Seer,+1223 3927 1 CE
Seer,+1223 3927 1 CE
Seer,+1223 3927 1 CE
NA ÉTICA RELIGIOSA
A DIABOLIZAÇÃO DA MULHER
A MULHER E O CORPO
A MULHER E AS HERESIAS
Notas
1
A inveja que os homens sentiam do útero gerou dois ritos: o couvade e a iniciação
masculina. No couvade o homem assume o lugar da parturiente, ou seja, é ele que
fica de resguardo após o parto. Nas tribos indígenas é comum encontrar ritos
como este. Entre os Tupinambás, acreditava-se que a mulher fosse apenas um
saco para deposito da criança que na verdade era retirada do “lombo do pai”, este
deveria guardar o repouso até que o cordão umbilical caísse. A iniciação mascu-
lina, também comum entre as tribos indígenas, realiza-se através da separação
dos meninos, que chegam à puberdade, das mulheres, restritos a um ambiente
exclusivamente masculino tendo o corpo pintado e passando por diversas provas
que ao final o levarão a maturidade, e tornando-se, a partir disso, um homem.
2
Cf. Bonalume Neto. Disponível em: http://www. 1folha.uol.com.br/folha/ciên-
cia. Acesso em: ago. 2009.
3
Platão considerava que a mulher seria a reencarnação de um homem que em sua
vida tivera sido inconseqüente. Como castigo, voltaria à vida como uma mulher.
Já Aristóteles afirmava que as mulheres assim como os escravos deveriam viver
pra servir.
4
Reza uma tradição hebraica que a primeira mulher teria sido Lilith, criada da
mesma forma que Adão e não de sua costela. Segundo o mito, Lilith se recusou a
ficar “debaixo” de Adão e fugiu do paraíso. Deus enviou, então, anjos para buscá-
la, entretanto ela se recusou a voltar. Eva, segunda mulher criada por Deus, teria
sido feita a partir da costela de Adão para que fosse submissa a ele, enquanto
Lilith se tornou esposa do demônio, sendo que na cultura popular é responsável
pela morte de recém-nascidos e possuidora dos homens durante a noite
(FARGETTE, [1990], v. 12, p. 61-3).
5
Na cosmogonia yorubana, toda mulher é Ajé (feiticeira) porque as Iyámi contro-
lam o sangue das regras das mulheres. No entanto, a Ajé não é como a feiticeira
medieval, ou seja, não é a personificação do mal, ela representa os poderes
Referências
BONALUME NETO, Ricardo. Vênus peituda pode ser a primeira figura Humana. 14
de maio de 2009. Disponível em: http://www. 1folha.uol.com.br/folha/ciência.
Acesso em: ago. de 2009
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2007.
FARGETTE, Séverine. Eva, Lilith, Pandora: O mal da sedução. História Viva. Ano:
06. Vol: 12, p. 61-63.
MACEDO, José Rivair. A mulher na Idade Média. São Paulo: Contexto, 2002.
MURARO, Rose Marie. Breve Introdução Histórica. In: Malleus Maleficarum. Rio
de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1991.