Programa de Governo PT RP 2020

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................... 3
I. POLÍTICAS SOCIAIS E A REALIZAÇÃO DE DIREITOS.............................................. 6
1. EDUCAÇÃO........................................................................................................................................................6
2. SAÚDE.................................................................................................................................................................9
3. CULTURA, ESPORTE E LAZER......................................................................................................................... 11
4. SEGURANÇA PÚBLICA................................................................................................................................... 13
5. MULHERES...................................................................................................................................................... 15
6. CRIANÇA E JUVENTUDE................................................................................................................................. 17
7. LGBTQIA+........................................................................................................................................................ 19
8. PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL........................................................................................................... 21
9. POPULAÇÃO DE RUA...................................................................................................................................... 22
10. DIREITOS HUMANOS................................................................................................................................... 23
11. CIDADANIA E COMBATE A MISÉRIA............................................................................................................ 24

II. DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL E O DIREITO À CIDADE................ 25


1. HABITAÇÃO..................................................................................................................................................... 26
2. MOBILIDADE URBANA E TRANSPORTE........................................................................................................ 27
3. SUSTABILIDADE AMBIENTAL URBANA......................................................................................................... 29
4. SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL.................................................................................................. 31
5. GERAÇÃO DE RENDA, TRABALHO E ECONOMIA SOLIDÁRIA..................................................................... 33
6. INCLUSÃO DIGITIAL E MODERNIDADE TECNOLOGICA.............................................................................. 35

III. GESTÃO, TRANSPARÊNCIA E PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA.......................... 36


1. RETOMAR O ORÇAMENTO PARTICIPATIVO (OP)......................................................................................... 37
2. INTEGRAR OS CONSELHOS EM UMA POLÍTICA MUNICIPAL DE PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA........... 38

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INTRODUÇÃO
No contexto brasileiro recente o PT realizou, nos governos Lula e Dilma, mui-
tas ações para o combate à fome, à pobreza e na melhoria de vida dos trabalhado-
res. Os investimentos realizados em políticas públicas e programas sociais foram
muito significativos. Nesse período houve os projetos e programas de transferência
de renda e garantia de direitos sociais (educação, saúde, moradia, alimentação) e
econômicos (aumento do salário mínimo, políticas de garantia do emprego, salá-
rio-desemprego, reforma agrária, cooperativas da economia solidária etc.). Essa
decisão política foi determinante para alterar a vida de mais de 40 milhões de pes-
soas, que viviam em situação de fome e de extrema miséria e proporcionou um pe-
ríodo de grande melhoria das condições de vida dos trabalhadores e população em
geral.

Com a criação do Ministério das Cidades em 2003, foram implementadas


também ações que permitiram a melhoria de várias cidades brasileiras. Houve
avanços importantes na reestruturação institucional e legal do setor urbano no
país. Foram formulados e implementados a Política Nacional de Saneamento Bási-
co, Política Nacional de Mobilidade Urbana, Política e o Sistema Nacional de Habi-
tação, o marco nacional para a Regularização Fundiária Urbana, além do Sistema
de Conferências das Cidades. Em parceria com outros ministérios, foram formula-
das também a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Política Nacional de Desastres
e Defesa Civil e o Plano Nacional para Adaptação à Mudança do Clima.

Cabe destacar os repasses de recursos e financiamentos por meio do PAC –


Programa de Aceleração do Crescimento para saneamento, Programa Minha Casa
Minha Vida e Mobilidade Urbana. Ribeirão Preto, por exemplo, recebeu recursos
para habitação e financiamento para a mobilidade urbana, principalmente para a
implementação de faixas exclusivas e corredores de ônibus, ciclovias e melhoria de
infraestrutura viária, cujas obras estão em andamento.

Infelizmente, após o golpe de 2016 contra a Presidenta Dilma, o país se en-


contra num caminho de retrocesso no desenvolvimento social e econômico promo-
vido durante as gestões petistas. Podem ser destacadas a perda de direitos na Pre-
vidência Social, a perda de direitos trabalhistas e a precarização das condições de
trabalho, a falta de valorização do salário mínimo e o desmonte de várias políticas
sociais. Não bastasse a situação ruim causada pela política econômica de Michel
Temer e Jair Bolsonaro, neste ano temos a pandemia da COVID-19, que agrava o
desemprego, causa a perda de renda de grande parte das famílias brasileiras. Esses
fatores contribuem para o aprofundamento das desigualdades sociais, o aumento
da situação de fome, pobreza e a insegurança alimentar, reconduzindo o Brasil ao
mapa da fome.

No governo do estado de São Paulo e na Prefeitura de Ribeirão Preto não


se verifica ações efetivas para combater esses problemas. Ao contrário, há alinha-
mento com as políticas do governo federal e apoio à sua implementação.

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Apesar da solução do país não ser atribuição da administração municipal
e não estar ao seu alcance, é possível agir para aumentar a proteção das pessoas
e combater os efeitos da crise econômica. Para isso é necessário ter outra visão
de mundo, baseada na redução das desigualdades e promoção de direitos bási-
cos fundamentais; e do papel da prefeitura, que leve à melhoria dos serviços que
estão sob sua responsabilidade. Este cenário exige também liderança política no
planejamento e na articulação regional, que contribuam no enfrentamento do
desmonte dos programas federais voltados para as cidades e demande mecanis-
mos de articulação entre o governo federal e os estados e municípios.

O Programa de Governo de Antônio Alberto Machado mostra como uma


administração municipal pode ser diferente e ter resultados que melhorem a vida
das pessoas, apesar da política errática do governo federal, estadual e munici-
pal. “Ribeirão para as Pessoas” é a frase escolhida para resumir o compromis-
so de melhorar a infraestrutura da cidade, sem descuidar das políticas públicas
que melhorem a vida da população, recolocando a prefeitura a serviço daqueles
que mais precisam. Nesse Programa de Governo estão as propostas que podem
mudar Ribeirão Preto para melhor, que serão implementadas no período 2021 a
2024 pelo Partido dos Trabalhadores.

Ele oferece ainda uma visão de futuro da cidade e expressa como Ribeirão
Preto deve se desenvolver do ponto de vista urbanístico, econômico, social, cul-
tural e ambiental. Apresenta propostas e soluções para os problemas imediatos e
indica caminhos do futuro. Resgata, assim, a importância do planejamento e da
participação social, com o objetivo de iniciar um novo ciclo na história política
e administrativa da cidade e evitar que o espontaneísmo e a especulação conti-
nuem norteando a construção de uma cidade caótica e desequilibrada econômi-
ca, social e ambientalmente.

O que quisemos construir com este Programa é uma concepção de cidade,


que debateremos com toda a sociedade nestas eleições e que construiremos jun-
tos, de forma democrática no governo, a partir da vitória de Antônio Alberto Ma-
chado e das forças políticas e sociais que apoiam a sua candidatura. A construção
deste Programa foi orientada pela convicção de que só a participação democrá-
tica será capaz de enfrentar os graves problemas que a cidade de Ribeirão Preto
apresenta. Foram vários militantes, técnicos, ativistas, filiados e não filiados aos
partidos da coligação “Ribeirão para as Pessoas” participaram diretamente dos
Grupos Temáticos que discutiram e ajudaram a elaborar este Programa.

Este programa tem como eixo articulador a Transição Ecológica para a So-
ciedade do Século XXI, processo estratégico voltado a uma economia justa, que
respeita todas as formas de vida e garante a manutenção da vida humana, inte-
gra políticas públicas que prezam pela garantia e soberania do ar, da água, dos
minérios, fauna e flora, pela soberania alimentar e o desenvolvimento da agroe-
cologia, visando garantir a produção de alimentos saudáveis a partir de conhe-
cimentos tradicionais e científicos.

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As propostas foram articuladas em três Eixos I-Políticas Sociais e a Rea-
lização de Direitos; II-Desenvolvimento Econômico, Social e o Direito à Cida-
de e, por fim, III-Gestão, Transparência e Participação Popular.

Essas propostas são resultado do trabalho de várias pessoas, sejam mo-


radores dos bairros mais afastados, onde o governo municipal não chega atual-
mente, estudantes, pesquisadores e especialistas em políticas públicas, compro-
metidos com uma mudança estrutural da cidade de Ribeirão Preto, que favoreça
a maioria de sua população trabalhadora, reduzindo as vulnerabilidades sociais
e econômicas de grande parte de nossa população, principalmente mulheres,
crianças, jovens idosos e negros. Sua implementação se dará em um contexto de
região metropolitana, na qual a cidade de Ribeirão Preto tem papel fundamen-
tal na demonstração de que é possível governar, promovendo o desenvolvimen-
to econômico, a inclusão social e a redução das desigualdades.

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I. POLÍTICAS SOCIAIS E A REALIZAÇÃO DE DIREITOS

1. EDUCAÇÃO
A Constituição Federal define a educação como um direito do indivíduo e
como um dever do estado e da família. Ela determina que os municípios devam
atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. Desta for-
ma, a educação se constitui numa das principais políticas públicas dos municí-
pios. É preciso resgatar o conceito de escola pública como espaço de formação
integral de cidadãos, com educação pública de qualidade para todos. O PT en-
tende a qualidade no ensino como resultado de um projeto político-pedagógico
que integra cultura, esporte, música e lazer e rompe com uma visão fragmentada
e minimalista da educação, restrita à sala de aula, como vem acontecendo em
Ribeirão Preto nos últimos anos.

O Governo Antônio Alberto Machado trabalhará para que a educação seja


pública, universal gratuita e, gradativamente, os alunos fiquem na escola em pe-
ríodo integral. Outro aspecto fundamental é que a educação deve ser laica, isto é,
difundir o respeito à todas as religiões, sem se orientar por qualquer uma delas. A
política de Educação seguirá o Plano Municipal de Educação, que é o instrumento
político e educacional que prevê políticas públicas com estratégias a curto, mé-
dio e longo prazo para a educação do município. Temos uma Plano Municipal de
Educação que foi debatido e construído de forma democrática pela sociedade
civil em 2015, nunca implementado. Vamos revisitar esse plano e colocá-lo em
ação

PROPOSTAS
Democratizar o acesso e a permanência com qualidade:

1. Desenvolver programas visando a educação integral na rede municipal de


ensino.

2. Universalizar a educação infantil nas EMEIS (Escola Municipal de Educação


Infantil) para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta
de educação infantil em CEI para as crianças de até 3 (três) anos, de forma a aten-
der 100% (cem por cento) da demanda.

3. Garantir a alfabetização e o aumento de escolarização aos jovens e adul-


tos.

4. Promover a articulação com outras políticas sociais visando a permanên-


cia do estudante na escola.

5. Introduzir programas elaborados de forma intersetorial visando capacitar


o jovem para o mercado de trabalho.

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6. Apoiar as unidades educacionais na construção de projetos que abordem
temas de relevância como Adolescência, Drogas, Sexualidade, DST
/AIDS, Violência e outros oportunos a cada realidade local.

7. Revisar a política de fortalecimento da qualidade do transporte escolar;

Democratização da gestão da educação:

1. Fomentar a participação dos pais e responsáveis e da comunidade.

2. Propiciar condições para o diálogo entre a equipe escolar, os estudantes,


as famílias e representantes da comunidade.

3. Elaborar coletivamente (equipe escolar e comunidade) o projeto político-


pedagógico das escolas.

4. Retomar e fortalecer os conselhos de escolas e outras formas associativas


dos pais.

5. Incentivar e fortalecer o diálogo como instrumento da resolução de diver-


gências e conflitos.

6. Incentivar a organização dos estudantes.

7. Desenvolver uma política de superação da violência de maneira articulada


com as escolas e apoiada por uma rede de entidades capacitadas para auxiliar as
unidades educacionais em seus problemas cotidianos.

8. Promover a inclusão de pessoas com deficiência, garantindo formação


adequada aos educadores e demais profissionais da unidade educacional e ma-
terial pedagógico adaptado para um acolhimento mais humano e com qualida-
de.

Construir a qualidade social da educação

9. Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por


cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco
por cento) dos (as) alunos (as) da Educação Básica no prazo mínimo 10 anos a
partir da vigência do PME.

10. Transformar os espaços educacionais em lugares de criação e recriação da


cultura, bem como criar um conjunto de ações articuladas que amplie o universo
cultural de todos os estudantes.

11. Implementar ações intersetoriais efetivas, integrando educação, assistên-


cia social, saúde, esporte e cultura na garantia do atendimento integral e inte-
grado.

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12. Recriar o Projeto Pedagogia de Rua na Secretaria da Educação com a fina-
lidade de trabalhar com crianças em situação de risco.

13. Recriar programas em parceria com a FUNDET (Fundação de Educação


para o Trabalho) através de uma ação transversal com a instalação dos progra-
mas para Criança e Juventude.

14. Promover a reorientação curricular contemplando a diversidade, as dife-


renças, as divergências, a garantia de direitos e a justiça social. Elaborar, publicar
e distribuir o material didático com enfoque na temática de gênero, raça, etnia,
geracional, orientação sexual e dos direitos humanos;

15. Elaborar política municipal de formação e valorização dos profissionais da


educação articulando carreira, jornada e piso salarial, buscando fortalecer o tra-
balho em equipe, a formação permanente no contexto da escola articulada às
práticas pedagógicas e inovar os espaços educacionais.

16. Desenvolver programas de incentivo, bolsas e residências na graduação,


formação e especialização dos profissionais que atuarão na rede pública, priori-
tariamente, nas áreas de educação e saúde.

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2. SAÚDE
O Programa de Governo se estrutura a partir da compreensão da saúde
como um direito humano, resultado das condições econômicas e sociais. Reafir-
ma a importância de avançar e dar concretude às características do SUS, como
um sistema universal, público, integral e de qualidade para todos os cidadãos.

O SUS é o responsável pelo cuidado com a Saúde no Brasil. É uma conquis-


ta do povo brasileiro que se estende por todo o território nacional, e nós defende-
mos o SUS, que foi criado, depois de muita luta, pela Constituição de 1988 para
cuidar da Saúde de todos os brasileiros, como direito do cidadão e dever do Esta-
do.

O governo municipal de Ribeirão Preto, com Antônio Alberto Machado


prefeito, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, que é a gestora das políti-
cas municipais, buscará a melhoria da saúde da sua população, a ampliação e o
aperfeiçoamento da rede colocada à disposição das pessoas , com garantia do
acesso, qualidade e atendimento integral, em consonância com os princípios do
Sistema Único de Saúde.

Para a assistência em saúde, o modelo que acreditamos é centrado na


Atenção Primária em Saúde (APS), regente de toda uma rede de serviços de saú-
de de diferentes densidades tecnológicas, articulados em um sistema integrado.
Para a melhoria do atendimento e a solução dos constantes problemas enfren-
tados pela população na área da Saúde, é necessário a ampliação gradual do
atendimento ao longo dos próximos anos, até que se atinja a proporção ideal
recomendada entre população, rede de atendimento e capacidade de realização
de consultas

PROPOSTAS
1. Reconhecer o direito social à saúde, constitucionalmente definido, com
acesso igualitário a todos, observando os princípios e diretrizes do SUS no desen-
volvimento das ações de saúde.

2. Desenvolver ações intersetoriais em parceria com os demais órgãos da


gestão municipal e entidades sociais, atuando nos determinantes da saúde indi-
vidual e coletiva, incluindo as questões ambientais.

3. Reduzir os riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de


promoção, prevenção e vigilância em saúde.

4. Valorizar a atenção aos idosos e a grupos sociais específicos mais vulnerá-


veis que demandem políticas de inclusão social.

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5. Reorganizar a atenção básica fortalecendo as equipes e as atividades das
unidades básicas, para que sejam a porta de entrada prioritária e resolutiva dos
problemas de saúde em condições de serem coordenadoras do cuidado integral
e do acesso aos demais níveis da rede de atenção.

6. Garantir acesso integral em tempo adequado às necessidades de saúde,


aprimorando a política de atenção básica e sua integração com a atenção espe-
cializada, incluindo o apoio diagnóstico, a atenção de urgência e emergência e a
assistência hospitalar.

7. Instituir os Conselhos Distritais de Saúde, já legalizado em nosso municí-


pio.

8. Retomar os Conselhos Gestores das Unidades de Saúde, considerando este


espaço potencial para a gestão democrática. Rever as dificuldades da participa-
ção nos Conselhos e a partir destas se comprometer com as propostas que forem
elaboradas para enfrentar os desafios nestes espaços de participação, tais como
recurso orçamentário, legislação atual, local, horário, infraestrutura entre ou-
tros.

9. Desenvolver uma política de educação permanente de todos os trabalha-


dores da saúde e garantir apoio pedagógico e aperfeiçoamento técnico dos pro-
fissionais responsáveis pelas atividades de ensino nos serviços.

10. Contemplar, na política de gestão do trabalho, a qualificação e a valori-


zação dos trabalhadores da saúde, garantindo condições salariais adequadas,
ascensão profissional segundo planos de carreira e democratização das relações
de trabalho por meio de negociações permanentes com entidades representati-
vas dos trabalhadores da saúde.

11. Manutenção/Readequação dos espaços e equipamentos atuais em con-


sonância com a ANVISA em virtude dos impactos e mudança de paradigma no
atendimento causados pelo COVID19;

12. Fortalecer o CEO (Centro de Especialidades Odontológicas) em suas diver-


sas especialidades: pacientes com necessidades especiais, cirurgia, periodontia,
diagnóstico bucal, endodontia e prótese dentária.

13. Instituir o Programa de Saúde da População Negra e da Mulher Negra para


atendimento das doenças inerentes a esta raça e etnia

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3. CULTURA, ESPORTE E LAZER
A Cultura, o Esporte e o Lazer desempenham na vida social moderna uma
importância cada vez mais estratégica e integram o núcleo de uma nova área
econômica denominada “indústria do entretenimento”. Desta forma, o Progra-
ma de Governo do PT considera estes três componentes como atividades cons-
titutivas de direitos e cidadania, como atividades formadoras do processo edu-
cacional e da formação física dos indivíduos, como atividades de fruição e como
atividades econômicas.

CULTURA

1. Socializar os bens culturais desenvolvendo ações e programas que garan-


tam o acesso do cidadão ao patrimônio cultural e artístico da humanidade e aos
seus meios de
produção.
2. Realizar reformas e restaurações dos espaços públicos da cultura. Buscar
apoio para a revitalização do centro histórico e dos patrimônios tombados.

3. Dar especial atenção à cultura produzida para e pelas crianças, trabalhan-


do em parceria com a Secretaria Municipal de Educação

4. Construir ações e programas que deem visibilidade à produção artística e


cultural hoje confinada por limites geográficos, econômicos e sociais.

5. Criar programas e ações que desenvolvam a cultura e a arte também como


atividade econômica, priorizando o cidadão e não o consumidor. Democratizar a
fruição e o fazer cultural.

6. Apoiar iniciativas de grupos e artistas por meio de editais, que serão cria-
dos e discutidos com o CMC e com a sociedade civil

7. Desenvolver ações e programas no sentido da construção de um pensa-


mento cultural na cidade que permita a constituição de cidadãos e cidadãs dota-
dos de capacidade de entendimento dos problemas que afetam a cidade, o Brasil
e o mundo.

8. Desenvolver ações de capacitação de trabalhadores da cultura, no sentido


de desburocratizar o chamamento de editais públicos em plataformas digitais, e
criar canais para divulgar medidas e eventos da própria secretaria, como forma
de garantir o direito à informação e à cultura.

9. Tornar os cinco centros culturais subsedes da SMC, para que possam aten-
der as demandas da periferia da cidade.

10. Tornar a Casa da Cultura um espaço permanente de exposições variadas.

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11. Reformular a Escolinha de Arte do Bosque.

12. Construir a programação do Teatro de Arena, do Teatro Municipal, da Casa


da Cultura e dos Centros Culturais sempre por meio de editais.

13. Tornar o Centro Cultura Palace uma escola municipal de música, teatro e
dança.

14. Rever o Eventos Oficiais, de modo a otimizar os recursos da SMC.

15. Lançar editais específicos para a cultura periférica e negra. Reforçar e in-
vestir nos valores da cultura negra e afro-brasileira, de matrizes africanas, das
culturas migrantes e imigrantes na cidade.

16. Abrir equipamentos municipais de cultura à produção cultural da comuni-


dade LGBTQIA+.

ESPORTE E LAZER

1. Implantar políticas públicas específicas para cada uma das seguintes áre-
as: Esporte, Atividade Física, Atividade Esportiva, Lazer e Educação Física Esco-
lar.

2. Ampliar e promover a qualidade das oportunidades de esporte e de lazer,


respeitando os desejos, necessidades e expectativas das diferentes comunidades
para as práticas esportivas e culturais.

3. Ampliação das parcerias entre os setores das áreas sociais com outras es-
feras da sociedade para executar políticas de lazer;

4. Implantação de programas de formação de agentes de políticas in-


tersetoriais de lazer.

5. Ampliação dos espaços e equipamentos e melhoria da infraestrutura es-


portiva local por meio de um sistema de gestão pública

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4. SEGURANÇA PÚBLICA
O Município tem um papel fundamental na elaboração e implementação
de planos e políticas de segurança, prevenção à violência e promoção da cultura
de paz. Isso porque as estratégias são mais efetivas se pensadas em âmbito mu-
nicipal, articulando diversos equipamentos públicos, com maior capilaridade,
presença e conhecimento das dinâmicas locais.

A sensação de insegurança em Ribeirão Preto não se mostra apelas pelos


números, mas também pela própria configuração da cidade, com a multiplica-
ção de condomínios fechados, dispositivos particulares de segurança (cercas elé-
tricas, câmeras etc.) e atitude dos cidadãos, que têm medo de andar nas ruas de
frequentar espaços públicos em determinados horários.

A atuação do Município na Segurança Pública se dá pelas políticas de pre-


venção, articuladas entre as diversas Secretarias Municipais, e pela Guarda Civil
Metropolitana.

A iluminação pública nos bairros e no centro, a fiscalização de posturas re-


lativas ao ordenamento e uso e ocupação do espaço urbano e rural e o cuidado
com a cidade contribuem para a qualidade de vida e para a prevenção da violên-
cia. Neste contexto, uma política municipal de segurança urbana tem potencial
para produzir resultados positivos na redução da violência. Construir um bom
programa de segurança pública para a cidade de Ribeirão Preto é o primeiro pas-
so para que o futuro prefeito, Antônio Alberto Machado, implemente uma políti-
ca eficaz nesta área.

PROPOSTAS
1. Capacitar a GCM para os valores democráticos e o respeito aos Direitos
Humanos.

2. Iluminar os espaços públicos, priorizando áreas de circulação de pedestres,


tanto no centro quanto nas periferias.

3. Implantar um Programa de Justiça Restaurativa na cidade de Ribeirão Pre-


to, que contribua para a reparação das vítimas de crimes envolvendo o poder
público municipal.

4. Realizar fóruns locais comunitários de segurança urbana, para que sejam


debatidas as necessidades e projetos para melhoria da segurança urbana, bem
como o enfrentamento ao racismo, homofobia, transfobia e a violência contra a
mulher.

5. Possibilitar, através do GGIM, a atuação preventiva no âmbito da seguran-


ça pública, por meio de ações sociais, e com eficácia na gestão por resultados,
evitando que estes delitos venham a ocorrer.

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6. Treinar funcionários de escolas e hospitais para registro e notificação de
casos de violência identificados e atendidos.

7. Constituição do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), lidera-


dos pelo prefeito, compostos por secretários municipais das áreas sociais e com
todos os atores envolvidos com a justiça e segurança no município.

8. Possibilitar, através do GGIM, a atuação preventiva no âmbito da seguran-


ça pública, por meio de ações sociais, e com eficácia na gestão por resultados,
evitando que estes delitos venham a ocorrer.

9. Criar estratégias de coleta de informações específicas para crimes contra a


pessoa e crimes contra o patrimônio, buscando reduzir a subnotificação;

10. Treinar funcionários de escolas e hospitais para registro e notificação de


casos de violência identificados e atendidos.

11. Planejar e organizar, a partir de diagnósticos periódicos, de forma inte-


grada, as ações operacionais para garantia da Segurança Pública, redução de
violência e criminalidade, em especial, nas regiões mais críticas do município.

12. Fortalecimento dos Conselhos Municipais de Segurança Pública com cará-


ter deliberativo, compostos por representantes da sociedade civil, comunidades,
forças policiais e representante do Gabinete de Gestão Integrada Municipal.

13. Realização de Conferência Municipal de Segurança Pública, anualmente.


14. Investir na capacitação dos gestores e participantes das comissões, conse-
lhos, fóruns e associações.

15. Estruturação da carreira da Guarda Civil Metropolitana, com a constitui-


ção de classes e níveis de evolução funcional com base nos critérios de antiguida-
de, escolaridade e merecimento;

16. Estruturar a Ouvidoria e a Corregedoria da Guarda Civil Metropolitana.

14
5. MULHERES
A cidade de Ribeirão Preto precisa de um olhar feminino sobre as políticas
públicas implementadas pela prefeitura, pois os problemas que afligem as mu-
lheres normalmente são classificados como particulares ou privados quando, na
verdade, tem sua origem na política e decorrem das ações e omissões do Estado.
Os problemas de gênero são agravados pela existência de um racismo estrutural
na sociedade brasileira, que adicionalmente prejudica as mulheres negras e ou-
tras situações decorrentes da falta de empregos e da crise econômica, que agra-
va a vulnerabilidade das mulheres em situação de migrante.

A construção de uma cidade justa, fraterna, economicamente sustentável


com equiparação de oportunidades, redução das desigualdades sociais e inclu-
são dos grupos políticos minoritários deve considerar as ações da Política Nacio-
nal para as Mulheres. A ação da prefeitura será orientada pelos seguintes pontos
fundamentais: Equidade, Autonomia das mulheres, laicidade do estado, univer-
salização das políticas públicas, justiça social, transparência dos gastos públicos
e participação e controle social. Dessa forma teremos uma cidade feminina e de
direitos.

A autonomia das mulheres é um requisito necessário e imprescindível para


alcançarmos uma verdadeira igualdade de gênero e compreende vários aspec-
tos: o econômico, o social, o cultural e o político, que são coextensivos e interde-
pendentes. Significa ter independência financeira, ter liberdade e poder de de-
cisão, ter o controle sobre o seu tempo e sobre o seu próprio corpo. No entanto,
numa sociedade de extremas desigualdades, a autonomia econômica é determi-
nante para conquistar uma autonomia mais ampla.

PROPOSTAS
1. Constituir um órgão gestor de política para as mulheres, com capacida-
de de interagir no ambiente interno do governo para além da simples soma de
ações isoladas.

2. A Criação de um Centro de Referência da Mulher, espaço que reúna várias


das políticas finalísticas para as mulheres em um local de fácil acesso, que possi-
bilite o atendimento e a orientação de forma abrangente.
3. Ofertar cursos de profissionalização articulados com o aumento da esco-
laridade, especialmente para mulheres em situação de vulnerabilidade social,
por meio do estímulo a participação nos programas e iniciativas de capacitação
profissional, voltados especialmente para o ensino técnico-profissionalizante.

4. Apoiar as iniciativas que reorganizem as estratégias de formação para o


mercado de trabalho, com o intuito de reduzir a discriminação de mulheres ne-
gras, indígenas e lésbicas, TRANS, CIS em postos de trabalho. Desenvolver proje-
tos de geração de renda para mulheres através de serviços sociais nos bairros e
comunidades periféricas.

15
5. Apoiar programas e projetos dos educadores (as) na linha temática de mu-
lheres e relações de gênero.

6. Fomentar projetos de estudo e pesquisas que busquem resgatar e valorizar


a memória histórica, política e cultural das mulheres do campo e da cidade.

7. Implementar mais Núcleos Atenção Especializada às Mulheres em situa-


ção de violência.

8. Implantar a casa de passagem para mulheres em vulnerabilidade social e


vitimizada, com melhores acomodações e equipe multidisciplinar com profissio-
nais concursados.

9. Implantação de Casa abrigo para o município, através de consórcio regio-


nal.

10. Criação de um Centro ou Ambulatório de referência da saúde da mulher de


forma integral, com triagem específica para atendimentos as mulheres vítimas
de violência;

11. Reativação do Pacto Municipal de Enfrentamento à Violência contra a Mu-


lher.

12. Fortalecer a DDM - Delegacias de Defesa da Mulher, 24 horas com instala-


ção em área central, infraestrutura adequada, atendimento por equipe multidis-
ciplinar também nos finais de semanas e feriados.

13. Combater a falácia da ideologia de gênero. Tratar de diversidade e expli-


car que a sociedade é composta por diversos grupos de pessoas, que precisam
ser respeitados, independentemente da orientação sexual, da identidade ou da
comunidade de que fazem parte. Ensinar as crianças a não terem preconceito
contra o diferente, mas acolher e respeitar essas diferenças, apesar de nossas
crenças e convicções pessoais, familiares e/ou religiosas.

14. Promover a proteção aos direitos das mulheres, objetivando sua autono-
mia econômica, o combate aos preconceitos e à violência sexista e o exercício
pleno de seus direitos sexuais e reprodutivos. Garantir o acesso às informações
sobre planejamento familiar e métodos contraceptivos, bem como atendimento
humanizado na rede pública;

15. Promover destinação de equipamentos públicos para as mulheres, bem


como projetos e ações que contribuam para melhorar as suas condições de vida
como moradia, mobilidade, saúde, trabalho e renda e segurança.

16
6. CRIANÇA E JUVENTUDE
Em nosso Governo a Política Pública para a Criança, o Adolescente e a
Juventude também é uma prioridade. Para compor o programa de governo do
Partido dos Trabalhadores para o Município de Ribeirão Preto, no que se refere à
temática Infância e Juventude, sobretudo para os mais carentes e necessitados,
nossa proposta é retomada dos Programas Ribeirão Criança e Ribeirão Jovem,
por meio da implementação do Programa “Ribeirão Criança e Juventude”. O Pro-
grama será desenvolvido de forma transversal e ampla, que possa efetivamente
estar presente em toda ação governamental.

PROPOSTAS
1. Desenvolver um Plano de Mobilização Social para o Ribeirão Criança, a fa-
vor da qualidade de vida e diminuição da violência.

2. Criar e manter a escola de Artes Circenses.

3. Desenvolver os Projetos Musicais: Banda na Praça, Ciranda da Meia Volta,


Toques de Lata, Alfabetização e Percepção Musical, Corais Infanto- Juvenis, Pro-
jeto Curumizada, entre outros.

4. Desenvolver estratégias de combate ao desemprego junto à população de


16 a 24 anos, criando e desenvolvendo novas atividades socialmente úteis que
respondam às necessidades do setor público, da comunidade e financiando (di-
retamente ou em parceria) os postos de trabalho através de projetos: Primeiro
Emprego, Estágio Cidadão e Jovem Aprendiz.

5. Criar uma rede de serviços (referência, atenção, encaminhamento, capa-


citação, informação e empregabilidade) destinada aos jovens de 16 a 24 anos,
residentes no município de Ribeirão Preto.

6. Promover e apoiar engajamento cidadão de jovens junto aos serviços pú-


blicos através do protagonismo e voluntariado juvenil.

7. Promover e apoiar o engajamento dos jovens no processo de construção


do Orçamento Participativo através Orçamento Participativo da Juventude.
8. Promover e apoiar a formação para a cidadania dos jovens através de ati-
vidades culturais (oficinas, seminários etc.)

9. Promover e apoiar a formação cidadã do jovem, através de atividades es-


portivas e de lazer.

10. Promover atividades complementares de profissionalização através de


cursos desenvolvidos em parceria com organizações empresariais, sindicais e or-
ganizações não governamentais.

17
11. Fortalecer os mecanismos, normas e instâncias de proteção aos direitos de
crianças e adolescentes, com valorização dos papéis dos Conselhos Tutelares e do
Conselho Municipal na gestão pública em consonância com o Estatuto da Crian-
ça e do Adolescente, o Sistema Nacional do Atendimento Socioeducativo e o Pla-
no Nacional de Convivência Familiar e Comunitária.

12. Assegurar participação da juventude na elaboração, implantação, fiscali-


zação e avaliação da Política Pública da Juventude, bem como promover sua ar-
ticulação com as esferas estadual e nacional.

13. Implantar política de juventude que garanta direitos e propicie novas for-
mas de experimentação e aprendizado, assegurando educação, trabalho, empre-
go e renda, saúde, segurança, acesso à cultura, à prática esportiva e ao lazer, bem
como apoio à produção cultural dos jovens.

18
7. LGBTQIA+
Gênero e sexualidade são questões políticas e fruto de constante disputa
na sociedade capitalista. Mas, enquanto o conflito entre trabalho e capital é am-
plamente discutido, conflitos em torno da sexualidade e performance de gênero
tendem a ser camuflados, como algo desvencilhado do público. A lógica liberal
articula-se à suposta neutralidade do poder público, que, por sua vez, responde
a uma cultura homogênea inexistente. A intolerância e o preconceito contra a
população LGBTQIA+ se fazem marcadamente presentes na cidade de Ribeirão
Preto, onde a discriminação se materializa pela não aceitação da orientação se-
xual no âmbito da própria família, tratamento médico inadequado, agressões
que resultam no abandono escolar, dificuldade de encontrar trabalho, assédio
moral nos locais de trabalho, olhares e provocações nas ruas, e, não raro, na vio-
lência física, nos homicídios motivados pela lgbtfobia e na violência de agentes
do próprio Estado.

Uma política de direitos para LGBTQIA+ (Lésbicas, gays, bissexuais, traves-


tis e transsexuais, Queer, Intersex e Assexual) reconhece que as diferenças cultu-
rais na sociedade privada devem estar contempladas no âmbito público, inclusi-
ve no que diz respeito à igualdade material e de oportunidades. As ideologias que
geram discriminação e preconceito sobre as orientações sexuais e performances
de gênero estão vinculadas ao mecanismo geral de exploração da classe traba-
lhadora. Portanto, uma política LGBTQIA+ popular age diretamente na melhoria
da qualidade de vida de toda a população.

A vulnerabilidade social a que é submetido um grande contingente desta


população exige uma intervenção sistemática do poder público, pois, sem prote-
ção especial, esse grupo populacional fica totalmente à mercê da discriminação
e da violência homofóbica, desprovido dos direitos mais elementares da cidada-
nia. Como prefeito, Antônio Alberto Machado vai garantir uma cidade em que
todas e todos podem exercer livremente sua sexualidade, sem ter sua vida, saúde,
segurança e bem-estar ameaçados.

PROPOSTAS
1. Respeitar, reconhecer, investir e promover a participação democrática na
elaboração de políticas públicas como compromisso do Partido dos Trabalhado-
res com a cidadania LGBTQIA+.

2. Criar o Programa Cidadania LGBTQIA+, oferecendo acolhimento dire-


cionado para pessoas LGBTQIA+ expulsas(os) de casa e/ou em situação de rua.
Desenvolver ações de empregabilidade sem homofobia, núcleos escolares anti-
bullying na rede pública, políticas de saúde mental especificas para a população
LGBTQIA+, uma cultura de paz e sem discriminação. Enfim, uma verdadeira Rede
de Proteção Social.

19
3. Instituir a Rede de Enfrentamento à Violência contra LGBTQIA+, articulan-
do órgãos federais, estaduais e municipais para que implementem políticas de
combate à discriminação em função da orientação sexual e identidade de gêne-
ro, com a ampliação, detalhamento e análise do mapeamento de ocorrências
homofobias no âmbito do município, garantindo pesquisa e observatório com
mapeamento sobre a homofobia e outras questões ligadas ao tema, bem como
a criação de um mecanismo análogo ao “Disque 100”, em âmbito municipal,
para segurança LGBTQIA+.

4. Implementar o Centro de Cidadania LGBTQIA+, de modo articulado com


outros serviços de combate à desigualdade, para atendimento dos LGBTQIA+
socialmente vulneráveis e vítimas de discriminação, contando com (i) advoga-
dos para tratar de situações de discriminação e violação de direitos; (ii) psicó-
logos para atendimento das vítimas de preconceito; (iii) assistentes sociais que
orientem e encaminhem LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social aos
serviços de atenção e proteção;

5. Incentivar o uso de equipamentos de cultura para a produção da comuni-


dade LGBTQIA+.

6. Elaborar e aperfeiçoar cartilhas de prevenção ao HIV/AIDS e Infecções Se-


xualmente Transmissíveis (IST), juntamente com a ampliação logística de distri-
buição do material.

7. Realizar campanhas de sensibilização sobre a temática das ISTs nas es-


colas, equipamentos culturais, eventos e com unidades moveis nas áreas com
maior vulnerabilidade.

20
8. PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL
Para os governos petistas, as vidas negras importam, e encontram no po-
der público apoio para vencer a discriminação, exercer seu direito a educação, a
saúde, a moradia, ao acesso a renda e a oportunidades econômicas. Os proble-
mas da população negra são agravados pela existência de um racismo estrutural
que, muitas vezes, também se manifesta nas instituições.

Ribeirão Preto, na gestão de Antônio Alberto Machado vai ter a ousadia de


avançar no sentido de considerar o importante papel das lideranças negras no
seio das comunidades e das famílias como mediadores(as) de conflitos e organi-
zadores da vida comunitária, formas de organização que extrapolam as repre-
sentações que historicamente o estado brasileiro reconhece como legitimas. Para
isso será necessário que se abram espaços para que lideranças e mediadores de
conflitos, tradicionais do povo negro, como os idosos por exemplo, tenham espa-
ços de interlocução e apresentação de suas demandas, para que possam liderar
projetos que melhorem a qualidade de vida das suas comunidades, servindo de
interlocutoras(es) das demandas das comunidades junto ao poder público.

PROPOSTAS
1. Tornar obrigatório o ensino da História e Cultura Africana e Afro-Brasileira.

2. Efetivar a Lei de Cotas no município.

3. Garantir a efetivação e o atendimento à saúde da população negra, com


atenção a doenças prevalentes nesta população, como anemia falciforme, glau-
coma, hipertensão, doença renal crônica e lúpus.

4. Capacitar gestores, operadores de direito e agentes sociais na área de Se-


gurança Pública, com ênfase em gênero, raça e direitos humanos.

5. Orientar o funcionalismo a tratar a população de forma igualitária, inde-


pendentemente de gênero, orientação sexual, cor da pele, etnia ou classe social.
Punir, após assegurado o direito à defesa, administrativa, civil e criminalmente
todo servidor municipal que for denunciado por crime racial.

6. Estímulo à adoção de programas de ação afirmativa e de combate ao racis-


mo institucional no setor público e privado, além de considerar a existência des-
ses programas como critério para participação das empresas privadas em pro-
cessos licitatórios, inclusive com a criação de um selo “Empresa Afirmativa” para
setores da iniciativa privada que promoverem ações de promoção da igualdade
racial.

7. Ampliação do diálogo e colaboração com os setores privados e instituições


internacionais ligadas ao combate ao racismo no ambiente de trabalho.

21
9. POPULAÇÃO DE RUA
A crise econômica, o desmonte da Previdência Social, cortes no programa
de locação social, a aceleração de despejos e reintegração de posse e a atual pan-
demia tem levado a um aumento de pessoas em situação de rua.

Em relação aos serviços e programas direcionados à População em Situ-


ação de Rua, o Partido dos Trabalhadores propõe para o Município de Ribeirão
Preto, a implementação das Políticas Públicas priorizadas nos governos Lula,
para esse grupo populacional, através do Decreto presidencial nº 7.053 de 23 de
dezembro de 2009, que instituiu a Política Nacional para a População de Rua e
seu monitoramento pelos entes federativos.

O objetivo é que as pessoas em situação de rua encontrem condições dig-


nas de acolhimento, e tenham à disposição uma rede de serviços capaz de auxili-
á-las a encontrar moradia, a reativar laços familiares, a encontrar oportunidades
de trabalho e a acessar direitos sociais básicos, inclusive de renda.

1. Criar empreendimentos habitacionais voltados à população em situação


de rua, por meio dos programas: Locação Social, Moradia Primeiro e Serviço de
Moradia Social.

2. Fortalecer a participação social por meio da criação do Comitê Interseto-


rial de Políticas para a População em Situação de Rua.

3. Retomar cursos profissionalizantes e programa de inserção no mundo do


trabalho.

4. Fomentar cooperativas para a autonomia financeira e criativa de pessoas


em situação de rua.

5. Promover periodicamente o censo populacional dos moradores em situa-


ção de rua, mapeando os polos de maior concentração no município, a fim de
identificar suas necessidades e condições pessoais, físicas e de saúde.

6. Criação de Centros de Referência Especializado para a População em Situ-


ação de Rua.

22
10. DIREITOS HUMANOS
Precisamos recompor em Ribeirão Preto uma agenda com concepção e a
promoção e defesa dos direitos humanos, da ocupação do espaço público pela ci-
dadania, como agenda transversal fundamental na redução das desigualdades,
discriminação e exclusões de todas as naturezas e na promoção do encontro da
pluralidade e da diversidade.

1. Valorizar a diversidade como forma de construir uma cidade mais demo-


crática, capaz de reconhecer e respeitar as diferenças.

2. Recuperar os espaços públicos como lócus de convivência e participação,


de forma a superar a privatização e a mercantilização das relações sociais

3. Promover a afirmação dos direitos humanos como política transversal nos


segmentos da Educação, Saúde, Habitação, Cultura, Assistência Social e Segu-
rança Cidadã, combatendo todas as formas de preconceito, exclusão ou segrega-
ção de pessoas e grupos

4. Assegurar condições de vida e trabalho dignos para população de imigran-


tes, refugiados e migrantes que habitam a cidade de Ribeirão Preto.

5. Promover o respeito a todas as formas de religião, crença, culto ou fé que se


manifestam na cidade.

6. Fortalecer a atenção às pessoas com deficiência e com doenças raras, pro-


movendo a implantação de políticas, programas e ações orientadas a tornar Ri-
beirão Preto uma cidade verdadeiramente acessível para que promova serviços
de apoio a esses cidadãos e suas famílias com focos na mobilidade, no fortale-
cimento da vida independente, na promoção do convívio em comunidade, nas
trocas de experiências e na participação política.

23
11. CIDADANIA E COMBATE A MISÉRIA
1. Instituir a Renda Básica Municipal ou Renda Cidadã como política de pro-
teção básica e transferência de renda.

2. Garantir a operação do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) na ci-


dade de Ribeirão, vinculando efetivamente a gestão municipal da política de as-
sistência social ao sistema federativo de gestão.

3. Desenvolver mecanismos qualificadores da gestão pública do SUAS no


município e realizar processos de capacitação permanente de servidores públi-
cos, conselheiros e trabalhadores das organizações prestadoras de serviços.

4. Qualificar a rede municipal pública de serviços socioassistenciais, operan-


do-a sob a lógica de funcionamento em rede de serviços socioassistenciais com
capacidade e área de abrangência definida a partir da territorialização das de-
mandas.
5. Fortalecer e ampliar os serviços de proteção social especial de média com-
plexidade e de alta complexidade voltados para as crianças e adolescentes (cria-
ção de um plano específico para aqueles que vivem em situação de rua), jovens,
adultos, idosos, mulheres, negros, população em situação de rua e LGBTQIA+.
Constituir uma rede de proteção social para pessoas em situação de vulnerabili-
dade social agravada no período da pandemia de Covid-19.

24
II. DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL E O DIREITO À
CIDADE
Ribeirão Preto é uma cidade que retrata a desigualdade brasileira e a con-
centração do poder e influência política dos mais ricos. Os números e mapas dos
principais indicadores sociais e econômicos de Ribeirão Preto mostram uma rea-
lidade profundamente desigual e desequilibrada, realidade constituída ao longo
do próprio processo histórico de formação da cidade e em consonância com a
construção da realidade da desigualdade brasileira.

O Desenvolvimento Econômico e Social da Cidade de Ribeirão Preto mostra


que o modelo de desenvolvimento adotado continua concentrador e excludente.
Se é verdade que, geralmente, a cidade acompanha o desenvolvimento econô-
mico do país, a distribuição de renda continua padecendo dos males históricos,
pois os números mostram uma cidade desigual e desequilibrada: as regiões ricas
ficam mais ricas e as regiões pobres continuam pobres. Os locais que aparecem
com menos renda são também os mais desprovidos de equipamentos de saúde,
emprego, habitação e segurança, que deveriam ter maior atenção por parte da
prefeitura. É nas áreas de maior necessidade que a administração municipal não
chega e essa situação tem que ser mudada.

A administração Antônio Alberto Machado propõe um processo de plane-


jamento que coloque as pessoas no centro dos processos e objetivos de constru-
ção de uma cidade, caminhando decisivamente na direção da democratização,
sustentabilidade e justiça social.

25
1. HABITAÇÃO
Com o desmonte do Programa Minha Casa, Minha Vida nos governos Te-
mer e Bolsonaro, diversos projetos habitacionais que estavam em desenvolvi-
mento tiveram os recursos interrompidos, criando um enorme problema para os
movimentos de moradia. Para Antônio Alberto Machado, a questão fundiária e
de moradia é fundamental para o desenvolvimento sustentável e serão retoma-
das experiências que tiveram êxito em outras administrações do PT.

PROPOSTAS
1. Priorizar a população de baixa renda (até três salários mínimos), o atendi-
mento das famílias em assentamentos precários, em situação de rua, em áreas
de risco e de preservação ambiental permanente.

2. Instituir uma ampla política de participação popular na área de habita-


ção, garantindo o pleno funcionamento do Conselho Municipal de Habitação e
do Fundo Municipal de Habitação.

3. Atuar para evitar despejos, reintegrações de posse e outras formas de re-


moções forçadas de moradores realizadas pelo poder público ou setor privado,
promovendo o diálogo e negociações com os segmentos envolvidos para solu-
cionar conflitos.

4. Estimular a gestão habitacional e urbana baseada em informações e da-


dos abertos.

5. Revitalizar conjuntos habitacionais antigos e organizar a população para


a conservação de forma auto gestionária.

6. Criar programas de Urbanização de Favelas.

7. Estimular e priorizar a contratação de cooperativas, profissionais e empre-


sas locais nas ações e obras de moradia e melhorias urbanas.

8. Retomar os programas de lotes urbanizados e oferecer para a população


assistência técnica gratuita para a construção de sua habitação.

9. Estabelecer dotação orçamentária específica para os programas habita-


cionais indicados no PLHIS-Plano Local de Habitação de Interesse Social;

10. Regulamentar os instrumentos urbanísticos do Plano Diretor de Ribeirão


Preto (outorga onerosa, IPTU progressivo, urbanização compulsória etc.) para
fazer cumprir a função social da terra evitando os vazios urbanos e a especula-
ção imobiliária, que inviabiliza a aquisição de imóveis, pelo trabalhador.

26
2. MOBILIDADE URBANA E TRANSPORTE
Uma cidade do porte de Ribeirão Preto tem que aprimorar sua capacidade
de planejamento da mobilidade associada às outras políticas de desenvolvimen-
to sustentável, como habitação, qualidade do ar, mitigação e adaptação às mu-
danças climáticas.

PROPOSTAS
Mobilidade a pé

1. Implantação de Redes de Caminhabilidade, interligando os principais lo-


cais de serviços públicos (escolas, postos de saúde etc.) aos corredores de trans-
porte público mais próximos, por meio do tratamento das calçadas e acessos de
pedestres ao redor dos terminais de transporte público, escolas, postos de saúde
etc. (alargamento de calçadas, rebaixamento de sarjetas ou elevação de piso,
drenagem, sinalização, iluminação e paisagismo).

2. Desenvolvimento de Programa de Ruas Completas, por meio do qual os


projetos de intervenção viária devem considerar a necessidade de circulação de
pedestres, de ciclistas e modos de transporte coletivo com nível elevado de segu-
rança.

3. Definição de padrão de construção de calçadas (largura, tipos de pavimen-


to, posicionamento de mobiliário urbano e demais itens de sinalização).

4. Programa de reconstrução de calçadas públicas, por meio de criação de


frentes de trabalho, contratação de empresa privada ou pela equipe própria da
prefeitura e aprovação de lei que estabeleça prazo para a recuperação de calça-
das por parte dos proprietários de imóveis, principalmente em locais de grande
fluxo de pedestres e vias de grande volume de tráfego.

5. Revitalização da área central de Ribeirão Preto, com a implementação das


intervenções previstas no Plano de Mobilidade Urbana de 2012, que prioriza o
deslocamento de pedestres e tem grande potencial de revitalizar o comércio.

6. Implantação de ruas exclusivas ou prioritárias para pedestres. As primeira


são os famosos calçadões, destinadas apenas aos pedestres, presentes em mui-
tas cidades. As ruas prioritárias para pedestres são também conhecidas como
“compartilhadas” e implantadas em áreas de grande fluxo e comércio, que rece-
bem tratamento para se transformar em vias de pedestres, o que permite a pas-
sagem de veículos em baixíssima velocidade, com o alargamento das calçadas,
elevação de piso e paisagismo.

27
Mobilidade por bicicleta

7. Elaboração de um plano cicloviário, com definição de uma rede formada


por ciclovias, ciclofaixas e rotas cicláveis (vias sinalizadas para reforçar o seu
uso por ciclistas), bem como bicicletários e paraciclos, para promover a sua
incorporação no sistema de mobilidade como modo de transporte.

8. Implantação e melhoria de 150 km de infraestrutura para a circulação


de bicicletas. Ribeirão Preto possui cerca de 57km de ciclovias implantadas ou
em implantação e o objetivo é implantar ao menos mais 150km de ciclovias e
ciclorrotas no período de 2021 a 2024, com toda infraestrutura de apoio neces-
sária para seu uso e conexão entre os trechos implantados para a cidade tenha
uma rede abrangente.

9. Implantação de medidas legais e econômicas que estimulem a implan-


tação de infraestrutura de apoio aos ciclistas em empresas e locais de gran-
de atração de viagens (bicicletários, paraciclos, vestiários etc.) e realização de
campanhas de conscientização sobre respeito ao ouso da bicicleta para moto-
ristas e população em geral.

Transporte Público Coletivo

10. Implantação de Faixas Exclusivas de Ônibus (permanentes ou nos horá-


rios de pico) nas principais vias por onde circula o transporte coletivo.

11. Implantação de corredores exclusivos de ônibus (normalmente junto ao


canteiro central das avenidas) dotados de estações de embarque e desembar-
que específicas, sistema de pagamento de tarifas antecipado e eletrônico, den-
tre outras características).

12. Garantir que as obras contratadas priorizem efetivamente o transporte


público Ribeirão conseguiu um valor significativo em financiamento para im-
plementar obras viárias. Dificilmente o governo federal disponibilizará novos
recursos no médio prazo, o que demanda extremo cuidado para que os recur-
sos gerem o maior benefício possível para o transporte público coletivo.

13. Construção das condições para implementar a Tarifa Zero.

14. Realização da revisão tarifária e das cláusulas do contrato de conces-


são do transporte público. Revisão das condições de operação do transporte
público, revisão dos custos e da forma de remuneração dos serviços, visando a
redução de custos para a população e poder público.

Redução de vítimas do trânsito

15. Elaboração e implementação de planos de segurança viária nos bairros


e nas principais avenidas.

28
16. Redução de velocidade máxima permitida nas vias e ações de educação
por meio de campanhas de respeito aos pedestres e ciclistas.

17. Aprimorar a fiscalização das infrações de trânsito e a punição de maus


condutores.

Redução dos impactos ambientais

18. Planejar cidades compactas, estimular a criação e fortalecimento de sub-


centros urbanos, com acesso aos serviços essenciais, diminuindo a necessidade
da realização de viagens motorizadas.

19. Estimular a mudança de viagens realizadas por automóvel para o trans-


porte público e transporte não motorizado (melhoria do transporte público, re-
dução/isenção de sua tarifa de uso e desestimulo ao uso do transporte individu-
al).

20. Estudar o uso de tecnologias e fontes de energia limpas e seguras para a


substituição do Diesel, aumentando os impactos ambientais positivos do trans-
porte público, com a identificação de fontes de financiamento extra tarifárias
para a cobertura dos custos.

Planejamento e Gestão

21. Criação da Secretaria de Mobilidade Urbana.

22. Aprovação da Política Municipal de Mobilidade Urbana.

23. Revisão do Plano de Mobilidade Urbana.

3. SUSTABILIDADE AMBIENTAL URBANA


As ações do Governo Antônio Alberto Machado para o desenvolvimento
de Ribeirão Preto como exemplo de cidade sustentável permeiam todas as po-
líticas públicas que serão implementadas, pois o desenvolvimento sustentável
considera as dimensões sociais, econômicas e ambientais.

As ações voltadas ao meio ambiente urbano são estruturadas principal-


mente para implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, mi-
tigação das Mudanças Globais do Clima, promoção da Qualidade do Ar, Educa-
ção Ambiental e as relações entre essas e outras políticas ambientais, como as
iniciativas da Agenda 21.

29
PROPOSTAS
1. Princípios dos ODS: adotar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
como elementos de orientação do planejamento da ação da prefeitura.

2. Desenvolvimento Urbano de Baixo Carbono: incorporar a redução de ga-


ses de efeito estufa tanto nas políticas e nos projetos da prefeitura, quanto nas
ações da iniciativa privada; elaborar Inventário de emissões atmosféricas e dis-
ponibilizar informações ambientais de maneira compreensível para a popula-
ção; estabelecer uma Política Municipal e um Plano de combate às Mudanças
Climáticas.

3. Plano Ribeirão Verde: implementar um conjunto de iniciativas que visem


ampliar as áreas verdes e a quantidade de árvores na cidade, implantar parques
lineares de fundos de vale e avenidas parques, estímulo às Reservas Particulares
de Patrimônio Natural (RPPN) e revisão do IPTU Verde.
4. Programa Recicla Ribeirão: ampliar a coleta seletiva de resíduos sólidos
para reciclagem e apoiar a formação de cooperativas de serviços ambientais.

5. Aprimorar a Gestão Ambiental: ampliar a capacidade de planejamento e


ação da Secretaria de Meio Ambiente para implantar instrumentos de mitiga-
ção, compensação de impactos ambientais e atingimento de metas ambientais.
Realizar “Conferência Municipal de Meio Ambiente”, ampliar os espaços de par-
ticipação social e as ações de Educação Ambiental.

6. Eficiência Energética: reduzir o consumo de energia e emissões atmosféri-


cas do Sistema de Mobilidade Urbana; instalar painéis solares nos prédios públi-
cos como forma de reduzir os custos com energia da prefeitura.

7. Ampliar as ações de proteção da área do Aquífero Guarani.

8. Ampliar a rede de monitoramento da Qualidade do Ar.

9. Defesa dos direitos e da saúde animal: implementação do Hospital Vete-


rinário Municipal, articulado com os hospitais das várias faculdades de Ciências
Veterinárias existentes na região, com a constituição de um serviço municipal
de castração dos animais particulares e em situação de rua, e intensificação do
programa de vacinação.

30
4. SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Ribeirão Preto precisa ter uma política de Abastecimento e Segurança Ali-
mentar que considerem a garantia ao acesso a alimentos saudáveis para todos
e todas; a promoção de um sistema de abastecimento alimentar saudável e sus-
tentável e de uma cultura orientada para o consumo saudável e consciente de
alimentos, com a redução das perdas e o desperdício de alimentos e o apoio e
promoção à pesquisa científica no setor agroalimentar.

O planejamento do município deve ter um olhar integrado sobre suas áreas


rurais e urbanas. Deve inibir o espraiamento das periferias e valorizar produção
local e a agricultura familiar. Políticas públicas exercem um papel fundamental
em motivar a manutenção da agricultura familiar. O município pode incentivar
programas da agricultura familiar, fundamentais para a redução de desigualda-
de social.

PROPOSTAS
1. Reconstruir as relações da cidade com seu entorno produtivo e ambiental,
incentivando a produção de alimentos de base familiar, orgânica e agroecológi-
ca, a preservação da biodiversidade e dos mananciais hídricos e a estabilidade
dos vetores de crescimento estabelecidos no Plano Diretor.
2. Implementar um Programa Agricultura Urbana para qualificar a utiliza-
ção de espaços urbanos disponíveis, com a participação de atores comunitários
para a implantação de hortas que visem o cultivo de alimentos sem uso de agro-
tóxicos para proporcionar o acesso a alimentos saudáveis e consequentemente
gerar renda ao grupo participante do empreendimento e fomentar os arranjos
produtivos locais.

3. Criação de espaços para comercialização de produtos da agropecuária,


agroindústria e artesanatos dos agricultores familiares, assentados e acampa-
dos da reforma agrária. Eles ampliam os sistemas locais de abastecimento em
face da crescente procura de produtos agropecuários saudáveis, ecológicos e
que se refiram também à valorização das culturas e tradições familiares, padrões
e costumes da população local.

4. Criar Programa de Compras Governamentais, direcionado para a aquisi-


ção de produtos da agricultura familiar, visando estimular a agricultura familiar
local e fomento do associativismo, ao mesmo tempo em que busca garantir a
segurança alimentar e nutricional da população socialmente vulnerável. Nesta
modalidade, os alimentos são adquiridos com recursos municipais e os alimen-
tos destinados à distribuição semanal de cestas de hortifrútis para as famílias
cadastradas nos Centro de Referência em Assistência Social-CRAS, Banco de Ali-
mentos e na alimentação escolar.

31
5. Os instrumentos de controle e vigilância da sanidade de alimentos devem
ser exercidos com rigor e profundidade técnica, especialmente quando se refe-
rem a contaminantes como agrotóxicos, antibióticos e outros perigos à saúde
humana, mas não podem apenas se limitar às ações fiscalizadoras e punitivas.
Implantar o Sistema de Inspeção Municipal – SIM, para dar segurança alimentar
e abrir mercado para os produtores da agricultura familiar.

32
5. GERAÇÃO DE RENDA, TRABALHO E ECONOMIA SOLIDÁRIA
Os direitos da classe trabalhadora vêm sofrendo vários ataques desde o
golpe de 2016. Sob a falsa justificativa de modernizar as relações de trabalho
para gerar emprego e retomar o crescimento econômico, o governo Temer apro-
vou a reforma trabalhista, retirando direitos já garantidos e consolidados. Além
de “precarizar” as relações de trabalho, também enfraqueceu os sindicatos. A
eleição do presidente Bolsonaro acentuou o problema: uma das primeiras medi-
das do seu governo foi extinguir o Ministério do Trabalho, o que fez com que as
políticas públicas de trabalho fossem dissolvidas e desarticuladas. Depois ainda
vieram a reforma da previdência e a tentativa de implementar a carteira verde
e amarela, que acabou sendo revogada. O setor público também vem passan-
do por um processo de precarização, com o aprofundamento das terceirizações e
privatizações.

PROPOSTAS
1. Criar frentes de trabalho para geração de emprego e renda aos trabalha-
dores na realização de pequenas obras de acessibilidade (calçadas, rampas, re-
forma e ampliação de abrigos de ônibus etc.) e segurança na cidade.

2. Fortalecer e articular o sistema público de emprego à rede municipal de


formação profissional e às iniciativas de desenvolvimento local, sustentável e so-
lidário.

3. Ofertar treinamento para empreendedores e empregados, com foco na


abertura de empresas e sua gestão sustentável.

4. Organizar e promover assistência técnica para o empreendedor nas áreas


jurídica, contábil, financeira e de gestão.

5. Promover a estruturação e o desenvolvimento de cadeias produtivas for-


madas por micro, pequenas e medias empresas e cooperativas.

6. Ampliar a participação de micro e pequenas empresas e cooperativas nas


licitações e compras da prefeitura municipal.

7. Promover periodicamente feiras locais e temáticas em espaços públicos.

8. Criar o Programa Municipal de Estímulo à Inovação, financiado por um


fundo municipal de fomento à inovação. Este programa poderá ser desenvolvi-
do em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(SEBRAE), com o Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq), institutos federais, universidades públicas e privadas, entidades comer-
ciais e industriais, com o objetivo de promover a inovação, a produtividade e a
sustentabilidade no âmbito da subprefeitura.

33
9. Promover a redução das desigualdades regionais dentro do Muni-
cípio, com a geração de emprego e renda prioritariamente nas áreas com alta
densidade populacional e limitada oferta de empregos, focando nas iniciativas
voltadas à inclusão social dos segmentos mais vulneráveis, como jovens, mulhe-
res e população negra.

10. Desenvolver programa de incentivo aos setores da economia criativa, es-


pecialmente as iniciativas oriundas dos territórios periféricos, como estímulo ao
desenvolvimento econômico, geração de empregos de qualidade e produção de
bens e serviços de elevado valor agregado.

11. Implantar o Programa de Economia Solidária no município, respaldado


por marco legal e com dotação orçamentária compatível.

12. Revisar as legislações existentes, de forma a alinhá-las às necessidades e


diretrizes do programa de governo da Economia Solidária.
13. Promover eventos, feiras e implantar espaços de comercialização de pro-
dutos e serviços da Economia Solidária.

14. Apoiar a incorporação de catadores e catadoras que trabalham individu-


almente nas ruas da cidade às associações e/ou cooperativas de catadores de
materiais recicláveis auto gestionárias, visando a integração com as políticas pú-
blicas de coleta seletiva e de logística reversa.

15. Fortalecer a formação e qualificação dos trabalhadores, com especial


atenção para as mulheres e imigrantes.

16. Atração de feiras de negócios nacionais e internacionais. Ribeirão conta


com experiência para a realização de grandes eventos nacionais e internacio-
nais, que podem ser ampliados para outras áreas de negócios, como Saúde, In-
dústria Alimentícia e outros segmentos presentes na economia da cidade e da
Região Metropolitana.

17. Criação de Consórcios Intermunicipais: a experiência absolutamente pro-


veitosa do Consórcio Nordeste, tem nos mostrado que frente a desorganização
geral da União, os demais entes federativos precisam coordenar suas ações e agir
em conjunto. A criação de consórcios pode melhorar os preços de compras pú-
blicas, facilitar o comércio entre as cidades da região, garantir investimentos em
infraestrutura compartilhada, entre outros.

18. Programa Meu Primeiro Emprego: especial atenção deve ser dada aos jo-
vens na busca de seu primeiro do emprego ou no aperfeiçoamento de jovens pro-
fissionais que concluem seus cursos de graduação.

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6. INCLUSÃO DIGITIAL E MODERNIDADE TECNOLOGICA
Os avanços tecnológicos ocorridos na área de comunicações, possibilita-
ram o aumento da troca de informações. Por outro lado, também acentuaram as
diferenças sociais, uma vez que a geração e transmissão de conteúdo é contro-
lada por poucas pessoas. Se não houver em Ribeirão Preto, ações para envolver
as camadas mais pobres da população para ter acesso essas tecnologias, elas se
tornarão cada vez mais marginalizadas. Dessa forma, é necessário construir uma
política de inclusão digital capaz de promover o acesso universal a seus benefí-
cios. Ribeirão Preto precisas ter espaços com wi-fi livre e gratuito, em todas as
regiões.

PROPOSTAS
1. Criar o programa Bairros Digitais, universalizando o acesso à internet em
comunidades de baixa renda.

2. Criar os telecentros, com computadores, televisão, videogame e acesso à


internet, para fomentar a inovação e a tecnologia na cidade, oferecendo também
cursos profissionalizantes digitais, que facilitem o acesso da juventude ao merca-
do de trabalho.

3. Conectar 100% das escolas públicas com internet banda larga e renovar
todo o parque de máquinas dos laboratórios escolares. Todos os computadores
da rede serão trocados no período de 4 (quatro) anos.

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III. GESTÃO, TRANSPARÊNCIA E PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA
Toda a população da cidade precisa de condições para atuar como agentes
sujeitos de direitos, ter acesso a oportunidades para adquirir capacidades (aces-
so à educação, à qualificação profissional e à cidadania) e ter acesso a oportu-
nidades para utilizar capacidades (acesso ao mercado de trabalho, ao crédito, à
renda, à moradia, aos esportes, ao lazer, à cultura e à terra). Portanto, é preciso
políticas de desenvolvimento regional, microrregional e local, para atender as
necessidades específicas de cada região e diminuir as desigualdades entre elas,
mitigando os impactos negativos principalmente na população jovem, entre 15
e 29 anos, que representa cerca de 25% da população, e sobre as mulheres.

Um governo forte, capaz de coordenar os esforços governamentais e de-


fender os interesses públicos requer uma gestão democrática, participativa,
transparente, inovadora e efetiva. A gestão pública municipal em Ribeirão Preto,
com Antônio Alberto Machado prefeito, inovará a gestão da cidade, articulan-
do o potencial criativo existente no setor privado, nas instituições de pesquisas e
universidades, nos movimentos sociais organizados e na sociedade civil em geral
para a promoção do desenvolvimento social.

A democratização da participação política é fundamental para que a ci-


dade, coletivamente, possa pensar e executar todas as políticas públicas neces-
sárias para a transformação de sua realidade, em direção à construção de uma
cidade sustentável, inclusiva, justa, democrática e participativa.

O PT defende que Ribeirão seja uma cidade onde as pessoas possam falar,
serem ouvidas e contribuir no planejamento e execução de suas políticas públi-
cas. Uma Gestão Integrada Democrática, Participativa e Descentralizada precisa
fortalecer a atuação dos Conselhos de Representantes, garantindo a participa-
ção efetiva da sociedade civil, inclusive exercendo a presidência dos conselhos.
Para isso, o Governo implementará as seguintes ações:

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1. RETOMAR O ORÇAMENTO PARTICIPATIVO (OP)
O orçamento participativo é uma política pública criada originalmente
pela Prefeitura de Porto Alegre em 1989, na administração do Prefeito Olívio
Dutra (PT-RS) e que foi desenvolvida por várias outras prefeituras no Brasil ao
longo dos últimos anos,. Foi implantado em Ribeirão Preto através de uma lei
municipal de 2004. O orçamento participativo, desenvolvido também por cida-
des de outros países (Saint-Denis/França, Rosário/Argentina, Montevidéu/Uru-
guai, Havana/Cuba etc.), unifica o princípio de democracia participativa com o
princípio de descentralização político-administrativa, ambos com respaldo na
Constituição de 1988.

O Governo Antônio Alberto Machado retomará o funcionamento do Or-


çamento Participativo, que será aprimorado por meio do uso das tecnologias e
novas formas de consulta e participação da sociedade na definição dos investi-
mentos públicos.

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2. INTEGRAR OS CONSELHOS EM UMA POLÍTICA MUNICIPAL DE PAR-
TICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA
O Governo do PT vai promover a criação do Fórum da Cidade, reunindo
as principais lideranças e representantes dos trabalhadores, comunidades e em-
presários para discutir os problemas da cidade e indicar soluções. Será revista
a ligação de cada conselho com determinada secretaria municipal, ouvindo os
membros da sociedade civil sobre os encaminhamentos para melhorar o seu fun-
cionamento. Promoverá a integração dos conselhos em uma política municipal
de participação democrática, aproximando o diálogo e atuação entre conselhos
com temática próxima como, por exemplo o COMUR do CMMP e do CONDEMA
ou o CMAS do CONSEA, por exemplo. Será dada também mais autonomia aos
conselhos que tratam dos direitos difusos, criando uma Coordenadoria Munici-
pal dos Direitos Difusos, abrangendo o CMADS, CMDM, CMI, CMDA, CMDPcD e
COMDEPIR.

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