6075 Manual

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MANUAL DA DISCIPLINA

Tecnologias Aplicadas
blogs.diariodepernambuco.com.br

CURSO: TÉCNICO DE ELETRÓNICA, AUTOMAÇÃO E COMPUTADORES


ANO: 1º

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FICHA TÉCNICA
Objetivos e Condições de Utilização

O/A aluno/a deverá complementar os conhecimentos adquiridos e retidos durante as aulas com
a leitura do presente Manual.

Contém todos os temas abordados durante a disciplina de Tecnologias Aplicadas do curso


Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores, devendo ser um suporte ao estudo a
desenvolver pelo/a aluno/a, bem como um reforço aos conhecimentos adquiridos durante as
aulas.

A leitura do Manual não invalida que o/a aluno/a não aprofunde os seus conhecimentos,
através da consulta da bibliografia recomendada ou de outros que julgue convenientes.

Conteúdos
Módulo 2 - Instalações elétricas – generalidades
Materiais utilizados na indústria elétrica e electrónica
Representação esquemática
Instalações elétricas

Fontes Bibliográficas
MATIAS, José Vagos Carreira - Tecnologia da Electricidade, 10.º Ano. Didáctica Editora, 1991.
RSIUEE - Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica, Porto
Editora.
RTIEBT - Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão, INCM.

Fontes Bibliográficas Eletrónicas

http://www.ebah.pt/content/ABAAAAboIAH/materiais-utilizados-no-ramo-eletroeletronica

https://www.mundodaeletrica.com.br/diagramas-eletricos/

http://www.prof2000.pt/

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Índice

Módulo 6075 – Instalações Elétricas - generalidades...................................................................6

1. Materiais utilizados na indústria elétrica e electrónica....................................................6

1.1. Propriedades gerais dos metais................................................................................................7

1.2. Metais ferrosos e não ferrosos..................................................................................................9

2. Instalações elétricas.................................................................................................................9

2.1. Condições de estabelecimento das instalações...................................................................10

2.1.1. Subdivisão das instalações..................................................................................................10

2.1.2. Potência instalada.................................................................................................................10

2.1.3. Canalizações.........................................................................................................................11

2.2. Proteção de instalações e pessoas........................................................................................15

2.2.1. Proteção de instalações.......................................................................................................15

2.2.2. Proteção de pessoas............................................................................................................16

3. Representação esquemática................................................................................................17

3.1. Esquemas de instalações elétricas.........................................................................................17

3.2. Símbolos elétricos.....................................................................................................................18

3.3. Regras de segurança nos circuitos elétricos.........................................................................19

4. Esquemas elétricos................................................................................................................19

4.1. Circuitos de iluminação.............................................................................................................19

4.2. Circuitos de sinalização............................................................................................................20

4.3. Circuitos de alarme...................................................................................................................20

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Índice de Figuras

Fig. 1 – Diagrama de blocos – Tipos de materiais.................................................................................5

Fig. 2 – Esquema funcional.................................................................................................................16

Fig. 3 – Esquema Unifilar....................................................................................................................16

Fig. 4 – Esquema multifilar.................................................................................................................17

Índice de Tabelas

Tabela 1 – Diretivas apresentadas no RTIEBT – 801.5.8 – Secção dos condutores..............................9

Tabela 2 - Escolha da canalização consoante o local..........................................................................13

Tabela 3 - Símbolos elétricos..............................................................................................................17

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Módulo 6075 – Instalações Elétricas - generalidades

1. Materiais utilizados na indústria elétrica e electrónica


Os materiais elétricos dividem-se em:
 Materiais condutores
 Materiais isoladores
 Materiais semicondutores
 Materiais Magnéticos

Fig. 1 – Diagrama de blocos – Tipos de materiais

Os materiais utilizados na indústria elétrica e electrónica encontram-se no estado sólido,


líquido ou gasoso.
Exemplos:
 Estado sólido: cobre (condutor); vidro (isolador).
 Estado liquido: mercúrio (condutor); óleo mineral (isolador).
 Estado gasoso: ar muito húmido (condutor); ar seco (isolador).

Materiais condutores - são aqueles que melhor conduzem a corrente eléctrica porque têm
muitos eletrões livres, ou seja, os que oferecem menor resistência à sua passagem. O
metal condutor mais utilizado na indústria eléctrica é o cobre. A resistividade (ρ) do cobre à
temperatura de 20ºC é de 1.72x10−8Ω.m
O alumínio, a prata, o ouro, o ferro, o níquel, o cádmio, o estanho, o latão são exemplos de
alguns materiais condutores.
Materiais condutores resistentes - são aqueles que, sendo condutores, apresentam
intencionalmente uma resistividade eléctrica maior com o objetivo de dificultar mais a
passagem da corrente eléctrica e produzir calor. Estes materiais têm aplicação no fabrico
de resistências de aquecimento.

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Ligas resistentes: níquel-crómio, grafite, manganina, mailhechort, constantan.
Materiais supercondutores - são materiais considerados condutores perfeitos, isto é, sem
resistividade eléctrica, portanto conduzem a corrente eléctrica sem dissipação de energia
calorífica.
Os supercondutores (óxidos de cobre com combinação de vários elementos ou materiais
cerâmicos diversos) só o são quando submetidos a temperaturas negativas da ordem de -
40ºC.
Materiais isoladores - são aqueles que se opõem à passagem da corrente eléctrica
porque não têm eletrões livres. Não há materiais 100% isolantes, por isso, há sempre
pequenas correntes de fuga.
Alguns dos materiais isolantes: Policloreto de vinilo (PVC), porcelana, vidro, mica,
plásticos, borracha, verniz, papel.
Materiais semicondutores - Os materiais semicondutores, em termos de resistividade
eléctrica, encontram-se entre os materiais condutores e isoladores. A sua principal
aplicação é no fabrico de componentes para a electrónica.
Os semicondutores mais utilizados são o germânio (Ge) e o silício (Si).
 O germânio (Ge) é muito utilizado na produção de transístores e outros componentes
de estado sólido na indústria eletrónica. É usado como liga com fósforo para lâmpadas
fluorescentes. O germânio e seu óxido são transparentes aos raios infravermelhos e
são usados em detetores de infravermelho de alta sensibilidade.
 O silício (Si), é utilizado para a produção de ligas metálicas, por ser um material
semicondutor muito abundante, tem um interesse muito especial na indústria eletrónica
e microeletrónica, como material básico para a produção de chips de computadores,
transístores, díodos de silício, interruptores especiais, células solares e em circuitos
eletrónicos.
Materiais magnéticos - Os diferentes meios podem ser caracterizados, do ponto de vista
magnético, pela sua permeabilidade magnética (µ), isto é, pela maior ou menor facilidade
que os materiais têm em se deixarem atravessar pelas linhas de força de um campo
magnético.
Alguns exemplos de materiais ferromagnéticos: aço duro, ferro fundido, cobalto, níquel.

1.1. Propriedades gerais dos metais


Condutibilidade eléctrica - Propriedade que os materiais têm de conduzirem a
corrente eléctrica com maior ou menor facilidade.
O material com melhor condutibilidade é a prata, mas o mais utilizado na indústria
elétrica e electrónica, é o cobre.
Rigidez dielétrica - É um termo de engenharia que se refere à tensão máxima que um
material isolante pode suportar antes de quebrar, ou seja é a tensão máxima, por
unidade de comprimento, que se pode aplicar aos materiais isolantes sem romper as

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suas características isolantes (expressa-se em KV/cm). Os testes de resistência
dielétrica geralmente consistem em expor isoladores a valores de alta tensão e curta
duração durante a digitalização para a quebra de fuga ou isolamento.
O material com melhor rigidez é a mica.
Condutibilidade térmica - É a propriedade que os materiais têm de conduzirem com
maior ou menor facilidade o calor.
Como bons condutores térmicos temos a prata e o cobre.
Maleabilidade - É a propriedade que os materiais têm de se deixarem reduzir a
chapas.
Exemplos: Ouro, prata.
Ductilidade - É a propriedade que os materiais têm de se deixarem reduzir a fios, nas
fieiras.
Exemplos: Ouro, prata, cobre, ferro.
Tenacidade - É a propriedade que os materiais têm de resistirem à tensão de rotura,
por tração ou compressão, expressa-se em kg/mm2.
Exemplos de materiais tenazes: bronze silicioso, cobre duro.
Maquinabilidade - É a propriedade de os materiais se deixarem trabalhar através de
máquinas-ferramentas.
Exemplo: ferro
Dureza - Propriedade dos materiais riscarem ou se deixarem riscar por outros.
Exemplos de materiais duros: diamante, quartzo.
Densidade - É a relação entre o peso da unidade de volume de um dado material e o
peso de igual volume de água destilada a 4,1ºC, à pressão normal.
Materiais condutores mais pesados são o mercúrio e a prata.
Permeabilidade magnética - É a propriedade dos materiais conduzirem com maior ou
menor facilidade as linhas de força do campo magnético.
Exemplos: ferro-silício, aço, ferro fundido.
Elasticidade - Propriedade que os materiais têm de retomarem a forma primitiva,
depois de deformados por ação de um esforço momentâneo.
Dilatabilidade - Propriedade dos materiais aumentarem em comprimento, superfície
ou volume por ação do calor.
Resiliência - Propriedade de que são dotados alguns materiais, de acumular energia
quando submetidos a esforços sem ocorrer a rutura. Após a tensão cessar poderá ou
não haver uma deformação.
Resistência à fadiga - É um valor limite do esforço sobre um material, resultante da
repetição de manobras. Cada manobra vai, progressivamente, provocando o
“envelhecimento” do material, perdendo progressivamente as suas propriedades.
Fusibilidade - Propriedade dos materiais passarem do estado sólido ao estado líquido,
por ação do calor.

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Resistência à corrosão - Propriedade que os materiais têm de manterem as suas
propriedades químicas, por ação de agentes exteriores (atmosféricos, químicos, etc.).

1.2. Metais ferrosos e não ferrosos


Metais ferrosos - são aquelas em que o ferro é o constituinte principal (contém uma
percentagem de ferro superior a 90%).
 Os metais ferrosos mais comuns são o aço, o ferro fundido e o ferro laminado.
 Esses metais são ligas de ferro e carbono, que podem conter na sua composição
elementos como fósforo, manganês, silício, cobre, enxofre...
Metais não ferrosos – são aqueles que na sua constituição não contêm ferro.
(Condutores, ligas resistentes, isolantes, semicondutores).

Metais não ferrosos vs Metais ferrosos:


 Os metais não ferrosos:
o São mais caros;
o São mais resistentes à corrosão;
o Têm menor resistência mecânica;
o Pior resistência quando sujeitos a temperaturas elevadas;
o Melhor resistência quando sujeitos a baixas temperaturas.

2. Instalações elétricas
Em Portugal, as regras básicas a usar na montagem das instalações elétricas estão
definidas no RSIUEE, (Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia
Elétrica) e nas RTIEBT (Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão)
aprovado pela Portaria n.º 949-A/2006, de 11 de Setembro.
As instalações elétricas de corrente alternada (AC) podem ser monofásicas ou trifásicas.
As cores normalizadas do isolamento para identificação dos condutores em corrente
alternada:
Azul claro para o neutro
Castanho, preto ou cinzento para a fase
Verde e amarelo para o condutor de proteção (PE)
As cores normalizadas do isolamento para identificação dos condutores em corrente
contínua:
Pólo positivo: Vermelho
Pólo negativo: Preto
Segundo as RTIEBT as secções dos condutores dos circuitos das instalações de
locais de habitação devem ser determinadas em função das potências previsíveis,
com os valores mínimos indicados no quadro seguinte:

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Tabela 1 – Diretivas apresentadas no RTIEBT – 801.5.8 – Secção dos condutores

2.1. Condições de estabelecimento das instalações


Segundo o RSIUEE:

2.1.1. Subdivisão das instalações


Art. 417.° Concepção das instalações.

l. Ais instalações de utilização deverão ser concebidas de forma a permitir


desempenhar, com eficiência e em boas condições de segurança, os fins a que
se destinam.

2. Ais instalações de utilização deverão ser convenientemente subdivididas,


por forma a limitar os efeitos de eventuais perturbações e a facilitar a pesquisa e
reparação de avarias.

Comentários. - l. De entre as vantagens de subdividir as instalações


salientam-se as seguintes:

a) Evitar que grandes zonas de utilização sejam postas fora de serviço por
actuação de uma protecção;

b) Separar a alimentação de aparelhos de utilização de diferente sensibilidade às


flutuações de tensão, nomeadamente os de iluminação dos de força motriz;

c) Diminuir a intensidade das correntes de curto-circuito;

d) Aumentar o grau de selectividade das protecções.

2.1.2. Potência instalada


Art. 418.° Potência mínimas a considerar no dimensionamento das instalações
de utilização. – As potências mínimas a considerar no dimensionamento das
instalações de utilização deverão ser fixadas de acordo com as necessidades e
condições de exploração dos respectivos locais.

Art. 435.° Potência mínimas a considerar no dimensionamento das instalações


de utilização.

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l. As instalações de utilização a estabelecer em locais residenciais ou de uso
profissional não deverão ser dimensionadas para potências inferiores às
seguintes:

a) Locais destinados a habitação particular ou de uso profissional com habitação


anexa:

Até seis divisões principais: 6,6 kVA;

Mais de seis divisões principais: 6,6 k VA+30 VA/m2 de cada divisão principal
a mais;

b) Locais de uso profissional sem habitação anexa: 30 VA/m2, com o mínimo de


3,3 kVA.

2.1.3. Canalizações
Segundo o RSIUEE - na Parte II - Instalações de baixa tensão - 1.2 –
Canalizações o Art. 17.° define Canalização. - Conjunto constituído por um ou
mais condutores eléctricos e pelos elementos que asseguram o seu isolamento
eléctrico, as suas protecções mecânicas, químicas e eléctricas e a sua fixação,
devidamente agrupados e com aparelhos de ligação comuns.
Comentários. - l. Embora a designação de canalização abranja tanto as
canalizações de circuitos de energia como de telecomunicação, as primeiras são
designadas neste Regulamento por canalizações eléctricas -ou, simplesmente,
canalizações, e as segundas por canalizações de telecomunicação.
Ou seja:
Canalização é o conjunto constituído por um ou mais condutores elétricos, pelos
elementos que garantem a sua fixação e a sua proteção mecânica.
 O tipo de canalização a empregar deverá ser escolhido de acordo com as
condições ambientes e de utilização do local.
 Deve evitar-se submeter as canalizações a esforços mecânicos
desnecessários, reduzindo o número de curvas, de travessias, etc.
 Os condutores de uma canalização, apenas deverão ser colocados depois
de terminados os trabalhos de construção civil que os possam danificar.
 A proteção das canalizações contra ações mecânicas deverá ter
continuidade assegurada ao longo de toda a canalização.
 O número de juntas ou uniões que assegurem a continuidade da proteção
contra ações mecânicas deverá ser limitado ao mínimo possível.
Tipos de canalizações
Segundo o RSIUEE, na Parte II - Instalações de baixa tensão - 1.2 – as canalizações
podem classificar-se em:

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 Canalização fixa;
 Canalização amovível;
 Canalização à vista;
 Canalização oculta;
 Canalização pré-fabricada;

Canalização fixa - Art. 18.°- Canalização estabelecida de forma inamovível, sem


recurso a meios especiais.
Ex. Canalizações estabelecidas nas paredes, à vista ou ocultas.
Canalização amovível - Art. 19.°- Canalização, não fixa, destinada a alimentar, em
regra, aparelhos móveis ou portáteis.
Comentário. - São exemplos típicos de canalizações amovíveis as compreendidas
entre uma canalização fixa e os seguintes aparelhos de utilização:
a) Aparelhos electrodomésticos (frigoríficos, máquinas de lavar, fogões, etc.);
b) Postos de soldadura;
c) Ferramentas portáteis (esmeriladores, berbequins, etc.).
Canalização à vista - Art. 20.°- Canalização visível, sem necessidade de retirar
qualquer parte da construção sobre que está estabelecida.
Canalização oculta - Art. 21.°- Canalização que não é visível ou que não é acessível
sem remoção de qualquer elemento do meio em que se encontra ou ainda sem
remoção de si própria.
Comentários. - l. São exemplos de canalizações ocultas as seguintes:
a) Canalizações totalmente embebidas em paredes, tectos ou pavimentos
(canalizações constituídas por condutores protegidos por tubos ou condutas, ou
canalizações pré-fabricadas);
b) Canalizações estabelecidas em espaços ocos de paredes, tectos, pavimentos
ou outros elementos da construção;
c) Canalizações estabelecidas em caleiras ou em galerias inacessíveis;
d) Canalizações enterradas;
e) Canalizações subaquáticas.

Canalização pré-fabricada - Art. 28.°- Canalização cujo invólucro, metálico ou de


material isolante e condutores formam um conjunto montado em fábrica.

Tipos de canalizações a empregar nas instalações

Os tipos de canalizações a utilizar nas instalações de utilização deverão ser


adequados às condições ambientes e de utilização do local.

Classificação do local quanto ao ambiente:

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SRE - Locais sem riscos especiais
THU - Locais temporariamente húmidos
HUM - Locais húmidos
MOL - Locais molhados
EPT - Locais expostos
SUB - Locais submersos
POE - Locais poeirentos
ACO - Locais de ambiente corrosivo
ATP - Locais sujeitos a altas temperaturas
BTP - Locais sujeitas a baixas temperaturas
AMI - Locais sujeitas a acções mecânicas intensas
RIN - Locais com risco de incêndio
REX - Locais com risco de explosão

Nota: Consultar o Quadro X - Classificação dos locais (Artigo 359.º - Comentário) do


RSIUEE.

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Tipos de canalizações fixas em função do tipo de local:

Tabela 2 - Escolha da canalização consoante o local

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2.2. Proteção de instalações e pessoas

2.2.1. Proteção de instalações


Segundo o RSIUEE - PARTE II - 6 - Protecção das instalações:

Art. 567.° Protecção das instalações de utilização.

l. As instalações de utilização deverão ser convenientemente protegidas por


aparelhos cuja actuação automática, oportuna e segura impeça que os valores
característicos da corrente ou da tensão da instalação ultrapassem os limites de
segurança da própria instalação.

2. Os aparelhos de protecção deverão ser instalados nos locais com condições


ambientes mais favoráveis e, em regra, facilmente acessíveis e adequados,
podendo os de protecção de aparelhos de utilização ficar incorporados nos
mesmos, de forma que a sua substituição se possa fazer sem perigo.

Os principais tipos de defeitos que podem ocorrer num circuito são:


 Sobreintensidades

 Sobretensões

 Subtensões

Sobreintensidades:
 Se a corrente elétrica de serviço (IB) ultrapassar o valor máximo (Iz)
permitido nos condutores diz-se que há uma sobreintensidade.
 Demasiados aparelhos ligados simultaneamente num mesmo circuito
podem originar uma sobrecarga que é uma sobreintensidade em que a
corrente de serviço no circuito é superior ou ligeiramente superior à
intensidade máxima permitida nos condutores (IB>Iz).
 Se, dois pontos do circuito com potenciais elétricos diferentes entram em
contacto direto entre si estamos na presença de um curto – circuito que é
uma sobreintensidade em que a corrente de serviço no circuito é muito
superior à intensidade máxima permitida nos condutores (IB>>Iz).

Sobretensões
 As sobretensões (aumento da tensão) podem ser de origem externa
(descarga atmosférica nas linhas) ou de origem interna (falsas manobras,
deficiências de isolamento com linhas de tensão mais elevada).

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 As sobretensões são geralmente bruscas e podem danificar a
aparelhagem elétrica, particularmente a de informática e de eletrónica.

Subtensões
As subtensões (abaixamento da tensão) podem ocorrer por:
 Excesso de carga ligada (originando quedas de tensão nas linhas e
cabos);
 Desequilíbrio acentuado na rede trifásica;
 Rutura de uma das fases;
 Contactos à terra de uma fase.

2.2.2. Proteção de pessoas


Segundo o RSIUEE - PARTE II - 7 - Protecção das pessoas:

Art. 596.° Sistemas de protecção. - Nas instalações de utilização deverão ser


adoptadas disposições destinadas a garantir a protecção das pessoas contra os
perigos específicos da electricidade (choques eléctricos), disposições essas que
deverão ser escolhidas e realizadas de modo a serem seguras e duráveis.
Comentários.
l. A protecção das pessoas contra os perigos que as instalações eléctricas
podem apresentar reveste-se de dois aspectos:
a) Protecção contra contactos directos;
b) Protecção contra contactos indirectos.
2. A protecção contra contactos directos consiste em defender as pessoas
contra os riscos de contacto com as partes activas dos materiais ou aparelhos,
eléctricos, envolvendo essencialmente medidas preventivas.
Todas essas partes activas devem, em princípio, dispor de uma protecção contra
contactos
directos. Todavia, nas instalações estabelecidas em locais afectos a serviços
eléctricos e nas instalações de tensão reduzida são permitidas por este
Regulamento algumas excepções a essa regra.
3. A protecção contra contactos indirectos visa defender as pessoas contra
os riscos a que podem ficar sujeitas em resultado de as massas ficarem
acidentalmente sob tensão.

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3. Representação esquemática
Representação esquemática de circuitos elétricos – é a utilização de símbolos gráficos
para representar uma instalação elétrica ou parte de uma instalação e facilita a consulta e
interpretação desses circuitos por parte dos vários profissionais envolvidos no projeto.
Existem vários esquemas utilizados em instalações elétricas, mas os mais comuns são:
 Esquema funcional;
 Esquema unifilar;
 Esquema multifilar.

3.1. Esquemas de instalações elétricas


Esquema funcional:
Mostra todos os condutores e componentes que serão ligados no circuito elétrico,
permite interpretar com rapidez e clareza o funcionamento do mesmo. Mostra o
funcionamento e as ligações principais, sem cruzamento de linhas, o que torna mais
fácil a análise do circuito.

Fig. 2 – Esquema funcional

Esquema unifilar:
São esquemas simplificados com uma simbologia própria, mas não indicam o modo de
ligação nas montagens de forma a compreendermos o seu funcionamento. Dá
indicações úteis sobre:
 O percurso da instalação;
 Os elementos que a constituem;
 A sua localização.
A simplicidade desta representação, faz com que seja utilizada no desenho das plantas
de edifícios, para a elaboração do respetivo projeto elétrico da instalação.

Fig. 3 – Esquema Unifilar


Nota: Quando o traçado das canalizações e localização dos restantes elementos da
instalação (caixas de derivação, aparelhos de comando, aparelhos de utilização, etc.) é
executado em plantas, resulta um esquema arquitetural.

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Esquemas em representação multifilar: Esquema onde cada aparelho ou elemento é
representado por um símbolo específico e cada condutor por um traço.

Fig. 4 – Esquema multifilar

3.2. Símbolos elétricos

Tabela 3 - Símbolos elétricos


3.3. Regras de segurança nos circuitos elétricos
Todos os circuitos devem ser constituídos por três condutores: fase, neutro e terra
(condutor PE). Todos os condutores devem ter a mesma secção.

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Por razões de segurança, na ligação dos suportes de lâmpada o condutor de fase
deve ser de ligado à lâmina central e o condutor neutro deve ser ligado à lâmina
lateral do suporte de lâmpada.
Nas ligações elétricas nunca deve ficar cobre à vista. O cobre só deve ficar a
estabelecer o contacto elétrico com o respetivo terminal.
Os condutores elétricos devem ficar devidamente organizados nas caixas de
derivação.

4. Esquemas elétricos
4.1. Circuitos de iluminação
Derivação simples com lâmpada de incandescência: É empregue sempre que se
deseja comandar de um só lugar um único circuito, com uma ou mais lâmpadas.

Comutação de lustre: É usado sempre que se deseja comandar de um só lugar dois


circuitos, com uma ou mais lâmpadas.

Comutação de escada: Comanda um só circuito elétrico de dois sítios diferentes.

As escadas, quartos, certos corredores e salas com duas entradas são exemplos de
locais onde, por funcionalidade e comodidade, as lâmpadas devem ser comandadas
de dois locais diferentes.

Comutação de escada com inversor: Tem por objetivo comandar um só circuito


elétrico de mais de dois sítios diferentes.

É utilizada em corredores compridos, corredores em ângulo, salas com vários


acessos, etc.

Telerruptor: Tem como função comandar um circuito elétrico de vários sítios, através
de botões de pressão.

As instalações com comando por telerruptor substituem os comutadores/inversores


por botões de pressão, originando uma redução do número de condutores e de
custos.

Automático de escada: O automático de escada é um aparelho controlado à


distância, por botões de pressão, que comanda um circuito e o faz de seguida abrir
automaticamente ao fim de um determinado tempo. Tem como função evitar que as
lâmpadas das escadas de imóveis com vários andares fiquem, por esquecimento,
constantemente ligadas.

4.2. Circuitos de sinalização


Campainha comandada por botão de pressão: Os circuitos de sinalização
funcionam normalmente a tensão reduzida, sendo para tal necessário intercalar um

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transformador que transforme a tensão da rede (230 V) em valores adequados aos
recetores (geralmente de 3, 5, 8, 12 ou 24 V).
Quadro indicador de chamada: Quando há necessidade de chamar de vários locais,
deve ter-se a possibilidade de saber donde provém a chamada. Recorre-se por isso
em escolas, hospitais, hotéis, etc., aos quadros indicadores de chamada ou quadro de
alvos que podem ser de identificadores mecânicos ou luminosos.

4.3. Circuitos de alarme


Detetor de movimento: É um sistema usado para acender uma lâmpada ou ativar um
alarme.

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Fontes Bibliográficas

MATIAS, José Vagos Carreira - Tecnologia da Electricidade, 10.º Ano. Didáctica Editora, 1991.

RSIUEE - Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica, Porto


Editora.

RTIEBT - Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão, INCM.

Fontes Bibliográficas Eletrónicas

http://www.ebah.pt/content/ABAAAAboIAH/materiais-utilizados-no-ramo-eletroeletronica

https://www.mundodaeletrica.com.br/diagramas-eletricos/

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