Edição - 219 Julho

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EDITORIAL

Sustentabilidade na ponta
da língua e nas ações
E
stamos em pleno século XXI e o mun- te teve a chance de brincar na rua, de entrar
do continua se transformando a cada na água de um rio, de comer fruta direto da
minuto que passa. Podemos até dizer árvore. Mas esses hábitos deixaram de ser
que vivemos numa era mutante, começan- saudáveis, aos poucos foram tomados por
do pela natureza que está em plena muta- um mundo novo que se formou, cheio de
ção, passando pelo ser humano, até chegar carros, poluição e doenças.
em coisas materiais, como um carro, um Ainda temos uma chance de reverter
computador ou um telefone. Até mesmo essa situação, ou pelo menos minimiza-las,
a relação entre as pessoas, a comunicação Soluções existem, falta apenas nos munir-
entre prestador de serviço e cliente, entre mos de informação, arregaçar as mangas
fornecedor e fabricante, está mudada. Hoje e colocar as mãos à obra. Nessas últimas
em dia tudo segue uma nova ordem. semanas, durante a Rio+20, muito se falou
E é lógico que se queremos viver bem sobre sustentabilidade e preservação do
e prósperos, temos que acompanhar essa meio ambiente, certamente de lá saíram
nova ordem, essa nova filosofia de vida, se muitas idéias que podem ajudar, inclusive a
é que podemos chamar assim. Nunca se sua oficina.
falou tanto em sustentabilidade... Aliás, há Sempre falamos nesse assunto e não va-
alguns anos, essa palavra nem existia. Reci- mos deixar de falar, porque é vital. Navegue
clagem também é um termo relativamente na internet, leia artigos, vasculhe e procure
novo. Agora já sabemos o que significam, saber mais sobre ações pequenas que po-
estão em todos os jornais, as grandes em- dem ajudar nesse sentido, tanto para seu
presas estão colocando em prática e a ten- negócio quanto para sua vida.
dência é que o mundo comece a viver uma Enquanto isso, confira nesta edição uma
vida mais sustentável. Para matéria sobre troca de em-
continuar vivendo! breagem de veículos comer-
A verdade é que pode ciais leves, o passo a passo
ser bonito falar, mas é muito do processo de certificação
difícil agir sustentavelmen- do líquido de arrefecimento
te. E é justamente do que o e muito mais. Não esque-
mundo precisa: de pessoas ça de acessar o nosso site
que transformem as suas vi- w w w. o m e c a n i c o . c o m .
das pessoais e profissionais br, que traz notícias diárias
pensando num mundo mais e matérias exclusivas para
“vivível”. Quem foi criança você. Obrigada por mais um
no século passado certamen- mês da sua atenção! Valeu!

Carolina Vilanova

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SUMÁRIO
SUMÁRIO

20 34
12 Entrevista 34 Artigo
Antonio Fiola, presidente do Ações para fazer a sua parte na
Sindirepa Nacional, fala sobre as preservação do meio ambiente
atribuições da nova associação
38 Pesquisa
20 Mecânica Diesel Mecânicos elegem melhores itens
de transmissão e outras peças
Acompanhe a troca do kit de
embreagem dos caminhões e
micro-ônibus de 7 a 9 toneladas 50 Qualidade em série
Como é o processo de certificação
para líquido de arrefecimento
28 Eletricidade
Esquema elétrico completo do
57 Rod em destaque
sistema de carga e partida do Milani Autopeças distribui a
Chevrolet Astra 2009 Revista O Mecânico no Paraná

50 64 V

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Revista

ED. 219 www.omecanico.com.br | www.facebook.com/omecanico

EXPEDIENTE | ED. 219


Diretores
João Alberto A. de Figueiredo
Edson P. Coelho
Fábio A. de Figueiredo
Redação
Editora: Carolina Vilanova (Mtb. 26.048)
Repórteres: Fernando Lalli e Victor Marcondes (internet)
Ilustração (Abílio): Michelle Iacocca
[email protected]
Diretor Comercial
Fabio A. de Figueiredo
Representantes
Eurico A. De Assis
Helena de Castro

344 38 Itamar F. Lima


José Antônio Fernandes
Vanessa Ramires
[email protected]
Secretária

Evento
Nilcéia Rocha e Isabel Costa
58 Administração
Ed Wilson Furlan, Thiago Moura de Lima, Sheila Barbosa,
Lilian Carolina Lourenço e Letícia Antunes de Almeida
Autopar 2012 mostrou a força da
Promoção e eventos
região do Paraná no mercado de Sirlene Maciel, Fernanda Peinado,
reposição de autopeças Jenner Nicodemos e Denise Finamore
Informática e internet
Claudio C. Santos e Alex Mendes
Assinatura
Tel: 0800-015-1970
60 Atualizar [email protected]
Distribuição
Tel: (11) 5035-0038
Projeto de palestras da Revista [email protected]
O Mecânico reuniu profissionais Projeto Gráfico e Editoração
Villart Criação e Design
para mais uma dose de atualização
Departamento de arte
Alexandre Villela, Paula Scaquetti, Roney Peterson e Wilson Venturini
[email protected]

64 Capacitação Impressão: Cia. Lithográfica Ypiranga


Edição nº 219 - Circulação: Julho / 2012

Como está o mercado de trabalho Publicação de:


G.G. Editora de Public.Téc. Ltda.
na opinião de especialistas e a R. Palacete das Águias, 395
conexão entre oficinas e empresas Vila Alexandria CEP 04635-021-SP
Tel: (11) 5035-0000 - Fax: (11) 5031-8647

O Mecânico é uma publicação técnica mensal, formativa e informativa, sobre


reparação de veículos leves e pesados. Circula nacionalmente em oficinas mecâ-

644 Veja este e outros lançamentos no portal:


Edição 219 - lançamentos
nicas, de funilaria/pintura e eletricidade, centros automotivos, postos de serviços,
retíficas, frotistas, concessionárias, distribuidores, fabricantes de autopeças e
montadoras. Também é distribuída em cooperação com lojas de autopeças “ROD”
(Rede Oficial de Distribuidores da Revista O Mecânico).

É proibida a reprodução total ou parcial de matérias sem prévia autorização.


Matérias e artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não
representam, necessariamente, a opinião da Revista O Mecânico.

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ENTREVISTA

Representatividade e
união nos Sindirepas
Antônio Fiola, presidente
recém-eleito do novo
Sindirepa Nacional,
conta um pouco sobre os
objetivos da associação e os
projetos para agora e para
o futuro, tendo sempre
em vista o interesse dos
mecânicos independentes e
o fortalecimento da marca
Sindirepa nos estados

Revista O Mecânico: Depois de anun- partes burocráticas até que oficializamos


ciar, na Automec de 2011, a criação de uma a entidade em evento no Rio Grande do
associação de Sindirepas (Sindicato dos Repa- Sul, onde foi escolhida ainda a sua direto-
radores Independentes) em âmbito nacional, ria. A idéia é fortalecer os sindicatos que
foi oficializado em abril o Sindirepa Nacional. já existem, fortalecer a marca Sindirepa.
Conte um pouco sobre essa iniciativa. Estamos concretizando uma reivindicação
Antônio Fiola: O Sindirepa Nacional de todo o setor de reparação de veículos
é uma associação de Sindirepas, que foi que, agora, contará com representativida-
criado com o intuito principal de fortale- de nacional e realizaremos uma série de
cer a imagem do setor da reparação junto ações para promover o desenvolvimento
ao consumidor, promovendo a integração das oficinas em todo o País.
da categoria em todo o Brasil e facilitando
o acesso para tratar de questões junto ao O Mecânico: Por que não são todos os
Ministério do Trabalho e órgãos federais. Sindirepas que fazem parte da associação?
Fizemos sim o anúncio no ano passado Quais estão participando?
e desde então estávamos cuidando das Fiola: Em princípio, estão congrega-

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ENTREVISTA
dos Sindirepas de 8 estados. São eles: (Sindirepa Rio de Janeiro). Além disso te-
São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do remos outros conselheiros e diretores, por
Sul, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, enquanto temos o Sérgio Alvarenga como
Bahia e Mato Grosso. Mas todos os ou- meu braço direito.
tros Sindirepas, são 16 no total, foram
convidados e apoiam a iniciativa, porém, O Mecânico: O que aconteceu com a
acreditam que este ainda não seja o mo- Abrive (Associação Brasileira das Reparadoras
mento para se associar. Nós respeitamos Independentes de Veículos)?
essa decisão, queremos continuar tendo Fiola: A Abrive foi criada em 1990
uma relação de harmonia. Acredito que com o objetivo de representar os sindica-
aos poucos eles vão começar a vir. tos do setor de reparação de todo o Brasil,
e tinha como presidente Geraldo Santo
O Mecânico: Onde e como foi a ceri- Mauro. Quando ele morreu, em 2007, a
mônia de oficialização do Sindirepa Nacio- associação tomou outro rumo e nós, do
nal, como foi escolhi- Sindirepa-SP, entende-
da a diretoria e outros
membros de apoio?
Fiola: A oficia-
“ O intuito é facilitar
os trâmites de
mos que aquele não
era o caminho, não era
a nossa linha de traba-
lização aconteceu questões nacionais, lho, e nos afastamos,
durante o I Simpósio juntamente com outros
Sindirepa-RS “Gestão além disso, estamos estados. Hoje a Abrive
de Resíduos nas Ofici- trabalhando junto ao não exerce nenhuma
nas Mecânicas, no dia SEBRAE para fazer atividade no setor, daí a
26 de abril de 2012, necessidade de ter uma
na cidade de Porto um diagnóstico do associação de represen-
Alegre, no plenário setor, inclusive, com tatividade nacional.
oficial do Mercosul
na FIERGS (Federação
das Indústrias do Es-
a criação de um selo
verde pra oficinas
“ O Mecânico: Quais
são as iniciativas que o
tado do Rio Grande Sindirepa Nacional preten-
do Sul). Foi instituído de colocar em prática em
que o presidente do Sindirepa-SP seria o prol do mecânico independente?
presidente da associação e que todos os Fiola: Nosso intuito é facilitar os trâ-
presidentes de Sindirepas de outros esta- mites de questões nacionais, além disso,
dos seriam vice-presidentes. Hoje temos o estamos trabalhando junto ao SEBRAE
seguinte quadro: Presidente: Antonio Fiola para fazer um diagnóstico do setor, inclu-
(Sindirepa São Paulo) e Vice-Presidentes: sive, com a criação de um selo verde para
Reginaldo Rossi (Sindirepa Bahia); Ailton oficinas. Estamos também analisando jun-
Aires Mesquita (Sindirepa Goiás); Marcos to ao SENAI Nacional a possibilidade de
Britta (Sindirepa Mato Grosso); Carlos Ra- uma certificação profissional séria e reco-
mon de Melo (Sindirepa Minas Gerais); nhecida. Tratamos de questões importan-
Airton Tenório de Albuquerque (Sindirepa tes junto a CNI (Confederação Nacional da
Pernambuco); Enio Guido Raupp (Sindi- Indústria), que representa a FIESP em âm-
repa Rio Grande do Sul); e Celso Mattos bito nacional. Temos ainda assuntos rela-

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ENTREVISTA

cionados ao CNAE (Classificação Nacional relação às reuniões, queremos que sejam


de Atividades Econômicas), que representa periódicas, umas 3 ou 4 vezes por ano.
o Ministério do Trabalho. Tratamos de te- Sempre que temos eventos regionais po-
mas de seguradoras com a Feiseg, que é a demos nos reunir para trocar idéias. A
associação nacional, etc. proximidade entre os Sindirepas é essen-
cial, temos que estar 100% focados.
O Mecânico: A entidade está disponi-
bilizando um site... O Mecânico: Mas voltando para o
Fiola: Isso mesmo, o portal da enti- lado do mecânico, do trabalhador, o que ele
dade (www.sindirepanacional.org.br) ganha com um Sindirepa Nacional? Ele tem
tem informações sobre esses projetos e os que ser associado?
trabalhos que serão desenvolvidos. Tam- Fiola: Não, ele não precisa ser asso-
bém oferecemos indicadores, número de ciado ao Sindirepa Nacional, e sim ao Sin-
oficinas, colaboradores, informações so- direpa do seu estado. Na verdade, a en-
bre as feiras e eventos do setor em outros tidade é voltada para os Sindirepas, mas
estados, as últimas notícias do segmento, por consequência vai ajudar os mecâni-
etc. Qualquer um pode acessar. cos. Nesse sentido, vamos criar requisitos
para facilitar a vida do reparador, sempre
O Mecânico: E para o futuro, o que o vinculado ao sindicato estadual. A entida-
Sindirepa Nacional está preparando? de tem tudo para ser forte, vai identificar
Fiola: Durante os próximos três anos as necessidades dos sindicatos regionais e
a associação já está bastante comprome- tentar encontrar soluções.
tida com essas iniciativas que citamos an-
teriormente. Mas pensamos também em O Mecânico: O Sindirepa Nacional é
melhorar a capacitação dos profissionais uma entidade que vai ficar atrás das cortinas,
e criar uma certificação junto ao IQA que quem aparece é sempre o Sindirepa estadual?
seja mais acessível e gradativa. Ou seja, Fiola: Claro, em primeiro momento te-
lutaremos para ter uma boa certificação, mos que fortalecer o que já temos, a ideia
uma boa grade de treinamento, sempre é que a entidade seja suportada pelos Sin-
com monitoração do setor em âmbito na- direpas, talvez com apoio da CNI, mas não
cional, o que é muito importante. Também temos pretensão de aparecer, queremos
vamos tentar obter benefícios tributários e apenas facilitar o dia a dia dos sindicatos.
financiamentos para reparadores. Sonhos Sempre seguir a linha de harmonia e união
temos aos montes, mas temos que ter o pé com toda a cadeia, com o aftermarket, com
no chão para não perder o foco. as montadoras e com os mecânicos. Chega
de problemas, queremos a solução. É bom
O Mecânico: A entidade tem uma lembrar da importância do nosso setor no
sede? Como serão realizadas as reuniões cenário econômico do Brasil: temos mais de
entre os senhores? 93 mil oficinas, na maioria das vezes empre-
Fiola: Não teremos uma sede. Pelo sas familiares, de pequeno e médio portes,
menos por enquanto, todo o trabalho por isso, a representação nacional se torna
será concentrado no Sindirepa de São mais do que necessária na defesa de inte-
Paulo. Já que não temos entrada de ver- resses da categoria e também para promo-
bas, não podemos ter muitos gastos. Em ver o seu desenvolvimento.

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PORTA-MALAS

Cummins lança filtros recicláveis para caminhões P7


Com a chegada da norma Proconve P7/ Confeccionado a partir de plástico de
Euro 5, que prevê níveis mais baixos de emis- alta resistência e durabilidade, após o uso,
sões de poluentes para caminhões no Brasil, pode ser totalmente reciclado. Segundo a
a divisão Cummins Filtration está lançando empresa, o produto é mais leve, se compa-
no mercado os filtros rado ao filtro metálico, traz design resisten-
de combustível e lu- te a impactos e superfície aderente, o que
brificante totalmente facilita a instalação. Dotado da tecnologia
recicláveis Fleetguard patenteada Stratapore, o filtro traz o nú-
User Friendly. Ambos mero ideal de camadas para o nível dese-
estão disponíveis para jado de remoção de partículas. Assim, de
o motor Cummins ISF acordo com a Cummins, o cliente ganha
nas versões 2.8 e 3.8 com o aumento de intervalos na troca e no
litros. menor custo do refil.

Recall dos Citroën C4 e C4 Pallas Vem aí mais um compacto


A Citroën está convocando os pro- A Toyota começou a divulgar as infor-
prietários de modelos C4 e C4 Pallas para mações sobre o compacto Etios, modelo
o reparo itens de vedação do comparti- que será produzido na nova fábrica da mon-
mento do motor, que, segundo a mon- tadora em Sorocaba/SP, a partir do segun-
tadora, apresentam defeitos nos compo- do semestre de 2012. O Etios será oferecido
nentes que evitam a infiltração de água. nas versões hatchback e sedã, com motores
As concessionárias da marca vão verificar flex de 1.3 litro (exclusivo do hatch) e 1.5
e, se necessário, substituir componentes litro, equipados com câmbio manual de cin-
que evitem a infiltração no compartimen- co marchas. De acordo com a montadora,
to do motor e, eventualmente, outros o Etios privilegia o espaço interno e a segu-
itens afetados pelo problema. Ainda de rança, trazendo ABS e airbag de série.
acordo com a Citroën, o problema cau-
sa risco de pane elétrica e até princípio
de incêndio no compartimento do motor.
O recall abrange os seguintes
veículos:

Citroën C4: fabricados de jul/2008 a


dez/2011 – com nº de chassi 9G519039
a CG533839
Citroën C4 Pallas: fabricados de
dez/2006 a dez/2011 – com nº de chas-
si 7G502811 a CG533700

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PORTA-MALAS
Viagem de raridades
O 2º Rallye Internacional 1000 Milhas
Históricas Brasileiras aconteceu entre os dias
21 e 24 de junho, com a participação de 52
carros antigos. Os competidores percorreram
1.619 km em quatro dias, passando por es-
tradas históricas entre São Paulo, Rio de Ja-
neiro e Minas Gerais. O tricampeão mundial “Adorei e se me convidarem no ano
de Formula 1, Nelson Piquet, e o ex-piloto que vem, voltarei novamente”, disse Piquet.
da F-1 e da Formula Indy, Roberto Pupo Mo- Moreno também gostou da experiência.
reno, disputaram o rallye de regularidade. “No próximo ano quero vir para disputar
Piquet andou com um Jaguar E-Type 1972 mesmo, para terminar entre os primeiros”,
enquanto Moreno competiu com um Alfa assegura Moreno, que teve sua filha, Kiara,
Romeo GTV 2000 1974. como navegadora.

Palestras gratuitas para mecânicos


O Sindirepa-SP por meio do projeto Edu- parte do projeto Empresa Amiga da Oficina.
cação Continuada está promovendo pales- Novos núcleos também podem se inscrever
tras técnicas gratuitas para mecânicos em para receber as palestras. Mais informações
várias regiões do Estado de São Paulo. O pro- e o calendário dos cursos estão disponíveis
grama conta com a participação de fabrican- através do telefone (11) 5594-1010 ou do e-
tes de autopeças e equipamentos que fazem mail: [email protected].

Bomba de combustível ecológica


A Associação Brasileira de Engenharia
Automotiva (AEA) premiou a Continental
com uma menção honrosa pelo desenvol-
vimento da bomba elétrica de combustível
brushless. Segundo a fabricante, se trata de vem justamente da eliminação das escovas,
uma bomba controlada eletronicamente que que reduzem a eficiência mecânica do siste-
reduz em até 70% o consumo de corrente ma e que podem ser afetadas por combus-
elétrica do carro, se comparada às bombas de tíveis de má qualidade. Por isso, conforme
corrente contínua de velocidade constante, e dados da fabricante, a durabilidade da bom-
em até 10% sobre as demais bombas de cor- ba brushless chega a ser 50% maior que as
rente contínua controladas eletronicamente. convencionais. A Continental, inicialmente,
Essa economia de corrente tem como conse- criou a bomba brushless como um modelo
quência a redução no consumo de combustí- de 50 mm de diâmetro, para aplicações em
vel e emissões de poluentes. veículos de alta performance, mas já há no
De acordo com a Continental, o nome mercado uma versão de 43 mm de diâmetro
da bomba, “brushless” (“sem escovas”), para uso em todos os veículos.

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PORTA-MALAS

Ferramentas no Rio Atuação internacional


A rede de comércio de ferramentas au- Os tubos estruturais desenvolvidos
tomotivas A.L.F. Ferramentas inaugurou a pela Tuper passam a atender as nor-
sua terceira loja no Rio de Janeiro. A nova mas técnicas e de qualidade exigidas
filial está localizada bairro de São Cristóvão pelas certificações nacionais NBR 8261
que, segundo a empresa, já é conhecido por e NBR 6591, o que significa que a
agregar fortemente o nicho de oficinas e empresa pode comercializar seus pro-
comércio de peças. A companhia já possui dutos para países latino-americanos,
outros estabelecimentos na Baixada Flumi- como o Paraguai, que somente auto-
nense, nos bairros Duque de Caxias e Nova rizam a importação de tubos dentro
Iguaçu. dessas especificações.
O lançamento contou com a presença Após a avaliação da ABNT, que aten-
de Edilson Caldas, representante do setor de as mais exigentes normas, a unidade de
automotivo do SENAI, além de clientes, re- negócios Tubos teve sua habilitação apro-
presentantes de marcas fornecedoras, entre vada pelo órgão certificador. A empresa
outros. A marca conta com uma equipe es- tem mais de 40 anos e conta com sede em
pecializada e está capaz de assessorar clien- São Bento do Sul/SC e oito unidades indus-
te e interessados no setor por meio das mí- triais em Xanxerê/SC e Curitiba/PR.
dias digitais e do próprio site da A.L.F.

Nova campanha e página do Facebook


A Nakata acaba de apresentar uma nova nha mostra novas imagens e enfoca a fra-
campanha publicitária de divulgação de seus se “Arriscado é não usar Nakata. A gente
produtos, com foco na reposição e no con- conhece o chão que você anda. Tudo Azul.
sumidor final. A ação será veiculada nos prin- Tudo Nakata”.
cipais veículos especializados do setor auto- Além disso, a empresa recentemen-
motivo. Porém, neste ano a ação passou a te lançou uma página no Facebook, com
contar com anúncios em rádio e placas no o objetivo de interagir ainda mais com o
Campeonato Pernambucano de Futebol. público. Na fanpage, a marca vai sorte-
Para reforçar o calor da marca, foi man- ar um iPod por mês, até outubro, para
tido o slogan ‘Tudo Azul. Tudo Nakata’, po- as melhores histórias postadas na página
rém a mensagem central mudou, ficou mais sobre segurança no trânsito. Para par-
forte para demonstrar a qualidade da mar- ticipar, basta acessar a fanpage (www.
ca reconhecida pelo facebook.com/
mercado e deixando nakata) e contar uma
claro o risco de usar história real, relacio-
peças sem proce- nada a uma quebra
dência ou de origem do carro numa situa-
duvidosa. A campa- ção inusitada.

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MECÂNICA DIESEL

Troca do conjunto em
comerciais leves Assista este procedimento em

www.omecanico.com.br

Acompanhe o procedimento de substituição do kit de


embreagem dos caminhões e micro-ônibus leves de 7 a
9 toneladas, que rodam em percursos urbanos e podem
apresentar problemas de patinação e superaquecimento

Carolina Vilanova Wilson Venturini

R
odar pelos grandes centros urbanos agem tem sua vida útil determinada pela
carregados com insumos de todas as maneira de dirigir do motorista e de alguns
espécies é uma tarefa árdua para os cuidados que se tem com o caminhão.
veículos comerciais leves. Num pára e anda A aplicação do veículo influi diretamen-
sem fim, um dos conjuntos que mais sofre te na durabilidade dos componentes, expli-
é o de embreagem. Responsável pela trans- ca João Paulo Rodrigues dos Santos, espe-
missão da potência do motor para caixa de cialista em informações técnicas da Eaton.
câmbio, que ainda transmite para o diferen- “Enquanto num caminhão de trajeto rodo-
cial e para as rodas, o sistema de embre- viário, a embreagem pode superar 400 mil
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km, num veículo urbano a duração é de 40 de 40 a 60 mil, mas já há resultados de 75

MECÂNICA DIESEL
a 60 mil km”. a 80 mil km rodados com essa embreagem.
É o conjunto de embreagem que faz “O revestimento em HD, que tem mais co-
ainda a filtração das vibrações torcionais bre para maior performance – o cobre é um
geradas pelo motor, que podem danificar grande dissipador térmico – permitiu que o
componentes da caixa de câmbio, princi- caminhão rodasse mais com menor desgas-
palmente, o conjunto sincronizador, mais te”, analisa João Paulo.
um motivo para não descuidar da manu-
tenção. Problemas na embreagem podem Inspeções
causar trepidação, patinação e dificuldade
no engate e, então, o comprometimento do Ao adquirir o kit de reparo do conjun-
conjunto como um todo. to, o técnico terá o platô, o disco e o rola-
Por isso, a manutenção preventiva é tão mento (mancal) disponíveis para o serviço.
importante, afinal, uma embreagem quebra- Antes de colocar a mão na massa, alguns
da prejudica e muito o trabalho do transpor- pontos devem ser destacados:
tador. Nessa reportagem fizemos a troca do
conjunto de embreagem de 330 mm num
modelo Volkswagen 8-150, mas esse mesmo
kit é adequado para qualquer caminhão e
micro-ônibus entre 7 e 9 toneladas.
“Fizemos algumas melhorias no de-
senvolvimento desse produto, melhoramos
alguns aspectos da sua construção para ga-
rantir a performance, durabilidade e para
proteger a caixa de câmbio. Adotamos uma
capa plástica nas molas – chamadas de
spring caps – que evita a quebra prema-
tura da mola, o que transmitiria as vibra-
ções para outros componentes. Além disso,
o platô dispõe de uma camada fosfatizada
para não ocorrer a oxidação, comum nessa
 Na carcaça do câmbio, que no nosso
aplicação”, observa.
caso já havia sido retirada, faça um exame no
munhão responsável pelo apoio do garfo de
acionamento da embreagem. Se apresentar
desgaste excessivo, deve ser trocado.

Ele afirma que esses componentes fo-


ram responsáveis pelo aumento da vida útil
da embreagem em testes da marca. Geral-
mente a média em micro-ônibus urbano, é
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MECÂNICA DIESEL

 O alojamento do munhão também


deve ser observado. Após a instalação pode
Troca do conjunto
ser necessário o ajuste do componente.
Agora vamos começar a substituição da
embreagem, mas é necessário, em primeiro
lugar, colocar os óculos de proteção, as luvas
e o sapato de biqueira. Outra dica é efetuar
aperto e o desaperto sempre em cruz para
não danificar o conjunto de embreagem.

“Em todos os modelos de embreagem é


comum uma diferença da mola membrana
depois do aperto, então é necessário o ajuste
do munhão. Toda embreagem tem desloca-
mento mínimo e máximo de acionamento, no
nosso caso é de 12, 5 mm a 14,5 mm”, afirma
o técnico.

 Se houver desgaste excessivo no con- 1) O primeiro passo é remover o platô,


tato do garfo com o rolamento pode danificar que sai junto com o disco.
a peça. O rolamento também deve ser inspe-
cionado, apesar de vir no kit, e tendo que tro- 1
car mesmo em bom estado.

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MECÂNICA DIESEL

Obs: A peça retirada chegou ao final de vida.


Observe o revestimento que está acabado, che- e-
gou no rebite, apresentando desgaste natural ural
pela operacionalidade do veículo. A durabilidade dade
varia de acordo com as características de utilização
ação e de
carga. A troca é feita quando o condutor sente a embreagem patinar, tem dificuldade
de engate, ou seja, se gerou superaquecimento no conjunto.

“Quando a embreagem está patinando,


mas o disco está bom, é sinal que o sistema
de acionamento pode estar com problema.
Você pode estar com o servo de embrea-
gem ou folga excessiva em garfos, roletes,
buchas e outros”, orienta.

2) Após a remoção do conjunto, observe


volante e o rolamento de volante em
relação a imperfeições, como trincas e
2 marcas de superaquecimento. Nestes
casos, o volante deve ser substituído.

Obs: Para checar a planicidade do


volante, que deve ser de no máximo
18 centésimos, use o relógio com-
parador. O máximo de retífica do
volante é de 1 mm.

3) Retire o rolamento, que deve ser substi-


3 tuído em todas as trocas de embreagem.

4) O volante estando em ordem, precisa


apenas de uma limpeza superficial com
uma lixa, antes de ser instalado de volta.

5) Agora vamos instalar o novo produto.


O lado maior do cubo voltado para o
lado do platô, como indicado no pró-
prio disco.

6) Use um eixo piloto como pino guia. En-


caixe o disco com a ajuda do pino guia
4 no volante do veículo. Coloque o platô.

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MECÂNICA DIESEL
7
5
5 7
4

8 3
6

7) Coloque os parafusos, primeiramente,


sem torquear. Comece apertando, nunca
com a parafusadeira e sempre em cruz.

8) Em seguida, faça o aperto com o torquí-


metro, de acordo com o especificado,
sempre em cruz, marcando o primeiro 8
parafuso com uma caneta, marcando
os parafusos que já foram torqueados.
O torque é de 46 a 60 Nm.

9) Por fim, verifique se o eixo piloto ficou


totalmente livre e já pode ser retirado
para fazer a montagem da capa seca.

10) Coloque graxa no munhão e encaixe o


garfo. Instale o rolamento, coloque a cai-
xa seca no lugar e está terminado. 10

Mais informações: Eaton - (19) 3881-9331

25

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Ed 219_Mecânica Diesel.indd 27 03/07/2012 16:23:57
ELETRICIDADE

Sistema de carga e partida


do Chevrolet Astra
Confira nesta edição o
esquema elétrico completo do
sistema de carga e partida do
Chevrolet Astra 2009, equipado
com o motor 2.0 Flexpower

Fernando Lalli

P ara um diagnóstico completo da saú-


de do veículo, cada vez mais aumenta
a necessidade do profissional da re-
paração dominar os conceitos básicos da
diagrama, confira também a nomenclatura
utilizada nos circuitos, conectores e inter-
conexões nos esquemas da Chevrolet.

elétrica envolvida em todos os sistemas.


Com o esquema correto nas mãos e o
Código de cores
conhecimento necessário para a sua inter- dos circuitos
pretação, além do equipamento correto
para fazer as medições e peças originais
RD = Vermelho
de reposição, a qualidade da manutenção YE = Amarelo
estará garantida.
No entanto, ao confirmar o diagnós- BK = Preto
tico, tenha certeza de que o problema WH = Branco
realmente se encontra na parte elétrica
e sempre se baseie no diagrama especí- BU = Azul
fico do sistema a ser analisado. Por ele, é
GY = Cinza
possível acompanhar as ligações elétricas
do veículo e saber precisamente onde co- GN = Verde
meça e onde termina cada fio, além de
mostrar se existe algum componente de
BN = Marrom
proteção ou comando (fusíveis e relés) no VT = Violeta
percurso da fiação.
Nesta edição, disponibilizamos os es- Circuitos sem bitola
quemas elétricos do sistema de carga e indicada= 0,75mm²
partida do Chevrolet Astra 2009. Além do

28

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Partida e Carga
ELETRICIDADE

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ELETRICIDADE

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Partida e Carga
ELETRICIDADE

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ELETRICIDADE

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ARTIGO

Oficinas de olho
no meio ambiente
Por Fernando Landulfo

E
sse assunto tem ocupado um lugar de contas, é bom para o meio ambiente e para
grande destaque na mídia já há bastante o seu bolso.
tempo. E a razão é muito simples: as con- Questionamentos como esse geralmente
sequências da falta de cuidado com o planeta já vêm de pessoas que costumam apontar o dedo
começaram a aparecer. Reciclagem é a palavra para profissionais, como o “Guerreiro das Ofici-
do momento. Uma ocupação que, até pouco nas”, acusando-os, sem qualquer embasamen-
tempo atrás era marginalizada, hoje é conside- to, de descaso e irresponsabilidade. Esse tipo de
rada uma importante atividade empresarial (foi crítico desfruta de uma posição bastante con-
até tema de telenovela). E o mecânico exerce fortável, não arriscando praticamente nada, en-
um papel de destaque nesse processo. Afinal de quanto coloca em jogo a reputação de pessoas,
contas, uma oficina de reparação automotiva é que construíram seus negócios à custa de muito
um grande gerador de resíduos. E as autorida- trabalho duro. No entanto, recusam-se a “calçar
des estão em cima! os sapatos” de suas vítimas, a fim de elaborar
Realmente, uma parte do material gera- um diagnóstico preciso, que culminaria numa
do pelas oficinas é descartada de forma incor- solução definitiva para o problema.
reta, deixando a empresa totalmente “des- Bem, a única resposta cabível para esse tipo
coberta” e à mercê de uma polpuda multa de gente é: “ele não faz porque ninguém ensi-
ambiental. Material esse que, muitas vezes, na”. Não é comum treinar ou reciclar o mecânico
pode ser vendido para a reciclagem geran- no que diz respeito ao gerenciamento e a des-
do, além das vantagens ambientais, até uma tinação de seus resíduos. Para comprovar basta
“receitinha extra”. Então por que o mecânico pesquisar na internet quantos cursos desse tipo
não faz isso como deve ser feito? Afinal de existem. E as razões são bastante simples:
34

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1º) Isso não fazia parte da cultura do j) Lavagem de toalhas industriais
ARTIGO

profissão (até agora), k) Solventes


2º) Não é exigido pelas autoridades
(pelo menos por enquanto). E o que fazer com tudo isso? Bem, jogar
no lixo é que não pode.
No entanto, a todo o momento, novas leis,
normas e regulamentos sobre o tema entram em Todos esses materiais e serviços são classi-
vigor. Mas quem quiser saber da sua existência, ficados segundo a norma NBR 10.004. Alguns
interpretá-los e aplicá-los e não for autodidata, deles, como os óleos lubrificantes, são conside-
que procure uma consultoria. Ou seja, numa boa rados perigosos (classe I). Seu armazenamento,
parte dos casos as ações são apenas corretivas. assim como o destino final, deve ser feito de
Raras são as entidades, como o SINDIREPA- acordo com uma legislação específica. No caso
SP, que mantêm no seu website (www. do óleo lubrificante usado, apesar de ser reci-
sindirepa-sp.org.br) uma coletânea de clável, podendo ser até vendido, o processo de
documentos que tratam do assunto, assim como, armazenamento e destinação final deve seguir
revistas especializadas que publicam matérias a Resolução CONAMA 362 / 2005. Ou seja, o
didáticas, como a edição número 177 da Revista óleo não pode ser armazenado de qualquer
O Mecanico, cuja leitura é recomendada. Mas jeito e nem vendido para qualquer um.
isso não é o suficiente para se esperar uma rápida No entanto, existem produtos perigosos
mudança de atitude da categoria. É preciso que que não são passíveis de reciclagem, devendo
haja uma ação educativa mais incisiva. ser entregues para uma empresa especializa-
Onde estão os treinamentos dedicados a da (que cobra para retirá-los e destruí-los). Mas
este importante setor da economia? Pois bem, antes de tudo, isso é preciso obter junto à au-
enquanto esses treinamentos não chegam, toridade ambiental (CETESB para o estado de
vale a pena comentar um pouco a respeito do São Paulo) um Certficado de Aprovação para
assunto sem, no entanto, não ser deveras ma- Destinação de Resíduos Industriais (CADRI),
çante e repetitivo. que “amarra” a empresa que está descartan-
do o resíduo, o tipo de resíduo e a empresa
Uma oficina de reparação automotiva, que estará recebendo esse resíduo. Obviamen-
que trabalhe com mecânica geral e elétrica, te que a empresa receptora deve ser cadastra-
costuma gerar os seguintes resíduos: da no rogão ambiental. Além disso, a empresa
receptora deve fornecer um comprovante de
a) Papel: escritório e embalagens das peças destinação final do resíduo. Para os resíduos
de reposição não perigosos, não há necessidade de obten-
b) Plástico: escritório, embalagens das peças ção de CADRI, apenas a comprovação de des-
de reposição, peças removidas dos veículos e co- tino final (reciclagem) e licença de operação da
pos descartáveis empresa coletora.
c) Metais ferrosos e não ferrosos (alumínio, Pode parecer complicado, mas na verdade
cobre, bronze, latão, estanho e chumbo): peças não é. O benefício que traz ao meio ambiente e
e fios removidos dos veículos, que devem ser se- à própria empresa justifica qualquer investimen-
gregados por tipo to inicial. Então, por que não começar agora a
d) Pneus e borrachas em geral adequar a sua empresa, dando uma lida na ma-
e) Lubrificantes téria da edição 177 da Revista O Mecânico?
g) Graxas, fluidos e emulsões Com certeza muitas dúvidas técnicas poderão
h) Baterias ser esclarecidas e você vai vai ficar com a sua
i) Material orgânico e outros: banheiros, co- consciência mais limpa por estar contribuindo
zinha, panos de oficina não laváveis, etc. para a preservação do meio ambiente.

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PESQUISA

Quem sabe, sabe


e escolhe certo
Nessa, que é a quinta matéria da série que
traz os resultados da pesquisa elaborada
pelo Instituto OPINION & EVOLUTION, você
pode acompanhar as marcas preferidas e mais
utilizadas pelos mecânicos entre os componentes
de transmissão e outros

Carolina Vilanova Arquivo

38

Ed 219_pesquisa.indd 38 03/07/2012 16:20:46


PESQUISA
pela Revista O Mecânico. As entrevistas
presenciais foram realizadas durante a Ex-
pomecânico 2011, entre os dias 17 e 18 de
setembro, no Autódromo de Interlagos, em
São Paulo/SP.
De acordo com José Iolando Malleg-
ni Filho, diretor de projetos de mídia do
instituto, a metodologia aplicada foi de
natureza quantitativa, por meio de entre-
vistas individuais, dentro de uma amostra
de 280 profissionais, num universo de mais
de 30 categorias de produtos da reposição
automotiva. Abordamos desta vez os com-
ponentes de transmissão e outros diversos
ligados aos sistemas do carro.
Para garantir a confiabilidade de uma
pesquisa, é imprescindível que o instituto
que planejou e executou tenha uma condu-
ta ética e imparcial. “Os Institutos profissio-
nais aplicam uma série de controles de qua-
lidade, que evitam os erros não intencionais

A
qualidade nos serviços automotivos e até mesmo fraudes. O trabalho de cada
está diretamente ligada ao tipo de entrevistador é checado por supervisores,
peça que será aplicada no reparo. um percentual de 20% a 30% da produção
Todo bom mecânico sabe disso, mas muitas de cada pesquisador é sempre conferida
vezes se deixa levar por um item com preço por meio de revistas ou entrevistas telefô-
mais barato – até mesmo com o aval do pro- nicas”, garante.
prietário do veículo – e acaba tendo retraba- “A pesquisa de mídia e mercado cos-
lho, ou seja, o cliente volta reclamando do tuma trabalhar com um nível de confian-
serviço. Mas essa situação está com os dias ça da ordem de 95%. A margem de erro
contados, pelo menos nas boas oficinas. máxima depende do tamanho da amostra
A cada dia que passa mais peças são escolhido, sendo mais usual a variação de
selecionadas para constar como certifi- três pontos percentuais para mais ou para
cadas pelo Inmetro, uma medida que vai menos”, afirma José Iolando.
assegurar a qualidade do serviço e evitar A principal dica para o mecânico é an-
o retrabalho do mecânico. Antes que isso tes de adquirir uma peça, procurar fabri-
aconteça, os mecânicos são responsáveis cantes renomados, que possam oferecer
por escolher corretamente as peças que se- assistência técnica, garantia e suporte em
rão instaladas no carro. geral. Nesta edição, acompanhe as marcas
Para ajudar nessa tarefa, trazemos preferidas e as mais usadas dos seguintes
nessa edição a quinta matéria da pesqui- componentes: embreagem, filtros, reten-
sa realizada pela OPINION & EVOLUTION tores, mangueiras, aditivos, palhetas, rola-
Pesquisas de Mídia e Mercado, contratada mentos e ferramentas.

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Embreagem
Conhecimento espontâneo e uso
mais frequente (marcas mais citadas)
PESQUISA

Top of mind (RU)


Componente
LUK 62% inda não
ainda
certifi
ertificado pelo Inmetro
Sachs 22%
Além de proporcionar o acoplamento en-
Valeo 3% tre motor e câmbio de forma que possa haver
Taranto 3% um desligamento e um religamento suave en-
Outras marcas tre eles, a embreagem deve ainda absorver as
Não lembram variações bruscas de torque do motor, tendo
4% em vista conforto para o motorista durante a
Não trabalham 6% troca de marchas.
É geralmente vendida em kit, que inclui
o disco, o platô e o rolamento central. Utili-
zar a aplicação correta e fazer a manutenção
no prazo são primordiais para o bom funcio-
namento de todo o conjunto. Em relação à
Conhecimento Total Espontâneo (RM) aquisição, há dificuldade apenas de encontrar
alguns modelos antigos e importados.
LUK 80% Na aplicação, o técnico deve ficar aten-
to às informações técnicas de montagem,
Sachs 71% como a seleção do componente correto, o
Valeo 43% exame prévio do conjunto, e as sequências
Taranto 18% específicas e torques de aperto. Fique atento
Outras marcas ao desgaste do garfo de acionamento, cabo,
4%
pedal e respectivas conexões. Se o sistema for
acionado hidraulicamente, observe o estado
do atuador (vazamentos) e dos flexíveis, além
das condições do fluido e do cilindro mestre.
Vale lembrar que adquirir peças de má
qualidade pode comprometer a durabilidade
Utiliza mais frequentemente (RU) do conjunto e ainda causar danos em outros
itens como volante, câmbios e juntas.
LUK 59%
Uma aplicação incorreta pode causar a
Sachs 25% patinação do componente, a dificuldade de
Valeo 5% troca de marchas, o desgaste prematuro e a
imobilização do veículo, além do desgaste ex-
Taranto 2%
cessivo das molas, que gera ruídos. Se houver
Outras marcas ruídos depois da montagem, confira se não
Não lembram há nenhum componente de transmissão solto
4%
ou com desgaste.
Não trabalham 6%
Existem embreagens remanufaturadas
pelas próprias fábricas, principalmente, para
(RM) = Respostas Múltiplas | (RU) = Resposta Única veículos comerciais. Quanto aos recondiciona-
Base: mecânica e undercar (entrevistados: 108). dos, estes ainda têm qualidade duvidosa.
40

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Filtros
Conhecimento espontâneo e uso Essenciais para o bom funciona-

PESQUISA
mais frequente (marcas mais citadas) mento do motor, os filtros de ar, com-
bustível e de lubrificante são relativa-
mente fáceis de encontrar e de aplicar,
Top of mind (RU) salvo alguns modelos mais antigos e im-
portados. Em geral, os filtros automoti-
Fram 38%
vos têm a responsabilidade de eliminar
Bosch 24% partículas de sujeira e resíduos sólidos,
Tecfil 20% evitando o desgaste excessivo de alguns
Mann 14% componentes do motor, como anéis,
pistões, bielas, etc.
Outras marcas 2% Na aplicação, é necessário utilizar a
Não lembram 2% peça correta, de acordo com modelo,
Não trabalham ano e motor. Em alguns carros, o acesso
dos filtros pode ser difícil, tome cuidado
para não danificar nenhuma peça que
esteja no caminho. Não se esqueça de
inspecionar todo o sistema na hora da
troca, ou seja, conexões, tubulações ou
dutos entre o filtro e o motor devem ser
Conhecimento Total Espontâneo (RM) mantidos estanques e limpos.
78% Utilizar peças de baixa qualidade vai
Fram
provocar a ineficiência do sistema, pois o
64%
Tecfil filtro não vai fazer o trabalho que deveria,
Mann 60% e ainda pode prejudicar o funcionamen-
to de outros componentes. Não bata, as-
Bosch 54%
sopre ou lave a peça antes da instalação.
Outras marcas 7% Certifique-se de que o alojamento esteja
limpo e a peça bem encaixada.
Em caso de uma aplicação incorre-
ta, simplesmente não há filtragem ou ela
ficará bastante prejudicada, assim como
quando o componente fica exposto a im-
Utiliza mais frequentemente (RU) purezas, por isso, o armazenamento em
local arejado e sem umidade é impor-
Fram 39% tante. O mau funcionamento de um dos
Tecfil 22% filtros pode provocar a quebra de outros
componentes, como da bomba de óleo,
Mann 19% além de permitir o desgaste prematuro
Bosch 14% de componentes lubrificados, como cas-
Outras marcas 3% quilhos e eixos. O desgaste muito intenso
de peças metálicas pode saturar rapida-
Não lembram 2% mente os filtros de combustível e de lu-
Não trabalham 1% brificante.

(RM) = Respostas Múltiplas | (RU) = Resposta Única Componente ainda não


Base: mecânica/elétrica e retífica (entrevistados: 166). certificado pelo Inmetro
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Retentores
Conhecimento espontâneo e uso
PESQUISA

mais frequente (marcas mais citadas)

Top of mind (RU)


Sabó 74%
Corteco 10%
Orion Componente aindaa não
4%
certificado pelo Inmetro
etro
Taranto 1%
ras marcas 2% São vários tipos de retentores incor-
o lembram porados em diferentes sistemas de um
4% veículo e todos têm a função de vedar
trabalham
4% e reter óleos, graxas e outros tipos de
fluídos, além de impedir vazamentos e
a entrada de impurezas. A manutenção
preventiva de um retentor é muito impor-
tante e é feita por meio de inspeção, mui-
tas vezes, de troca sempre que houver
Conhecimento Total Espontâneo (RM) intervenção no sistema. Não há grandes
dificuldades para aquisição dessas peças,
Sabó 87%
exceto para alguns veículos antigos e im-
Taranto 51% portados.
Corteco 36% Já em relação à aplicação, o acesso
e a falta de espaço em alguns veículos
Orion 29%
podem gerar certa dificuldade, o que
ras marcas 3% requer mais conhecimento técnico e ha-
bilidade do mecânico. Muitas vezes, é ne-
cessário utilizar ferramentas especiais na
troca do componente, para evitar danos
durante a aplicação. Quando não houver
a obrigatoriedade de troca do retentor,
Utiliza mais frequentemente (RU) faça uma boa verificação no seu estado
antes de reinstalar. Ficar por dentro de
Sabó 74% informações técnicas previamente, como
Corteco 7% a seleção do componente, sequencias
específicas de montagem e torques de
Taranto 4% aperto.
Orion 3% Retentores de má qualidade ou ins-
ras marcas 1% talados incorretamente provocam va-
o lembram zamentos, pois sua ação vedadora será
4% ineficiente, assim como sua durabilidade
trabalham 7% será prejudicada. Más condições de uso
podem acarretar sérios danos, pois pre-
(RM) = Respostas Múltiplas | (RU) = Resposta Única judicam os itens que trabalham atrelados
Base: mecânica / undercar / ao componente. Não existem retentores
retífica e injeção (entrevistados: 179). recondicionados ou remanufaturados.
44

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Mangueiras Existem mangueiras em diversos
sistemas do carro, com a função de con-

PESQUISA
Conhecimento espontâneo e uso duzir fluidos de um compartimento para
o outro, apresentando flexibilidade, ou
mais frequente (marcas mais citadas) seja, permitindo movimentos.
Esses componentes devem estar
Top of mind (RU) sempre em ordem, ou seja, examinar
quando trocar a bomba d’água ou o ter-
Gates 32% mostato do veículo, sempre que notar
Goodyear 20% danos ou vazamentos e de quatro em
Sabó 17% quatro anos preventivamente. Em geral,
12% é fácil encontrar mangueiras, a não ser
Jahú
em casos de modelos muito antigos ou
Outras marcas 5% importados.
Não lembra 8% As mangueiras são fabricadas com
Não trabalham 6% diferentes materiais e resistências mecâ-
nicas, ou seja, as adaptações podem tra-
zer consequências desastrosas.
O acesso pode se tornar difícil em al-
guns serviços, a falta de espaço também
é um empecilho, por isso a necessidade
Conhecimento Total Espontâneo (RM) do uso de ferramentas especiais. Sempre
Sabó que mexer no sistema que tenha man-
60%
gueiras envolvidas, é preciso fazer uma
Gates 49% boa verificação do seu estado antes de
Goodyear 47% trocar a peça, siga sempre as sequências
Jahú específicas e os torques de montagem.
34%
Peças de má qualidade podem apre-
Outras marcas 8% sentar durabilidade baixa, gerar vaza-
mento, e consequentemente, a imobi-
lização do veículo. A baixa durabilidade
é uma realidade quando se usa peças
incorretas, além disso, fique atento para
Utiliza mais frequentemente (RU) não dobrar as mangueiras e não utilizar
aditivos ou produtos químicos incorretos,
Sabó 29% Antes de reinstalar uma mangueira veja
Gates 24% se não apresenta trincas, ressecamentos
Goodyear 15% e quebras. Algumas mangueiras hidráu-
licas permitem o reaproveitamento dos
Jahú 15% terminais prensados, cuja qualidade está
Outras marcas 1% diretamente ligada a sua reinstalação, seu
Não lembra posicion
o amento e força de prensagem.
posicionamento
8%
Não trabalham 8% Componente ainda não
certificado pelo Inmetro
(RM) = Respostas Múltiplas | (RU) = Resposta Única
Base: mecânica / elétrica / climatização/ Undercar /
retífica e injeção (entrevistados: 226).

45
4 5

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Aditivos
São vários os aditivos automoti-
PESQUISA

Conhecimento espontâneo e uso vos que podem beneficiar o veículo


mais frequente (marcas mais citadas) do seu cliente, podendo ser adicio-
nado no óleo do motor, na água do
Top of mind (RU) radiador e no combustível. A fun-
Radiex 30% ção desses aditivos é proporcionar
ou realçar propriedades desejadas a
Bardahl 26%
fluidos, além de inibir propriedades
AC Delco 24% indesejadas.
Paraflu 7% De uma maneira geral, são pro-
Valeo
dutos fáceis de encontrar, com exce-
2%
ção de alguns mais específicos. São
Radinaq 2% várias marcas disponíveis no mercado
Outras marcas 4% e o técnico deve ficar atento aos pro-
Não lembram dutos de qualidade e de boa proce-
1%
dência, sendo que o aditivo de arre-
Não trabalham 4% fecimento deve ser homologado pelo
Inmetro. Vale lembrar que aditivos
Conhecimento Total Espontâneo (RM) não encobrem defeitos no veículo.
De um modo geral, respeite as reco-
Radiex 59% mendações do fabricante do veículo
Bardahl 56% quanto a sua utilização.
AC Delco 52% A adição dos aditivos, em geral,
não apresenta dificuldades na aplica-
Paraflu 29%
ção, salvo em alguns veículos onde
Valeo 26% há falta de espaço. Fique atento às
Radinaq 16% informações técnicas antes de partir
para a prática, pois a seleção do com-
Outras marcas 9% ponente, a dosagem e os torques de
aperto de bujões são específicos para
Utiliza mais frequentemente (RU) cada modelo. Uma aplicação incorre-
ta pode causar vazamento.
Radiex 34%
Bardahl 24% Componente em breve
AC Delco 23% certificado pelo Inmetro
Paraflu 4%
Valeo 3%
Radinaq 3%
Outras marcas 4%
Não trabalga 1%
Não trabalham 4%

(RM) = Respostas Múltiplas | (RU) = Resposta Única


Base: mecânica e retífica (entrevistados: 119).

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Palhetas
Conhecimento espontâneo e uso

PESQUISA
mais frequente (marcas mais citadas)
das)

Top of mind (RU) Componente ainda não


certificado pelo Inmetro
Dyna 41%
Bosch 29% Limpar o para-brisa
par
ara-
a-br
b isa melhorando a vi-
Valeo 7% sibilidade
ibilid d em situações
it õ de d chuva,
h essa é a
Trico 1% função das palhetas, o que as torna itens
essenciais para a segurança do carro. Via
Outras marcas 1%
de regra, é recomendado que se troque o
Não lembra 1% par de palhetas uma vez por ano ou sem-
Não trabalham 20% pre que apresentar desgaste ou resseca-
mento excessivo. É bom sempre verificar
se a borracha da palheta está ressecada,
quebradiça ou rasgada, pois isto determi-
na a sua eficiência.
Como a maioria dos componentes
Conhecimento Total Espontâneo (RM) automotivos, existe uma certa dificuldade
para aquisição apenas de alguns modelos
Dyna 58% antigos e importados e a aplicação é mui-
Bosch 56% to simples, basta desencaixar o conector,
Valeo remover a palheta e colocar a nova. Fique
47%
atento apenas no lado e na posição cor-
Trico 17% reta, sem forçar o encaixe. Outra dica na
Outras marcas
5% montagem é limpar o vidro com detergen-
te apropriado e água, em seguida seque
com um pano macio. Também não utilize
querosenes, detergentes inadequados ou
outros produtos químicos na limpeza da
Utiliza mais frequentemente (RU) palheta, pois provocam deformação da
borracha.
Dyna 40% Peças de má qualidade provocam ine-
Bosch 24% ficiência no funcionamento e baixa durabi-
Valeo
lidade, assim como a má aplicação. Braços
11% das palhetas empenados ou sem pressão,
Trico 1% baixa velocidade de acionamento (motor
Outras marcas cansado ou articulações emperradas) e
Não lembra 1% mancais desgastados comprometem a
atuação das palhetas. Fique de olho na
Não trabalham 24% procedência das palhetas antes de com-
prar, busque por fabricantes de renome e
(RM) = Respostas Múltiplas | (RU) = Resposta Única com qualidade comprovada. Evite adquirir
Base: mecânica e elétrica (entrevistados: 95). os produtos em semáforos e ambulantes.
47

Ed 219_pesquisa.indd 47 03/07/2012 16:51:52


Componente
Rolamentos em breve
PESQUISA

certificado
Conhecimento espontâneo e uso pelo Inmetro
mais frequente (marcas mais citadas)
Outro componente
omponente adotado d em vá-
Top of mind (RU) rios sistemas, o rolamento é uumm di
disp
dispositi-
pos
osititi-i-
vo que permite a transformação do atri-
FAG 27% to de deslizamento em rolamento, num
INA 25% movimento relativo controlado entre duas
ou mais partes. São corpos rolantes de
SKF 22%
diferentes tipos: esferas, cones e roletes.
NSK 11% Podem ou não ser blindados e funcionam
Timken 3% com auxílio de óleos e graxas específicas.
Outras marcas Rolamentos são alvos fáceis para fal-
2%
sificadores, que ludibriam o comprador
Não lembram 3% usando, inclusive, embalagens bem pare-
Não trabalham 7% cidas com as de fabricantes renomados,
por isso, tome muito cuidado. Compre de
fornecedor idôneo, exija nota fiscal, certi-
ficado de garantia e se o preço for muito
Conhecimento Total Espontâneo (RM) baixo, desconfie. Somente modelos muito
específicos podem ter dificuldade de ser
SKF 68% encontrados.
INA 64% O acesso de alguns rolamentos pode
FAG 53% ser mais difícil, principalmente, por conta
da falta de espaço, além disso, há neces-
NSK 36% sidade de uso de ferramentas e procedi-
Timken 23% mentos de montagem especiais e de verifi-
Outras marcas 6% cação prévia do estado das peças quando
retiradas do veículo. Fique sempre de olho
nas informações técnicas antes da monta-
gem, para garantir a aplicação correta, as
Utiliza mais frequentemente (RU) sequências específicas de montagem e os
torques de aperto.
INA 34% Rolamentos de má qualidade ou de
SKF 28% procedência duvidosa comprometem a
sua funcionalidade e reduzem a durabili-
FAG 16%
dade da peça, provocando a imobilização
NSK 9% do veículo e até mesmo acidentes. Outros
Timken 2% componentes que funcionam atrelados ao
Outras marcas rolamento também são prejudicados. Um
1%
rolamento que se quebre dentro de um
Não lembram 3% câmbio pode destruir completamente o
Não trabalham 7% sistema. A má aplicação gera as mesmas
consequências. Os principais sinais de que
(RM) = Respostas Múltiplas | (RU) = Resposta Única há problemas com rolamentos são ruído e
Base: mecânica / undercar/ retífica e injeção (entrevistados: 179).
aquecimento.
48

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Ferramentas
De todos os tipos, convencionais,
Conhecimento espontâneo e uso

PESQUISA
especiais ou específicas para determina-
mais frequente (marcas mais citadas) do uso, as ferramentas aparecem numa
grande variedade, desde um simples ali-
Top of mind (RU)
T cate até um sacador de válvulas ou um
Gedore 44% macaco hidráulico. A função desses itens
é de proporcionar a desmontagem e re-
Raven 19%
montagem correta dos componentes,
Belzer 11% tendo sempre como base as instruções
Tramontina 6% dos fabricantes originais.
King Tony 6% A aquisição de ferramentas não repre-
senta uma dificuldade, afinal, existem no
Robust 5% Brasil diversos fornecedores e distribuido-
Outras marcas 1% res de ferramentas automotivas, por isso, o
Não lembram 4% mecânico deve procurar sempre empresas
idôneas e que asseguram garantia, nota
Não trabalham 4% fiscal e suporte técnico, principalmente,
quando são produtos específicos. Muitas
ferramentas são exclusivas de concessioná-
Conhecimento Total Espontâneo (RM) rias, nesses casos a dica é fazer uma parce-
Gedore ria ou tentar comprar o equipamento.
79%
Em relação ao uso das ferramentas,
Raven 49%
muitas delas necessitam de informações
Tramontina 36% prévias e até um treinamento, pois se o
King Tony 35% movimento não for executado correta-
mente pode danificar a peça e, o que é
Belzer 34% pior, provocar acidentes. Cada ferramen-
Robust 29% ta especial tem sua função específica, uti-
Outras marcas 3% lizar para efetuar outro serviço também
não é uma boa ideia. Não adquira ferra-
mentas de qualidade duvidosa e muito
Utiliza mais frequentemente (RU) menos recondicionadas, pois podem co-
locar todo o trabalho a perder.
Gedore
44%
Raven Componente ainda não
20%
certificado pelo Inmetro
Belzer 6%
Tramontina 6%
King Tony
8%
Robust 6%
Outras marcas 1%
Não lembram
4%
Não trabalham
5%
(RM) = Respostas Múltiplas | (RU) = Resposta Única
Base: mecânica / elétrica / climatização/ Undercar /
retífica e injeção (entrevistados: 226).
49

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QUALIDADE EM SÉRIE

Temperatura
certificada Assista este procedimento em

www.omecanico.com.br

Confira o processo de certificação do líquido de


arrefecimento do motor de um veículo pelo IQA,
que ainda não é obrigatório, mas é a garantia de
adquirir um bom produto

Victor Marcondes

Q uem já presenciou a típica situação de


fumaça saindo do capô de um carro,
não imagina o quanto - antes do motor
aquecer excessivamente - o sistema de refrige-
válvula termostática, sistema de ventilação,
mangueiras, sensor de temperatura, tanque de
expansão e termo-interruptor, o conjunto ne-
cessita de um fluido específico para funcionar
ração trabalhou duro a fim de manter a tempe- corretamente: o aditivo de arrefecimento.
ratura ideal. Composto por bomba, radiador, Em teoria, a finalidade do aditivo, segun-

50

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do Joel Lopes, químico de Pesquisa e Desen-
volvimento da Tirreno, é aumentar o ponto

QUALIDADE EM SÉRIE
de fervura e baixar o ponto de congelamento
da solução arrefecedora, evitar a corrosão das
partes metálicas e a corrosão por cavitação na
bomba d’água, além de prolongar a vida útil
de mangueiras e elastômeros. Por isso, é es-
sencial adquirir aditivos de qualidade para ga-
rantir o bom funcionamento do sistema.
Apesar de não ser compulsória, a certifi-
cação do IQA é a maneira mais confiável de cado com validade de 1 ano. Isso garante que
se comprovar a qualidade de um aditivo de ar- a marca conta com um processo constante de
refecimento, já que o produto para cumprir o qualidade”, diz.
seu papel com eficiência deve conter especifi-
cações adequadas, atestadas por uma série de Ensaios
ensaios laboratoriais, como vamos demonstrar
nesta matéria, realizada com a ajuda do IQA A produção do aditivo inicia com a soma
(Instituto da Qualidade Automotiva). de materiais químicos que reúnem os benefícios
necessários para o sistema. “Temos um tanque
Certificação de mistura que recebe o material por meio de
tubulações, por onde passam os insumos a gra-
No entanto, não basta o líquido ter só ca- nel, como o etileno glicol. Na parte de cima do
racterísticas refrigeradoras, é necessário que, tanque fazemos as dosagens dos anticorrosivos,
antes mesmo de ser envasado, o produto ofe- agentes supressores de espumas, pigmentos,
reça qualidade até no seu processo de fabrica- aditivo anti-ingestão”, explica Joel.
ção. Para isso, também passa por uma certifi-
cação para avaliar se o modo como o produto
é fabricado está de acordo com o padrão e
requisitos exigidos pela sociedade.
Este processo de certificação tem a impor-
tância de assegurar que o aditivo de arrefeci-
mento produzido cumpra as normas da ABNT,
explica Carlos Alberto Motta, auditor do IQA.
“Pegamos o produto no mercado e depois ele
é encaminhado a um laboratório credenciado
para os ensaios”.
Motta afirma que na auditoria também
são verificados a exatidão dos testes e se
eles estão de acordo com o preconizado pela
ABNT. “Verificamos a capacitação do pessoal
técnico e os resultados por meio do controle e
calibração dos equipamentos utilizados.”
O profissional diz que a referência para o
estudo leva em consideração as especificações De acordo com ele, depois da mistura, que
ABNT NBR 13705, para os aditivos inorgânicos, demora entre 40 e 50 minutos, uma amostra é
e ABNT NBR 15297, para os orgânicos. “No coletada e enviada para o laboratório de con-
final da auditoria, a empresa recebe o certifi- trole de qualidade, onde é feita a verificação

51

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da batelada. “Neste meio tempo, o líquido de alteração de massa (perda por corrosão) e quan-
QUALIDADE EM SÉRIE

arrefecimento fica num tanque de quarentena, to ao seu aspecto (devem ser isentos de pontos
aguardando o sinal verde do laboratório para perfurantes de corrosão, os chamados pittings).
finalmente ser envasado”, diz. Joel afirma que a norma brasileira ABNT
NBR 13705 e ABNT NBR 15927, para líquidos
de arrefecimento do tipo inorgânicos e orgâ-
nicos, prevêm limites de perda para cada uma
dessas lâminas. Quando esses limites não são
atendidos, possivelmente haverá corrosão no
sistema de arrefecimento do veículo, causando
vazamentos, e então problemas diversos.

Tipos de corrosão
No laboratório, o produto passa por uma
bateria de testes, que visa garantir a sua es- Num outro teste, o químico deixou lâminas
pecificação. “O ensaio de corrosão é um dos de alumínio e ferro fundido num período de
mais importantes para o líquido. Tem o obje- quatro semanas dentro de um recipiente com
tivo de testar a capacidade de o produto pro- água. O resultado, como esperado, é extrema-
teger os diversos metais presentes no sistema mente negativo, ambas as lâminas apresentam
de arrefecimento.” alto índices de corrosão. “A corrosão do alu-
Nesse ensaio, uma solução a 33%v/v do adi- mínio é diferente, na cor branca, enquanto no
tivo é preparada com uma água corrosiva (rica ferro há uma deterioração escurecida, amar-
em sais). Corpos de prova metálicos, alumínio, ronzada. Muitos têm a falsa crença de que a
ferro fundido, aço, cobre, latão e solda ficam água não prejudica o alumínio, e isso não é
imersos nessa solução durante duas semanas a verdade. Dentro do sistema, isso pode levar ao
88ºC, e após esse período são avaliados quanto à vazamento do radiador, certamente”, avisa.

A companhia faz ensaios que vão além dos


obrigatórios pela norma ABNT, como a ASTM
4340, ensaio de corrosão para alumínio em
temperatura elevada. Uma coluna é prepara-
da com uma solução contendo 25% de aditivo
também com água corrosiva. No fundo é colo-
cada uma placa redonda de alumínio, que fica
em contato constante com o preparado sob
uma temperatura de 135ºC.

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no, o líquido é submetido a uma temperatura de
QUALIDADE EM SÉRIE

88ºC com fluxo de ar sendo lançado dentro da


solução durante 5 minutos. “Neste cenário, o ar
não pode levar à formação de espuma”.

“A situação simula a superfície de um


bloco de alumínio no motor. Um bom líqui-
do de arrefecimento garante que o material
após uma semana de teste tenha no máximo a
perda de 1 mg de corrosão. Semanalmente, a
gente tira e avalia tanto a superfície quanto a
massa da placa de alumínio numa balança para
atestar a perda”, explica.

De acordo com o químico, a norma brasi-


leira também estipula que o líquido arrefecedor
O profissional nos passa uma informação tenha no máximo 5% de água, a fim de se pre-
importante. O aditivo do tipo orgânico, ao con- servar que o cliente não estará comprando so-
trário do inorgânico, forma um filme passivador mente água no lugar do aditivo.
no alumínio que confere a ele uma superfície es- O ponto de congelamento da solução ar-
curecida. Esse escurecimento é típico e não deve refecedora também é avaliado. “Se o motorista
ser confundido com corrosão. utilizar somente água pura no sistema e rodar
em regiões onde a temperatura estiver abaixo de
0ºC, a água pode congelar. Quando isso aconte-
Espuma, teor de ce, a água se expande cerca de 9% ou 10% do
água e congelamento seu volume inicial. Isso, dentro do radiador, pode
romper as galerias e os dutos.”
Outro problema levantado por Joel é a Ele afirma que, principalmente, nas localida-
formação de espuma dentro do sistema de ar- des mais frias, é preciso usar um aditivo a base
refecimento. “Isso pode gerar cavitação, prin- de etileno glicol. Segundo ele, o líquido de ar-
cipalmente, na bomba d’água”. Para evitar a refecimento preparado “um pra um” em água
formação de espuma no sistema, agentes su- limpa, garante um ponto de congelamento de
pressores de espuma são adicionados ao aditivo 37ºC negativos. “Para verificação do ponto de
para arrefecimento. Para avaliação da tendência congelamento no laboratório, preparamos um
de formação de espuma,em um teste realizado banho de álcool com gelo seco para abaixar a
no laboratório de controle de qualidade da Tirre- temperatura da solução, e observamos em que
54

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até o envase e expedição dos aditivos. “Observa-
QUALIDADE EM SÉRIE

mos a limpeza do tanque misturador, das linhas


que interligam os equipamentos e, depois de
feita a mistura, fazemos um estudo da composi-
ção para ter certeza que seguem a norma ABNT.
Além disto, também verificamos a documenta-
ção da empresa”, salienta Motta.
A companhia também possui uma versão
do produto pronta para uso, vendida já diluída
em água. “De acordo com a ABNT 14261, não
se pode usar qualquer água no processo. Por
isso temos esse sistema de desmineralização que
retira parte dos sais minerais para assegurar as
características do produto”, detalha Joel.
momento haverá o congelamento.” A norma
brasileira também estipula um limite do ponto
de congelamento para a solução arrefecedora.

Ponto de ebulição (fervura)


Outro benefício do líquido é aumentar o
ponto de ebulição da solução dentro do siste-
ma. “Uma solução um para um do aditivo com
água limpa, eleva o nível de fervura da solução
arrefecedora. Mesmo no sistema de arrefeci-
mento sob pressão entre 130°C e 135°C a so-
lução se mantém no estado líquido, evitando
problemas de troca de calor ou cavitação.”
No teste de ponto de ebulição no laborató-
rio de controle de qualidade, uma amostra do
aditivo é submetido ao aquecimento. “Devido
à presença de um condensador de gases nes-
se equipamento, o líquido tende sempre a se
manter no estado líquido. “O vapor formado se Após a equipe do controle de qualidade
condensa e se transforma novamente em líqui- laboratorial aprovar a qualidade do líquido, so-
do, até o momento em que a temperatura no mente então ele passa a ser envasado. Nesta
termômetro se estabiliza, ou seja, o líquido não fase, a empresa segue uma norma específica a
consegue mais passar para a fase vapor. Este é o fim de que o volume do conteúdo seja o mesmo
ponto de ebulição do líquido de arrefecimento.” em todos os frascos. A certificação executada
pelo IQA na Tirreno tem caráter unicamente vo-
Processo de produção luntário, a fim de a empresa manter uma ima-
gem transparente e ética frente aos usuários de
e envase seus produtos no mercado. Isso, sem dúvidas,
é um indicador na hora de escolher um aditivo
Durante a produção, a auditoria do IQA que tenha qualidade e atenda os requisitos do
avalia desde o recebimento das matérias-primas veículo do seu cliente.

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DESTAQUE DO MÊS

Garimpo contente

ROD - REDE OFICIAL DOS DISTRIBUIDORES DA REVISTA O MECÂNICO


E
m qualquer ramo de atividade, satisfação é
extrapolar as expectativas do cliente. Aten-
der da melhor maneira para que ele seja
fiel ao serviço fornecido, e buscar compreender
as suas reais necessidades, até mesmo aquelas
que ele nem sabe que tem. Na reparação, esta
é uma premissa seguida a risca pelos mecânicos
dispostos a melhorar a sua atuação e angariar
uma fatia maior do mercado.
Inspirada pela revolução de um setor que
cresce cada dia mais competitivo, a Milani Au- também chegam com dúvidas sobre aplicação
topeças, localizada em Fazenda Rio Grande/PR, e ele indica a leitura das edições impressas ou o
está na luta por seu espaço nesta nova e metafó- site www.omecanico.com.br. “O conteúdo dos
rica Serra Pelada, onde a famosa corrida do ouro vídeos são muito úteis. Principalmente para os
dá lugar ao garimpo de mais e mais clientes. novatos, já que o Portal O Mecânico consegue
Comerciante de peças e acessórios para ve- informar de uma forma simples e objetiva”, diz.
ículos leves, o estabelecimento conjuga as ven- A respeito do perfil do mecânico de hoje,
das com serviços automotivos especializados. o gerente crê que são profissionais mais prepa-
De acordo com Elttil Cabral de Araújo, gerente rados para o que o setor precisa. “Acreditamos
administrativo da Milani, a empresa busca um que os mecânicos estão mais antenados com as
relacionamento mais próximo com o cliente, mudanças e aceitando mais as novas tecnolo-
priorizando a relação com ele. gias. No entanto, sabemos que há muito o que
Integrante da Rede Âncora, a companhia melhorar”, observa.
atende as regiões de Mandirituba, Quitandinha Para ele, ainda existe uma vasta gama de
e Curitiba, todas no Paraná. Há cinco anos como oportunidades a se explorar. “Mas apenas uma
parte da Rede Oficial de Distribuidores da Revis- pequena parte é aproveitada”, desabafa.
ta O Mecânico (ROD), recebe mensalmente um Em razão disto, ele percebeu que não dá pra
lote para distribuir entre os mecânicos. ficar parado, enquanto todos estão atrás do seu
As Revistas, afirma Elttil, são colocadas quinhão da maneira certa: se atualizando. “Os
no balcão de atendimento, na área de espe- mecânicos que não buscam informação serão
ra e também são enviadas juntamente com as engolidos pelo mercado. Numa visão geral, to-
compras feitas por telefone. “Trabalhamos com dos devem se aperfeiçoar e crescer junto com as
entregas via motocicleta e bicicleta. Assim que necessidades dos clientes, a fim de superar seus
as novas edições chegam, as Revistas são en- concorrentes. Apenas assim este profissional se
tregues junto com as primeiras compras realiza- manterá ativo no mercado”, finaliza.
das”, detalha. Para ele, as informações são im-
portantes para os profissionais da reparação e Milani Autopeças
também para os próprios funcionários internos. Av. Brasil, 2099 – Eucaliptos –
Há diversos mecânicos na região que vão até Fazenda Rio Grande/PR
a loja em busca da Revista, afirma Elttil. Muitos Tel: (41) 3608-1975

Para distribuir a Revista, acesse o link ROD do site:


www.omecanico.com.br

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EVENTO

Show de tecnologia
e novidades
Autopar mostra que veio com força total para
assegurar o posto de segundo maior evento do
segmento de reposição no Brasil

Carolina Vilanova

B
ombando. Assim foram os quatro dias Cerca de 500 marcas estiveram presen-
de Autopar, com corredores cheios te no evento, trazendo as novidades e as
de gente interessada em conhecer o tendências do segmento para um público
que os expositores estavam prontos para que superou os 55 mil visitantes. Uma feira
mostrar. A 6ª edição da Autopar – Feira de de relacionamento que prospectou novos
Fornecedores da Indústria Automotiva, re- negócios para todo mundo, com volumes
alizada entre os dias 13 e 16 de junho no que devem representar o recorde de meio
Expotrade, em São José dos Pinhais/PR, bilhão de reais. Fabricantes de autopeças,
comprovou a grandiosidade do evento, que equipamentos, ferramentas, além de diver-
se firmou na posição de honra como a se- sos distribuidores estiveram presentes com
gunda feira do setor de reposição do Brasil, seus produtos e serviços.
em importância e número de visitantes. Mecânicos em busca de informação so-
58

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EVENTO
bre novas tecnologias e aplicação de compo- avançamos por um maior número de regiões
nentes não faltaram na feira. Eles trocaram do Brasil, alcançando também países da Eu-
idéias com os técnicos das principais fabri- ropa, Estados Unidos e Ásia”, afirma ele.
cantes do Brasil, além de serem protagonistas A Autopar comprovou de uma vez por
de atrações e brincadeiras que os expositores todas a importância do estado do Paraná no
trouxeram. Apesar de a maioria ter priorizado setor de reposição de autopeças. Haja vista a
a atualização, muitos visitantes empunhavam pesquisa realizada pelo Sindipeças (Sindicato
canecas de chope, contrariando o que tem Nacional da Indústria de Componentes para
acontecido nas últimas feiras do setor. Veículos Automotores) que coloca o estado
E não foram apenas os mecânicos da numa posição positiva em termos de fatura-
região metropolitana de Curitiba que presti- mento, acumulando crescimento, no primei-
giaram o evento, várias caravanas vieram do ro trimestre de 2012, de 25,3% em janeiro,
interior do Paraná e de outros estados, tra- 3,6% em fevereiro e 2,2% em março.
zendo mais de 800 visitantes. Segundo Cas- O evento é realizado com apoio oficial
sio Dresch, diretor comercial da Diretriz, pro- do Sindicato do Comércio Varejista de Ve-
motora do evento, o crescimento do número ículos, Peças e Acessórios para veículos no
de caravanas é uma prova da interiorização Estado do Paraná – SINCOPEÇAS-PR e do
da indústria e do fortalecimento da eco- Sindicato das Empresas de Reparação de
nomia no país. “A cada edição da Autopar Veículos – SINDIREPA-PR.
59

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ATUALIZAR
AT
A UALI
TUA AR
LIZZA

Se destacando
com atualização
Projeto Atualizar O Mecânico reuniu mecânicos que
vieram de perto e de longe com o mesmo objetivo:
conhecer mais sobre produtos e suas aplicações

Carolina Vilanova

A
vontade de aprender não tem distância. Sineo Schutz, que viajou de Campo Grande/MS
Isso ficou bem claro na terceira edição para mais uma vez participar do Atualizar. Ele
do Projeto Atualizar O Mecânico na assistiu a todas as palestras e ainda voltou no
Autopar. Além do pessoal da região, muita gen- sábado para mais uma dose de conhecimento.
te de fora veio prestigiar a feira e se atualizar nas No final, ainda teve sorte: ganhou no sorteio um
palestras apresentadas durante os quatro dias carregador de bateria. “Estava precisando de
de evento. Que o diga o mecânico autônomo um desses”, disse o mecânico.
60

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E não foi só o sr. Sineo que veio de

ATUALIZAR
longe. Irandy Costa dos Santos, proprie-
tário do Centro Automotivo Costa, veio
com um grupo formado pelo SEBRAE da
cidade de Serra, no Espírito Santo. Há 23
anos na profissão, ele é um apaixonado
pelo que faz. “É a primeira vez que venho
nessa feira e eu vim focado em me atu-
alizar, por isso participei de várias pales-
tras”, garantiu. “O conhecimento que eu
tive se torna uma ferramenta a mais para
a empresa”, completa.
Justamente o conhecimento é o foco
do Projeto Atualizar O Mecânico, reali- Sr. Sineo viajou de Mato Grosso do Sul e
ainda foi premiado com um carregador
zado durante a Autopar, no ExpoTrade de
Pinhais/PR, que teve como parceiros a Elrin-
gKlinger e a Affinia, com a marca Nakata.
Com a estrutura montada no estande da
Revista O Mecânico, o projeto conta pa-
lestras técnicas que agregam informações
e proximidade com os fabricantes, com im-
portantes dicas sobre o dia a dia na oficina
mecânica.
Jéferson Ternauski, mecânico da con-
cessionária Fiat Barigui, em Campo Largo,
na região metropolitana de Curitiba, é leitor da
Revista O Mecânico e pela primeira vez parti-
cipou do projeto. “Sempre que posso, participo
de palestras, pena que não temos muito aces-
so”, diz. Hoje com 21 anos, ele começou aos Apaixonado pela profissão, Irandy não perde
uma palestra, nem que seja longe de casa
16 anos e não esconde a sua paixão. “O que
move um bom mecânico é gostar do que faz”,
acredita. “Durante a semana eu trabalho e nos
finais de semana conserto carros por diversão”.
A noiva Ju Sampaio fez questão de acompanhar
Jéferson: “ela me ajuda nos finais de semana”,
brinca.
O Atualizar O Mecânico transmite as
orientações e as dicas técnicas de quem re-
almente entende do assunto: os fabricantes.
Com a disseminação de informações, o projeto
proporciona aos profissionais da reparação a
chance de prestar cada vez mais serviços com
qualidade na sua oficina, garantindo a fideliza-
ção dos seus clientes. Todos os participantes ga-
nham certificados e um ano de assinatura grátis Jeferson veio com a noiva, Ju: "Ela me ajuda
a mexer nos carros nos fins de semana"
da Revista O Mecânico.
61

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Elring Das Original
EVENTO

Evolução das
juntas automotivas
A palestra da Elring teve início
com a apresentação de um
panorama sobre a empresa
de um modo geral e os produtos fa-
bricados pela marca. Em seguida, o
assistente técnico Matheus Michelon
começou a abordagem de assuntos
mais técnicos, como o desenvolvi-
mento das juntas de cabeçote, refor-
çando a evolução dos motores e das
juntas, que mudaram radicalmente
nos últimos anos para acompanhar
essa evolução.
Ele explicou que a tecnologia das jun- poluentes para veículos da linha pesada.
tas atuais foi modernizada para atender o O técnico reforçou durante a palestra
mercado de forma adequada. "Os motores a importância da troca do parafuso de ca-
estão ficando cada vez mais leves, econômi- beçote ao abrir o conjunto. "A junta não
cos e menos poluentes. Com isso as tensões trabalha sozinha, precisa da força aplicada
internas aumentam, necessitando de mate- pelo parafuso de cabeçote. Por isso é preci-
riais de qualidade que suportem as novas so o aperto exato no parafuso para se atin-
tensões de pressão e temperatura para me- gir a vedação certa do motor", observa.
lhor vedação", explica. A espessura das juntas de veículos da
Foram abordados os diferentes minérios linha pesada foi outro tópico discutido. "Ex-
que compõem as juntas lançadas pela Elring. plicamos que, geralmente, essas juntas exis-
"Para os propulsores mais antigos utilizamos tem para compensar algum tipo de retífica
a conhecida junta soft. Em veículos bicom- no cabeçote, com o objetivo de manter a
bustíveis aplicamos juntas de material metá- taxa de compressão correta", afirma.
lico com multicamadas. Já os motores diesel Garantir segurança e confiança para o
da linha eletrônica contam com componentes mecânico que compra os produtos da mar-
feitos de metal borracha. São juntas metálicas ca foi o foco da palestra. "Queremos mos-
com vedação de borracha nas passagens de trar que as juntas Elring possuem a mesma
água e óleo", detalha. qualidade que as juntas fornecidas pelas
Outro assunto em questão foi o novo sis- montadoras e implantadas nos veículos co-
tema de injeção de uréia (Arla 32), sobre o mercializados no mercado", finaliza.
seu funcionamento, o motivo de sua adoção
e sua importancia na redução de emissão de  www.elringklinger.com.br

62

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Nakata

EVENTO
Sistema de arrefecimento
e sistema de lubrificação
O
técnico de assistência técnica da A segunda palestra, sobre bomba de
Nakata, Aelson Rios, veio ao Atu- óleo, seguiu o mesmo raciocínio, falou dos
alizar com dois temas diferentes, tipos construtivos, funcionamento e da
divididos em duas palestras: o primeiro so- pressão do sistema. “Geralmente, é comum
bre sistema de arrefecimento, divulgando a o pessoal questionar sobre o óleo correto a
bomba d’água da marca e o segundo so- ser utilizado, o tempo de vida útil do filtro,
bre sistema de lubrificação, que abordou a formação de borra no sistema e como fazer
bomba de óleo. “Assim, o mecânico pôde uma limpeza correta, se pode usar algum
participar das duas palestras e adquirir co- produto, etc”.
nhecimento sobre os dois sistemas”, disse. Em ambas as palestras, Aelson usou da
Na abertura abordou superficialmente animação gráfica como material de apoio,
o institucional da empresa e o lançamen- ilustrando o funcionamento dos sistemas e
to das bombas, disponíveis para todos os suas funções. “Com o cuidado de ficar bem
modelos das linhas leve e pesada. Na pri- claro que o principio de funcionamento é
meira palestra, sobre bomba
d'água, foi abordado os tipos
construtivos do produto, os
diferenciais de qualidade em
relação às existentes do mer-
cado, as melhorias que foram
feitas nos componentes e as
causas prováveis de defeitos
que podem acontecer.
As dicas que Aelson pas-
sou para os participantes
foram em relação ao manu-
seio, manutenção preventiva,
uso correto do aditivo e a
importância da aplicação de
tensionadores e correias de
qualidades para aumentar a
vida útil da peça. “O mecânico tem dúvidas o mesmo para todos os veículos, com suas
com relação à manutenção preventiva do características e especificações técnicas de-
sistema, como evitar que o problema ocor- finidas”, finaliza.
ra, como eliminar vazamentos prematuros e
sobre a qualidade dos aditivos”, comentou.  www.nakata.com.br

63

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CAPACITAÇÃO

Alternativas
para a renovação
Déficit de mão de obra na reparação automotiva
abre oportunidades para jovens em busca do
primeiro emprego, mas conexão entre formação e
trabalho precisa ser mais efetiva

Fernando Lalli

O
momento econômico do país é bom, dade – tanto por parte de empresas quanto
as indústrias nacionais batem recordes pelos jovens à procura do primeiro emprego.
de produção sucessivos desde o final De acordo com o Sindirepa-SP, apesar de
da crise de 2009, e a frota brasileira de veí- o setor de oficinas mecânicas independentes
culos (carros, motos, ônibus, comerciais leves ser responsável pelo conserto de 80% de to-
e pesados) já ultrapassa os 44 milhões. Mas, dos os veículos que rodam no Brasil, o núme-
mesmo assim, o setor da reparação automoti- ro de oficinas diminuiu em quase 45% – de
va ainda não atrai toda a atenção que merece 172,2 mil em 1997 para 93,4 mil em 2012.
quando o assunto é investimento e oportuni- Esta queda, segundo o presidente nacional da
64

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CAPACITAÇÃO
entidade, Antonio Fiola, decorreu
da necessidade de adaptação do
setor para acompanhar a tecnolo-
gia aplicada nos veículos. Tanto que
se observa uma reação desde 2007,
quando o total de oficinas abertas
atingiu a marca mais baixa do perío-
do: 84.828 estabelecimentos.
Mas a relação do número de
veículos por oficina aumentou no
período. Hoje, considerando apenas
a frota de carros, a média de veícu-
los a serem reparados por cada me-
cânica independente aberta no país
passa dos 290. Muito por causa dessa alta no mercado. Entretanto, na contramão da ló-
demanda, mesmo com as 745,9 mil vagas de gica, dados do SENAI-SP apontam que apro-
emprego abrigadas atualmente pelas oficinas ximadamente 25% de seus alunos na área au-
independentes, o setor sofre com a falta de tomotiva se formam sem emprego garantido.
mão de obra qualificada disponível. Essa disparidade tem várias causas, às quais o
“Há falta de profissionais especializados setor precisa ficar atento.
no setor de reparação de veículos”, declara
Fiola, citando a necessidade de o reparador
ficar atento e se atualizar quanto ao constan-
“Massa crítica”
te aumento de eletrônica embarcada nos ve- com potencial
ículos, que exige mais conhecimento técnico,
mais equipamentos nas oficinas e treinamen- O agente de treinamento do SENAI, Valdir
to constante. de Jesus, aponta o mural repleto de vagas de
Teoricamente, considerando esse cenário, emprego abertas para mecânicos com espe-
novos profissionais com estudo e sem “vícios cialização em diversas áreas e lamenta: “essa
de trabalho” deveriam facilmente se encaixar ainda é uma ação que precisamos melhorar”.
Valdir administra os cursos da
unidade Conde José Vicente de
Azevedo, no bairro do Ipiran-
ga, em São Paulo/SP, voltada ao
ensino de sistemas automobilís-
ticos. A escola forma aproxima-
damente 6 mil alunos por ano, o
que, salienta o próprio Valdir, se-
ria suficiente para abastecer par-
te significativa da demanda da
capital paulista por mecânicos.

Alunos selecionados pela parceria


SENAI/Carbwel Autopeças
durante o curso de Mecânico de
Injeção Eletrônica

65

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potencial para se adequar à cultura dela”,
CAPACITAÇÃO

ressalta.
Dentro da própria unidade do Ipiranga,
o SENAI tem parcerias com diversas empre-
sas que investem na formação de jovens
para que sejam seus empregados, tanto
para as fábricas quanto para as conces-
sionárias. Entre elas, estão Fiat, Basf, GM
e Porto Seguro, que patrocinam os cursos
por meio de projetos sociais e dão subsídios
“Cerca de 1,5 mil a 1,8 mil alunos for- extras para seus alunos, como transporte e
mados por ano não conseguem emprego”, alimentação. Mas ainda não são iniciativas
revela. “Por um lado, há a necessidade de que abasteçam diretamente as oficinas in-
mercado, que sinaliza a falta de mão de dependentes.
obra e, por outro lado, existe uma forma-
ção representativa de jovens pelo SENAI
que não é aproveitada no mercado de tra-
Oportunidade para
balho. Está faltando um mecanismo eficaz quem precisa (e quer)
para juntar essas duas partes. Que existe
massa crítica para ser aproveitada, isso Para Antônio Fiola, entre os fatores que
existe”, enfatiza Valdir. geram o déficit de mão de obra na repara-
Ele conta que o Sindirepa-SP já tem agi- ção está a falta de interesse do jovem pela
do na captação de jovens dentro da uni- profissão de mecânico, principalmente pela
dade do Ipiranga para a formação de um ausência de plano de carreira nas oficinas.
banco de dados para as oficinas mecâni- Esse sintoma também é visto por Car-
cas, mas que é necessária uma mudança de los Gomes de Moraes, diretor comercial
mentalidade dos empregadores para que da Carbwel Autopeças, localizada na Zona
os alunos sejam totalmente aproveitados. Norte de São Paulo/SP. Ele percebe que fal-
“As empresas precisam entender que ta um empenho mútuo entre oficinas e jo-
o SENAI qualifica os alunos, mas que eles vens para que a ligação entre quem procura
precisam ter uma complementação de ex- o primeiro emprego e a vaga seja feita. Mas
periência. E, não tem jeito, é
a própria empresa que neces-
sita contribuir oferecendo esta
oportunidade. Achar a pessoa
prontinha, preparada para tra-
balhar, é algo que elas têm
que esquecer”, destaca Val-
dir. “Mas a grande vantagem
nesse processo é que a empre-
sa pode ter uma pessoa com

Os cursos são bancados por


bolsas do SENAI. A entidade
procura novos parceiros para
continuar o projeto

66

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para eles. E, além disso, formar

CAPACITAÇÃO
mecânicos para as oficinas par-
ceiras”, afirma Carlos. Ele afirma
que já existem outras oficinas in-
teressadas nos alunos que o pro-
jeto está formando.
Os estudantes foram esco-
lhidos através de uma entrevista
prévia feita pela própria Carbwel,
“As empresas precisam entender
que o SENAI qualifica os alunos,
mas que eles precisam ter uma
complementação de experiência”,
declara Valdir de Jesus

salienta que falta, principalmente, interesse


das oficinas em contratar recém-formados
sem experiência. “Não adianta a oficina es-
perar por aquele mecânico experiente, que
sabia de tudo, porque ele não existe mais
no mercado. Esse mecânico abriu a sua
própria oficina”, declara Carlos.
Para incentivar a contratação de jovens
que precisam de oportunidade, SENAI e
Carbwel se uniram em um programa que
oferece cursos gratuitos de Mecânico de
Motor Ciclo Otto (180 horas) e Mecânico
de Injeção Eletrônica (120 horas). Os cursos
são voltados para alunos indicados por ofi-
cinas mecânicas ou que foram escolhidos
entre jovens a partir de 16 anos que moram buscando priorizar apenas quem estives-
próximos à região da loja de autopeças. se realmente interessado em aproveitar os
Através de bolsas de estudo do SENAI in- cursos. O resultado da triagem é que ape-
centivadas pela FIESP e destinadas a alunos nas um dos 32 alunos deixou o curso – e
de baixa renda, os primeiros 32 alunos sele- justamente porque conseguiu emprego em
cionados puderam estudar de graça e terão uma concessionária. “Essas vagas têm que
a possibilidade de conseguir um emprego ser destinadas a quem realmente vai dar va-
fixo nas mecânicas que se comprometeram lor a elas”, explica Valdir, falando sobre a
a acolhê-los. dificuldade do SENAI em identificar alunos
O diretor comercial da Carbwel conta que realmente estivessem interessados em
que, no final de 2011, reuniu donos de ofi- aproveitar os cursos e exaltando o trabalho
cinas e explicou que a iniciativa visava aju- de seleção da Carbwel. “Percebemos que
dar jovens carentes da comunidade, e pediu precisávamos envolver pessoas e empresas
que dessem oportunidade de experiência que nos ajudassem a captar esses jovens”,
para os alunos assim que concluíssem os conta, ressaltando que o nível de frequên-
cursos. “O objetivo maior é pegar essa ga- cia dos bolsistas desses cursos é superior a
rotada que está na rua e dar oportunidade dos cursos pagos por particulares.

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Apadrinhamento
CAPACITAÇÃO

O modelo de parceria entre SENAI e uma área que eu gostei”, afirma Júlio. “Me-
Carbwel não é novidade no setor de repara- xer com carro é muito legal”, sorri.
ção, muito menos é um trabalho fácil. Car- Carlos diz que os alunos vêem que o
los afirma que já viu muitos projetos des- momento é propício para seguir uma car-
se tipo fracassarem, bancados por diversas reira na área automobilística. “Nós comen-
entidades. Por sua vez, dentro da parceria, tamos com os alunos: ‘você já viu quantos
além de fazer a seleção, a Carbwel se com- carros tem na rua? Olha a oportunidade
prometeu a pagar o transporte dos alunos, que você tem de trabalhar em uma mecâni-
mas o diretor comercial lamenta que não te- ca ou concessionária’. Nós abrimos o leque
nha condições financeiras de bancar todas para eles até de uma montadora, com o di-
as turmas que virão. ploma do SENAI”, diz.
“Temos que achar padrinhos para os O aluno Marcelo Luiz, de 17 anos, rece-
alunos, empresas que possam custear os beu a indicação pela oficina Ueda, onde já
transportes para esses garotos”, afirma. havia trabalhado, e sua visão da profissão
“Eu consegui bancar o transporte dos alu- comprova a observação de Carlos. “É uma
nos para o primeiro curso, de Ciclo Otto, área que eu gosto muito e que, eu acho,
mas não tive condições de oferecer para o nunca vai parar, nunca vai ficar sem servi-
curso seguinte”, lamenta. O empenho de ço”, estima Marcelo. Mas e se a tecnologia
Carlos tem, também, uma motivação pes- dos carros mudar, por exemplo, do motor
soal: dar uma oportunidade de estudo que a combustão para os motores elétricos?
ele mesmo não teve quando era adoles- “Vai ter motor do mesmo jeito. É serviço
cente. “Oportunidade que eu não tive de pro mecânico. Não podemos parar de nos
estudo eu estou transportando para esses atualizar”, responde. “Estes cursos, aqui,
garotos”. são só o início. Para mim, que tenho só 17
Júlio de Andrade Xavier, 20 anos, é um anos, isso aqui é o começo”, arremata, es-
dos alunos que fizeram os dois cursos gra- perançoso de que sua carreira prospere no
tuitos pelo projeto, mas antes de ser indi- mesmo ritmo de crescimento do setor.
cado pela oficina RB
Car, nunca tinha pen-
sado em ser mecâni-
co. “Fiz curso técnico
de manutenção de
computadores, mas
sou meio curioso, na
realidade. Pretendo
seguir (na área auto-
mobilística) porque é

Júlio de Andrade Xavier


(esq.) e Marcelo Luiz
(dir.) veem seus futuros
na área automotiva.
“Nunca vai ficar sem
serviço”, diz Marcelo

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PAINEL DE NEGÓCIOS
Dicas do Abílio
Ignição

1) Existem duas formas de


se testar um cabo de velas:
utilizando um ohmímetro
ou um osciloscópio de
ignição. Quando se utiliza
o ohmímetro, verifica-se a
resistência do cabo, sem
que esteja em funciona-
mento. Se o cabo estiver
suficientemente afetado,
a resistência medida se
encontrará fora do valor
recomendado pelo fabri-
cante. Já o teste com o
osciloscópio de ignição
permite a visualização do
funcionamento do com-
ponente “em linha viva”.
Quando o cabo apresenta
uma resistência excessiva
ou uma “fuga”, a figura
exibida fica alterada em re-
lação ao padrão esperado.

Diesel

2) Os pistões dos motores


Mercedes Benz OM352,
OM352A, OM366 e OM355
devem ser montados com
as setas (gravadas nas
cabeças) apontadas para a
polia do virabrequim.

3) O “Flush” pode ser


entendido de três formas
diferentes:

a) Um procedimento no
qual se injeta na linha de

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combustível do motor um
PAINEL DE NEGÓCIOS

produto descarbonizante
que, em princípio, “limpa
as câmaras de combustão,
assim como os injetores de
combustível”;
b) Um procedimento no
qual pulveriza na admissão
de ar do motor um produto
descarbonizante que, em
princípio, “limpa as câma-
ras de combustão”;
c) Um procedimento no
qual se mistura ao óleo
do motor, por um determi-
nado tempo, um pouco de
produto solvente a fim de
dissolver a borra existente
no seu interior.
Nunca realizamos testes
com nenhum desses pro-
cedimentos. Logo, nada
podemos dizer sobre sua
eficácia. No entanto, o
fabricante do veículo deve
ser, obrigatoriamente, con-
sultado antes de se permi-
tir a execução dos serviços.

Borracha

4) As coifas, como qual-


quer componente a base
de borracha, se deterioram
com o tempo. No entanto,
lavagens com produtos
a base de solvente de
petróleo podem acelerar
o processo.

Transmissão

5) O “escape” das mar-


chas indica claramente
desgaste interno nos com-
ponentes do câmbio, prin-
cipalmente, nos conjuntos

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PAINEL DE NEGÓCIOS
sincronizadores. Mudanças
de marcha com uma em-
breagem deficiente podem
provocar o desgaste pre-
maturo desses conjuntos
em particular. No entanto,
outros fatores também
podem acelerar o desgaste
interno da transmissão:

a) Periodicidade da troca
do lubrificante do câmbio
e sua qualidade;
b) Estado dos coxins do
câmbio;
c) Utilização do veículo
(carga, sobrecarga e local
onde roda);
d) Operação do veículo
(utilização das marchas cor-
retas e vícios de operação).

Undercar

6) Trepidação no volante de
direção é sinal de desbalan-
ceamento. Neste caso:

a) Execute um balance-
amento das rodas em
balanceadora de coluna,
examinando previamente
as condições da roda e
do pneu: de nada adianta
tentar balancear rodas e
pneus deformados.
b) Procure por coxins que-
brados ou qualquer outro
componente solto (mecâ-
nico ou estrutural);
c) Tente um balanceamento
local das rodas (se não
houver restrição por parte
do fabricante do veículo e
seguindo rigidamente as
suas orientações);

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PAINEL DE NEGÓCIOS

d) Procure desbalancea-
mento em outros compo-
nentes girantes, como os
semieixos (veja se não há
algo grudado).

Arrefecimento

7) Via de regra, quando


se liga o condicionador de
ar, é a primeira velocidade
do eletroventilador que
fica acionada “meio que
direto”, a fim de resfriar
o condensador. A segunda
velocidade entra em fun-
cionamento (via cebolão
ou unidade de comando
de injeção, ou pressostato
do condicionador), quando
o fluido de arrefecimento
do motor se aquece ou a
pressão do refrigerante
do condicionador aumenta
demasiadamente. Quando
o condicionador está des-
ligado, dependendo do
veículo, o sistema pode
disparar a primeira e pos-
teriormente a segunda
velocidade, ou a segunda
diretamente.

Motor de partida

8) O motor de partida
tem sua vida útil reduzi-
da quando é mal utiliza-
do (mantê-lo acionado
por de que 10 segundos
quando o veículo não
pega, ou mantê-lo acio-
nado após o motor do
veículo entrar em funcio-
namento).

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PAINEL DE NEGÓCIOS
Lubrificantes

9) Utilizar lubrificantes dife-


rentes daqueles recomenda-
dos pelo fabricante é trilhar
caminhos muito perigosos.
Um lubrificante que apre-
senta a viscosidade a frio
muito baixa pode formar um
filme de óleo insuficiente
ou de baixa resistência à
pressão. Consequência: na
partida a frio pode ocor-
rer atrito seco. Atenção!
Sublinhe-se duas vezes a
palavra “pode”. Quanto à
viscosidade a quente, sim
ela se manterá constante
em temperaturas ambiente
mais altas, o que pode ser
benéfico. Quanto à bomba
de óleo, vale a mesma ob-
servação. O melhor mesmo
é respeitar as especificações
SAE e API recomendadas
pelo fabricante. Quer usar
um produto aparentemente
superior? Consulte antes
o fabricante do motor ou
veículo por escrito.

Eletricidade

10) Quando se encontram


tensões de secundário mui-
to elevadas (acima de 20KV)
durante o exame com osci-
loscópio:

Via de regra, esse vício


ocorre por excesso de re-
sistência elétrica no circuito
secundário.

a) Meça a resistência do

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PAINEL DE NEGÓCIOS

rotor do distribuidor e do
cabo central da bobina (se
houver). Se estiver elevada,
substitua-os;
b) Meça a resistência dos
enrolamentos primário e
secundário da(s) bobina(s).
Se estiverem elevados
substitua-a;
c) Regule a abertura dos ele-
trodos das velas, de acordo
com o recomendado pelo
fabricante;
d) Meça as emissões do
motor em marcha lenta e a
2500 RPM. Se estiver muito
pobre corrija-a (se possível);
e) Se o veículo for movido a
GNV, substitua a bobina, o
rotor do distribuidor, ajuste
a folga dos eletrodos das
velas para GNV e reajuste a
mistura de GNV (pode estar
pobre). Teste novamente o
veículo;
f) Meça a curva de per-
manência e verifique se
não está muito acentuada
(veículos equipados com
ignição convencional).
g) Reinstale o pré-resistor da
bobina (veículos equipados
com ignição convencional).

EPIs

10) Ao substituir lonas e


pastilhas e lonas de freio,
utilizar sempre uma más-
cara de proteção contra
poeira, sobretudo nos
veículos pesados. As par-
tículas geradas pelo des-
gaste desses componen-
tes, se inaladas, podem
provocar sérias doenças
respiratórias.

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CARTAS

PAINEL DE NEGÓCIOS
Lubrificação de moto

Eu tenho uma pequena


oficina de motos e gos-
taria de fazer um curso
sobre lubrificação de para
motos. Será que vocês
podem em indicar algum
na minha região?
Paulo Flavio Del
Franco Peçanha, MP
Motos Serviços e Peças
Praia Grande/SP
[email protected]

Prezado Paulo
Nossa sugestão é que você
procure o SENAI SP: www.
sp.senai.br ou as grandes
distribuidoras de lubrifi-
cantes como: BR, Shell,
Mobil, Esso, Ipiranga, etc.
Talvez eles disponibilizem
o treinamento desejado.
Continue acompanhando
nossas publicações.

Bloco do motor

Onde encontro o bloco


do motor em alumínio
do Ford Fusion ano 2006?
Alexandre
Americana/SP
[email protected]

Prezado Alexandre
O bloco desse motor, muito
provavelmente, só poderá
ser encontrado na rede
autorizada Ford ou em um

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PAINEL DE NEGÓCIOS

importador especializado.
Acompanhe nossos sites e
nossas revistas e você ficará
bem informado.

Alinhamento do Golf

Foram muito úteis as


informações e dicas téc-
nicas que o instrutor do
SENAI repassou com re-
lação ao alinhamento do
Volkswagen Golf, no ví-
deo de O Mecâniconline.
Contudo, quero ressaltar
uma dica simples, porém
significativa, quanto a ca-
libragem dos pneus que
ele não falou. Aproveitan-
do a deixa do instrutor,
também de nada adianta
alinhar um veículo com
os pneus descalibrados.
Gustavo

Prezado Gustavo
Realmente você tem razão.
Na matéria, a importância
da calibração dos pneus
foi omitida. Obrigado pela
lembrança. Continue assis-
tindo aos vídeos e acom-
panhando as atualizações
diárias no site.

Anel sincronizador

Vocês têm o anel sincro-


nizador da caixa de câm-

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PAINEL DE NEGÓCIOS
bio do Chevrolet Opala?
Fabiano
Canguçu/RS
fabiano.athair@hotmail.
com

Prezado Fabiano
Não fabricamos ou comer-
cializamos peças. Logo,
não temos como atendê-
lo. Nossa sugestão, caso
não encontre o produ-
to genuíno, é que você
procure a empresa RCN,
tradicional fabricante de
anéis sincronizadores.

Obrigado pela atenção e


continue acompanhando
nossa revista.

Motor VHC E

Gostaria de saber se na
linha de veículos General
Motors equipada com
motores VHC E é muito
comum, como na gama
anterior, o aparecimento
da detonação e falhas
no sistema de ignição.
Também desejo saber
qual a viscosidade e adi-
tivação do lubrificante
recomendado para esse
motor, seus principais
sensores, estratégia de
funcionamento, o método
usado para cálculo da
massa de ar admitido e
como funciona o sensor

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PAINEL DE NEGÓCIOS

de fase e se é do tipo
hall. Aproveito para agra-
decer e parabenizar pela
contribuição da equipe
da Revista O Mecâ-
n i c o , que muito nos
ajuda nesse processo de
aprimoramento técnico.
Gustavo Nogueira,
Nogueira Serviços e
Peças Automotivas

Prezado Gustavo
Não é muito comum o
aparecimento de detona-
ção nos motores VHC. Os
casos que ocorrem, via de
regra, estão relacionados
à falta na alimentação,
combustível adulterado,
excesso de temperatura
ou falha do sensor de
detonação. O lubrificante
mais indicado é aquele
que consta no manual do
proprietário do veículo,
onde o motor está insta-
lado. Os principais sinais
de entrada do sistema
injeção são: rotação do
motor, tensão da bateria,
velocidade do veículo
(sensor VSS), temperatura
do ar admitido e pressão
do coletor (sensor MAP/
MAT), temperatura do
líquido de arrefecimento
(sensor ECT), posição da
borboleta aceleradora
(sensor TPS), presença de
detonação (sensor de de-
tonação), pressão exces-
siva do ar condicionado
(sensor de pressão do ar
condicionado) e sinal de

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PAINEL DE NEGÓCIOS
ar condicionado ligado.
A estratégia de funcio-
namento é o segredo da
programação da unida-
de de comando, que é
guardado a sete chaves
pelos fabricantes, mas
basicamente pode-se di-
zer o seguinte: com base
no sinal dos sensores de
temperatura do ar, pres-
são do coletor, posição
da borboleta e rotação do
motor, calcula-se a massa
de ar admitida. Tendo-se
a temperatura do motor e
outros sinais complemen-
tares, entra-se em mapas
que contêm as dosagens
de combustível e os avan-
ços de ignição, já tabela-
dos para cada condição
de funcionamento. Como
saída do sistema, existe o
tempo de abertura dos
injetores e ângulo de per-
manência das bobinas. O
método para cálculo da
massa de ar é o speed-
density, que funciona
basicamente da seguinte
forma: com a rotação do
motor, sabe-se o volume
de ar que é admitido por
unidade de tempo (vazão
em volume). Com a tem-
peratura do ar e a pressão
do coletor, calcula-se a
massa específica do ar
admitido. Com esse valor,
converte-se a vazão em
vazão de massa (d= m/v).
Pelo que sabemos, o sen-
sor de rotação é do tipo
indutivo.

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ABÍLIO

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ABÍLIO

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HUMOR

Porque os homens nunca estão par um sorvete em lugares públicos,


deprimidos: tranquilamente.
- Ficam assistindo à TV com um ami-
- Não precisam trocar de sobrenome. go, em total silêncio, por muitas ho-
- A garagem é inteirinha deles. ras, sem ter que pensar: “Ele deve
- Os preparativos para o casamento estar cansado de mim”.
são simples. - Se alguém esquece de convidá-los
- Podem comer chocolate sempre que para uma festa, ainda assim vai conti-
quiserem. nuar sendo seu amigo.
- Não engravidam. - Sua roupa íntima custa no máximo
- Nunca precisam procurar outro pos- 40 reais (em pacote de 3…)
to de gasolina para achar um banhei- - Três pares de sapatos são mais que
ro limpo. suficientes!
- Rugas são traços de caráter... e bar- - São incapazes de perceber que a
riga, de prosperidade. roupa está amassada.
- Ninguém fica encarando o peito de- - Seu corte de cabelo pode durar
les quando estão falando. anos, aliás, décadas.
- Os seus sapatos novos não machu- - Uma só cor de sapatos serve para
cam os pés. todas as estações.
- As conversas ao telefone duram - Podem levantar a perna das calças,
apenas 30 segundos. sem se preocupar com a aparência
- Para férias de 5 dias, apenas preci- das pernas.
sam de uma mochila. - Fazem as unhas com um “trim”.
- Podem abrir qualquer tampa de - Podem deixar crescer o bigode, se
frasco. quiserem.
- Se outro aparecer na mesma festa - Compram os presentes de Natal
usando uma roupa igual, não há pro- para 25 pessoas, no dia 24 de dezem-
blema, vão até ficar amigos. bro, em 25 minutos!
- Cera quente não chega nem perto
de suas regiões íntimas. George Wolfgang,
- Podem comer uma banana ou chu- Perfection by Baby, de São Paulo/SP

Queremos a sua ajuda para renovar o nosso estoque de piadas.

Envie a sua para: [email protected]

Se for selecionada, sairá na revista!

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