Programa de Governo PT RP 2020
Programa de Governo PT RP 2020
Programa de Governo PT RP 2020
INTRODUÇÃO........................................................................................................... 3
I. POLÍTICAS SOCIAIS E A REALIZAÇÃO DE DIREITOS.............................................. 6
1. EDUCAÇÃO........................................................................................................................................................6
2. SAÚDE.................................................................................................................................................................9
3. CULTURA, ESPORTE E LAZER......................................................................................................................... 11
4. SEGURANÇA PÚBLICA................................................................................................................................... 13
5. MULHERES...................................................................................................................................................... 15
6. CRIANÇA E JUVENTUDE................................................................................................................................. 17
7. LGBTQIA+........................................................................................................................................................ 19
8. PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL........................................................................................................... 21
9. POPULAÇÃO DE RUA...................................................................................................................................... 22
10. DIREITOS HUMANOS................................................................................................................................... 23
11. CIDADANIA E COMBATE A MISÉRIA............................................................................................................ 24
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INTRODUÇÃO
No contexto brasileiro recente o PT realizou, nos governos Lula e Dilma, mui-
tas ações para o combate à fome, à pobreza e na melhoria de vida dos trabalhado-
res. Os investimentos realizados em políticas públicas e programas sociais foram
muito significativos. Nesse período houve os projetos e programas de transferência
de renda e garantia de direitos sociais (educação, saúde, moradia, alimentação) e
econômicos (aumento do salário mínimo, políticas de garantia do emprego, salá-
rio-desemprego, reforma agrária, cooperativas da economia solidária etc.). Essa
decisão política foi determinante para alterar a vida de mais de 40 milhões de pes-
soas, que viviam em situação de fome e de extrema miséria e proporcionou um pe-
ríodo de grande melhoria das condições de vida dos trabalhadores e população em
geral.
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Apesar da solução do país não ser atribuição da administração municipal
e não estar ao seu alcance, é possível agir para aumentar a proteção das pessoas
e combater os efeitos da crise econômica. Para isso é necessário ter outra visão
de mundo, baseada na redução das desigualdades e promoção de direitos bási-
cos fundamentais; e do papel da prefeitura, que leve à melhoria dos serviços que
estão sob sua responsabilidade. Este cenário exige também liderança política no
planejamento e na articulação regional, que contribuam no enfrentamento do
desmonte dos programas federais voltados para as cidades e demande mecanis-
mos de articulação entre o governo federal e os estados e municípios.
Ele oferece ainda uma visão de futuro da cidade e expressa como Ribeirão
Preto deve se desenvolver do ponto de vista urbanístico, econômico, social, cul-
tural e ambiental. Apresenta propostas e soluções para os problemas imediatos e
indica caminhos do futuro. Resgata, assim, a importância do planejamento e da
participação social, com o objetivo de iniciar um novo ciclo na história política
e administrativa da cidade e evitar que o espontaneísmo e a especulação conti-
nuem norteando a construção de uma cidade caótica e desequilibrada econômi-
ca, social e ambientalmente.
Este programa tem como eixo articulador a Transição Ecológica para a So-
ciedade do Século XXI, processo estratégico voltado a uma economia justa, que
respeita todas as formas de vida e garante a manutenção da vida humana, inte-
gra políticas públicas que prezam pela garantia e soberania do ar, da água, dos
minérios, fauna e flora, pela soberania alimentar e o desenvolvimento da agroe-
cologia, visando garantir a produção de alimentos saudáveis a partir de conhe-
cimentos tradicionais e científicos.
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As propostas foram articuladas em três Eixos I-Políticas Sociais e a Rea-
lização de Direitos; II-Desenvolvimento Econômico, Social e o Direito à Cida-
de e, por fim, III-Gestão, Transparência e Participação Popular.
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I. POLÍTICAS SOCIAIS E A REALIZAÇÃO DE DIREITOS
1. EDUCAÇÃO
A Constituição Federal define a educação como um direito do indivíduo e
como um dever do estado e da família. Ela determina que os municípios devam
atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. Desta for-
ma, a educação se constitui numa das principais políticas públicas dos municí-
pios. É preciso resgatar o conceito de escola pública como espaço de formação
integral de cidadãos, com educação pública de qualidade para todos. O PT en-
tende a qualidade no ensino como resultado de um projeto político-pedagógico
que integra cultura, esporte, música e lazer e rompe com uma visão fragmentada
e minimalista da educação, restrita à sala de aula, como vem acontecendo em
Ribeirão Preto nos últimos anos.
PROPOSTAS
Democratizar o acesso e a permanência com qualidade:
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6. Apoiar as unidades educacionais na construção de projetos que abordem
temas de relevância como Adolescência, Drogas, Sexualidade, DST
/AIDS, Violência e outros oportunos a cada realidade local.
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12. Recriar o Projeto Pedagogia de Rua na Secretaria da Educação com a fina-
lidade de trabalhar com crianças em situação de risco.
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2. SAÚDE
O Programa de Governo se estrutura a partir da compreensão da saúde
como um direito humano, resultado das condições econômicas e sociais. Reafir-
ma a importância de avançar e dar concretude às características do SUS, como
um sistema universal, público, integral e de qualidade para todos os cidadãos.
PROPOSTAS
1. Reconhecer o direito social à saúde, constitucionalmente definido, com
acesso igualitário a todos, observando os princípios e diretrizes do SUS no desen-
volvimento das ações de saúde.
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5. Reorganizar a atenção básica fortalecendo as equipes e as atividades das
unidades básicas, para que sejam a porta de entrada prioritária e resolutiva dos
problemas de saúde em condições de serem coordenadoras do cuidado integral
e do acesso aos demais níveis da rede de atenção.
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3. CULTURA, ESPORTE E LAZER
A Cultura, o Esporte e o Lazer desempenham na vida social moderna uma
importância cada vez mais estratégica e integram o núcleo de uma nova área
econômica denominada “indústria do entretenimento”. Desta forma, o Progra-
ma de Governo do PT considera estes três componentes como atividades cons-
titutivas de direitos e cidadania, como atividades formadoras do processo edu-
cacional e da formação física dos indivíduos, como atividades de fruição e como
atividades econômicas.
CULTURA
6. Apoiar iniciativas de grupos e artistas por meio de editais, que serão cria-
dos e discutidos com o CMC e com a sociedade civil
9. Tornar os cinco centros culturais subsedes da SMC, para que possam aten-
der as demandas da periferia da cidade.
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11. Reformular a Escolinha de Arte do Bosque.
13. Tornar o Centro Cultura Palace uma escola municipal de música, teatro e
dança.
15. Lançar editais específicos para a cultura periférica e negra. Reforçar e in-
vestir nos valores da cultura negra e afro-brasileira, de matrizes africanas, das
culturas migrantes e imigrantes na cidade.
ESPORTE E LAZER
1. Implantar políticas públicas específicas para cada uma das seguintes áre-
as: Esporte, Atividade Física, Atividade Esportiva, Lazer e Educação Física Esco-
lar.
3. Ampliação das parcerias entre os setores das áreas sociais com outras es-
feras da sociedade para executar políticas de lazer;
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4. SEGURANÇA PÚBLICA
O Município tem um papel fundamental na elaboração e implementação
de planos e políticas de segurança, prevenção à violência e promoção da cultura
de paz. Isso porque as estratégias são mais efetivas se pensadas em âmbito mu-
nicipal, articulando diversos equipamentos públicos, com maior capilaridade,
presença e conhecimento das dinâmicas locais.
PROPOSTAS
1. Capacitar a GCM para os valores democráticos e o respeito aos Direitos
Humanos.
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6. Treinar funcionários de escolas e hospitais para registro e notificação de
casos de violência identificados e atendidos.
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5. MULHERES
A cidade de Ribeirão Preto precisa de um olhar feminino sobre as políticas
públicas implementadas pela prefeitura, pois os problemas que afligem as mu-
lheres normalmente são classificados como particulares ou privados quando, na
verdade, tem sua origem na política e decorrem das ações e omissões do Estado.
Os problemas de gênero são agravados pela existência de um racismo estrutural
na sociedade brasileira, que adicionalmente prejudica as mulheres negras e ou-
tras situações decorrentes da falta de empregos e da crise econômica, que agra-
va a vulnerabilidade das mulheres em situação de migrante.
PROPOSTAS
1. Constituir um órgão gestor de política para as mulheres, com capacida-
de de interagir no ambiente interno do governo para além da simples soma de
ações isoladas.
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5. Apoiar programas e projetos dos educadores (as) na linha temática de mu-
lheres e relações de gênero.
14. Promover a proteção aos direitos das mulheres, objetivando sua autono-
mia econômica, o combate aos preconceitos e à violência sexista e o exercício
pleno de seus direitos sexuais e reprodutivos. Garantir o acesso às informações
sobre planejamento familiar e métodos contraceptivos, bem como atendimento
humanizado na rede pública;
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6. CRIANÇA E JUVENTUDE
Em nosso Governo a Política Pública para a Criança, o Adolescente e a
Juventude também é uma prioridade. Para compor o programa de governo do
Partido dos Trabalhadores para o Município de Ribeirão Preto, no que se refere à
temática Infância e Juventude, sobretudo para os mais carentes e necessitados,
nossa proposta é retomada dos Programas Ribeirão Criança e Ribeirão Jovem,
por meio da implementação do Programa “Ribeirão Criança e Juventude”. O Pro-
grama será desenvolvido de forma transversal e ampla, que possa efetivamente
estar presente em toda ação governamental.
PROPOSTAS
1. Desenvolver um Plano de Mobilização Social para o Ribeirão Criança, a fa-
vor da qualidade de vida e diminuição da violência.
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11. Fortalecer os mecanismos, normas e instâncias de proteção aos direitos de
crianças e adolescentes, com valorização dos papéis dos Conselhos Tutelares e do
Conselho Municipal na gestão pública em consonância com o Estatuto da Crian-
ça e do Adolescente, o Sistema Nacional do Atendimento Socioeducativo e o Pla-
no Nacional de Convivência Familiar e Comunitária.
13. Implantar política de juventude que garanta direitos e propicie novas for-
mas de experimentação e aprendizado, assegurando educação, trabalho, empre-
go e renda, saúde, segurança, acesso à cultura, à prática esportiva e ao lazer, bem
como apoio à produção cultural dos jovens.
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7. LGBTQIA+
Gênero e sexualidade são questões políticas e fruto de constante disputa
na sociedade capitalista. Mas, enquanto o conflito entre trabalho e capital é am-
plamente discutido, conflitos em torno da sexualidade e performance de gênero
tendem a ser camuflados, como algo desvencilhado do público. A lógica liberal
articula-se à suposta neutralidade do poder público, que, por sua vez, responde
a uma cultura homogênea inexistente. A intolerância e o preconceito contra a
população LGBTQIA+ se fazem marcadamente presentes na cidade de Ribeirão
Preto, onde a discriminação se materializa pela não aceitação da orientação se-
xual no âmbito da própria família, tratamento médico inadequado, agressões
que resultam no abandono escolar, dificuldade de encontrar trabalho, assédio
moral nos locais de trabalho, olhares e provocações nas ruas, e, não raro, na vio-
lência física, nos homicídios motivados pela lgbtfobia e na violência de agentes
do próprio Estado.
PROPOSTAS
1. Respeitar, reconhecer, investir e promover a participação democrática na
elaboração de políticas públicas como compromisso do Partido dos Trabalhado-
res com a cidadania LGBTQIA+.
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3. Instituir a Rede de Enfrentamento à Violência contra LGBTQIA+, articulan-
do órgãos federais, estaduais e municipais para que implementem políticas de
combate à discriminação em função da orientação sexual e identidade de gêne-
ro, com a ampliação, detalhamento e análise do mapeamento de ocorrências
homofobias no âmbito do município, garantindo pesquisa e observatório com
mapeamento sobre a homofobia e outras questões ligadas ao tema, bem como
a criação de um mecanismo análogo ao “Disque 100”, em âmbito municipal,
para segurança LGBTQIA+.
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8. PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL
Para os governos petistas, as vidas negras importam, e encontram no po-
der público apoio para vencer a discriminação, exercer seu direito a educação, a
saúde, a moradia, ao acesso a renda e a oportunidades econômicas. Os proble-
mas da população negra são agravados pela existência de um racismo estrutural
que, muitas vezes, também se manifesta nas instituições.
PROPOSTAS
1. Tornar obrigatório o ensino da História e Cultura Africana e Afro-Brasileira.
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9. POPULAÇÃO DE RUA
A crise econômica, o desmonte da Previdência Social, cortes no programa
de locação social, a aceleração de despejos e reintegração de posse e a atual pan-
demia tem levado a um aumento de pessoas em situação de rua.
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10. DIREITOS HUMANOS
Precisamos recompor em Ribeirão Preto uma agenda com concepção e a
promoção e defesa dos direitos humanos, da ocupação do espaço público pela ci-
dadania, como agenda transversal fundamental na redução das desigualdades,
discriminação e exclusões de todas as naturezas e na promoção do encontro da
pluralidade e da diversidade.
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11. CIDADANIA E COMBATE A MISÉRIA
1. Instituir a Renda Básica Municipal ou Renda Cidadã como política de pro-
teção básica e transferência de renda.
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II. DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL E O DIREITO À
CIDADE
Ribeirão Preto é uma cidade que retrata a desigualdade brasileira e a con-
centração do poder e influência política dos mais ricos. Os números e mapas dos
principais indicadores sociais e econômicos de Ribeirão Preto mostram uma rea-
lidade profundamente desigual e desequilibrada, realidade constituída ao longo
do próprio processo histórico de formação da cidade e em consonância com a
construção da realidade da desigualdade brasileira.
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1. HABITAÇÃO
Com o desmonte do Programa Minha Casa, Minha Vida nos governos Te-
mer e Bolsonaro, diversos projetos habitacionais que estavam em desenvolvi-
mento tiveram os recursos interrompidos, criando um enorme problema para os
movimentos de moradia. Para Antônio Alberto Machado, a questão fundiária e
de moradia é fundamental para o desenvolvimento sustentável e serão retoma-
das experiências que tiveram êxito em outras administrações do PT.
PROPOSTAS
1. Priorizar a população de baixa renda (até três salários mínimos), o atendi-
mento das famílias em assentamentos precários, em situação de rua, em áreas
de risco e de preservação ambiental permanente.
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2. MOBILIDADE URBANA E TRANSPORTE
Uma cidade do porte de Ribeirão Preto tem que aprimorar sua capacidade
de planejamento da mobilidade associada às outras políticas de desenvolvimen-
to sustentável, como habitação, qualidade do ar, mitigação e adaptação às mu-
danças climáticas.
PROPOSTAS
Mobilidade a pé
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Mobilidade por bicicleta
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16. Redução de velocidade máxima permitida nas vias e ações de educação
por meio de campanhas de respeito aos pedestres e ciclistas.
Planejamento e Gestão
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PROPOSTAS
1. Princípios dos ODS: adotar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
como elementos de orientação do planejamento da ação da prefeitura.
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4. SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Ribeirão Preto precisa ter uma política de Abastecimento e Segurança Ali-
mentar que considerem a garantia ao acesso a alimentos saudáveis para todos
e todas; a promoção de um sistema de abastecimento alimentar saudável e sus-
tentável e de uma cultura orientada para o consumo saudável e consciente de
alimentos, com a redução das perdas e o desperdício de alimentos e o apoio e
promoção à pesquisa científica no setor agroalimentar.
PROPOSTAS
1. Reconstruir as relações da cidade com seu entorno produtivo e ambiental,
incentivando a produção de alimentos de base familiar, orgânica e agroecológi-
ca, a preservação da biodiversidade e dos mananciais hídricos e a estabilidade
dos vetores de crescimento estabelecidos no Plano Diretor.
2. Implementar um Programa Agricultura Urbana para qualificar a utiliza-
ção de espaços urbanos disponíveis, com a participação de atores comunitários
para a implantação de hortas que visem o cultivo de alimentos sem uso de agro-
tóxicos para proporcionar o acesso a alimentos saudáveis e consequentemente
gerar renda ao grupo participante do empreendimento e fomentar os arranjos
produtivos locais.
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5. Os instrumentos de controle e vigilância da sanidade de alimentos devem
ser exercidos com rigor e profundidade técnica, especialmente quando se refe-
rem a contaminantes como agrotóxicos, antibióticos e outros perigos à saúde
humana, mas não podem apenas se limitar às ações fiscalizadoras e punitivas.
Implantar o Sistema de Inspeção Municipal – SIM, para dar segurança alimentar
e abrir mercado para os produtores da agricultura familiar.
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5. GERAÇÃO DE RENDA, TRABALHO E ECONOMIA SOLIDÁRIA
Os direitos da classe trabalhadora vêm sofrendo vários ataques desde o
golpe de 2016. Sob a falsa justificativa de modernizar as relações de trabalho
para gerar emprego e retomar o crescimento econômico, o governo Temer apro-
vou a reforma trabalhista, retirando direitos já garantidos e consolidados. Além
de “precarizar” as relações de trabalho, também enfraqueceu os sindicatos. A
eleição do presidente Bolsonaro acentuou o problema: uma das primeiras medi-
das do seu governo foi extinguir o Ministério do Trabalho, o que fez com que as
políticas públicas de trabalho fossem dissolvidas e desarticuladas. Depois ainda
vieram a reforma da previdência e a tentativa de implementar a carteira verde
e amarela, que acabou sendo revogada. O setor público também vem passan-
do por um processo de precarização, com o aprofundamento das terceirizações e
privatizações.
PROPOSTAS
1. Criar frentes de trabalho para geração de emprego e renda aos trabalha-
dores na realização de pequenas obras de acessibilidade (calçadas, rampas, re-
forma e ampliação de abrigos de ônibus etc.) e segurança na cidade.
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9. Promover a redução das desigualdades regionais dentro do Muni-
cípio, com a geração de emprego e renda prioritariamente nas áreas com alta
densidade populacional e limitada oferta de empregos, focando nas iniciativas
voltadas à inclusão social dos segmentos mais vulneráveis, como jovens, mulhe-
res e população negra.
18. Programa Meu Primeiro Emprego: especial atenção deve ser dada aos jo-
vens na busca de seu primeiro do emprego ou no aperfeiçoamento de jovens pro-
fissionais que concluem seus cursos de graduação.
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6. INCLUSÃO DIGITIAL E MODERNIDADE TECNOLOGICA
Os avanços tecnológicos ocorridos na área de comunicações, possibilita-
ram o aumento da troca de informações. Por outro lado, também acentuaram as
diferenças sociais, uma vez que a geração e transmissão de conteúdo é contro-
lada por poucas pessoas. Se não houver em Ribeirão Preto, ações para envolver
as camadas mais pobres da população para ter acesso essas tecnologias, elas se
tornarão cada vez mais marginalizadas. Dessa forma, é necessário construir uma
política de inclusão digital capaz de promover o acesso universal a seus benefí-
cios. Ribeirão Preto precisas ter espaços com wi-fi livre e gratuito, em todas as
regiões.
PROPOSTAS
1. Criar o programa Bairros Digitais, universalizando o acesso à internet em
comunidades de baixa renda.
3. Conectar 100% das escolas públicas com internet banda larga e renovar
todo o parque de máquinas dos laboratórios escolares. Todos os computadores
da rede serão trocados no período de 4 (quatro) anos.
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III. GESTÃO, TRANSPARÊNCIA E PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA
Toda a população da cidade precisa de condições para atuar como agentes
sujeitos de direitos, ter acesso a oportunidades para adquirir capacidades (aces-
so à educação, à qualificação profissional e à cidadania) e ter acesso a oportu-
nidades para utilizar capacidades (acesso ao mercado de trabalho, ao crédito, à
renda, à moradia, aos esportes, ao lazer, à cultura e à terra). Portanto, é preciso
políticas de desenvolvimento regional, microrregional e local, para atender as
necessidades específicas de cada região e diminuir as desigualdades entre elas,
mitigando os impactos negativos principalmente na população jovem, entre 15
e 29 anos, que representa cerca de 25% da população, e sobre as mulheres.
O PT defende que Ribeirão seja uma cidade onde as pessoas possam falar,
serem ouvidas e contribuir no planejamento e execução de suas políticas públi-
cas. Uma Gestão Integrada Democrática, Participativa e Descentralizada precisa
fortalecer a atuação dos Conselhos de Representantes, garantindo a participa-
ção efetiva da sociedade civil, inclusive exercendo a presidência dos conselhos.
Para isso, o Governo implementará as seguintes ações:
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1. RETOMAR O ORÇAMENTO PARTICIPATIVO (OP)
O orçamento participativo é uma política pública criada originalmente
pela Prefeitura de Porto Alegre em 1989, na administração do Prefeito Olívio
Dutra (PT-RS) e que foi desenvolvida por várias outras prefeituras no Brasil ao
longo dos últimos anos,. Foi implantado em Ribeirão Preto através de uma lei
municipal de 2004. O orçamento participativo, desenvolvido também por cida-
des de outros países (Saint-Denis/França, Rosário/Argentina, Montevidéu/Uru-
guai, Havana/Cuba etc.), unifica o princípio de democracia participativa com o
princípio de descentralização político-administrativa, ambos com respaldo na
Constituição de 1988.
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2. INTEGRAR OS CONSELHOS EM UMA POLÍTICA MUNICIPAL DE PAR-
TICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA
O Governo do PT vai promover a criação do Fórum da Cidade, reunindo
as principais lideranças e representantes dos trabalhadores, comunidades e em-
presários para discutir os problemas da cidade e indicar soluções. Será revista
a ligação de cada conselho com determinada secretaria municipal, ouvindo os
membros da sociedade civil sobre os encaminhamentos para melhorar o seu fun-
cionamento. Promoverá a integração dos conselhos em uma política municipal
de participação democrática, aproximando o diálogo e atuação entre conselhos
com temática próxima como, por exemplo o COMUR do CMMP e do CONDEMA
ou o CMAS do CONSEA, por exemplo. Será dada também mais autonomia aos
conselhos que tratam dos direitos difusos, criando uma Coordenadoria Munici-
pal dos Direitos Difusos, abrangendo o CMADS, CMDM, CMI, CMDA, CMDPcD e
COMDEPIR.
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