Resumo Ambiental
Resumo Ambiental
Resumo Ambiental
PRINCÍPIOS
STJ: Em que pese a responsabilidade por dano ambiental seja objetiva (e lastreada pela
teoria do risco integral), faz-se imprescindível, para a con,-guração do dever de indenizar,
a demonstração da existência de nexo de causalidade apto a vincular o resultado lesivo
efetivamente veri,-cado ao comportamento.
o Usuário-Pagador: são usuários-pagador todos aqueles que utilizam bens e serviços que
importem em impacto ambiental, tendo havido poluição ou não- o fato gerador é a mera
utilização dos recursos.
o Limite ou controle: a Adm. Pública tem o dever de ,-xar padrões máximos de polui-
ção, de acordo com a disponibilidade dos recursos naturais.
Súmula 623-STJ: As obrigações ambientais possuem natureza propter rem, sendo ad-
missível cobrá-las do proprietário ou possuidor atual e/ou dos anteriores, à escolha do
credor. As obrigações aderem ao título de domínio e se transferem ao atual proprietário ou
possuidor.
Responsabilidade civil por dabos ambientais- propter rem, pode ser cobrada do
efetivo causador do dano ou do atual proprietário.
Sanção ADM/multa ambiental: só pode ser cobrada do próprio transgressor.
o Publicidade:
Transparência ativa= quando o Estado toma a iniciativa de promover a publicação.
Transparência passiva= quando o Estado é provocado a fornecer a informação.
Transparência reativa= quando o Estado ainda não possui a informação, mas, provocado, a
produz.
Será ônus da Administração Pública demonstrar que a transparência não se aplica
ao caso concreto, variando a justi,-cativa de acordo com o aspecto da transparência
que não se pretende cumprir.
COMPETÊNCIAS AMBIENTAIS NA CF
Competências Comuns
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios:
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens
de valor histórico, artístico ou cultural;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as EForestas, a fauna e a EFora;
XI - registrar, acompanhar e ,-scalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de
recursos hídricos e minerais em seus territórios.
Leis complementares ,-xarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Dis-
trito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-
estar em âmbito nacional.
STF: É inconstitucional, por violar o princípio da separação dos poderes, lei estadual
que exige autorização prévia do Poder Legislativo estadual (Assembleia Legislativa) para que
sejam ,-rmados instrumentos de cooperação pelos órgãos componentes do Sistema Nacio-
nal do Meio Ambiente – SISNAMA.
Também é inconstitucional lei estadual que a,-rme que Fundação estadual de proteção do
meio ambiente só poderá transferir responsabilidades ou atribuições para outros órgãos
componentes do SISNAMA se houver aprovação prévia da Assembleia Legislativa.
o LC 140/2011:
Art. 5- O ente federativo poderá DELEGAR, mediante convênio, a execução de ações ad-
ministrativas a ele atribuídas nesta Lei Complementar, desde que o ente destinatário da
delegação disponha de órgão ambiental capacitado a executar as ações administrativas a
serem delegadas e de conselho de meio ambiente.
Art. 21:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para ,-ns pací,-cos e
mediante aprovação do Congresso Nacional;
Competências Municipais
Art.30:
viii- promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento
e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.
Competências Concorrentes
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
VI - EForestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
STF: Admite-se que os Estados editem normas mais protetivas ao meio ambiente, com
fundamento em suas peculiaridades regionais e na preponderância de seu interesse. Porém,
é inadmissível que, no exercício de competência complementar residual, os Estados mem-
bros e o DF formulem disciplina que acaba por afastar a aplicação das normas federais de
caráter geral.
Súmula 613 STJ: não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de
Direito Ambiental.
Em tema de direito ambiental, não se cogita direito adquirido à devastação, nem se admite
a incidência da teoria do fato consumado- o direito fundamental ao meio ambiente equili-
brado se insere entre os direitos indisponíveis, sendo imprescritível a sua reparação.
STF: a delimitação dos espaços territoriais protegidos pode ser feita por decreto ou por
lei, sendo esta imprescindível apenas quando se trate de alteração ou supressão desses es-
paços.
Art. 15. Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações administrativas de
licenciamento e na autorização ambiental, nas seguintes hipóteses:
Licenciamento Ambiental
procedimento administrativo.
instrumento de caráter preventivo de tutela do meio ambiente.
não gera direito adquirido ao seu titular.
pode ter como interessado integrante do poder público ou da iniciativa privada.
Art. 10 da lei 6.938/81: a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabeleci-
mentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente polui-
dores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de pré-
Comentado [BP1]: LC 140/2011:
vio licenciamento ambiental. Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licencia-
mento ou autorização, conforme o caso, de um em-
Exceção: art. 8, §3 do Código Florestal: § 3o é dispensada a autorização do órgão ambientalpreendimento ou atividade, lavrar auto de infração
competente para a execução, em caráter de urgência, de atividades de segurança nacionalambiental e instaurar processo administrativo para a
apuração de infrações à legislação ambiental cometidas
e obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e mitigação de acidentes em áreas
pelo empreendimento ou atividade licenciada ou auto-
urbanas. rizada.
§ 3o o disposto no caput deste artigo não impede o
o licenciamento é processo ou procedimento ADM, a licença é um ato ADM. exercício pelos entes federativos da atribuição comum
STF: o pacto federativo atribui competência aos 4 entes da federação para proteger o meiode ,-scalização da conformidade de empreendimentos
e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou
ambiente através de ,-scalização. A competência para ,-scalizar é, portanto, comum. utilizadores de recursos naturais com a legislação am-
STJ: a atividade desenvolvida com risco de dano ambiental a bem da União pode ser ,-sca-biental em vigor, prevalecendo o auto de infração am-
lizada pelo IBAMA, ainda que a competência para licenciar seja de outro ente federado. biental lavrado por órgão que detenha a atribuição de
licenciamento ou autorização a que se refere o caput.
STF: é inconstitucional legislação estadual que, EFexibiliza exigência legal para o desenvol-Comentado [BP4]: Art. 18. O órgão ambiental compe-
tente estabelecerá os prazos de validade de cada tipo
vimento de atividade potencialmente poluidora ou cria modalidade mais simpli,-cada de
de licença, especi,-cando-os no respectivo documento,
licenciamento ambiental. levando em consideração os seguintes aspectos: I - O
o Validade da licença ambiental: art. 18, I a III da Resolução 237 CONAMA: prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no
mínimo, o estabelecido pelo cronograma de elabora-
Licença prévia= até 05 anos.
ção dos planos, programas e projetos relativos ao em-
Licença de instalação= até 06 anos. preendimento ou atividade, não podendo ser superior
Licença de operação= entre 4 e 10 anos- prorrogáveis. a 5 (cinco) anos. II - O prazo de validade da Licença
de Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, o estabele-
A Licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) poderão ter os prazos de validade
cido pelo cronograma de instalação do empreendi-
prorrogados, desde que não ultrapassem 5 e 6 anos, respectivamente. mento ou atividade, não podendo ser superior a 6 ... [2]
o A licença administrativa se incorpora ao patrimônio jurídico do outorgado, já a licençaComentado [BP5]: Art. 19. O órgão ambiental compe-
ambiental pode ser suspensa, alterada ou cancelada. tente, mediante decisão motivada, poderá modi,-car os
condicionantes e as medidas de controle e adequação,
o A anulação de licença ambiental, seja ADM ou judicial, não possui prazo, podendosuspender ou cancelar uma licença expedida, quando
ocorrer a qualquer momento- não se sujeita a preclusão ADM. ocorrer: I - violação ou inadequação de quaisquer con-
dicionantes ou normas legais; II - omissão ou falsa des-
o é vedado o licenciamento ambiental múltiplo: art. 13, LC 140/2011.
crição de informações relevantes que subsidiaram a ex-
o Renovação do licenciamento: deve ser solicitada até 120 dias antes do vencimento.pedição da licença; III - superveniência de graves riscos
Após solicitada, ,-ca automaticamente prorrogada até a manifestação de,-nitiva doambientais e de saúde.
Comentado [BP6]: Art. 13. Os empreendimentos e
órgão ambiental competente (art. 14, LC 140/2011) / STF: a prorrogação tácita de
atividades são licenciados ou autorizados, ambiental-
licença ambiental não pode se dar por tempo indeterminado- se houver omissãomente, por um único ente federativo, em conformi-
imotivada e desproporcional do órgão competente, deve ser instaurada a compe-dade com as atribuições estabelecidas nos termos desta
LC.
tência supletiva (art. 15, LC 140/2011): § 1o os demais entes federativos interessados podem
manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou au-
Art. 15. Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações administrativas de licenciamento e na autorização ambiental, nas seguintes hipóteses:
torização, de maneira não vinculante, respeitados os
prazos e procedimentos do licenciamento ambiental.
I - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado ou no Distrito Federal, a União deve desempenhar as ações administrativas
estaduais ou distritais até a sua criação.
§ 2o a supressão de vegetação decorrente de licencia-
mentos ambientais é autorizada pelo ente federativo li-
II - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Município, o Estado deve desempenhar as ações administrativas municipais até cenciador.
a ... [3]
sua criação; e
III - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado e no Município, a União deve desempenhar as ações administrativas até
a sua criação em um daqueles entes federativos.
o Ação administrativa subsidiária= ocorre quando um ente colabora com o outro (art. 16 da
LC 140/2011). Comentado [BP7]: Art. 16. A ação administrativa sub-
sidiária dos entes federativos dar-se-á por meio de
Obs.: a ação supletiva é automática e ocorre quando não houver a estrutura exigida pela apoio técnico, científico, administrativo ou financeiro,
lei; a ação subsidiária se dá mediante requisição e consiste em medida de apoio (técnico, sem prejuízo de outras formas de cooperação.
Parágrafo único. A ação subsidiária deve ser solicitada
cientí,-co, administrativo ou ,-nanceiro), não ocorrendo efetiva substituição da atuação de pelo ente originariamente detentor da atribuição nos
um ente pela de outro, como é o que ocorre na ação supletiva. termos desta LC.
iii) Avaliação de Impactos Ambientais - análise de impactos ambientais na instalação ou Comentado [BP15]: Art. 3º licença ambiental para
empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou
operação de uma atividade.
potencialmente causadoras de signi,-cativa degradação
Art. 1, III da resolução CONAMA 237/97. do meio dependerá de prévio estudo de impacto am-
Obs.: A avaliação de impactos ambientais constitui gênero do qual o EIA/RIMA é espécie. biental e respectivo relatório de impacto sobre o meio
ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade,
garantida a realização de audiências públicas, quando
CESPE: O estudo de impacto ambiental e o relatório de impacto ambiental são documentos
couber, de acordo com a regulamentação.
ambientais obrigatórios para a realização do procedimento administrativo de licenciamento
Parágrafo único. O órgão ambiental competente, veri-
ambiental. (Errado). Art. 3 da Resolução CONAMA 237/97. ,-cando que a atividade ou empreendimento não é po-
Art. 2 da Resolução CONAMA 237/97- traz rol exempli,-cativo de atividades que geram tencialmente causador de signi,-cativa degradação do
degradação ambiental de forma presumida. meio ambiente, de,-nirá os estudos ambientais perti-
nentes ao respectivo processo de licenciamento
Quando um órgão dispensa o EIA ou determina sua realização, este é um ato vin-
culado.
Cabe ao empreendedor custear o EIA.
O RIMA- relatório de impacto ao meio ambiente traz as conclusões do EIA- e sua con-
clusão não vincula o órgão ambiental.
Art. 11 da Resolução CONAMA 237/97. Comentado [BP16]: Art. 11. Os estudos necessários ao
processo de licenciamento deverão ser realizados por
Não é obrigatória a audiência pública para debater o RIMA, porém, se for determinada
pro,-ssionais legalmente habilitados, às expensas do
sua realização e não for realizada, a licença concedida será cancelada- pois uma vez empreendedor.
determinada, a audiência pública é condição de regularidade do licenciamento. Parágrafo único. O empreendedor e os pro,-ssionais
que subscrevem os estudos previstos no caput deste ar-
STF: é inconstitucional lei ou disposição de CE que submete o RIMA ao crivo de comissão
tigo serão responsáveis pelas informações apresentadas,
permanente e especí,-ca da Assembleia Legislativa. sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais.
STF: é inconstitucional norma Estadual ou Municipal que dispensa a elaboração de RIMA. (responsabilidade solidária e ulterior).
STF: é inconstitucional, por invadir a competência legislativa geral da União, norma esta-
dual que cria dispensa do licenciamento ambiental para atividade potencialmente causa-
dora de signi,-cativa degradação do meio ambiente.
Art. 9, IV da lei 6.938/81 c/c art. 225, III da CF- espaços territoriais especialmente prote-
gidos: somente podem ser alterados ou suprimidos através de lei.
Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente- SINIMA.
banco de dados ambientais abastecido pelo SISNAMA e gerenciado pelo Ministério
do Meio Ambiente.
Art. 29 do Código Florestal: é criado o Cadastro Ambiental Rural - CAR, no âmbito do
Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, registro público eletrô-
nico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a ,-nalidade de
integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de
dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao
desmatamento.
Cadastro técnico federal de atividades/instrumentos de defesa ambiental- art. 17, I
da lei 6.938/81:registro obrigatório de pessoas físicas e jurídicas que se dedicam à
consultoria técnica ambiental.
o registro é feito pelo IBAMA.
Cadastro técnico federal de atividades potencialmente poluidoras ou utilizadoras de
recursos ambientais- art. 17, II da lei 6.938/81:registro obrigatório de pessoas físicas ou
jurídicas que se dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, pro-
dução, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio
ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e EFora.
Comentado [BP17]: Art. 9 são instrumentos da Polí-
Os cadastros técnicos federais são registrados pelo IBAMA.
tica Nacional do Meio Ambiente:
Art.9, XIII da lei 6.930/81- rol exempli,-cativo. XIII - instrumentos econômicos, como concessão EFo-
restal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros.
o Concessão Florestal:
contrato ADM.
ADM outorga ao particular (PJ) a exploração sustentável das EForestas públicas.
delegação onerosa
exige licitação.
o Seguro ambiental:
objetiva reparar danos ambientais advindos da execução de atividades econômicas.
tem por base o princípio do poluidor pagador e da prevenção.
o Servidão ambiental: direito real sobre coisa alheia.
instituída por instrumento público ou particular, ou, ainda, por termo ADM ,-r-
mado perante órgão integrante do SISNAMA.
pode ser onerosa ou gratuita.
tem por objeto a limitação da propriedade, de forma total ou parcial, autorizada
por seu proprietário ou possuidor.
proprietário ou possuidor renuncia ao direito de explorar os recursos ambientais
do imóvel, urbano ou rural.
a renúncia pode ser de,-nitiva ou temporária (no mínimo 15 anos).
A servidão ambiental não se aplica às áreas de preservação permanente e à reserva legal
mínima exigida.
é vedada, durante a vigência da servidão ambiental, a alteração da destinação da área.
Art. 9-A da lei 6.938/81. Comentado [BP18]: Art. 9o-A. O proprietário ou pos-
suidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica, pode, por
Sanções administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente- ler
instrumento público ou particular ou por termo admi-
art. 72 a 76 da lei 9.605/98. nistrativo ,-rmado perante órgão integrante do SIS-
em caso de cometimento simultâneo de 2 ou + infrações, as sanções serão aplicadas NAMA, limitar o uso de toda a sua propriedade ou de
parte dela para preservar, conservar ou recuperar os re-
cumulativamente.
cursos ambientais existentes, instituindo servidão am-
os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental serão re- biental.
vertidos ao fundo nacional do meio ambiente, fundo naval, fundos estaduais ou
municipais de meio ambiente ou correlatos.
o pagamento de multa imposta pelos Estados, Municípios, DF ou territórios subs-
titui a multa federal na mesma espécie de incidência.
tabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o EFuxo gênico de fauna e EFora, pro- Comentado [BP20]: Súmula 623 do STJ: as obrigações
ambientais possuem natureza propter rem, sendo ad-
teger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.
missível cobrá-las do proprietário ou possuidor atual
Art. 8- exceções à intocabilidade das APPS: e/ou dos anteriores, à escolha do credor.
Art. 8º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de
Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade
pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas
nesta Lei.
§ 1º A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e
restingas somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública.
§ 2º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de
Preservação Permanente de que tratam os incisos VI e VII do caput do Comentado [BP21]: VI - as restingas, como fixadoras
art. 4º poderá ser autorizada, excepcionalmente, em locais onde a fun- de dunas ou estabilizadoras de mangues;
VII - os manguezais, em toda a sua extensão.
ção ecológica do manguezal esteja comprometida, para execução de
obras habitacionais e de urbanização, inseridas em projetos de regula-
rização fundiária de interesse social, em áreas urbanas consolidadas
ocupadas por população de baixa renda.
§ 3º É dispensada a autorização do órgão ambiental competente para
a execução, em caráter de urgência, de atividades de segurança nacio-
nal e obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e miti-
gação de acidentes em áreas urbanas.
§ 4º Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de fu-
turas intervenções ou supressões de vegetação nativa, além das previs-
tas nesta Lei.
Nos casos de APP em propriedades privadas, não há a desapropriação do bem
(limitação supressiva), mas apenas a restrição da utilização da propriedade, calcada
na sua função social.
STJ: sendo imposições de natureza genérica, as limitações administrativas não ren-
dem ensejo a indenização, salvo comprovado prejuízo.
por ato do chefe do executivo – decreto, é possível a criação de uma área de
Comentado [BP22]: Art. 12: TODO IMÓVEL RURAL
preservação permanente, ainda que esta criação não tenha ,-nalidade ambien-
deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a
tal. título de Reserva
Reserva legal- art. 12 Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as
Áreas de Preservação Permanente, observados os
a APP pode ser em área urbana ou rural, quanto a reserva legal é somente em
seguintes percentuais mínimos em relação à área do
área rural. imóvel, excetuados os casos previstos no art. 68 desta
tem natureza jurídica de limitação administrativa e é criada por lei, é genérica Lei:
I - localizado na Amazônia Legal:
e gratuita.
a) 80%, no imóvel situado em área de EForestas;
nenhum proprietário terá direito a indenização em virtude da reserva legal. b) 35%, no imóvel situado em área de cerrado;
Excesso de reserva e remuneração: c) 20%, no imóvel situado em área de campos gerais;
II - localizado nas demais regiões do País: 20%.
todo proprietário rural que registrar a área de reserva acima do percentual
Comentado [BP23]: Sem con,-gurar desapossamento
mínimo estabelecido no código Florestal, pode criar uma servidão ambiental
ou desapropriação indireta, a limitação administrativa
(supra) ou requerer ao órgão ambiental a expedição de Cota de Reserva Am- opera por meio da imposição de obrigações de NÃO
biental – CRA. FAZER (non facere), de FAZER (facere) e de SUPOR-
TAR (pati).
a CRA (nova moeda verde) é um título nominativo representativo de região
Comentado [BP24]: Art 9º - São instrumentos da Polí-
preservada ou em vias de recuperação- art. 44.
tica Nacional do Meio Ambiente:
a CRA é uma concretização do princípio do protetor-recebedor. VI - a criação de espaços territoriais especialmente pro-
será de plena responsabilidade do proprietário do imóvel rural em que se situa tegidos pelo Poder Público federal, estadual e munici-
pal, tais como áreas de proteção ambiental, de rele-
a área vinculada à CRA a manutenção das condições de conservação da vege-
vante interesse ecológico e reservas extrativistas.
tação nativa da área que deu origem ao título.
Sistema Nacional de Unidades de Conservação-SNUC. CF, art. 225, § 1º Para assegurar a efetividade desse di-
reito, incumbe ao Poder Público:
é instrumento da PNMA- previsto no art. 9, VI da lei 6938/81 e art. 225,
III - de,-nir, em todas as unidades da Federação, espa-
§1, III da CF. ços territoriais e seus componentes a serem especial-
espações territoriais especialmente protegidos somente podem ser supri- mente protegidos, sendo a alteração e a supressão per-
mitidas somente através de lei, vedada qualquer utili-
midos, alterados ou desafetados por lei- somente a criação ou ampliação
zação que comprometa a integridade dos atributos que
dessas áreas podem ser feitas por lei ou decreto do Chefe do Executivo. justi,-quem sua proteção.
STF: é inconstitucional a redução ou a supressão de espaços territoriais especial- Comentado [BP25]: em tais casos, eventual decreto
mente protegidos, como é o caso das unidades de conservação, por meio de MP. não poderá ser revogado por outro decreto, mas tão
Hoje, existem 12 espécies de unidades de conservação- todas as entidades políticas somente por uma lei, pois a revogação de um decreto
que cria área de preservação resulta em supressão ou
possuem competência para instituí-las (competência comum); no âmbito federal alteração dela.
elas são administradas pelo ICMbio.
Conceito legal- art. 2 da lei 9985/00. Comentado [BP26]: Art. 22. As unidades de conserva-
ção são criadas por ato do Poder Público. (Regula-
havendo necessidade de proteção ecológica, o subsolo e o espaço aéreo
mento):
também podem fazer parte do espaço de proteção ecológica. § 1- vetado.
Forma da criação das unidades de conservação- art. 22 da lei 9985/00. § 2o A criação de uma unidade de conservação deve
ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública
que permitam identi,-car a localização, a dimensão e
os limites mais adequados para a unidade, conforme se
dispuser em regulamento. ... [4]
Página 8: [1] Comentado [BP3] Bilga Pereira 07/05/2023 15:01:00
Art. 14 - O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de análise diferenciados
para cada modalidade de licença (LP, LI e LO), em função das peculiaridades da atividade ou
empreendimento, bem como para a formulação de exigências complementares, desde que
observado o prazo máximo de 6 meses a contar do ato de protocolar o requerimento até seu
deferimento ou indeferimento, ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência
pública, quando o prazo será de até 12 meses.
§ 1º - A contagem do prazo será suspensa durante a elaboração dos estudos ambientais com-
plementares ou preparação de esclarecimentos pelo empreendedor.
§ 2º - Os prazos estipulados no caput poderão ser alterados, desde que justi,-cados e com a
concordância do empreendedor e do órgão ambiental competente.
§ 1- vetado.
§ 2o A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de
consulta pública que permitam identi,-car a localização, a dimensão e os limites mais adequados
para a unidade, conforme se dispuser em regulamento.
§ 6o A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem modi,-cação dos seus limites
originais, exceto pelo acréscimo proposto, pode ser feita por instrumento normativo do mesmo
nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consulta
estabelecidos no § 2o deste artigo.
§ 7o A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita
mediante lei especí,-ca.