Aula 17

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Revisão Botânica 1071

Cai ou não cai

Mapa mental

Flashcards

Depende de água para a


Possui raiz, caule, folhas e
reprodução
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sementes?
(rizoide, cauloide e filoide).

Depende de água para


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(vasos condutores de seiva -
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A fase gametofítica é a mais eAsafase


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desenvolvida e duradoura. desenvolvida
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soduradoura.
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Texto chave

As plantas são organismos vivos eucariontes, pluricelulares e autótrofos (fotossintetizantes).


Suas células possuem parede celular de celulose, e no seu interior possuem organelas
chamadas cloroplastos (que armazenam clorofila). Possuem um ciclo de vida com alternância
de geração, onde a fase haplóide é representada pelo gametófito e a fase diplóide é
representada pelo esporófito.

Cladograma do Reino Plantae (briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas)

Imagem: César Sezar Caldini

As plantas são comumente divididas em 4 grandes grupos, do mais simples para o mais
complexo: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. As briófitas são as plantas
mais simples, não possuem vasos condutores, raízes, caules ou folhas. As pteridófitas são
representadas pelas samambaias, e é nessas plantas que houve o surgimento de vasos
condutores. Possuem raízes, caules e folhas bem desenvolvidas. As gimnospermas foram as
primeiras plantas a conquistar a formação de sementes, flores e frutos, o que facilitou ainda
mais o processo de ocupação do ambiente terrestre, uma vez que as sementes podem viajar
por longas distâncias (carregadas por vento ou animais).

Angiospermas
As angiospermas (angio = vaso; sperma = semente) são as plantas mais evoluídas e também
as mais complexas e com maior variedade de espécies. São plantas pluricelulares,
eucariontes, autótrofas, traqueófitas, fanerógamas, espermatófitas e cormófitas. Como bem
sabemos, as angiospermas possuem flores e sementes, porém essas sementes são
envolvidas por uma estrutura (órgão vegetal) chamada fruta.

A flor das angiospermas é formada por várias estruturas, sendo elas: [1] Pedúnculo: haste que
sustenta e fixa a flor ao caule; [2] Receptáculo: prolongação do pedúnculo onde se fixam o
androceu e gineceu; [3] Cálice: conjunto de sépalas; [4] Corola: conjunto de pétalas.

Imagem: Bernoulli

No interior do óvulo ficam duas estruturas florais muito importantes: androceu e gineceu. O
androceu (andro = masculino) é o aparelho reprodutor masculino da planta, enquanto o
gineceu (gine = feminino) é o aparelho reprodutor feminino da planta. O androceu é formado
por folhas modificadas chamadas estames e cada estame é formado por uma antera e um
filete. Na antera estão localizados os microsporângios (ou sacos polínicos), estruturas que
produzem os grãos de pólen.

A reprodução sexuada das angiospermas ocorre em três etapas: polinização, germinação (do
grão de pólen) e fecundação. A polinização é o nome que se dá ao processo de transferência
do grão de pólen (estrutura que contém os gametas masculinos, que está dentro das anteras
do androceu) até o estigma do carpelo (estrutura do gineceu).

Esse transporte do gameta masculino até o gineceu pode ocorrer de diversas formas. Para
isso, o grão de pólen e uma árvore ou planta específica precisa viajar de uma flor até outra flor
de outra planta. Esse grão de pólen pode viajar até outra flor pelo vento (polinização
anemófila). Além disso, o grão de pólen pode ser transportado por seres vivos, como abelhas
(polinização entomófila), aves (polinização ornitófila), insetos (polinização entomófila).

Assim que o grão de pólen consegue chegar ao estigma do gineceu de outra flor, é iniciado o
processo de germinação. A germinação é o processo de formação do tubo polínico. Quando
depositado no estigma, o grão de pólen começa a germinar um tubo polínico, pode onde irão
viajar os dois núcleos espermáticos (n), até o óvulo.

Após o tubo polínico alcançar o óvulo e fundir-se ao saco embrionário, as células


espermáticas (n) são liberadas no interior do saco embrionário do gineceu e ocorre a
fecundação. Após a fecundação, hormônios vegetais são liberados, estimulando a parede dos
ovários a se desenvolverem em uma fruta. No interior dessa fruta está o embrião (2n) que irá
se desenvolver em uma semente.

Monocotiledôneas e dicotiledôneas
Nas plantas monocotiledôneas, as sementes têm um único cotilédone reduzido, que na
germinação absorve as reservas armazenadas no endosperma. Nas dicotiledôneas, as
sementes têm dois grandes cotilédones.

Exemplos de monocotiledôneas: milho, trigo, arroz, cana-de-açúcar, bambu, cebola, alho,


cevada.
Exemplos de dicotiledôneas: feijão, soja, ervilha, café, girassol, abóbora, limoeiro,
laranjeira, eucalipto, roseira.

Existem algumas características gerais que permitem estabelecer diferenças entre as plantas
adultas monocotiledôneas e dicotiledôneas.

Imagem: César Sezar Caldini

Histologia vegetal
A princípio, podemos dividir os tecidos vegetais em dois grandes grupos: meristemas
e tecidos permanentes. Os meristemas são tecidos embrionários indiferenciados e com altas
taxas mitóticas, enquanto os tecidos chamados permanentes são aqueles que já são
especializados.

Os meristemas são tecidos que já estão presentes na vida da planta desde a germinação, na
semenete. São tecidos de contínua multiplicação celular, por mitoses. São os que geralmente
compõem as porções apicais do caule e das raízes de uma planta, isto é, os locais que
crescem longitudinalmente conforme a planta cresce (o crescimento dos vegetais é apical).

A partir das divisões mitóticas do tecido meristemático, surgem diversos outros tipos
celulares, que irão compor os tecidos permanentes dos vegetais.

Os parênquimas são tecidos de células vivas que realizam a função de preenchimento,


fotossíntese, armazenamento e secreção. Os parênquimas clorofilianos (ou clorênquimas)
são tecidos cujas células são ricas em cloroplastos, ou seja, células responsáveis pelo
processo de fotossíntese, presentes nas folhas. Os parênquimas de reserva são tecidos
compostos por células presentes em órgãos considerados “suculentos”, tais como frutos,
tuberosos e sementes. São células que armazenam líquido, amido e óleos.

Os tecidos de revestimento são a epiderme e a periderme. A epiderme e periderme são


tecidos que revestem e protegem os vegetais de danos físicos e patógenos, assim como o
tecido epitelial reveste e protege os animais. A epiderme dos vegetais é composta por células
justapostas, que geralmente são revestidas por camada de cera que impermeabiliza a planta,
prevenindo a perda de água. Além disso, existem várias estruturas anexas ao tecido da
epiderme, tais como tricomas, estômatos, hidatódios e lenticelas. A periderme substitui a
epiderme nas regiões mais velhas do caule e da raíz, impermeabilizando a planta e isolando-a
termicamente.

Os tecidos de sustentação são compostos por células de parede espessa, com reforços de
celulose e lignina, tornando a estrutura do tecido resistente e capaz de sustentar o peso do
vegetal contra a força de gravidade. Existem dois tecidos de sustentação: colênquima
e esclerênquima.

Os tecidos condutores são responsáveis pela condução da seiva por toda a estrutura da
planta, desde a parte mais basal (raíz) até o topo do vegetal. A seiva bruta é uma solução de
água e sais absorvidos do solo pelas raízes, enquanto a seiva elaborada é uma solução
orgânica com produtos da fotossíntese. As células dos tecidos condutores formam um feixe
vascular, que transporta e conduz essas seivas por todas as estruturas e órgãos vegetais da
planta. As células do tecido condutor são de dois grupos: xilema (lenho) e floema (líber).

Organologia da raiz
São órgãos vegetais que geralmente se encontram na região subterrânea. Não possuem
clorofila e não realizam fotossíntese. Têm ramificações que aumentam a fixação no solo e
aumentam também a superfície de absorção de água e nutrientes. A água e os sais minerais
absorvidos pela raiz são transportados para o resto do vegetal por meio da seiva bruta, no
tecido xilema, enquanto os restos metabólitos da planta são também entregues ao solo pelas
raízes, por meio da seiva elaborada, no tecido floema.

Exemplos de raiz de uma angiosperma

Imagem: Blog do Enem

Existem diversos tipos de raízes:

Raízes tuberosas - armazenam substâncias de reserva (amido) e ficam intumescidas (Ex.:


batata-doce, mandioca, cenoura, beterraba, nabo, rabanete).

Raízes tabulares - raízes grandes e bem desenvolvidas que aumentam a estabilidade da


árvore (Ex.: angiospermas de grande porte).

Raízes adventícias (escora) - raízes que saem diretamente do caule da planta rizófora, ajudam
na fixação do vegetal no ambiente (Ex.: manguezais).

Raízes respiratórias (pneumatóforos) - alguns vegetais, como as plantas dos mangue,


precisam que suas raízes saiam para fora da água, a fim de absorver oxigênio.

Raízes sugadoras (haustório) - comum em vegetais considerados parasitas, as raízes


sugadoras perfuram o caule de outras plantas para roubar nutrientes em forma de seiva (Ex.:
cipó-chumbo).

Raízes aéreas - raízes que saem do caule e ficam fixadas a estruturas fora do solo (Ex.:
orquídeas, samambaias)

Raízes grampiformes - raízes aéreas em forma de grampos que auxiliam na fixação (Ex.:
trepadeiras, heras)

Raízes aquáticas - raízes que não possuem zona pilífera, com parênquima aerífero (bolhas de
ar que ajudam na flutuação), sem coifa (Ex.: água-pé).

As raízes são diferentes, a depender se a planta é uma monocotiledônea ou dicotiledônea.


Nas monocotiledôneas, as raízes são fasciculadas enquanto nas dicotiledôneas as raízes são
pivotantes.

Raízes das monocotiledôneas (direita) e dicotiledôneas (esquerda)

Imagem: César Sezar Caldini

Organologia do caule
Os caules são estruturas de sustentação do corpo da planta, além de possuírem vasos
condutores de seiva (transporte de seiva bruta e elaborada). Existem os chamados caules
aéreos, que são estruturas bem desenvolvidas e lenhosas, geralmente alongadas e
clorofiladas, tal qual a maioria das árvores comuns. Além disso, existem os caules
subterrâneos (tubérculos, bulbos, rizomas).

Tipos principais de caules aéreos e subterrâneos

Imagem: Pearltrees

Os caules também possuem estruturas modificadas, que são especializadas em determinadas


funções, como os espinhos e as gavinhas, ou cladódios. Os espinhos são geralmente
estruturas de proteção, adaptados para impedir que animais comam a planta ou seus frutos.
As gavinhas são estruturas de fixação, que se enrolam para sustentar o vegetal e seus frutos.
Os cladódios (presentes em cactos) são estruturas modificadas especializadas no
armazenamento de água e fotossíntese.

A estrutura do caule geralmente depende se o vegetal em questão é uma monocotiledônea


ou dicotiledônea. Os caules nas monocotiledôneas são geralmente finos com feixes
vasculares dispostos de forma irregular. Nas dicotiledôneas, os feixes vasculares são
dispostos de forma organizada, formando um anel.

Morfologia da folha
A folha é um órgão vegetal laminar, clorofilado (pois realiza fotossíntese), responsável pela
produção do alimento, pelas trocas gasosas com o meio, e pela transpiração da planta. Ficam
no ápice dos caules, pois essas precisam ficar em uma posição favorável à exposição à luz
solar, para realizar a fotossíntese. São responsáveis pela respiração, transpiração, reserva de
nutrientes e até defesa dos vegetais, além de realizar o processo autótrofo de alimentação.
Em seu parênquima, as folhas têm bastante clorofila, pigmento necessário para a
fotossíntese, capaz de captar energia luminosa do sol. Além disso, possuem altas quantidades
de organelas chamadas cloroplastos, que armazenam a clorofila e auxiliam na síntese de
matéria orgânica.

Anatomia de uma folha

Imagem: Infoescola

Também podemos classificar a morfologia das folhas pela forma do limbo (ou lâmina). Quando
o limbo é indiviso, chamados a folha de simples, e quando o limbo é subdividido em folíolos,
chamados a folha de composta.

Assim como os caules, as folhas podem apresentar modificações específicas, adaptadas para
situações e condições ambientais específicas. É o caso dos espinhos de cactos, que são
folhas modificadas. Gavinhas também são exemplos de folhas modificadas que auxiliam a
planta na fixação.

Organologia da flor
A flor é uma estrutura de reprodução vegetal e está presente nas angiospermas. A estrutura
macroscópica da flor é composta por: cálice, corola, androceu e gineceu. O cálice é um
conjunto de sépalas, a corola um conjunto de pétalas, o androceu o órgão reprodutor
masculino e o gineceu o órgão reprodutor feminino. É na flor que são produzidos os gametas
masculinos e femininos das plantas.

As pétalas são folhas estéreis. Geralmente são estruturas vistosas, com diferentes colorações,
a fim de atrair animais e insetos polinizadores. As pétalas são responsáveis por garantir a
atração desses seres polinizadores, e quando em conjunto são chamadas de corola.
As sépalas são folhas também estéreis que geralmente apresentam coloração verde.
Diferente das pétalas, a função das sépalas é de proteção das outras partes da flor.

No interior do óvulo ficam duas estruturas florais muito importantes: androceu e gineceu. O
androceu (andro = masculino) é o aparelho reprodutor masculino da planta, enquanto o
gineceu (gine = feminino) é o aparelho reprodutor feminino da planta. O androceu é formado
por folhas modificadas chamadas estames e cada estame é formado por uma antera e um
filete. Na antera estão localizados os microsporângios (ou sacos polínicos), estruturas que
produzem os grãos de pólen.

Inflorescências das flores


A depender do tipo de angiosperma, as flores podem se organizar de diversas maneiras. A
disposição das flores é chamada de inflorescência, e pode ser de quatro tipos principais:
cacho, capítulo, umbela e espiga.

Imagem: Mais Soja

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