UNESP - AdrianaAparecidaPinto
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RELATÓRIO DE PESQUISA
Setembro/2018
2
Sumário
Atividades desenvolvidas.......................................................................................03
Relatório da Pesquisa.............................................................................................15
CONCLUSÃO ..........................................................................................................120
Acervos
Arquivo Público de Mato Grosso – Cuiabá
Casa Barão de Melgaço – Cuiabá
Palácio da Instrução – Cuiabá
4. Plano de leituras
O plano de leituras será evidenciado no corpo do texto (Parte II) que apresenta os
resultados da pesquisa, tendo em vista a necessidade em leituras do campo teórico e
metodológico da História, face à dimensão de análise e investigação do objeto
proposto, houve investimento significativo em leituras no campo conceitual sobre
história dos intelectuais, atualização da produção bibliográfica acerca dos estudos
sobre impressos, de natureza periódica ou não.
5.9 SOUSA, Ana Gonçalves. PINTO, Adriana Aparecida. As mulheres nas páginas
da imprensa de Rondonópolis/MT: um estudo sobre representações e papeis
sociais na década de 1980*
ISBN: 1981-2434
5) Resultados da Pesquisa (Ver Parte II)
Objetivos
Geral:
Getúlio Vargas. 2013. GOMES, Angela de Castro; HANSEN, Patrícia. (orgs.) Intelectuais Mediadores:
práticas culturais e ação política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
A circulação de ideias e pessoas pode ser amplamente capturada no exame de
jornais de períodos recuados, ainda que pesem a dificuldade de identificação de
autoria, a irregularidade na sequência das publicações e o próprio acesso à
documentação, por vezes encontrada em condições de leitura limitadas e acervos
distintos. Estudos realizados forneceram indicativos de que a imprensa entre os
séculos XIX e XX, em Mato Grosso, foi terreno fértil para a produção de saberes e
circulação de ideias, disseminando valores, leituras de mundo, posicionamentos
políticos e práticas culturais4.
Mesmo com produção modesta quando comparada aos Estados de São Paulo,
Rio de Janeiro e Minas Gerais, Mato Grosso, figura nos Anuários Estatísticos
Brasileiros (1908-1912), entre os Estados que contam com atividades editoriais desde
a primeira metade do século XIX. Os primeiros jornais mato-grossenses datam de
1839/40, com circulação iniciada em Cuiabá, com frequência e regularidade limitadas
e edições nem sempre contínuas. Moraes destaca que, entre os anos de 1839 a 1878,
circularam em Mato Grosso aproximadamente 13 jornais, nas décadas seguintes
(1878-1920) o número de títulos aumenta vertiginosamente, passando à 73 em
circulação5. Essa profusão de títulos pode ser, em boa medida, atribuída ao
desenvolvimento de novos centros urbanos, mesmo nas cidades portuárias que
sediam boa parte dos jornais em circulação no período, e ao surgimento de Partidos
Políticos, Ligas, Associações Literárias, Dramáticas e Científicas que alimentavam as
notícias do cotidiano mato-grossense, bem como protagonizaram embates com
setores estabelecidos na sociedade, como a Igreja e grupos políticos antagônicos.
Não se pretende, neste estudo, fazer a história da imprensa ou do jornalismo
de Mato Grosso: muito embora considera-se que o campo histórico ainda deve realizar
essa tarefa, visto que a produção acessível se encontra alicerçada em trabalhos
produzidos até a década de 1970, culminando com “A Imprensa de Mato Grosso” de
Pedro Rocha Jucá, originalmente publicado em 1986 e reeditado como edição
4 Sobre o tema vale ainda consultar o texto “A legislação de imprensa desde o Brasil Colônia até a
época de Vargas” parte integrante do Anuário da Imprensa Brasileira, disponível no CPDOC/FGV,
consultado em janeiro/2011. Consta do documento a relação de nomes de cidadãos mato-grossenses
cadastrados e registrados como jornalistas. Ver: Anuário da Imprensa Brasileira, 1939, p. 65 (FGV,
2011).
5 MORAES, Sibele. O Episcopado de D. Carlos Luiz d’AMOUR (1878-1921). Dissertação (Mestrado
6 JUCÁ, Pedro Rocha. Imprensa oficial de Mato Grosso: 170 anos de história. (com ilustrações).
Cuiabá: Aroe, 2009. Disponível em: <http://www.iomat.mt.gov.br>. Acessado em: 10 de maio de 2010.
7 GOMES & HANSEN, op. cit., 2016.
8 SCHUELER, Alessandra Martinez de. Práticas de escrita e sociabilidades intelectuais: professores-
14MICELI, Sergio. Intelectuais à brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 17. (grifos
nossos).
O Brazil Ano I - 1902 1900-1910 Semanal
(Corumbá) Ano VIII -
1910
15 SOUZA, João Carlos de. O Sertão Cosmopolita: tensões da modernidade de Corumbá (1872-1918).
São Paulo: Alameda Casa Editorial, 2008. p. 36.
Assim como o telégrafo, a ferrovia gerou expectativas de grande
progresso para a região sul do estado e a imprensa identificava essas
novas tecnologias de comunicação e transporte como o ingresso, o
passaporte que colocaria Mato Grosso no nível da civilização. Cada
um desses acontecimentos provocou análises que partiram de
pressupostos comuns sobre o significado desses símbolos da
modernidade, mas com percepções diferentes quanto aos seus
resultados com relação ao futuro das duas principais cidades de Mato
Grosso, a capital Cuiabá e a portuária Corumbá.16
400
350
300
250
200
150
100
50
0
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Provincia Republica
Corumba O Brasil Oasis A Reacção Autonomi
de Matto no
ense sta
Grosso
Edições examinadas 43 173 193 15 10 350 76
Edições examinadas
12-3.
29 WOLFF, Francis. Dilema dos Intelectuais. In: NOVAES, Adauto (org.) O Silêncio dos Intelectuais.
Na mesma pauta, Renato Janine Ribeiro qualifica esse sujeito como aquele
que lida com a transferência de conhecimento para um grande público, antes
conservado ao acesso de poucos, ou seja, um cientista das humanidades, que trata
das ciências sociais e humanas, nos seus desdobramentos nas letras, na filosofia e
na história.33 Define melhor esse papel ao afirmar que “nem todo o estudioso das
ciências humanas e sociais é intelectual, nem todo cientista das exatas e biológicas
se coloca fora do mundo da intelectualidade. O que caracteriza o intelectual é fazer
uso público do conhecimento.”34 Ao papel exercido por esse sujeito, Janine não
desvincula à condição essencial de mediador do conhecimento que adquire ou
produz, e as formas de socialização, divulgação e apropriação, sendo adjetivado como
“político do conhecimento”: “(...) o reino do intelectual é o das mediações. Ele é quem
vincula o conhecimento ao seu valor, uma vez que, ao atribuir ou debater o valor das
idéias, pensa sob forma da mediação. A mediação é condição para a ação.”35
31 Ibid., p. 54.
32 Ibid., p. 64.
33 RIBEIRO, Renato Janine. O cientista e o intelectual. In: NOVAES, Adauto (org.) O Silêncio dos
40 FANAIA,João Edson de Arruda. Elites e Prática Políticas em Mato Grosso na Primeira República
(1889-1930). Cuiabá: EdUFMT, Fapemat, 2010, p. 100.
Em relação ao processo de povoamento/ocupação, à época da transição dos
regimes políticos Mato Grosso contava em 1890, 12 municípios; em 1900, 14
municípios; em 1910, 17 municípios e encerra em 1920 sinalizando 21 municípios
distribuídos no território mato-grossense. O quadro abaixo sinaliza a organização
territorial de Mato Grosso.
42 ANDRADE, Maria Lucia de. Dario Vellozo e a escola moderna: a renovação do pensamento
educacional no Paraná (1906-1918). In: VIEIRA, Carlos Eduardo (org.) Intelectuais, educação e
modernidade no Paraná (1886-1964). Curitiba: Ed. UFPR, 2007. p. 194.
43 A Reacção, n. 2, 1903, p. 01.
de Westminster periódico desse grupo, “julguei, pois oportuno dar alguns traços
d’essa physionomia original, inconstante, cheia de contradições, porém
absolutamente encantadora, e verdadeiramente extraordinária.44
Os católicos, por sua vez, constituíram, segundo Moraes “um grupo intelectual
ligado Igreja Católica”45, valendo-se igualmente da imprensa para promulgar suas
ideias e realizar tanto suas defesas quanto acusações ao grupo opositor. O jornal A
Cruz, considerado por Canavarros “o mais representativo da cidade [de Cuiabá] do
ponto de vista cultural (...) tinha enfoque cultural e preocupação catequética,
doutrinária, procurando travar embates de ideias, valores, evitando as configurações
personalísticas e partidárias”46 figurou como importante elemento para compor o
cenário de disputas à época.
Nessa arena, conforme sinalizavam os editoriais, as publicações do A Reacção
também não poderiam assumir cunho político partidário, mas assumiam os
enfrentamentos do aspecto moral-religioso. Moraes destaca que “também abertura de
um grande número de periódicos, durante a gestão administrativa de D. Carlos,
possibilitou a divulgação de novas idéias, muitas delas contrarias aos ensinamentos
defendidos pela Igreja Católica.”47 Os textos em ambos os jornais personalizavam,
sem dúvida os comportamentos considerados inadequados e ideias fora do lugar.
Moraes destaca que a “também abertura de um grande número de periódicos,
durante a gestão administrativa de D. Carlos, possibilitou a divulgação de novas
idéias, muitas delas contrarias aos ensinamentos defendidos pela Igreja Católica.”48
Ao registrar a significativa participação de religiosos nos debates socioculturais,
estes alçam também à condição de intelectuais mediadores: atuaram como
professores em escolas das congregações e públicas; foram diretores de instituições
escolares destinadas à formação da elite mato-grossense; partilharam de equipes
editoriais de jornais diversos; produziram manuais de ensino; editaram e colaboram
ideológicos na imprensa de Cuiabá. In: PERARO, Maria Adenir (Org.). Igreja Católica e os cem anos
da Arquidiocese de Cuiabá (1910-2010). Cuiabá: EdUFMT/FAPEMAT, 2009. p. 359
Ver também sobre o tema: AMÂNCIO, Lázara Nanci de Barros. Ensino de Leitura e Grupos
Escolares: Mato Grosso 1910-1930. Cuiabá-MT: EdUFMT, 2008.
47 MORAES, op. cit. 2003, p. 31.
48 Ibid., p. 31.
em Revistas, a exemplo da Revista Matto Grosso49, promovendo a difusão de
conhecimento sobre seus valores e outros de maior envergadura, como seu projeto
educacional para a sociedade mato-grossense.
Nessa análise, embora não seja objeto de estudo desta pesquisa, A Revista
Matto Grosso, ao lado dos jornais, configura-se como outro espaço editorial de
produção, difusão e circulação de ideias, permitindo aos grupos que pactuavam ideias
semelhantes aos editores forjar modos de ver e perceber a sociedade mato-
grossense, defendendo certa moral, bons costumes e valores permeados pelo
cristianismo católico, na perspectiva dos salesianos, grupo de religiosos responsáveis
pela edição e produção desta Revista, que circulou por Mato Grosso entre os anos de
1903 a 1915.
Em Franco localizou-se outra abordagem sobre o papel e importância atribuída
aos intelectuais em Mato Grosso. A autora destaca que “um dos exemplos esse
esforço, e dos objetivos que uniam a intelectualidade mato-grossense, pode ser
observado através da representação dos símbolos do estado como, no caso, a
composição do brasão de armas, elaborado em 1918. (...) A simbologia da imagem
do brasão e os temores que rondavam a intelectualidade mato-grossense
demonstram o poder que a memória coletiva possui.”50
Ao que nos parece os estudos sobre os intelectuais mato-grossenses buscam
versar e identificar o papel destes profissionais, que assumiram o papel de
historiadores de Mato Grosso, a incumbência de forjar a memória e história da
localidade com vistas à conformação do perfil indenitário regional. Nesse sentido,
ampliamos a análise, partindo da importância desses sujeitos históricos, no lugar que
estiveram e ocuparam dentro de uma certa tradição historiográfica regional, contudo,
oportunizamos, por meio da imprensa, conhecer outros sujeitos ordinários, que a seus
modos, nos seus espaços de produção e circulação de ideias, também
desempenharam papel semelhantes, possivelmente, com menos expressão
Um povo que desejasse ser uma nação teria que preencher ao menos
três critérios: ter uma história, um passado que demonstrasse sua
associação a um Estado estruturado, de passado recente ou
“razoavelmente durável”; ter uma elite cultural “[...] longamente
estabelecida, que possuísse um vernáculo administrativo literário
escrito; provada capacidade para a conquista, sinal do sucesso
evolucionista enquanto espécies sociais.”54
53 BURKE, Peter. O que é história do conhecimento? Tradução Claudia Freire. 1. Ed. São Paulo:
Editora Unesp, 2016, p. 51.
54 HOBSBAWN, 1990, apud GALLETTI, Lylia da S. Guedes. Sertão, Fronteira, Brasil: imagens de
Mato Grosso no mapa da civilização. Cuiabá, MT: Entrelinhas: EdUFMT, 2012, p. 25 (grifos nossos).
55 SIRINELLI, Jean-François. As elites culturais. In: RIOUX, Jean-Pierre; SIRINELLI, Jean-François.
(dir.) Para uma história cultural. Lisboa: Editorial Estampa, 1998. Coleção Nova História. SIRINELLI,
Jean-François. Os intelectuais. In: RÉMOND, René. (org.) Por uma história política. tradução Dora
Rocha. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.
professores são considerados gente de letras, são intelectuais:
aqueles que escrevem e produzem ligados ás demandas do seu
tempo. Gentes de letras lêem e escrevem; pelas artes da escrita
salvam os seres humanos do esquecimento, transmitem as suas
interioridades, mesmo aos distantes ou ausentes, eternizam em folhas
idéias e saberes, elevam a significados diversos a ordem do
existente.56
56 CUNHA, Maria Teresa Santos. Ser de cerimônia: Manuais de civilidade e a construção de sujeitos
históricos (1920-1960). In: NEPOMUCENO, Maria de Araujo, TIBALLI, Eliana Figueiredo Arantes
(Orgs.) A Educação e seus sujeitos na História. Belo Horizonte, MG, ARGVMENTVM, 2007, p. 97.
(grifos no original).
57 CARVALHO, Jose Murilo de. História intelectual no Brasil: a retórica como chave de leitura. Topoi.
leituras de Roger Chartier, em relação ao entendimento sobre os professores como Gentes de Letras,
cuja definição contempla o entendimento de que professores também atuam como intelectuais.
Importante conferir: VOVELLE, Michel. L”Homme de Lumières. Paris: Édition, du Seuil, 1996.
A figura do intelectual, como sujeito pensante e agente, ganha
centralidade e concretude. Os intelectuais têm um processo de
formação e aprendizado, sempre atuando em conexão com outros
atores sociais e organizações, intelectuais ou não, e tendo intenções
e projetos no entrelaçamento entre o cultural e o político. Nessa
acepção, o conceito de intelectual é, como todos os conceitos políticos
e sociais, fluido e polissêmico.60
Assim, como evidencia Angela Castro Gomes, atuar em jornais em revistas “era
fundamental, não só porque fazia parte de qualquer estratégia de ascensão intelectual
o que não ocorria sem suportes políticos-sociais), mas também porque os periódicos
eram a base da circulação de ideias da época.”61 recorrendo aos jornais como espaço
de manifestação, ampliação e adesão.
Conforme assinala Marco Morel, “esses novos agentes culturais e políticos, os
redatores, tinham nome e rosto na sociedade que buscava se efetivar como nação
brasileira. Eram, com frequência, construtores do Estado nacional.”62 Nesse
constructo, ampliam-se ainda o feixe para a compreensão das relações que esta
imprensa estabelecia com países estrangeiros, a partir da observância de publicação
de notícias estrangeiras nos impressos periódicos mato-grossenses, com destaque
para o diálogo com a França, posto que jornais mato-grossenses da década de 1880
traziam notas frequentes e regulares sobre aquele pais, conforme evidenciado no
quadro que relata a produção do correspondente d’ O Corumbaense e do jornal A
Provincia de Matto Grosso, ambos registrando eventos e episódios ocorridos na
Franca, em formas de cartas, enviadas de Paris, em coluna publicada com
periodicidade regular, alimentada a partir da manutenção de um correspondente local
em França, alimentado pelo regime de permutas com jornais franceses produzidos no
Brasil e fornecendo notícias do mundo moderno aos mato-grossenses.
Residiu nessa premissa, o interesse em retomar as leituras dos jornais,
buscando, especificamente, vestígios da presença francesa (física ou cultural) em
Mato Grosso, que foram localizadas no entrecruzamento com outra documentação de
ordem oficial, como os recenseamentos da população do Brasil entre os anos de 1890
a 1920, conforme se apresenta no decorrer deste relatório.
representações sobre Mato Grosso. Tese (Doutorado em História) FFLCH/USP, 2000. A tese foi
publicada no formato Livro, cuja referência segue: GALLETTI, Lylia da S. Guedes. Sertão, Fronteira,
Brasil: imagens de Mato Grosso no mapa da civilização. Cuiabá, MT: Entrelinhas: EdUFMT, 2012.
66 ZORZATO, op. cit., 1998, p. 28.
67 Ibid., p. 163.
também, ao lado de outros, intelectuais mediadores. Dentre estes identificamos
professores, como Filogônio de Paula Correa, Gustavo Kuhlmann e Firmo Rodrigues,
que atuaram no Liceu Cuiabano e foram ainda redatores, editores e/ou colaboradores
nos jornais em circulação. Sirinelli pontua que em determinados momentos da história
os estudos sobre as elites culturais situam-se numa espinhosa encruzilhada, visto que
por vezes os mesmos sujeitos do campo cultural situam-se e movimentam-se
fortemente no campo político.
72 SOUZA, João Carlos de. O Sertão Cosmopolita: tensões da modernidade de Corumbá. (1872-
1918). São Paulo: Alameda Casa Editorial, 2008.
73 SIRINELLI, Jean-François. Os intelectuais. In: RÉMOND, René. (org.) Por uma história política.
tradução Dora Rocha. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003. p. 248.
não passeiam nuas pela rua; elas são levadas por homens que pertencem eles
próprios a conjuntos sociais.”74
A leitura de Ângela de Castro Gomes e Martha Abreu acrescenta a essa
perspectiva de análise que,
77 SILVA, Marijane Silveira da. SÁ, Nicanor Palhares. Intelectuais e discursos educacionais veiculados
pelo jornal O Matto-Grosso (1910-1930). Anais do VII Congresso Brasileiro de História da
Educação: Circuitos e Fronteiras da História da Educação no Brasil. Cuiabá, MT, 2015.
78 AMORIN, Romulo Pinheiro de. FERREIRA, Márcia dos Santos. Intelectuais e Educação em Mato
Grosso nos anos 1960. Educação e Fronteiras On-Line. Dourados, Mato Grosso do Sul: Editora da
UFGD, v.5, n.15, p. 61-74, set./dez. 2015.
79 Ibid., p. 62.
80 Ibid., p. 62.
81 A propósito dos estudos sobre Augusto Leverger, Ernesto Cerveira de Sena destaca que, em por
ocasião das poucas pesquisas acerca da vida e atuação deste “bretão cuiabanizado” tem havido uma
construção e acentuação de um homem com personalidade extraordinária. No entanto, aponta que
uma parcela dos estudos acentua sua importância. Cf.: SENA, Ernesto Cerveira de. Entre
anarquizadores e pessoas de costumes: a dinâmica de política nas fronteiras do Império – Mato
Grosso (1834-1870). Cuiabá, MT: EdUFMT: Carlini&Caniato, 2009. p. 21.
82 PITALUGA, 2017. Disponível em: https://www.almanaquecuiaba.com.br/artigo/o-instituto-historico-
83CORREA, Adriana Cateli. Obreiros do Progresso: a liga matogrossense de livres pensadores (1909
– 1914). Cuiabá, Monografia (Especialização em História) – Departamento de Historia, Instituto de
Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Mato Grosso. 2002.
Identificados com manifestações letradas e outras vinculadas ao
patrimônio da cultural ocidental, os aspectos culturais foram bastante
valorizados pelos mato-grossenses nas comparações com os demais
estados da federação, sendo vistos como índices fundamentais de
civilização. Assim, aquelas que levavam em conta os aspectos
econômicos não raro faziam referência aos ganhos culturais, vistos
como um resultado do progresso material (...).84
84 GALLETTI, Lylia da S. Guedes. Sertão, Fronteira, Brasil: imagens de Mato Grosso no mapa da
civilização. Cuiabá, MT: Entrelinhas: EdUFMT, 2012. p. 300)
85 ZORZATO, Osvaldo. Conciliação e Identidade: construções sobre a historiografia de Mato Grosso
(1904-1983). Tese (Doutorado em História) Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, USP.
1998. p. 6.
86 IMMIGRANTES, O Republicano, n. 314, 13/11/1898, p. 01.
87 Publicado em O Republicano, n. 318, 27/11/1898, p. 1.
88 O Estado, n.318, 27/11/1898, p. 1, publicada n’O Republicano, n. 323, 15/12/1898, p. 01.
emitiu nota orientando a imigração dos cearenses para Mato Grosso, endossando a
iniciativa, igualmente em edições sequenciais, em geral ocupando espaços nas
primeiras páginas.
No Diario de Pernambuco também registram-se publicações referentes ao
estimulo da “immigração” para Mato Grosso O principal argumento, para além das
belezas naturais do Estado, e os recursos elétricos e hidráulicos disponíveis, forjava-
se na concessão gratuita de terras, aqueles que se interessassem.89
Essa movimentação compreende os anos de 1890 a 1930, no entanto, o
historiador relativiza a existência dos jornais, volumosos em títulos no período, nesses
embates por uma hegemonia intelectual, no plano das ideias, lutas politicas e
ideológicas entre famílias, grupos hegemônicos e religiosos, tipificando os jornalistas
do período apenas como aqueles que, por vezes, conseguem “furar o bloqueio das
oligarquias estabelecidas.”90 Das discussões propostas por este eminente historiador
de Mato Grosso, interessa-nos aquelas relativas ao que considerou como primeiro
momento, visto que sua análise se estende até 1984.
Na análise em tela os historiadores de Mato Grosso são entendidos, em
primeira instância, como memorialistas, tributários da escrita da história que confere
identidade ao território:
(1904-1983). Tese (Doutorado em História) Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, USP.
1998. p. 34.
Por associação a essa ideia, entendemos que fenômeno semelhante ocorre em
relação ao registro do papel e importância dos intelectuais regionais. São celebrados
e lembrados, bem como mencionados e referenciados, aqueles que, ao lado dos
políticos e religiosos, contribuíram coma escrita, em boa medida memorialística, de
grandes feitos e grandes obras sobre o território, apontando os níveis de progresso e
civilização alcançados durante o período. Desse modo é possível avançar em relação
as análises de Zorzato, quando estabelece o grupo de notáveis intelectuais de Mato
Grosso, visualizando a triangulação que esse grupo estabeleceu como espaços e
estruturas de sociabilidade.
Por meio de impressos de natureza periódica como a Revista Matto Grosso
(1903-1915), a Revista O Arquivo (1904-1906), e o Album Grafico de Matto Grosso
(1914), o grupo se apresenta publicamente, espraiando suas influências evidenciando
sua rede de relações, elegendo esses impressos como espaços legítimos de
efetivação de suas redes de sociabilidades, assim como o lugar social que ocupavam
e a quem, pretensamente, integrariam ao grupo. A imprensa periódica e os impressos
representam nessa percepção os elementos de instauração da autonomia intelectual
e legitimidade dos discursos proferidos por esse grupo, bem como aqueles
autorizados a retratar a história de Mato Grosso.
As obras produzidas por alguns desses intelectuais foram utilizadas, como
sinalizam as pesquisas já mencionadas de Osvaldo Zorzato e Gilmara Franco, como
manuais didáticos em escolas de formação da elite mato-grossense, forjando a
memória regional em vistas de uma identidade, partidária à nacional, que buscava
elevar Mato Grosso à condição de Estado civilizado, cujo progresso, ainda que em
medida distinta aos grandes centros econômicos que despontaram no período,
também se fazia ver e acompanhar.
A imprensa diária demonstra a atenção dos jornalistas aos eventos históricos
que ocorriam tanto em outros Estados da federação quanto nos países vizinhos, na
America do Norte e além-mar. Por meio das notícias enviadas por correspondentes,
dos telegramas reproduzidos das Agências Centrais de Comunicação instaladas à
época, pela transcrição de noticias publicadas em outros jornais de maior prestígio e
alcance nacional que chegavam ás redações mato-grossenses, a exemplo daqueles
que circulavam no Rio de Janeiro, a imprensa trazia à luz noticias do mundo, por
seguidas vezes posicionando-se a respeito. Ainda no campo das estratégias
editoriais, divulgar noticias de outros países funcionaria também como estratégia para
consolidar um público leitor, aproximando-o culturalmente das referências que não se
poderiam acessar facilmente no país, pela via da leitura de obras clássicas, nem todas
com tradução para a língua materna, passando-se pelo processo de apropriação
cultural, como indicam os estudos de Chartier102.
Reside nesse aspecto, uma outra possibilidade de escrita da história, como
defendemos nesse estudo, a partir do cotejamento da documentação de ordem e
tipologias diversas, com àquelas da imprensa periódica.
102 CHARTIER, Roger. O mundo como representação. Estudos Avançados. USP. n. 11 (5), p. 173-
191, São Paulo, 1991.
103 GONÇALVES, Roberta Ferreira. A escola em brincadeiras: intelectuais e nção n criação da revista
O Tico-Tico. In: CARULA, Karoline. ENGEL, Magali Gouveia. CORRÊA, Maria Letícia. Os intelectuais
e nação: educação, saúde e a construção de um Brasil moderno. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2013.
p.120.
Assim, como a Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro, foi um espaço intensa
movimentação e convivência social na segunda metade do século XIX, conforme
apontado da Revista Popular (1852-1862)104 esses espaços ganham formas e
contornos privilegiados na ação dos sujeitos históricos do seu tempo e as conversas
e reuniões ali realizadas funcionaram como fermento para a vida cultural de alguns
setores da sociedade mato-grossense, por utias vezes entrecruzando-se com os
espaços políticos e educacionais frequentados/ocupados por esses sujeitos que
desejamos dar visibilidade, destacando-os como intelectuais mediadores.
104 LOPES, Gabriella Assumpção da Silva Santos. Modos, formas e costumes para a educação
feminina nas páginas da Revista Popular – Rio de Janeiro (1859-1862). Relatório do Exame de
Qualificação. Programa de Pós-Graduação em História, UFGD, Dourados. Agosto, 2018. (Orientadora:
Adriana Aparecida Pinto).
105 VAGO, Tarcício Mauro. INACIO, Marcilaine Soares. HAMDAM, Juliana Cesário. SANTOS, Hercules
Pimenta dos. (orgs.) Intelectuais e Escola Publica no Brasil: séculos XIX e XX. Belo Horizonte:
Mazza Edições, 2009.VAGO et. al. 2009, p. 8.
106 DUTRA, Eliana. Circuitos da mediação intelectual no Brasil e na Argentina: literaturas nacionais e
trocas culturais transnacionais. In: GOMES, Angela de Castro; HANSEN, Patrícia. (orgs.) Intelectuais
Mediadores: práticas culturais e ação política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
recuperar um papel ativo e uma nova função política e ideológica que
a profissionalização da vida parlamentar e partidária torna mais
problemática que antigamente. A criação de ligas (...) tem também seu
sentido oculto. Não somente defender os diretos do homem à
esquerda e a pátria, mas promover os direitos dos intelectuais como
grupo no debate político e levar a pátria com eles.107
Os dados revelados neste estudo permitem afirmar dizer que Oscar Leal ou
não teve acesso a todas as informações correntes no período para tecer tais
considerações, estava indiretamente envolvido com a crítica a algum dos grupos
existentes ou ainda, o que de modo mais efetivo parece transparecer não contou com
tempo habil na localidade para realizar um mapeamento das instituições que haviam,
posto que constam dos jornais dados sobre a criação e funcionamentos de Club
recreativos desde a década anterior, mesmo que com ciclo de vida reduzido. O autor
cita a Revista do Club Litterrario
...Quer saber o leitor porque não podemos ter ainda um diário? É por
que aqui, como em Lisbôa, quase todos somos distinctos escriptores,
mas muito pouco ledores. Sabem porque eu isto digo? Pela negação
que quase todos, ou pelos menos uma grande maioria dos nossos
conterrâneos, tem de assignar jornaes! [...] Pois a cultura, civilisação,
progresso e desenvolvimento de um povo se avalia essencialmente
pelo que diz a sua imprensa. [...] não se diga, portanto, que em Cuyabá
não há elementos para manter uma imprensa diária! Desenvolva-se
na população o gosto pela leitura dos jornaes, e procure-se convencer
tanto ao rico e opulento capitalista, como ao pobre operário, que a
imprensa é realmente a machina propulsora do progresso, que sem
ella, sem o seu impulso, todo e qualquer commetimento será, senão
de todo impossível, pelo menos bastante moroso e de improfícuos
resultados; abandone-se de uma vez para sempre o mau vezo, o
indecente costume de se pedir o jornal do visinho, muitas vezes
examinados, sendo necessário um estudo mais detalhado sobre a sua inserção na imprensa
matogrossense.
Das demandas que fomentarim a vida cultural e intelectual em Mato Grosso,
pela via da imprensa, registre-se a campanha por abertura de um biblioteca pública
municipal em Corumbá, sinalizada em O Brasil124, coordenada por seu editor Avila
Franca, os interesses destacados pelo grupo vão se sedimentando ao longo das
semanas de publicação.
Em 1903, ao assumir o jornal A Patria, que passa a compor a publicação, O
Brazil apresenta com regularidade os cumprimentos recebidos por jornalistas de
diversas localidades, congratulando ao editor, Themystocles Serra, pela iniciativa de
dar ao público uma publicação como a que é responsável. Ainda que não relacionem
nomes, apenas os títulos dos jornais, é possível mapear a circulação da informação,
e a pretensa rede de sociabilidades que transcende ao regional. A exemplo citam-se
Botucatu, SP, Parahiba, Santo Antonio de Jesus.
Acredito que esse estudo ainda está por ser feito no campo dos impressos
periódicos e sua rede de circulação e recepção.
As apresentações promovidas pelos clubes recreativos ou sociedade
dramáticas traziam, por vezes, “pessoas ilustres” à Mato Grosso, fato que não
passava despercebido aos jornais da época. Reiterados foram os anúncios sobre as
atividades do Club Carnavalesco Corumbaense125 da Companhia Italo Rumena de
Variedades, do diretor Carisi Dobler Herminio, “Theatro Recreio Dramatico
Commendador”.
Ponto de encontro de determinados grupos, esses espetáculos e
apresentações de teatro arrancavam “Corumbá do estado de profunda apatia em que
se achava”126. Quando haviam presenças,consideradas ilustres nas apresentações
teatrais ou nas atividades dos Clubes ou Ligas, uma nota era costumeiramente
publicada e, por vezes, reiterada nas edições posteriores:
A Tesoura
Chamamos attenção dos interessados para o aviso que vem na
secção competente com a epigraphe acima. Trata se de uma
convocação feita pela Liga de Livre-Pensadores, para a compra das
apólices da referida Tesoura que passara a ser orgam da Liga, A
reunião será ás 2 horas da tarde de documento, 28, nesta redação. 137
145 Sobre aspectos da atuação de Gustavo Kuhlmnn em Cuiabá, conferir: SÁ, Elizabeth Figueiredo de.
Gustavo Fernando Kuhlmann: um bandeirante na cruzada da instrução (1910-1930). Revista
Educação Pública. Cuiabá: EdUFMT, n. 18, v. 38. 2009.
146 A Reacção, n. 27, 04/01/1913, p. 01.
circulação das ideias da Liga, quando sinaliza que ira levar os exemplares para
Corumba, local em que fixaria residência:
Castro; HANSEN, Patrícia. (orgs.) Intelectuais Mediadores: práticas culturais e ação política. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2016. p. 478. (grifos no original).
151 Republicano, n. 139,12/11/1917.
152 Republicano, n. 295, 05/02/1920.
voltado para o hipnotismo e sciencias ocultas153. Iniciativas congêneres foram
observadas em relação ao Almanack Cuyabano para 1898, organizado por Emilio R
Calhao, “enriquecido por matérias diversas de utilidade publica e parte litteraria
substancial.”154
156 LUCA, Tania Regina de. Mulher em revista. In: Carla Bassanezi Pinsky e Joana Maria Pedro. (Orgs.)
Nova História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2012.
157 O Corumbaense, Noticiario, n. 70, 28/03/1881, p. 02.
158 O Corumbaense, n. 89, 28/05/1881, p. 02.
me ás justas felicitações que lhe são dirigidas...”159 (p. 1) Nesta edição, todos os textos
estão assinados pelos seus autores, indicados por siglas ou pseudônimos.
Dessa edição em diante, Zelia participara ativamente das páginas d’O
Republicano, inicialmente com a escrita de pequenos contos e crônicas, que
destacavam as esferas do feminino e da vida em sociedade, possivelmente de sua
própria autoria, e posterioremente com textos de opinião, envolvendo-se com temas
do cotidiano cuiabano, ainda que marcados por uma certa preocupação representativa
dos espaços destinados às mulheres daquele tempo. Exemplo dessa inserção
temática, tem-se no texto em que trata da importância dos exames finais, mas se
compadece do trabalho dos professores que sofrem cobranças de todos os lados:
Que a instrucção entre nós esteja atrasada não ha negar; porém não
tanto como a educação, que deve ser o alicerce da instrucção. Muitas
vezes acontece que uma pessoa dotada de uma inteligência rara, um
espirito engenhoso e até um mesmo de um grande talento artístico,
nada aproveita, porque lhe falta o apoio da aplicação, essa alavanca
de toda indústria humana, que so o estudo pode dar, E não faltam
meios, sinão mais cuidado e interesse da arte dos paes ..Então nós,
minha colega, devemos calar também? Não, mil vezes não. Si a nossa
arma é a língua, falemos. Deixa que o mundo inteiro se revolte contra
nós, não importa. Não estamos no tempo da liberdade? Terminando
por hoje o meu cacete, confio a ti, boa colega, a correção das minhas
expressões, aliás grosseiras e toscas.163
São as nominadas:
Henriqueta Esteves - presidente
Bernardina Rich – vice presidente
Maria D. Lobo – 1 secretaria
Herminia Torquato – 2 secretaria
Zulmira Canavarros - thesouriera
Vicentina Epaminondas – diretora da Bibliotheca
1 secretaria, que envia a nota – Alzira Valladares170
de uma flor. Rio e Janeiro: Sette Letras. 1993. Marques, Ana Maria. 2010.
PARTE III - DIÁLOGOS INTERNACIONAIS172: OS INTELECTUAIS MATO-
GROSSENSES E SUAS REDES DE SOCIABILIDADES ALÉM FRONTEIRAS
172 Significativo investimento de organização e exame da presença francesa no Brasil pode ser
verificado em VIDAL, Laurent; LUCA, Tania Regina de. (orgs.) Franceses no Brasil: séculos XIX e
XX, 2009.
Os dados em relação a Mato Grosso são apresentados nesse estudo. Identificamos produção nesse
sentido, no início do século XIX, sobre a Expedição Langsdorf, 1827, conforme os estudos de Maria de
Fátima Costa, ou ainda a influência do pensamento francês na organização intelectual religiosa,
conforme apontada por Candido Moreira Rodrigues em sua tese de doutorado (2006), contudo sobre o
período em exame carece ainda de pesquisa. Sobre Mato Grosso, vale ainda consultar: RODRIGUES,
Candido Moreira. Tradição, autoridade, democracia: A Ordem: uma revista de intelectuais católicos
(1934-1945). Dissertação (Mestrado em História). Universidade Estadual Paulista, UNESP. Assis.
2002. Estudos sistemáticos sobre os franceses que se “nacionalizaram” mato-grossenses, a exemplo
de Augusto de Leverger – Barão de Melgaço são desconhecidos. Sobre a crítica ver: SENA, Ernesto
Cerveira de. Entre anarquizadores e pessoas de costumes: a dinâmica política nas fronteiras do
império - Mato Grosso (1834-1870). 2009.
173 GALLETTI, Lylia da S. Guedes. Sertão, Fronteira, Brasil: imagens de Mato Grosso no mapa da
174 CARVALHO, Jose Murilo de. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São
Paulo: Companhia das Letras, 1987.
175 palavras de um oficial da Marinha em 1912, apud CARVALHO, Jose Murilo de. A formação das
Almas: o imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. p. 12-3.
176 CARVALHO, Jose Murilo de. História intelectual no Brasil: a retórica como chave de leitura. Topoi.
178 CARVALHO, Jose Murilo de. História intelectual no Brasil: a retórica como chave de leitura. Topoi.
Rio de Janeiro, 2000, n° 1, p. 144-45.
179 A Provincia de Matto Grosso, 28/11/1880.
180 VIDAL, Laurent; LUCA, Tânia Regina de. (Orgs.). Franceses no Brasil: séculos XIX-XX./ São
181
PINTO, Adriana Aparecida. Nas páginas da imprensa: instrução/educação nos jornais em Mato
Grosso: 1880-1910. Tese (Doutorado em Educação Escolar) – Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, 2013 Araraquara, SP.
Distribuição das Correpondências em Seções
18 17
16 16
14
12
10 8
8 6
6 5
4
4 3
2
2 1 1
0
184 Ver: COSTA, Maria de Fatima.Viajando nos bastidores. Cuiabá: EdUFMT, 1995. COSTA, Maria
de Fatima; DIENER, Pablo. Bastidores da Expedição Langsdorf. Cuiabá, MT: Entrelinhas, 2014.
185 LEOTTI, Odemar. Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso IGHMT: relações de poder,
segunda metade do século XIX e início do século XX. Ver: TRIZOTTI, Patricia Trindade. Ao pé da
página: o espaço tipográfico do folhetim na imprensa paulistana. 2017. Tese (Doutorado em História).
UNESP. Assis.
Em boa medida, o diálogo com a bibliografia que identifica a presença física ou
cultural dos franceses no Brasil194, pautando a análise para o território mato-
grossense, nos parece possível e exequível pela via dos impressos periódicos, visto
que, como sinalizado, os jornais mato-grossenses, além de reverenciarem certos
modos de ser e viver da Europa, cultuavam a França como lugar de modernidade
referencial. Em relação as publicações francesas impressas e em circulação no Brasil,
durante o século XIX, Tania de Luca assinala que:
194 VIDAL, Laurent; LUCA, Tânia Regina de. (Orgs.). Franceses no Brasil: séculos XIX-XX./ São Paulo:
Editora UNESP, 2009.
195 LUCA, Tania Regina de. Le Gil-Blas (1877-1878): humor e política em prol do ideal republicano. In:
LUCA, Tania Regina de; GUIMARAES, Valéria. (orgs.) Imprensa Estrangeira Publicada no Brasil:
primeiras incursões. São Paulo: Rafael Copetti Editor, CNPq, 2017. p. 189.
196 Id. Op. cit., 2017. p. 189-90.
sinaliza: “O recenseamento de Matto Grosso é dos mais diffíceis e, por isso, os seus
resultados são sempre deficientes. Há ali algumas nações de índios semi-civilizados
que alguns incluem outros excluem dos cálculos sobre a população.”197
A população de Mato Grosso, nos anos que perfazem a esse estudo, podem
ser assim visualizadas:
Parochia de Santo Antonio Conforme o quadro geral da população dessa parochia, não
do Rio Abaixo há registro de nenhum individuo de nacionalidade
estrangeira, por isso o censo não apresenta esse quadro.
Parochia de Nossa Senhora Não há registros nesse censo. Conforme o quadro geral da
do Carmo de Miranda população dessa parochia, não há registro de nenhum
individuo de nacionalidade estrangeira, por isso o censo não
apresenta esse quadro.
Parochia de São Luis da Villa 1 homens solteiro, 1 homem Mas não há registros de
Maria casado, ambos católicos mulheres.
200 Nesse caso, um dado chama atenção no censo: seriam 21 homens franceses nessa residentes
então nessa parochia, contudo, a somatória apresentada no documento registra apenas 16, não
acreditamos que tenha sido apenas um erro tipográfico, visto que os códigos de impressão foram
utilizados em outros itens.
Para Mato Grosso o Recenseamento de População de 1872 registrou a
presença de 1669 estrangeiros201 foi possível localizar a menção à 27 imigrantes
franceses em Mato Grosso. Do total de população estrangeira registrados nesse
censo tem-se: 1005 homens e 304 mulheres. Na consolidação dos dados relativos à
população estrangeira o censo apresenta que haviam 27 franceses na província,
sendo estes: 18 homens solteiros 6 casados e 1 viúvo, todos católicos; 2 mulheres
casadas católicas. Ou seja, quase 10% da população de estrangeiros nesse período
na região era composta por franceses.
Em 1897, constata-se uma diminuição desse número que cai para 958
(RECENSEAMENTO, p. 448). Os dados relativos a 1900, contudo, apontam aumento
significativo da entrada de imigrantes no estado, sinalizando 12.205 almas 202
Em relação ao censo de 1900, o documento aponta que
Grande, Instituto Histórico Geográfico de Mato Grosso do Sul. 2018. p. 20. (grifos no original)
218 VIDAL, Laurent; LUCA, Tânia Regina de. (Orgs.). Franceses no Brasil: séculos XIX-XX. São Paulo:
219 O APMT conta com as edições a partir do ano 27, n. 1332, de janeiro de 1909 à edição 31, n. 1563,
de junho de 1913. Cf. Instrumento de Pesquisa de Periódicos, APMT, consultado em 2018.
220 O Corumbaense , n. 61, 19/02/1881, p. 02.
3.1 O que interessava ao Mato Grosso saber sobre França: as correspondências
Latin e o Brasil (1883-1893). In: RIDENTI, Marcelo. BASTOS, Elide Rugai. ROLLAND, Dennis (orgs.)
Intelectuais: sociedade, politica, Brasil-França. São Paulo: Cortez, 2003. p. 50-1.
também ser europeu – e em especial francês – se desenhava como
caminho correto a ser perseguido, se o objetivo do Brasil fosse alçar
voos altos e entrar pro rol das grandes nações do globo.232
232 BARBATO, Luis Fernando Tosta. Com os pés na América e a cabeça naEuropa: escritos franceses
e identidade nacional no Brasil oitocentista. Revista Latino-Americana de História. Unisinos, vol. 3.,
n. 12, dezembro de 2014. p. 180.
233 A exemplo citam-se os exemplares: n. 74, n. 75, n. 76, n. 77, n. 78, n. 85, n. 86.
234 Pariz, 19 de janeiro de 1881 publicada na edição n. 72, de 30/03/1881, p. 01.
235 Pariz, 9 de maio de 1881 publicada na edição n. 100, de 6/07/1881, p. 01.
236 RODRIGUES, Candido Moreira. Alceu Amoroso Lima: matrizes e posições: um intelectual católico
237 FERREIRA, Marie-Jo. Testemunho da presença intelectual brasileira na França: A Revue du Monde
Latin e o Brasil (1883-1893). In: RIDENTI, Marcelo. BASTOS, Elide Rugai. ROLLAND, Dennis (orgs.)
Intelectuais: sociedade, politica, Brasil-França. São Paulo: Cortez, 2003.
238 Id., 2003, p. 132.
239 CARELLI, Mário. Culturas Cruzadas: intercâmbios culturais entre França e Brasil. Tradução Nícia
Em texto inaugural sobre história dos intelectuais, José Murilo de Carvalho 243
assevera que muitos dos intelectuais que publicavam nos jornais de época assumiam
publicamente o papel de “educadores da opinião, de pedagogos da cidadania, ou, na
linguagem da época, de divulgadores das luzes. O próprio nome do jornal às vezes
reflete tal propósito.”244
É possível ainda qualificar os dispositivos da imprensa desempenhando essa
função social, formativa, e em análise mais ampliada educativa, ainda que não se
proponham a sê-lo: são formativos também quando ampliam a dimensão cultural de
seus leitores, oferecendo indicação de leituras e livrarias onde se adquirem os títulos
sugeridos, anúncios de publicações autorais, que podem auxiliar no aprendizado
escolar, ainda que não tenha sido oficialmente adotada como manual de ensino,
sendo esta também uma estratégia de publicar os escritos na época. Orientam os
protocolos de leitura de outros dispositivos impressos. A mediação cultural é, por
definição educativa, pois parte de um princípio que os sujeitos históricos pretendem
deixar um legado de conhecimentos aos pósteros.
Assim como evidencia Ângela Castro Gomes, atuar em jornais em revistas “era
fundamental, não só porque fazia parte de qualquer estratégia de ascensão intelectual
o que não ocorria sem suportes políticos-sociais), mas também porque os periódicos
eram a base da circulação de ideias da época.”246, recorrendo-se aos jornais como
243 CARVALHO, Jose Murilo de. História intelectual no Brasil: a retórica como chave de leitura. Topoi.
Rio de Janeiro, 2000, n° 1.
244 Ibid., p. 139.
245 GOMES, Angela de Castro; HANSEN, Patrícia. (orgs.) Intelectuais Mediadores: práticas culturais
247 GOMES, Angela de Castro; HANSEN, Patrícia. (orgs.), op. cit. 2016, p. 19.
divulgação de obras e investimentos em prol da modernidade, progresso e civilização
naquelas terras.
Os embates com esse grupo acirram-se e tornam-se evidentes em outros
periódicos - A Cruz, A Ordem -, a partir dos anos de 1920, no entanto, tais embates
se perpassam à vários títulos que circulam no período deste estudo e materializam-
se de modo mais intenso no jornal A Reacção, que acusa as instituições religiosas de
cercearem o “Livre-Pensamento”, impondo seus dogmas em detrimento do
conhecimento filosófico. Conforme demonstrado, a adesão às Ligas de Livre-
Pensadores encontra correpondência com o grupo francês, ainda que separadas por
mais de uma década.
Afiançamos, conforme a dimensão teórico-metodológica apresentada por
Gomes & Hansen, que o conjunto de sujeitos que compõem esse item integram a
categoria de intelectuais mediadores, no que concerne ao exame da imprensa mato-
grossense, ampliando as possibilidades de conhecimento histórico regional,
merecendo ser analisado mais detidamente.
Ao instarem o debate, reflexão e conhecimento sobre aspectos da história de
Mato Grosso, transpuseram o campo da produção histórica. Ao associar os nomes às
ideias não se pretende criar formulações apologéticas sobre esses ou aqueles
sujeitos, visto que este estudo não se propõe a isso, tão pouco o espaço deste texto
permitiria. A chave de leitura que perpassa essa proposta de investigação assenta-se
na importância da imprensa jornalística como espaço privilegiado da atuação de todos
esses sujeitos, ainda que uns mais que outros, configurando esse espaço como de
“compartilhamento de sentimentos, sensibilidades e valores, que podem produzir
solidariedades, mas igualmente competição.”248
O exame dos jornais nos possibiliou mapear 134 sujeitos que estiveram
envolvidos em diversos campos de atuação, contudo é possível ampliar
significativamente este número, ao integrar todos os membros que compõem as Ligas,
Clubs e Associações elencadas no corpo do texto, o que não foi feito tendo em vista
o investimento no levantamento de documentação complementar para identificar e
consolidar informações acerca do campo de atuação de cada um desses sujeitos.
Estudos futuros permitirão ampliar esses dados.
248 GOMES, Angela de Castro; HANSEN, Patrícia. (orgs.), id. 2016, p. 24.
Desta feita, para efeito de apresentação, análise e indicativos de conclusão
desta fase do estudo, os intelectuais qualificados foram àqueles com identificação
quantitativa mais proeminente, apoiando-se em estatísticas descritivas para mapear
e validar a incidência de sua inserção, relacionar essa incidência com o período de
movimentação desses sujeitos, e sinalizar os espaços de atuação mais comuns.
Importa ressaltar que o critério que norteou toda a coleta de dados pautou-se
exclusivamente na imprensa, nos jornais examinados, e, posteriormente, no
cruzamento das informações obtidas com documentação de natureza e tipologia
diversa.
Os campos de atuação sistematizados foram: Associações, História,
Educação, Imprensa, Política, Religiosa, por apresentarem-se como perfil comum à
quase que a totalidade dos intelectuais qualificados e quantificados no banco de
dados.
A atuação profissional, entendida como área de formação de estudos
circunscreve-se aos seguintes perfis: Advogado, Militares (de diferentes patentes,
sendo mais comuns Tenentes e Coronéis), Professores Normalistas, Padres (variando
entre as diferentes posições que ocupavam dentro da estrutura eclesiástica – padres,
bispos, arcebispos, cardeais), Engenheiros, tendo em vista que no período não
haviam grandes possibilidades de formação profissional em Ensino Superior.
Interessante observar que não identificamos profissionais ligados à área médica ou
da saúde nesse grupo.
O gráfico abaixo apresenta como indicadores os intelectuais que tiveram
incidência mínima de 4 lugares de atuação é máxima de 8. Os dados que seguem
apoiaram-se nesses critérios de elegibilidade, pautando-se em um esforço preliminar
de estatística descritiva aplicada a dados histórico, muito embora acredite-se que nos
investimentos de pesquisa futuros, será possível chegar a mais nomes, com maior
área de incidência.
Gráfico 3 – Incidência da circulação dos Intelectuais, conforme área de atuação em
Mato Grosso (1880-1920)
40
35
35 32
30
30
Associação
25 22 Educação
20 História
Imprensa
15
Política
10
10 Religiosa
5
5
0
Total
4
História do Matto Grosso
2
0
Total Subsídios para a história de
Documento Histórico 13 Mato Grosso
História do Matto Grosso 8
Subsídios para a história de Mato
6
Grosso
252 GOMES, Angela de Castro; HANSEN, Patrícia. (orgs.) Intelectuais Mediadores: práticas culturais
e ação política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016. p. 24.
253 GONDRA, José Gonçalves. Instrução, Intelectualidade, Império: apontamentos a partir do caso
brasileiro. In: VAGO, Tarcício Mauro. INACIO, Marcilaine Soares. HAMDAM, Juliana Cesário. SANTOS,
Hercules Pimenta dos. (orgs.) Intelectuais e Escola Publica no Brasil: séculos XIX e XX. Belo
Horizonte: Mazza Edições, 2009. p. 63.
A perspectiva de o impresso periódico ser “um dos vetores da modernidade”
como qualifica Valeria Guimaraes254 fortalece o argumento que vem sendo defendido
nos estudos em desenvolvimento que, em Mato Grosso, ao lado de outros adventos
a imprensa periódica foi também um símbolo da modernidade, mesmo que com
características limitadas, face ao desenvolvimento em outras localidades do pais.
Pode-se afirmar, com base no estudo realizado, nos mapeamentos feitos, que
o período entre os anos de 1880 a 1920 foi crucial para a consolidação de grupos de
intelectuais em Mato Grosso, que pautaram a imprensa periódica e a produção dos
impressos como lugar privilegiado de sua projeção.
Tal constructo corrobora para o entendimento de que o estudo dos e sobre os
impressos mato-grossenses merece lugar de desvelo na produção da historiografia
regional, visto que alinha os interesses, aponta as disputas, evidencia direta e
indiretamente os debates e embates de grupos que se alternam no poder,
demonstram espaços de sociabilidades e redes de relação feitas e desfeitas à
propósito dos interesses de “plantão”, outrossim, permitem evidenciar outros sujeitos
históricos que extrapolam em muito a pequena rede de historiadores reverenciada na
produção do e sobre o Estado, assentada no “grupo de notáveis”, qualificados por
Zorzato, justificada em boa medida, pelo lugar social (nobiliárquico, como sinalizaria
Jose de Mesquita), dado pelas origens familiares e derivadas das uniões maritais
entre essas famílias, somando-se ao fato de que muito da produção desses outros
“notáveis anônimos”, alguns dos quais este estudo traz à luz, circularam pelos
mesmos espaços reverenciados de produção do conhecimento que os anteriores, não
tendo, contudo, a projeção de seus consórcios.
Os impressos, ao longo desses 40 anos, integram corpus significativo para
compreender a história do Estado, visto que são produzidos em diversas tipologias, a
saber: Jornais, Revistas, Album Gráfico, Catálogo, Livros assumindo, por associação
a manutenção e preservação da memória que se deseja, com base no conjunto de
ideais que mobiliza seus proponentes e autores. Em linhas gerais, percebe-se com
um exame panorâmico pela produção dos impressos entre os anos que sucedem à
década de 1920, que esse movimento perde força, dada a constante reiteração que
254GUIMARES, Valéria. Imprensa franco-brasileira e mediação: Rio de Janeiro e São Paulo, século
XIX-XX. In: LUCA, Tania Regina de; GUIMARAES, Valéria. (orgs.) Imprensa Estrangeira Publicada
no Brasil: primeiras incursões. São Paulo: Rafael Copetti Editor, CNPq, 2017. p. 88.
pode ser observada na produção histórica aos ilustres historiadores do início do
século, e a constante manutenção da historiografia por eles consolidada no período,
o que sugere a força das representações construídas, a partir dos lugares de poder
simbólico que ocupavam aqueles historiadores. Não se pretende, aqui, proceder à
desconstrução de modelos que seguem operantes na produção e nas forma de
registrar e contar a história de Mato Grosso. Não obstante, importa destacar que
abrem-se outras possibilidades, a partir da documentação examinada neste estudo,
de ampliar as matrizes do pensamento consolidado, dando visibilidade a outros
sujeitos, outros temas, e outras formas de interpretação dos momentos retratados.
A proposta de alocar esses intelectuais na história mato-grossense alcança,
nesse sentido, lugar de interesse comum, pois amplia possibilidades de pesquisas,
por meio da construção de teias de relacionamento e redes de intercâmbios desses
sujeitos com seus lugares de origem, no caso dos professores paulistas que vieram
nas Missões de Estudo de 1910 e 1912 e firmaram-se em terras mato-grossenses,
atuando como professores inicialmente, mas assumindo, na medida da ampliação de
suas redes de convivência sócio-politica-cultural, espaços de influência publica, na
redação e colaboração de jornais, como o fez Gustavo Kuhlmann.
FONTES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FONTES
Periódicos
Documentos oficiais
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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