Eletroquímica
Eletroquímica
Eletroquímica
QUÍMICA
Índice
1) Eletroquímica ............................................................................................................................... 3
2) Semirreações de oxirredução................................................................................................. 5
3) Célula galvânica (pilha)...............................................................................................................5
4) Potencial de célula ......................................................................................................................9
5) Eletrólise .......................................................................................................................................10
6) Corrosão .......................................................................................................................................16
ELETROQUÍMICA
Introdução e conceitos basilares da
eletroquímica
Par REDOX: refere-se ao par formado entre um elemento ou espécie na forma oxidada
e na forma reduzida. Na reação REDOX fornecida, destacam-se dois pares REDOX:
Zn(𝑠)/ 𝑍𝑛2+ (aq) e 𝐶𝑢2+(aq)/Cu(s).
Semirreações de oxirredução
Toda reação redox completa pode ser decomposta em duas reações parciais,
conhecidas como semirreações, sendo uma de oxidação e outra de redução. Cada
semirreação destaca apenas um dos pares redox. Para uma compreensão mais clara,
exemplifico abaixo:
Ex.1:
Ex.2:
Ex.3:
Por outro lado, no eletrodo de Ag, cátions 𝐴𝑔+ da solução eletrolítica no béquer
recebem elétrons, reduzindo-se à forma metálica Ag NOX 0 e aderindo ao eletrodo.
Numa célula galvânica, o eletrodo que efetua a redução (recebendo elétrons) é
identificado como cátodo, ao passo que o eletrodo que passa pelo processo de
oxidação (perdendo elétrons) é designado como ânodo.
Ânodo Cátodo
Foi estabelecida uma convenção para representar de maneira simples e direta as células
galvânicas, denominada diagrama de célula, conforme segue:
IV. A ponte salina é representada por barra dupla (||) entre as duas
semipilhas. Completando a pilha de Daniell com a ponte salina, temos:
Potencial da célula
𝐸° > 0
∆G°<0 Sim
𝐸° < 0
∆G° > 0 Não
ELETRÓLISE
Até o momento, discutimos sobre pilhas, baterias, oxidação, entre outros processos
espontâneos, que exibem ΔG<0 e E>0. Agora, vamos abordar o caminho inverso,
chamado eletrólise, que apresenta ΔG>0 e E<0, sendo assim, não é um processo
espontâneo.
Para forçar uma reação não espontânea, é necessário fornecer energia, neste caso,
energia elétrica, de forma a permitir que os elétrons migrem no sentido contrário ao
que ocorreria naturalmente.
Em células eletrolíticas, ocorre a inversão do sinal dos polos: o polo positivo é o ânodo,
responsável pela oxidação. Outro mnemônico, aplicável tanto à pilha quanto à
eletrólise, é o CRAO:
Cátodo: Reduz
Ânodo: Oxida
Pilha Eletrólise
Mols de e-= 𝑄
𝐹
Mols de e-= 1𝑡
𝐹
em que Q é a carga fornecida em coulomb(C), a qual corresponde ao produto entre I
e t que são, respectivamente, a corrente elétrica em ampères (A=C.s -1) e o tempo em
segundos (s).
• produção dos gases cloro e hidróxido de sódio obtidos pela eletrólise do cloreto de
sódio, processo conhecido como Cloro-Álcalis;
𝑁𝑎++ 𝑒− → Na
Já o ânion 𝐶ℓ− é atraído pelo ânodo (polo positivo). Na eletrólise, o ânion sempre
migra para o ânodo, onde perde elétrons e é descarregado. Podemos representar esse
fenômeno pela semirreação:
𝐶ℓ−Cℓ+𝑒−
Como o alumínio é mais denso, ele se acumula na forma líquida no fundo do recipiente
e é removido, resultando na obtenção do alumínio metálico.
A reação global da eletrólise será a soma de todas as reações, sendo que as espécies
destacadas em negrito se anulam e, portanto, podem ser "cortadas".
• Eletrólise em solução aquosa
CORROSÃO
A oxidação não desejada de peças e estruturas metálicas, conhecida como
corrosão, frequentemente é causada pela ação do tempo, resultando em diversos
prejuízos. É fundamental compreender como esse processo ocorre e quais estratégias
podem ser adotadas para preveni-lo.
1. Passivação por óxido protetor: certos metais têm a propensão de, ao sofrerem
oxidação, criar um óxido insolúvel que ocupa um volume maior que o próprio
metal. Assim, após um certo processo de oxidação, toda a superfície do metal fica
revestida por uma camada de óxido do próprio metal, impedindo o contato direto
do metal com agentes oxidantes, como umidade e oxigênio, interrompendo ou
inibindo sua oxidação. Nesse caso, diz-se que o metal está passivado. Exemplos
de metais que apresentam essa característica incluem zinco, alumínio e cromo.
2. Galvanização: O processo de galvanização envolve revestir um metal com uma
camada de zinco. Como o zinco possui um potencial de redução menor que o
ferro, mesmo quando o ferro é exposto, o zinco cede elétrons ao ferro,
protegendo-o da oxidação. Além disso, o zinco tem a capacidade de formar uma
camada de óxido passivadora, que age como uma proteção tanto para o próprio
zinco quanto para o metal que ele reveste.
3. Proteção catódica: Esta estratégia é amplamente empregada na preservação de
grandes estruturas metálicas, especialmente quando a galvanização não é viável.
O método envolve a conexão da estrutura de ferro que precisa ser protegida a
um bloco de zinco ou magnésio por meio de um fio metálico, denominado ânodo
de sacrifício. Esses metais têm uma propensão maior à oxidação do que o ferro.
Portanto, mesmo que o ferro entre em contato com agentes oxidantes, como
água, ácido, oxigênio ou sais, o ânodo de sacrifício será oxidado
preferencialmente. Essa abordagem transforma o metal a ser protegido em
cátodo, impedindo ou reduzindo significativamente seu processo de oxidação.
Por exemplo, imagine uma estrutura metálica na construção civil conectada a um
bloco de Zn ou Mg enterrado. O oxigênio atmosférico, agente oxidante, tem a
tendência de ganhar elétrons, promovendo a oxidação da estrutura metálica.
Contudo, nesse caso, a estrutura metálica está ligada a um ânodo de sacrifício
(bloco de Zn ou Mg enterrado). Portanto, a estrutura metálica não será oxidada;
em vez disso, a oxidação ocorrerá no ânodo de sacrifício. Para isso, o elétron
perdido pelo ânodo de sacrifício percorre o fio que conecta o ânodo à estrutura
metálica, passa pela estrutura metálica e chega ao oxigênio, que será reduzido ao
ganhar elétrons. Essa estratégia efetivamente impede a corrosão da estrutura
metálica.
4. Pintura: Atualmente, há uma ampla gama de tintas à base de polímeros que
atuam como proteção por barreira, cobrindo o metal e impedindo seu contato
com agentes oxidantes. Um exemplo são as tintas epóxi. Existem algumas
variações de tintas (em menor quantidade) que podem proporcionar efeitos de
passivação ou proteção catódica.