6075 Manual
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Tecnologias Aplicadas
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FICHA TÉCNICA
Objetivos e Condições de Utilização
O/A aluno/a deverá complementar os conhecimentos adquiridos e retidos durante as aulas com
a leitura do presente Manual.
A leitura do Manual não invalida que o/a aluno/a não aprofunde os seus conhecimentos,
através da consulta da bibliografia recomendada ou de outros que julgue convenientes.
Conteúdos
Módulo 2 - Instalações elétricas – generalidades
Materiais utilizados na indústria elétrica e electrónica
Representação esquemática
Instalações elétricas
Fontes Bibliográficas
MATIAS, José Vagos Carreira - Tecnologia da Electricidade, 10.º Ano. Didáctica Editora, 1991.
RSIUEE - Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica, Porto
Editora.
RTIEBT - Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão, INCM.
http://www.ebah.pt/content/ABAAAAboIAH/materiais-utilizados-no-ramo-eletroeletronica
https://www.mundodaeletrica.com.br/diagramas-eletricos/
http://www.prof2000.pt/
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Índice
2. Instalações elétricas.................................................................................................................9
2.1.3. Canalizações.........................................................................................................................11
3. Representação esquemática................................................................................................17
4. Esquemas elétricos................................................................................................................19
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Índice de Figuras
Índice de Tabelas
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Módulo 6075 – Instalações Elétricas - generalidades
Materiais condutores - são aqueles que melhor conduzem a corrente eléctrica porque têm
muitos eletrões livres, ou seja, os que oferecem menor resistência à sua passagem. O
metal condutor mais utilizado na indústria eléctrica é o cobre. A resistividade (ρ) do cobre à
temperatura de 20ºC é de 1.72x10−8Ω.m
O alumínio, a prata, o ouro, o ferro, o níquel, o cádmio, o estanho, o latão são exemplos de
alguns materiais condutores.
Materiais condutores resistentes - são aqueles que, sendo condutores, apresentam
intencionalmente uma resistividade eléctrica maior com o objetivo de dificultar mais a
passagem da corrente eléctrica e produzir calor. Estes materiais têm aplicação no fabrico
de resistências de aquecimento.
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Ligas resistentes: níquel-crómio, grafite, manganina, mailhechort, constantan.
Materiais supercondutores - são materiais considerados condutores perfeitos, isto é, sem
resistividade eléctrica, portanto conduzem a corrente eléctrica sem dissipação de energia
calorífica.
Os supercondutores (óxidos de cobre com combinação de vários elementos ou materiais
cerâmicos diversos) só o são quando submetidos a temperaturas negativas da ordem de -
40ºC.
Materiais isoladores - são aqueles que se opõem à passagem da corrente eléctrica
porque não têm eletrões livres. Não há materiais 100% isolantes, por isso, há sempre
pequenas correntes de fuga.
Alguns dos materiais isolantes: Policloreto de vinilo (PVC), porcelana, vidro, mica,
plásticos, borracha, verniz, papel.
Materiais semicondutores - Os materiais semicondutores, em termos de resistividade
eléctrica, encontram-se entre os materiais condutores e isoladores. A sua principal
aplicação é no fabrico de componentes para a electrónica.
Os semicondutores mais utilizados são o germânio (Ge) e o silício (Si).
O germânio (Ge) é muito utilizado na produção de transístores e outros componentes
de estado sólido na indústria eletrónica. É usado como liga com fósforo para lâmpadas
fluorescentes. O germânio e seu óxido são transparentes aos raios infravermelhos e
são usados em detetores de infravermelho de alta sensibilidade.
O silício (Si), é utilizado para a produção de ligas metálicas, por ser um material
semicondutor muito abundante, tem um interesse muito especial na indústria eletrónica
e microeletrónica, como material básico para a produção de chips de computadores,
transístores, díodos de silício, interruptores especiais, células solares e em circuitos
eletrónicos.
Materiais magnéticos - Os diferentes meios podem ser caracterizados, do ponto de vista
magnético, pela sua permeabilidade magnética (µ), isto é, pela maior ou menor facilidade
que os materiais têm em se deixarem atravessar pelas linhas de força de um campo
magnético.
Alguns exemplos de materiais ferromagnéticos: aço duro, ferro fundido, cobalto, níquel.
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suas características isolantes (expressa-se em KV/cm). Os testes de resistência
dielétrica geralmente consistem em expor isoladores a valores de alta tensão e curta
duração durante a digitalização para a quebra de fuga ou isolamento.
O material com melhor rigidez é a mica.
Condutibilidade térmica - É a propriedade que os materiais têm de conduzirem com
maior ou menor facilidade o calor.
Como bons condutores térmicos temos a prata e o cobre.
Maleabilidade - É a propriedade que os materiais têm de se deixarem reduzir a
chapas.
Exemplos: Ouro, prata.
Ductilidade - É a propriedade que os materiais têm de se deixarem reduzir a fios, nas
fieiras.
Exemplos: Ouro, prata, cobre, ferro.
Tenacidade - É a propriedade que os materiais têm de resistirem à tensão de rotura,
por tração ou compressão, expressa-se em kg/mm2.
Exemplos de materiais tenazes: bronze silicioso, cobre duro.
Maquinabilidade - É a propriedade de os materiais se deixarem trabalhar através de
máquinas-ferramentas.
Exemplo: ferro
Dureza - Propriedade dos materiais riscarem ou se deixarem riscar por outros.
Exemplos de materiais duros: diamante, quartzo.
Densidade - É a relação entre o peso da unidade de volume de um dado material e o
peso de igual volume de água destilada a 4,1ºC, à pressão normal.
Materiais condutores mais pesados são o mercúrio e a prata.
Permeabilidade magnética - É a propriedade dos materiais conduzirem com maior ou
menor facilidade as linhas de força do campo magnético.
Exemplos: ferro-silício, aço, ferro fundido.
Elasticidade - Propriedade que os materiais têm de retomarem a forma primitiva,
depois de deformados por ação de um esforço momentâneo.
Dilatabilidade - Propriedade dos materiais aumentarem em comprimento, superfície
ou volume por ação do calor.
Resiliência - Propriedade de que são dotados alguns materiais, de acumular energia
quando submetidos a esforços sem ocorrer a rutura. Após a tensão cessar poderá ou
não haver uma deformação.
Resistência à fadiga - É um valor limite do esforço sobre um material, resultante da
repetição de manobras. Cada manobra vai, progressivamente, provocando o
“envelhecimento” do material, perdendo progressivamente as suas propriedades.
Fusibilidade - Propriedade dos materiais passarem do estado sólido ao estado líquido,
por ação do calor.
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Resistência à corrosão - Propriedade que os materiais têm de manterem as suas
propriedades químicas, por ação de agentes exteriores (atmosféricos, químicos, etc.).
2. Instalações elétricas
Em Portugal, as regras básicas a usar na montagem das instalações elétricas estão
definidas no RSIUEE, (Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia
Elétrica) e nas RTIEBT (Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão)
aprovado pela Portaria n.º 949-A/2006, de 11 de Setembro.
As instalações elétricas de corrente alternada (AC) podem ser monofásicas ou trifásicas.
As cores normalizadas do isolamento para identificação dos condutores em corrente
alternada:
Azul claro para o neutro
Castanho, preto ou cinzento para a fase
Verde e amarelo para o condutor de proteção (PE)
As cores normalizadas do isolamento para identificação dos condutores em corrente
contínua:
Pólo positivo: Vermelho
Pólo negativo: Preto
Segundo as RTIEBT as secções dos condutores dos circuitos das instalações de
locais de habitação devem ser determinadas em função das potências previsíveis,
com os valores mínimos indicados no quadro seguinte:
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Tabela 1 – Diretivas apresentadas no RTIEBT – 801.5.8 – Secção dos condutores
a) Evitar que grandes zonas de utilização sejam postas fora de serviço por
actuação de uma protecção;
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l. As instalações de utilização a estabelecer em locais residenciais ou de uso
profissional não deverão ser dimensionadas para potências inferiores às
seguintes:
Mais de seis divisões principais: 6,6 k VA+30 VA/m2 de cada divisão principal
a mais;
2.1.3. Canalizações
Segundo o RSIUEE - na Parte II - Instalações de baixa tensão - 1.2 –
Canalizações o Art. 17.° define Canalização. - Conjunto constituído por um ou
mais condutores eléctricos e pelos elementos que asseguram o seu isolamento
eléctrico, as suas protecções mecânicas, químicas e eléctricas e a sua fixação,
devidamente agrupados e com aparelhos de ligação comuns.
Comentários. - l. Embora a designação de canalização abranja tanto as
canalizações de circuitos de energia como de telecomunicação, as primeiras são
designadas neste Regulamento por canalizações eléctricas -ou, simplesmente,
canalizações, e as segundas por canalizações de telecomunicação.
Ou seja:
Canalização é o conjunto constituído por um ou mais condutores elétricos, pelos
elementos que garantem a sua fixação e a sua proteção mecânica.
O tipo de canalização a empregar deverá ser escolhido de acordo com as
condições ambientes e de utilização do local.
Deve evitar-se submeter as canalizações a esforços mecânicos
desnecessários, reduzindo o número de curvas, de travessias, etc.
Os condutores de uma canalização, apenas deverão ser colocados depois
de terminados os trabalhos de construção civil que os possam danificar.
A proteção das canalizações contra ações mecânicas deverá ter
continuidade assegurada ao longo de toda a canalização.
O número de juntas ou uniões que assegurem a continuidade da proteção
contra ações mecânicas deverá ser limitado ao mínimo possível.
Tipos de canalizações
Segundo o RSIUEE, na Parte II - Instalações de baixa tensão - 1.2 – as canalizações
podem classificar-se em:
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Canalização fixa;
Canalização amovível;
Canalização à vista;
Canalização oculta;
Canalização pré-fabricada;
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SRE - Locais sem riscos especiais
THU - Locais temporariamente húmidos
HUM - Locais húmidos
MOL - Locais molhados
EPT - Locais expostos
SUB - Locais submersos
POE - Locais poeirentos
ACO - Locais de ambiente corrosivo
ATP - Locais sujeitos a altas temperaturas
BTP - Locais sujeitas a baixas temperaturas
AMI - Locais sujeitas a acções mecânicas intensas
RIN - Locais com risco de incêndio
REX - Locais com risco de explosão
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Tipos de canalizações fixas em função do tipo de local:
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2.2. Proteção de instalações e pessoas
Sobretensões
Subtensões
Sobreintensidades:
Se a corrente elétrica de serviço (IB) ultrapassar o valor máximo (Iz)
permitido nos condutores diz-se que há uma sobreintensidade.
Demasiados aparelhos ligados simultaneamente num mesmo circuito
podem originar uma sobrecarga que é uma sobreintensidade em que a
corrente de serviço no circuito é superior ou ligeiramente superior à
intensidade máxima permitida nos condutores (IB>Iz).
Se, dois pontos do circuito com potenciais elétricos diferentes entram em
contacto direto entre si estamos na presença de um curto – circuito que é
uma sobreintensidade em que a corrente de serviço no circuito é muito
superior à intensidade máxima permitida nos condutores (IB>>Iz).
Sobretensões
As sobretensões (aumento da tensão) podem ser de origem externa
(descarga atmosférica nas linhas) ou de origem interna (falsas manobras,
deficiências de isolamento com linhas de tensão mais elevada).
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As sobretensões são geralmente bruscas e podem danificar a
aparelhagem elétrica, particularmente a de informática e de eletrónica.
Subtensões
As subtensões (abaixamento da tensão) podem ocorrer por:
Excesso de carga ligada (originando quedas de tensão nas linhas e
cabos);
Desequilíbrio acentuado na rede trifásica;
Rutura de uma das fases;
Contactos à terra de uma fase.
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3. Representação esquemática
Representação esquemática de circuitos elétricos – é a utilização de símbolos gráficos
para representar uma instalação elétrica ou parte de uma instalação e facilita a consulta e
interpretação desses circuitos por parte dos vários profissionais envolvidos no projeto.
Existem vários esquemas utilizados em instalações elétricas, mas os mais comuns são:
Esquema funcional;
Esquema unifilar;
Esquema multifilar.
Esquema unifilar:
São esquemas simplificados com uma simbologia própria, mas não indicam o modo de
ligação nas montagens de forma a compreendermos o seu funcionamento. Dá
indicações úteis sobre:
O percurso da instalação;
Os elementos que a constituem;
A sua localização.
A simplicidade desta representação, faz com que seja utilizada no desenho das plantas
de edifícios, para a elaboração do respetivo projeto elétrico da instalação.
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Esquemas em representação multifilar: Esquema onde cada aparelho ou elemento é
representado por um símbolo específico e cada condutor por um traço.
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Por razões de segurança, na ligação dos suportes de lâmpada o condutor de fase
deve ser de ligado à lâmina central e o condutor neutro deve ser ligado à lâmina
lateral do suporte de lâmpada.
Nas ligações elétricas nunca deve ficar cobre à vista. O cobre só deve ficar a
estabelecer o contacto elétrico com o respetivo terminal.
Os condutores elétricos devem ficar devidamente organizados nas caixas de
derivação.
4. Esquemas elétricos
4.1. Circuitos de iluminação
Derivação simples com lâmpada de incandescência: É empregue sempre que se
deseja comandar de um só lugar um único circuito, com uma ou mais lâmpadas.
As escadas, quartos, certos corredores e salas com duas entradas são exemplos de
locais onde, por funcionalidade e comodidade, as lâmpadas devem ser comandadas
de dois locais diferentes.
Telerruptor: Tem como função comandar um circuito elétrico de vários sítios, através
de botões de pressão.
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transformador que transforme a tensão da rede (230 V) em valores adequados aos
recetores (geralmente de 3, 5, 8, 12 ou 24 V).
Quadro indicador de chamada: Quando há necessidade de chamar de vários locais,
deve ter-se a possibilidade de saber donde provém a chamada. Recorre-se por isso
em escolas, hospitais, hotéis, etc., aos quadros indicadores de chamada ou quadro de
alvos que podem ser de identificadores mecânicos ou luminosos.
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Fontes Bibliográficas
MATIAS, José Vagos Carreira - Tecnologia da Electricidade, 10.º Ano. Didáctica Editora, 1991.
http://www.ebah.pt/content/ABAAAAboIAH/materiais-utilizados-no-ramo-eletroeletronica
https://www.mundodaeletrica.com.br/diagramas-eletricos/
http://www.prof2000.pt/
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