Arouca Geopark
Arouca Geopark
Arouca Geopark
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Introdução
Este relatório elaborado no âmbito da disciplina de biologia e geologia tem
como objetivos conhecer a geomorfologia do Geoparque de Arouca, explorar o
património natural da região do Geoparque de Arouca, conhecer os vários tipos de
fossilização, compreender os processos de formação de diferentes rochas,
identificar fósseis de Trilobites, conhecer o granito da Serra da Freita, relacionar
conteúdos de sala de aula com os visualizados nos locais escolhidos refletir sobre
assuntos de geologia abordados em sala de aula, aprofundar os conhecimentos
adquiridos ao longo de dois anos letivos e desenvolver atitudes de socialização
entre todos os participantes.
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O Geopark
O Arouca Geopark, estabelecido em abril de 2009 devido à grande
quantidade de elementos geológicos e fenómenos raros que devem e têm de ser
preservados com a , compreende uma área de 328 km 2, correspondente ao
concelho de Arouca.
Os 328 km2 de território abrigam uma variedade de monumentos geológicos,
que engloba 41 locais de interesse geológico. O Geopark insere-se num território
montanhoso, encontrando-se os seus pontos mais altos nas Serras da Freita e de
Montemuro com altitudes por vezes superiores a 1.000 metros.
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e a temperatura, tornando as rochas dúcteis e resultando em dobras de diferentes
amplitudes.
Figura 4 - Dobra geológica num xisto Figura 5 - dobra geológica num xisto com
um filão de quartzo dobrado
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deste mineral revela que esta rocha foi formada por metamorfismo regional de
intensidade média a elevada.
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Há cerca de 540 milhões de anos a região de Arouca encontra se coberta
pelo mar e com vários
organismos marinhos a viver
nesse mar como trilobites,
bivalves, gastrópodes,
cefalópodes, braquiópodes,
crinóides, cistóides,
hiolítideos, conulárias,
ostracodes e graptólitos. O
organismo que se destaca
nestes fósseis são as
trilobites devido às suas
dimensões nesta zona. Esta
espécie nesta região poderia Figura 8 - Fóssil de trilobite gigante
hipoteticamente chegar aos
66 cm, sendo que
normalmente estes animais têm cerca de 10 cm .
As trilobites foram um dos mais bem-sucedidos grupos de organismos desde
o início da vida na Terra, pois tiveram uma extensão geográfica enorme, no entanto
presentes em praticamente todos os oceanos do Paleozóico. As trilobites são
classificadas como artrópodes e o seu corpo dividia-se em três partes: um cefalão
(cabeça), um tórax (tronco) e um pigídio (cauda). Cada uma destas partes era
composta por três lobos, um central e dois laterais, daí o nome trilobites. Algumas
contavam com olhos compostos como os dos insetos atuais.
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Os fósseis de trilobites estavam presentes na rocha chamada ardósia que
surge do metamorfismo de baixo grau de sedimentos finos que se foram
acumulando no fundo dos mares antigos, esses sedimentos oferecem as
condições ideais para a fossilização pois permite selar o corpo dos seres vivos num
ambiente anaeróbio inibindo a sua decomposição. O facto da ardósia ser uma
rocha de baixo grau de metamorfismo é fundamental para a conservação dos
fósseis pois se a rocha for submetida a altas temperaturas e pressões os fósseis
são deformados ao ponto de não serem mais visíveis na rocha.
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Conclusão
Em suma, esta visita de estudo foi bastante vantajosa para a nossa
aprendizagem, pois para a maioria dos alunos a geologia é apenas uma disciplina
em que é complicado perceber a sua aplicação e a sua importância, dessa maneira
muitas vezes os alunos encontram-se mais desinteressados. Com a visita de
estudo, conseguimos ver de uma maneira objetiva e relativamente simples que
com os conhecimentos de geologia adquiridos conseguimos construir a história de
um local, como foi o caso de percebermos como o nível do mar se alterou e como a
dinâmica da geosfera com a orogenia e a movimentação dos continentes por ação
da tectónica de placas. Além disso, também foi possível compreender que a
geologia não influencia apenas a paisagem e o tipo de biodiversidade, também
ajuda a compreender como eram os seres vivos de á milhões de anos atrás.
Neste relatório foram abordados os vários geossítios do Arouca geopark
visitados, como a Casa das Pedras Parideiras onde foi possível compreender a
peculiaridade deste fenómeno, o Campo de Dobras da Castanheira um ótimo
exemplo da deformação de rochas metamórficas com elevada plasticidade, a
Frecha da Mizarela que mesmo que difícil de observar é um local imponente, o
Contacto Litológico da Mizarela onde se observa perfeitamente uma transição
abrupta do tipo de paisagem e rocha e por fim o Museu das pedras parideiras com
o seu vasto espólio de trilobites com dimensões elevadas difíceis de encontrar no
resto do mundo.
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Bibliografia
http://aroucageopark.pt/pt/conhecer/geodiversidade/geossitios/pedras-parideiras/
Consultado em 29/3/2024
http://aroucageopark.pt/pt/conhecer/geodiversidade/geossitios/campo-de-dobras-
da-castanheira/Consultado em 30/3/2024
http://aroucageopark.pt/pt/conhecer/geodiversidade/geossitios/frecha-da-mizarela/
Consultado em 1/4/2024
http://aroucageopark.pt/pt/conhecer/geodiversidade/geossitios/contacto-litologico-
da-mizarela/Consultado em 1/4/2024
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