Aula - Int. Pr-Ticas de Laborat-Rio

Introdução às práticas de laboratório
Bruno M. Lozano
Maio e Junho de 2024
Panorama geral
Nesta disciplina trabalharemos os seguintes conceitos:
• Metrologia
• Principais termos da Metrologia
• Medições
• Divisão e resolução
• Metrologia de Pressão
• Metrologia Dimensional
• Atividades práticas
• Relatórios de atividades
• Cálculo de erros e incertezas de medição
• Certificado de calibração
Cronograma geral
Teoria das medições em Metrologia Dimensional e Presencial/

23/05/2024
Metrologia de Pressão Sala aula
Aula Prática experimental: medição de grandezas Presencial/

06/06/2024
dimensionais e da grandeza pressão Laboratório
Presencial/
20/06/2024 Revisão para a prova
Sala aula
Presencial/
27/06/2024 Prova (2º Bimestre)
Sala aula
Presencial/
04/07/2024 Prova Recuperação (2º Bimestre)
Sala aula
Dias 30/05 e 13/06 – Feriados

Critérios avaliativos
Eq. 1
Literaturas de base para Metrologia
Sistema
Internacional de
Unidades
DEFINIÇÕES IMPORTANTES
Definições importantes
VIM 2012
O que é Metrologia?
2.2 (2.2)
metrologia
metrology
métrologie
Metrología
Ciência da medição e suas aplicações.
NOTA A metrologia engloba todos os aspetos teóricos e

práticos da medição, qualquer que seja a incerteza de medição
e o campo de aplicação.
VIM 2012
O que é Metrologia?
2.2 (2.2)
metrologia
metrology
Será que compreendemos a importância da Metrologia?
métrologie
Metrología
Ciência da medição e suas aplicações.
NOTA A metrologia engloba todos os aspetos teóricos e

práticos da medição, qualquer que seja a incerteza de medição
e o campo de aplicação.
A Metrologia em nosso cotidiano
Potência da Horário do Comprimento

lâmpada despertador da calça
Tempo de Volume de Volume de
cozimento leite combustível
Velocidade do Pressão dos Consumo de
automóvel pneus energia
Dimensões Rotação do Tamanho do
das peças motor peixe
Quantidade Temperatura
de arroz da geladeira
Para que medir?
• Gestão de Resíduos e Passivos Ambientais

•
Para que medir?
Ensaios em fibras
Ensaios em fios
Ensaios em tecidos
Ensaios de cor
Ensaios de costura
Indústria têxtil
Para que medir?
A Metrologia de tempo e frequência em

softwares do mercado de ações
Para que medir?
Nano materiais
Para que medir?
Nano materiais
• Morfologia;
• Adesão;
• Porosidade;
• Fraturas;
• Espessura do óxido;
Onde está a Metrologia?
Para que medir?
pressão rota
altitude
temperatura
velocidade
Para que medir?
• A metrologia é a ciência responsável pelas

medidas e medições (Faruolo & Fernandes, 2005).
• O uso de medidas padronizadas garante:
✔ A qualidade de produtos
✔ A comparabilidade entre empresas
✔ O aumento da produtividade
✔ Indicadores confiáveis
✔ Processos Legalmente Corretos
Importância de medir adequadamente
Para que medir?
$
Equipamentos Retrabalho
Capacitacão de pessoal Reclamações
Confiança dos clientes Perdas
“Bom de primeira” (produtividade) Várias Medições (desconfiança)
Investimento Custo
Divisões da Metrologia
trata, fundamentalmente, dos padrões de medição

Metrologia Internacionais e nacionais, dos instrumentos laboratoriais e
Científica das pesquisas e metodologias científicas relacionadas ao mais
alto nível de qualidade metrológica.
Tem como objetivo garantir a confiabilidade das medições

Metrologia realizadas no día a día da industria. Aplica-se a calibração de
Industrial equipamentos usados no controle de materias primas, processo
e produtos
Proteger os consumidores para que recebam os bens e serviços

com as características que oferecem ou anunciam os
Metrologia fabricantes. É exercida pelo governo. Campos de atuação estão
Legal a verificação de balanças, taxímetros, bombas de combustíveis,
medidores de pressão, etc
METROLOGIA FÍSICA
É a parte da Metrologia dedicada a medições físicas, tais

como:
Comprimento, força, massa, aceleração, tempo e frequência,

eletricidade, temperatura, humidade, pressão, vazão,
eletromagnetismo, óptica, acústica, ultrassom, radiação
ionizante etc.
METROLOGIA FÍSICA
É a parte da Metrologia dedicada a medições físicas, tais

como:
Comprimento, força, massa, aceleração, tempo e frequência,

eletricidade, temperatura, humidade, pressão, vazão,
eletromagnetismo, óptica, acústica, ultrassom, radiação
ionizante etc.
VIM 2012
1.6
Sistema Internacional de Grandezas (International System of
Quantities/Système International de grandeurs, ISQ ]
Sistema de grandezas baseado nas sete grandezas de base:

comprimento, massa, tempo, corrente elétrica, temperatura
termodinâmica, quantidade de substância e intensidade
luminosa.
VIM 2012
1.1 (1.1)
grandeza
Propriedade de um (dum) fenômeno, de um (dum) corpo ou de

uma (duma) substância, que se pode ser expressa
quantitativamente sob a forma de um (dum) número e de uma
(duma) referência.
VIM 2012
Grandeza de base Símbolo da dimensão

Comprimento L
Massa M
Tempo T
corrente elétrica I
temperatura termodinâmica θ
quantidade de substância N
intensidade luminosa J
VIM 2012
1.13 (1.9)
sistema de unidades
Conjunto de unidades de base e de unidades derivadas,

juntamente com os seus múltiplos e submúltiplos, definidos de
acordo com dadas regras, para um dado sistema de grandezas.
VIM 2012
1.16 Sistema Internacional de Unidades - SI [International System
of Units, SI / Système International d’Unités, SI ]
“O SI é baseado nas sete grandezas de base do Sistema Internacional
de Grandezas (ISQ). Os nomes e os símbolos correspondentes às
unidades de base estão contidos na tabela a seguir.”
VIM 2012
1.19 (1.18)
valor de uma grandeza
Conjunto formado por um número e uma referência, que

constitui a expressão quantitativa de uma grandeza.
Exemplos: 1 kg ; 1 Pa; 1 m; 2 N; 3 Pa
VIM 2012
2.11 (1.19)
valor verdadeiro
valor verdadeiro de uma grandeza.
Valor de uma grandeza compatível com a definição da
grandeza.
NOTA 1: Na Abordagem de Erro para descrever as medições,

o valor verdadeiro é considerado único e, na prática,
desconhecido. A abordagem de “incerteza” consiste no
reconhecimento de que, devido à quantidade inerentemente
incompleta na definição de uma grandeza, não existe um valor
verdadeiro único mas, de preferência, um conjunto de valores
verdadeiros consistentes com a definição.
VIM 2012
5.18
valor de referência
Valor de uma grandeza utilizado como base para a
comparação com valores de grandezas da mesma natureza.
NOTA 2: Um valor de referência com sua incerteza de medição

associada é geralmente relacionado a:
a) um material, por exemplo, um material de referência

certificado; b) um dispositivo, por exemplo, um laser
estabilizado; c) um procedimento de medição de referência; d)
uma comparação de padrões.
VIM 2012
2.3 (2.6)
mensurando; mensuranda (em Portugal)
Grandeza que se pretende medir.
VIM 2012
2.1 (2.1)
medição
Processo de obtenção experimental de um ou mais valores que
podem ser, razoavelmente, atribuídos a uma grandeza.
NOTA 1: A medição não se aplica a propriedades qualitativas.
NOTA 3: A medição pressupõe uma descrição da grandeza

compatível com a utilização pretendida de um resultado de
medição, de um procedimento de medição e de um sistema de
medição calibrado, que opera de acordo com procedimentos de
medição especificados, incluindo as condições de medição.
VIM 2012
2.5 (2.4)
método de medição
Descrição genérica da organização lógica de operações

utilizadas na realização de uma medição.
VIM 2012
... .. ::
::VRef
..::
c = correção
ea = erro aleatório
Diagrama representativo de erro de medição e correção, elaborado pelo professor Paulo Roberto Guimarães Couto
(Inmetro/Dimci/Dimec/Lapre).
VIM 2012
2.26 (3.9)
incerteza de medição
incerteza
Parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos

valores atribuídos a um mensurando, com base nas
informações utilizadas.
VIM 2012
Diagrama representativo de erro de medição e correção, elaborado pelo professor Paulo Roberto Guimarães Couto
(Inmetro/Dimci/Dimec/Lapre).
VIM 2012
2.13 (3.5)
exatidão de medição
Grau de concordância entre um valor medido e um valor

verdadeiro de um mensurando.
VIM 2012
2.20
Condição de repetibilidade de medição [repeatibility condition
of measurement ) /condition de répétabilité) ]
Condição de medição num conjunto de condições, as quais

incluem o mesmo procedimento de medição, os mesmos
operadores, o mesmo sistema de medição, as mesmas
condições de operação e o mesmo local, assim como medições
repetidas no mesmo objeto ou em objetos similares durante
um curto período de tempo.
VIM 2012
2.21
repetibilidade de medição [repeatibility measurement ) /
répétabilité de mesure) ],
Precisão de Medição de uma série de condições de

repetibilidade.
VIM 2012
2.41 (6.10)
rastreabilidade metrológica
rastreabilidade
Propriedade de um resultado de medição pela qual tal

resultado pode estar relacionado a uma referência através de
uma cadeia ininterrupta e documentada de calibrações, cada
uma contribuindo para a incerteza de medição.
VIM 2012
Unidades do SI
Padrões Internacionais
BIPM Padrões dos Institutos Nacionais de
Padrões Metrologia
Nacionais
Padrões de referência dos laboratórios
Calibração de calibração
Padrões de referência. dos

Ensaios laboratórios de ensaio
Padrões de trabalho dos
Indústria e outros setores laboratórios do
chão de fábrica
COMPARABILIDADE
Rastreabilidade em termometria
VIM 2012
Sistema Internacional de Unidades (SI) – Definição do
Kelvin
Escala Internacional de Temperatura de
1990
Células de pontos fixos –
Padrões
primários de Temperatura
Termômetros Padrão de
Resistência
De Platina – Padrões de
interpolação
Rede Brasileira de
da EIT-90
Calibração
Indústria e
Laboratórios
VIM 2012
4.14
resolução
resolution
résolution
Resolución
Menor variação da grandeza medida que causa uma variação

perceptível na indicação correspondente.
NOTA A resolução pode depender, por exemplo, de ruído

(interno ou externo) ou de atrito. Pode depender também do
valor da grandeza medida.
VIM 2012
3.5 (4.17)
escala de um (dum) instrumento de medição afixador ; escala
de um (dum) instrumento de medição mostrador
Parte de um (dum) instrumento de medição
afixador que consiste em um (num)
conjunto ordenado de marcas,
eventualmente associadas a números ou a
valores de grandezas.
Metrologia dimensional
Partes de um paquímetro universal

Medições com paquímetro
Século XVII
Em 1631, Pedro Nunes e Pierre

Vernier criaram uma escala
auxiliar
Em 1844 que o francês Jean Laurent Palmer patenteou o

instrumento




Pressão
METROLOGIA DE PRESSÃO
Pressão
Conceito
PRESSÃO
P= F/A
A pressão é a razão entre a força que está aplicada em uma superfície e a

área dessa superfície. Ou seja, é o valor de força aplicada em cada unidade
de área.
A Pressão nos fluidos
Conceito
Uma força quando aplicada a um corpo sólido é transferida por esse

corpo na mesma direção e no mesmo sentido de sua aplicação.
Já nos fluidos a força aplicada é também transferida só que em todas as
direções, aplicando-se perpendicularmente às superfícies com as quais
os fluidos fazem contato.
FR=20N FR=20N
F1=20N
Pressão
Principais unidades de medida

atm - atmosfera (igual à pressão atmosférica normal)
kgf/cm2 - quilogramaforça por centímetro quadrado (força igual ao peso

de um quilograma sob uma gravidade de 10m/s2, atuando em uma área
de um centímetro quadrado)
bar - bar (razão entre a força em newtons e a área em centímetro

quadrado)
Pa - pascal (newton por metro quadrado, logo 100000 vezes menor que
o bar)
psi - psi (pond per square inch ; ou libra força por polegada quadrada)
mmHg - milímetro de mercúrio (pressão exercida por uma coluna de

mercúrio) ou Torr
TABELA DE CONVERSÃO DE UNIDADES DE PRESSÃO
lbf/pol²
Kgf/cm² BAR VIM
Pol Hg 2012
Pol H2O ATM mmHg mmH2O kpa
(psi)
Kgf/cm² 1 14,233 0,9807 28,96 393,83 0,9678 735,58 10003 98,07
lbf/pol²
0,0703 1 0,0689 2,036 27,689 0,068 51,71 70329 6,895
(psi)
BAR 1,0197 14,504 1 29,53 401,6 0,98692 750,06 10200 100
Pol Hg 0,0345 0,4911 0,03386 1 13,599 0,0334 25,399 345,40 3,3863
Pol H2O 0,0025 0,03611 0,00249 0,07353 1 0,00245 1,8677 25,399 0,24901
ATM 1,0332 14,696 1,0133 29,923 406,933 1 760,05 10335 101,332
MmHg 0,00135 0,01933 0,00133 0,03937 0,5354 0,00131 1 13,598 0,13332
MmH2O 0,000099 0,00142 0,00098 0,00289 0,03937 0,00009 0,07353 1 0,0098
Kpa 0,01019 0,1450 0,01 0,29529 4,0158 0,00986 7,50056 101,998 1

Características dos Sistemas de medição
MANÔMETRO ANALÓGICO
Tubo Bourdon
Tubo Bourdon
Material de construção do tudo Bourdon
Espelhado
Cuidado com a
paralaxe
Faixa de indicação FI
VD = 0,05
kgf/cm2
Faixa de medição FM
Valor de uma divisão VD
ID =
Incremento digital ID 0,001 PSI
Resolução R
Resolução Padrão Tipo A
U
manômetro
Histerese Curva
Carga - descarga
Calibração em pressão
Calibração
Em calibrações na área de pressão, os pontos de medição requeridos
devem ser colocados no mensurando (objeto) e conferido no
manômetro padrão.
Mensurando Padrão
Objeto
Vasos comunicantes
Calibração
Vasos comunicantes
Vasos comunicantes
Em toda medição há erro
má definição do imperfeições do sistema

mensurando de medição
indicação
Sistema de + ERROS
medição Ou
- ERROS
condições procedimento de influência do

ambientais medição operador
Erro fiducial
2.17 (3.14)
erro sistemático
Componente do erro de medição que, em medições repetidas, permanece

constante ou varia de maneira previsível.
Erro fiducial
Amplamente utilizado nas calibrações de manômetros, o erro fiducial é

determinado como um percentual de um valor de referência, ou um valor
fiducial.
Este erro é representado, geralmente, em relação ao fundo de escala, ou

seja, à amplitude da escala de medição do instrumento.
Sendo:
E = erro
FE = fundo de escala (valor de referência)
Incerteza de medição
Incerteza de medição - Relembrando
2.26 (3.9)
incerteza de medição
incerteza
Parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos

valores atribuídos a um mensurando, com base nas
informações utilizadas.
Incerteza de medição - Estatística
“A estatística está interessada nos métodos científicos para

coleta, organização, resumo, e análise de dados bem como na
obtenção de conclusões válidas e na tomada de decisões
razoáveis baseadas em tais análises.
Em sentido mais restrito, o termo é usado para designar os
próprios dados ou números deles derivados como, por
exemplo, médias.
Assim, falamos em estatística de empregos, de acidentes, etc.”
(M. R. Spiegel - Estatística -Ed. McGRaw-Hill)
Quando coletamos dados referentes às características de um grupo de
objetos ou indivíduos, muitas vezes é impossível ou inviável analisar todo
o grupo - por exemplo, medir a altura e peso de todos os adultos do
estado de Rio de Janeiro. Ao invés de analisar o grupo todo (população
ou universo), analisamos uma pequena parte (amostra).
Espera-se que a amostra seja representativa de sua população, pois

assim, importantes informações sobre a população podem ser inferidas a
partir de sua análise.
Na Metrologia a coleta de dados é feita através de medições.
medição - conjunto de operações que tem por objetivo determinar o

valor de uma grandeza
Quando efetuamos n medições, se um resultado x é

medido N(x) vezes, dizemos que a frequência de
ocorrência da medição do valor x é N(x).
Por exemplo, a medição da tensão da rede elétrica

Tensão (V) 220 220 222 218 220
N(220)=3, N(222)=1, N(218)=1.
Observe que n = N(220) + N(222) + N(218) = 5.

Podemos definir a frequência relativa, F(x), da medição do

valor x como sendo a razão:
Como 0 ≤ N(x) ≤ n temos
O conjunto de todos os valores de frequência relativa é o que

chamamos de distribuição de frequência relativa
Com o conceito de frequência relativa podemos passar ao

conceito de probabilidade
A probabilidade de ocorrência de uma medição do valor x está

intimamente relacionada à frequência com que este valor é
medido. Podemos definir probabilidade de maneira frequentista
como:
Como 0 ≤ F(x) ≤ temos
Dizemos que a medição do valor x ocorrerá certamente se

P(x) =1, e que a medição do valor x certamente não ocorrerá se
P(x) = 0. Assim, quanto maior a probabilidade, maior a chance de
ocorrência de um determinado valor em uma medição.
Como ΣN(x) = n temos
Na prática é impossível realizar infinitas medições, de forma que

dizemos que a frequência relativa é uma boa aproximação para
a probabilidade (e podemos constatar que quanto maior o
número de medições n, melhor é esta aproximação).
O conjunto de todos os valores de probabilidade é o que chamamos de

distribuição de probabilidades.
Algumas das distribuições de probabilidade mais comumente
encontradas em metrologia são:
Por exemplo: num dado, a probabilidade de, em uma jogada, sair

os números 1, 2, 3, 4, 5, e 6 é igual a 1/6. Enquanto que a
probabilidade de sair qualquer outro número (0, -1, 7, 8,...) é nula
Distribuição de Probabilidade Triangular
Por exemplo: os resultados em um jogo com dois dados possuem uma

distribuição deste tipo.
Distribuição de Probabilidade Gaussiana (Normal)

Incerteza
MÉDIA de medição
Para estes dois últimos exemplos, o valor de medição mais provável

coincide com o valor médio (média aritmética), o qual é definido
como:
Observação: existem outros tipos de média: média geométrica, média

ponderada, média harmônica, mas estas são usadas apenas em
situações mais específicas.
Observemos que duas distribuições do mesmo tipo, mas bem diferentes

entre si podem ter a mesma média.
Para diferenciar uma distribuição da outra precisamos introduzir um

novo conceito.
DESVIO PADRÃO
Neste último exemplo, uma distribuição é muito mais “esparramada”
que a outra (é mais correto dizermos que uma é mais dispersa que a
outra). Numa os pontos estão mais próximos do valor médio do que na
outra.
O desvio (absoluto), definido pela expressão:
nos informa quão afastado do valor médio está cada uma medições.
Com o conceito de desvio podemos definir o desvio padrão,
(desvio padrão
da amostra)
que caracteriza de modo geral quão dispersos do valor médio estão os

valores das medições numa amostra.
(desvio padrão
da população)
que caracteriza de modo geral quão dispersos do valor médio estão os

valores das medições numa população.
Exercício de fixação
Em uma aula prática de calibração de manômetro analógico, um
estudante encontrou os seguintes valores de medições:
Carga (psi): 30,5 45,2 60,1 75,2 100,0
Descarga (psi): 30,4 45,1 60,1 75,1 99,9
Sabendo que os valores acima foram lidos no manômetro
padrão, quando a pressão no mensurando indicava,
respectivamente (psi): 30,0 45,0 60,0 75,0 100,0 , calcule:
a) O erro para os pontos 45,0 psi e 60,0 psi na carga.
b) O erro sistemático para os pontos 75,0 psi e 100,0 psi.
c) A histerese em 75,2 psi.
d) A incerteza do tipo A.
e) A incerteza combinada considerando U tipo A para o ponto
30,0 psi, Resolução (0,1 psi) e U padrão (0,05 psi).
f) A incerteza expandida considerando k = 2.
É interessante observar que no intervalo compreendido entre
encontra-se 68,27% de todas as medições realizadas. Então, uma nova

medição tem 68,27% de chance de estar neste intervalo.
Se considerarmos um intervalo maior do que o anterior, então maior

será a probabilidade de uma nova medição cair neste intervalo.
Por exemplo se tomarmos o intervalo
esta probabilidade cresce para 95%. Para o intervalo
esta probabilidade cresce para 95,45%. Para o intervalo
esta probabilidade cresce para 99,73%.

De forma geral no intervalo
a probabilidade de uma nova medição estar neste intervalo é de NC %.
k é o fator de abrangência
NC é o nível de confiança
Os valores apresentados anteriormente são válidos para uma

distribuição de probabilidades gaussiana ideal, onde infinitas medições
seriam feitas. Para o caso real, onde um número finito de medições são
feitos, os fatores de cobertura (abrangência) são um pouco diferentes
(não veremos aqui).
Se tivermos uma distribuição de valores médios, xi ,i=1,...,n, e cada uma
destas distribuições tiver desvio padrão amostral s, esta distribuição de
valores médios terá um desvio padrão amostral:
é o que chamamos de desvio padrão amostral da média
A mesma análise feita anteriormente é válida para uma distribuição de

valores médios.
Até o momento vimos que uma distribuição de resultados é bem

caracterizada por dois parâmetros, a média e o desvio padrão.
Vimos também que podemos escolher um intervalo em torno da média

(com um fator k multiplicando o desvio padrão), sendo que neste
intervalo uma nova medição tem uma chance de NC% de estar dentro
deste intervalo.
Portanto, quando realizarmos uma nova medição, não podemos afirmar

com certeza qual valor será obtido, o que significa que há uma ignorância
por nossa parte a respeito do processo de medição.
O parâmetro que reflete esta nossa ignorância é chamado de incerteza.

INCERTEZA
Em geral na metrologia, queremos que nossa medição forneça o valor

verdadeiro da grandeza medida.
Na prática isto nem sempre é possível, e o que nos resta é procurar

realizar a medição de forma a obter o valor mais próximo possível do
valor verdadeiro.
A incerteza é uma indicação de quanto nosso melhor valor obtido pode

diferir do valor verdadeiro da grandeza medida. É uma estimativa
caracterizando a faixa de valores dentro da qual se encontra o valor
verdadeiro.
4
4
4
Na metrologia geralmente a incerteza compreende várias

componentes, as quais classificamos em dois tipos:
Incerteza tipo A
Incerteza tipo B
Incerteza tipo A ( uA ):
é a incerteza avaliada (ou estimada) por métodos estatísticos

(desvio padrão, desvio padrão da média).
Em metrologia, em geral:
Incerteza tipo B ( uB ):
é a incerteza avaliada por qualquer método que não seja

estatístico.
Podem ser:
• resolução do instrumento;
• dados de medições prévias (deriva);
• especificações do fabricante;
• dados fornecidos em certificados de calibração;
• certificado de calibração do padrão.
Incerteza Combinada ( ucomb ):
- A incerteza total da medição será uma combinação destes dois

tipos de incerteza
Obs: Se houver mais de uma componente do tipo B, então:

Desta forma dizemos que o resultado de uma medição é
U é a incerteza expandida, k é o fator de abrangência (em geral usa-se

k=2 para um nível de confiança de 95,45%)

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Introdução às práticas de laboratório

Nesta disciplina trabalharemos os seguintes conceitos:

Teoria das medições em Metrologia Dimensional e Presencial/

Aula Prática experimental: medição de grandezas Presencial/

Dias 30/05 e 13/06 – Feriados

Ciência da medição e suas aplicações.

NOTA A metrologia engloba todos os aspetos teóricos e

Ciência da medição e suas aplicações.

NOTA A metrologia engloba todos os aspetos teóricos e

A Metrologia em nosso cotidiano

Potência da Horário do Comprimento

• Gestão de Resíduos e Passivos Ambientais

A Metrologia de tempo e frequência em

• A metrologia é a ciência responsável pelas

• O uso de medidas padronizadas garante:

Para que medir?

trata, fundamentalmente, dos padrões de medição

Tem como objetivo garantir a confiabilidade das medições

Proteger os consumidores para que recebam os bens e serviços

É a parte da Metrologia dedicada a medições físicas, tais

Comprimento, força, massa, aceleração, tempo e frequência,

É a parte da Metrologia dedicada a medições físicas, tais

Comprimento, força, massa, aceleração, tempo e frequência,

Sistema de grandezas baseado nas sete grandezas de base:

Propriedade de um (dum) fenômeno, de um (dum) corpo ou de

Grandeza de base Símbolo da dimensão

Conjunto de unidades de base e de unidades derivadas,

Conjunto formado por um número e uma referência, que

NOTA 1: Na Abordagem de Erro para descrever as medições,

NOTA 2: Um valor de referência com sua incerteza de medição

a) um material, por exemplo, um material de referência

NOTA 1: A medição não se aplica a propriedades qualitativas.

NOTA 3: A medição pressupõe uma descrição da grandeza

Descrição genérica da organização lógica de operações

Parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos

Grau de concordância entre um valor medido e um valor

Condição de medição num conjunto de condições, as quais

Precisão de Medição de uma série de condições de

Propriedade de um resultado de medição pela qual tal

Padrões de referência. dos

Menor variação da grandeza medida que causa uma variação

NOTA A resolução pode depender, por exemplo, de ruído

Partes de um paquímetro universal

Medições com paquímetro

Em 1631, Pedro Nunes e Pierre

Em 1844 que o francês Jean Laurent Palmer patenteou o

Medições com paquímetro

Medições com paquímetro

Medições com paquímetro

Medições com paquímetro

A pressão é a razão entre a força que está aplicada em uma superfície e a

Uma força quando aplicada a um corpo sólido é transferida por esse

Principais unidades de medida

kgf/cm2 - quilogramaforça por centímetro quadrado (força igual ao peso

bar - bar (razão entre a força em newtons e a área em centímetro

mmHg - milímetro de mercúrio (pressão exercida por uma coluna de

Kgf/cm² 1 14,233 0,9807 28,96 393,83 0,9678 735,58 10003 98,07

BAR 1,0197 14,504 1 29,53 401,6 0,98692 750,06 10200 100

Pol Hg 0,0345 0,4911 0,03386 1 13,599 0,0334 25,399 345,40 3,3863