Sedimentogénese

Rochas
Diagénese
Sedimentares

Calor, Tensão
(Metamorfismo)
Meteorização
Erosão

Rochas
Rochas Metamórficas
Magmáticas

Fusão
Arrefecimento Magma
Consolidação

Manto
As rochas metamórficas resultam da transformação de rochas preexistentes
(sedimentares, magmáticas ou metamórficas), quando estas são submetidas a
metamorfismo.
▪ Processo geológico da dinâmica interna;
▪ As rochas pré-existentes sofrem adaptações mineraló-
gicas e texturais, quando sujeitas a condições diferentes
das que presidiram à sua formação (condições de
pressão e/ou temperatura superiores às que se verificaram
na sua formação)

▪ Estas adaptações ocorrem

no estado sólido.
 Deformações

Aumento da
temperatura e
Afundamento da pressão

Zonas de subducção Zonas de formação Zonas estáveis de litosfera

Pressão de cadeias continental antiga
(Kilobares) montanhosas
▪ As rochas metamórficas são o resultado de processos
muito lentos, que ocorrem no interior da crusta;

▪ Ocorre a profundidades entre os 10 e os 30 Km, a

temperaturas entre os 200ºC e os 800ºC e a
pressões compreendidas entre os 2,5Kb e os 12Kb,
em média;
▪ Associa-se a contextos tectónicos como as zonas de
subducção, nas cadeias orogénicas ou na
proximidade da instalação de um magma no seio de
rochas pré-existentes;
▪ Geralmente, num regime de deformação dúctil;
▪ Com frequência, as rochas apresentam-se dobradas.
▪ Tensão/ pressão/ forças – pode ser litostática ou não
litostática; induz modificações texturais
▪ Calor/temperatura – modifica a composição química e a
textura da rocha
▪ Fluidos circulantes – transformam por adição ou remoção
de componentes químicos, a composição das rochas
preexistentes – os protólitos.
▪ Tempo geológico
Nos processos metamórficos podem atuar duas forças:
 Tensões litostáticas ou confinantes;
 Tensões não litostáticas ou dirigidas.
▪ É o resultado do peso
das camadas rochosas
suprajacentes, em geral,
aplicada de igual modo
em todas as direções
(para profundidades superiores
a 3 km).
▪ Diminuição do volume da rocha;
▪ Os minerais (por redução do espaço) recombinam-se,
formando por recristalização novos minerais, mais
compatíveis com a elevada tensão litostática existente;

▪ Os minerais metamórficos são

mais densos;
▪ Não produz uma orientação
preferencial dos minerais
constituintes da rocha.
▪ As tensões não são iguais em todas as direções;
▪ São forças associadas aos movimentos tectónicos, que
podem ser:
- compressivas, distensivas ou de cisalhamento.
▪ Este tipo de tensão dirigida causa a deformação das
rochas e o alinhamento dos minerais – foliação.
Tensão litostática
Tensão não
Tensão não
litostática
litostática

▪ A textura das rochas metamórficas é determinada pelo

tamanho, forma e arranjo dos minerais.
▪ O metamorfismo verifica-se para temperaturas acima
dos 200ºC, existindo diversas fontes de calor:
- gradiente geotérmico (aumento da temperatura com
a profundidade);
- intrusões magmáticas (corpos magmáticos que
ascendem na crusta e se instalam nas rochas supra-
jacentes, sobreaquecendo-as).
▪ Por ação do calor, certos minerais podem tornar-se
instáveis e reagir com outros minerais, formando
combinações que são estáveis nas novas condições
– recristalização – estrutura cristalina diferente.
A – Rocha sedimentar B – Rocha metamórfica
 Quartzito

Arenito

X – Auréola Metamórfica

Rocha encaixante = Arenito Rocha metamórfica = Quartzito

▪ Os fluidos que circulam entre os minerais (ex. água
quente ou ácidos) dissolvem iões de certos minerais e
transportam-nos para outros locais, onde podem vir a
reagir com minerais diferentes  Formação de
minerais metamórficos.

Ex.: Fontes hidrotermais nos

fundos oceânicos.
Intrusão de um magma granítico, rico em sílica, em rochas calcárias

 Se existir água, esta aquece e pode dissolver parte da sílica do

granito. A sílica em solução, ao atravessar o calcário, reage com
os seus minerais, introduzindo-se na sua estrutura cristalina, o
que origina novos minerais.
▪ Todos os fenómenos relacionados com o metamorfismo
são muito lentos, logo ocorrem ao longo de um
grande período de tempo.
▪ Os minerais das rochas são estáveis, mas quando
sujeitos a metamorfismo (T e P) tornam-se instáveis.

▪ Reorganizam-se e formam, por recristalização, novas

associações mineralógicas e texturais, compatíveis
com as condições termodinâmicas do novo ambiente.

P1+T1 – Minerais A e B estáveis P2+T2 – Mineral A estável P2+T2 – Minerais A e C estáveis

Mineral B instável
 As transformações mineralógicas ocorridas por
recristalização podem resultar da:
 alteração da estrutura cristalina do mineral, sem
variação da composição química;

 alteração da composição química dos minerais, por

circulação de fluidos;

 instabilidade entre dois ou mais minerais, que leva à

formação de novos minerais, sem que haja variação na
composição química global da rocha.
▪ Minerais comuns às rochas ígneas: por exemplo o
quartzo e os feldspatos.

▪ Minerais comuns às rochas sedimentares: por exemplo

a calcite e a dolomite.

▪ Minerais exclusivos das rochas metamórficas

(formados em condições de P e T bem definidas,
variáveis apenas dentro de limites muito restritos):

andaluzite, cianite, silimanite, estaurolite,

epídoto, granada, clorite, entre outros.
 Silimanite

Andaluzite

Cianite ou distena
▪ Os minerais exclusivos de ambientes metamórficos
denominam-se minerais-índice:
são usados para caracterizar as condições de
temperatura e pressão a que as rochas que os
contêm se formaram.

Profundidade (km)
Pressão (kilobar)

Temperatura (0c)
• Andaluzite – forma-se em condições de P e T relativamente baixas.
• Cianite – forma-se a P muito elevadas.
• Silimanite – forma-se a T muito elevadas.
▪ A composição da andaluzite, cianite e silimanite
é idêntica (Al2SiO5), mas apresentam diferentes
estruturas cristalinas.

Andaluzite Cianite

Silimanite
▪ Com base na análise dos minerais-índice pode-se
estabelecer o grau de metamorfismo:

- baixo grau, se apresentar os

minerais de clorite e andaluzite.
- médio grau, se apresentar os
minerais de granada, cianite e
estaurolite.
- alto grau, se apresentar os
minerais de silimanite.
▪ Critério utilizado: a extensão da área atingida por um
ou mais fatores de metamorfismo.
▪ Ocorre em zonas restritas da crusta terrestre, associadas
a intrusões magmáticas, onde se instalam elevadas
temperaturas, sendo as pressões relativamente baixas.
▪ O calor da intrusão magmática vai propagar-se às
rochas encaixantes, alterando os minerais existentes
nessas rochas.
▪ As rochas metamórficas formadas apresentam, habitual-
mente recristalização, como resposta ao aumento de
temperatura.

▪ As rochas adjacentes à
intrusão magmática,
formam uma auréola
metamórfica.
▪ A espessura e o grau de metamorfismo da auréola
metamórfica dependem da:
- temperatura do magma;
- dimensão da intrusão;
- profundidade a que esta ocorre.

▪ Nas auréolas metamórficas, o

grau de metamorfismo diminui com
o aumento da distância à intrusão
magmática.
▪ Os fatores determinantes deste tipo de metamorfismo
são a temperatura elevada, os fluidos circulantes e o
tipo de rocha encaixante;
▪ As rochas originadas não apresentam foliação.

Argilito

Ardósia

Argilito

Calcário Mármore
Arenito Quartzito
Argilito Corneana
 ROCHA ROCHA
ENCAIXANTE METAMÓRFICA

MÁRMORE
CALCÁRIO
CORNEANAS

ARGILITO CORNEANAS

ARENITO QUARTZITO
▪ Metamorfismo termodinâmico que afeta áreas extensas;
▪ Tem lugar a profundidades onde atuam temperaturas e
tensões elevadas, geralmente associadas a fenómenos
tectónicos.
▪ Associado a zonas de convergência de placas, onde se
verificam altas temperaturas e pressões moderadas a
altas: génese de montanhas (A), arcos de ilhas
vulcânicos (B) e cordilheiras vulcânicas (C).

Colisão de placas Subducção entre duas Colisão entre uma

continentais placas oceânicas placa oceânica e uma
continental
▪ As rochas formadas apresentam foliação, como resultado
da atuação de tensões dirigidas, durante a recristalização.

TEMPERATURA E PRESSÃO

Ardósia Filito Micaxisto Gnaisse

Clivagem ardosífera Xistosidade Bandado

gnáissico
 O grau de metamorfismo pode ser determinado
através da observação da textura da rocha:

▪ A textura da rocha metamórfica é determinada pelo

tamanho, forma e arranjo dos seus minerais;
▪ Desenvolve-se em função do crescimento dos
minerais e da deformação;
▪ Analisa-se ao nível da granularidade e do tipo de
foliação.
▪ Granularidade: é maior quanto maior for o grau de
metamorfismo.

A rocha apresenta minerais granulares sem orientação.

▪ Foliação: corresponde a estruturas planares, resultantes
do alinhamento paralelo de certos minerais, por ação de
tensões não litostáticas, durante os processos
metamórficos.

Filito – foliação e granularidade fina

 ESTRUTURA PLANAR

Alinhamento preferencial Orientação de novos

de certos minerais pré- minerais, formados
existentes. Ex.: micas. durante o processo de
recristalização.

FOLIAÇÃO
• Clivagem Ardosífera ou xistenta

• Xistosidade

• Bandado Gnáissico
 Metamorfismo
regional

Xistosidade
Bandado
Gnáissico
▪ Foliação definida pela orientação preferencial de
minerais, em rochas de granularidade fina.
Ex.: minerais de argila e micas.

Rochas de metamorfismo de baixo grau.

▪ As rochas dividem-se facilmente em “folhas” ou “lâminas”
finas, mais ou menos paralelas, sendo lisas ao tato e de
aspeto baço.

Ardósias
▪ Foliação resultante da orientação paralela de minerais
tabulares (ex. maior desenvolvimento de micas), em rochas
metamórficas de granularidade média-alta.

Micaxistos

Rochas de metamorfismo de médio grau.

▪ As rochas dividem-se segundo superfícies lisas a
ligeiramente onduladas, de aspeto brilhante.

Xistos
ou
Micaxistos
▪ Foliação gerada por diferenciação em bandas alternadas
(minerais de cor clara e de cor escura), resultantes de
tensões dirigidas, em rochas de granularidade média-
alta.

Banda clara
Ex. quartzo e Banda escura
feldspato Ex. Biotite

Rochas de metamorfismo de alto grau.

Gnaisse
Clivagem Ardosífera Xistosidade Bandado Gnáissico
As rochas dividem-se facil- As rochas dividem-se As rochas apresentam
mente, ao longo de planos segundo superfícies lisas alternância de bandas de
paralelos, em folhas finas e brilhantes. cor clara e de cor escura.
e baças.
Resulta do alinhamento de Resulta do alinhamento e Formação de minerais de
minerais tabulares (ex. crescimento de minerais granularidade elevada,
micas) em rochas de tabulares em rochas de que são segregados em
granularidade fina. granularidade média ou camadas.
alta.
Textura característica do Textura característica do Textura característica do
metamorfismo de baixo metamorfismo de grau metamorfismo de alto
grau. intermédio. grau.

ARDÓSIA, FILITO MICAXISTO GNAISSE

▪ Critério utilizado: foliação.

Textura das rochas

metamórficas

Não foliada ou
Foliada
granoblástica

Corneana Quartzito Mármore Xisto Filito Gnaisse

argiloso
Micaxisto
Ardósia
 Rochas Metamórficas

TEXTURA
NÃO
FOLIADA
(associadas, a
maioria das
vezes, ao
metamorfismo
de contacto)
▪ CORNEANA
 Rocha de grão fino, escura, muito dura e densa;
 Surge em auréolas de metamorfismo;
 Rocha-mãe: argilito e outros tipos de rochas em
contacto com uma intrusão magmática.
▪ QUARTZITO
 Rocha formada por grãos de quartzo recristalizados;
 Apresenta grão médio e brilho vítreo;
 Rocha-mãe: arenito.
▪ MÁRMORE
 Rocha densa, formada por cristais de calcite de grandes
dimensões;
 Rocha-mãe: calcário.
 Assynt, NW Scotland

MÁRMORE
 Rochas Metamórficas

TEXTURA
FOLIADA

(surgem durante
o metamorfismo
regional)
▪ XISTO ARGILOSO
 Rocha de grão muito fino e foliação pouco acentuada;
 Baixo grau de metamorfismo;
 Rocha-mãe: argilito.
▪ ARDÓSIA
 Rocha de grão fino, geralmente escura, com clivagem
ardosífera;
 Baixo grau de metamorfismo;
 Rocha-mãe: argilito.
▪ FILITO
 Rocha de grão fino, constituída por abundantes
minerais de mica, que dão brilho aos planos de foliação;
 Grau intermédio de metamorfismo;
 Rocha-mãe: argilito.
▪ MICAXISTO ou XISTO
 Rocha de grão grosseiro, foliação acentuada e brilhante
– xistosidade;
 Grau intermédio de metamorfismo;
 Rocha-mãe: argilito, filito, ardósia ou granito.
Eastern Alps, Austria XISTOS
▪ GNAISSE
 Rocha de granularidade elevada, constituída por
quartzo, feldspato e minerais máficos que alternam,
formando o bandado gnáissico;
 Alto grau de metamorfismo;
 Rocha-mãe: argilito ou granito.
NW Scotland

GNAISSES

Namaqualand, South Africa