Técnicas e Métodos em Psicologia

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ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO………………………………………………………….
2.DESEVOLVIMENTO………………………………………………….
3.FACTORES VERBAS………………………………………………….
4.INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO…………………………………
5.METODO INTROSPECÇÃO………………………………………….
6.METODO EXPERIMENTAL………………………………………….
7.METODO CLÍNICO ………………………………………………….
8.CONCLUSÃO…………………………………………………………….
9.BIBLIOGRAFIA …………………………………………………………

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O objecto da psicologia – o comportamento e os estados mentais – é reconhecido pela sua
complexidade. Por isso, recorre a vários métodos e técnicas de investigação.

Em psicologia entende-se por Técnica Psicológica toda atividade específica, coerente com os
princípios gerais estabelecidos pelo método psicológico.

Na psicóloga as técnicas usadas dependem do método do qual referem-se, ou seja, as técnicas


são como as estratégias que cada técnico utiliza para realizar um método .com o objetivo
de finalizar a pesquisa com sucesso.

Mas para entendermos perfeitamente o que são técnicas precisamos entender o que são métodos
pós uma complementa a outra.

“Entende-se por método os processos fundamentais mediante os quais a ciência avança; o


aspecto-chave do método científico é o controlo. Por técnica entendemos a maneira particular
segundo a qual o método geral é implementado; existem muitas técnicas, que frequentemente
diferem de um campo de estudo para outro e não raro são altamente complexas, especializadas
e exigentes.”

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Durante muito tempo o único método utilizado em psicologia foi a introspecção – a observação
interior feita pelo próprio sujeito. Objecto de várias críticas, subscritas por aqueles que
pretendiam um estatuto de ciência para a psicologia e integrando-se no pensamento dominante
dos finais do século XIX, a introspecção vai ser posta em causa, adoptando-se o método
experimental para o estudo dos comportamentos. São os behavioristas, que vão encontrar neste
método o instrumento privilegiado para a formulação de leis que permitiriam atingir o seu
objectivo: prever o comportamento em determinada situação.
Reconhecidas as limitações do método experimental, vão ser encontradas outras vias, outras
metodologias que privilegiam a compreensão do comportamento humano na sua globalidade e
complexidade. Surgem assim novos métodos: o método clínico e a observação naturalista.
Os testes, os inquéritos, as entrevistas, as escalas de atitudes, entre outras, são técnicas que irão
ser adoptadas na investigação em psicologia.

Para falarmos de técnicas de investigação em psicologia temos que inevitavelmente falar sobre
os Métodos de investigação em Psicologia.

Como dissemos antes, para entendermos perfeitamente o que são técnicas precisamos entender
o que são métodos pós uma complementa a outra.

Diferença entre método e técnicas

A diferença entre método e técnica é que o método é o conjunto geral de procedimentos


utilizados em uma pesquisa, enquanto a técnica é um instrumento específico utilizado para
coletar os dados. Por exemplo, o método de pesquisa pode ser o estudo de campo, que inclui a
coleta de dados através de entrevistas, observações e questionários. As técnicas de pesquisa
neste caso podem ser as entrevistas individuais, as observações participantes e os questionários
aplicados aos participantes.
Outra diferença é que o método de pesquisa é mais amplo e abrange todo o processo de
pesquisa, enquanto as técnicas de pesquisa são mais específicas e se concentram em coletar os
dados. Por exemplo, o método de pesquisa pode incluir a coleta de dados através de diferentes
técnicas, como entrevistas, observações e análise de documentos, enquanto cada uma dessas
técnicas se concentra em coletar dados de maneira específica.

Em resumo, o método de pesquisa é o conjunto geral de procedimentos utilizados em uma


pesquisa, enquanto as técnicas de pesquisa são os instrumentos específicos utilizados para
coletar os dados. Ambos são importantes para garantir que a pesquisa seja precisa e confiável.

Todas as ciências exigem provas baseadas na realização de cuidadosas observações e


experiências.
Com o intuito de recolher os dados sistematicamente, com objectividade, os psicólogos
utilizaram, a Experimentação, o estado de caso, os levantamentos (testes, entrevistas,
questionários), e os estudos correlacionais.

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Os testes, os inquéritos, as entrevistas, as escalas de atitudes, questionário, entre outras, são
técnicas que irão ser adoptadas na investigação em psicologia. Quando se coloca a questão
sobre os métodos adoptados, não podemos responder sem ter em conta as várias correntes
que atravessam a psicologia.

Assim, enquanto Wundt recorreu à introspecção, os behavioristas introduziram o método


experimental na investigação do comportamento humano e animal. Em algumas pesquisas
sobre a percepção e a aprendizagem, os gestaltistas recorreram também ao método
experimental socorrendo-se também da introspecção informal. Piaget, nos seus estudos,
procurando conhecer o processo do desenvolvimento cognitivo adoptou o método clínico e a
observação naturalista.
Freud, que considerava fundamental a exploração do inconsciente, propõe um método
próprio: o método psicanalítico.

Normalmente essas técnicas são as mais conhecidas e faladas:

● Observação
● Inquérito ou questionário
● Entrevistas
● Testes

Mas existem muitas mais e vamos falar mais e conhecer melhor cada uma delas.

O que é avaliação psicológica e quais técnicas engloba?

Avaliação psicológica é como um processo estruturado de investigação de fenômenos


psicológicos composto de métodos, técnicas e instrumentos com o objetivo de prover
informações à tomada de decisão, no âmbito individual, grupal ou institucional, com base em
demandas, condições e finalidades específicas.

No trabalho de avaliação psicológica, também chamado de psicodiagnóstico, o profissional


pode lançar mão de uma ampla gama de técnicas para a coleta de informações.

Entre essas técnicas, constam entrevistas, observação direta do comportamento, dinâmicas,


testes psicológicos, tarefas experimentais, técnicas projetivas e expressivas, entre outras,
desde que devidamente fundamentadas na literatura científica e nas normativas vigentes do
CFP.

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O recomendado é que o profissional utilize diferentes técnicas para a coleta e validação de
informações para que o estudo psicológico da pessoa em avaliação resulte em um quadro que
represente fidedignamente seu real e atual funcionamento
A abordagem multimétodo de coleta de dados possibilita a triangulação de informações de
modo que o psicólogo tenha disponível uma variedade de dados que fundamentarão suas
decisões ao final do processo.

ASPECTOS VERBAIS E NÃO VERBAIS

Na avaliação psicológica, tanto os aspectos verbais quanto os não verbais são de igual
importância para o entendimento do funcionamento psicológico do indivíduo que está sendo
avaliado.

O conteúdo das narrativas possibilita que o psicólogo levante diferentes tipos de informações,
como autopercepções, valências afetivas atribuídas às experiências, formas de representações
dos outros, memórias de fatos e eventos de vida.

Para além do conteúdo narrativo, as expressões comportamentais, as atitudes e as condutas das


pessoas são também fontes ricas de informações. O profissional pode identificar
incongruências entre o conteúdo narrado e o comportamento expresso acerca de uma
percepção, assim como observar reações comportamentais durante o processo avaliativo que
indicam estados emocionais.

Instrumentos de Avaliação Psicológica: entrevista psicológica

A entrevista busca fornecer ao avaliador, através de subsídios técnicos, informações acerca da


conduta, comportamento, conceitos, valores e opiniões do entrevistado. Complementa os dados
obtidos por outros instrumentos.
Segundo Bleger (2011), a entrevista é uma relação estabelecida entre duas ou mais pessoas, na
qual uma delas é o técnico e a outra a que necessita de intervenção técnica. É utilizada como
meio de trabalho a fim de investigar comportamentos e perspectivas da pessoa.

Classificações de entrevista psicológica:

Quanto aos objetivos


* Diagnóstica: Diagnóstico, prognóstico e indicações terapêuticas;
* Psicoterápica: Auxilia no processo psicoterápico;
* De encaminhamento: Recomenda o tratamento adequado;
* Seleção: Levantamento de informações sobre currículo de acordo com perfil do cargo;
* Desligamento: Trabalhar questões relacionadas à alta ou no caso da área organizacional, à
saída do trabalhador da empresa;
* Pesquisa: Investiga temas de um estudo;

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Quanto à estrutura

* Dirigida ou estruturada: Possui propósito fixado; Ordem predeterminada das perguntas;


Busca extrair o máximo de informações com o mínimo de perguntas;
* Semidirigida: Entrevistado expõe a partir do tema que escolher e pode excluir o que desejar;
Há intervenções do entrevistador para apontar sobre questões relevantes (bloqueios,
paralizações) ou buscar mais informações;
* Livre, não dirigida, ou não estruturada: Liberdade do entrevistado para se expressar; Poucas
perguntas ou intervenções do entrevistador; Busca visão geral do problema e identificação de
aspectos da personalidade; Entrevistador formula perguntas durante entrevista;

Quanto à sequência temporal

* Entrevista inicial: Primeira entrevista de um processo psicodiagnóstico; Paciente expõe sua


queixa e o entrevistador obtém primeira impressão do entrevistado; É realizado contrato
psicoterápico; Recomenda-se que seja semidirigida;
* Entrevistas sequenciais: Após entrevista inicial; Busca apurar os dados coletados com mais
detalhes sobre a história do entrevistado;
* Entrevista de devolutiva: Utilizada no término do psicodiagnóstico para comunicar resultados
observados e indicações terapêuticas;

Observação

Na afirmação da nova ciência, a Psicologia define o seu objecto, e estabelece o seu método de
trabalho. Os diferentes ramos da psicologia resultam de diferentes modos de abordagem do
comportamento humano.

Desde a Introspecção ao método clínico, o estudo da psicologia passa pela observação dos
fenómenos psíquicos. A realização da observação isolada do método experimental sucede por,
em determinadas ocasiões e por motivos práticos ou deontológicos, não ser possível o recurso
ao método experimental.

Contudo é sempre possível estabelecer hipóteses e recorrer a técnicas de observação que


permitam a verificação das hipóteses sem passar pela experimentação.

As condições em que essa observação é produzida levam a identificar diferentes


formas:
● Laboratorial - Produzida em condições controladas;

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● Naturalista - Elaborada no meio natural em que se desenrola a situação;
● Invocada - Realizada a partir de situações ocasionais e em que as condições não são
controladas nem previstas.

-A Observação Laboratorial é utilizada ao nível do método experimental. A realização da


experiência em condições controladas, num laboratório, leva a que a situação observada seja
uma situação artificial.

Esta observação implica uma sistematização prévia em que se define o que se pretende
observar, com a construção de grelhas de registo. Para além da observação directa temos ainda
outros instrumentos de observação como as entrevistas, questionários e testes.

Em todo o caso o sujeito observado tem consciência dessa observação o que pode condicionar
o seu comportamento. Numa tentativa de eliminar esse condicionamento o observador recorre
a meios técnicos (espelhos de uma via, câmaras de vídeo) para poder observar sem ser notado.

A vantagem deste tipo de observação é o seu rigor pois permite a presença de observadores
independentes que anotam todo o tipo de comportamento de uma forma descritiva para
posterior análise. Contudo ao ser produzida em condições experimentais fica limitada.

-A Observação Naturalista (ou ecológica) é defendida pelo método clínico, fundamentando-se


na necessidade de observar as condições reais de uma situação. Ao observador eram colocadas
duas alternativas:
Dissimulado, de modo a não ser notada a sua presença, permanecia exterior à situação. Para tal
era necessária a colocação de meios técnicos no local da observação, facto que não sendo de
realização imediata poderia igualmente alterar a situação.
Participava na situação sem o estatuto de observador, sendo este o único modo em que não
necessitamos de controlar as condições da experiência. É a estratégia utilizada por Piaget no
estudo de crianças, mas em que a observação por estar ligada à interpretação.

Esta técnica de observação tem um grau de objectividade menor, especialmente a última


estratégia, permite pelo contrário o estudo nas condições reais de uma situação sendo ainda
extremamente prática.

TIPOS DE OBSERVAÇÃO
Observação sistemática "estruturada"
- É minuciosamente planejada e Visa atender critérios pré-estabelecidos.
- É realizado em condições controladas da forma mais objetiva possível, por isso, é considerada
uma técnica científica
- Pode ser feita de modo direto (aplicando imediatamente os sentidos aos fenômenos a se
observar) ou indireto, utilizando instrumentos para registrar/medir a informação a ser obtida.
Observação assistemática (não estruturada)
O pesquisador atua como mero espectador.

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é simples, espontânea e informal ponto por isso não é recomendada para testagem de hipóteses.
recolhe registra dados da realidade sem a utilização de meios técnicos especiais ou realização
de perguntas diretas. E utilizada durante estudos exploratórios, servindo como planejamento
para pesquisa.
Técnica de coleta de dados: busca coletar informações de forma observacional, formal ou
informalmente, de um individuo ou grupo em um determinado ambiente sobre um determinado
fato ou situação.
Observação direta: é realizada pelo próprio pesquisador sem a interferência de terceiros.
Observação participativa: envolve uma relação dinâmica entre o pesquisador e o pesquisado.
Por sofrer interferência do observador, pode se tornar artificial.

Instrumentos de Avaliação Psicológica: testes psicológicos

Definição: Medida objetiva e padronizada de uma amostra do comportamento do indivíduo.


Objetivo: Mensuração de diferenças entre indivíduos, ou o mesmo indivíduo em momentos
diferentes.
Características
* Material fidedigno;
* Permite reaplicação;
* Possibilita conclusões confiáveis em curto espaço de tempo;
Aplicação dos testes
* Deve ser realizada com clareza e objetividade, procurando transmitir tranquilidade ao
examinando;
* Seguir orientações do manual, sem assumir postura rígida;
* Avaliar pessoa com deficiências considerando suas limitações.
Importante: Para utilizar testes psicológicos é necessário ter diploma em Psicologia, inscrição
no CRP e capacitação para aplicação; O uso de testes que não estão incluídos na relação de
testes aprovados pelo CFP é falta ética do psicólogo.

Parâmetros para analisar qualidade dos testes psicológicos


1. Validade: Verifica se teste mede o que pretende medir;
2. Fidedignidade: Indica a confiabilidade e precisão do teste;
3. Precisão: Considera resultados obtidos pelo mesmo indivíduo quando reaplicado o mesmo
teste;
4. Padronização: Uniformidade de procedimentos utilizados na aplicação;
5. Normatização: Uniformidade na interpretação dos resultados a partir de parâmetros dos
escores brutos;

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Questionário

são questionários utilizados pelos pesquisadores para coletar diversos tipos de informações.
das pessoas que as atendem. Como regra, eles envolvem trabalho independente do entrevistado,
em conexão com o qual são chamados de esquemas de "auto-relato". Como tal, eles são
semelhantes às entrevistas.

As vantagens doquestionário, incluem o custo relativamente baixo de coleta de dados, ausência


de preconceito por parte do entrevistador, a capacidade de entrevistar um grande número de
pessoas ao mesmo tempo, os entrevistados experimentam (sob certas condições) uma sensação
de anonimato , a liberdade concedida ao respondente na distribuição do tempo para respostas,
a capacidade de vincular diretamente as questões de pesquisa .

Elaboração de um questionário. Realização de pesquisas. o uso de O. envolve uma certa


sequência de etapas: 1. Determinação dos objetivos da pesquisa. 2. Projetando O. 3. Esboçando
O. 4. Editando O. 5. Projetando O. instruções para aplicação de O. 6. Pré-verificação de O. 7.
Correção e reedição de O. 8. Design. Plano de amostragem usando O. 9. Entrevista/coleta de
dados. 10. Análise de dados. 11. Descrição dos resultados.

Métodos, cujo material são perguntas que o cliente deve responder, ou declarações com as
quais deve concordar ou discordar. Existem esses tipos de questionários: 1) os questionários
são abertos; 2) os questionários são fechados; 3) questionários; 4) questionários pessoais.

Método de Introspecção

A Introspecção no sentido restrito da palavra propõe o conhecimento das emoções através da


observação interna e reflexão por parte do próprio sujeito. O indivíduo é ao mesmo tempo
sujeito do conhecimento e objecto de estudo num processo de auto-observação.

A Introspecção controlada implica a presença de observadores externos e estruturação da


descrição das emoções.

É defendido pela corrente associacionista de modo a permitir o estudo das emoções e estados
da consciência de uma forma sistemática: orienta-se para o estudo do consciente.

Etapas da introspecção controlada:


1. Apresentação de pequenos estímulos visuais ou auditivos a um conjunto de
observadores treinados.
2. Os sujeitos descrevem as suas emoções recorrendo a termos predefinidos.
3. Os dados eram depois relacionados e interpretados por uma equipa de psicólogos
Este método foi desvalorizado por não conseguir evitar o subjectivismo:

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Observação é retrospecção - O conhecimento das emoções é feito depois de elas terem
acontecido. A observação de um facto é distinto da sua vivência o que levaria a uma separação
do ser humano em dois: o que sente e o que pensa.
Objectividade nas emoções - ao relatarmos as nossas emoções temos a tendência de
eliminar as emoções não aceites socialmente acabando por as modificar
Controlo exterior - Não existe garantia de que as emoções expressas sejam reais pelo
que a investigação ficaria limitada.
Racionalização - O sujeito tende a explicar as suas emoções mais fortes e desconexas,
apresentando as suas emoções de uma forma controlada e dentro de um sistema lógico.
Linguagem e expressão de emoções - Expressar as emoções verbalmente representa
inúmeras dificuldades, o que não está ao alcance de crianças, deficientes mentais, limitando
assim a sua utilização.
Limites de aplicação - Não se aplica a fenómenos inconscientes, aos factos de natureza
fisiológica.
Apesar destas limitações este método permite o estudo dos pensamentos e uma tomada
de consciência dos actos pelo que se continua a utilizar, embora em contextos diferentes dos
propostos por Wundt.

Método Experimental

O Método Experimental baseia-se no método científico comum à maioria das ciências.


É defendido pelo Behaviorismo mas utilizado por outras correntes de psicologia. O seu
objectivo é permitir conhecimentos sobre comportamentos comuns a um grupo de pessoas.
Fases do método
1. Hipótese Prévia - Estabelecimento de uma relação causa-efeito explicativa de uma
situação. Pretende relacionar a presença de um facto (situação) com a modificação de outro
(comportamento).
2. Experimentação - Fase de verificação da hipótese. Nesta fase é determinante o
rigor das observações e controlo da situação experimental:
A. Controlo de variáveis - Elementos que constituem a situação de estudo
relativamente à alteração ou manifestação de um comportamento cuja natureza se desconhece.
O objectivo desta fase é comprovar se o efeito que a variáveis independentes provocam na
variável dependente é aquele que se supusera na hipótese.
* Dependente - Elemento que constitui a modificação do comportamento a explicar
surgindo como a variável de resposta, consequência da variável independente.
* Independente - São os factores supostamente responsáveis pela situação e que vamos
manipular e controlar para verificar a variável dependente. Aparecem ligadas à situação ou à
personalidade.
* Externas - Elementos de uma experiência que não são controláveis ou sucedem
inesperadamente mas que podem influenciar uma experiência, podendo-se estudar essas
condicionantes relativamente a:

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1. Ao sujeito - Atitudes e expectativas do sujeito observado ( Efeito de Hawthorne
= A atenção prestada ao trabalho de um sujeito aumenta o seu desempenho mesmo sob
condições adversas)
2. Ao observador - Atitudes, expectativas, estatuto, credibilidade e personalidade do
observador (o psicólogo pode colocar o indivíduo à vontade ou provocar um grau de tensão)
3. Às condições - As condições ambientais devem ser iguais relativamente aos
sujeitos observados: local, hora do dia ...
B. Registo de observações - Para garantir o rigor das observações e permitir a análise
dos dados por investigadores independentes
Registos de ocorrências e duração de comportamentos
Escalas de classificação - Níveis de frequência de um facto
C. Controlo de condições - Validação da informação
Grupo Experimental - Grupo de sujeitos onde é testada uma variável independente
sendo que as restantes condições e constituição devem ser iguais ao grupo de controlo para
permitirem a comparação de resultados.
Grupo de controlo ou testemunha - Grupo de sujeitos em que as condições da
experiência são mantidas inalteráveis, garantindo assim os dados resultantes da observação do
grupo experimental
Amostra - Conjunto de indivíduos onde decorre a experimentação, sendo constituído
a partir da segmentação do universo a estudar. A amostra deve ser significativa e representativa
da população a estudar.
a. Amostragem simples (aleatória) - Quando a população a estudar é homogénea
todos os seus membros possuem condições iguais para o estudo pelo que são escolhidos ao
acaso.
b. Amostragem estratificada - Quando a população a estudar é heterogénea os
diversos grupos devem estar representados pelo que é necessário seleccionar a amostra,
recorrendo-se aqui a técnicas da estatística.
Trabalho de Campo - Verificação da hipótese em situação real
Generalização - Estabelecimento das conclusões pela generalização dos dados da
amostra para o universo a estudar.
Apesar de toda a preocupação no controlo da experiência determinados erros podem
surgir nas diversas fases:
Planificação - Possibilidade de erros na elaboração da amostra, na selecção das
variáveis e no controle experimental.
Isolamento de variáveis - Determinadas elementos terão uma reacção diferente a um
conjunto de variáveis presentes ao mesmo tempo e não a cada uma individualmente
Generalização - A amostra pode ser insuficiente ou demasiado selectiva.
A estes há ainda a acrescentar os problemas éticos na produção de condições
experimentais (lesões físicas ou mentais por exemplo) o que leva ao recurso à experiência em
animais (hoje igualmente alvo de contestação social) e à experiência invocada:
A Experiência Invocada é realizada aproveitando as circunstâncias acidentais de um
fenómeno, constituindo um estudo paralelo de factos que só costumam serem observados em
laboratório pelo seu carácter excepcional. É assim que a existência de catástrofes ou guerras
permitem o estudo real de situações daí resultantes. por outro lado questões éticas impedem a

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produção de determinadas experiências (separar gémeos para analisar o seu desenvolvimento,
provocar lesões cerebrais, etc.), restando por isso o aproveitamento de acontecimentos
fortuitos. Esta foi a técnica mais utilizada para o estudo do cérebro mesmo ainda antes da
existência de aparelhos modernos.

Método Clínico

Não é um método de pesquisa nem pretende descobrir leis do comportamento mas


constitui-se como uma série de procedimentos de diagnóstico e tratamento de pessoas com
problemas de comportamento e /ou emocionais.
Deste modo o estudo desenvolve-se sobre um único indivíduo ao longo de determinadas
fases:
Anamnese - Levantamento da história individual do paciente, recorrendo a fontes
externas e trazendo à memória informações perdidas. Esta fase permite elaborar algumas
hipóteses de trabalho que vão condicionar a fase seguinte
Entrevista - Colocação de questões ao paciente na tentativa de seleccionar hipóteses a
partir das suas respostas verbais e não-verbais (gestos, reacções, etc.)
Observação - Estudo dos comportamentos do paciente no seu ambiente natural de modo
a confirmar a hipótese seleccionada
Testes - Realização de testes de personalidade (do tipo projectivo) de modo a certificar
as conclusões. Note-se que estes testes podem ser igualmente utilizados no início do processo
de modo a fornecer informações.
A partir da confirmação da hipótese deduz-se qual o tratamento a desenvolver.
Encontramos a aplicação deste método em Piaget e em Kohler.

Método Psicanalítico

Com o objectivo de conhecer o inconsciente Freud Estabelece um conjunto de procedimentos


que nos podem fornecer informações sobre o inconsciente do paciente, responsável pelos seus
distúrbios.
Hipnose - Induzir o paciente, através de uma sugestão intensa, num estado semelhante
ao sono mas no qual é possível estabelecer a comunicação com o hipnotizador e ser
sugestionado, podendo assim revelar memórias ocultas ou ser condicionado para determinada
acção ou comportamento.
Interpretação dos sonhos - Os sonhos apresentam imagens figurativas de recalcamentos,
ansiedades e medos, que depois de interpretados vão permitir ao psicanalista confirmar os
resultados das suas investigações sobre problemas de comportamento apresentados pelo
paciente. É o meio de exploração mais seguro dos processos psíquicos pelo que acaba por
abandonar a técnica da hipnose.
Actos falhados - fenómenos ligados a lapsos de linguagem, de escrita, esquecimentos
momentâneos de palavras. São acidentes de carácter insignificante e de curta duração.
Transferência - Transferência inconsciente para a figura do psicanalista de sentimentos
de ternura ou de hostilidade (transferência positiva ou negativa) actualizando situações
reprimidas e esquecidas para que o psicanalista possa detectar as razões do conflito

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inconsciente. É um processo de catarse, descarga psíquica, restabelecendo a relação entre a
emoção e o objecto que inicialmente a despertou.

Psicologia: alguma das suas áreas de atuação .

A busca por qualidade de vida, equilíbrio emocional e saúde mental aumentaram a procura pelo
psicólogo nota-se também que a busca pelo curso de psicologia tem aumentado nos últimos
anos. Para se tornar um profissional da área é necessário ter o diploma em curso superior de
psicologia reconhecido pelo MEC e estar registrado no Conselho de profissional do estado
onde pretende exercer a profissão.
A psicologia oferece múltiplas possibilidades de especializações, que embora não sejam
obrigatórias para o exercício da profissão, se fazem necessárias para que o profissional tenha
conhecimento técnico e teórico em uma área específica de atuação.
Apresentaremos a seguir a definição de cada uma dessas especialidades e os possíveis locais
de trabalho de cada uma delas.

*Avaliação Psicológica
Avaliação psicológica é um procedimento que tem como objetivo analisar, compreender e
elucidar a dinâmica dos processos psicológicos de um indivíduo, utilizando-se de ferramentas
como testes psicológicos, questionários, entrevistas, dentre outras técnicas.
Por meio da avaliação psicológica, o profissional busca informações precisas e facilitadoras,
que o auxiliem a responder questões sobre o funcionamento psicológico do indivíduo ou o
grupo de indivíduos e as implicações que isso poderá gerar. O psicólogo especialista em
avaliação psicológica pode atuar na área clínica, hospitalar, trânsito, esporte, educação,
jurídica, dentre outras.

*Neuropsicologia
Área que estuda a relação entre o comportamento humano e o cérebro e tem como objetivo
obter informações sobre o desempenho de funções mentais dos indivíduos, identificando lesões
ou anomalias que afetem seu comportamento. A função do neuropsicólogo, em essência, é
avaliar, investigar e criar hipóteses diagnósticas, depois desenvolvendo um plano de tratamento
para o paciente. Este profissional pode atuar em hospitais e clínicas médicas.

*Psicologia Clínica
Sendo a área mais antiga da psicologia, sua atuação tem como foco o estudo da mente do
cliente, exteriorizada através da fala. O profissional traça um diagnóstico e aplica psicoterapias
visando à reabilitação psicológica e a melhora da saúde mental do paciente.
O psicólogo clínico atua em clínicas e consultórios e realiza atendimentos individuais ou em
grupo. Ainda no âmbito da psicologia clínica é preciso escolher a abordagem de atuação, que
pode ser Psicanálise, Terapia cognitiva comportamental (TCC), Psicologia Analítica,
Behaviorista ou Comportamental, Psicologia Humanista, Psicologia corporal ou Reich ou
Gestalt-Terapia.

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*Psicologia da Saúde
De acordo com a APA (American Psychological Association) a psicologia da Saúde tem como
objetivo compreender como os fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam na
saúde e na doença. Ela também pode ser compreendida como a psicologia clínica no âmbito
médico.
Mas, afinal, a Psicologia em saúde não seria análoga à hospitalar? A resposta é não. O
psicólogo da saúde não atua apenas em instituições de saúde, mas também em clínicas e
departamentos acadêmicos de universidades e faculdades.

*Psicologia do Esporte
Psicologia do esporte ou esportiva é a ciência que estuda os comportamentos de pessoas
envolvidas no contexto esportivo, tendo como objetivo entender como os fatores psicológicos
podem influenciar no desempenho físico e interpretar como a prática dessas atividades afeta o
bem estar, saúde e desenvolvimento emocional do indivíduo neste ambiente. O psicólogo do
esporte pode atuar em projetos sociais, esporte escolar, reabilitação, iniciação esportiva e
práticas de tempo livre.

*Psicologia do Trânsito
Área que estuda o comportamento humano no trânsito analisando fatores internos e externos
que promovem e influenciam este comportamento.
Compete ao psicólogo do trânsito atuar nesse contexto com o intuito de desenvolver pesquisas
com foco nos problemas psicológicos, psicofísicos e psicossociais no que se refere aos
problemas do trânsito; realizar exames psicológicos a fim de emitir um parecer para candidatos
a Carteira de Habilitação Nacional; participar de programas voltados à prevenção de acidentes
no trânsito; desenvolver trabalhos de educação no trânsito, estudar as implicações do
alcoolismo e de outros distúrbios no contexto do trânsito; colaborar com a justiça e quando
necessário emitir laudos, pareceres e depoimentos.

*Psicologia escolar/educacional
Segundo Araújo e Oliveira (2009), a psicologia escolar é compreendida como um campo de
atuação profissional do psicólogo e também de produção científica, caracterizado pela inserção
da Psicologia no contexto escolar.
O objetivo principal deste campo é mediar os processos de desenvolvimento humano e de
aprendizagem, contribuindo para a promoção do processo educativo e pelo espaço de sua
atuação, qual seja o das instituições do sistema escolar, sendo que essas delimitam um espaço
que não se reduz à escola, apesar deste ser o espaço fundamental de atuação profissional.

*Psicologia Hospitalar
Ramo da psicologia que tem como objetivo acompanhar e promover a saúde mental de
pacientes internados em instituições de saúde, tendo o profissional uma atuação ampla,
provendo apoio psicológico aos pacientes e familiares e suporte aos profissionais de saúde.
É um campo de entendimento e tratamento dos aspectos biológicos em torno do adoecimento,
não somente doenças psicossomáticas, mas todo e qualquer tipo de enfermidade. O psicólogo

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hospitalar pode atuar em Ambulatórios, Unidades de Terapia Intensiva, UTIs Pediátricas,
Semi-intensivas e Neonatais, Pronto Atendimento, Enfermarias em Geral e Centro Médico
Cirúrgico (auxílio no pré e pós-operatório).

*Psicologia Jurídica
A psicologia Jurídica é o campo da psicologia que agrega os profissionais que se dedicam à
interação entre a psicologia e o direito. A principal função dos psicólogos no âmbito da justiça
é auxiliar em questões relativas à saúde mental dos envolvidos em um processo.
Esse é um dos campos de conhecimento e de investigação dentro da psicologia, com
importantes colaborações nas áreas da cidadania, violência e direitos humanos. O psicólogo
jurídico pode atuar no âmbito dos Tribunais de Justiça realizando atividade pericial e
elaborando laudos psicológicos e pareceres.

*Psicologia Organizacional e do Trabalho


De acordo com Campos, Duarte, Cesar e Pereira (2011), o papel do psicólogo dentro das
organizações é atuar como facilitador e conscientizador do papel dos vários grupos que
compõem a instituição, considerando a saúde e a subjetividade dos indivíduos, a dinâmica da
empresa e a sua inserção no contexto mais amplo da organização.
Tem o objetivo de descrever, compreender, predizer e explicar o comportamento laboral de
indivíduos e grupos, assim como os processos implícitos ao mesmo com o propósito de melhor
satisfazer as necessidades dos trabalhadores e de impulsionar os benefícios e rendimentos da
empresa.

*Psicomotricidade
A psicomotricidade é definida como uma ação pedagógica e psicológica que utiliza indicadores
da educação física com propósito de aprimorar o comportamento corporal, podendo também
ser definida como a capacidade de determinar e coordenar mentalmente os movimentos
corporais. Está relacionada com o processo de maturação, no qual o corpo é a origem das
aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. Os psicomotricistas podem atuar em hospitais e
clínicas.

*Psicopedagogia
Ramo constituído por conhecimentos da psicologia e pedagogia e tem como foco a
identificação e solução de dificuldades do desenvolvimento cognitivo. Esse profissional
identifica problemas, desde dificuldades na absorção de conhecimento à transtornos e encontra
as alternativas que visam melhorar o processo de ensino e aprendizagem.
Também cabe a ele identificar a origem da dificuldade apresentada, que pode ser mental, social,
emocional ou física e também atuar no desenvolvimento de ações preventivas. O
psicopedagogo pode atuar tanto em escolas quanto em clínicas e consultórios.

*Psicologia Social
Área que estuda a relação entre o homem e a sociedade e como este se comporta nas relações
sociais e se encontra entre a psicologia e sociologia. A psicologia social preocupa-se com as

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interações e relações sociais e grupais. Ela percebe que o ser humano é ser reflexivo na história,
pois ao mesmo tempo em que é modificado por ela, também a modifica.

Por tanto, Entende-se por técnica que é maneira particular segundo a qual o método geral é
implementado; existem muitas técnicas, que frequentemente diferem de um campo de estudo
para outro e não raro são altamente complexas, especializadas e exigentes.

O método e técnica consiste no método ser mais amplo e na técnica ser mais específica, o
primeiro demanda teoria e o segundo está relacionado a instrumentos específicos. Por exemplo,
a cirurgia é um método enquanto a forma de pegar o bisturi seria uma técnica. O método de
pesquisa é o conjunto de procedimentos e técnicas utilizadas para coletar, analisar e interpretar
dados em uma pesquisa científica. Ele inclui a escolha do problema de pesquisa, a definição
do objetivo e dos objetivos da pesquisa, a seleção da amostra e a coleta de dados. Já as técnicas
de pesquisa são os instrumentos específicos utilizados para coletar os dados, como entrevistas,
questionários, observação participante e análise de documentos e textos. Cada técnica de
pesquisa tem suas próprias vantagens e desvantagens e é mais adequada para determinados
tipos de pesquisa.

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