96-Texto Do Artigo-188-1-10-20180525

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Revista Homem, Espaço e Tempo Outubro/2010 ISSN1982-3800

SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA DE SEMENTES DE CHICHÁ ( Sterculia striata A.


ST. HIL. & NAUDIN.) MALVACEAE – STERCULIOIDEAE1
Marlene Feliciano Mata
Universidade Estadual Vale do Acaraú/UVA

Annyta Fernandes Frota


Universidade Estadual vale do Acaraú/UVA

Edna Ursulino Alves


Universidade Federal da Paraíba/UFPB

RESUMO - Este trabalho teve como objetivo determinar métodos eficientes e práticos para
superação da dormência de sementes de Sterculia striata A. St. Hil. & Naudin. É uma espécie
nativa utilizada em reflorestamentos e na arborização urbana. As sementes foram submetidas
a seis tratamentos, sendo a escarificação com lixa n. 80 no lado oposto à micrópila, o
tratamento mais eficiente para superação a dormência dessas sementes.
Palavras - chaves: sementes, superação de dormência, chichá, espécies florestais.

DORMANCY BREAKING IN Sterculia striata A. ST. HIL. & NAUDIN. MALVACEAE


- STERCULIOIDEAE SEEDS
ABSTRACT - Sterculia striata A. St. Hil. & Naudin. is a native species that is used in
reforestation and in the urban tree plantings. The seeds were submitted to six treatments, go
scarification with 80 sandpaper opposite the micropyle is the most efficient treatment for
dormancy breaking in seeds.
Index terms: seed, dormancy breaking, chicha, forest seeds.

1. Trabalho de pesquisa apresentado à disciplina de Tecnologia de Sementes do Curso de Doutorado da UFPB.


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1. INTRODUÇÃO
O chichazeiro (Sterculia striata A. St. Hil. & Naudin), da família Malvaceae também é
conhecido popularmente como chichazeiro-do-cerrado, mendubi-guaçu, aracha-chá, chechá-
do-norte e castanha-de-macaco; nativa da região de Meio-Norte de Brasil, cujo fruto, uma
cápsula lenhosa e alongada, apresenta bom potencial para o mercado de nozes. A planta é
decídua e mede entre 8 e 14 m de altura, com diâmetro de caule variando entre 0,4 e 0,5 m.
Uma planta adulta, em suas condições naturais, pode produzir de 100 a 180 cápsulas com três
ou quatro lóbulos cada por safra/ano (Araújo, 1997).
O chichazeiro é uma planta pioneira, de rápido crescimento e tolerante a terrenos secos
e pedregosos, sendo indicada para plantios destinados à recomposição de áreas degradadas de
preservação permanente. A espécie tem potencial madeireiro, paisagístico e alimentar, pois
seus frutos e sementes (nozes) podem ser consumidos in natura. A sua área de ocorrência
abrange a região amazônica até o Piauí, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Mato Grosso do
Sul e São Paulo, na floresta semidecídua e sua transição para o Cerrado (Lorenzi, 2002).
Com relação à sua noz, seu grande diferencial é o baixo teor de gordura (em torno de
30,2%) quando comparada com os demais tipos de nozes disponíveis no mercado, como a
macadamia (75,5%), a castanha-do-brasil (66%), o pistachio (55-60%), a avelã (57-67%) e a
castanha de caju (43%) (Araújo, 1997). Dessa forma, considerando que a preferência do
consumidor é, em geral, por produtos com baixo teor de gordura, a "noz de chichá", que pode
ser considerada como uma noz “light” apresenta bom potencial para inserção nos mercados
nacional e internacional.
A utilização do teste de germinação é fundamental para o monitoramento da
viabilidade das sementes em bancos de germoplasma, antes e durante o armazenamento.
Todavia, o conhecimento atual sobre as técnicas de monitoramento é limitado, concentrando-
se, principalmente, em plantas de interesse agrícola. Pouco se conhece acerca das condições
para germinação da maioria das sementes de espécies silvestres (Heywood, 1989). Lotes de

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sementes que possuem algum mecanismo de dormência podem ter a sua viabilidade
subestimada quando são obtidos baixos valores de porcentagem de germinação.
A importância ecológica da dormência baseia-se, principalmente, no bloqueio da
germinação quando as condições ambientais são adequadas, porém as perspectivas de futuro
estabelecimento e crescimento das plântulas não são promissores (Eira e Caldas, 2000). Dessa
forma, metodologias para a superação de dormência são importantes, particularmente, para o
monitoramento da viabilidade de sementes (Ellis et al., 1985).
As sementes da maioria das espécies germinam prontamente quando lhes são dadas
condições ambientais favoráveis (Popinigis, 1985; Carvalho e Nakagawa, 2000). No entanto,
segundo Kramer e Kozlowisk (1972), as sementes de cerca de dois terços das espécies
arbóreas apresentaram certo grau de dormência, que pode ser superada com a utilização de
tratamentos pré-germinativos. Dessa forma, a dormência passa a ser um transtorno quando as
sementes são utilizadas para produção de mudas, em virtude do longo tempo para que ocorra
a germinação, ficando as mesmas sujeitas às condições adversas, o que favorece o ataque de
fungos e, conseqüentemente, pode acarretar grandes perdas (Borges et al.,1982).
As causas da dormência podem ser devidas à presença de embriões imaturos,
tegumentos impermeáveis à água ou ao oxigênio, por restrições mecânicas ou pela presença
de substâncias inibidoras da germinação (Popinigis, 1985; Bewley e Black, 1994). Espécies
florestais tropicais, com sementes duras, freqüentemente apresentam consideráveis problemas
para os viveiristas porque seus tegumentos duros e impermeáveis restringem a entrada de
água e oxigênio, oferecendo assim, alta resistência física ao crescimento do embrião (Moussa
et al., 1998).
A impermeabilidade do tegumento pode ocorrer devido à presença de uma cutícula e
de uma camada bem desenvolvida de células em paliçada, ou de ambas (Copeland e
McDonald, 1995), o que impede a absorção de água e impõe uma restrição mecânica ao
crescimento do embrião, retardando o processo de germinação. Sob condições naturais, este
mecanismo (tipo é primária ou secundária) de dormência pode ser superado por processos de

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escarificação (Mayer e Poljakoff-Mayber, 1989), ingestão pelos animais, atividade de


microrganismos, acidez natural do solo e pelas queimadas (Copeland e McDonald, 1995), os
quais provocam a ruptura ou o enfraquecimento do tegumento, permitindo a entrada de água e
gases e o início da germinação.
Entre os métodos utilizados para superação da dormência tegumentar, a escarificação
mecânica é uma técnica freqüentemente utilizada e constitui a opção mais prática e segura
para pequenos agricultores (Hermansen et al., 2000), além de ser um método simples, de
baixo custo e eficaz para promover uma germinação rápida e uniforme. No entanto, deve ser
efetuada com muito cuidado para evitar que a escarificação excessiva possa causar danos ao
tegumento e diminuir a germinação (McDonald e Copeland, 1997).
A eficiência da escarificação mecânica foi constatada por Medeiros e Nabinger (1996)
para Adesmia muricata (Jacq) DC e Trifolium resupinatum L.; Martins et al. (1997) para
Desmodium tortuosum (Sw.) DC., Bertalot e Nakagawa (1998) para Leucaena diversifolia
(Schlecht.) Bentham K156, Franke e Baseggio (1998) para Desmodium incanum DC., Alves
et al. (2000) para Bauhinia monandra Britt., Medeiros Filho et al. (2002) para Operculina
macrocarpa (L.) Farwel, Roversi et al. (2002) para Acacia mearnsii Willd., Alves et al.
(2004) para Bauhinia divaricata L., Lopes et al. (2004) para Ormosia arborea (Vell.) Harms.,
Lopes et al. (2006) para Ormosia nitida Vog., Deminicis et al. (2006) para Leucaena
leucocephala (Lam.) De Wit. e por Cruz e Carvalho (2006) para Schizolobium amazonicum
Huber ex Ducke, cujas sementes apresentam características de dureza. Entretanto, esse
tratamento não se mostrou eficiente na superação da dormência de sementes de sementes de
Senna macranthera (Collad.) Irwin et Barn. (Eschiapati-Ferreira e Perez, 1997) e de Lathyrus
nervosus Lam. (Franke e Baseggio, 1998). Segundo esses autores, tais resultados podem ser
explicados pela ocorrência de injúrias nas sementes provocadas pela fricção mecânica ou pela
diferença de constituição do tegumento de diferentes espécies de sementes. Dessa forma, a
utilização de materiais abrasivos exige cuidados quanto à intensidade e à forma de aplicação,
para não comprometer a qualidade das sementes.

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Quanto ao ácido sulfúrico, sua eficácia foi comprovada na superação da dormência de


sementes de Senna macranthera (Santarém e Aquila, 1995; Eschiapati-Ferreira e Perez,
1997), Parkia multijuga Benth. (Bianchetti et al., 1998), Caesalpinea ferrea Mart. Ex Tul.
var. leiostachya Benth., Cassia grandis L. e Samanea saman Merrill (Lopes et al., 1998),
Vigna radiata L. (Lin, 1999), Cassia excelsa Schrad (Jeller e Perez, 1999), Mimosa
caesalpiniifolia Benth. (Garcia et al., 2002), Copaifera langsdorfii Desf. (Bezerra et al.,
2002), Bowdichia virgilioides Kunth. (Sampaio et al., 2001; Smiderle e Souza, 2003),
Ochroma lagopus Sw. (Barbosa et al., 2004), Zizyphus joazeiro Mart. (Alves et al., 2006),
Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin e Barneby (Dutra et al., 2007).
O presente estudo teve como finalidade avaliar tratamentos pré-germinativos que
resultem em maior percentagem de germinação e vigor em sementes de Sterculia striata.

MATERIAL E MÉTODOS

Coleta dos frutos e beneficiamento das sementes


Os frutos foram coletados em janeiro de 2008, na área verde da colônia de férias
Iparana, no município de Caucaia, CE, que está situado a 22° 02'S e 45° 50' W a 575m de
altitude. Foram selecionadas cinco árvores matrizes levando-se em consideração a intensidade
de frutificação e o bom estado fitossanitário (ausência de doenças). A coleta foi realizada com
auxílio de podão e as sementes extraídas dos frutos secos manualmente (coloração marrom) e
transportadas em sacos de papel para o Laboratório de Análise de Sementes do Centro de
Ciências agrárias da Universidade Federal da Paraíba, no município de Areia-PB em parceria
com o Laboratório de Biologia Vegetal da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).
Após o beneficiamento determinaram-se as características descritas a seguir.

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Peso de mil sementes, número de sementes por fruto e por quilograma


Para determinação do peso de mil sementes, foram utilizadas oito sub-amostras de 100
(Brasil, 1992). Quanto ao número de sementes por fruto, em uma amostra de 100 realizou-se
contagem manual do número de sementes em cada fruto e o número de sementes por
quilograma foi determinado pesando-se 1kg e contando-se as sementes posteriormente.

Tratamentos para superação da dormência


As sementes foram submetidas aos seguintes tratamentos: testemunha - sementes
intactas (T1), escarificação mecânica com lixa d’água n. 80 na região oposta a micrópila (T2),
imersão das sementes em ácido sulfúrico concentrado por 15, 45 e 60 minutos (T3, T4 e T5,
respectivamente) e escarificação com lixa, seguida de imersão em água fria por 24 horas (T6).
Na escarificação mecânica as sementes foram friccionadas manualmente em lixa d’água n. 80
até desgaste visível do tegumento no lado oposto à micrópila. Nos tratamentos com ácido
sulfúrico as sementes permaneceram imersas pelos períodos mencionados anteriormente e,
posteriormente, foram lavadas em água corrente por uns dez minutos para a eliminação do
produto.
Após submetidas aos tratamentos, as sementes foram semeadas em bandejas plásticas
perfuradas no fundo, contendo a areia lavada, previamente peneirada e esterilizada em
autoclave, umedecida com quantidade de água equivalente a 60% da capacidade de retenção,
cuja manutenção da umidade foi por meio de irrigações diárias. Avaliaram-se as seguintes
características: emergência - foram utilizadas 100 sementes por tratamento, divididas em
quatro sub-amostras de 25. As contagens do número de plântulas emergidas iniciaram-se aos
dez e estenderam-se até os 30 dias após a semeadura, utilizando-se como critério às plântulas
normais que apresentavam os cotilédones acima do solo e os resultados foram expressos em
porcentagem; primeira contagem de emergência - correspondente à porcentagem
acumulada de plântulas normais no décimo dia após o início do teste; índice de velocidade
de emergência (IVE) - foram realizadas contagens diárias, durante 30 dias, das plântulas

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normais e, o índice calculado conforme a fórmula proposta por Maguire (1962);


comprimento de plântulas - no final do teste de emergência, as plântulas normais de cada
repetição foram medidos com o auxílio de uma régua graduada em centímetros, sendo os
resultados expressos em centímetros por plântula; massa seca das plântulas - após a
contagem final no teste de emergência, as plântulas foram secas em estufa regulada a 65oC até
atingir peso constante e, decorrido esse período, pesadas em balança analítica com precisão de
0,001g, conforme recomendações de Nakagawa (1999).
O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente ao acaso, constando de seis
tratamentos, em quatro repetições. Os dados em porcentagem, sem transformações foram
submetidos à análise de variância e a comparação entre as médias foi feita pelo teste de
Tukey, a 5% de probabilidade, quando houve significância no teste F.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As sementes de Sterculia striata, apresentaram umidade relativa em torno de 6,58. A
média relativa da quantidade de sementes por fruto, expressa uniformidade dos dados pelo
baixo coeficiente de variação obtido (3,4%), enquanto os dados do peso de mil sementes
(1.445,6g) apresentou-se elevado e uma pequena variação em relação à essa característica
(1,19%) (Tabela 1).
Um dos fatores limitantes à propagação da Sterculia striata é a dormência profunda
das sementes, o que resulta em germinação lenta e desuniforme. A impermeabilidade do
tegumento à água é o fenômeno considerado por Popinigis (1985) como uma das causas mais
comuns de dormência nas sementes de plantas de diversas famílias.
As sementes submetidas à escarificação manual com lixa no lado oposto à micrópila
(T2) e imersão em ácido sulfúrico por 15 e 45 minutos (T4 e T3, respectivamente)
apresentaram as maiores porcentagens de emergência de plântulas. As menores porcentagens
de emergência foram obtidas com as sementes submetidas ao ácido sulfúrico por 60 minutos
(T5) e aquelas escarificadas com posterior imersão em água fria por 24 horas, provavelmente

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devido ao fato dos mesmos terem provocado danos nas estruturas vitais da semente (Figura
1A). Resultados semelhantes foram obtidos por Santos et al. (2004) quando observaram que
as maiores porcentagens de germinação de sementes de Sterculia foetida L. ocorreram com a
utilização de escarificação em um lado da semente seguida de embebição e escarificação
mecânica nos dois lados, sem embebição.
A escarificação manual com lixa n. 80 também favoreceu a germinação de sementes
com tegumento impermeável à água, a exemplo daquelas de Senna macranthera (Santarém e
Aquila, 1995), Ocotea corymbosa (Meissn.) Mez (Bilia et al., 1998), Leucaena diversifolia
(Bertalot e Nakagawa, 1998), Operculina macrocarpa (Medeiros Filho et al., 2002), Acacia
mearnsii (Roversi et al., 2002), Ormosia arborea (Lopes et al., 2004), Schizolobium
amazonicum (Cruz e Carvalho, 2006), Leucaena leucocephala (Deminicis et al., 2006) e
Senna siamea (Dutra et al., 2007).
Os tratamentos com ácido sulfúrico também proporcionaram aumentos e uniformidade
na germinação de sementes de Senna macranthera (Eschiapati-Ferreira e Perez, 1997), Parkia
multijuga (Bianchetti et al., 1998), Cassia excelsa (Jeller e Perez, 1999), Bauhinia monandra
(Alves et al., 2000), Mimosa caesalpiniifolia (Garcia et al., 2002), Ormosia arborea (Lopes et
al., 2004), Ochroma lagopus, (Barbosa et al., 2004), Zizyphus joazeiro (Alves et al., 2006) e
Ormosia nitida (Lopes, 2006).
Verificou-se que quanto à emergência das plântulas aos 10 dias, destacaram-se as
sementes escarificadas com lixa (T2), seguidas pelas sementes imersas em ácido sulfúrico por
15 minutos (T3), com um porcentual de emergência de 61 e 50%, respectivamente. Esses
resultados demonstram que a dormência tegumentar foi superada quando as sementes foram
submetidas aos referidos tratamentos (Figura 1B). Segundo Hartmann et al. (1997), para
espécies que apresentam sementes com tegumento impermeável à água, um dos tratamentos
mais comumente usados é a escarificação mecânica. Quanto à ação do ácido sulfúrico,
Santarém e Áquila (1995) relataram que seu efeito no amolecimento do tegumento das

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sementes parece ser resultante da remoção da cutícula e exposição das camadas de


macroesclerídeos, permitindo assim, graus de permeabilidade mais homogêneos.
Para Mimosa caesalpiniaefolia, a escarificação com ácido sulfúrico concentrado e
desponte na região oposta ao eixo embrionário proporcionaram elevadas porcentagens de
germinação na primeira contagem (Bruno et al., 2001). Resultados semelhantes foram obtidos
por Santos et al. (2004) com Sterculia foetida, onde as sementes escarificadas nos dois lados,
sem embebição apresentaram melhor desempenho germinativo na primeira contagem,
seguidas por aquelas submetidas à escarificação mecânica em um lado com embebição.
Em estudos realizados com Mimosa caesalpiniaefolia Benth., Bruno et al. (2001)
constataram a eficiência do ácido sulfúrico no tratamento pré-germinativo de suas sementes,
cujo maior valor na primeira contagem de germinação ocorreu com a imersão por períodos
entre 10 e 13 minutos. Alves et al. (2006) também obtiveram valor máximo (50%) de vigor,
determinado pela primeira contagem de emergência de plântulas de Zizyphus joazeiro, quando
as unidades de dispersão ficaram imersas no ácido sulfúrico concentrado por um período de
110 minutos.
Com relação ao índice de velocidade de emergência (IVE), os tratamentos de
escarificação com lixa no lado oposto a micrópila (T2), seguidos pela testemunha (T1) e
imersão em ácido sulfúrico (T3) proporcionaram os melhores resultados (Figura 1C). A
escarificação mecânica, por provocar fissuras no tegumento das sementes, aumenta a sua
permeabilidade, permitindo a embebição e a aceleração do início do processo de germinação
(Franke e Baseggio, 1998).
Os maiores índices de velocidade de germinação de sementes de Mimosa bimucronata
(DC.) O. Kuntze (Ribas et al., 1996), Bauhinia monandra (Alves et al., 2000), Mimosa
caesalpiniaefolia Benth (Bruno et al., 2001), Ormosia arborea (Lopes et al., 2004), Ochroma
lagopus (Barbosa et al., 2004), Zizyphus joazeiro (Alves et al., 2006) e Ormosia nitida (Lopes
et al., 2006) foram obtidos quando utilizou-se tratamentos com ácido sulfúrico. Nas sementes
de Acacia mearnsii (Roversi et al., 2002), Sterculia foetida (Santos et al., 2004), Bowdichia

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virgilioides (Smiderle e Sousa, 2003) e Schizolobium amazonicum (Cruz e Carvalho, 2006), o


maior vigor (índice de velocidade de germinação) ocorreu quando se empregou a
escarificação mecânica.
Os dados de massa seca de raízes (Figura 2C) e parte aérea (Figura 2D), assim como
comprimento da raiz principal (Figura 2A) não apresentaram diferença entre os tratamentos
estudados. Entretanto, quanto ao comprimento de parte aérea (Figura 2B), os maiores valores
foram obtidos com o tratamento de escarificação mecânica com lixa (T2), seguido pelos
tratamentos de imersão em ácido sulfúrico por 45 e 60 minutos (T4 e T5, respectivamente).
Esses resultados devem-se, provavelmente, a um menor consumo das reservas das sementes
durante o processo germinativo, uma vez que a mesma ocorreu de forma rápida e uniforme.
Assim, essas reservas foram destinadas ao crescimento das plântulas resultantes. Resultados
diferentes foram obtidos por Sampaio et al. (2001) quando observaram redução no
crescimento de plântulas de Bowdichia virgilioides com a imersão das sementes em ácido
sulfúrico concentrado por períodos superiores a dois minutos.
Lima e Garcia (1996) obtiveram plântulas de Acacia mangium com maior
comprimento quando as sementes foram submetidas ao tratamento de imersão em água a
temperatura de 80ºC até atingir a temperatura ambiente (duas horas). Em Acacia mearnsii, à
escarificação mecânica por 15 segundos também foi responsável pelos maiores valores de
comprimento da raiz das plântulas (Roversi et al., 2002)
Para B. divaricata, o comprimento das plântulas não foi uma característica muito
afetada pelos tratamentos utilizados, onde os maiores valores foram obtidos com as plântulas
oriundas das sementes submetidas ao desponte na região oposta a micrópila e da testemunha
(sementes intactas), no entanto, não diferiram estatisticamente das plântulas oriundas de
sementes dos tratamentos de imersão em águas nas temperaturas de 50, 60 e 70oC (Alves,
2004). Em Zizyphus joazeiro, Alves et al. (2006) observaram que o pré-condicionamento das
unidades de dispersão em ácido sulfúrico concentrado mostrou-se eficiente, pois promoveu
aumento na altura das plantas.

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Quanto à massa seca de plântulas, sementes de Mimosa caesalpiniaefolia submetidas a


tratamentos pré-germinativos com ácido sulfúrico concentrado por 10 ou 13 minutos
originaram plântulas com maior conteúdo de massa seca (Bruno et al., 2001). Também,
Sampaio et al. (2001) verificaram maior conteúdo de massa em plântulas de Bowdichia
virgilioides com a imersão das sementes em ácido sulfúrico concentrado por períodos entre 8
e 11 minutos. Os tratamentos de superação da dormência (escarificação mecânica em
escarificador elétrico da marca Forsberg 1725 RPM por 15 segundos; imersão em água quente
à 90ºC e imersão em água quente em início de ebulição 97ºC) utilizados em sementes de
Acacia mearnsii diferiram apenas da testemunha - sementes intactas (Roversi et al., 2002).
Sementes de Sterculia foetida submetidas à escarificação em um lado, seguida de
embebição, originaram plântulas com maior massa seca da parte aérea, enquanto para a massa
seca do sistema radicular não houve diferença significativa entre os tratamentos (Santos et al.,
2004).
Em B. divaricata, os maiores valores de massa seca das plântulas foram obtidos com
sementes submetidas aos tratamentos de desponte na região oposta a micrópila e imersão em
água na temperatura de 70ºC, no entanto, não diferiu estatisticamente da massa seca das
plântulas, cujas sementes foram submetidas aos tratamento de imersão em águas na
temperatura de 60ºC (Alves et al., 2004). No entanto, para Zizyphus joazeiro, Alves et al.
(2006) o pré-condicionamento das unidades de dispersão em ácido sulfúrico concentrado
mostrou-se eficiente, pois promoveu aumento na massa seca das plantas.

4. CONCLUSÕES
A dormência das sementes de Sterculia striata é do tipo tegumentar, restringindo-se a
embebição, considerando a escarificação com lixa n. 80 no lado oposto a micrópila, o
tratamento mais eficiente para a sua superação.

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Tabela 1. Peso de mil sementes, média do número de sementes por fruto e número de
sementes por quilograma de S. striata.
Determinações Média CV (%)
No de sementes por fruto 4,7 -
No de sementes por quilograma (g) 657 -
Peso de mil sementes(g) 1.445,6 1,19

100 A

80
Emergência (%)

a a
ab a
60
bc
40
c
20

0
1 2 3 4 5 6
Tratamentos

100 B
Primeira contagem de

80
Emergência (%)

a
60
ab
bc b
40 bc
c
20

0
1 2 3 4 5 6
Tratamentos

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5 C
Índice de velocidade de

4
emergência

2
ab a ab abc bc
1 c
0
1 2 3 4 5 6
Tratamentos

Figura 1. Emergência (A), primeira contagem (A) e índice de velocidade de emergência de


plântulas (C) de S. striata em função de tratamentos pré-germinativos.
Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey, a
5% de probabilidade.

10 A 15 B
daparte

a a
raiz

8 a 12 ab ab
a a b b b
a a
Comprimentoda
aérea (cm)

6 9
Comprimento

4 6
2 3
0 0
1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6
Tratamentos Tratamentos

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1 1
da aérea

C D
raiz

0,8 0,8
parte

0,6 0,6
seca

a
seca da

0,4 0,4 a a a a a
MassaMassa

a a a a a
0,2 a 0,2
0 0
1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6
Tratamentos Tratamentos

Figura 2. Comprimento da raiz (A), da parte aérea (B) e massa seca da raiz (C) e da parte
aérea (D) de plântulas de S. striata em função de tratamentos pré-germinativos.
Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey, a
5% de probabilidade.

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