O Reconhecimento Das Receitas de Prestação de Serviço Na Contabilidade de Empresas Brasileiras
O Reconhecimento Das Receitas de Prestação de Serviço Na Contabilidade de Empresas Brasileiras
O Reconhecimento Das Receitas de Prestação de Serviço Na Contabilidade de Empresas Brasileiras
RESUMO
A receita gerada internamente em uma entidade é a maior responsável pelo lucro atingido no
final de um período contábil. As fontes de receitas em uma empresa podem ser várias,
entretanto, os casos onde existem as maiores dúvidas e discussões são as receitas vinculadas
as prestações de serviços. Apesar de existir uma regulamentação eficaz nesse quesito, o
reconhecimento adequado das receitas com prestações de serviços são tratados ainda com
bastante cautela, visto a importância do assunto. A normatização das demonstrações
financeiras que regula o mercado de capitais nacional é feita pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM). As empresas abertas devem evidenciar em política contábil, os métodos
de reconhecimento da receita bem como a mesma é mensurada. Assim sendo, o objetivo deste
estudo é verificar como se dá o reconhecimento das receitas nas empresas que em algum
momento prestam serviços. Foi realizada uma pesquisa descritiva, documental e com
abordagem qualitativa, onde se analisou uma empresa classificada em cada um dos setores
econômicos listados na BM&FBovespa, no período de 2013. As nove empresas selecionadas
possuem receitas com prestações de serviços e observou-se que todas elas declaram em suas
políticas contábeis de que forma as suas receitas são reconhecidas. Nos casos onde existem
receitas diferidas, as mesmas encontram-se contabilizadas no passivo da companhia e na
grande maioria dos casos, mencionadas em nota explicativa, por tratar-se de uma receita
relevante para as entidades em questão.
ABSTRACT
The revenue internally generated in an entity is the most important reason for the profit
achieved at the end of an accounting period. The revenue sources in a company can come
from several forms; however, the cases which there are the grave doubts and discussions are
the revenues associated with the provision of service. Despite the existence of an effective
regulation in this item, the appropriate revenue recognition with the provision of service is
still treated cautiously, since this issue’s importance. The normalization of the financial
statements that regulates the national capital market is made by the Brazilian Securities
Comission (CVM). The public companies must highlight in an accounting policy, the revenue
recognition methods as well as the revenue is measured. Therefore, the purpose of this study
is to verify how does the revenue recognition works in the companies that at some point
1
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado, no primeiro semestre de 2014, ao Departamento de Ciências
Contábeis e Atuariais da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.
2
Graduanda do curso de Ciências Contábeis da UFRGS. ([email protected]).
3
Orientadora: Mestre em Administração e Negócios pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS).Professora do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da UFRGS. ([email protected]).
2
provide services. It was held a descriptive and documental research with a qualitative
approach where it was analysed a company classified in one of the each economic sectors
listed at BM&FBovespa, in the 2013 period. The nine selected companies have revenues with
the provision of services and it was observed that all of them declare in their accounting
polices how their revenues are recognized. In the cases which there are deferred income, those
are accounted in the companies’ liability and in the majority of them, the revenue is
mentioned in a cover note, as it is a relevant revenue for these entities at issue.
1 INTRODUÇÃO
A contabilidade possui como seu objetivo principal, o estudo sobre o patrimônio das
entidades. Esse estudo revela desde alterações patrimoniais ocorridas em períodos
comparativos, como também, a aplicação e a variação de dados econômico-financeiros.
Através da análise desses dados, chegamos a fatos e consequências essenciais tanto para as
tomadas de decisões internas da companhia, quanto para a utilização de usuários externos
como fonte de informação.
No início dos anos 2000, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) elaborou um
projeto que reformulava a Lei 6.404/76, até então, Lei das Sociedades Anônimas (SAs). O
objetivo era claro: Modernizar a lei societária, tornando a contabilidade um objeto de estudos
a nível internacional.
Desta forma, após sete anos de discussões sobre a revisão da lei, no dia 28 de
dezembro de 2007, a Lei 11.638 foi sancionada pelo Presidente da República em resposta a
modificação da Lei 6.404/76. E após esta data, em 2009, a lei 11.941 veio trazendo mais
algumas alterações com o intuito de auxiliar no processo de internacionalização.
Um dos principais impactos gerados pelas leis vigentes foi o processo de normatização
das práticas contábeis, ou seja, as normas e princípios contábeis vigentes devem estar em
consonância com os padrões internacionais. E este processo de convergência é coordenado
pelo Comitê de Práticas Contábeis (CPC).
Conforme exposto pela Receita Federal do Brasil,
O CPC tem como objetivo de estudar, preparar e emitir Pronunciamentos Técnicos
sobre Procedimentos de Contabilidade e divulgar informações dessa natureza, para
permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à
centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em
conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.
Uma das grandes preocupações dentro das empresas é o que move o reconhecimento
da receita visto que a maioria delas visa o lucro. Hendriksen e Van Breda (1999, p. 224)
3
constatam que “as receitas são o fluido vital da empresa. Sem receitas, não haveria lucros.
Sem lucros, não haveria empresa”. Sendo assim, a receita e o lucro são essenciais para uma
entidade, comprometendo a sua continuidade no momento em que não for dada a devida
atenção para estes pontos.
Mesmo o pronunciamento sendo claro em relação a este tópico, ainda existem
inúmeras discussões sobre a maneira apropriada de reconhecer. Muitas vezes a falta de
conhecimento contábil ou uma falha nos controles internos, gera formas errôneas de
entendimento e isso acaba afetando de forma considerável, a saúde financeira da entidade.
Sendo assim, de acordo com o exposto acima, surge a questão que motiva esta
pesquisa: identificar as formas de reconhecimento da receita de prestações de serviço em
empresas de diferentes setores econômicos, cumprindo com as exigências legais vigentes?
A norma contábil no Brasil que trata sobre o assunto citado, é o CPC 30 (R1) –
Receitas, a qual equivale ao IAS 18 – Revenue do IASB (International Accounting Stardarts
Board).
O objetivo deste artigo é analisar o real reconhecimento da receita de prestação de
serviço das empresas brasileiras, com base no CPC 30 (R1) - Receitas, aplicando esta análise
em uma empresa, de cada setor econômico listado na BM&FBovespa.
Este artigo está organizado da seguinte forma: introdução; base teórica; procedimentos
metodológicos; análise de dados; e considerações finais.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste tópico são abordados os fundamentos teóricos que apresentam o presente estudo.
Inicialmente, define-se receita bem como sua natureza. Em seguida, discutem-se as diferenças
entre receitas e ganhos, os métodos de mensuração da receita e reconhecimento da mesma
para empresas prestadora de serviços e por fim, os estudos relacionados a este assunto.
Não se aprofundará o assunto relacionado ao patrimônio líquido. Foi feita apenas uma
pequena abordagem para que não existam dúvidas sobre os montantes que representam receita
e o que representa patrimônio líquido na entidade.
Analisando o impacto da receita em nível internacional, segundo Scherer (2002) apud
International Accounting Standarts Board (IASB), a receita é o aumento dos benefícios
econômicos em um período de tempo onde ocorre o aumento do ativo ou a diminuição do
passivo. Ainda, Scherer (2002) apud Financial Accouting Standarst Board (FASB), deixa
claro que as receitas são aumentos de ativos ou a liquidação de passivos de uma entidade em
função da entrega do produto ou da prestação de serviço.
Sendo assim, verificamos que ocorrem reflexões sobre os conceitos e definições de
receita há anos e não apenas em nível nacional. Mas no final, conclui-se que as receitas são
mantidas efetivamente como a transferência dos bens, produtos ou serviços das entidades para
os clientes.
Iudícibus (2009) ainda destaca que as definições de receita se fixam nos aspectos de
quando reconhecê-la e em que montante, em detrimento da caracterização de sua natureza. O
que ele quis dizer é que muitas das definições expostas pela gama de autores que trata o
assunto referem-se aos efeitos da receita sobre o ativo e ao patrimônio líquido e à entrega
efetiva de bens e serviços. Mas que a real importância desse assunto é de fato sobre quando
reconhecer a receita e principalmente, quando considerá-la uma receita ou um ganho.
Para Santos et al. (2007, p. 131), as diferenças entre receitas e ganhos, são:
(a) as receitas resultam das operações principais da entidade, enquanto os
ganhos, de atividades periféricas ou incidentais;
(b) as receitas são normalmente obtidas (obtém-se o direito de recebê-las),
enquanto os ganhos resultam de transações não recíprocas, a exemplo do
recebimento de doações e
(c) as receitas são apresentadas pelo seu valor bruto, enquanto os ganhos, pelos
seus valores líquidos.
Para Iudícibus (2009, p. 151), a mensuração de receita “exige que se determine o valor
de troca do produto ou serviço prestado pela empresa”. Ou seja, o valor do dinheiro que será
recebido em troca da geração daquela receita.
Santos et al. (2007, p. 129), enfatiza que “as receitas são geralmente reconhecidas no
momento em que culmina o processo de ganho”, ou seja, é o direito da empresa de receber o
que lhe é devido. É á entrada de fluxo de caixa em troca da mercadoria e do produto entregue
ou da prestação do serviço feita ao cliente.
Segundo o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, em seu CPC 30 (R1) (2012, p. 4), a
receita “é mensurada pelo valor justo da contraprestação recebida, ou a receber, deduzida de
quaisquer descontos comerciais (trade discounts) e/ou bonificações (volume rebates)
concedidos pela entidade ao comprador”.
A mensuração correta do valor de um bem ou direito deve ser avaliada de forma
padrão. Desta forma, o valor justo é uma forma de mensurar um ativo ou passivo, com base
em preços de mercado, e não o valor que este ativo (ou passivo) apresenta para uma
determinada entidade (Comitê de Pronunciamentos Contábeis em seu CPC 46: Mensuração
do Valor Justo, 2012). Em outras palavras, valor justo nada mais é do que o valor pelo qual
um ativo pode ser permutado e um passivo liquidado.
Ainda para Santos et al (2007, p. 130), as empresa possuem algumas dificuldade de
mensurar as receitas. Entre algumas delas, pode-se citar:
(a) a falta de clareza dos objetivos estabelecidos e os obstáculos encontrados
para determinar uma taxa eficiente para o cálculo do valor presente líquido
das futuras entradas de caixa e
(b) a determinação do período exato em que deve ser relatado o
reconhecimento das receitas.
b) A empresa não deve manter envolvimento contínuo na gestão dos bens que foram
vendidos nem controle sobre eles;
c) O valor da receita deve ser mensurado com confiabilidade;
d) Os benefícios econômicos ligados à venda do bem devem ser prováveis e
e) As despesas que forem incorridas ou as que serão incorridas com o processo de venda
devem ser mensuradas com confiabilidade.
Para reconhecer a receita oriunda das prestações de serviços, a empresa deve estar em
consonância com os parágrafos 20 a 28 do Pronunciamento Técnico CPC 30 (R1) – Receitas,
onde, de forma geral, enfatiza as seguintes condições para reconhecimento:
a) O valor da receita deve ser mensurado com confiabilidade;
b) Os benefícios econômicos ligados à prestação do serviço fluirão para a entidade;
c) O período entre a execução da prestação do serviço e o término do período de reporte
deve ser mensurado com confiabilidade e
d) As despesas que forem incorridas ou as que serão incorridas com o processo da
prestação de serviço devem ser mensuradas com confiabilidade.
Para reconhecer a receita oriunda das prestações de serviços, a empresa deve estar em
consonância com o parágrafo 29 do Pronunciamento Técnico CPC 30 (R1) – Receitas, onde,
de forma geral, enfatiza as seguintes condições para reconhecimento:
a) For provável que os benefícios econômicos fluirão para a entidade;
b) O valor da receita deve ser mensurado com confiabilidade;
O trabalho feito por Hendriksen e Van Breda (1999) que trata de teoria da
contabilidade, enfatiza a importância da receita para as entidades que visam o lucro.
Scherer (2002) fez sua dissertação de mestrado sobre os acréscimos e decréscimos de
riquezas no patrimônio das entidades e com um tópico especial sobre a receita e seu
reconhecimento. Ele destacou a importância de reconhecer esses acréscimos e decréscimos de
riqueza das entidades no momento em que ocorrem e não apenas quando se realizam.
Iudícibus (2009) também em seu trabalho sobre teoria da contabilidade considera o
tópico de receitas um dos mais importantes para a contabilidade, pois ele acredita que as
receitas não recebem a atenção adequada, que deveriam receber, na literatura nacional.
Santos et al (2007) procuraram analisar diversas publicações sobre o que tange as
definições de receita e os aspectos de mensuração e reconhecimento fazendo um
entendimento sobre diversas obras e autores.
Almeida (2014) fez um estudo sobre o reconhecimento da receita, tendo, inicialmente,
definido o que é receita, como divulgá-la, como mensurá-la e, por fim, discorreu sobre os
diferentes tipos de transação de receita citando exemplos e situações diversas de como
reconhecê-la.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa realizada neste artigo foi classificada conforme os seguintes tópicos: (a)
pela forma de abordagem do problema, (b) de acordo com os seus objetivos e (c) com base
nos procedimentos técnicos utilizados.
Quanto ao primeiro tópico, sobre a abordagem do problema, o referente estudo
classifica-se como pesquisa qualitativa em função da utilização de análises detalhadas sobre o
assunto pesquisado (RAUPP; BEUREN, 2013). A pesquisa é qualitativa em função de ter
analisado a mensuração, a divulgação e a identificação do reconhecimento de receita nas
demonstrações financeiras das companhias selecionadas, analisando como as mesmas estão
sendo apresentadas e se estão de acordo com as normas vigentes.
Em relação aos objetivos, a pesquisa é classificada como descritiva, pois o foco foi
descrever as características sobre o reconhecimento de receita em atividades de prestação de
serviço, bem como a sua mensuração e a sua divulgação com base em fenômenos ocorridos
ou numa população pré-estabelecida.
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A companhia possui três tipos de receitas operacionais: (a) Venda de Produtos, (b)
Prestação de Serviços e (c) Contratos de Construção. Entretanto, a análise e o objetivo deste
artigo são as receitas oriundas das Prestações de Serviços. Desta forma, devem-se considerar
apenas os itens (b) Prestações de Serviços e (c) Contratos de Construção. Na Altus Sistemas
de Automação S.A., as receitas com prestações de serviços são basicamente atividades
relacionadas ao desenvolvimento de equipamentos eletrônicos, bem como a prestação de
serviços nas áreas de automação predial e industrial.
Conforme estabelecido em política contábil, a Receita de Prestação de Serviços (b) é
reconhecida conforme a etapa de serviços já realizados à data-base do balanço, na medida em
que os custos destes serviços possam ser mensurados com segurança.
Os Contratos de Construção (c) são reconhecidos conforme percentual de conclusão:
receita contratual é reconhecida na competência em que o serviço é prestado, bem como o
custo incorrido para tal prestação. O recebimento financeiro é registrado nas contas de
“Adiantamentos de Clientes”, no passivo da companhia, também conhecido como Receita
Diferida. Ou seja, está ocorrendo uma entrada de receita onde o serviço ainda não foi
efetivado.
O Quadro 6 apresenta as informações compiladas referentes à empresa LATAM
Airlines Group S.A.
consultadas,
sobre a base de
mensuração das
receitas.
Fonte: elaborado a partir dos dados da pesquisa (2014).
conhecimento pleno das atividades realizadas pela companhia, pelos responsáveis das
Demonstrações Contábeis.
O Quadro 7 apresenta as informações compiladas referentes à empresa Estácio
Participações S.A.
um recebimento financeiro cujos serviços ainda não foram prestados. Os mesmos serão
apropriados no resultado apenas quando o serviço for prestado ao aluno.
O Quadro 8 apresenta as informações compiladas referentes à empresa
ODONTOPREV S.A.
concluir que a companhia não possui recebimentos financeiros cujos serviços ainda não foram
prestados em montantes relevantes.
O Quadro 10 apresenta as informações compiladas referentes à empresa OSX Brasil
S.A.
A empresa possui quatro principais receitas operacionais: (a) Venda de Produtos, (b)
Prestação de Serviços, (c) Arrendamento Mercantil e (d) Contratos de Construção. Entretanto,
a análise e o objetivo deste artigo são as receitas oriundas das Prestações de Serviços. Desta
forma, devem-se considerar apenas os itens (b) Prestações de Serviços e (d) Contratos de
Construção. Na OSX Brasil S.A., as Receitas com Prestações de Serviços são baseadas
basicamente em atividades relacionadas à engenharia e construção.
Conforme estabelecido em política contábil, as receitas de Prestação de Serviços (b)
são reconhecidas em função de sua realização, e apenas quando não há incertezas sobre sua
realização. Os contratos de construção (c) são reconhecidos conforme porcentagem de
conclusão: receita contratual é reconhecida na competência em que o serviço é prestado, bem
como o custo incorrido para tal prestação. O recebimento financeiro é registrado nas contas de
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A empresa possui dois tipos de receitas operacionais: (a) Prestação de Serviços e (b)
Venda de Produtos. Entretanto, a análise e o objetivo deste artigo são as receitas oriundas das
Prestações de Serviços. Desta forma, deve-se considerar apenas o item (a) Prestações de
Serviços. Na TIM Participações S.A., as Receitas com Prestações de Serviços são
basicamente serviços de telecomunicações. Ela atua como operadora de serviços de telefonia
móvel, fixa, longa distância e transmissão de dados.
Conforme identificado em política contábil da Companhia, as receita são reconhecidas
na medida em que os benefícios econômicos para a Companhia sejam gerados. E, além disso,
que os seus valores possam ser mensurados com confiança.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo teve como objetivo analisar o real reconhecimento das receitas com
prestações de serviços nas demonstrações financeiras de empresas brasileiras, listadas na
BM&FBovespa conforme os critérios estabelecidos e descritos nos procedimentos
metodológicos.
Todas as empresas selecionadas para análise declaram em suas demonstrações
financeiras os critérios para reconhecimento e mensuração. Além disso, pode-se afirmar que
todas as empresas estão de acordo com as normas contábeis vigentes no Brasil e impostas a
elas, no que tange o assunto abordado neste artigo.
Em relação às referências bibliográficas, constatou-se que existem mais casos de
livros do que artigos enfatizando o assunto sobre a receita. Entretanto, chama a atenção à
ênfase e a importância que os autores de livros dão para o tema. Eles enfatizam o quão
essencial este assunto é para a contabilidade e, principalmente, para a geração de lucro das
entidades. Por mais clara que sejam as normas de contabilidade nacionais e internacionais e o
pronunciamento técnico sobre os conceitos e aplicações da receita, é um tema que gera
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REFERÊNCIAS
RIBEIRO FILHO, J. F. et al. Estudando teoria da contabilidade. 1. ed. São Paulo: Atlas,
2009.