Texto Final Psicobio - Ecopolitica
Texto Final Psicobio - Ecopolitica
Texto Final Psicobio - Ecopolitica
BACHAREL EM PSICOLOGIA
São Paulo – SP
2024
ARTUR FERREIRA, BEATRIZ MACHADO, FLÁVIA GONÇALVES, LUISA
BAUMANN E MARIA CAROLINA GIBELLI
a matéria de Psicobiologia
São Paulo - SP
2024
INTRODUÇÃO
Entretanto, embora tenha nascido dentre bases amplas que vão desde a
filosofia natural, crença no progresso inexorável advinda de Marx ao
transcendentalismo Kantiano, a corrente mais influente é o transcendentalismo, que
surgiu no século XIX nos Estados Unidos da América, que diz se basear na noção
de que verdade e conhecimento não podem ser alcançados somente pela razão e a
experiência empírica, faz-se necessário também o uso da intuição e conexão com a
natureza. O transcendentalismo institui uma personalização da natureza,
enxergando-a como um ente, exaltando um modo de vida que viva em harmonia
com a natureza. Uma vez que esse ente natureza é reconhecido como importante,
ele deve ter seus direitos assegurados, seja o direito à proteção seja o ao
reconhecimento do indivíduo.
No entanto, essa divisão está sendo cada vez mais colocada em questão,
sendo questionada por vários campos do conhecimento, incluindo a ecopolítica. Na
realidade, essa dicotomia não existe; natureza e cultura estão interligadas,
interconectadas e se influenciam mutuamente. Todas as mudanças que o ser
humano causa na natureza retornam para todo o planeta e a humanidade, forçando-
nos como coletivo a reconsiderar nossa cultura, hábitos, visões e nossas práticas.
Por tudo isso, a biofilia está se tornando cada vez mais relevante nas
discussões contemporâneas sobre ecopolítica, arquitetura, urbanismo e saúde
pública, reforçando a ideia de que a separação entre natureza e cultura é, na
verdade, uma construção artificial e que a reconexão com o mundo natural é
essencial para o futuro da humanidade.
Dessa forma, após o fim da segunda guerra mundial, com a detonação das
bombas nucleares de Hiroshima e Nagasaki, os ambientalistas começaram a se
organizar e formar grupos especificamente ambientalistas. A detonação das bombas
nucleares em solo povoado foi extremamente marcante e demonstrou de forma
prática o poder que o homem tinha para destruir o planeta, dessa conjuntura surge
essa urgência de regular e legislar sobre o controle humano do meio-ambiente.
Além de tratados e criação de órgãos internacionais para a proteção e preservação
da vida humana na Terra, como o Tribunal Internacional e a ONU. A degradação
ambiental gerada por 2 séculos de capitalismo desenfreado e os recentes desastres
ecológicos movimentam os ambientalistas, é nesse momento que temos a criação
de Instituições como o Greenpeace e WWF. A fundação do Greenpeace se
encontra perfeitamente alocada nesse cenário, nascida de um protesto realizado por
12 pessoas contra testes nucleares realizados pelo Estados Unidos da América na
costa do Alasca, que resultou na criação de um santuário de pássaros na região,
hoje, a Instituição conta com pelo menos 2.500 ativistas que se engajam na luta a
favor do direito ambiental e preservação ambiental.
Para que ocorra a desapropriação para fins de reforma agrária, deve ser
seguido o procedimento do artigo 184 da Constituição Federal, de acordo com o
qual “compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia
e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do
valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua
emissão, e cuja utilização será definida em lei”.
II - a propriedade produtiva.
[1] O Supremo Tribunal Federal (STF), em 2008, ao interpretar o artigo 5º, § 2º, da
Constituição Federal, no julgamento de Recurso Extraordinário, consolidou o entendimento
de que os tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil têm status
normativo supralegal, ou seja, está hierarquicamente abaixo da Constituição Federal e
acima de outras leis. Acompanhando decisões recentes da Corte Interamericana de Direitos
Humanos, o STF tem entendido que deve ser atribuída aos tratados internacionais em
matéria ambiental o mesmo status e hierarquia normativa especial reconhecida para os
tratados internacionais de direitos humanos em geral.
Há duas formas de atuação da ecopolítica, a normativa e a analítica. A
primeira diz respeito a uma forma extremamente militante dessa prática e age
diretamente sobre os problemas a respeito dos recursos naturais. A luta da
ecopolítica normativa visa garantir a preservação do meio ambiente, promover
justiça social bem como a apropriação adequada de recursos naturais em reação ao
crescimento econômico global, também a preservação da natureza e o acesso das
futuras gerações ao meio ambiente e por fim, a ressignificação das relações entre
ser humano e o meio ambiente.
importante que nós nos tornemos sujeitos eco politizados, é preciso que
todos se envolvam e se engajem com a luta ecopolítica. As mudanças necessárias
para manter a vida humana na Terra precisam ser feitas, e essas mudanças só
serão feitas por meio da pressão popular, é preciso que a sociedade clame e mova
os governos mundiais para não só discutir as questões ambientais globais, mas
para que também tomem atitudes práticas para conter o aquecimento global e
devastação da fauna e flora global, para assim, manter viva a raça humana.
REFERÊNCIAS
“A crise na educação”. In: Quatro textos excêntricos. Org. Olga Pombo. Lisboa:
Relógio D’água, 200.
LAI, K.Y., Kumari, S., Gallacher, J. et al. Nexus between residential air pollution
and physiological stress is moderated by greenness. Nat Cities 1, 225–237
(2024). https://doi.org/10.1038/s44284-024-00036-6. Acesso em 18 jun. 2024.
SILVA, Marly Gonçalves da; MOURA, Edila Arnaud Ferreira; PARDINI, Patrick
(org.). Ecopolítica, necropolítica e resistências em tempo de pandemia. Belém,
PA: Cabana, 2022. E-book (514 p.). Disponível em:
https://livroaberto.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1144. Acesso em 06 jul. 2024.
WELLE, D. “Por que cidades precisam mais do que nunca de árvores”. G1, 22
de agosto de 2020, https://g1.globo.com/natureza/noticia/2020/08/22/por-que-
cidades-precisam-mais-do-que-nunca-de-arvores.ghtml. Acesso em 2 jul. 2024.