Industrialização Brasileira
Industrialização Brasileira
Industrialização Brasileira
A maioria dos países do mundo não é industrializada. A economia desses países é baseada em
atividades primárias, como a agricultura, a pecuária, a pesca e o extrativismo mineral. Já os
países industrializados podem ser agrupados em três categorias:
O Brasil teve, em relação à Inglaterra, um atraso de pelo menos um século para o surgimento
das primeiras indústrias. Isso só teve início na virada do século XIX para o século XX, quando
fábricas têxteis foram instaladas nas principais cidades brasileiras, sobretudo no Rio de Janeiro
e São Paulo. Contribuíram para o atraso da industrialização os seguintes fatores:
a) O Alvará de 1785, expedido por D. Maria I, rainha de Portugal, que proibia a instalação de
manufaturas e fábricas no Brasil.
b) O mercado consumidor interno muito restrito, já que a sociedade brasileira era composta
majoritariamente de pessoas muito pobres, escravos (até 1888) e trabalhadores livres sem
renda.
c) A concorrência dos produtos importados, notadamente ingleses, o que era facilitado pela
ausência de uma política protecionista.
d) A opção pelo modelo agroexportador por parte das elites nacionais, as quais tinham uma
influência muito grande sobre a política durante o Segundo Reinado e a República Velha.
A ERA MAUÁ
Na segunda metade do século XIX surgiu a figura de um importante empresário brasileiro,
Irineu Evangelista de Souza, mais conhecido como Barão de Mauá. O ambiente econômico
havia sido favorecido pela criação da Tarifa Alves Branco (1844), que impôs um aumento das
tarifas alfandegárias para os produtos importados que tivessem similares no Brasil. Dentre os
empreendimentos do Barão de Mauá, citamos: a criação de um estaleiro e de fundições,
ferrovias, companhias de transporte, a implantação de linhas telegráficas, iluminação a gás e
a fundação de bancos (no Brasil e no Uruguai).
Embora Mauá tenha construído um verdadeiro império econômico para a época, seu
empreendedorismo incomodava bastante a elite rural escravista e os países concorrentes,
sobretudo a Inglaterra, que tinha o Brasil como fiel importador de seus produtos. Desse
modo, não tardou muito a começar um processo que levaria o Barão à falência.
AS FASES DA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A expansão do café no Planalto Paulista gerou, a partir do final do século XIX, mais do que u
simples aumento na produção agrícola. Ela formou o que podemos chamar de complexo
cafeeiro paulista, ou seja, um conjunto de atividades modernizadoras que favoreceram o
desenvolvimento industrial na cidade de São Paulo. Centro antigo de São Paulo (1900).
A ERA MAUÁ
Em São Paulo, houve a formação de bairros industriais com forte concentração de mão de
obra imigrante e servidos por ramais ferroviários, como a Mooca, o Brás, e Belém. Cumpre
lembrar que no período da 1ª Guerra Mundial (1914-18), durante o governo de Venceslau
Brás, houve um “surto
2) FORÇA DE TRABALHO IMIGRANTE a mão de obra atraída pela economia cafeeira foi
empregada também em atividades urbanas, tanto no comércio como no setor industrial
nascente. No “chão” das fábricas paulistas era comum se comunicar em italiano.
a) SUBORDINAÇÃO AO CAPITAL CAFEEIRO como já foi dito, a indústria paulista foi “filha” do
café.
c) INEXISTÊNCIA DA INDÚSTRIA DE BASE os investimentos para esse setor eram muito altos,
e o Brasil não dispunha de uma política industrializante ainda.
d) PRODUÇÃO VOLTADA PARA O MERCADO LOCAL o Brasil não tinha condições de exportar
produtos industrializados naquela época, concorrendo com as potências industriais (Inglaterra,
Alemanha, França, Estados Unidos).
Taylorismo
O Taylorismo é um sistema de gestão do trabalho baseado em diversas técnicas para aumentar
o rendimento do trabalhador. Foi desenvolvido no início do século XIX, a partir de estudos
sobre os movimentos do homem e da máquina nos processos produtivos fabris.
Características
Devemos salientar que o taylorismo não está preocupado com as inovações tecnológicas, mas
sim com as possibilidades de controlar a linha de produção.
Inovações do Taylorismo
As ideias de Taylor inspiraram empresários como Henry Ford para criar um método de linha de
montagem que seria denominado Fordismo.
Fordismo
O Fordismo é um modo de produção em massa baseado na linha de produção idealizada por
Henry Ford. Foi fundamental para a racionalização do processo produtivo e na fabricação de
baixo custo e na acumulação de capital.
Características
O Fordismo recebeu este nome em homenagem ao seu criador, Henry Ford. Este instalou a
primeira linha de produção semi automatizada de automóveis no ano de 1914. Este se tornaria
o modelo de gestão da Segunda Revolução Industrial e perduraria até meados da década de
1980.
Por sua vez, o Fordismo tornou esses produtos acessíveis ao mercado consumidor em massa,
na medida em que reduziu o custo da produção e barateou os artigos produzidos.
Note que a diminuição dos preços veio acompanhada pela queda na qualidade dos produtos
fabricados.
Henry Ford (1863-1947) foi o criador do sistema Ford de produção automobilística, em sua
fábrica, a "Ford Motor Company".
Foi a partir dela que ele estabeleceu sua doutrina, seguindo 3 princípios básicos:
Fordismo e Taylorismo
Toyotismo
O Toyotismo é um sistema (ou modelo) nipônico de produção de mercadorias, com vista à
flexibilização na fabricação de produtos.
Este sistema vai substituir o Fordismo enquanto modelo industrial vigente a partir da década
de 1970.
Origem do Toyotismo
O Toyotismo foi idealizado pelos engenheiros Taiichi Ohno (1912-1990), Shingeo Shingo (1909-
1990) e Eiji Toyoda (1913-2013).
Este modelo produtivo foi desenvolvido entre 1948 e 1975 nas fábricas da montadora
japonesa de automóveis Toyota, da qual herdou o nome.
O método foi elaborado para recuperar as indústrias japonesas no período pós-guerra. Com o
país destruído, um mercado pequeno e dificuldade em importar matéria-prima, o Japão
necessitava fabricar com o menor custo possível.
Características do Toyotismo
Taiichi Ohno percebeu que o melhor era esperar receber encomendas para começar a
produção de automóveis a fim de economizar em aluguéis de armazéns.
Apesar das condições geográficas do país, com espaços e mercados consumidores pequenos, a
Toyota foi capaz de se tornar a maior montadora de veículos do mundo.
Isto só foi possível graças ao avanço tecnológico nos meios de transporte e comunicação, os
quais permitiram a rapidez e pontualidade do fluxo de mercadorias da produção flexibilizada
do sistema toyotista.
Inovações do Toyotismo
“GenchiGenbutsu” (Vá e veja): consiste na análise das fontes dos processos produtivos e dos
problemas de produção.
Críticas ao Toyotismo
Com a produtividade em alta, menos mão de obra é necessária, o que gera um grande
aumento no desemprego, em função da tecnologia que diminui os postos de trabalho.
Portanto, este modelo industrial é um dos principais responsáveis pelo desemprego no setor
secundário da economia. Igualmente, pelo aumento das terceirizações no processo de
produção.
Curiosidades
A Toyota investiu muito as pesquisas de mercado para adequar seus produtos às exigências
dos clientes.
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