Captura de Tela 2024-06-24 À(s) 20.22.17
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Dr Maycon Carvalho
Introdução à Epidemiologia:
conceitos, aspectos históricos
O que é VIGILÂNCIA EM
SAÚDE?
● ??????
● ??????
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O que é
epidemiologia?
EPI
DEMIO
sobre LOGIA
populaçã
o estudo
Epidemiologia
● Estudo da distribuição da freqüência de
doenças, de agravos à saúde e seus
determinantes em populações humanas
● Aplicação deste estudo para controlar
problemas de saúde
Epidemiologia
“ A ciência que estuda o processo saúde-doença em
coletividades humanas, analisando a distribuição e
os fatores determinantes das enfermidades, danos à
saúde e eventos associados à saúde coletiva,
propondo medidas de prevenção,controle e
erradicação de doenças e fornecendo indicadores
que sirvam de suporte ao planejamento,
administração e avaliação das ações de saúde”
Indivíduo
Patógeno
Sadio
(Parasita)
(Suscetível)
Ambiente
(Lugar)
Tríade epidemiológica/ecológica das
doenças
AMBIENTE- conjunto de todos os fatores que
mantém relações interativas com o agente etiológico
e o hospedeiro, sem se confundir com os mesmos.
(Ambiente: Físico, Biológico, Social)
140
0
120
0
100
0
80
0
60
0
40
0
20
0
0
198 198 198 198 198 198 198 198 198 198 199 199 199 199 199 199 199 199 199
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8
saramp sífili tétano aid
o s neo. s
*Os casos de Aids se referem a menores de 13 anos, até mar/2000.
Conhecimento sobre distribuição de
doenças
● Expor a situação de saúde de subgrupos
● Fornecer subsídios para explicações causais
● Levantamento de hipóteses para novos
estudos
● Definir prioridades de intervenção
● Direcionar medidas de prevenção e controle
Exemplos da aplicação
3
27.
0
9
2
5
2
18. 17.
0 0 16.
4 8
1
5
9.
1
5
0 7. 6.
1 5.
6 5.
9 4.
5 1 3. 3.
2 3. 2.
7 4 2. 2. 2. 1. 1.
0 6 3 1 0 9 9
0
8 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 0 0
3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1
Idade
● Associação entre idade e saúde
● Formulação de hipóteses
● Explicação para as diferenças de saúde
entre faixas etárias
● Maior prevalência em crianças ou adultos
● Forma de comparação de dados
Grupo étnico
● Conjunto de pessoas que tem maior grau de
homogeneidade, em termos de patrimônio
genético, do que o encontrado na população
em geral
● Homogeneidade dos grupos étnicos
● Formas de classificação e problemas de aferição
● Associação entre grupo étnico e classe social
● As estatísticas por grupo étnico são necessárias?
Variáveis sociais
● Estado civil e família
● Renda
● Ocupação
● Instrução
● Classe social
Percentual dos casos de aids em maiores de 19
anos segundo escolaridade informada. Brasil,
8
0 1985 a 2001*.
7
0
6
0
5
0
4
0
3
0
2
0
1
0
0
8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 0 0
5 6 7 8 9 3º 0Grau1 2º Grau
2 3 1º Grau
4 5 Analfabet
6 7 8 9 0 1
o
Estilo de vida
● Acaso
● Viés
● Viés de seleção
● Viés de aferição
● Viés de confundimento
● Explicações etiológicas
● Atributo das pessoas
● Características do meio ambiente
Taxa anual e tendência da mortalidade
por aids. Brasil, 1990-1999.
14,0
12,0
(x 100.000 hab .)
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
90 91 92 93 94 95 96 97 98 99
R 2 = 0,8156
Ano do óbito
Distribuição geográfica dos agravos
à saúde
● Indicar os riscos a que a população está
exposta
● Acompanhar a disseminação dos eventos
● Fornecer subsídios para explicações
causais
● Definir as prioridades de intervenção
● Avaliar o impacto das intervenções
Análise espacial
● Objetivos
● Formulação de hipóteses etiológicas
● Avaliar a distribuição espacial de uma
determinada doença em diversos períodos de
tempo
● Instrumento de gestão em saúde
● John Snow
● Epidemia de cólera em Londres, 1854
● Associação entre mortes por cólera e suprimento
de água mesmo sem conhecer o agente etiológico
Técnicas cartográficas
● Mapas geográficos
● Forma tradicional de apresentação da informação
● Mapas demográficos
● A área é ajustada de forma proporcional ao
efetivo populacional e não à extensão territorial
● Mapas de correlação
● Artifício utilizado para permitir a imediata
comparação entre diferentes variáveis expressas
nos respectivos mapas básicos
Comparação geográfica
● Fontes de dados
● Estatísticas vitais e de notificação de doenças
● Pesquisas amostrais de prevalência
● Estatísticas demográficas
● Formas de comparação
● Unidades da federação
● Grandes regiões
Distribuição espacial dos casos 94/01
de AIDS no Brasil
87/93
80/86
Variáveis relativas ao tempo
● Séries temporais
● Conjunto de observações ordenadas no tempo
160.000
Brasil
Norte
120.000 Nordeste
Centro-Oeste
Sudeste
80.000
Sul
40.000
0 Ano
87 88 89 90 91 92 93 94 95 96
Distribuição de casos de Aids segundo as
principais categorias de exposição
Região Sudeste, 1980-2001*.
6000
$
5000
$ $
4000 $
) $ $
) ) ) )
3000 ) ) )
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2000 ) $ )
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1000 ) )
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$
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$
80* 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 '00 '01
) Ho mo /Bi $ He te ro ) UDI
Distribuição temporal dos
agravos de saúde
● Indicar os riscos a que as pessoas estão
sujeitas
● Monitorizar a saúde da população
● Prever a ocorrência de eventos
● Fornecer subsídios para explicações
causais
● Auxiliar o planejamento de saúde
● Avaliar o impacto das intervenções
Tipos de variações relativas ao tempo
● Geral
● Histórica ou secular
● Cíclica
● Sazonal (estacional)
● Irregular (acidental)
Tendência histórica
● O estudo de uma série histórica é feito com
o propósito de detectar e interpretar a
evolução da incidência do evento
● Mudanças bruscas nas freqüências
● Mudanças graduais nas freqüências
● Mudanças nas formas de apresentação das
estatísticas
● Mudanças nas características das pessoas e do
lugar
Percentual de casos de aids notificados na subcategoria
usuário de drogas injetáveis, segundo ano de
diagnóstico. Brasil, 1983 a
% 2001*.
8
0
7
0
6
0
5
0
4
0
31.
3 8
0
2
0 11.1
1 5.
0 9
0
8 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 0 0
3 notificados
*Casos 4 5 até630/06/01.
7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1
Fonte: CN DST/Aids/SPS/MS
● Variações cíclicas: Flutuações na incidência de uma
doença ocorrida em um período maior que um ano
● Sarampo em populações susceptíveis
● Epidemia
● Concentração de casos de uma mesma doença
em determinado local e época, claramente em
excesso ao que seria teoricamente esperado
● Leptospirose: água contaminada com urina de ratos
● Febre Tifóide: Salmonella typhi
● Dengue: Aedes aegypti
Análise das variações irregulares
INFORMAÇÃO
AÇÃO
Funções de um sistema de
Vigilância epidemiológica
➢ Coleta de dados;
➢ Processamento dos dados coletados;
➢ Recomendação de medidas apropriadas;
➢ Promoções de ações de controle indicadas;
➢ Avaliação da eficácia e efetividade das medidas
adotadas;
➢ Divulgação das informações pertinentes.
É definida pelo Ministério da Saúde. Atualmente está em vigor
a portaria nº 104 de 2011. Além dessas doenças, todo e
qualquer surto ou epidemia, assim como a ocorrência de
agravo inusitado, independente de constar na lista de
Doenças de Notificação Compulsória, deve ser notificado,
imediatamente, às Secretarias Municipais e Secretarias
Estaduais.
www.saude.gov.br/sinanweb
Lista Nacional de Doenças de
Notificação Compulsória
Estados e Municípios podem incluir novas doenças
ou agravos:
● Magnitude;
● Potencial de disseminação;
● Transcendência (relevância econômica, social);
● Vulnerabilidade;
● Compromissos internacionais;
● Epidemias, surtos e agravos inusitados.
● Ficha individual de notificação (FIN);
● Ficha individual de investigação (FII);
● Notificação negativa;
● Ficha de investigação de surto.
Notificação
● É a comunicação da ocorrência de determinada
doença ou agravo à saúde, feita à autoridade
sanitária por profissionais de saúde, para fins de
adoção de medidas de intervenção pertinentes.
➢ A notificação é sigilosa.
➢ A notificação deve ser feita mesmo na
ausência de casos – notificação negativa.
Fluxo da Ficha de
Notificação
Ficha de notificação
(3 vias)
Via Azul
Via Rosa Via Branca
Prontuário Fonte
SEMUS / SESA Notificadora
Investigação
➢ É um trabalho de campo realizado a partir de casos
notificados e seus contatos.
➢ Objetivos:
➢ Identificar fonte e modo de transmissão;
➢ Grupos expostos a maior risco;
➢ Fatores determinantes e confirmar diagnóstico;
➢ Determinar as principais características
epidemiológicas.
➢ Finalidade: orientar medidas de controle para impedir
a ocorrência de novos casos.
FLUXO DE UM SISTEMA DE VIGILÂNCIA
Comunidade Diagnóstico
Fonte de Notificação
Di
Coleta dos Dados Manejo dos Dados
ss
e Coleta
mi Sistema local de Saúde
Consolidação
na
çã Análise
Sistema Estadual
o de Vigilância Elaboração de Boletins
da epidemiológicos
Inf
or Disseminação da Informação
m analisada c/ recomendações
Sistema Nacional de que fundamentam
aç
Vigilância estratégias de controle
ão
Diagnóstico, Planejamento e
Avaliação em Saúde
EPIDEMIO
Diagnóstico
EPIDEMIO
Planejamento
Execução / Intervenção
EPIDEMIO Avaliação
Epidemiologia no diagnóstico
Formulação de Hipóteses
LIMA-COSTA, M. F. F.; GUERRA, H. L.; BARRETO, S. M. & MAIA, R., 2000. Diagnóstico da situação
de saúde da população idosa brasileira: Um estudo da mortalidade e das Internações hospitalares
públicas. Informe Epidemiológico do SUS, 9:23-41.
Planejamento e Avaliação em Saúde
Estratégia de estudos em
epidemiologia
BASES EPIDEMIOLÓGICAS
● Epidemiologia descritiva
● Estuda a distribuição dos agravos à saúde
● Epidemiologia analítica
● Estuda os determinantes dos agravos à saúde
Estudos de corte transversal
● Estuda a freqüência dos agravos à saúde
● Examina a associação entre exposição e os
agravos à saúde
● A unidade de análise é individual
● A exposição e a doença são observados no
mesmo período do tempo
PARADIGMA dos Ensaios Clínicos
População Alvo
Amostra (Sub-população)
Randomização
Tratamento A Tratamento B
Avaliação do Desfecho
Estudos Observacionais Analíticos
Coorte:
Exposição
Exposto Desfecho?
Não exposto Desfecho?
Caso-Controle:
Desfecho
Doença Exposição?
Controle Exposição?
Coorte Prospectivo
Presente Futuro
Desfecho Sem
Desfecho
População Exposição
Presente
Amostra
Exposição
ausente
Desfecho Sem
Desfecho
Caso-Controle
Exposição Exposição
Amostra
Desfecho População
presente ausente casos com doença
(casos)
Exposição Exposição
Sem População
presente ausente DesfechoAmostra sem doença
controles (controles)
ARTICULAÇÃO E INTERVENÇÃO