Campo Formoso - Municipios
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TRABALHO
DE
CAMPO
FORMOSO
DISTRITO DE POÇOS
O Povoado de Poços foi elevado à condição de Distrito Judiciário em 21 e maio de 2008 mediante Lei de Reforma
do Judiciário da Bahia, publicada no Diário Oficial do Estado no dia 23 de maio de 2008.
O inicio da povoação se deu quando caçadores encontraram no local água e terras férteis. Tais atrativos fizeram
com que esses aventureiros se estabelecessem no local. Dentre eles destaca-se a figura de João Ricardo Liro que
construiu a primeira casa do povoado. Outra versão diz que o primeiro morador foi o senhor João Dourado que
veio do Povoado de Brejo Grande. A primeira igreja do local foi construída em 1911, assim como as demais casas
daquela época era de taipa.
O nome Poços deriva de um alagadiço que se encontrava próximo a uma vereda que ligava o povoado de Caraíbas
a Campo Formoso. Era denominado Poço D’Antas pelo fato de ser procurado por antas para beberem água e se
refrescarem em sua lama. Naqueles momentos caçadores de Caraíbas aproveitavam a oportunidade para matá-las.
Depois, passou a ser conhecido simplesmente como Poços. A quem afirme que o povoado recebeu esse nome em
função da ocorrência de muitos poços nos arredores do povoado.
Naquela época a base da economia era a agricultura da mandioca, do milho e do feijão. A pecuária era voltada à
criação de bovinos, suínos e aves. Produziam farinha de mandioca e azeite de mamona. A partir de 19 de julho de
1936 a feira livre deu impulso a economia local, ao lado dela surgiu a primeira farmácia, os bares, lojas de tecidos
e os primeiros depósitos de compra de mamona e licuri. Houve desânimo quanto à continuidade da feira livre,
entretanto, os comerciantes locais passaram a comprar o que sobrava da mesma, permitindo assim a sua
continuidade. A feira se desenvolveu, e, em 1942 foi transferida para a Praça Santos Dumont, onde permanece até
hoje. Na feira vendiam-se doces, cereais, carnes e produtos agrícolas.
Os meios de transporte eram basicamente jumentos, burros e cavalos para montaria. Com o passar do tempo
vieram bicicletas, símbolo do poder econômico daquela época, algum tempo mais tarde, automóveis, ônibus e
caminhões.
O clima, a vegetação, a presença de solos férteis aliados a condições históricas favoreceram a fixação e o
crescimento populacional de Poços. De acordo com o censo do IBGE, em 2010 o povoado tinha 3.753 habitantes,
sendo dessa forma a maior povoação do município. Essa população cresce a cada ano mesmo sofrendo os efeitos
da emigração. Não são poucos os que deixaram a sua terra a procura de melhores condições de vida em grandes
centros do Brasil, em especial a cidade de São Paulo.
As manifestações culturais dessa localidade são a quadrilha, a vaquejada, o pau de sebo, o ramo, o reisado
masculino e feminino, o bumba-meu-boi, a queima do Judas, o forró pé de serra, o saltar fogueiras, as rodas de
samba, o soltar balões, as comidas típicas, entre outras. A maior parte dessas manifestações está presente na
memória do povo, principalmente dos mais idosos constituindo elementos importantes para o estudo do
comportamento da sociedade deste povoado.
A vida econômica da população baseia-se na agricultura, pecuária, prestação de serviços às empresas presentes na
sede do município e nas áreas de exploração mineral. Vale salientar que boa parte dos habitantes desse povoado
consiste de aposentados. Na comunidade foram fundadas algumas associações, merece destaque a Associação
Comunitária de Poços.
O Distrito de Poços situa-se nas proximidades da Serra da Jacobina a 8 km da cidade de Campo Formoso. Esta
localizado nas coordenadas 10º30’16” de latitude Sul e 40º23’48” de longitude Oeste. Nas imediações do
povoado há pequenas elevações que a população local chama de morros. Circundando essas elevações há
pequenos vales onde há brejos e riachos temporários. Os morros mais próximos ao povoado foram nomeados pela
população local com os nomes de Morro do Salomão, Morro Antonio do Gino e Morro do Urubu.
A comunidade está numa zona denominada Zona das grotas ou Serrana, onde havia uma abundante floresta
estacional decidual, vegetação arbórea densa com árvores de grande porte, talvez um prolongamento da Mata
Atlântica. Essa formação vegetal foi aos poucos desaparecendo para dar lugar para a criação de gado e à
agricultura de subsistência.
POVOADO DE TIQUARA
O povoado de Tiquara situa-se a 27 km da sede do município de Campo Formoso, foi habitado por índios da tribo
dos Galaches, da grande família dos Secariquequens. É provável que o primeiro contato dos brancos com esses
índios foi feito durante a exploração das jazidas de salitre descoberto em 1671 por Bento Surrel. É considerado
como fundador do povoado Pedro santos, que lá chegou em 1905. No local sua mãe encontrou uma nascente de
água a qual denominou de Buraco D’Água, que passou a ser o primeiro nome do povoado.
De acordo com dados do IBGE, em 2010, o povoado tinha 2.005 habitantes. A maior parte desta sobrevive graças
à cultura do sisal. Em períodos de estiagem prolongada boa parte da população procura outras áreas agrícolas do
Brasil ou grandes centros urbanos para trabalharem, com isso há um decréscimo considerável na população local.
Para reverter esta situação é necessária a implantação de projetos visando à organização dos pequenos agricultores
e a melhoria das condições locais de produção e comercialização do sisal e de outros produtos agropecuários, e,
conseqüentemente, melhorar as condições de vida da população envolvida nestas atividades. Com isso poderá
haver redução dos índices de emigração, em face às melhores perspectivas de vida digna.
A região de Tiquara é responsável pela maior parte da produção de sisal do mundo, porém a maior parte dos
sisaleiros vive em condição de miséria. A maior parte da população é constituída de pequenos proprietários rurais,
utilizam basicamente a mão-de-obra familiar no processo produtivo, sobrevivem da produção e extração da fibra
do sisal, da criação de caprinos, ovinos e da agricultura de subsistência (plantio de milho, feijão e mandioca). Já os
Médios e grandes proprietários rurais se dedicam à criação do gado bovino de forma extensiva e do plantio de
culturas irrigadas como o tomate.
O sisal, ou agave, é uma planta originária do México, adaptada ao semi-árido e resistente às secas, e que gera a
mais importante fibra dura do mundo. É uma importante fibra dura no comércio mundial. A cultura do sisal
destaca-se pela capacidade de geração de empregos, por meio de uma cadeia de serviços que abrange, desde os
trabalhos de manutenção das lavouras (baseados na mão-de-obra familiar), a extração e o processamento da fibra
para o beneficiamento, até as atividades de industrialização de diversos produtos, bem como seu uso para fins
artesanais.
No dia 11 de setembro de 1969, com o Decreto nº 65.138, a Cia. de Cimento do São Francisco (CISAFRA)
conseguiu o direito de lavrar calcário e argila em Tiquara nos terrenos pertencentes a Júlio Carneiro de
Albuquerque Maranhão Filho, Elizeu J. da Silva, José Antunes dos Santos, Artur Regis, Clovis Saback, Joaquim
Benedito Gama, Francisco Gomes da Silva, Jacob da Silva, numa área de quatrocentos e noventa e nove hectares
e sessenta e dois ares (499.62ha). Hoje, se encontram em processo de lavra pela CIMPOR duas jazidas de calcário
localizadas em Tiquara, com reservas potenciais estimadas em 800 milhões de toneladas de calcário. Vale salientar
que a extração do calcário não gera impactos consideráveis para a economia da localidade, é pequeno o número de
pessoas da comunidade contratadas para trabalhar na empresa.
O povoado de Tiquara situa-se numa área propícia a ocorrência de cavernas. A mais conhecida no local é a Toca
da Onça, localiza-se a 10º 24' 46" de latitude sul e 40º 24' 46" de longitude oeste. No seu interior há algumas
pinturas rupestres que foram estudadas pelo pesquisador Carlos Ott na década de 40. Nessa gruta houve intensa
exploração de salitre para fabricação de pólvora durante a 2ª guerra mundial.
O povoado se encontra na Zona da Caatinga com predominância de caatingas do tipo arbustivo-arbórea. O relevo
local é predominante plano, este se eleva a leste e a oeste. No local não há rios ou riachos que mereçam destaque,
sendo assim as águas são absorvidas para o lençol freático devido ao alto poder de absorção do solo por ser uma
área com onde há grande ocorrência de dolinas (depressões no terreno).
O clima do local é o Semiárido, cuja precipitação anual deve oscilar entre 500 mm e 600 mm. O período mais
chuvoso vai de janeiro a março quando acontecem às chuvas de trovoadas. O mês mais frio é julho, enquanto os
meses mais quentes são novembro, dezembro e janeiro.
POVOADO DE TUIUTIBA
O nome da povoação era Socotó, o qual foi mudado para Tuiutiba na segunda administração do prefeito Dr.
Ulisses Gonçalves (1951 – 1955). Segundo a tradição Tuiutiba provém do nome de uma índia muito bonita que
fazia parte de uma aldeia indígena desta região. Acredita-se que o nome Socotó seja de uma tribo que viveu na
região. Manoel Félix, Alexandre e Manoel Curandeiro construíram as primeiras casas do povoado.
De acordo com dados do IBGE, em 2010, Tuiutiba possuía uma população de 1.584 habitantes. Seus moradores
sobrevivem graças à agricultura, pecuária e ao comércio. A comunidade localiza-se numa área de grotas com um
microclima peculiar, a grande umidade do clima local proporciona a produção de frutas como manga, abacate e
banana.
Em 1983 foi descoberta a mina de esmeraldas na Fazenda Piabas. O garimpo do Socotó é uma área de produção de
esmeralda bruta lapidável. A lavra é subterrânea. São desenvolvidos poços verticais profundos, de onde partem
galerias ou grunas, que são estreitas e irregulares, horizontais ou inclinadas, seguindo a rocha mineralizada. O
desmonte é feito com a utilização de explosivos. O transporte do material até a superfície é feito com caçambas de
borracha, alçadas por sarilhos manuais ou guinchos elétricos e, em alguns serviços, já utilizam elevadores de mina.
O xisto mineralizado é conduzido aos lavadores, onde é feita manualmente a catação das gemas. O rejeito desta
operação é geralmente revolvido em busca de esmeraldas que escaparam na seleção inicial. É um local que, se
explorado de forma correta, pode ser utilizado para atividade turística.
Tuiutiba é um povoado de terras férteis, possui abundância de água e clima ameno com variações que vão do
subúmido a seco, os índices pluviométricos podem atingir 900 mm. As chuvas concentram-se no inverno, e são
bastante frios.
A vegetação é exuberante com árvores frondosas e muitas matas. Nas áreas onde o relevo é mais acentuado
ocorrem remanescentes de florestas estacionais que se caracterizam por vegetação arbórea densa com árvores de
grande porte. A caatinga arbórea localiza-se na base da Serra da Jacobina e no seu entorno. O solo, de modo geral,
possue boas condições físicas para o desenvolvimento de plantas, o que facilita a atividade agrícola baseada na
produção de feijão, milho e mandioca.
SALITRE
Salitre quer dizer terras férteis, adubo, de boa qualidade, com áreas salinosas - com bastante sal. Surgiu com as
tribos indígenas que existiam há muitos anos e tinha um rio perene com águas salobras ou seja salgadas, tinha
mata ciliar extensa com grandes árvores como: marizeiro, aroeira entre outras, que é muito difícil de encontrar
hoje em dia.. Muitas pessoas fizeram parte da história do Salitre já faleceram com: João Dias Ferreira, Sr. Barão
do Junco, D. Olindina, Sr Dona Alexandre que medicava o povo Salitreiro, passava remédios. Encontramos ainda
vivo e presente como o Sr João Braz que tinha várias propriedades e empregava muita gente.
Existia aqui no Salitre engenhos de moer cana de açúcar e não se esquecendo do Sr João Cuia que era dono de
Casa de Farinha. Naquele tempo a irrigação era feita de forma manual, ou seja, carregada de água nas latas, nas
costas para molhar as plantas. Logo depois foi se renovando chegou os motores á disel, muito usado na região,
depois chegou às bombas elétricas e agora já tem produtores que irriga através de gotejamento que é uma técnica
que facilita a vida dos produtores.
O rio Salitre se originou de uma nascente de água chamada olho d'água que nasce na cidade de Morro do Chapéu,
passando por Campo Formoso e várias outras localidades desaguando no rio São Francisco - que é o rio de grande
importância para os Salitreiros e todos os ribeirinhos - nascendo na Serra da Canastra em Minas Gerais, banhando
várias cidades baianas e contribuindo com a agricultura da região. Aqui no Salitre já existiu muitas tribos, mas
foram mortos num massacre.
Os negros também que vinham de descendentes africanos - que trabalhavam igual a escravos para os Senhores de
Engenho e donos de Casa de Farinha - trabalho cansativo, braçal, mas faziam num ritual cantando e dançando no
cultivo da farinha, era animado e divertido e era o único meio de sobrevivência dos Salitreiros.
Informações cedidas pela Professora Ana Clara da comunidade de Alfavaca e registrada pelos alunos Laura
Monique, Linda Inês, Noesio, Adelina e Camila - 7ªC
Áreas da Bacia - 13.467.93hm e 640km de perímetro compondo a região semi-árida do Estado da Bahia.
A historia do Rio Salitre está diretamente ligada à exploração de minério do salitre no mesmo vale: Século XVII,
quando Bento Surrel descobriu onze jazidas de salitre que iam dos Poços ao Rio São Francisco.
Para a coroa Portuguesa a exploração do salitre era mais importante que a busca do ouro na serra da Jacobina.
Havia no Pacuí a Oficina Nossa Senhora da Encarnação do Rio Pacuí de propriedade da coroa onde o salitre era
trabalhado por escravos e índios conforme carta escrita em 12 de março de 1706 por Luiz César de Menezes
dirigida aos padres missionários da aldeia dos Payayás e da Aldeis do Sahy - publicada no livro História da
Freguesia Velha de Santo Antônio págs. 42-42, de autoria de Edith Alves da A. Freitas e José Frestas da Silvas -
1996. Fazem parte da Bacia do Salitre 9 munícipios do Estado da Bahia: Morro do Chapeú, Várzea Nova,
Mirangaba, Umburanas, Jacobina, Miguel Calmon, Campo Formosa e Juazeiro. 40% de seu percurso é no
Município de Campo Formoso, setenta povoados do município estão situados nessa importante bacia hidrográfia.
Também ali se localizam as maiores grutas da região destacando a Toca da Boa Vista a maior do Hemisfério Sul,
com 100km topografados e mapeados pelo Grupo Bambui de pesquisa espeológicas. A Bacia do Salitre, no
município de Campo Formoso, situa-se na parte central de seu território.
Distante de Juazeiro 13 Km. Este distrito é o grande celeiro do município, suas terras são muito férteis dando à
paisagem o visual verdejante . O junco é considerado o Vale da Esperança. Nela se produzem os mais diversos
tipos de hortifrutigranjeiros como: melão, cebola, uva, tomate, pimentão, beterraba, repolho, melancia, coco,
banana, alho, manga, limão e outros. As terras são banhada pelo Rio Salitre que já se encontra no limite, devido a
falta de chuva, grande agricultores que chegaram com bombas potente aumentando o consumo da água. Abóbora é
um distrito de Juazeiro que fica a 100 Km e recebe água do Rio São Francisco via Caraíbas Metais, o Salitre fica a
13 Km e não recebe água do Rio São Francisco. Estranho, hein. Existem algumas criação de gado, em alguns
trechos do Junco, artesões fazem esteiras, abanadores , vassouras, com palha de Carnaúba, existente no próprio
distrito. Usam, também, a taboa no fabrico de esteiras.
ARARAS
O primeiro registro do povoado foi em 1818, através de uma sesmaria de légua e meia, formada pelas bacias
hidrográficas do rio Mogi, ribeirão Itapura e ribeirão das Araras, em terras pertencentes ao município de Limeira.
Em 1862, o proprietário da sesmaria erguia a primeira capela de Nossa Senhora do Patrocínio das Araras, rodeada
de algumas casas. A inauguração foi em 15 de agosto de 1862, Dia da Padroeira.
Em maio de 1865, os então proprietários da sesmaria, Bento de Lacerda Guimarães (futuro Barão de Araras), e
José de Lacerda Guimarães (Barão de Arary), doaram o terreno para o patrimônio da respectiva igreja dedicada a
Nossa Senhora do Patrocínio.
Em 24 de março de 1871, o povoado de Nossa Senhora do Patrocínio foi elevado à categoria de vila, passando a
partir daquele momento a constituir um município, que já possuía cinco mil habitantes. A primeira eleição de
vereadores foi em 07 de setembro de 1872. O município foi instalado em 07 de janeiro de 1873, com a
constituição da 1ª Câmara Municipal e em 02 de abril de 1879 foi elevada à categoria de cidade.
As grandes fazendas de lavoura de café predominavam na cidade e eram responsáveis pelo progresso que surgia na
região. Em abril de 1877, os trilhos da Companhia Paulista de Estrada de Ferro eram a principal forma de
escoamento da produção agrícola da região, o que acelerou o progresso da cidade.
A imigração foi grande influenciadora na formação da população de Araras. Com o ciclo do café, italianos,
portugueses, suíços e alemães se incorporaram à vida econômica que vinha sofrendo prejuízo com a falta de mão
de obra na lavoura devido à abolição da escravatura.
FUNDADORES DE ARARAS
Bento de Lacerda Guimarães e Jose de Lacerda Guimarães, Fundadores de Araras eram filhos de Antonio de
Lacerda Guimarães e Maria Franco, lavradores em Belém de Jundiaí, hoje Itatiba.
Em dezembro de 1847, os irmãos contraíram matrimonio, o primeiro com Manoela Assis de Cássia, e o segundo
com Clara Miquelina de Jesus, filhas de Alferes Franco, possuidor de uma das maiores fortunas da época e que,
parte de seu patrimônio localizava-se em Araras.
Após o casamento os irmãos concretizaram a sociedade Lacerda & Irmãos cujo objetivo principal era a cultura de
café, nos sítios Montevidéu (hoje Fazenda Montevidéu) e Bocaina.
CAMPO FORMOSO
O Município de Campo Formoso teve sua emancipação política em 28 de julho de 1880, através da lei provincial
de nº 2051, sendo desmembrado do município de Senhor do Bonfim. O local onde está situada a cidade de Campo
Formoso foi, nos seus primórdios, um aldeamento indígena. Os missionários da Companhia de Jesus incumbidos
da catequese dos silvícolas da região, prestando aos primeiros habitantes assistência espiritual e orientando-os
também na vida secular, contribuíram decisivamente para a prosperidade da povoação que aí se formou. Seus
primeiros colonizadores foram os portugueses, que escravizaram os índios que existiam. Esses colonizadores
trouxeram novos hábitos culturais, tradições e heranças religiosas do catolicismo, e o culto aos santos. Foi elevada
à categoria de cidade, pelo Decreto-Lei nº 11.089 de 30 de novembro de 1938. As primeiras edificações dos
portugueses, além de suas casas, foram as igrejas, para as cerimônias religiosas e dias santos. Santo Antônio, santo
português nascido em Lisboa, defensor dos fracos e oprimidos e também conhecido com santo casamenteiro, foi
adotado como padroeiro da cidade e até hoje é comemorado o dia de Santo Antônio.
Campo Formoso também é conhecido como "cidade das esmeraldas ", por existir no povoado de Tuiutiba um
garimpo com esmeraldas distinguidas como de melhor qualidade, em comparação com outros garimpos de
esmeraldas do Brasil. A cidade também recebe esse título pela comercialização dessas pedras no centro da cidade -
"feira do rato" - onde se comercializam as pedras do município e das cidades vizinhas, e que é o conhecido "rolo",
troca de pedras por televisores, celulares, casas, entre outros. A "feira do rato" surgiu com a descoberta das minas
em Carnaíba, a 42 Km de Campo Formoso. Os garimpeiros costumavam se encontrar nesse local porque era de
fácil acesso para os compradores e por lá existir bares e restaurantes.
A cidade de Campo Formoso é conhecida por suas grutas e pelo comércio de esmeraldas. Localiza-se na Chapada
Diamantina e tem em seu território muitas cavernas com diversos tipos de formação interior, além maior gruta, em
extensão, do Hemisfério Sul: a Toca da Boa Vista, maior caverna conhecida do Brasil e Hemisfério Sul com mais
de 120 km de galerias mapeadas até 2007, é um dos mais importantes sítios espeleológicos e paleontológicos
brasileiros. Conjuntamente com as cavernas vizinhas Toca da Barriguda, Toca do Calor de Cima, Gruta do
Convento, Toca do Pitu e Toca do Morrinho, constituem um conjunto de relevância geológica mundial.