Cerâmica - MSC 26.4.24
Cerâmica - MSC 26.4.24
Cerâmica - MSC 26.4.24
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................1
1. Objectivos....................................................................................................................................2
1.1. Objectivo geral........................................................................................................................................2
1.2. Objectivos específicos............................................................................................................................2
2. Metodologia.........................................................................................................................2
3. ORIGEM DA CERÂMICA.................................................................................................3
4. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS CERÂMICOS.....................................................4
5.1. Propriedades gerais das cerâmicas......................................................................................7
5.2. Absorção de água.................................................................................................................8
5.3. Resistência mecânica...........................................................................................................8
5.4. Resistência à fractura e à fadiga..........................................................................................9
5.5. Resistência térmica e química.............................................................................................9
7.1. Preparação das matérias-primas........................................................................................11
7.2. Conformação / Moldagem.................................................................................................12
7.3. Processamento Térmico.....................................................................................................13
9. Revestimento cerâmico......................................................................................................17
9.1. Exigências a satisfazer nos revestimentos cerâmicos........................................................18
9.2. Resitencia mecânica e estabilidade....................................................................................18
9.3. Ação da humidade.............................................................................................................19
9.4. Patologias dos revestimentos cerâmicos...........................................................................19
9.5. Acções para minimizar o efeito do empolamento.............................................................21
9.6. Ações para minimizar o efeito de fissuração.....................................................................22
10. Sustentabilidade ambiental dos materiais Cerâmicos........................................................22
11. Conclusão..........................................................................................................................23
12. Referências bibliográficas.................................................................................................24
INTRODUÇÃO
A cerâmica é o material artificial mais antigo produzido pelo homem. Do grego “kéramos”
(“terra queimada” ou “argila queimada”), é um material de grande resistência, frequentemente
encontrado em escavações arqueológicas. Pesquisas apontam que a cerâmica é produzida há
cerca de 10-15 mil anos.
Quando saiu das cavernas e se tornou um agricultor, o homem encontrou a necessidade de buscar
abrigo, mas também notou que precisaria de vasilhas para armazenar água, alimentos colhidos e
sementes para a próxima safra. Tais vasilhas deveriam ser resistentes, impermeáveis e de fácil
fabricação. Estas facilidades foram encontradas na argila, deixando pistas sobre civilizações e
culturas que existiram milhares de anos antes da Era Cristã.
A cerâmica é uma atividade de produção de artefacto a partir da argila, que se torna muito
plástica e fácil de moldar quando umedecida. Depois de submetida à secagem para retirar a
maior parte da água, a peça moldada é submetida a altas temperaturas (ao redor de 1.000º C), que
lhe atribuem rigidez e resistência mediante a fusão de certos componentes da massa e, em alguns
casos, fixando os esmaltes na superfície.
Essas propriedades permitiram que a cerâmica fosse utilizada na construção de casas, vasilhames
para uso doméstico e armazenamento de alimentos, vinhos, óleos, perfumes, na construção de
urnas funerárias e até como superfície para escrita.
A cerâmica pode ser uma atividade artística (em que são produzidos artefactos com valor
estético) ou uma atividade industrial (em que são produzidos artefactos para uso na construção
civil e na engenharia). Hoje, além de sua utilização como matéria-prima constituinte de diversos
instrumentos domésticos, da construção civil e como material plástico nas mãos dos artistas, a
cerâmica é também utilizada na tecnologia de ponta, mais especificamente na fabricação de
componentes de foguetes espaciais, devido à sua durabilidade.
1. Objectivos
1.1. Objectivo geral
Conhecer os produtos cerâmicos na construção civil.
1.2. Objectivos específicos:
Identificar os cerâmicos usados na construção cívil;
Mencionar as suas características, propriedades,
Avaliar a sustentabilidade ambiental dos cerâmicos na construção civil.
2. Metodologia
A metodologia usada para a elaboração do trabalho foi a pesquisa bibliográfiaca que consiste em
reunir informações e dados que servirão de base para construção da investigação propodta a
partir de determinado tema.
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3. ORIGEM DA CERÂMICA
A cerâmica é muito antiga, sendo que peças de argila cozida foram encontradas em diversos
sítios arqueológicos. No Japão, as peças de cerâmica mais antigas conhecidas por arqueólogos
foram encontradas na área ocupada pela cultura Jomon há cerca de oito mil anos (ou mais).
Antes do final do período Neolítico (ou da Pedra polida), que compreendeu, aproximadamente,
de 26.000 AC até por volta de 5.000 AC, a habilidade na manufatura de peças de cerâmica
deixou o Japão e se espalhou pela Europa e pela Ásia, não existindo, entretanto, um consenso
sobre como isto ocorreu. Na China e no Egito, por exemplo, a utilização da cerâmica remonta a
mais de cinco mil anos. Nas tumbas dos faraós do Antigo Egito, vários vasos de cerâmica
continham vinho, óleos e perfumes para fins religiosos.
Um dos grandes exemplos da antiga arte cerâmica chinesa está expressa pelos guerreiros de
Xian. Lá, em 1974, os arqueólogos encontraram o túmulo do imperador Chi-Huand-di, que
nasceu por volta do ano 240 AC. Para decorá-lo, foi feita a réplica em terracota de um exército
de soldados em tamanho natural. Terracota é o termo empregado para a argila modelada e cozida
em forno.
Muitas culturas, desde os primórdios, desenvolveram estilos próprios que, com o passar do
tempo, consolidavam tendências e evoluíam no aprimoramento artístico. Estudiosos confirmam
que a cerâmica é a mais antiga das indústrias. Ela nasceu no momento em que o homem
começou a utilizar o barro endurecido pelo fogo. Esse processo de endurecimento, obtido
casualmente, multiplicou-se e evoluiu até hoje. A cerâmica passou a substituir a pedra
trabalhada, a madeira e mesmo as vasilhas feitas de frutos como o coco ou a casca de certas
cucurbitáceas (porungas, cabaças e catutos).
As primeiras cerâmicas de que se tem notícia são da pré-história: vasos de barro, sem asa, que
tinham cor de argila natural ou eram escurecidas por óxidos de ferro. A cerâmica para a
construção e a cerâmica artística com características industriais só surgiram na Antiguidade em
grandes centros comerciais. Mais recentemente, passou por uma vigorosa etapa após a
Revolução Industrial.
4. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS CERÂMICOS
O sector cerâmico é amplo e heterogéneo o que induz a dividi-lo em subsectores ou
segmentos em função de diversos factores, como matérias-primas, propriedades e áreas de
utilização. Dessa forma, em geral é adoptada a classificação com que se organização os sub-
capítulos seguintes, ou seja:
Cerâmica vermelha;
Cerâmica ou Materiais de Revestimento;
Cerâmica branca;
Cerâmica refractária;
Cerâmica de alta tecnologia/cerâmica avançada;
Abrasivos.
Cerâmica Vermelha
Compreende aqueles materiais com coloração avermelhada empregados na construção civil
(tijolos, blocos, telha e tubos cerâmicos/manilhas) e também argila expandida (agregado
leve), utensílios domésticos e adorno. A identificação como cerâmica vermelha provém do
facto de esta apresentar óxido de ferro em abundância.
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Figura2- Cerâmica de revestimento
Cerâmica branca
Este grupo é bastante diversificado, compreendendo materiais constituídos por um corpo
branco e em geral recobertos por uma camada vítrea transparente, sendo assim agrupados
pela cor branca de massa, necessária por razões estéticas e/ou técnicas.
Com o advento dos vidrados opacos, muitos dos produtos enquadrados neste grupo passaram
a ser fabricados, sem prejuízo das características para uma das aplicações, com matérias-
primas com certo grau de impurezas, responsáveis pela coloração. Muitas vezes prefere- se
subdividir este grupo em função da utilização dos produtos em:
a) Louça sanitária;
b) Louça de mesa;
c) Isoladores eléctricos para linhas de transmissão e de distribuição;
d) Utensílios doméstico e adorno;
e) Cerâmica técnica para diversos fins (químico, eléctrico, térmico e mecânico).
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Abrasivos
Parte da indústria de abrasivos, por utilizarem matérias-primas e processos semelhantes ao
da cerâmica, constituem-se num segmento cerâmico. Entre os produtos mais conhecidos
podemos citar o óxido de alumínio electrofundido. Ex: rolos e lixas.
a) Cerâmicos tradicionais;
b) Cerâmicos especiais.
Dado o âmbito restrito à Construção Civil, e atendendo a serem estes esmagadoramente
maioritários, este trabalho debruça-se apenas sobre os cerâmicos tradicionais.
5.1. Propriedades gerais das cerâmicas
Estas propriedades são variáveis com a constituição do material, o processo de fabrico
utilizado e a temperatura de cozimento a que esteve sujeito. Como características principais,
interessa saber, para uma cerâmica, qual o seu peso, a sua resistência mecânica, a resistência
ao desgaste e a duração. Em relação ao peso, existem cerâmicas mais leves do que a
água e outras tão pesadas quanto um granito.
5.2. Absorção de água
A absorção de água depende da compacidade das peças, da sua constituição inicial, etc.
Também chamada de porosidade aparente que é dada pela percentagem de aumento de peso
que a peça apresenta após 24h de imersão em água (embora a absorção não termine neste
período curto de tempo, a referência pode ser fixada deste modo, tanto mais que esta
absorção tende a estabilizar no tempo).
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5.4. Resistência à fractura e à fadiga
A resistência à fractura de um material cerâmico pode também depender fortemente das
fendas presentes. Uma fenda de grande dimensão pode ser o principal factor que afecta a
resistência de uma cerâmica. Em geral a resistência à fractura dos cerâmicos é baixa a
moderada.
Os materiais cerâmicos, devido à combinação de ligações covalentes e iónicas, têm
intrinsecamente uma baixa tenacidade. Também devido a estas ligações, há ausência de
plasticidade durante o carregamento cíclico. Consequentemente, a fractura por fadiga é rara
nos materiais cerâmicos. A elevada dureza de alguns materiais cerâmicos torna-os úteis para
funcionarem como abrasivos para corte, desbaste e polimento de outros materiais de menor
dureza.
Em geral, a maioria dos materiais cerâmicos tem baixas condutividades térmicas devido às
fortes ligações iónicas e covalentes, pelo que são bons isoladores térmicos. Devido à sua elevada
resistência ao calor, os materiais cerâmicos são usados como refractários, ou seja, materiais que
resistem à acção de ambientes quentes, tanto líquidos como gasosos.
Humidade;
Vegetação;
Fogo;
Gelo ↔ Gelatividade.
Agentes químicos externos:
A humidade, a vegetação e o fogo são os agentes com pior efeito sobre os cerâmicos. A
ação dos dois primeiros está dependente da porosidade do produto, sendo tanto mais
perniciosa quanto mais poroso este é. O fogo faz diminuir a resistência à compressão. Por outro
lado, como as peças não se dilatam uniformemente tem tendência a desagregar-se.
Também o gelo pode ser um agente inimigo das peças cerâmicas se houver lugar a ciclos de
gelo e degelo, com expansão da água no seio da peça, quando esta passa do estado
líquido a sólido.
Os agentes químicos internos mais vulgares são normalmente os mais solúveis muito
embora só se manifestem em presença da humidade. São estes sais dissolvidos em água que
cristalizando à superfície da peça ocasionam o que se chama de eflorescência. Estas
eflorescências, além de má aparência, podem ocasionar o deslocamento do revestimento
exterior das peças.
Os agentes mecânicos podem ser de várias naturezas, porém, em construção é importante que
se conheçam os esforços a que normalmente se sujeitam as peças. É preciso atender-se a
que as peças cerâmicas resistem muito melhor à compressão do que à flexão e torção, fazendo
a sua utilização de forma a optimizar as suas potencialidades. Uma regra fundamental na
aplicação de peças cerâmicas de revestimento é a seu completo apoio por toda a superfície de
contacto.
7. FABRICAÇÃO DE MATERIAIS CERÂMICOS
Na indústria cerâmica os processos de fabrico são tão variados quantos os produtos. Há
desde os mais rudimentares, como na produção de telhas e tijolos em olarias, até aos mais
sofisticados, em modernas instalações, com processos rigorosos de fabrico, como na produção
de sanitários. Os processos de fabricação podem diferir de acordo com o tipo de peça ou
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material desejado.
2. Conformação ou moldagem;
3. Processamento térmico.
Preparação Processamento
das Matérias- Conformaçã Térmico
Primas o
Figura7- Etapas do processo de fabricação
Por qualquer destes processos obtém-se as formas de uma peça crua, com geometria definida
e determinadas propriedades mecânicas e físicas. Com este conjunto de qualidades pretende-
se que se permita o seu manuseio, sua secagem e queima sem risco de inutilização. As
máquinas utilizadas podem ser: moldadores de pressão, máquinas de fieira, etc.
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7.3. Processamento Térmico
Secagem por radiação infravermelha: usada para peças de precisão. O seu custo é elevado
e só serve para peças delgadas. Permite alto rendimento e pouca deformação.
Qualquer dos métodos utilizados tem consequências na qualidade dos produtos, bem como
nos seus custos de produção.
A cozedura tem por fim endurecer os produtos depois de secos, através da expulsão da água
de constituição e combinação dos silicatos e aluminatos de ferro. Deve ser realizada
lentamente para evitar que a tensão da água atinja o limite de resistência da massa,
originando fissuras. O cuidado com que se executa esta operação e os meios de que se dispõe
influem, certamente, na qualidade do produto final.
A cozedura realiza-se em quatro operações distintas:
Enformar → Cozer → Arrefecer → Desenformar
Ao longo dos tempos têm-se utilizado os mais diversos meios e técnicas de cozimento. Sabe-
se que neste processo se dão importantes reações químicas que dependem não só da
temperatura alcançada, mas também de velocidade de aquecimento, arrefecimento, da
atmosfera ambiente (oxidante, neutra ou redutora), do tipo de forno, do combustível usado,
etc. Assim, quando as peças secas e cruas são levadas ao forno, devem ficar submetidas a um
perfil de temperaturas (curva de queima) que garanta o seu gradual
aquecimento/arrefecimento, sem choques térmicos violentos. É importante que a atmosfera
do forno seja controlada de forma a permanecer a mais homogénea possível.
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Figura 9- Fluxograma do processo de fabrico pela via seca
Para evitar choques térmicos violentos e as suas consequências nefastas, sobretudo para a
cerâmica que se pretende de melhor qualidade, costuma usar-se o processo de aquecimento e
reaquecimento, que consiste em levar o material duas vezes ao forno e obtendo-se, no
primeiro aquecimento, aquilo a que se chama biscoito. Antes do reaquecimento dá-se o
vidrado, às peças que o exigem, conseguindo, assim, produtos de melhor qualidade.
O forno tem um papel importante, não só sob o ponto de vista tecnológico, mas também sob o
ponto de vista económico. Sendo óbvio que a obtenção de altas temperaturas se faz à custa da
queima de combustível, seja ele a lenha, o carvão, derivados do petróleo ou electricidade, todos
eles representam custos elevados para o homem. Muito embora se despreze, por vezes, "os
custos" que se podem imputar à utilização de lenha, julgamos ser nossa obrigação referir que
os estados de desertificação (mais ou menos alcançados) de certas regiões da Terra, resultaram
de desmitificação maciça dessas mesmas regiões, sem reposição das espécies abatidas.
Podemos optar por fomos contínuos ou intermitentes. Como se poderá deduzir, nos primeiros a
produção é contínua podendo ter a zona de fogo móvel ou a zona de carga. Como exemplo temos
o forno de túnel, no qual os objectos a cozer movem-se empilhados em vagoneta em sentido
contrário à circulação dos gases. São formados por um túnel de 10 a 120 m de comprimento e de
2 m2 de secção, neles existindo uma zona de aquecimento, uma zona central de cozedura e
finalmente, a zona de arrefecimento
8. CONTROLO DE QUALIDADE
O controlo da qualidade deverá ser uma actividade diária, requerendo equipamento e
operadores qualificados. Este deve ser iniciado nas matérias-primas e antes da sua entrada na
produção, passando também pelo seu controlo na fase de processo, terminando no produto
final embalado. Seguidamente demonstra-se nos três pontos seguintes os procedimentos a
adoptar neste âmbito:
Controlo de recepção de matérias-primas
Nesta fase permite prevenir a ocorrência de problemas durante a fase do processo de
fabrico, com uma análise e observação das matérias-primas no acto da sua recepção, através
dos procedimentos da Tabela 1.
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Resíduo
Fusibilidad
Feldspato e Recepção do
Cor após cozedura lote
9. Revestimento cerâmico
O revestimento cerâmico desempenha um papel importante na proteção e decoração de
superfícies. Ele é utilizado em pisos, paredes e até mesmo em fachadas de edifícios. Além da sua
durabilidade e facilidade de limpeza, o revestimento cerâmico também oferece isolamento
térmico e acústico, além de ser resistente à humidade e a produtos químicos. Sua versatibilidade
em termos de cores, texturas e padrões o torna uma escolha popular entre arquitetos e
construtores. Existem vários tipos de revestimento cerâmico disponíveis, cada um com suas
características específicas. Alguns dos principais tipos incluem:
a) Cerâmica esmaltada: possui uma camada de esmalte colorido aplicada na superfície,
proporcionando uma ampla gama de cores e acabamentos.
b) Cerâmica rústica: caracterizada por uma aparência mais natural e texturizada, frequentemente
usada em ambientes rústicos ou tradicionais.
c) Porcelanato: feito de uma mistura de argila e outros materiais, o porcelanato é conhecido por
sua durabilidade, resistência à humidade e variedade de acabamentos, que podem emitar
mármore, madeira, e outros materiais.
d) Mosaico: pequenos azulejos cerâmicos geralmente usados para criar padrões decorativos em
pisos, paredes e até mesmo em áreas externas.
e) Granito cerâmico: possui uma aparência semelhante ao granito natural, mas é mais acessível
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e facíl de manter.
Os efeitos de fadiga;
As dispersões relativas aos produtos e à sua aplicação em obra;
A evolução das características dos produtos ao longo do tempo (envelhecimento).
Figura 2- EsflorescÊncia
As patologias acima referidas são as que têm maiores consequências nos paramentos
exteriores porque, salvo raras excepções, são as provenientes das maiores solicitações a que
estes estão sujeitos. Estas são de origem quer climáticas, quer mecânicas, o que obriga a
maiores exigências no que diz respeito à escolha do material e, sobretudo, na execução dos
edifícios.
Material a aplicar no sistema deverá estar bem definido pelo projetista, face às condições
específicas da obra, com materiais certificados, caracterizados e compatíveis com o
suporte;
Ter a zona de suporte dos ladrilhos limpos com elevado grau de planeza e não demasiado
jovens;
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menos substituição ao longo do tempo, como também geralmente exigem pouca manutenção
ao longo de sua vida útil, reduzindo a necessidade de recursos adicionais como água e
energia, para manutenção e reparo contribuindo para a baixa manutenção.
Os materiais cerâmicos podem contribuir para a eficiência energética dos edifícios devido às
suas propriedades isolantes, ajudando a reduzir o consumo de energia para aquecimento e
resfriamento. Muitos materiais cerâmicos podem ser reciclados ou reutilizados no final de sua
vida útil, reduzindo a quantidade de resíduos enviados para aterros sanitários.
Em comparação com algins outros materiais cerâmicos geralmente envolve menos emissões
de poluentes e gases de efeito estufa o que emite uma baixa quantidade de poluentes.
No entanto, é importante considerar o impacto total ao longo do ciclo de vida dos materiais
cerâmicos, desde a extração de matérias-primas até a produção, transporte, instalação e
descarte. Estratégias de produção sustentável, uso eficiente de recursos e práticas de gestão de
resíduos podem ajudar a maximizar os benefícios ambientais dos materiais cerâmicos na
construção civil.
Conclusão
Em conclusão, os matérias cerâmicos oferecem várias vantagens em termos de
sustentabilidade ambiental na construção civil. Sua durabilidade, baixa manutenção,
eficiência energética, reciclabilidade e baixa emissão de poluentes fazem deles uma recolha
atraente para projectos sustentáveis. No entanto, é essencial abordar os desafios ambientais
associados á sua produção desde a extração de matérias-primas até o descarte.
Apesar das suas vantagens os materiais cerâmicos também apresentam algumas desvantagens
como a fragilidade embora sejam duráveis em vários aspectos, porém podem ser frágeis e
quebradiços o que pode resultar em danos durante a instalação ou o uso, especialmente em
condições de impacto. Alguns materiais cerâmicos como telhas podem ser pesados, o que
pode aumentar os custos de transporte e instalação, além de exigir estruturas de suporte
adequadas, a produção de materiais cerâmicos pode resultar em variações na cor e na textura
entre lotes, o que pode dificultar a obtenção de uma aparência uniforme em grandes projetos.
Certos tipos de cerâmica, como azulejos não esmaltados, podem ser vulneráveis a manchas e
danos causados por produtos químicos ou substâncias corrosivas.
Ao adotar práticas de produção sustentável, reciclagem de resíduos e gestão responsável ao
longo de todo o ciclo de vida, os materiais cerâmicos podem desempenhar um papel
importante na construção de um ambiente construído mais verde e sustentável.
Referências bibliográficas
Celso F. Gomes, “Argilas, o que são e para que servem”, Fundação Calouste Gulbenkian,
1986, Lisboa.
Cerâmica Vale da Gândara,” Manual Técnico de Tijolo de Face á Vista”, 2003, Mortágua.
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Cesar M. C. Correia, “Investigação de Patologias de Colagem de Revestimentos
Cerâmicos e pedra
Natural em Fachadas”, Universidade de Aveiro, 2003, Aveiro.