Relatório Maria Inês

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Agrupamento de Escolas de Lousada

Escola Secundária de Lousada


Curso Profissional Técnico/a Auxiliar de Saúde
Ano letivo 2023/2024

Relatório da Formação em Contexto de Trabalho – Unidade Local de


Saúde Tâmega e Sousa

Maria Inês Coelho


Nº 8
11º AdS

Lousada, julho de 2024


Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Agradecimentos

Gostaria de expressar a minha gratidão à Professora Luciana Felício e à Enfermeira Márcia


Melo que contribuíram para a realização deste relatório de Formação em Contexto de Trabalho
(FCT).
Aos Professores da Escola Secundária de Lousada, em especial ao Professor Nuno
Magalhães e ao Professor Luís Sampaio, que sempre estiveram disponíveis para esclarecer as
minhas dúvidas durante a minha FCT.
Agradeço também ao responsável pela entidade de acolhimento Dr. Carlos Alberto Couto da
Silva e ao responsável/Chefe do Serviço de Cirurgia I António Furriel pela oportunidade e também
por criarem um ambiente de trabalho acolhedor e colaborativo, onde consegui aprender e
desenvolver as minhas habilidades de maneira eficaz.
À minha Orientadora Elsa Ferreira agradeço pela sua orientação, paciência, dedicação,
suporte, confiança e contribuição, que foram fundamentais para o meu desenvolvimento
Profissional e Pessoal, durante esta FCT. Agradeço ainda, cada conselho e feedback que foram
essenciais e contribuíram significativamente para a minha formação.
À equipa do Serviço de Cirurgia I (Piso 8), agradeço por todo o conhecimento e apoio
prestado ao longo da FCT.
Não posso deixar de agradecer aos meus amigos e colegas, que estiveram do meu lado em
todos os momentos da FCT.
Agradeço a minha família, em especial a minha mãe por todo o amor e suporte ao longo
desta FCT.
Por fim, agradeço a todos os utentes e a todos aqueles que contribuíram de alguma forma
para a realização desta etapa da minha vida.

A todos muito obrigado!

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Índice

1. Introdução ................................................................................................................. 6
2. Descrição Da Instituição .......................................................................................... 7
3. Tarefas realizadas ................................................................................................... 10
4. Propostas/Sugestões ................................................................................................20
5. Conclusão ................................................................................................................ 21
6. Bibliografia ..............................................................................................................22
Anexos ..........................................................................................................................23

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Índice de figuras

Figura 1: Hospital Padre Américo ...................................................................................................................... 7


Figura 2: Posto de enfermagem ........................................................................................................................24
Figura 3: Sala de medicação .............................................................................................................................25
Figura 4: Carro de apoio ...................................................................................................................................26
Figura 5: Carro de pensos .................................................................................................................................27
Figura 6: Tratamento de resíduos ..................................................................................................................... 28
Figura 7: Material de banho no leito ................................................................................................................ 29
Figura 8: Desinfeção da Unidade (aquando da alta) ........................................................................................ 30
Figura 9: Dietas ................................................................................................................................................ 31

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Lista de siglas

CHTS – Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa


FCT - Formação em contexto de trabalho
KPC - KPC – Klebsiella Pneumoniae Carbapenemas
SUCH – Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
TAC - Tomografia Axial Computorizada
ULS – Unidade Local de Saúde

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

1. Introdução

A FCT é uma etapa essencial na jornada educativa, pelo facto de esta ser o primeiro contacto
com a realidade da profissão. Esta tem um papel crucial na consolidação da identidade profissional,
sendo uma oportunidade para melhor os conhecimentos obtidos ao longo do trajeto escolar.
O Relatório comprova a experiência da FCT que decorreu na Unidade Local de Saúde
Tâmega e Sousa no período de 8 de maio a 4 de julho, durante 40 dias e perfazendo um total de 280
horas de formação. Este relatório, determina um critério sobre os conceitos e procedimentos
desenvolvidos na prática, onde pretendo fazer uma análise detalhada das atividades desenvolvidas.
A FCT tem como principais objetivos:
 Desenvolver e consolidar, em contexto real de trabalho, os conhecimentos e as competências
profissionais adquiridos durante o trajeto escolar;
 Permitir o contacto com tecnologias, equipamentos e técnicas que se encontrem para além
das situações simuláveis durante a formação na escola;
 Desenvolver a autonomia e sentido de responsabilidade profissional;
 Integrar na prática os conhecimentos obtidos ao longo do trajeto escolar;
 Permitir uma melhor aprendizagem, associando assim aos conhecimentos práticos e teóricos;
 Melhorar os conhecimentos da organização Hospitalar;
 Produzir rotinas de trabalho;
 Organizar a inserção no mercado de trabalho, através dos contextos reais de trabalho;
 Fortalecer a ligação da escola com as empresas e instituições da região;
 Proporcionar experiências de caráter socioprofissional que facilitem a futura integração no
mundo do trabalho na área da saúde;

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

2. Descrição Da Instituição

Nome da Instituição: Unidade local de saúde (ULS) do Tâmega e Sousa - Hospital Padre Américo
Morada: Avenida do Hospital Padre Américo N.º 210,4564-007 Guilhufe
Nome do monitor: Bruno Ferreira
Nome da orientadora do serviço: Elsa Ferreira
Nome do professor/orientador: Nuno Magalhães

Descrição da instituição:

O Hospital Padre Américo, está localizado em Penafiel e faz parte da Unidade Local de
Saúde. O hospital desempenha um papel crucial no atendimento hospitalar na região, oferecendo
uma grande gama de serviços de saúde à população. Além dos serviços, o hospital é também um
centro de formação e ensino para futuros profissionais de saúde. Em colaboração com diversas
instituições de ensino, oferece estágios e programas de formação para estudantes de medicina,
enfermagem e outras áreas da saúde.
O hospital oferece uma variedade de especialidades, como:
 Medicina Interna;
 Cirurgia Geral;
 Ortopedia;
 Pediatria;
 Ginecologia e Obstetrícia;
 Cardiologia;
 Oncologia;
 Laboratório de Análises Clínicas;
 Imagiologia (Raio-X, ressonância magnética, TAC (Tomografia Axial Computorizada), etc.)
 Fisioterapia e Reabilitação;
 Farmácia Hospitalar;
 Serviço de Urgência e Emergência;
 Unidade de Cuidados Intensivos.

Figura 1: Hospital Padre Américo


Fonte: https://images.app.goo.gl/Fy72gEkfAm5b4qeM9

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Descrição do serviço de cirurgia I - Piso 8

Neste piso, encontramos:


 1 sala de sujos;
 1 corredor;
 1 copa;
 1 sala de reuniões;
 1 sala de medicamentos;
 1 sala de tratamentos;
 1 sala de arrumos;
 1 gabinete do enfermeiro responsável;
 1 wc para os profissionais;
 1 posto de enfermagem (Anexo I);
 1 sala de limpos;
 1 wc, que é utilizado para guardar colchões, andarilhos e suportes de soro;
 1 wc de banho assistido, que é utilizado para guardar cadeiras de rodas e cadeiras de banho;
 2 quartos individuais numerados;
 6 enfermarias numeradas.

Cada enfermaria de internamento possui:


 4 camas articuladas reguláveis e elétricas;
 4 armários para guardar o vestuário do utente;
 1 casa de banho partilhada pelos 4 utentes do quarto;
 4 mesas de “cabeceira”, uma para cada utente;
 4 cadeirões, 1 para cada utente;
 1 televisão sem comando;
 Ar condicionado.

Cada quarto possui:


 1 mesa de “cabeceira”;
 1 cadeirão;
 1 casa de banho;
 1 cama articulada regulável e elétrica;
 1 armário para guardar o vestuário do utente;
 1 televisão sem comando;
 Ar condicionado.

No que diz respeito à divisão dos profissionais do serviço por turno, num total de 15
auxiliares de saúde:
Turno da manhã: 4;
Turno da tarde: 3;
Turno da noite: 2.
Sendo que ao nível de Enfermeiros existem no total 24:
Turno da manhã: 5;

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Turno da tarde: 5;
Turno da noite: 3.

Ambiente de trabalho

Durante o período que estive FCT experienciei um ambiente calmo e tranquilo. A equipa
do serviço mostrou-se unida e sempre pronta a ajudar. Fui bem acolhida, todos me respeitaram e
colaboraram comigo sempre que necessário, criando um clima de cooperação.

Higiene e segurança
 Temperatura média: 21/23ºC;
 A iluminação está presente em todas as divisões do serviço, proporcionando um ambiente
claro em todos os espaços;
 Sistemas de ar condicionado e ventilação;
 No caso de incêndio, tínhamos ao longo do corredor cerca de 3 extintores disponíveis.

Sinalização de segurança
 Extintores dentro da validade e com manutenções;
 Porta de emergência;
 Planta de emergência afixada;
 Instruções de segurança.

Áreas/setores onde colaborei:

Serviço de Cirurgia I, Piso 8.

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

3. Tarefas realizadas

Todas as atividades foram realizadas no Hospital de Penafiel, especificamente no Serviço de


Cirurgia I, localizado no oitavo andar, sob a supervisão constante da auxiliar de saúde Elsa Ferreira.
Ao longo deste período, totalizou-se um cumprimento de 280 horas.
Sendo um serviço de internamento, o horário de trabalho era organizado em turnos distintos,
como o turno da manhã, da tarde e da noite, de modo a assegurar a continuidade e a qualidade dos
cuidados prestados aos utentes.

Turno da manhã:
 Recebemos o turno e toda a informação sobre os utentes que ficam à nossa responsabilidade
nessa manhã;
 Começávamos por carregar os carrinhos com lençóis, resguardos de pano, fronhas, batas e
toalhas, garantindo que tudo está preparado para as necessidades dos utentes;
 De seguida, dispúnhamos dois lençóis, uma toalha e uma fronha no cadeirão de cada utente.
Caso necessário, adicionávamos também uma fralda e um resguardo de pano.
 Por volta das 9:00 horas, os pequenos-almoços eram servidos conforme a dieta específica de
cada utente. Quando necessário, auxiliávamos o utente na alimentação e na toma da
medicação prescrita;
 Após os pequenos-almoços procedíamos à recolha dos tabuleiros, assegurando que o
ambiente permanecesse organizado e limpo;
 Mais tarde, começávamos por organizar todos os materiais necessários para os cuidados de
higiene e iniciávamos os mesmos com ajuda de um enfermeiro;
 De seguida, orientávamos os utentes autónomos a iniciar os seus cuidados de higiene no
chuveiro enquanto, preparávamos as suas camas;
 Após a realização dos banhos, procedíamos à higienização das mesas de cabeceira,
utilizando Bacoban e panos descartáveis;
 Caso houvesse comunicação de algum serviço, como Raio-X, bloco operatório, TAC,
ecografia, fisioterapia ou diálise, acompanhávamos o paciente, em cadeira de rodas ou na
cama, até o local e retornávamos;
 Depois, carregávamos todo o material em falta nos carrinhos de enfermagem e substituíamos
os sacos de sujos;
 Com todas as tarefas adiantadas, aproveitávamos para fazer uma pausa e comer na copa,
permanecendo sempre atentos às campainhas e ao telefone;
 Quando algum utente estivesse pronto num serviço, como Raio-X, bloco operatório, TAC,
ecografia, fisioterapia ou diálise, o respetivo serviço contactava-nos para informar que já o
poderíamos ir buscar;
 Por volta das 10h30 horas, chegava o lanche de meio da manhã, acompanhados do nome e
número da cama de cada utente, que incluíam iogurte, bolachas de água e sal ou bolachas
Maria, leite e gelatina, eram então distribuídos individualmente a cada utente;
 Assim que recebíamos as altas previstas em cada enfermaria, iniciávamos a desinfeção das
unidades, garantindo que cada espaço onde o utente esteve fosse seguro e limpo, pronto para
receber novos utentes com todo cuidado e conforto necessário;

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

 De seguida, prestávamos assistência aos utentes que precisavam de ir a casa de banho,


acompanhando-os com cuidado e atenção, assegurando que fossem com segurança de volta
à cama ou ao cadeirão;
 Organizávamos o material necessário para esvaziar os sacos coletores de urina de todos os
utentes com algalia;
 Por volta das 12h:20 horas, os almoços eram servidos com atenção às dietas específicas de
cada utente, auxiliávamos sempre que necessário, garantindo também que o mesmo tome a
medicação;
 Após os almoços, procedíamos à recolha dos tabuleiros, assegurando que o ambiente
permanecesse organizado e limpo;
 Após a conclusão de todas as tarefas, aproveitávamos para almoçar em pares, garantindo
assim que o cuidado e a atenção aos utentes nunca fossem interrompidos;
 De seguida, tratávamos da reposição de todo o material em falta nos carros de medicação e
na sala de tratamentos;
 Depois, substituíamos os sacos de lixo, seguindo as normas de separação por cores dos
contentores;
 Às 14:00 horas, passávamos o turno.

Turno da tarde:
 Às 14:00 horas recebíamos o turno;
 Começávamos por posicionar e trocar as fraldas dos utentes com ajuda do enfermeiro
responsável;
 Caso houvesse comunicação de algum serviço, como Raio-X, bloco operatório, TAC,
ecografia, fisioterapia ou diálise, acompanhávamos o paciente, em cadeira de rodas ou na
cama, até o local e retornávamos;
 De seguida, prosseguíamos a reposição dos materiais nos carros, garantindo a
disponibilidade de tudo o que fosse necessário para o cuidado dos utentes (Anexo III e IV);
 Por volta das 15h:30, chegavam os lanches organizados conforme as dietas específicas de
cada utente, contudo, distribuíamos os lanches por cada enfermaria e acompanhávamos os
utentes durante a alimentação e hidratação;
 Após os lanches, procedíamos à recolha dos tabuleiros, assegurando que o ambiente
permanecesse organizado e limpo;
 Com todos os utentes devidamente orientados, aproveitávamos para comer e na copa,
sempre com atenção as campainhas;
 Em seguida, desinfetávamos todo o material utilizado no serviço, como tabuleiros e
aparadeiras, utilizando a máquina de desinfeção, localizada na sala de sujos;
 Caso algum utente necessitasse de ajuda para se deslocar até à casa de banho, caminhar até
ao cadeirão e andar pelo corredor, nós prontamente o auxiliávamos;
 Às 18h:00, preparávamos todo o material necessário para o despejo dos sacos coletores de
urina e realizávamos o procedimento conforme o registo;
 De seguida, chegavam as refeições que eram distribuídas conforme as dietas de cada utente.
Após a distribuição, acompanhávamos os utentes na alimentação e hidratação, assegurando
que o mesmo tome a medicação prescrita;

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

 No fim, procedíamos á recolha de todos os tabuleiros, garantindo um ambiente limpo e


organizado;
 Antes de passarmos o turno, recolhíamos todos os resíduos hospitalares, e substituíamos os
sacos por novos;
 Às 20h:00, passávamos o turno.

Turno da noite

 Às 20:00 horas, recebíamos o turno;


 Começávamos por distribuir as ceias que incluíam alimentos como cevada, leite, chá, pão e
bolacha;
 Em seguida, acompanhávamos os utentes na alimentação e na toma da medicação;
 Após os utentes terminarem as ceias, posicionávamos cada um para dormir e procedíamos a
troca de fraldas, se necessário;
 Após a equipa de enfermagem concluir as suas atividades, procedíamos com a reposição do
material nos carrinhos de enfermagem e na sala de tratamentos;
 Ao longo do turno, atendia as campainhas sempre que tocavam e colaborava em tudo o que
fosse necessário;
 Por volta das 06:00 horas, despejávamos os sacos coletores de urina e posicionávamos os
utentes;
 No fim, retirávamos todos os sacos e colocávamos uns novos;
 Antes de passarmos o turno, procedíamos à verificação dos carros e das salas do serviço,
repondo o material sempre que necessário;
 Às 08:00 horas, passávamos o turno.

Para além das tarefas realizadas, vão aparecendo ao longo do dia, outras tarefas nas quais
participei como:
 Mudar o saco do carro de sujos;
 Fazer a desinfeção completa da unidade;
 Fazer a desinfeção dos aparelhos, espaços e camas, com o uso de desinfetante Bacoban;
 Fazer a reposição do carro de suporte que fica no corredor (fraldas de tamanho M, L,
resguardos, sacos do lixo pretos e brancos, panos de limpeza descartáveis, aventais, luvas de
tamanho S, M, L, desinfetante e esponjas;
 Fazer a reposição do material de entrada nos KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemas)
(luvas e batas descartáveis);
 Auxiliar os utentes a levantar ou a deitar sempre que necessário;
 Auxiliar os utentes nas idas á casa de banho, ou colocar urinóis e aparadeiras;
 Fazer o transporte de utentes até ao serviço de imagiologia para fazerem uma TAC,
ecografia ou Raio-X;
 Auxiliar o profissional de saúde na recolha de amostras biológicas e transporte adequado;
 Auxiliar o transporte de cadáveres até à casa mortuária (Piso 0);
 Auxiliar nas tarefas de alimentação e hidratação do utente;
 Colocar os soros nos seus devidos lugares, na sala de arrumos;
 Colocar urinóis e aparadeiras na máquina de desinfeção;

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

 Colocar os lixos no seu devido contentor: lixo normal, lixo com risco biológico e com
materiais corto-perfurantes;
 Colocar os contentores de lixo (amarelo, vermelho e branco) na sala de sujos, ao lado dos
materiais corto-perfurantes;
 Colocar os contentores do lixo (amarelo, vermelho e branco) na sala de sujos ao lado dos
elevadores (Anexo V);
 Orientar as visitas até aos respetivos utentes;
 Transportar medicamentos da farmácia (Piso 1) até ao serviço de cirurgia 1 (Piso 8);
 Repor o material na sala de medicamentos e nos carros de medicação (Anexo II);
 Repor o carro de pensos (Anexo IV);
 Fazer a devolução dos materiais emprestados ao serviço, por exemplo: pinças (Piso 8) e
macas (Piso 0).

Cuidados de higiene e conforto no leito


Os cuidados de higiene e conforto no leito são um procedimento realizado para higienizar
pacientes que não podem sair da cama por limitações físicas, doenças ou procedimentos médicos.
Para a realização desta tarefa são necessários os seguintes materiais (Anexo VI):
 Bacia com água morna;
 Toalha;
 Luvas descartáveis;
 Avental;
 Dois lençóis;
 Uma colcha;
 Sabonete líquido neutro;
 Creme hidratante;
 Produtos de higiene pessoal.

Passo a passo:
 Explicávamos ao paciente o procedimento que íamos realizar;
 Fechávamos as cortinas (divisória das camas), respeitando sempre a privacidade do utente;
 Calçávamos as luvas descartáveis e o avental;
 Tirávamos as almofadas e o lençol de cima do utente;
 Iniciávamos com a limpeza dos olhos com uma esponja húmida (sem sabonete), começando
sempre do canto exterior para o interior;
 De seguida lavávamos o rosto e as orelhas com uma esponja húmida, impedindo que a água
vá para os olhos ou para os ouvidos e secávamos o rosto com uma toalha seca;
 Se fosse necessário, lavávamos o cabelo com sabão líquido e com uma bacia por baixo da
cabeça e secávamos com uma toalha;
 Depositávamos sabonete líquido na bacia com água, e tirávamos o lençol dos braços e da
barriga, começando das mãos em direção as axilas (com uma esponja molhada na água com
sabonete) e depois lavávamos o peito e a barriga;
 Depois lavávamos as pernas (dos pés às coxas), secávamos com uma toalha e cobríamos as
pernas com o lençol;

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

 Iniciávamos a lavagem da região íntima, começando sempre pela parte da frente em direção
ao ânus. Depois para lavar a região do ânus, virávamos o doente para um lado e lavávamos
com uma esponja com sabonete, aproveitávamos e dobrávamos o lençol em direção ao
corpo e colocávamos um seco e limpo na metade da cama que estava livre;
 Secávamos muito bem a região íntima e lavávamos as costas com outra esponja;
 Deitávamos o utente no lençol seco e tirávamos o lençol molhado, e em seguida esticávamos
o lençol seco por toda a cama fazendo a mesma;
 Penteávamos os cabelos com cuidado;
 Depois com uma esponja dentária humedecida em Tantum, ajudávamos o utente a lavar os
dentes ou o próprio lavava os seus dentes com uma escova que trazia de casa;
 Espalhávamos creme por todas as partes do corpo do utente;
 Vestíamos o utente com as suas roupas ou se o mesmo não tivesse roupa usava uma bata do
hospital;
 Por fim, acabávamos de fazer a cama.

Segundo o que aprendi na aulas teóricas logo depois de levarmos o corpo do utente com
uma esponja com sabão, devíamos passar uma esponja com água para eliminar o sabão, o que não
acontecia.

Banho assistido
O banho assistido é um procedimento no qual um profissional auxilia um paciente durante o
banho, em que o mesmo tenha limitações físicas, idade avançada, ou outras condições que
dificultem a realização dessa atividade de forma independente.
Para este procedimento são necessários os seguintes materiais:
 Toalhas;
 Sabonete;
 Esponjas;
 Roupa limpa;
 Fralda (só se necessário);
 Cadeira de banho (só se necessário);

Passo a passo do banho assistido:


 Informávamos o utente sobre o procedimento que íamos realizar, respeitando a sua
privacidade;
 Verificávamos a temperatura da água para garantir que a mesma estivesse morna;
 Calçávamos as luvas descartáveis e o avental;
 De seguida despíamos o utente;
 Começávamos por lavar o rosto e em seguida, o corpo. Depois do corpo estar molhado,
utilizávamos esponjas com sabonete para limpar todas as regiões do corpo;
 Lavávamos o cabelo do utente, se necessário;
 Secávamos todas as partes do corpo para evitar irritações na pele do paciente;
 Aplicávamos creme hidratante ou outros produtos de cuidados com a pele conforme o
necessário;
 Ajudávamos o paciente a vestir a roupa e assegurávamos que o mesmo estivesse confortável;

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

 No fim, limpávamos o espaço do chuveiro e acompanhávamos o paciente até a cama.

Os procedimentos realizados ao longo do banho assistido eram executados conforme as aulas


téoricas.

Troca de fraldas
Para este procedimento, os materiais necessários são:
 Fralda;
 Luvas descartáveis;
 Creme ou pomada (se necessário);
 Esponjas;
 Resguardo impermeável ou descartável (se necessário).

Descrição passo a passo:


 Fechávamos a divisória das camas;
 Virávamos o utente para um dos lados da cama;
 Movíamos a fralda e limpávamos a região genital com uma esponja, sempre em direção ao
ânus;
 Dobrávamos a fralda para que ficasse com a parte limpa virada para cima;
 Limpávamos a região anal com outra esponja molhada e retirávamos todas as fezes;
 Tirávamos a fralda suja e colocávamos a fralda limpa no utente encostando a mesma ao
corpo;
 De seguida secávamos a região genital e a região anal com um papel;
 Passávamos uma pomada para assaduras;
 Virávamos o utente para cima da fralda limpa e fechávamos a mesma;

Os procedimentos realizados ao longo da FCT (Cuidados de higiene e conforto no leito,


troca de fralda e posicionamentos), eram quase sempre realizados por um auxiliar e um enfermeiro,
mas por vezes em momentos de necessidade os procedimentos eram realizados por dois técnicos.

No Hospital de Penafiel, as trocas de fraldas era realizadas por um auxiliar e um enfermeiro.


De acordo com as aulas téoricas e o manual os procedimentos relativos à troca de fraldas eram
seguidos conforme as diretrizes estabelecidas.

Desinfeção da unidade do utente (aquando da alta)


Os materiais necessários para a desinfeção da unidade do utente são (Anexo VII):
 Luvas descartáveis;
 Avental;
 Desinfetante (Bacoban);
 Panos de limpeza descartáveis;
 Roupa de cama (lençóis, uma colcha e uma fronha).

Descrição passo a passo:


 Calçávamos as luvas e o avental;

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

 Verificávamos se todos os itens do utente eram removidos (se algum item pessoal do utente
ficasse na unidade, colocávamos o mesmo dentro de uma saca com a identificação e
informávamos algum familiar para que o mesmo o recolhesse);
 Removíamos todos os lençóis, cobertores e fronhas e colocávamos no carro de sujos;
 Descartávamos todo o material da mesa de cabeceira;
 Afastávamos a cama da parede e travávamos as rodas;
 Limpávamos o suporte de soro e a campainha;
 Limpávamos a mesa de cabeceira na parte de dentro e fora;
 De seguida, limpávamos a almofada, já sem a fronha e colocávamos a mesma sobre a mesa
de cabeceira;
 Com um pano e desinfetante Bacoban, limpávamos toda a parte superior e laterais do
colchão;
 Dobrávamos o colchão a meio e limpávamos a parte debaixo e a parte inferior da cama;
 Dobrávamos novamente o colchão e limpávamos a cabeceira da cama e a outra metade
inferior;
 Limpávamos o cadeirão, a mesa, a cadeira e o armário;
 Colocávamos o colchão de lado;
 Tirávamos as luvas e o avental;
 No fim, voltávamos a colocar o material de desinfeção no seu devido lugar.

Conforme as aulas téoricas, a desinfeção da unidade do utente, eram realizadas de acordo com as
diretrizes especificadas no manual.

Tratamento de Resíduos

A gestão de resíduos começava na sala de sujos, onde realizávamos a correta identificação e


separação dos materiais descartados. Cada resíduo era classificado e depositado nos contentores
apropriados, de acordo com as suas características específicas. Após essa triagem, os resíduos eram
levados temporariamente para o fundo do corredor. Posteriormente, a equipa de limpeza do hospital
recolhia e transportava esses resíduos até a central de resíduos.
 Grupo I: Resíduos Equiparados a Urbanos e sem exigências no seu tratamento (Saco Preto):
o Restos de alimentos;
o Embalagens vazias, papel e cartão;
o Resíduos de instalações sanitárias, vestiários, sala de convívio, sala de reuniões e
gabinetes;
o Resíduos de armazéns e enfermarias;
o Latas e garrafas.
 Grupo II: Resíduos que não estão sujeitos a tratamentos específicos (Saco Preto):
o Material de proteção individual sem vestígios de sangue;
o Fraldas e resguardos descartáveis não contaminados;
o Talas, gessos e ligaduras não contaminados;
o Frascos de soros não contaminados com sangue;
o Embalagens vazias de medicamentos ou produtos de uso clínico.
 Grupo III: Resíduos Hospitalares de Risco Biológico (Saco Branco):
o Resíduos de quartos ou enfermarias de doentes infeciosos;
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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Material de proteção individual, contaminados com sangue;


o
Fraldas e resguardos descartáveis contaminados;
o
Talas, gessos e ligaduras contaminados ou com vestígios de sangue;
o
Sistemas utilizados na administração de soros e medicamentos, com exceção dos do
o
grupo IV;
o Sacos coletores de fluidos orgânicos;
o Peças anatómicas;
o Papéis e compressas contaminadas com sangue.
 Grupo IV: Resíduos Hospitalares Específicos (Saco Vermelho):
o Objetos corto-perfurantes;
o Agulhas e seringas;
o Cadáveres de animais de experiência laboratorial;
o Produtos químicos e fármacos rejeitados;
o Peças anatómicas identificáveis.

As substituições dos sacos de lixo eram realizadas pelo menos uma vez a cada turno;
Os sacos pretos do grupo I e II não eram removidos pelos Técnicos Auxiliares de Saúde,
essa tarefa era da responsabilidade da SUCH, quanto aos outros, a responsabilidade era nossa,
seguindo tudo o que aprendi nas aulas.

Despejo do saco coletor de urina

Os materiais necessários para o despejo do saco de urina são:


 Luvas descartáveis;
 Bidões;
 Toalhetes;
 Dois sacos transparentes.

Passo a passo:
 Iniciávamos a tarefa reunindo todo o material sobre um carrinho, e colocávamos um saco de
cada lado: Um saco com bidões limpos e o outro para os bidões após a sua utilização;
 Calçávamos as luvas e com um bidão despejávamos o saco de urina. A torneira devia ser
limpa com um toalhete de papel, para evitar o gotejamento para o chão;
 Logo após o despejo, colocávamos o bidão sujo no saco transparente apropriado;
 De seguida registávamos o valor de cada utente na capa de diureses;
 No fim, colocávamos todos os bidões na máquina de desinfeção, e organizávamos todo o
material no seu devido lugar;
 As luvas precisavam de ser trocadas entre os diferentes utentes e, no caso de o saco coletor
de urina se desconectar da algália, era necessário comunicar imediatamente ao enfermeiro
responsável.

No despejo do saco coletor de urina os cuidados adotados eram, a meu ver, exatamente iguais aos
que aprendi na teoria.

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Isolamento de Contacto (KPC)

KPC, conhecida como Klebsiella pneumoniae carbapenemase, é uma bactéria temida pela
sua resistência a uma ampla gama de antibióticos. Uma vez dentro do organismo humano, pode
desencadear outras doenças como pneumonia ou meningite, exigindo cuidados intensivos e medidas
rigorosas de contenção (D'OR, 2024).
Os utentes com KPC são isolados em enfermarias especializadas, onde partilham o espaço
com outros utentes que enfrentam a mesma condição. Esta medida não é apenas para proteger os
utentes vulneráveis, mas também impedir a propagação da bactéria resistente para além da unidade
especializada. Durante os cuidados diários, é importante que os profissionais de saúde utilizem
aventais e luvas, garantindo que nenhum material contaminado entre ou saia do ambiente
controlado. Em caso de qualquer falha, o material contaminado é imediatamente depositado em
sacos brancos designados para esse fim, mantendo a segurança e a integridade do ambiente
hospitalar (D'OR, 2024).
Alguns sintomas da infeção por esta bactéria podem ser:
 Febre acima de 39ºC;
 Aumento da frequência cardíaca;
 Dificuldade para respirar;
 Tosse seca ou com catarro;
 Dor no peito;
 Sensação de mal-estar geral.

A frequente presença desta bactéria entre os utentes levou me a considerar necessário abordar a
questão da Klebsiella pneumoniae carbapenemase. No serviço de cirurgia I os cuidados adotados
pela equipa eram totalmernte diferentes daqueles que aprendi nas aulas téoricas, por exemplo, o uso
de máscara era considerado dispenáve, e os utentes ao saírem do quaros, não usavam máscara nem
lemçois e eroupas limpas.

Dietas (Anexo VIII)

No serviço de Cirurgia I os tipos de dietas instruídas aos utentes internados eram os


seguintes:
 Dieta Líquida Oral:
o É um regime alimentar que consiste exclusivamente no consumo de líquidos. É
geralmente utilizada em situações específicas, como antes ou depois de determinados
procedimentos médicos, durante a recuperação de certas condições de saúde, ou para
facilitar a digestão e a absorção de nutrientes;
 Dieta Ligeira:
o Também conhecida como dieta leve, é um regime alimentar que envolve o consumo
de alimentos de fácil digestão e baixa irritabilidade para o sistema digestivo;
 Dieta Cremosa:
o É um plano alimentar que consiste em alimentos com textura suave e uniforme,
frequentemente recomendada para facilitar a mastigação e deglutição. Esta dieta
inclui alimentos como purês, sopas cremosas, iogurtes, pudins e outros alimentos
que são preparados de forma a serem facilmente ingeridos;

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

 Dieta Zero:
o É quando se faz necessário abster-se completamente de qualquer tipo de alimento até
que sejam dadas novas orientações;

 Uma dieta de água e chá:


o É um regime alimentar extremamente restritivo que envolve a ingestão exclusiva de
água e chá, sem consumir outros alimentos sólidos ou líquidos. Este tipo de dieta
pode ser usada para fins específicos, como jejum ou desintoxicação;
 Dieta Fria:
o É um regime alimentar que inclui alimentos que são consumidos frios ou à
temperatura ambiente. Esta dieta pode ser recomendada por várias razões, como
reduzir a inflamação na boca ou garganta e ajudar a controlar sintomas de febre;
 Dieta Mole:
o É um regime alimentar que consiste em alimentos fáceis de mastigar e engolir,
frequentemente recomendada para pessoas que têm dificuldades de mastigação ou
deglutição.

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

4. Propostas/Sugestões

Após concluir com sucesso a minha FCT no Hospital Padre Américo da ULS Tâmega e
Sousa em Penafiel, gostaria de expressar a minha opinião sobre o serviço de Cirurgia I. De um
modo geral, fiquei muito surpreendida com o extraordinário profissionalismo e a elevada qualidade
de toda a equipa.
Na minha opinião, durante este período de FCT pude experienciar que o serviço de cirurgia
apresentou uma organização exemplar, com um corredor devidamente estruturado e repartido, além
das áreas claramente identificadas. As tarefas eram sempre executadas de forma colaborativa, em
equipa, e o ambiente mantinha-se constantemente limpo e organizado.
O serviço, era colaborativo e implacável, demonstrando um nível de eficiência e dedicação
incomparáveis. Deste modo acredito que a equipa devia demonstrar um espírito mais coeso, unindo
se não apenas durante as tarefas mas também em outros aspetos. Além disso considero necessário
melhorar os horários em que as tarefas eram realizadas.

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

5. Conclusão

A FCT realizada no Hospital Padre Américo representou uma etapa fundamental no meu
desenvolvimento profissional e pessoal. Durante o período de 280 horas, tive a oportunidade de
aplicar os meus conhecimentos teóricos, adquiridos ao longo do meu percurso escolar.
A FCT também me permitiu identificar áreas em que desejo aprofundar os meus
conhecimentos, ou seja, o bloco operatório e a morgue. Fortaleceu, ainda o meu desejo de continuar
a seguir o curso de Técnico Auxiliar de Saúde. A prática reforçou a certeza de que estou no caminho
certo para alcançar os meus objetivos profissionais.Um aspeto positivo foi o facto de o contacto
direto com os utentes no ambiente hospitalar ter transformado a minha perceção, permitindo-me
desenvolver uma visão totalmente diferente em relação à que tinha inicialmente.Um aspeto negativo
foi o facto de realizar muitos turnos da noite, nos quais não aprendia quase nada, e assim esforçar
me o dobro nos turnos diurnos para compensar a falta de aprendizagem.
Considero que o Serviço de Cirurgia I no Hospital de Penafiel é uma excelente área para a
realização da FCT, e, por isso, recomendo que outros alunos e alunas aproveitem a oportunidade
que tive como formada.
Acredito que, ao longo da FCT, como formada, dei o meu melhor em todas as atividades,
merecendo assim um 18.

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

6. Bibliografia

D'OR, R. (2024). Rede D'OR. Obtido de https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/kpc-


superbacteria
Stericycle, I. (2024). Stericycle. Obtido de https://www.stericycle.pt/pt-pt/solucoes/residuos-
hospitalares
Unidade Local de Saúde Tâmega e Sousa;. (2024). Unidade Local de Saúde Tâmega e Sousa.
Obtido em junho de 2024, de https://www.chts.min-saude.pt/instituicao-2/

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Anexos
(Todas as imagens foram tiradas pela formanda durante a FCT)

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Anexo I

Figura 2: Posto de enfermagem

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Anexo II

Figura 3: Sala de medicação

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Anexo III

Figura 4: Carro de apoio

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Anexo IV

Figura 5: Carro de pensos

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Anexo V

Figura 6: Tratamento de resíduos

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Anexo VI

Figura 7: Material de banho no leito

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Anexo VII

Figura 8: Desinfeção da Unidade (aquando da alta)

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Relatório da Formação em Contexto de Trabalho

Anexo VIII

Figura 9: Dietas

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