C9 - Sistema Endócrino

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CONTINUAÇÃO CAP 76 – GUYTON

 ESTÍMULO DO CRESCIMENTO ÓSSEO PELO GH


o Existem dois mecanismos principais para esse crescimento:
o 1- Crescimento dos ossos longos em comprimento nas cartilagens epifisárias – onde as epífises nas
extremidades dos ossos estão separadas das hastes.
o 2- Deposição de nova cartilagem.
o 3- Conversão da cartilagem em osso novo, aumentando a haste e afasta as epífises cada vez mais.
o 4- Ao mesmo tempo, a cartilagem epifisária passa por um consumo progressivo e, ao final d adolescência,
não sobra nenhuma cartilagem para permitir crescimento adicional do osso
o 5- Ocorre a fusão das epífises em cada uma de suas extremidades.
o O segundo mecanismo principal:
o 1- Os osteoblastos no periósteo ósseo e em algumas cavidades depositam osso novo nas superfícies.
o 2- Simultaneamente, os osteoclastos presentes no osso removem o osso velho.
o 3- Quando a taxa de deposição é maior do que a de reabsorção, a espessura do osso aumenta.
o O hormônio de crescimento estimula fortemente os osteoblastos, logo, mesmo ao parar o crescimento
ósseo, eles podem ficar mais espessos ao longo da vida

 RELAÇÃO ENTRE GH E IGF-1


o O GH faz com que o fígado forme várias pequenas proteínas chamadas de fatores de crescimento
semelhantes à insulina – IGFs – também chamados de somatomedinas.
o A ligação entre o GH e as proteínas plasmáticas é fraca. Logo, ele é liberado rapidamente do sangue para
todos os tecidos.
o Já o IGF-1 tem forte ligação com sua proteína transportadora, que é produzida em resposta ao GH.
o Essa liberação lenta prolonga os efeitos promotores do crescimento dos surtos de secreção de GH

 REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DO GH
o O GH é secretado em um padrão pulsátil, aumentando e diminuindo.
o Alguns fatores que estimulam sua secreção: (1) inanição, principalmente deficiência proteica grave; (2)
hipoglicemia ou baixa concentração de ácidos graxos no sangue; (3) exercício; (4) traumatismo; (5) excitação;
(6) grelina, hormônio da fome; (7) alguns aminoácidos.
o O GH também aumenta caracteristicamente durante as primeiras 2 horas de sono profundo.
o O maior controlador da secreção do hormônio de crescimento é o estado de nutrição tecidual a longo prazo,
principalmente o nível de nutrição proteica.
-> Hormônio liberador e inibidor do hormônio do crescimento
o A secreção do GH é controlada por dois fatores secretados no hipotálamo e, então, transportador para a
adeno-hipófise pelos vasos portais hipotalâmico-hipofisários. Ambos são polipeptídeos
o Fator 1: GHRH – hormônio liberador do hormônio de crescimento.
o Fator 2: Somatostatina – hormônio inibidor do hormônio de crescimento.
o A secreção da somatostatina é controlada pelos neurônios periventriculares próximos ao hipotálamo.
o Os neurônios dos núcleos arqueados e ventromediais do hipotálamo secretam GHRH.
o A maior parte do controle de secreção do GH é provavelmente mediada pelo GHRH, em vez de pelo
hormônio inibidor.
o O GHRH se liga com receptores específicos da membrana celular e isso estimula a secreção de GH.
(essa ligação ocorre nas superfícies externas das células do GH na hipófise)
o A partir daí, os receptores ativam o sistema adenilciclase na membrana celular, aumentando o nível
intracelular de monofosfato de adenosina (AMPc).
o Efeito a curto prazo: aumento do transporte de íons de cálcio para a célula. Esse aumento causa a fusão
das vesículas secretoras de GH com a membrana celular. Hormônio é liberado no sangue.
o Efeito a longo prazo: aumento da transcrição dos genes responsáveis pela estimulação da síntese do GH.
 RELAÇÃO DA NEURO-HIPÓFISE COM O HIPOTÁLAMO
o A neuro-hipófise é composta principalmente por células gliais, chamadas de pituícitos (não secretam
hormônios).
o As terminações nervosas são botões bulbosos que contêm muitos grânulos secretores.
o Essas terminações localizam-se na superfície dos capilares, onde secretam dois hormônios, o ADH e a
Ocitocina.
o Os hormônios da neuro-hipófise são secretados pelas extremidades seccionadas das fibras no hipotálamo.
o O ADH é formado principalmente nos núcleos supraópticos e a Ocitocina é formada principalmente nos
núcleos paraventriculares.

 ADH – HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO – Quantidades extremamente pequenas de ADH diminui a excreção de


água pelos rins., permitindo a sua reabsorção pelos túbulos renais.

 OCITOCINA
o Desempenha papel importante na lactação.
o O estímulo da sucção no mamilo faz com que os sinais sejam transmitidos para os núcleos
supraventriculares e supraóptico no hipotálamo.
o Essa reação causa a liberação da ocitocina que provoca a contração das células mioepiteliais
o Estimula poderosamente a contração do útero grávido, principalmente no fim da gestação.
o 1- Em um animal sem hipófise, o trabalho de parto é prolongado.
o 2- A quantidade de ocitocina no plasma aumenta durante o trabalho de parto.
o 3- O estímulo do colo uterino de um animal gestante desencadeia a liberação de sinais neurais, que
passam pelo hipotálamo e aumenta a secreção de ocitocina.
CAP 81 – GUYTON

TESTOSTERONA E OUTROS HORMÔNIOS SEXUAIS MASCULINOS

 SECREÇÃO DA TESTOSTERONA
o Os hormônios sexuais são chamados de androgênios e inclui a testosterona, di-hidrotestosterona (mais
ativo) e androstenediona.
o A testosterona é formada pelas células intersticiais de Leydig, localizadas nos túbulos seminíferos, apenas
quando estas são estimuladas pelo LH proveniente da adeno-hipófise.
o Essas células são ativas por cerca de duas semanas após o parto e permanecem inativas durante toda a
infância.
o Todos os androgênios são compostos por esteroides e podem ser sintetizados a partir do colesterol ou
diretamente do acetil coa.
o As glândulas adrenais também podem secretas androgênios (mulher e homem).
o O ovário normal também produz quantidades mínimas de androgênio, mas não são significativas.

 METABOLISMO DA TESTOSTERONA
o Após a secreção pelos testículos, a testosterona se liga fracamente com a albumina plasmática ou mais
fortemente com uma betaglobulina, chamada de globulina de ligação a hormônios sexuais, e, assim,
circula no sangue.
o Nesse momento, a testosterona vai para os tecidos ou é degrada em produtos inativos e excretada.
o A testosterona que não se fixa nos tecidos é logo convertida, principalmente pelo fígado, em
androsterona e (DHEA).
o Essas substâncias são excretadas no intestino, por meio da bile, ou na urina, pelos rins.

 FUNÇÕES DA TESTOSTERONA
o Em geral, a testosterona é responsável pelas características que diferenciam o corpo masculino.
o Durante a vida fetal, os testículos são estimulados pela gonadotrofina coriônica, proveniente da placenta,
a produzir quantidades moderadas de testosterona por todo o desenvolvimento fetal e pouco após o
nascimento.
o No início da puberdade, a produção de testosterona aumenta rapidamente.
o A injeção de uma grande quantidade de hormônio sexual masculino em animais prenhes promove o
desenvolvimento de órgãos sexuais masculinos no feto, embora o feto seja do sexo feminino. Além disso,
a remoção dos testículos no feto masculino induz o desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos.
o Os testículos geralmente descem para o saco escrotal durante os últimos 2 a 3 meses de gestação, quando
os testículos começam a secretar quantidades razoáveis de testosterona.
o A testosterona induz o crescimento de pelos (1) púbis; (2) linha alba do abdome; (3) face; (4) peito; (5)
com menos frequência em outras regiões do corpo, como as costas.
o Reduz o crescimento de cabelo no topo da cabeça; um homem que não tem testículos funcionais não fica
calvo.
o Produz hipertrofia da mucosa laríngea e o alargamento da laringe.
o Aumenta a espessura da pele e pode contribuir para o desenvolvimento de acne. Aumenta também a
secreção das glândulas sebáceas do corpo.
o Desenvolvimento do aumento da musculatura após a puberdade, através do aumento da síntese proteica.
o Aumenta a matriz óssea – depósito de grandes quantidades adicionais de sais de cálcio.
oEfeito específico na pelve. (1) estreitar a passagem pélvica; (2) alongá-la; (3) dar-lhe uma forma afunilada,
em vez da forma larga e ovoide da pelve feminina; (4) aumentar muito a força de toda a pelve para
suportar pesos.
o Aumenta a taxa metabólica basal e produção das hemácias.
o Aumenta a reabsorção de sódio nos túbulos distais renais. Em menor quantidade se comparada aos
mineralocorticoides adrenais.
 MECANISMO DE AÇÃO INTRACELULAR DA TESTOSTERONA
o A testosterona é mais frequentemente convertida sob a influência da enzima initracelular 5α-redutase,
para di-hidrotestosterona (DHT), que se liga a uma “proteína receptora” citoplasmática.
o Esse complexo migra para o núcleo da célula e induz a transcrição DNA—RNA.
o Após vários dias, a quantidade de DNA na próstata também aumenta, e ocorre a elevação simultânea do
número de células prostáticas

 PRODUÇÃO DE ESTROGÊNIOS NO HOMEM


o Pequenas quantidades do hormônio sexual feminino é formada no homem. 1/5 da mulher não grávida.
o 1- A concentração de estrogênios no líquido dos túbulos seminíferos é relativamente alta. Ele
provavelmente desempenha papel importante na espermatogênese.
Acredita-se que esse estrogênio seja formado pelas células de Sertoli, por meio da conversão de
testosterona em estradiol.
o 2- Quantidades muito maiores de estrogênio são formadas a partir de testosterona e da androstenediona
em outros tecidos do corpo, principalmente no fígado.

 CONTROLE DAS FUNÇÕES SEXUAIS


o A maior parte do controle das funções sexuais, tanto dos homens quanto das mulheres, começa com a
secreção do hormônio liberador de gonadotrofina (LHRH ou GnRH) pelo hipotálamo.
o Esse hormônio estimula a adeno-hipófise a secretar dois outros hormônios.
1 – Hormônio luteinizante (LH) – estímulo primário para a secreção de testosterona pelos testículos.
(2) Hormônio foliculoestimulante (FSH) – estimula a espermatogênese.
o O LHRH é secretado pelos neurônios, cujos corpos celulares estão localizados no núcleo arqueado do
hipotálamo.
o As terminações desses neurônios encontram-se, na eminência mediana do hipotálamo, onde liberam
LHRH no sistema vascular porta hipotalâmico-hipofisário.
o Então, o LHRH é transportado para a adeno-hipófise e estimula a liberação de duas gonadotrofinas, o LH e
o FSH.
o O LHRH é secretado de forma intermitente por alguns minutos, a cada 1 a 3 horas.
(1) Pela frequência desses ciclos de secreção.
(2) Pela quantidade de LHRH liberado em cada ciclo.
o A secreção de LH pela adeno-hipófise também é cíclica, seguindo quase fielmente o padrão de liberação
pulsátil do LHRH. Por conta disso, o LHRH também é chamado de hormônio liberador de LH.
o A secreção de FSH aumenta e diminui apenas ligeiramente a cada flutuação da secreção do LHRH.

 HORMÔNIO GONADOTRÓFICOS: LH/FHS


o O LH e o FSH são glicoproteínas. Eles exercem seus efeitos pela ativação do sistema de segundo (AMPc).
o Quando o LH induz a produção de testosterona, essa mesma testosterona inibe a secreção de LH pela
adeno-hipófise.
o A maior parte dessa inibição resulta de um efeito da testosterona no hipotálamo para diminuir a secreção
de LHRH.
 PUBERDADE
o Durante a infância, o hipotálamo não secreta quantidades significativas de LHRH.
o Por motivos ainda não totalmente compreendidos, na época da puberdade, a secreção de LHRH
hipotalâmico supera a inibição infantil, iniciando a vida sexual adulta.

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