PTR04 Aula-09
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Leandro Lima
Desde que Adão fez sua escolha, a humanidade mergulhou no abismo do pecado.
O pecado, como transgressão da vontade de Deus, é a coisa mais comum na raça humana
inteira. A Escritura diz: “Todos pecaram” (Rm 3.23). O pecado é um imenso rolo
compressor que nivela todos os seres humanos, quer sejam pobres, ricos, pretos, brancos,
famosos ou desconhecidos. É a realidade mais presente e mais forte deste mundo.
O pecado é o grande agente destruidor da vida, do bem e da existência. Deus criou
o homem sem pecado, isso significa que a realização do ser humano depende de uma
extinção do pecado. Enquanto o pecado habitar a nossa carne, nunca conseguiremos
desenvolver plenamente a nossa humanidade. Desde que esse vírus maligno entrou em
nosso sistema, nunca mais pudemos ser aquilo para que fomos feitos.
Quando falamos em santificação, estamos nos referindo à obra divina, da qual
participamos, pela qual somos libertados da influência do pecado e possibilitados a viver
uma vida para Deus. É a maneira pela qual, dia após dia, Deus vai retirando o apego do
pecado em nossa vida até aquele dia, quando na glorificação, seremos definitivamente
livres dele. Viver em santidade é viver na contramão do mundo.
O Catecismo Maior de Westminster define a santificação como sendo:
Uma obra da graça de Deus, pela qual os que Deus escolheu antes da fundação do
mundo, para serem santos, são, nesta vida, pela poderosa operação de seu Espírito e pela
aplicação da morte e ressurreição de Cristo, plenamente renovados, segundo a imagem
de Deus, tendo as sementes do arrependimento que conduz à vida, e de todas as outras
graças salvíficas implantadas em seus corações, e tendo essas graças de tal forma
dinamizadas, aumentadas e fortalecidas, assim eles morrem cada vez mais para o pecado
e ressuscitam para a novidade de vida. 1
Essa definição é completa e aborda todos os aspectos do ensino bíblico sobre
santificação. O destaque especial foi dado ao poder do Espírito Santo na obra da
santificação, e de fato, é preciso muito poder, para que criaturas acostumadas a ceder ao
pecado consigam vencê-lo. A santidade é o propósito principal de Deus para os seres
humanos nesta vida. Como diz Packer, “é um processo educacional, planejado e
programado por Deus com o propósito de nos refinar, purificar, animar, firmar e
amadurecer. Por meio dele, Deus nos leva, progressivamente, à forma moral e espiritual
que ele quer que alcancemos”. 2
A vida de santidade reflete a conformidade ao alto padrão divino estabelecido para
o regenerado. É viver nas alturas da fé. O profeta Isaías falou sobre o Deus que renova as
forças: “Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os
jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no
senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam,
caminham e não se fatigam” (Is 40.2931). As águias preferem os lugares altos, e somente
esse poder divino de atuação nas nossas vidas pode nos fazer viver nas alturas, acima dos
tropeços da vida terrena.
A santificação precisa ser entendida à luz do ensino sobre a nossa união com
Cristo. A Bíblia diz: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as
1
Catecismo Maior de Westminster, Pergunta 75.
2
J. I. Packer. A Redescoberta da Santidade, p. 14.
coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do
alto, não as que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente
com Cristo, em Deus” (Cl 3.1-3). A vida “do alto” é a única aceitável para aqueles que
morreram, ressuscitaram e subiram com Cristo para os lugares celestiais.
3
Anthony Hoekema. Salvos Pela Graça, p. 211.
4
Por essa razão a Bíblia chama os crentes de santos (Sl 16.3; At 9.32; Rm 16.2; 2Co 8.4;
Ef 1.1; Cl 1.2; 1Tm 5.10; Hb 6.10; Jd 3; Ap 11.18).
Santo, envolvendo nossa participação responsável, pela qual ele nos livra da poluição do
pecado, renova toda nossa natureza inteira segundo a imagem de Deus, e habilita-nos a
viver de forma a agradá-lo”.5 E Hodge diz: “Portanto, a santificação consiste em duas
coisas: primeira, a eliminação progressiva dos princípios do mal que ainda infectam nossa
natureza, e a destruição de seu poder; e, segunda, o crescimento do princípio espiritual
até controlar os pensamentos, sentimentos e atos, e conformar a alma segundo a imagem
de Cristo”.6 Fomos santificados em Cristo Jesus, mas o pecado ainda habita em nosso
corpo, e por isso, precisamos vencê-lo. Isso quer dizer que somos santos e pecadores ao
mesmo tempo? Sim, do mesmo modo como já dissemos que somos justos e pecadores ao
mesmo tempo. Um modo de entender isso é pensar no que Bavinck fala a respeito da
diferença entre status e condição. 7 Uma vez justificados, dispomos do status de
santificados, mas como o pecado ainda habita em nós, nossa condição ainda é de
pecadores. O ponto é que “quem comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8.34), mas o
verdadeiro crente já não é mais escravo do pecado, pois foi liberto pela verdade de Jesus
(Jo 8.32; Rm 6.14). Mas, o pecado ainda está em nossos membros, pois de fato, “todos
tropeçamos em muitas coisas” (Tg 3.2). João diz: “Se dissermos que não temos pecado
nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós” (1Jo 1.8). Isso
pode levar a uma dúvida: Se somos unidos com Cristo, se Cristo é Santo, mas nós
continuamos pecadores, a vida de Cristo dentro de nós não se corrompe? A resposta é
não. Strong está certo ao afirmar que “a vida de Cristo não se corrompe pela corrupção
dos seus membros como o raio de luz não se contamina na imundície com a qual ele entra
em contato”.8
Geralmente a Bíblia, nas passagens em que ensina a santificação definitiva, nos
conclama à santificação progressiva, por isso dissemos que santificação é tornar visível
uma graça invisível. Em Romanos 6 Paulo manda os crentes se considerarem “mortos
para o pecado” (Rm 6.11), e em seguida ele diz: “Não reine, portanto, o pecado em vosso
corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os
membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a
Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como
instrumentos de justiça” (Rm 6.12-13). A realidade da santificação definitiva precisa se
manifestar progressivamente através da vitória sobre o pecado. Como já vimos, em
Colossenses 3.1-3 Paulo demonstrou claramente a realidade do crente como morto e
ressuscitado em Cristo, porém, em seguida ele insiste: “Fazei, pois, morrer a vossa
natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que
é idolatria” (Cl 3.5). Logo adiante ele volta a misturar os assuntos: “Agora, porém,
despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência,
linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes
do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o
pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Cl 3.8-10). Os crentes não
devem viver em pecado porque se despiram do velho homem. A realidade do velho
homem já não existe mais, o que existe é o novo homem, porém, esse novo homem precisa
se desenvolver. Santificação definitiva é o ato de se despojar do velho homem,
santificação progressiva é essa renovação contínua do novo homem, que se desenvolve
5
Anthony Hoekema. Salvos Pela Graça, p. 199.
6
Charles Hodge. Teologia Sistemática, p. 1188.
7
Hermann Bavinck. Teologia Sistemática, p. 521.
8
Augustus H. Strong. Teologia Sistemática, vol. 2, p. 506.
para alcançar a semelhança de Deus.
Podemos falar da santificação definitiva como o aspecto legal pelo qual somos
declarados santos, e da santificação progressiva como o efeito visível, pelo qual o crente
se torna santo. Nossa salvação depende do aspecto legal, porém, o aspecto legal não
acontece sem que se desenvolva o aspecto visível. Nesse ponto é válida a discussão sobre
as “boas obras”. Evidentemente não somos salvos por elas, mas também não somos salvos
sem elas. A salvação é pela graça mediante a fé e não por obras, como Paulo deixa bem
claro em Efésios 2.8-9. Porém, o verso 10 diz que fomos criados para boas obras. Deus
nos criou, ou melhor, nos recriou para andarmos em boas obras que ele mesmo preparou.
Somos salvos pela fé, porém, essa fé muda a vida das pessoas. Se uma pessoa diz que
crê, mas não muda de vida é porque não crê, afinal, a fé sem obras é morta (Tg 2.26). Ou
como disse Jesus: “Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos
espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a
árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore
má produzir frutos bons” (Mt 7.16-18). Jesus sempre demonstrou que a realidade interna
se manifesta externamente.
9
Hermann Bavinck. Teologia Sistemática, p. 523.
materialização da vontade. Esses dois aspectos somente acontecem porque Deus os
possibilitou através de sua operação, portanto, santificação é obra de Deus e obra do
homem.
Meios de santificação
Precisamos agora pensar nos instrumentos que podem nos ajudar a aperfeiçoar a
nossa santificação. Inicialmente falaremos dos falsos meios, aqueles que o homem usa de
forma deturpada.
11
William Hendriksen. Colossenses e Filemom, p. 167-168.
Deus. É através da sua Palavra que Deus nos santifica. Daí a importância crucial da
pregação para o crescimento, edificação e santificação do povo de Deus. Por isso, na
teologia reformada, a pregação da Palavra é considerada um meio de graça, ou seja, uma
maneira pela qual Deus concede sua graça ao seu povo. O salmista já tinha plena
consciência da função da Palavra na área da santificação, pois ele diz: “De que maneira
poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando o segundo a tua palavra” (Sl
119.9). E disse ainda: “Firma os meus passos na tua palavra, e não me domine iniquidade
alguma” (Sl 119.133). O conhecimento e a firmeza na Palavra de Deus conduzem
naturalmente à santidade. Paulo também entendia a plena importância da Palavra para a
santificação: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus
seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16-17). Tudo o que
precisamos a fim de que sejamos repreendidos, corrigidos, educados e habilitados está na
Palavra de Deus. Tudo o que um crente precisa para ser o mais aperfeiçoado possível, ele
encontra na Bíblia. Ela é o grande instrumento de santificação que Deus nos deu.
Outro meio apropriado para nossa santificação é a fé. Muitos podem pensar que a
fé apenas nos conduz à justificação, mas, a verdade é que ela é necessária para nossa
santificação também. De fato, “o Evangelho nada exige de nós além de fé, a confiança de
coração na Graça de Deus em Cristo. A fé não apenas nos justifica, mas também nos
santifica e nos salva”.12 Isso equivale a dizer que santificação não é necessariamente
questão de esforço pessoal, mas de fé. Quanto mais fé, mais santos, pois quanto mais fé,
mais desfrutamos dos benefícios de Cristo. O texto de Atos 26.18 fala dos crentes como
sendo “santificados pela fé” em Jesus. Embora nesse aspecto, o texto se refira à
santificação definitiva que acontece juntamente com nossa justificação, também é
verdade que pela fé somos santificados diariamente. O motivo não é difícil de entender.
Todo pecado que o cristão possa cometer, em última instância, é por falta de fé. Jesus
costumava advertir as pessoas com respeito a essa questão de ter fé pequena. Ele disse
que se preocupar primordialmente com questões de comida, bebida e vestuário era
evidência de fé pequena (Mt 6.25-30). Também em momentos quando eles estavam
desesperados por alguma situação, como quando enfrentavam a tempestade no mar da
Galileia, Jesus disse que só estavam amendrontados porque eram homens de pequena fé
(Mt 8.26; 14.31). É difícil pecarmos quando nossa fé e confiança no Senhor estão no nível
máximo. Nossa fé no Senhor é o instrumento pelo qual o Senhor evidencia sua vida em
nós. Quando Paulo disse que já não era ele quem vivia, mas que Cristo vivia nele,
complementou: “E esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus,
que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2.20). É pela fé que experimentamos
a mais íntima união com Cristo que nos habilita a confiar nele, de forma que ele manifeste
sua vida em nós, e consequentemente, nossa santificação aparecerá, pois ele é santo.
Precisamos sempre nos lembrar de nossa união com Cristo, pois “a morte de Cristo tem
poder não apenas para justificar, mas também para santificar”. 13 Uma pessoa pode se
esforçar sobremaneira, mas nunca vencerá o pecado se não tiver suficiente fé em Jesus.
Um outro aspecto fundamental na santificação é a oração. A oração é o momento
mais íntimo de comunicação com Deus que o homem pode ter. É o momento quando o
homem tem uma audiência com Deus, e o Todo-Poderoso condescende em lhe ouvir as
súplicas. Ela é a chave para o crescimento espiritual e para a santificação. Mas,
infelizmente, o modo como as pessoas normalmente oram prejudica bastante esse
12
Hermann Bavinck. Teologia Sistemática, p. 529.
13
Hermann Bavinck. Teologia Sistemática, p. 522
crescimento.
Os discípulos temiam orar de forma errada, por isso procuraram o mestre e lhe
pediram que os ensinasse a orar. Jesus ensinou: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso,
que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade,
assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas
dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em
tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!”
(Mt 6.9-13). Ao contrário do que às vezes se pensa, essa não era uma oração que deveria
ser decorada e repetida. É um molde, um modelo eficaz de oração, ao qual as orações dos
crentes devem se conformar. Por trás desses princípios está o segredo do poder espiritual.
Classicamente, a oração que Jesus ensinou tem sido dividida em uma introdução,
uma conclusão e sete petições. As três primeiras petições dão toda a prioridade para a
glória de Deus. Isso é no mínimo impressionante, posto que, frequentemente, nossas
orações se ocupam apenas conosco mesmos. Quando Jesus ensina a orar pela santificação
do nome de Deus, pela vinda do Reino e pela consumação da vontade de Deus para o
mundo, está demonstrando que um crente precisa entender que essas coisas são
prioridades sobre todas as demais. É incrível que, praticamente metade da oração se ocupe
somente com essas coisas. Quando temos acesso às listas de orações nas igrejas,
percebemos que os pedidos que monopolizam essas listas são todos de ordem física,
econômica ou familiar. De fato, como os discípulos, precisamos que Jesus nos ensine a
orar. Alguns crentes em suas orações se utilizam de métodos estranhos à Palavra de Deus.
Fazem muito barulho e não dizem nada. Ou pior, tentam dar ordens para Deus. Às vezes
se ouve algo assim: “Senhor, eu determino que essa benção me seja dada”, “Eu não aceito
essa enfermidade”, ou “Eu exijo essa cura”, etc. Enquanto isso, Jesus ensinou a orar: Seja
feita a tua vontade... A quarta petição da oração dominical é a que trata das questões
físicas. Há apenas um pedido: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje”. O pão representa
nossas necessidades básicas, aquilo que realmente precisamos. O pedido diário denota
absoluta dependência da provisão divina e um reconhecimento disso. Embora Deus esteja
interessado em nossas necessidades, o fato é que geralmente nossas orações são muito
desequilibradas, pois há muito para nós e pouco para Deus. Por fim, os últimos três
pedidos se voltam para as coisas do Espírito. A primeira preocupação é com o perdão dos
pecados, uma preocupação que, cada vez mais, a igreja tem menos. A segunda
preocupação é com segurança espiritual para evitar quedas em tentação. E a última suplica
livramentos dos ataques diretos do maligno. Esse modelo de oração é vital para uma vida
de santidade, pois se preocupa com a glória de Deus em primeiro lugar, e dá mais ênfase
ao aspecto espiritual da vida, do que ao aspecto físico. O modo como os crentes têm orado
traz pouco benefício espiritual para eles, pois geralmente, as preocupações principais são
físicas. Como disse Calvino, nesta Oração, “o Senhor nos deu uma forma conveniente de
orar, na qual compreendeu brevemente tudo o que convém pedir a Deus, e o dispôs em
poucas petições.”14
Uma das formas que Deus usa para nos santificar é sua disciplina. Hebreus 12.10
diz: “Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da
sua santidade”. A expressão “disciplina” tem a ver com a provisão divina para nosso
crescimento, incluindo as repreensões, a dor e o sofrimento. Deus permite que isso nos
sobrevenha para que sejamos santos como ele é santo (Lv 20.7; 1Pe 1.16). Quando
enfrentamos lutas, sofrimentos ou momentos de repreensão, achamos algo doloroso, e
ansiamos pelo momento quando seremos livres dessas coisas. O autor aos Hebreus
entedia isso: “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria,
14
Calvino, Catecismo de Genebra, Perguntas 255 e 256
mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela
exercitados, fruto de justiça” (Hb 12.11). Quando na Igreja, a disciplina é exercida sobre
a vida das pessoas que cometeram faltas graves, isso pode parecer ofensivo para muitos
que estão poluídos pelo espíri-to moderno liberal, mas sem a disciplina, a pessoa terá
grandes dificuldades em se re-cuperar espiritualmente. A ausência da dis-ciplina
demonstra falta de amor, pois o próprio Deus diz: “Eu repreendo e disciplino a quantos
amo” (Ap 3-19). E o autor aos He breus lembra: “Mas, se estais sem correção, de que
todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos” (Hb 12.8). Como
Pai amoroso, Deus disciplina seus fi-lhos para que mudem de atitudes, e sejam
santificados.