Texto Final Psicobio - Ecopolitica

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

BACHAREL EM PSICOLOGIA

ARTUR FERREIRA, BEATRIZ MACHADO, FLÁVIA GONÇALVES, LUISA


BAUMANN E MARIA CAROLINA GIBELLI

Ecopolítica: Infraestrutura urbana e sua relação com a saúde mental

São Paulo – SP

2024
ARTUR FERREIRA, BEATRIZ MACHADO, FLÁVIA GONÇALVES, LUISA
BAUMANN E MARIA CAROLINA GIBELLI

Ecopolítica: Infraestrutura urbana e sua relação com a saúde mental

Texto final do trabalho referente

a matéria de Psicobiologia

Evolucionista, ministrada pelo

professor Mauro Lantzzman.

São Paulo - SP

2024
INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é aprofundar teoricamente o tema da ecopolítica,


seus debates, implicações, formas de atuação e consequências em nosso mundo
desigual e danificado pela ação do homem, além de introduzir os benefícios da
infraestrutura urbana para a saúde mental dos seres humanos.

Desde a revolução industrial, o homem vem usando a natureza de forma


devastadora, esse uso está rapidamente esgotando os recursos naturais disponíveis
e poluindo permanentemente o planeta. Nesse contexto surge a ecopolítica, nas
décadas de 1960 e 1980, diversos movimentos de contracultura foram tocados para
a questão ambiental, surgiram então os grupos ambientalistas que reivindicaram
diversas medidas, leis e conscientizaram muitas pessoas para essa questão tão
importante para a sobrevivência humana.

Muitas pessoas negam dados disponibilizados por pesquisadores sobre o


aquecimento global e demais ações do homem no meio natural, a ecopolítica nasce
da necessidade de combater não só esse pensamento retrógrado, mas também a
negligência ambiental por parte dos governos de todo o mundo. Por meio da
militância e conscientização diversos grupos agem pelo mundo, a fim de proteger os
ecossistemas terrestres.

O meio ambiente e a existência de ecossistemas equilibrados são


fundamentais para a manutenção da vida humana na Terra, dessa forma, é
necessário que a organização político social humana se preocupe com as questões
relevantes para o bem-estar ambiental. Por meio de pressão e protestos, os
ativistas ambientais tentam conscientizar a população para que juntos consigam
mudar e criar leis, criar áreas de refúgio silvestre, áreas de preservação ambiental,
despoluir rios e praias, manter a área de florestas e proteger a fauna local. O direito
ao meio ambiente é assegurado na Constituição Brasileira, dessa forma é
importante discutir se esse direito está sendo fornecido a todos, independente de
raça, status social, credo e poder aquisitivo. É importante também, observar como o
acesso ao meio preservado afeta a saúde mental das pessoas em grandes
metrópoles como São Paulo, assunto esse que posteriormente será apresentado
neste texto.
Ao longo do texto, apresentaremos o contexto mais aprofundado da
ecopolítica, diversos exemplos a respeito de sua forma de atuação, como se cria
uma lei ambiental, conferências ambientais essenciais para o combate à crise
climática, formas de ver nossa cultura em relação a natureza, e a relação da
ecopolítica com a psicologia. Todos esses temas relacionados à ecologia política
revelam a importância dela no nosso cenário atual, e como ela pode servir de
ferramenta para evitar desastres do clima, combater relações de poder que incidem
sobre os recursos naturais ainda presentes em nosso planeta e ainda, manter a
integridade emocional da população.
CAPÍTULO TEÓRICO

Etimologicamente falando a ecopolítica nasce da junção, do radical eco que


vem do grego oikos e significa casa, lar ou domicílio e política que deriva da palavra
politĭcus, adjetivo que distingue os cidadãos que compõem a comunidade na qual
convivem civicamente. Dessa forma, a palavra ecopolítica se refere aos cidadãos
que tomam decisões e se envolvem politicamente com as questões de seu meio
circundante.

Assim como toda inovação, o início do movimento ambientalista tem início a


partir de bases filosóficas diversas, através do que o pedagogo Mortimer Adler
chamaria de “o grande diálogo”, em que o que está disposto hoje advém de uma
longa conversação entre os séculos dos homens sobre alguma questão. Posterior a
ele, Alasdair Macintyre afirma que podemos imaginar uma história sem certas
figuras, mas não podemos imaginar uma história sem a conversa dos filósofos, sem
aquele grande debate Adleriano que conduz os rumos do pensamento. Macintyre
nos faz pensar se seria possível imaginar a história sem Aristóteles e sua
metafísica, que moldaram toda noção de ser, ato e potência que ainda hoje
compartilhamos em nosso pensamento ocidental. Para ele, torna-se inimaginável
buscar compreender qualquer movimentação política ou histórica sem antes
assenhorar-se em todo do alicerce filosófico que está por detrás da totalidade de
qualquer pensamento intencionado no mundo, de todo ato político e social. Tratando
dos filósofos que conduziram as rédeas de nosso pensamento contemporâneo rumo
ao ambientalismo, inaugurando uma nova visão de homem e natureza estão
filósofos como Henry David Thoreau e Ralph Waldo Emerson, que destacam a
importância da natureza e da conservação ambiental já no século XIX. Suas obras
foram de extrema importância e se destacaram em sua temporalidade, se mantendo
relevantes e norteando uma nova concepção natureza-homem até hoje, 300 anos
após seu surgimento.

Entretanto, embora tenha nascido dentre bases amplas que vão desde a
filosofia natural, crença no progresso inexorável advinda de Marx ao
transcendentalismo Kantiano, a corrente mais influente é o transcendentalismo, que
surgiu no século XIX nos Estados Unidos da América, que diz se basear na noção
de que verdade e conhecimento não podem ser alcançados somente pela razão e a
experiência empírica, faz-se necessário também o uso da intuição e conexão com a
natureza. O transcendentalismo institui uma personalização da natureza,
enxergando-a como um ente, exaltando um modo de vida que viva em harmonia
com a natureza. Uma vez que esse ente natureza é reconhecido como importante,
ele deve ter seus direitos assegurados, seja o direito à proteção seja o ao
reconhecimento do indivíduo.

Abrangendo então essa concepção de ente natureza, é necessário discutir e


definir a dicotomia entre natureza e cultura, uma temática essencial nas discussões
de ecopolítica. Sob essa perspectiva que pauta a visão de mundo há tanto tempo,
de um lado, temos o mundo natural, incluindo ecossistemas, flora, fauna e recursos
naturais. A natureza, nessa visão, é considerada como algo a parte da ação
humana, algo separado.

Assim, tem-se do outro lado, a cultura abrangendo práticas, crenças,


instituições e comportamentos humanos. A partir dessa visão dicotômica, a cultura é
criada e moldada pela humanidade e é vista como um domínio separado da
natureza, operando de acordo com normas sociais, econômicas e políticas.
Historicamente, a dicotomia entre natureza e cultura tem sido uma maneira comum
de entender a relação entre seres humanos e meio ambiente.

No entanto, essa divisão está sendo cada vez mais colocada em questão,
sendo questionada por vários campos do conhecimento, incluindo a ecopolítica. Na
realidade, essa dicotomia não existe; natureza e cultura estão interligadas,
interconectadas e se influenciam mutuamente. Todas as mudanças que o ser
humano causa na natureza retornam para todo o planeta e a humanidade, forçando-
nos como coletivo a reconsiderar nossa cultura, hábitos, visões e nossas práticas.

A mudança climática, por exemplo, é um resultado dessa interconexão,


obrigando a humanidade a revisar seus hábitos e alterar certos costumes. Podemos
observar isso também no consumo excessivo, que gera maior quantidade de
resíduos e descartes inadequados, com consequências para o meio ambiente. Para
essa análise da dicotomia natureza X cultura, optamos por também trazer para a
discussão o conceito de biofilia, como forma de ilustrar essa tendência emergente
do ser humano de se reaproximar da natureza, buscando uma reconexão.
“Biofilia” é o termo que se refere ao “amor às coisas vivas” - do grego, bio
como vida e philia como amor, inclinação a algo. É um conceito que foi introduzido
pelo biólogo Edward O. Wilson na década de 1980, e sugere que os seres humanos
possuem uma afinidade inata com a natureza e todas as formas de vida. Essa
hipótese propõe que a conexão com a natureza é uma parte intrínseca do bem-estar
humano e do desenvolvimento saudável.

De acordo com a teoria da biofilia, essa afinidade evoluiu ao longo de milhões


de anos de coexistência humana com a natureza, influenciando a nossa psicologia e
comportamento. Estudos mostram que a exposição a ambientes naturais pode
reduzir o estresse, melhorar o humor, aumentar a produtividade e promover a saúde
mental e física.

A importância da biofilia também é ressaltada nas práticas de conservação e


sustentabilidade, uma vez que fomentar uma conexão mais profunda com a
natureza pode incentivar comportamentos e políticas mais responsáveis em relação
ao meio ambiente. Em suma, a biofilia é uma ponte entre a necessidade humana de
se conectar com a natureza e a urgência de proteger o meio ambiente, contribuindo
para um desenvolvimento mais harmonioso e sustentável, e percebe-se uma
emergência de comportamentos na humanidade visando essa reconexão. A busca
por práticas e possibilidades de reinventar e colocar novamente humanidade e
natureza como algo conjunto e conectado.

Por tudo isso, a biofilia está se tornando cada vez mais relevante nas
discussões contemporâneas sobre ecopolítica, arquitetura, urbanismo e saúde
pública, reforçando a ideia de que a separação entre natureza e cultura é, na
verdade, uma construção artificial e que a reconexão com o mundo natural é
essencial para o futuro da humanidade.

É sobre esta base que se consolidam e ganham força os movimentos


ambientalistas, na década de 60 e 70, momento esse que já cultivava um solo fértil
para a explosão de revoltas e movimentos ligados ao meio ambiente. Com o fim da
Segunda Guerra Mundial, a economia mundial estava afetada por diversas crises
que contribuíram para mudar o funcionamento do modo de produção capitalista,
havia-se iniciado a era dourada do capitalismo, existindo numa espiral de expansão
contínua e acumulação selvagem de capital, esse modelo de produção impactou
diretamente a sociedade, que, ainda com a memória da recente guerra se rebelou
contra diversos aspectos daquele sistema. Nesse contexto vamos encontrar
diversos movimentos de contracultura, a luta a favor de minorias e dos oprimidos vai
ser extremamente presente em movimentos desse período, como o movimento
Hippie e os movimentos civis em favor dos direitos dos negros e homossexuais por
todo o globo.

Dessa forma, após o fim da segunda guerra mundial, com a detonação das
bombas nucleares de Hiroshima e Nagasaki, os ambientalistas começaram a se
organizar e formar grupos especificamente ambientalistas. A detonação das bombas
nucleares em solo povoado foi extremamente marcante e demonstrou de forma
prática o poder que o homem tinha para destruir o planeta, dessa conjuntura surge
essa urgência de regular e legislar sobre o controle humano do meio-ambiente.
Além de tratados e criação de órgãos internacionais para a proteção e preservação
da vida humana na Terra, como o Tribunal Internacional e a ONU. A degradação
ambiental gerada por 2 séculos de capitalismo desenfreado e os recentes desastres
ecológicos movimentam os ambientalistas, é nesse momento que temos a criação
de Instituições como o Greenpeace e WWF. A fundação do Greenpeace se
encontra perfeitamente alocada nesse cenário, nascida de um protesto realizado por
12 pessoas contra testes nucleares realizados pelo Estados Unidos da América na
costa do Alasca, que resultou na criação de um santuário de pássaros na região,
hoje, a Instituição conta com pelo menos 2.500 ativistas que se engajam na luta a
favor do direito ambiental e preservação ambiental.

A fim de conter todas essas pressões e protestos e legislar em favor do que


os cidadãos querem, os governos mundiais criam cúpulas e encontros para discutir
questões relacionadas à preservação ambiental. Um grande marco para a luta
ambientalista foi a criação do Dia da Terra em 1970, mesmo dia da realização de
um fórum ambiental que reuniu 20 mil pessoas, sendo fundamental para a
aprovação de leis ambientais pioneiras sobre emissão de gases nocivos e proteção
de espécies ameaçadas, fórum reconhecido posteriormente pela ONU. O maior
exemplo que encontramos hoje das ações dessas organizações ambientalistas são
as leis anexadas à constituição de cada país e programas de conscientização
estatal, sendo a inserção do direito ao meio ambiente na constituição brasileira uma
conquista histórica reivindicada por grupos ambientalistas militantes.

O direito ao meio ambiente faz parte da dimensão dos direitos coletivos ou


difusos. Esses direitos não são destinados à proteção individual ou de um
determinado grupo de pessoas, mas sim de todos, na condição de coletividade,
representando também uma preocupação com as gerações humanas, presentes e
futuras. Surgem a partir de meados do século XX, juntamente à terceira revolução
industrial. Além do direito ao meio ambiente, os direitos desta dimensão podem ser
exemplificados pelo direito ao desenvolvimento e pelo direito à autodeterminação
dos povos, ambos também relacionados à ecopolítica, dentre outros.

O direito ao meio ambiente está explicitado no artigo 225, caput, da


Constituição Federal, assim redigido: “todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

Essa norma, como todas as normas constitucionais, é abstrata. Significa que


o constituinte decidiu por bem dar especial destaque ao direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado no sistema jurídico brasileiro, na condição de direito
fundamental. Há, também, outras normas que regem esse direito. O respeito às leis
deve seguir a seguinte ordem de prioridade: (I) Constituição Federal e suas
emendas; (II) tratados internacionais sobre direitos humanos – muitos resultantes de
convenções internacionais, como o Tratado de Estocolmo, o Acordo de Paris, o
Protocolo de Kyoto e a Convenção Sobre Diversidade Biológica, proveniente da
Eco-92[1]; (III) leis complementares, destinadas a regulamentar matérias
especificamente previstas na Constituição Federal, (IV) tratados internacionais em
geral, leis ordinárias, leis delegadas, decretos legislativos, medidas provisórias e
resoluções; e (V) decretos regulares.

No Brasil, o Poder Público está dividido em três poderes: Executivo,


Legislativo e Judiciário. Salvo exceções, a competência para edição de leis é do
Poder Legislativo, correspondente, em nível federal, ao Senado Federal e à Câmara
dos Deputados, formando, em conjunto, o Congresso Nacional, e, em níveis
estadual e municipal, respectivamente, às Assembleias Legislativas e às Câmaras
de Vereadores.

Em regra, a competência constitucional para legislar sobre a proteção do


meio ambiente é de competência comum da União, dos Estados e Distrito Federal e
dos Municípios. Trata-se de uma determinação que impõe a cooperação entre todos
os entes federativos para resguardar bens ambientais.

As normas estaduais e municipais devem levar em conta a legislação federal.


Não obstante, entende-se que, na situação de um conflito entre normas editadas por
diferentes entes legislativos, deve prevalecer a norma que melhor proteger o meio
ambiente – ou seja, se, por exemplo, é estabelecido em lei federal o perímetro de
proteção de uma área de preservação permanente, prevalecerá a lei estadual ou
municipal quando determinar um perímetro maior de proteção.

Entendemos que uma parte de extrema relevância na ecopolítica é a edição


de normas legais. O processo legislativo, ou seja, o processo de construção de leis,
está determinado na Constituição Federal e compreende a elaboração das leis
propriamente ditas, das emendas constitucionais, medidas provisórias, decretos
legislativos e resoluções. O processo de criação das leis ambientais segue o mesmo
procedimento de criação de leis em geral. Tomaremos como exemplo a edição de
uma lei ordinária de nível federal para explicar suas etapas.

O processo legislativo inicia-se com a apresentação do Projeto de Lei à


Câmara dos Deputados. A lei deve ser precedida de um projeto de lei. A
Constituição Federal estabelece que a iniciativa para edição das normas poderá se
dar pelos membros do Congresso Nacional, pelo Presidente da República, pelos
Tribunais, pelo Ministério Público e por iniciativa popular, devendo, nesse caso,
haver a manifestação de um número mínimo de eleitores brasileiros.

Após ser debatido, é aprovado ou rejeitado pelo plenário do Congresso


Nacional. Se aprovado, é enviado para o Senado Federal para nova deliberação.
Qualquer alteração realizada em um projeto deverá ser analisada por ambas as
casas legislativas. Dessa forma, se o Senado Federal realizar alteração em projeto
de lei proveniente da Câmara dos Deputados, essa última deverá realizar nova
deliberação sobre a proposição.
Em seguida, sendo aprovado em ambas as casas, o projeto de lei é
encaminhado para o Presidente da República, que sancionará ou vetará o projeto.
O veto poderá ser total ou parcial.

A promulgação é, então, realizada pelo Presidente da República. Note-se que


o veto poderá ser derrubado pela votação da maioria dos membros do Congresso
Nacional, reunidos em sessão conjunta, e que, nesse caso, caberá ao Presidente do
Legislativo promulgar a lei.

A lei promulgada, então, será publicada no diário oficial, ganhando


publicidade e sujeitando todos os cidadãos aos seus termos.

No Brasil, temos leis ordinárias de extrema relevância em matéria ambiental.


São exemplos: (I) a Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA; (II) a Lei dos
Crimes Ambientais; (III) A Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos; (IV) a Lei de
Recursos Hídricos, (V) a Lei dos Agrotóxicos; (VI) o Novo Código Florestal
Brasileiro; (VII) a Política Nacional de Saneamento Básico, dentre outros.

Temos, também, o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, órgão


colegiado criado pela PNMA. É composto por órgãos federais, estaduais e
municipais, setor empresarial e entidades ambientalistas. Sua função é adotar
medidas de natureza consultiva e deliberativa sobre o Sistema Nacional do Meio
Ambiente, estabelecendo em suas Resoluções normas e critérios em matéria
ambiental.

No parágrafo primeiro e incisos do referido artigo 225, que estabelece o


direito ao meio ambiente, o constituinte determinou uma série de incumbências do
Poder Público, a saber:

“(…) I - preservar e restaurar os processos ecológicos


essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e
ecossistemas; II - preservar a diversidade e a integridade do
patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades
dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; III -
definir, em todas as unidades da Federação, espaços
territoriais e seus componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas
somente através de lei, vedada qualquer utilização que
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua
proteção; IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra
ou atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade; V - controlar a produção,
a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de
vida e o meio ambiente; VI - promover a educação ambiental
em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para
a preservação do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a
flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies
ou submetam os animais a crueldade; VIII - manter regime
fiscal favorecido para os biocombustíveis destinados ao
consumo final, na forma de lei complementar, a fim de
assegurar-lhes tributação inferior à incidente sobre os
combustíveis fósseis, capaz de garantir diferencial competitivo
em relação a estes(…); VIII - manter regime fiscal favorecido
para os biocombustíveis e para o hidrogênio de baixa emissão
de carbono, na forma de lei complementar, a fim de assegurar-
lhes tributação inferior à incidente sobre os combustíveis
fósseis, capaz de garantir diferencial competitivo em relação a
estes (…)”.

A propriedade pública difere-se da propriedade privada a partir do critério de


seu titular. Nesse sentido, a propriedade é pública se o seu titular é uma pessoa
jurídica de direito público (União, Estados, Distrito Federal, Municípios, autarquias e
fundações públicas). A propriedade privada, por sua vez, apura-se por exclusão, ou
seja, é toda aquela propriedade que não pertence a uma pessoa jurídica de direito
público.

A Constituição Federal consolidou a indissociabilidade do direito de


propriedade relativamente ao exercício da função social. Não é por outra razão que,
ao arrolar o direito de propriedade dentre os direitos e garantias individuais
fundamentais, o texto constitucional, logo em seguida, impõe a necessidade de a
propriedade atender à sua função social (conforme artigo 5º, XXII e XXIII). Da
mesma forma, quando trata da ordem econômica e elege seus princípios, destaca a
propriedade privada e sucessivamente, a função social da propriedade (artigo 170, II
e III).

Assim, a ordem constitucional vigente agregou ao direito de propriedade o


dever jurídico de agir em prol do interesse coletivo. A função social, na visão
constitucionalista, é considerada um dever do proprietário e do possuidor de imóveis
urbanos e rurais para com a coletividade. Constitui uma obrigação de conferir ao
bem uma destinação econômica e dele extrair ao máximo seu potencial econômico.
Exceções ao direito de propriedade são feitas em relação à reforma agrária para
estimular o agricultor a cumprir com a função social da propriedade, nos termos do
artigo 186 da Constituição Federal:

Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade


rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de
exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

I - Aproveitamento racional e adequado;

II - Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e


preservação do meio ambiente;

III - observância das disposições que regulam as relações de


trabalho;

IV - Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e


dos trabalhadores.

Há autores que usam os termos “expropriação” e “desapropriação” como


sinônimos. Ambas são hipóteses em que um bem particular é forçadamente retirado
e transferido para o Poder Público. Entretanto, a Constituição Federal estabelece
regimes diferenciados para os institutos.

A expropriação é feita sem indenização, por autorização constitucional. Tem-


se, o confisco da propriedade privada, em razão da lesão a importantes valores
constitucionais. Trata-se de uma forma de sanção cabível nas hipóteses elencadas
no artigo 243 da Constituição Federal, com alteração trazida em razão da
valorização da função social da propriedade e dos compromissos que o Brasil
assumiu em relação ao combate à escravidão:

Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer


região do País onde forem localizadas culturas ilegais de
plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho
escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas
à reforma agrária e a programas de habitação popular,
sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo
de outras sanções previstas em lei, observado, no que
couber, o disposto no art. 5º.

Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor


econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho
escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com
destinação específica, na forma da lei.

A desapropriação, por sua vez, é a transferência unilateral e compulsória de


uma propriedade particular ao Poder Público, mediante indenização, nos casos de
necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, os quais são
pressupostos constitucionais da desapropriação. Nessa situação, a própria
Constituição Federal harmoniza no plano da norma, por meio da indenização, a
oposição de direitos e garantias fundamentais – o direito à propriedade e os
pressupostos constitucionais da desapropriação.

Art. 5º. XXIV. A lei estabelecerá o procedimento para


desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou
por interesse social, mediante justa e prévia indenização
em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta
Constituição;

O interesse social refere-se à desapropriação como parte de certos projetos


ou planos que o Estado desenvolve tendo em vista o bem comum. A hipótese que
mais se vê cotidianamente é a desapropriação para a reforma agrária. Aqui, há
vinculação direta entre o bem a ser desapropriado e um projeto a que o Poder
Público dá prosseguimento. Outro exemplo é a desapropriação para o
desenvolvimento de certas áreas específicas do território brasileiro, com a finalidade
de diminuir desigualdades.

Para que ocorra a desapropriação para fins de reforma agrária, deve ser
seguido o procedimento do artigo 184 da Constituição Federal, de acordo com o
qual “compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia
e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do
valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua
emissão, e cuja utilização será definida em lei”.

Note-se que há situações em que não se permite que a desapropriação seja


realizada em razão da reforma agrária. Isso ocorre porque, tendo a reforma agrária
a finalidade de fazer com que seja cumprida a função social das propriedades
rurais, não faria sentido desapropriar terras que já o fazem:

Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins


de reforma agrária:

I - a pequena e média propriedade rural, assim definida


em lei, desde que seu proprietário não possua outra;

II - a propriedade produtiva.

Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à


propriedade produtiva e fixará normas para o
cumprimento dos requisitos relativos a sua função social.

[1] O Supremo Tribunal Federal (STF), em 2008, ao interpretar o artigo 5º, § 2º, da
Constituição Federal, no julgamento de Recurso Extraordinário, consolidou o entendimento
de que os tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil têm status
normativo supralegal, ou seja, está hierarquicamente abaixo da Constituição Federal e
acima de outras leis. Acompanhando decisões recentes da Corte Interamericana de Direitos
Humanos, o STF tem entendido que deve ser atribuída aos tratados internacionais em
matéria ambiental o mesmo status e hierarquia normativa especial reconhecida para os
tratados internacionais de direitos humanos em geral.
Há duas formas de atuação da ecopolítica, a normativa e a analítica. A
primeira diz respeito a uma forma extremamente militante dessa prática e age
diretamente sobre os problemas a respeito dos recursos naturais. A luta da
ecopolítica normativa visa garantir a preservação do meio ambiente, promover
justiça social bem como a apropriação adequada de recursos naturais em reação ao
crescimento econômico global, também a preservação da natureza e o acesso das
futuras gerações ao meio ambiente e por fim, a ressignificação das relações entre
ser humano e o meio ambiente.

Em contrapartida, a ecologia política analítica é uma maneira acadêmica de


lidar com a ecopolítica. Atua investigando as relações de poder presentes em nossa
sociedade de forma a analisar teoricamente como se dá a apropriação dos recursos
naturais globais. Utiliza teorias, como a foucaultiana, para investigar as
hierarquizações da sociedade como um todo, visando desvendar como se dá e
porque ocorre a dominação dos recursos naturais por um grupo e não por outro, por
exemplo. Por mais que essa atuação não seja ligada diretamente às lutas e
protestos, ela é extremamente importante, pois investiga e dá a base ao qual os
militantes vão fazer uso para promover as mudanças necessárias para a melhoria
da qualidade de vida da sociedade.

Essa luta não só a favor do bem-estar ambiental, mas também do bem-estar


social é uma das características mais importantes das ações ecopolítica que
ocorrem por todo o planeta. Um exemplo importante não só para o bem-estar
ecológico, mas também o bem-estar mental dos cidadãos é a infraestrutura verde.
Pautada no desenvolvimento sustentável e uso consciente do meio natural, a
infraestrutura verde mescla elementos urbanos e modernos com o verde e calmaria
trazida pela natureza, uma das confecções mais usadas atualmente é o uso de uma
camada de plantas acima de telhados para diminuir a temperatura da casa, esse
revestimento também pode ser feito em paredes com o mesmo intuito. A
responsabilidade pelo estabelecimento dessas infraestruturas pode variar conforme
a região ou país, podendo ser de prefeituras, governos estaduais, organizações não
governamentais (ONGs) e até iniciativas privadas, com empresas investindo nesses
projetos.
Dentre alguns dos principais benefícios proporcionados pelo uso dessas
infraestruturas verdes estão: regulação dos microclimas, filtração da poluição do ar,
redução do risco de inundações, melhoria da qualidade de vida, redução do
escoamento pluvial, promoção de biodiversidade e, a longo prazo, o
desenvolvimento de cidades verdadeiramente sustentáveis. Esses benefícios
apontam e evidenciam como as infraestruturas verdes podem contribuir
significativamente para a sustentabilidade ambiental e a qualidade de vida nas
áreas urbanas e rurais.

Não só do uso de plantas na construção urbana é feita a infraestrutura verde


é feita, a palavra infraestrutura se refere a substituição de objetos e estruturas por
outras que promovam maior sustentabilidade, como por exemplo os pontos de
recarga de veículos elétricos, dessa forma o objetivo é substituir tudo o que for
possível por seu equivalente ecológico, ao invés de postos de gasolina, postos de
recarga de veículos elétricos, ao invés de usinas nucleares, parques eólicos.

Essa forma de construção e constituição do aparato social é extremamente


importante, sobretudo, em grandes cidades como São Paulo. Uma rua arborizada
além de trazer sombra e regular o microclima da região, também contribui para o
bem-estar mental da população que convive nesta região, isso acontece diante dos
conceitos já abordados aqui, mas também pela forma como o cérebro humano
percebe a cor verde. O comprimento de onda que reflete a luz verde tem
aproximadamente 550 nanômetros de tamanho, a cor verde se encontra bem no
meio do espectro de cores visíveis, isso implica que para nós humanos, a cor verde
é facilmente percebida quando nosso cérebro processa as imagens enviadas pela
retina, além de que assim como o azul, a visão e convivência com a cor verde nos
espaços cotidianos provoca um efeito relaxante, uma vez que o cérebro não terá de
se esforçar tanto para interpretar a informação presente na retina. Para além de
base fisiológica, os espaços verdes também contribuem para a socialização dos
indivíduos de uma mesma comunidade, por exemplo os parques e praças, esses
espaços ganham grande importância quando pensamos na possibilidade de
manutenção que esses espaços propiciam, por exemplo, um grupo de estudantes
combinam de se encontrar depois da escola em uma praça próxima.
Assim, a infraestrutura verde não só auxilia na manutenção e preservação
ambiental, mas também na melhora da qualidade de vida de uma comunidade, é
importante considerar a dimensão de benefícios que a adição e uso de
infraestruturas verdes trazem para a sociedade, se relacionando perfeitamente com
a psicologia e o tratamento terapêutico.
ANÁLISE E DISCUSSÃO

A respeito das formas de atuação da ecopolítica, é possível analisar e


perceber as particularidades do uso de cada uma das duas, normativa e analítica. É
nítido o maior impacto da ecologia política normativa em relação a analítica, uma
vez que essa atua diretamente sobre os problemas, enquanto a última está restrita a
espaços acadêmicos e, portanto, extremamente elitizados, e não alcança
justamente aqueles que sofrem com a exploração de recursos naturais.

Tendo isso em vista, movimentos como o MST, a reciclagem e a valorização


da cultura dos povos originários são apenas alguns exemplos que revelam essa
eficácia da ecopolítica normativa. Primeiramente, o MST, movimento que promove
justiça social para pessoas sem terra, ao montar acampamentos em terras
irregulares, isto é, que não cumprem sua função social, ressignifica essas
propriedades, na maioria das vezes desmatadas, criando agriculturas familiares,
bases de sustentação na dieta de muitos brasileiros. Sendo assim, os trabalhadores
rurais botam em xeque as relações de poder nas terras brasileiras, ao se
apropriarem de terras de grandes latifundiários e utilizarem esse terreno para uma
apropriação ecologicamente sustentável.

Ademais, a respeito da valorização das culturas indígenas, o exemplo da


terra preta de índio revela a importância dessa prática. A terra preta de índio é um
solo muito fértil situado na Amazônia, fruto do cultivo indígena ao longo dos séculos.
A maneira como alguns desses povos plantavam seus alimentos fez do solo
arenoso e pouco fértil da Amazônia uma terra rica em sais e nutrientes. Tendo isso
em vista, percebe-se como essas comunidades tradicionais têm controle e
conhecimento sobre a natureza, tornando essencial a ajuda deles no combate às
crises climáticas. Dessa forma, políticos devem incentivar políticas que valorizem a
cultura dos indígenas para que a sabedoria desses povos seja aplicada na luta
contra o aquecimento global e ao uso exacerbado de recursos naturais para o
comércio.
O incentivo à reciclagem na vida cotidiana das pessoas sempre foi e
sempre será uma política que promove uma vida mais ecologicamente sustentável.
Em nossa vida comum, consumimos quantidades consideráveis de plásticos e
combustíveis fósseis e, portanto, geramos um grande volume de resíduos. Para
isso, postos de reciclagem, produtos com baixa ou nenhuma quantidade de
polietileno, conscientização a respeito de como lidar com os diferentes resíduos,
descartes adequados de óleos vegetais e animais etc., devem ser medidas
incentivadas por ONGs, pelo governo e por pessoas de influência. O exemplo
utilizado na apresentação, da designer de móveis Jane Atfield exemplifica uma
ótima iniciativa de reciclagem, com a reutilização do polietileno de alta densidade.
Sendo assim, Jane coletou resíduos de pouca durabilidade, como garrafas, sacolas,
embalagens, e transformou em um produto de longa data, diminuindo a quantidade
de resíduos soltos e inutilizados.

Como uma ferramenta de aplicação da ecopolítica na prática, escolhemos


também trazer à discussão as infraestruturas verdes; estas são redes de espaços
naturais e seminaturais, estrategicamente planejadas e gerenciadas para fornecer
benefícios ecológicos, econômicos e sociais. Essas estruturas integram elementos
da natureza em ambientes urbanos e rurais, ajudando a reaproximar a natureza e,
assim, reduzir os impactos ambientais e melhorar a qualidade de vida.

Para trazer exemplos de infraestruturas verdes, é possível citar pontos de


abastecimento de veículos elétricos, telhados verdes, biovaletas, canteiros pluviais,
jardins de chuva, lagoas secas, muros vegetais, pavimentos porosos, ruas verdes e
o uso de árvores nas ruas para gerar sombra. Sendo essas estruturas
extremamente importantes para a melhora do ambiente ali situada, mas também no
bem-estar mental das pessoas que ali convivem.
CONCLUSÃO

Ao fim deste texto, podemos compreender a importância da ecopolítica na


manutenção da vida humana terrestre, esse tópico extremamente importante, vem
sendo tratado de forma periférica pelos governos globais e pela sociedade como um
todo. Podemos perceber a dimensão da importante mudança político social
necessária para evitar o colapso ambiental que cada vez mais se aproxima.

importante que nós nos tornemos sujeitos eco politizados, é preciso que
todos se envolvam e se engajem com a luta ecopolítica. As mudanças necessárias
para manter a vida humana na Terra precisam ser feitas, e essas mudanças só
serão feitas por meio da pressão popular, é preciso que a sociedade clame e mova
os governos mundiais para não só discutir as questões ambientais globais, mas
para que também tomem atitudes práticas para conter o aquecimento global e
devastação da fauna e flora global, para assim, manter viva a raça humana.
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