar horários para envio de informações, e neste ponto os
destaques de conteúdos em status independem de conversa, uma vez que,
ficam disponibilizados no WhatsApp durante 24h. Nesse presente estudo, os
sujeitos da pesquisa, os surdos do Ensino Superior, estão rodeados de aparatos
que contribuem para o seu desenvolvimento intelectual, pois o whatsapp é
composto por diversos recursos visuais: fotos, vídeos, imagens e textos que
permitem o acesso e interação desses sujeitos em redes, como concorda
Dudeney (2016).
Os estudos atuais têm narrado acerca da experiência com alunos
surdos em sala de aula, no que concerne as dificuldades destes sujeitos e
muitas vezes da timidez em participar de discussões (Falcão, 2015; Sá, 2016;
Skliar, 2016) assim, os vídeos como recurso poderiam ser eficazes em situações
nas quais houvessem dúvidas a serem sanadas, sobretudo no tocante ás

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interações com intérpretes. Nesta ótica, as perguntas respondidas através de


vídeos são esclarecidas de formas mais eficientes do que via texto escrito.
Assim, pensou-se em pequenos vídeos compartilhados no grupo com
explicações de assuntos mais complexos.
Vale ressaltar que as sugestões dispostas neste trabalho, embora
pareçam metodologias a serem adotas em série do nível médio e fundamental,
tornam-se primordiais no ensino superior, pois segundo afirma Skliar (2016) a
fragilidade do ensino de surdos é fenômeno presente nesta etapa de ensino
também. Sendo assim, de acordo com Miglioli e Souza (2015) é primordial que
mais atenção no campo do uso de tecnologias sejam dadas aos alunos surdos.
Seguindo esta perspectiva, os recursos de conversas coletivas, no
momento de interação entre o grupo, poderiam ser adotados estratégias de
criação e reprodução de listas a partir de elementos relacionados à graduação,
assim, para um grupo do curso de Letras poderia ser solicitado que listassem
gêneros textuais, instigando assim a pesquisa sobre o tema e a prática do
português em modalidade escrita. Para melhor visualizar as sugestões resumiu-
se no quadro 1 a seguir as funções existentes no aplicativo; as dificuldades dos
surdos; a forma como melhor utilizar as funções do WhatsApp e a contribuição
da estratégia sugerida.
Quadro 1: sugestões de uso do whatsApp como recurso pedagógico

RECURSO DO DIFICULDADE DO COMO UTILIZAR CONTRIBUIÇÃO


WHATSAPP SURDO AO ALUNO
SURDO
Timidez na Criar o grupo para Maior contato com
interação em sala que a sala possa os outros alunos e
GRUPO de aula; dificuldade ter acesso aos acesso de modo
com a modalidade conteúdos de independente ao
escrita do forma dinâmica. conteúdo. Prática
Português. da escrita.

Língua Portuguesa Quiz com temática Enriquecimento


em modalidade sobre as aulas; linguístico.
CONVERSA escrita brincadeiras de
perguntas e
respostas.
Criação de listas de Desenvolvimento
REPRODUÇÃO DE Escrita e leitura elementos das nas produções

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LISTA disciplinas. textuais escritas.


Sinônimos ou Postar diariamente Aumento do
STATUS significados de dicas ortográficas; vocabulário.
palavras.

Como uma das Em parceria com Assimilação de


VÍDEOS funções do App os intérpretes forma eficaz de
não pode ser pode-se postar conteúdo.
utilizada (áudio) o vídeos detalhando
vídeo pode atividades ou
substitui-lo. revisão de
conteúdo.

Fonte: desenvolvido pelos pesquisadores do estudo

A partir do conteúdo exposto no quadro de sugestões,


compreendeu-se a possibilidade de aprimoramento no que concerne o ensino
de conteúdos aos sujeitos surdos utilizando o WhatsApp que segundo a
pesquisa mostrou ser o meio comunicacional virtual mais utilizado por eles; e,
mesmo com algumas limitações comunicacionais o referido aplicativo inclui os
alunos surdos á sala de aula mesmo estando longe dela. Sendo estas algumas
inquietações elencadas inicialmente neste estudo e que, a partir de, leituras e
experiências com a pesquisa de campo percebeu-se a eficiência no seu uso
enquanto recurso pedagógico.
Nessa acepção, segundo (DUDENEY, 2016, p. 307) Tais recursos de
“grades de atividades digitais” podem ser muito úteis para os alunos
desenvolverem habilidades em letramentos digitais, contribuindo, assim, para o
desenvolvimento intelectual em sala e apresenta ainda benefícios permanentes
que poderão ser utilizados em suas vidas profissionais, social e pessoal.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O mundo é inventado tanto no coletivo, quanto individualmente, ou


seja, no âmbito do processo de interação, cada sujeito inventa a si mesmo a
partir de sua interação com a realidade. No contexto comunicacional, cada
sistema criado aproxima socialmente os sujeitos, sendo assim, vive-se hoje em
espaços que se “metamorfoseiam e se bifurcam a nossos pés, forçando-nos à
heterogênese” (LÈVY 2011, p. 23).

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Nesse sentido, professores, futuros professores e profissionais da


educação têm sentido, na atualidade, os efeito das tecnologias sobre o
processo de ensino e de aprendizagem, de forma significativa e, tal fenômeno
tem exigido dos professores aquisição de novas habilidades, para ter acesso aos
recursos que estas tecnologias disponibilizam, segundo afirma Dudeney (2016).
Assim, a partir do estudo ora apresentado, inferiu-se que as atuais
políticas de educação inclusiva também demandam, dos professores, novas
formas de desenvolver seus trabalhos docentes, sendo estes possibilitados a
partir do uso das tecnologias, que podem ser aplicativos usados diariamente,
como o WhatsApp, que pode ser repensado enquanto recurso pedagógico
dinâmico e eficaz para a construção intelectual de alunos surdos.
Durante o percurso do estudo foi possível verificar ainda que
mesmo o WhatsApp sendo um aplicativo fortemente marcado por envio de
conteúdos de sons, os surdos o escolheram como canal mais importante para
desenvolver suas atividades acadêmicas, mesmo com a ausência de audição; e o
site de busca Google foi destacado como o canal usado 100% entre os
participantes da pesquisa.
Ainda há muito questionamento acerca da educação de surdos. As
discussões são relativamente novas, entretanto a presença destes estudantes
em todos os níveis de ensino, a partir dos dispositivos legais, demanda
metodologias específicas para aquisição de novos conhecimentos. Nesse
sentido, considerando-se a nova geração conectada, é relevante pensar nos
sujeitos surdos incluídos em sala de aulas, como um público a ser também
envolvido nessa nova forma de educação inclusiva virtual.

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