Plano Seguranca Barragens

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 80

PAEBM

PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA


PARA BARRAGENS DE MINERAÇÃO

SEÇÃO I

BARRAGEM SERRA AZUL


MINA SERRA AZUL
ArcelorMittal

MS-2029-PAE-RT-1096

Novembro/2021
Relatório Técnico da Seção I do PAEBM
Itatiaiuçu/MG
Nº Tetra Tech: 21600-SRAZ-ITG-RL003-0
Nº ArcelorMittal Brasil: MS-2029-PAE-RT-1096

Novembro/2021

APRESENTADO PARA APRESENTADO POR

ArcelorMittal Brasil Tetra Tech


https://brasil.arcelormittal.com/ Belo Horizonte – BH
www.tetratech.com

Tipos de Emissão
EI – Emissão Inicial PC – Para Comentários EF – Emissão Final CA – Cancelado PI – Para Informação

Tipo de
Revisão Descrição Data
Emissão
A EI Emissão inicial 25/10/2021
B PC Atendimento a comentários 05/11/2021
0 EF Emissão final 08/11/2021

Responsáveis pelo Relatório

Elaborador Verificador Aprovador

DPI ADU GLC


A Tetra Tech é responsável pelo conteúdo deste relatório, incluindo: tecnologias, metodologias,
especificações técnicas, desenhos, figuras, cópias, diagramas, fórmulas, modelos, amostras e fluxogramas.

A utilização deste material deverá ser compatível com o escopo do projeto/trabalho contratado, fazendo-se
expressa menção ao nome da Tetra Tech como autora do estudo. Da mesma forma, quando a equipe técnica
da Tetra Tech for incorporada na equipe técnica da empresa contratante, esta deverá ser mencionada, e
referenciada, como: “consultores da Tetra Tech”. Qualquer dúvida ou alteração desta conduta deverá ser
discutida entre o cliente e a Tetra Tech.
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

ÍNDICE
Página

1. APRESENTAÇÃO E OBJETIVOS .......................................................................................... 9

2. IDENTIFICAÇÃO E CONTATOS DO PAEBM ....................................................................... 11

3. DESCRIÇÃO GERAL DA BARRAGEM ................................................................................ 12


3.1. DESCRIÇÃO DO ACESSO ............................................................................................... 13
3.2. DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE MONITORAMENTO DA ESTRUTURA ........................... 15

4. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PREVENTIVOS E CORRETIVOS ........................... 17


4.1. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PREVENTIVOS .................................................. 17
4.1.1. Inspeções de Segurança Regular (ISRs) e Especial (ISEs) ..................................... 17

4.1.2. Monitoramento (Leituras e Análise da Instrumentação) ........................................... 18

4.1.3. Manutenção ............................................................................................................. 18

4.1.4. Atividades do Centro de Monitoramento .................................................................. 19

4.2. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS CORRETIVOS .................................................... 20

5. DETECÇÃO, AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA


(NÍVEIS 1, 2 E 3) .......................................................................................................................... 25
5.1. DETECÇÃO E AVALIAÇÃO DE UMA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA .............................. 25
5.2. CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE EMERGÊNCIA .......................................................... 27
5.3. ENCERRAMENTO DOS NÍVEIS DE EMERGÊNCIA ........................................................ 33

6. AÇÕES ESPERADAS PARA CADA NÍVEL DE EMERGÊNCIA ........................................... 34

7. PROCEDIMENTOS DE NOTIFICAÇÃO E SISTEMA DE ALERTA ....................................... 43


7.1. ESTRATÉGIA DE ACIONAMENTO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS ...................................... 43
7.2. ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO NA ZAS .................................................................... 44
7.2.1. Descrição do Sistema de Sirenes ............................................................................ 44

8. SÍNTESE DO ESTUDO DE INUNDAÇÃO ............................................................................. 47


8.1. ESTUDOS HIDROLÓGICOS ............................................................................................ 48
8.2. DEFINIÇÃO DO MODO DE FALHA E GERAÇÃO DO HIDROGRAMA DE RUPTURA ..... 48
4
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

8.3. PROPAGAÇÃO E MAPEAMENTO DA ONDA DE RUPTURA NO VALE A JUSANTE ...... 49

9. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA POTENCIALMENTE AFETADA ........................................ 51


9.1. LOCALIZAÇÃO SOCIOTERRITORIAL E POTENCIAIS INTERFERÊNCIAS .................... 51
9.2. PESSOAS E EDIFICAÇÕES INSERIDAS NA ZAS ........................................................... 53

10. RECURSOS MATERIAIS E LOGÍSTICOS DISPONÍVEIS PARA USO EM SITUAÇÃO DE


EMERGÊNCIA ............................................................................................................................. 54

11. RESPONSABILIDADES DURANTE A EMERGÊNCIA ..................................................... 55


11.1. RESPONSABILIDADES DA ARCELORMITTAL BRASIL COMO EMPREENDEDOR
DURANTE A EMERGÊNCIA ........................................................................................................ 55
11.1.1. Gerência Geral de Tecnologia Mineração (CTO) ................................................. 57

11.1.2. Direção Geral Mineração ..................................................................................... 57

11.2. RESPONSABILIDADES DO COORDENADOR DO PAEBM DURANTE A EMERGÊNCIA


57
11.3. RESPONSABILIDADES DA EQUIPE TÉCNICA ENVOLVIDA NO FLUXO DE AÇÕES DO
PAEBM DURANTE A EMERGÊNCIA ........................................................................................... 58
11.3.1. Saúde e Segurança.............................................................................................. 58

11.3.2. Comunicação ....................................................................................................... 59

11.3.3. Meio Ambiente ..................................................................................................... 59

11.3.4. Centro de Monitoramento ..................................................................................... 60

11.3.5. Geotecnia............................................................................................................. 60

11.3.6. Projetos ................................................................................................................ 60

11.3.7. Jurídico ................................................................................................................ 61

11.4. RESPONSABILIDADES DA DEFESA CIVIL DURANTE A EMERGÊNCIA ....................... 61

12. APÊNDICES ...................................................................................................................... 62

5
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

LISTA DE APÊNDICES E/OU ANEXOS

Apêndice 12.1 Formulário de Declaração de Início de Emergência


Apêndice 12.2 Formulário de Declaração de Encerramento de Emergência
Apêndice 12.3 Formulário de Notificação
Apêndice 12.4 Modelo de Ofício para Protocolo de Recebimento do PAEBM
Apêndice 12.5 Relatório de Causas e Consequências do Evento de Nível de Emergência
3
Apêndice 12.6 Ficha de Emergência – Galgamento
Apêndice 12.7 Ficha de Emergência – Erosão Interna ou Piping
Apêndice 12.8 Ficha de Emergência – Instabilização
Anexo A Identificação dos Contatos do PAEBM
Anexo B Autoridades Públicas que Receberam o PAEBM
Anexo C Plano de Treinamento do PAEBM
Anexo D Registros dos Treinamentos do PAEBM
SEÇÃO II Capítulo I - Ações de Proteção e Defesa Civil
Capítulo II - Plano de Abastecimento de Água Potável
SEÇÃO III Plano de Proteção e Mitigação de Impactos ao Meio Ambiente
SEÇÃO IV Plano de Ação para Salvaguarda do Patrimônio Cultural
SEÇÃO V Plano de Ação para a Preservação e Salvaguarda dos Animais de
Produção

6
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

TABELAS

Tabela 1.1 – Controle de revisões de documentos protocolados. ................................................... 9


Tabela 3.1 – Dados gerais da Barragem Serra Azul. .................................................................... 12
Tabela 3.2 – Instrumentação instalada na Barragem Serra Azul. ................................................. 15
Tabela 4.1 – Anomalias que podem originar situações de emergência na Barragem Serra Azul. . 21
Tabela 5.1 – Causas e evidências associadas aos modos de falha possíveis de ocorrer na
Barragem Serra Azul. ................................................................................................................... 26
Tabela 5.2 – Causas e gatilhos associados ao modo de falha liquefação, possíveis de ocorrer na
Barragem Serra Azul. ................................................................................................................... 27
Tabela 5.3 – Níveis de Segurança. ............................................................................................... 27
Tabela 5.4 – Critérios para auxiliar a classificação do Nível de Emergência 1. ............................. 28
Tabela 5.5 – Critérios para auxiliar a classificação do Nível de Emergência 2. ............................. 29
Tabela 5.6 – Critérios para auxiliar a classificação do Nível de Emergência 3. ............................. 30
Tabela 5.7 – Critérios para monitoramento e classificação de emergência da Barragem Serra Azul.
..................................................................................................................................................... 31
Tabela 6.1 – Ações de notificação e resposta esperadas para o Nível de Emergência 1. ............ 38
Tabela 6.2 – Ações de notificação e resposta esperadas para o Nível de Emergência 2. ............ 39
Tabela 6.3 – Ações de notificação e resposta esperadas para o Nível de Emergência 3. ............ 40
Tabela 7.1 – Estratégia de notificação dos órgãos públicos. ........................................................ 43
Tabela 7.2 – Mecanismos de comunicação na ZAS em caso de emergência. .............................. 44
Tabela 7.3 – Coordenadas das sirenes que compõem o sistema de alerta/alarme da Barragem
Serra Azul. .................................................................................................................................... 44
Tabela 8.1 – Mapas de inundação (Seção II). .............................................................................. 50
Tabela 9.1 – Municípios atingidos pela mancha de inundação e principais cursos de água
impactados. .................................................................................................................................. 51
Tabela 9.2 – Interferências mapeadas no vale a jusante até o critério de parada da inundação... 52
Tabela 9.3 – Síntese da caracterização socioterritorial da mancha de inundação. ....................... 53
Tabela 10.1 – Equipamentos e recursos materiais disponíveis e sua localização......................... 54

FIGURAS

Figura 5.1 – Fluxograma de detecção de situação de emergência. .............................................. 25


Figura 6.1 – Fluxograma de Notificação e Ações de Resposta para Nível de Emergência 1. ....... 35
Figura 6.2 – Fluxograma de Notificação e Ações de Resposta para Nível de Emergência 2. ....... 36

7
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

Figura 6.3 – Fluxograma de Notificação e Ações de Resposta para Nível de Emergência 3. ....... 37
Figura 7.1 – Vista aérea da locação da chave de corda para acionamento redundante. .............. 45
Figura 7.2 – Fluxograma para acionamento de sirene.................................................................. 46
Figura 8.1 – Principais etapas do Estudo de Ruptura Hipotética. ................................................. 47
Figura 8.2 – Volume potencialmente mobilizável.......................................................................... 48
Figura 8.3 – Esquema representativo de ruptura por liquefação. ................................................ 49

IMAGENS

Imagem 4.1 – Centro de Monitoramento da Barragem Serra Azul. .............................................. 19


Imagem 7.1 – Caixa de ancoragem da chave de corda nas ombreiras da Barragem Serra Azul.. 45

8
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

1. APRESENTAÇÃO E OBJETIVOS
Neste documento será apresentado o Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração
(PAEBM) referente à Barragem Serra Azul, de propriedade da ArcelorMittal Brasil, localizada
município de Itatiaiuçu, no Estado de Minas Gerais.

O trabalho realizado envolve a elaboração deste documento em atendimento à Lei Federal n°


12.334, de setembro de 2010, à Portaria ANM n° 70.389, de maio de 2017, à Lei Estadual (MG) n°
23.291, de fevereiro de 2019, e ao Decreto Estadual (MG) nº 48.078, de novembro de 2020.
Considera-se, portanto, que as versões protocoladas anteriormente estão canceladas e
substituídas pelo presente documento (Tabela 1.1).

Tabela 1.1 – Controle de revisões de documentos protocolados.

CONTROLE DE REVISÕES DE DOCUMENTOS PROTOCOLADOS


Versão do
Documento Data de Emissão Histórico das Revisões Status
para Protocolo
0 Novembro/2010 Documento inicial Substituído
1 Não informado Não informado Substituído
2 Não informado Não informado Substituído
3 Não informado Não informado Substituído
4 Não informado Não informado Substituído
5 Não informado Não informado Substituído
6 Maio/2020 Não informado Substituído
7 Junho/2020 Não informado Substituído
8 Dezembro/2020 Não informado Substituído
9 Novembro/2021 Atualização segundo legislação vigente Válido

O Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (Volume V do Plano de Segurança


de Barragem) tem por objetivo prever medidas com vistas a MINIMIZAR O RISCO DE PERDAS
DE VIDAS HUMANAS E ANIMAIS, MINIMIZAR O RISCO DE IMPACTOS AMBIENTAIS E AO
PATRIMÔNIO SOCIOCULTURAL. Dentre as ações propostas no plano para atingir o objetivo
principal é possível destacar:
• Identificação e classificação de situações que possam pôr em risco a integridade da
barragem;

9
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

• Definição de ações preventivas e corretivas para assegurar a segurança da barragem;


• Fluxo de comunicação com os diversos agentes envolvidos;
• Meios de alertar a população possivelmente atingida pela mancha de inundação;
• Medidas para resgatar pessoas e animais atingidos;
• Ações para mitigação de impactos ambientais;
• Medidas para assegurar o abastecimento de água potável às comunidades afetadas;
• Ações de resgate e salvaguarda do patrimônio cultural.

10
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

2. IDENTIFICAÇÃO E CONTATOS DO PAEBM


Em caso de situação de emergência deverão ser notificadas as equipes internas da ArcelorMittal
Brasil que possuem atuação no PAEBM, assim como os agentes externos que fazem parte do fluxo
de notificação de emergência.

Os agentes externos envolvem empresas terceirizadas, órgãos públicos das esferas nacional,
estadual e municipal e empresas responsáveis por estruturas localizadas à jusante da Barragem
Serra Azul que possam potencializar os danos socioambientais já causados por uma eventual
ruptura da barragem.

Os contatos de emergência dos representantes (titulares e suplentes) a serem notificados são


listados no ANEXO A – Identificação dos Contatos do PAEBM.

O acionamento dos agentes internos e externos ocorrerá por meio de contatos telefônicos e
radiocomunicação. Dessa forma, a verificação e atualização dos contatos e telefones constantes
no ANEXO A deverão ser realizadas periodicamente e sempre que houver mudanças no PAEBM.
Estas ações estão sob responsabilidade da empresa ArcelorMittal Brasil.

11
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

3. DESCRIÇÃO GERAL DA BARRAGEM


A Barragem Serra Azul está inserida no município de Itatiaiuçu/MG, na Mina Serra Azul,
administrada pela empresa ArcelorMittal Brasil. As principais características dessa estrutura estão
listadas na Tabela 3.1.

Tabela 3.1 – Dados gerais da Barragem Serra Azul.

DADOS GERAIS
Nome da estrutura Barragem Serra Azul
Empreendedor ArcelorMittal Brasil S.A.
CNPJ 17.469.701/0150-18
Rodovia MG-431, km 10 – Fazenda Pacheco - Zona
Endereço – sede administrativa
Rural – Itatiaiuçu/MG
Mina Mina Serra Azul
Município / UF Itatiaiuçu/MG
Coordenadas de localização (m)1 20°08'15.3"S e 44°23'46.2"W
Finalidade Disposição de rejeitos
Situação operacional Paralisada
Início de operação Década de 80
Final da operação Paralisada desde outubro de 2012
Materiais armazenados Rejeito fino de minério de ferro
Classe dos resíduos (ABNT/NBR
Classe II A (não perigosos, não inertes)
10.004)
Metodologia construtiva Montante
Rejeito, Terra / Enrocamento, Enrocamento (cadastrado
Seção típica
no SIGBM)
Altura da barragem (m) 89,00
Volume do reservatório (m³)2 5.250.000,00
Bacia hidrográfica Rio Paraopeba
Curso d’água barrado Córrego Mota e Rio Veloso
Dano Potencial Associado 3 Alto
Nível de emergência NE-2

1 Coordenadas em SIRGAS2000.
2 Volume do lago referente ao NA Normal + volume de material (sólidos) submerso + volume de material
(sólidos) emerso.
3 Classificação conforme a Resolução n° 143, de 10 de julho de 2012 do Conselho Nacional de Recursos

Hídricos (CNRH).
12
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

DADOS GERAIS
O sistema extravasor da barragem é composto por uma
galeria de encosta, com torres extravasoras, servidas
por stop-logs, conectada a uma galeria de fundo, que
Sistema extravasor
descarrega a vazão captada no terreno natural,
recoberto com canga, e daí para a drenagem natural,
fluindo no sentido do Córrego Mota.

3.1. DESCRIÇÃO DO ACESSO


A Barragem de Rejeitos da Mina Serra Azul está localizada a aproximadamente 73 km de Belo
Horizonte/MG, no município de Itatiaiuçu/MG. O acesso à estrutura pode ser realizado através da
BR-381, seguindo por 55 km até o Km 533. A partir desse ponto, pegue a saída à direita. Na 1ª
rotatória pegue a 1ª saída e na 2ª rotatória, a 2ª saída. A partir desse ponto, siga até a entrada da
barragem.

13
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

14
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

3.2. DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE MONITORAMENTO DA ESTRUTURA


Os dispositivos de instrumentação e monitoramento utilizados na Barragem Serra Azul, ou nas
proximidades, são apresentados na Tabela 3.2.

Tabela 3.2 – Instrumentação instalada na Barragem Serra Azul.

INSTRUMENTAÇÃO
Instrumento Quantidade Tipo de leitura
27 Manual
Piezômetro tipo Casagrande
27 Automática
16 Manual
Indicador de Nível d’Água
18 Automática
1 Manual
Medidor de vazão
2 Automática
Pluviômetro 1 Automática
Marco topográfico superficial 49 Manual
Radar Ibis FM 1 Automática
Radar Doppler 1 Automática
Geofone (monitoramento sísmico) 14 Automática
Chave de Corda (redundância radar Doppler) 1 Automática

A barragem possui instrumentos com leituras manuais, lidos com periodicidade mínima quinzenal
e instrumentos com leituras automáticas. As leituras automáticas dos instrumentos convencionais
e tecnologias remotas são realizadas com frequência definida conforme tipo de instrumento e
avaliação da área responsável e/ou critérios da projetista.

As leituras manuais e automáticas dos instrumentos instalados na Barragem Serra Azul são
armazenadas nos sistemas TSF Monitoramento e PASE Hidrometria e são acompanhadas pelo
Centro de Monitoramento, que realiza análise e interpretação dos dados de instrumentação em
conjunto com a equipe de Geotecnia.

Além disso, a barragem possuem monitoramento 24h por meio de câmeras de vídeo vigilância
instaladas nas adjacências da estrutura, com avaliação remota através do Centro de
Monitoramento.

15
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

As informações sobre cada tipo de instrumento, localização e registros de monitoramento estão


disponíveis no Plano de Segurança da Barragem (PSB) e a descrição das atividades do Centro de
Monitoramento é apresentada no item 4.1.4.

16
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

4. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PREVENTIVOS E CORRETIVOS


4.1. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PREVENTIVOS
Os procedimentos preventivos têm como finalidade garantir a integridade da estrutura e a
manutenção do nível aceitável das suas condições de segurança, de modo a evitar situações que
ponham em risco a barragem e a área a jusante. Estes procedimentos fazem parte do Sistema de
Gestão de Segurança da ArcelorMittal Brasil. Em linhas gerais, os procedimentos preventivos
consistem nos itens mencionados a seguir.

4.1.1. Inspeções de Segurança Regular (ISRs) e Especial (ISEs)


As Inspeções de Segurança Regular (ISRs) são atividades essenciais para avaliação do estado de
segurança da estrutura, uma vez que permitem detectar visualmente anomalias, deficiências
operacionais dos elementos que as compõem e/ou outras condições que possam vir a comprometer
a estabilidade.

As ISRs são realizadas com frequência mínima quinzenal pelas equipes de Geotecnia e do Centro
de Monitoramento por meio de visualizações de campo de todos os componentes da estrutura,
buscando identificar problemas instalados ou passíveis de ocorrerem, com o respectivo registro em
Ficha de Inspeção Regular. Para maiores informações, consultar o Manual de Operação da
Barragem de Rejeitos (AC06-MO-01-Rev0).

As ISRs são realizadas com o apoio de drone para captura de fotos de pontos importantes e de
anomalias que possam surgir e afetar o estado de segurança da barragem. Para maiores
informações, consultar o Procedimento Operacional de Operação do Drone (PO-SA.GST.06).

Em caso de identificação de alguma anomalia, é realizado o registro na ficha de inspeção. O


Engenheiro Geotécnico avalia a anomalia e determina sua severidade. Caso sejam constatadas
anomalias com pontuação máxima de 10 (dez) pontos no Estado de Conservação da Matriz de
Categoria de Risco, da Portaria ANM nº 70.389/2017, ou qualquer outra situação com potencial de
comprometimento da estrutura, dá-se início a uma situação de emergência com a execução das
ações previstas neste PAEBM, bem como a realização de Inspeção de Segurança Especial (ISE).

A Barragem Serra Azul encontra-se em Nível de Emergência NE-2, por isso atualmente estão
sendo realizadas ISEs com frequência diária por meio de sobrevoos de drone e presencialmente,
conforme necessidade. Os registos das inspeções de segurança são inseridos pela equipe da
ArcelorMittal Brasil no sistema TSF Monitoramento, que permite o armazenamento de todos os

17
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

arquivos técnicos da estrutura, o monitoramento da instrumentação e acompanhamento dos planos


de ação da estrutura.

4.1.2. Monitoramento (Leituras e Análise da Instrumentação)


O monitoramento da estrutura ocorre através do acompanhamento das leituras de instrumentação
e desempenha um papel fundamental na avaliação de seu comportamento.

Os dados das instrumentações são armazenados no sistema TSF Monitoramento para análise e
interpretação, tendo como objetivo correlacionar as leituras dos instrumentos com os níveis de
controle e detectar condições insatisfatórias na estrutura e/ou sua evolução, que não foram
possíveis de serem observadas pela inspeção visual, complementando as ISRs e ISEs.

No caso dos instrumentos de controle hídrico automatizados (indicadores de nível d’água,


piezômetros, medidores de vazão e pluviômetros), as leituras são armazenadas no sistema da
PASE Hidrometria. Esse servidor permite a verificação do histórico de leituras de cada instrumento,
além de verificação de nível de coluna d’agua e coluna seca, gráficos e informações básicas de
cada instrumento, certificado de calibração e manutenções.

A relação dos instrumentos monitorados para a Barragem Serra Azul e a frequência da leitura da
instrumentação são descritas no item 3.2 deste documento.

O monitoramento da estrutura também conta com câmeras de vídeo instaladas nas adjacências da
barragem, com avaliação remota através do Centro de Monitoramento.

4.1.3. Manutenção
A manutenção da Barragem Serra Azul é dividida em três tipos: de rotina, preventiva e corretiva. A
manutenção de rotina engloba atividades previstas no plano de manutenção, que devem atender a
periodicidade indicada nos procedimentos internos, e ocorrências identificadas pelo Centro de
Monitoramento por meio das inspeções de segurança. As manutenções rotineiras são realizadas
diariamente pelos funcionários da empresa subcontratada Manserv, que realizam as atividades de
poda, limpeza de drenagem, entre outras. A calibração de instrumentação é realizada pela empresa
PASE Hidrometria.

A manutenção preventiva contempla medidas apresentadas mediante alertas climáticos ou


conforme plano de manutenção preventiva dos sistemas automatizados. As manutenções

18
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

preventivas envolvem empresas subcontratadas que realizam manutenção nos instrumentos


automatizados para controle hídrico, nos radares IBIS e GroundProbe, nos sismógrafos, nas
câmeras de vídeo vigilância e nas sirenes.

A necessidade da manutenção corretiva é identificada nas inspeções pela equipe do Centro de


Monitoramento ou através da indisponibilidade de algum equipamento do sistema de
monitoramento.

Devido à condição de segurança da Barragem Serra Azul, o acesso à ZAS está sendo controlado
por portaria automatizada, devendo ser realizado conforme o Procedimento Operacional de Acesso
à ZAS pela Portaria Automatizada (PO.SA.GST.13).

4.1.4. Atividades do Centro de Monitoramento


O Centro de Monitoramento compreende as instalações de onde a ArcelorMittal Brasil monitora,
em tempo real e permanentemente, as condições da Barragem Serra Azul.

O Centro é formado por uma equipe de profissionais capacitados e de inteira prontidão, em regime
de 24h por dia, 7 dias por semana, onde são realizados acompanhamentos das imagens das
câmeras de vídeo vigilância, que monitoram a estrutura em tempo real. A Imagem 4.1 apresenta o
Centro de Monitoramento da Barragem Serra Azul.

Imagem 4.1 – Centro de Monitoramento da Barragem Serra Azul.

Fonte: ArcelorMittal Brasil (2021).

19
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

A equipe do Centro de Monitoramento é responsável por realizar inspeções diariamente na


Barragem Serra Azul e por emitir relatórios técnicos com apoio de geotécnicos e de consultores.

O Centro de Monitoramento realiza o acompanhamento das leituras da instrumentação instalada


na barragem por meio dos sistemas TSF Monitoramento e PASE Hidrometria. A análise das leituras
da instrumentação é realizada inicialmente pela equipe técnica do Centro de Monitoramento por
meio de coleta e filtragem de dados. Após primeira análise, caso seja observada alguma situação
crítica nas leituras, a equipe de Geotecnia é acionada para realizar avaliação e interpretação final.
O Centro de Monitoramento também é responsável por realizar o controle dos funcionários que
acessam a ZAS em tempo real através dos aplicativos Z-TRAX e HOME PAGE GPS.

Em condição de emergência nas estruturas (anomalia que põe em risco sua integridade), são
acionados imediatamente o Engenheiro Geotécnico responsável e o Coordenador do PAEBM,
sendo o primeiro incumbido de emitir a resposta da tratativa com a maior celeridade possível. Em
caso de falha no acionamento automático das sirenes, o acionamento dessas poderá ser feito pelo
Centro de Monitoramento.

Para maiores informações sobre o Centro de Monitoramento, consultar o Procedimento


Operacional de Monitoramento da Barragem (PO.SA.GST 02).

4.2. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS CORRETIVOS


As situações de emergência podem ser caracterizadas a partir de anomalias identificadas na
estrutura da barragem, especificamente nos taludes de montante, taludes de jusante, crista,
infiltrações e fugas de água na barragem e vertedouro, as quais podem, eventualmente, contribuir
para um rompimento. Essas situações devem ser classificadas em NE-1, NE-2 ou NE-3, bem como
seguir o fluxo de comunicação correspondente.

Considerando-se que este PAEBM é para atendimento à Barragem de Serra Azul, que se encontra
paralisada desde 2012, sem o aporte de rejeitos, serão consideradas nos procedimentos corretivos
as situações ou anomalias mais prováveis de ocorrer, entretanto ainda é possível que a barragem
esteja sujeita a uma situação de emergência não prevista. Neste caso, o responsável técnico pela
barragem e o Coordenador do PAEBM deverão ser notificados para que a anomalia seja
prontamente classificada e as medidas necessárias sejam tomadas.

20
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

Na Tabela 4.1 são apresentadas as anomalias que podem originar situações de emergência para
cada região na barragem, suas causas prováveis, possíveis consequências e ações imediatas que
devem ser implementadas no Plano de Ação do Monitoramento.

Tabela 4.1 – Anomalias que podem originar situações de emergência na Barragem Serra Azul.

TALUDE DE MONTANTE
Plano de
Anomalia Causa provável Consequência Ações
Ação
Inspeções de
Pode provocar a campo para
Erosão Interna ou ruptura da barragem, identificação de
Sumidouros piping do maciço quando os canais surgência de Monitoramento
da fundação. atravessam o água,
maciço ou fundação. carreamento de
material.
Indica início de Inspeções de
Perda de
deslizamento ou campo e
Rachaduras resistência com
recalque do maciço, acompanhament Monitoramento
grandes movimento do
causado por ruptura o da evolução da
maciço.
na fundação. anomalia.
TALUDE DE JUSANTE
Plano de
Anomalia Causa provável Consequência Ações
Ação
Perda de
resistência por
Medir e controlar
infiltração no Pode resultar em
Deslizamento a extensão do Monitoramento
maciço ou falta de colapso da estrutura.
escorregamento.
suporte da
fundação.
Recalque
diferenciado no
Rachadura devido a
maciço da Obstruir as Mitigação,
Rachadura recalque ou retração
barragem. Por rachaduras do reparo e
transversal que pode provocar
exemplo: o centro talude. controle
infiltrações.
recalcando mais
que as ombreiras.
Pode ser indício de Cobrir com
Deformação para
futuro deslizamento. material Mitigação,
Rachadura jusante devido ao
Apresenta perde de compactado e reparo e
longitudinal recalque do
resistência e pode manter seco controle
maciço.
levar a ruína. (monitorar).
Fazer a
recuperação com
Águas das chuvas
Podem deteriorar a rip-rap ou
carregam material Mitigação e
Erosão superfície do maciço enrocamento.
da superfície do controle
levando a ruptura. Proteção com
talude.
grama do local
deteriorado.

21
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

Buracos e túneis
Controlar a
são causados por
Pode provocar população de
Animais e toca de animais, Mitigação e
piping, se passando animais, aterrar
insetos além de controle
pela linha freática. os buracos e
cupinzeiros e
compactar.
formigueiros.
TALUDE DE CRISTA
Plano de
Anomalia Causa provável Consequência Ações
Ação
Movimento vertical
entre seções
adjacentes do
Ruptura do maciço,
maciço da Inspecionar
ponto de entrada
barragem. cuidadosamente
Deslocamento para água superficial
Deformação ou o deslocamento e Monitoramento
vertical e reduz a seção
falha estrutural anotar qualquer
transversal efetiva
causados por anomalia.
da barragem.
instabilidade
estrutural ou falha
de fundação.
Atividades de Inspecionar
Vazios dentro da
roedores, erosão cuidadosamente
Desabamento barragem podem
interna ou piping. a crista e anotar Monitoramento
na crista causar
Carreamento de qualquer
desabamentos.
material do maciço. anomalia.
Pode criar um
caminho para Inspecionar e
Movimentos
infiltração na direção determinas as
Rachadura desiguais das Mitigação e
transversal do medidas de
transversais partes adjacentes controle
maciço. Cria área de controle e
do maciço.
baixa resistência e mitigação.
causar ruptura.
Controlar a
Presença de
Cria passagem de população de
buracos, tuneis e
água superficial, animais e
Buraco de cavernas causados Mitigação e
pode reduzir a insetos. Aterrar
animais por animais controle
percolação e causar buracos com
acessando a
o piping. material
estrutura.
compactado.
Material mau Promover o
Pode reduzir a folga
graduado e reaterro,
e a seção Mitigação e
Erosões drenagem readequando a
transversal da controle
inadequada da condição da
barragem.
crista. barragem.
INFILTRAÇÕES E FUGAS DE ÁGUA NA BARRAGEM
Plano de
Anomalia Causa provável Consequência Ações
Ação
Mudança Material do maciço Pode indicar a Escavar
Mitigação e
acentuada na permitindo o fluxo existência de uma manualmente
controle
vegetação de água. área saturada. para identificar o

22
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

nível da umidade
no talude.
Saturação das áreas
Camada de Medir a vazão
abaixo da zona de
material permeável que está
infiltração. Fluxos Mitigação e
Área molhada usado na ocorrendo.
excessivos podem controle
construção do Demarcar a área
provocar erosão
maciço. envolvida.
acelerada.
Medir e averiguar
Falha na fundação, Distúrbios no o carreamento de
Fuga de água Mitigação e
pressão externa escoamento. Erosão sedimentos,
localizada controle
excessiva. na fundação. propor medidas
de controle.
Inspecionar
Fuga de água Água encontrou ou cuidadosamente
localizada com abriu um caminho Pode causar ruptura a área e medir o
Mitigação e
carreamento para passagem. no material do fluxo. Dique com
controle
de material Erosão carreando maciço. sacos de areia
sólido material. em volta da
surgência.
VERTEDOURO
Plano de
Anomalia Causa provável Consequência Ações
Ação
Limpar e aterrar
com material
Má adequação da adequado.
Descalçament bacia de Dano na estrutura do Implantar Mitigação e
o por erosão dissipação, vertedouro. enrocamento controle
materiais erosivos. com blocos de
tamanho
adequado.
Pequenos
Reconstrução,
Falha na deslocamentos
com a
execução. podem causar
preparação da
Recalque tubulações no fluxo.
Parede fundação. Drenos Mitigação e
diferencial da Grandes
deslocada para diminuir a controle
fundação. Pressão deslocamentos
pressão nas
excessiva do causando rachadura
paredes e limpar
aterro. e eventual ruptura
drenos.
da estrutura.
Falha de Grandes
construção. Erosão na fundação rachaduras sem
Concentração e aterro lateral. grandes Mitigação e
Rachaduras
localizada de Colapso da deslocamentos controle
tensões. Falha na estrutura. devem ser
fundação. reparadas.
Pode permitir uma
Fendas e juntas na Examinar a área
perda excessiva de
Vazamento fundação do de saída do fluxo
água do Mitigação e
dentro ou ao vertedouro para ver se o tipo
reservatório. Pode controle
redor permitindo a de material pode
causar erosão dos
infiltração. ser aplicado.
materiais.
23
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

Checar e
Pode causar queda
identificar as
Infiltração em Água acumulada das paredes. Pode Mitigação e
zonas saturadas.
juntas atrás da estrutura. ocorrer deterioração controle
Checar a
da armadura.
limpeza.

Os procedimentos corretivos devem ser executados caso ocorram problemas de desempenho que
possam afetar a segurança da estrutura, ou seja, quando detectada alguma anomalia que
caracterize uma situação de emergência.

As principais orientações para execução das AÇÕES CORRETIVAS relacionadas ao modo de falha
e nível de emergência são apresentadas nas FICHAS DE EMERGÊNCIA nos Apêndices 12.6, 12.7
e 12.8.

24
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

5. DETECÇÃO, AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS SITUAÇÕES DE


EMERGÊNCIA (NÍVEIS 1, 2 E 3)

5.1. DETECÇÃO E AVALIAÇÃO DE UMA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA


A detecção de uma situação de emergência inicia-se a partir de inspeções de campo realizadas
pelo Centro de Monitoramento ou através de observações de irregularidades percebidas por outros
colaboradores da ArcelorMittal Brasil, ou por profissionais de empresas terceirizadas, que informam
a equipe de Geotecnia. Após identificação de uma situação insegura, a equipe de Geotecnia avalia,
classifica e aciona o Coordenador do PAEBM caso seja configurada uma situação de emergência.
A descrição desse processo é apresentada na Figura 5.1.

Figura 5.1 – Fluxograma de detecção de situação de emergência.

INÍCIO

CENTRO DE Colaboradores da ArcelorMittal


MONITORAMENTO ou profissionais terceirizados

Monitoramento Inspeções
Geotécnico de campo

Visualização
da anomalia

GEOTECNIA

Inspeção Geotécnica para identificação


e classificação da anomalia

NÃO Corresponde à SIM


CENTRO DE
situação de GEOTECNIA
MONITORAMENTO
emergência?

Manter monitoramento e rotina Classificar a situação em Nível de


de manutenção da estrutura Emergência 1, 2 ou 3 e comunicar
seguindo ações preventivas ao Coordenador do PAEBM

COORDENADOR
DO PAEBM

Acionar o fluxograma de
FIM notificação da situação de
emergência correspondente

De acordo com a Portaria ANM nº 70.389/2017, seção V, art. 36, considera-se iniciada uma
Situação de Emergência quando:
I – Inicia-se uma Inspeção de Segurança Especial (ISE) da barragem, ou seja:

25
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

• Sempre que detectadas anomalias com pontuação máxima de 10 (dez) pontos no Estado
de Conservação da Matriz de Categoria de Risco, da Portaria ANM nº 70.389/2017; ou
• Em qualquer tempo, quando exigidas pela ANM, bem como, independentemente de
solicitação formal pela autarquia, após a ocorrência de eventos excepcionais que possam
significar impactos nas condições de estabilidade.
Ou
II – Em qualquer outra situação com potencial comprometimento de segurança da estrutura.

As situações com potencial de comprometimento da segurança que, porventura, possam ocorrer


na barragem estão associadas a determinadas causas, que por sua vez apresentam evidências
que podem auxiliar sua identificação. As possíveis causas e suas evidências encontram-se
apresentadas na Tabela 5.1, cabendo destacar que as evidências apresentadas se tratam apenas
de indicativos iniciais. Desta forma, toda e qualquer anomalia identificada deve ser avaliada pela
equipe de Geotecnia, composta por profissionais tecnicamente capacitados.

Para o modo de falha liquefação, ao qual a Barragem Serra Azul está susceptível, foi elaborada a
Tabela 5.2 que apresenta as causas e potenciais eventos de gatilhos associados. Neste caso, não
é possível definir algumas evidências, pois como se trata de um evento instantâneo, é difícil
estabelecer certos limites.

Tabela 5.1 – Causas e evidências associadas aos modos de falha possíveis de ocorrer na
Barragem Serra Azul.

Modo de Falha Evidências Causa


Volume de amortecimento
Diminuição da borda livre; insuficiente;
Aumento do nível de Obstrução do sistema extravasor;
Galgamento
assoreamento, comprometendo o Vazões afluentes acima da
volume de amortecimento. capacidade do extravasor;
Chuvas excepcionais.
Zonas encharcadas ou saturadas Falha no sistema de drenagem
no talude de jusante ou na interna (obstrução, colmatação,
Erosão interna fundação e/ou nas ombreiras a transição inadequada, etc.);
jusante do maciço; Gradientes hidráulicos elevados;
Surgências de água. Fissuramento do maciço.
Falha na drenagem superficial em
Controle da percolação através da
áreas cobertas por estruturas
Erosão estrutura.
filtrantes.
Superficial
Erosões aparentes na face dos
Água pluvial carreando materiais.
taludes.
Recalques, abatimentos, Baixa resistência do material de
Instabilização
subsidências e/ou fundação/maciço;

26
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

Modo de Falha Evidências Causa


desalinhamentos na crista, Falha no sistema de drenagem
bermas, taludes e drenagem interna;
externa; Mau funcionamento do sistema de
Trincas longitudinais e/ou drenagem superficial.
transversais.
Instabilidade global. Abalo sísmico / desmonte.

Tabela 5.2 – Causas e gatilhos associados ao modo de falha liquefação, possíveis de ocorrer na
Barragem Serra Azul.

Modo de Falha Evidências Causa


Formação de lago e redução do Presença de materiais no maciço ou
comprimento de praia; fundação que sejam suscetíveis a
Variação das poropressões. liquefação.
Vibração cisalhante acima dos
Desmonte de mina.
limites admissíveis.
Modificações da tensão, com
deformação decorrente de ações na Deformação excessiva.
Liquefação
estrutura.
Ruptura em condições drenadas ou Controle da percolação através da
não drenadas. estrutura.
Controle da percolação através da
Piping.
estrutura.
Ruptura em condições não
Abalos sísmico.
drenadas.

5.2. CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE EMERGÊNCIA


Uma vez identificada uma situação adversa no barramento, sua gravidade é avaliada através da
classificação de Níveis de Emergência, conforme Portaria ANM nº 70.389/2017 e Decreto Estadual
(MG) nº 48.078/2020, que são apresentados na Tabela 5.3.

Tabela 5.3 – Níveis de Segurança.


NÍVEL DE
DEFINIÇÃO
EMERGÊNCIA
Caracteriza-se por uma situação quando detectada anomalia que resulte na
pontuação máxima de 10 (dez) pontos no Estado de Conservação da Matriz
NÍVEL 1 de Categoria de Risco, da Portaria ANM nº 70.389/2017, ou seja, quando
iniciada uma Inspeção de Segurança Especial (ISE) e para qualquer outra
situação com potencial comprometimento de segurança da estrutura.
Quando o resultado das ações adotadas na anomalia de Nível 1 for
classificado como “não controlado”, que de acordo a Portaria ANM nº
NÍVEL 2 70.389/2017, ocorre “quando a anomalia que resultou na pontuação máxima
de 10 (dez) pontos não foi controlada e tampouco extinta, necessitando de
uma nova ISE e de novas intervenções a fim de eliminá-la”.

27
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE
DEFINIÇÃO
EMERGÊNCIA
NÍVEL 3 Caracteriza-se por uma situação de ruptura iminente ou que está ocorrendo.

Após declarada uma situação de emergência devem ser realizadas ações corretivas, onde as
principais orientações são apresentadas nas FICHAS DE EMERGÊNCIA (Apêndices 12.6, 12.7 e
12.8).

A Tabela 5.4, Tabela 5.5 e Tabela 5.6 apresentam critérios básicos orientativos para auxiliar os
profissionais responsáveis na classificação dos níveis de emergência, com base nos principais
modos de falha identificados para a barragem. Salienta-se que tal lista não é exaustiva, e eventuais
outras situações não descritas, mas com potencial comprometimento da segurança, poderão ser
identificadas, as quais deverão ser avaliadas e classificadas pela equipe de Geotecnia da estrutura.

Tabela 5.4 – Critérios para auxiliar a classificação do Nível de Emergência 1.


NÍVEL DE FICHA DE
SITUAÇÃO
EMERGÊNCIA EMERGÊNCIA
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Detecção de anomalias que resulte na pontuação máxima de
10 pontos em qualquer coluna do quadro de Estado de
Conservação, de acordo com o anexo V da Portaria ANM n°
70.389/2017, com potencial de comprometimento da
segurança da estrutura.

INSTABILIZAÇÃO - PRESSÃO E NÍVEL D’ÁGUA


No caso da análise de estabilidade elaborada, a partir de
parâmetros geotécnicos representativos das características
dos materiais que compõem o maciço e fundação da
barragem, em uma das seções transversais monitoradas por
Ficha 1
instrumentos (PZs ou INAs) instalados em posições que
NE-1 Ficha 4
permitam definir a rede de fluxo estabelecida no maciço e na
Ficha 7
fundação, apresentarem fator de segurança que atinja o nível
de atenção (1,3 ≤ FS < 1,5) - para condição drenada.

INSTABILIZAÇÃO - ESTUDO DE ESTABILIDADE


No caso da análise de estabilidade feita por consultoria
especializada, a partir de parâmetros geotécnicos
representativos das características dos materiais que
compõem o maciço e fundação da barragem, apresentar
fator de segurança em qualquer que seja a seção:
• Para operação com rede de fluxo em condição normal
de operação, nível máximo do reservatório, sem
sismo: 1,3 ≤ FS < 1,5;

28
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE FICHA DE
SITUAÇÃO
EMERGÊNCIA EMERGÊNCIA
• Para condição pseudo-estática em estudo técnico de
magnitude sísmica para a região de localização da
barragem: 1 ≤ FS < 1,1;
• Para a condição não drenada para resistência de
pico, sem sismo: 1,2 ≤ FS < 1,3.

GALGAMENTO
Obstrução significativa do sistema extravasor durante
período chuvoso, que comprometa a eficiência do vertedouro
e a manutenção da borda livre.

PERCOLAÇÃO E/OU EROSÃO INTERNA


Percolação não controlada emergindo no talude de jusante
do maciço, na fundação, nas ombreiras no contato com o
maciço, fundação e/ou no contato com estruturas de
concreto, com carreamento de sólidos ou com vazão
crescente ou infiltração do material contido.

Tabela 5.5 – Critérios para auxiliar a classificação do Nível de Emergência 2.


NÍVEL DE FICHA DE
SITUAÇÃO
EMERGÊNCIA EMERGÊNCIA
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Situação das anomalias detectadas no NE-1 quando não
controladas ou com comprovada evolução.

INSTABILIZAÇÃO - PRESSÃO E NÍVEL D’ÁGUA


No caso da análise de estabilidade elaborada, a partir de
parâmetros geotécnicos representativos das características
dos materiais que compõem o maciço e fundação da
barragem, em uma das seções transversais monitoradas por
instrumentos (PZs ou INAs), instalados em posições que
permitam definir a rede de fluxo estabelecida no maciço e na
fundação, apresentar fator de segurança que atinja o nível
de alerta (1,1 ≤ FS < 1,3) - para condição drenada. Ficha 2
NE-2 Ficha 5
INSTABILIZAÇÃO - ESTUDO DE ESTABILIDADE Ficha 8
No caso da análise de estabilidade feita por consultoria
especializada, a partir de parâmetros geotécnicos
representativos das características dos materiais que
compõem o maciço e fundação da barragem, apresentar
fator de segurança em qualquer que seja a seção:
• Para operação com rede de fluxo em condição normal
de operação, nível máximo do reservatório, sem
sismo: 1,1 ≤ FS < 1,3;
• Para a condição não drenada para resistência de
pico, sem sismo: 1,0 ≤ FS < 1,2.

GALGAMENTO

29
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE FICHA DE
SITUAÇÃO
EMERGÊNCIA EMERGÊNCIA
Elevação do nível d’água do reservatório excede o NA máx
maximorum definido em projeto com tendência de elevação
de nível. E quando houver indícios de rupturas de taludes
adjacentes ao reservatório, com possibilidade de geração de
ondas e galgamento.

PERCOLAÇÃO E/OU EROSÃO INTERNA


Surgência pelo maciço, fundação e/ou no contato com
estruturas de concreto, caracterizada no NE-1, persiste e as
soluções adotadas não foram efetivas, portanto, a anomalia
não foi extinta ou controlada.

Tabela 5.6 – Critérios para auxiliar a classificação do Nível de Emergência 3.


NÍVEL DE FICHA DE
SITUAÇÃO
EMERGÊNCIA EMERGÊNCIA
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Situação encontra-se fora do controle e está afetando a
segurança estrutural da barragem de maneira severa e
irreversível. Ruptura iminente ou está ocorrendo.

INSTABILIZAÇÃO - ESTUDO DE ESTABILIDADE /


PRESSÃO E NÍVEL D’ÁGUA NO MACIÇO
Ficha 3
Ruptura iminente ou está ocorrendo.
NE-3 Ficha 6
Ficha 9
GALGAMENTO
Elevação do nível de água no reservatório supera a elevação
mínima da crista do maciço.

PERCOLAÇÃO E/OU EROSÃO INTERNA


Erosão regressiva com formação e progressão do tubo
(piping) e vazão crescente. Situação sem controle.

A ArcelorMittal Brasil apresenta critérios orientativos específicos que fazem parte da rotina de
monitoramento da Barragem Serra Azul. Esses critérios auxiliam os profissionais responsáveis na
classificação dos níveis de emergência e contemplam o monitoramento por instrumentos e por
inspeções de segurança realizadas na estrutura, conforme apresentado na Tabela 5.7.

30
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

Tabela 5.7 – Critérios para monitoramento e classificação de emergência da Barragem Serra Azul.

CRITÉRIOS PARA MONITORAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE EMERGÊNCIA


Indicadores iniciais
Monitoramento Operação normal Nível de Emergência 1 Nível de Emergência 2 Nível de Emergência 3
de preocupações
Vigilância por radar
Vigilância por radar Vigilância por radar Vigilância por radar Vigilância por radar acusar
acusar 100,0
sem deslocamento de acusar deslocamento acusar 5,0 milímetros 8,0 milímetros de
Radar milímetros de
área, no intervalo de 0 de área igual a 2,5 de deslocamento de deslocamento de área
deslocamento de área
a 2,49 milímetros. milímetros. área com alarme. com alarme.
com alarme.
Deslocamento acima
100,0 milímetros com
Vigilância por radar
acionamento imediato
Radar Doppler sem deslocamento nas
do plano emergência
áreas pré-definidas.
(sirenes
automatizadas).
Deslocamento acima
100,0 milímetros com
Medidor de Vigilância sem
acionamento imediato
Deslocamento - deslocamento nas
do plano emergência
Físico áreas pré-definidas.
(sirenes
automatizadas).
Elevação do lençol
Elevação dos níveis de
Elevação dos níveis Elevação dos níveis de freático levando o
Medidores de Medidores de Nível medição dos instrumentos
de medição dos medição dos estado da barragem
Nível d’Água d’Água operando a em três seções
instrumentos em uma instrumentos em duas para "crítico" de acordo
(MNAs) e valores normais para a geotécnicas da barragem.
seção geotécnica da seções geotécnicas da com a Carta de Risco,
Piezômetros estrutura de acordo Atenção para a carta de
barragem. Atenção barragem. Atenção para evidenciando a enorme
(PZs) com a Carta de Risco. risco e para a redução dos
para a carta de risco. a carta de risco. redução do Fator de
Fatores de Segurança.
Segurança.
Alerta sísmica com
Alerta sísmica com Alerta sísmica com PPV Alerta sísmica com PPV Alerta sísmica com
Sismógrafos PPV 2,5 mm/s, de um
PPV 2,5 mm/s em 2 2,5 mm/s em 3 2,5 mm/s em 4 PPV 2,5 mm/s em 5
sismógrafo.
31
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

CRITÉRIOS PARA MONITORAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE EMERGÊNCIA


Indicadores iniciais
Monitoramento Operação normal Nível de Emergência 1 Nível de Emergência 2 Nível de Emergência 3
de preocupações
sismógrafos ao sismógrafos ao mesmo sismógrafos ao mesmo sismógrafos ao mesmo
mesmo tempo. tempo. tempo. tempo.
Água com baixa
Inspeção do Água sem turbidez e turbidez; fluxo da água Água com alta turbidez; Erosão interna
Água sem turbidez,
dreno dique de com o fluxo contínuo, aumentando fluxo de água aumentando (tubagem) evidenciada,
mas com as
partida e do mas no mesmo volume significativamente; o significativamente com com pequenas rupturas
alterações de fluxo.
dreno de pé dos últimos 15 dias. fluxo de água é superior presença de sedimentos. na saída drenos.
e crescente.
Anomalia que resulta Anomalias não extintas ou Situação inevitável
em uma pontuação não controladas, adversa ou estrutura
Inspeção de campo de Anomalia que resulta máxima de 10 pontos. segurança estrutural desmoronada,
Inspeção de
pontuação entre 0 e 4 em pontuação perto Situação ainda afetada. Barragem no segurança afetada,
campo - Visual
pontos. de 10 pontos. controlável com estado de alerta. acidente inevitável.
estrutura afetada, mas Estabelecer critérios de Situação de ruptura
remediável. evacuação/comunicação. iminente (evacuação).

32
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

5.3. ENCERRAMENTO DOS NÍVEIS DE EMERGÊNCIA


O encerramento dos Níveis de Emergência 1, 2 e 3 ocorre após a implantação de medidas
corretivas, que são acompanhadas e avaliadas pelas equipes de Geotecnia, Meio Ambiente e
Projetos, com objetivo de extinguir a anomalia detectada. Após, segundo Portaria ANM nº
70.389/2017, o empreendedor fica responsável por notificar o encerramento do NE-1, NE-2 e NE-
3 à ANM e aos órgãos ambientais competentes através da emissão e envio da Declaração de
Encerramento de Emergência. Quando cessada situação que ensejar a realização de Inspeção de
Segurança Especial, o empreendedor fica também responsável por apresentação de Relatório
Conclusivo de Inspeção Especial (RCIE) à ANM.

Em caso de NE-3, o empreendedor deverá ainda apresentar a ANM o Relatório de Causas e


Consequências do Evento de Emergência em Nível 3, o qual deve ser anexado ao Volume V do
Plano de Segurança de Barragem. O conteúdo mínimo desse relatório é apresentado no item 12.5
e segue as diretrizes do Anexo II da Portaria ANM nº 70.389/2017.

33
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

6. AÇÕES ESPERADAS PARA CADA NÍVEL DE EMERGÊNCIA


Os fluxogramas de notificação e ações de resposta descrevem os processos que envolvem a
comunicação estabelecida entre os agentes internos da empresa e as autoridades no ambiente
externo, representadas pelos organismos da Defesa Civil Municipal, Estadual e Nacional e demais
autoridades públicas competentes, além das ações de resposta a emergência.

Os fluxogramas foram desenvolvidos especificamente para cada Nível de Emergência tendo como
objetivo demonstrar o processo de tomada de decisão numa situação de emergência, de modo a
contribuir para minimizar os possíveis danos e agilizar as ações de resposta, e encontram-se
apresentados na Figura 6.1, Figura 6.2 e Figura 6.3.

De forma resumida são apresentadas na Tabela 6.1, na Tabela 6.2 e na Tabela 6.3 as principais
ações de notificação e resposta apresentadas nos fluxogramas. Ressalta-se que a descrição
detalhada das responsabilidades de cada equipe envolvida nas ações de resposta encontra-se no
item 11.1.

34
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

Figura 6.1 – Fluxograma de Notificação e Ações de Resposta para Nível de Emergência 1.

NÍVEL DE EMERGÊNCIA 1 * (NE-1)


Situação Adversa resultante da pontuação máxima de 10 pontos em qualquer coluna do quadro Estado de Conservação e qualquer outra
situação com potencial comprometimento de segurança da estrutura

INÍCIO

Identificar e classificar a anomalia


GEOTECNIA NE-1 e comunicar ao
Coordenador ¹

COORDENADOR
DO PAEBM

Acompanhar e coordenar o
Estar à disposição da Notificar aos envolvidos a
andamento das ações
Defesa Civil deflagração de NE-1
estabelecidas
EMPREENDEDOR

PROJETISTA

GERÊNCIA GERAL DIREÇÃO GERAL CENTRO DE AGENTES AGENTES


DEFESA CIVIL
DE TECNOLOGIA MINERAÇÃO MONITORAMENTO INTERNOS EXTERNOS
MINERAÇÃO (CTO)
PREFEITURA
Intensificar o
monitoramento Jurídico
remoto da
estrutura Realizar orientações jurídicas diversas pertinentes à situação
de emergência.

Comunicação

Apoiar na construção das mensagens-chave para notificação


e esclarecimento da comunidade na ZAS.

Saúde e Segurança

Dar suporte ao isolamento das áreas de risco e apoiar na


avaliação dos riscos gerados aos trabalhadores.

MEIO
GEOTECNIA PROJETOS
AMBIENTE

Identificar e avaliar Executar as


Informar a Situação
os impactos ações previstas
de Emergência aos
ambientais na Seção IV do
Órgãos Ambientais
Informar a Realizar Inspeções Avaliar, definir quando pertinente PAEBM
Situação de de Segurança e orientar
Emergência à Especiais ações
ANM diariamente mitigatórias Definir e orientar CENAD
ações mitigatórias
locais quando
pertinente IPHAN

Enviar “Extrato de
Inspeção Especial” e Comandar a IBAMA
ANM
“Ficha de Inspeção execução das ações
Especial” diariamente corretivas e/ou
apoiar empresas SEMAD
especializadas
DIREÇÃO GERAL
MINERAÇÃO
IEPHA

MEIO GERÊNCIA GERAL


GEOTECNIA
AMBIENTE FEAM
DE TECNOLOGIA
MINERAÇÃO (CTO)

IMA
Acompanhar e registrar as ações de
reparo CENTRO DE
MONITORAMENTO
IGAM
Avaliar a efetividade das medidas
AGENTES
EXTERNOS
IEF

GEOTECNIA
Situação de SIM
emergência foi COORDENADOR
extinta ou DO PAEBM
Emitir e enviar via
controlada?
SIGBM a Declaração
de Encerramento de
Notificar o encerramento Emergência NE-1
NÃO do NE-1 e seguir
procedimentos conforme
Portaria ANM 70.389/2017 MEIO AMBIENTE
Passar para o
Fluxo de Notificação do
Nível de Emergência 2 Informar o
encerramento da
emergência aos
Órgãos Ambientais
Nota 1: Ver Responsabilidades durante a Emergência no Item 10.

35
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

Figura 6.2 – Fluxograma de Notificação e Ações de Resposta para Nível de Emergência 2.

NÍVEL DE EMERGÊNCIA 2 * (NE-2)


Situação Adversa do Nível de Emergência 1 não foi Extinta ou Controlada ou a Situação já se iniciou no Nível de Emergência 2

INÍCIO

Identificar e classificar a anomalia


GEOTECNIA NE-2 e comunicar ao
Coordenador ¹

COORDENADOR
DO PAEBM

PROJETISTA

Acompanhar e coordenar o
Estar à disposição da Notificar aos envolvidos a
andamento das ações
Defesa Civil deflagração de NE-2 DEFESA CIVIL
estabelecidas
EMPREENDEDOR

PREFEITURA
GERÊNCIA GERAL DIREÇÃO GERAL CENTRO DE AGENTES AGENTES
DE TECNOLOGIA MINERAÇÃO MONITORAMENTO INTERNOS EXTERNOS
AUTO PISTA
MINERAÇÃO (CTO)
FERNÃO DIAS
Intensificar o
monitoramento
COPASA
remoto da Jurídico
estrutura
Realizar orientações jurídicas diversas
Polícia Militar
pertinentes à situação de emergência.

Comunicação

Apoiar na construção das mensagens-


chave para notificação e esclarecimento
Imprensa
da comunidade na ZAS. Informar a
situação de emergência à Imprensa.

Saúde e Segurança
Hospital Manoel
Gonçalves
Dar suporte ao isolamento das áreas de
risco e apoiar na avaliação dos riscos
gerados aos trabalhadores. Informar a SAMU de Itaúna
situação de emergência ao hospital local,
ao SAMU e ao Corpo de Bombeiros.
MEIO Corpo de Bombeiros
GEOTECNIA PROJETOS
AMBIENTE de Itaúna

Informar a Identificar e avaliar Executar as ações


Realizar Inspeções de Avaliar, definir e Informar a Situação
Situação de os impactos previstas nas
Segurança Especiais orientar ações de Emergência aos
Emergência à ambientais quando seções III, IV e V
diariamente mitigatórias Órgãos Ambientais
ANM pertinente do PAEBM

CENAD
Enviar “Extrato de Definir e orientar
Inspeção Especial” e ações mitigatórias
ANM “Ficha de Inspeção locais quando IPHAN
Especial” pertinente
diariamente
IBAMA
Comandar a
execução das ações
corretivas e/ou SEMAD DIREÇÃO GERAL
apoiar empresas MINERAÇÃO
especializadas
IEPHA
GERÊNCIA GERAL
DE TECNOLOGIA
Meio FEAM MINERAÇÃO (CTO)
GEOTECNIA
Ambiente

IMA CENTRO DE
Acompanhar e registrar as ações de MONITORAMENTO
reparo
IGAM AGENTES
Avaliar a efetividade das medidas EXTERNOS

IEF
GEOTECNIA
Situação de SIM
emergência foi COORDENADOR
extinta ou DO PAEBM Emitir e enviar via
controlada? SIGBM a Declaração
de Encerramento de
Notificar o encerramento Emergência NE-2
NÃO do NE-2 e seguir
procedimentos conforme
Portaria ANM 70.389/2017 MEIO AMBIENTE
Passar para o
Fluxo de Notificação do
Nível de Emergência 3 Informar o
encerramento da
emergência aos
Órgãos Ambientais
Nota 1: Ver Responsabilidades durante a Emergência no Item 10.

36
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

Figura 6.3 – Fluxograma de Notificação e Ações de Resposta para Nível de Emergência 3.

NÍVEL DE EMERGÊNCIA 3 * (NE-3)


Situação de Ruptura Iminente ou Ocorrendo

INÍCIO

Ruptura identificada
Evolução da Deflagração por:
por monitoramento
anomalia
remoto

Identificar e classificar a Acionamento do


anomalia NE-3 e comunicar GEOTECNIA CENTRO DE
sistema de alerta
ao Coordenador ² MONITORAMENTO
automático na ZAS ¹
Intensificar o
monitoramento
remoto da
estrutura
CENTRO DE COORDENADOR COORDENADOR
MONITORAMENTO DO PAEBM DO PAEBM
Acionar o
sistema de
alerta na ZAS ¹

PROJETISTA
Acompanhar e coordenar o
Estar à disposição da Notificar aos envolvidos
andamento das ações
Defesa Civil a deflagração de NE-3 estabelecidas
EMPREENDEDOR DEFESA CIVIL

PREFEITURA
GERÊNCIA GERAL DIREÇÃO GERAL MEIO AGENTES AGENTES
GEOTECNIA
DE TECNOLOGIA MINERAÇÃO AMBIENTE INTERNOS EXTERNOS
AUTO PISTA
MINERAÇÃO (CTO) FERNÃO DIAS

Informar a Executar as ações


Informar a Situação
Situação de previstas nas COPASA
de Emergência aos
Emergência seções III, IV e V
Órgãos Ambientais Jurídico
à ANM do PAEBM

Realizar orientações jurídicas diversas Polícia Militar


CENAD pertinentes à situação de emergência.

ANM
IPHAN
Comunicação

Apoiar na construção das mensagens-


IBAMA
SIM chave para notificação e esclarecimento
Imprensa
Houve Ruptura? da comunidade na ZAS. Informar a
situação de emergência à Imprensa.
SEMAD

NÃO
IEPHA Saúde e Segurança
Hospital Manoel
Gonçalves
Dar suporte ao isolamento das áreas de
FEAM risco e apoiar na avaliação dos riscos
MEIO
GEOTECNIA gerados aos trabalhadores. Informar a SAMU de Itaúna
AMBIENTE
situação de emergência ao hospital local,
IMA ao SAMU e ao Corpo de Bombeiros.
Corpo de Bombeiros
de Itaúna
Enviar “Extrato de
Inspeção Especial” e IGAM
“Ficha de Inspeção
Especial” diariamente
IEF

Definir e
orientar ações
mitigatórias
PROJETOS DIREÇÃO GERAL
MINERAÇÃO
PROJETOS
GERÊNCIA GERAL
Apoiar na execução DE TECNOLOGIA
das ações para MINERAÇÃO (CTO)
Executar e/ou apoiar as ações reestabelecimento
corretivas na barragem ainda dos serviços
passíveis de execução. essenciais. CENTRO DE
MONITORAMENTO

AGENTES
Avaliar a efetividade das
EXTERNOS
medidas Emitir e enviar via
SIGBM a Declaração de
Encerramento de
GEOTECNIA
Emergência NE-3 e o
Relatório de Causas e
Notificar o encerramento
NÃO Situação de SIM Consequências do NE-3
COORDENADOR do NE-3 e seguir
emergência foi
DO PAEBM procedimentos conforme
extinta?
Portaria ANM 70.389/2017

Informar o encerramento
MEIO AMBIENTE da emergência aos
Órgãos Ambientais

Nota 1: Ver Fluxograma de Acionamento da Sistema de Alerta no Item 7.


Nota 2: Ver Responsabilidades durante a Emergência no Item 10.

37
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

Tabela 6.1 – Ações de notificação e resposta esperadas para o Nível de Emergência 1.

NÍVEL DE EMERGÊNCIA 1 (NE-1)


Responsável Ação Quando Como
Existência de
anomalia que resulte
na pontuação
máxima de 10 Através de inspeções,
Classificar o nível de
Geotecnia pontos ou qualquer monitoramento e
emergência.
outra situação com auditoria.
potencial de
comprometimento da
segurança.
Imediatamente após
Contato telefônico com
Coordenador Iniciar Fluxo de Notificação a classificação da
os agentes internos e
do PAEBM definido para NE-1. emergência como
externos.
NE-1.
Intensificar o Após acionado e Seguindo
Centro de
monitoramento remoto da orientado pelo procedimentos internos
Monitoramento
estrutura. Coordenador. pré-estabelecidos.
Realizar orientações
Após a classificação Contato telefônico ou e-
jurídicas diversas
Jurídico da emergência como mail com os agentes
pertinentes à situação de
NE-1. internos.
emergência.
Após a classificação
Prestar esclarecimentos à Por meio de boletins
Comunicação da emergência como
comunidade da ZAS. informativos.
NE-1.
Dar suporte ao isolamento
das áreas de risco e Após a classificação Seguindo
Saúde e
apoiar na avaliação dos da emergência como procedimentos internos
Segurança
riscos gerados aos NE-1. pré-estabelecidos.
trabalhadores.
Durante todo o Inspeções de campo,
Avaliar a situação, propor
evento, até que a contato com projetista
e acompanhar ações
anomalia seja e/ou consultorias
Geotecnia mitigatórias, realizar
classificada como especializadas, quando
inspeções especiais e
extinta ou pertinente, e registros
notificar ANM.
controlada. no SIGBM.
Identificar potenciais
impactos ao meio
Inspeções de campo,
ambiente, propor ações de Durante todo o
contato com
mitigação, acompanhar e evento, até que a
consultorias
registrar as ações de anomalia seja
Meio Ambiente especializadas, quando
resposta, notificar os classificada como
pertinente, e contato
órgãos ambientais e extinta ou
com os órgãos
executar as ações controlada.
ambientais.
previstas na Seção IV do
PAEBM.
Comandar a execução das Utilizando recursos
ações corretivas definidas Após a definição das humanos e materiais
Projetos
pelas equipes de ações corretivas. disponíveis no site e, se
Geotecnia e Meio necessário,
38
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE EMERGÊNCIA 1 (NE-1)


Responsável Ação Quando Como
Ambiente e/ou apoiar providenciar o
empresa especializada fornecimento de
contratada para execução. recursos e contratação
de empresas
especializadas.

Tabela 6.2 – Ações de notificação e resposta esperadas para o Nível de Emergência 2.

NÍVEL DE EMERGÊNCIA 2 (NE-2)


Responsável Ação Quando Como
Existência de
Através do
Classificar o nível de anomalia em NE-1
Geotecnia acompanhamento da
emergência. não controlada ou
evolução do NE-1.
não extinta.
Iniciar Fluxo de Após a classificação Contato telefônico com
Coordenador
Notificação definido para da emergência NE- os agentes internos e
do PAEBM
NE-2. 2. externos.
Após acionado e Seguindo
Centro de Intensificar o
orientado pelo procedimentos internos
Monitoramento monitoramento.
Coordenador. pré-estabelecidos.
Realizar orientações
Após a classificação Contato telefônico ou e-
jurídicas diversas
Jurídico da emergência como mail com os agentes
pertinentes à situação de
NE-2. internos.
emergência.
Após a classificação
Prestar esclarecimentos à Por meio de boletins
Comunicação da emergência como
comunidade da ZAS. informativos.
NE-2.
Após a classificação
Informar a situação de Contato telefônico ou e-
Comunicação da emergência como
emergência à Imprensa. mail.
NE-2.
Dar suporte ao isolamento
das áreas de risco e Após a classificação Seguindo
Saúde e
apoiar na avaliação dos da emergência como procedimentos internos
Segurança
riscos gerados aos NE-2. pré-estabelecidos.
trabalhadores.
Informar a situação de
Após a classificação
Saúde e emergência ao hospital
da emergência como Contato telefônico.
Segurança local, ao SAMU e ao
NE-2.
Corpo de Bombeiros.
Avaliar evolução da Durante todo o Inspeções de campo,
situação, propor e evento, até que a contato com projetista
acompanhar ações anomalia seja e/ou consultorias
Geotecnia
corretivas, realizar classificada como especializadas, quando
inspeções especiais e extinta ou pertinente, e registros
notificar ANM. controlada. no SIGBM.
Identificar potenciais Durante todo o Inspeções de campo,
Meio Ambiente impactos ao meio evento, até que a contato com
ambiente, propor ações anomalia seja consultorias
39
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE EMERGÊNCIA 2 (NE-2)


Responsável Ação Quando Como
de mitigação, acompanhar classificada como especializadas, quando
e registrar as ações de extinta ou pertinente, e contato
resposta, notificar os controlada. com os órgãos
órgãos ambientais e ambientais.
executar as ações
previstas nas Seções III,
IV e V do PAEBM.
Utilizando recursos
Comandar a execução humanos e materiais
das ações corretivas disponíveis no site e, se
definidas pelas Equipes necessário,
Após a definição das
Projetos de Geotecnia e Meio providenciar o
ações corretivas.
Ambiente e/ou apoiar fornecimento de
empresa especializada recursos e contratação
contratada para execução. de empresas
especializadas.

Tabela 6.3 – Ações de notificação e resposta esperadas para o Nível de Emergência 3.

NÍVEL DE EMERGÊNCIA 3 (NE-3)


Responsável Ação Quando Como
Deflagração por
evolução da Através do
anomalia: acompanhamento do
Classificar o nível de
Geotecnia Existência de NE-2 e por meio das
emergência.
anomalia em NE-2 câmeras de vídeo
não controlada ou vigilância.
não extinta.
Deflagração por
Iniciar Fluxo de Notificação evolução da
definido para NE-3, solicitar anomalia: Contato telefônico com
Coordenador
o acionamento do sistema Imediatamente após os agentes internos e
do PAEBM
de alerta na ZAS ao Centro a classificação da agentes externos.
de Monitoramento. emergência como
NE-3.
Deflagração por
evolução da
anomalia:
Acionar o sistema de alerta Imediatamente após
Seguindo procedimentos
Centro de sonoro na ZAS. acionado pelo
internos pré-
Monitoramento Intensificar o Coordenador do
estabelecidos.
monitoramento. PAEBM ou quando
identificada a ruptura
pelas câmeras de
vídeo vigilância.
Ruptura identificada Seguindo procedimentos
Centro de Confirmar o acionamento
por monitoramento internos pré-
Monitoramento automático das sirenes.
remoto: acionamento estabelecidos.

40
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE EMERGÊNCIA 3 (NE-3)


Responsável Ação Quando Como
do sistema
automático de
sirenes.
Ruptura identificada
por monitoramento
remoto: Contato telefônico com
Coordenador Iniciar Fluxo de Notificação
Imediatamente após os agentes internos e
do PAEBM definido para NE-3.
confirmação da agentes externos.
ruptura pelo Centro
de Monitoramento.
Realizar orientações
Após a classificação Contato telefônico ou e-
jurídicas diversas
Jurídico da emergência como mail com os agentes
pertinentes à situação de
NE-3. internos.
emergência.
Após a classificação
Prestar esclarecimentos à Por meio de boletins
Comunicação da emergência como
comunidade da ZAS. informativos.
NE-3.
Após a classificação
Informar a situação de Contato telefônico ou e-
Comunicação da emergência como
emergência à Imprensa. mail.
NE-3.
Dar suporte ao isolamento
Após a classificação Seguindo procedimentos
Saúde e das áreas de risco e apoiar
da emergência como internos pré-
Segurança na avaliação dos riscos
NE-3. estabelecidos.
gerados aos trabalhadores.
Informar a situação de
Após a classificação
Saúde e emergência hospital local,
da emergência como Contato telefônico.
Segurança ao SAMU e ao Corpo de
NE-3.
Bombeiros.
Identificar potenciais
impactos ao meio
ambiente, propor ações de Inspeções de campo,
Em caso de iminência
mitigação, acompanhar e contato com consultorias
de rompimento e
registrar as ações de especializadas, quando
Meio Ambiente durante a
resposta, notificar os pertinente, e contato
permanência da
órgãos ambientais e com os órgãos
situação NE-3.
executar as ações previstas ambientais.
nas Seções III, IV e V do
PAEBM.
Em caso de iminência
de rompimento e
Informar a Situação de
Geotecnia durante a Registros no SIGBM.
Emergência à ANM.
permanência da
situação NE-3.
Executar e/ou apoiar as Utilizando recursos
Em caso de iminência
ações corretivas na humanos e materiais
de rompimento e
barragem ainda passíveis disponíveis no site e, se
Projetos durante a
de execução definidas necessário, providenciar
permanência da
pelas equipes de o fornecimento de
situação NE-3.
Geotecnia e Meio Ambiente recursos e contratação

41
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE EMERGÊNCIA 3 (NE-3)


Responsável Ação Quando Como
e/ou apoiar empresa de empresas
especializada contratada especializadas.
para execução.

42
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

7. PROCEDIMENTOS DE NOTIFICAÇÃO E SISTEMA DE ALERTA


O presente item descreve as estratégias de acionamento dos órgãos públicos com função de
Defesa Civil e os meios de notificação e divulgação de alertas a serem utilizados, em caso de uma
possível situação de emergência, nas comunidades potencialmente afetadas.

De acordo com a Portaria ANM nº 70.389/2017, corroborada pela Lei Estadual (MG) n°
23.291/2019, considera-se Zona de Autossalvamento (ZAS) a região do vale à jusante da barragem
em que não há tempo suficiente para uma intervenção da autoridade competente em situações de
emergência, sendo delimitada pela maior das distâncias, 10 km ou distância que corresponda a um
tempo de chegada da onda de inundação igual a 30 min. No caso da Barragem Serra Azul, a ZAS
corresponde a distância de 10,9 km a jusante da estrutura.

Essas legislações definem ainda como Zona de Salvamento Secundária (ZSS) a região constante
do Mapa de Inundação não definida como ZAS. No caso da Barragem Serra Azul, este critério foi
atingido aproximadamente 26 km a jusante do barramento. Para mais detalhes, ver item 8.

7.1. ESTRATÉGIA DE ACIONAMENTO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS


As autoridades e órgãos públicos que têm como responsabilidade atuar durante a ocorrência de
situações de emergência no município, por meio da ação coordenada entre estes nas diferentes
esferas (municipal, estadual e/ou federal), serão notificados sobre a eventual situação de
emergência envolvendo a barragem a partir do Nível de Emergência 1 (NE-1), conforme
apresentado na Tabela 7.1.

Tabela 7.1 – Estratégia de notificação dos órgãos públicos.

NOTIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS


Responsável pela
Órgão público Como Tipo de notificação
notificação
Objetiva, contendo informações do
Prefeitura, Defesa Contato
Coordenador nome e localização da estrutura,
Civil e demais telefônico e
PAEBM descrição do nível de emergência
instituições externas e-mail
e da ocorrência observada.
Registro via
Conforme campos do sistema
ANM Geotecnia Sistema
SIGBM da ANM.
SIGBM
Órgãos ambientais:
Objetiva, contendo informações do
CENAD, IPHAN, Contato
nome e localização da estrutura,
IBAMA, SEMAD, Meio Ambiente telefônico e
descrição do nível de emergência
IEPHA, FEAM, IMA, e-mail
e da ocorrência observada.
IGAM, IEF.

43
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

A principal função da notificação no NE-1 é manter os organismos públicos em estado de prontidão.


Já no nível de emergência NE-2, atual nível da Barragem Serra Azul, foi coordenada a evacuação
preventiva de forma planejada da população presente na ZAS, com a apoio da Defesa Civil de
Itatiaiuçu/MG. No nível de emergência NE-3, quando houver a ocorrência de ruptura da barragem,
deverá ser conduzida pelos referidos órgãos a coordenação das ações de resposta a desastre,
contando com apoio e recursos do empreendedor.

7.2. ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO NA ZAS


Os mecanismos de comunicação com a ZAS que poderão ser utilizados em caso de emergência
da Barragem Serra Azul são apresentados na Tabela 7.2.

Tabela 7.2 – Mecanismos de comunicação na ZAS em caso de emergência.

MECANISMOS DE COMUNICAÇÃO NA ZAS


Meio de Responsável pelo
Objetivo de utilização
comunicação acionamento
Sistema de alerta sonoro para informação de
Sistema de
Acionamento automático estado de emergência na estrutura, bem como
alerta sonoro
para ações preventivas e de treinamento.
Sistema sonoro Aviso sonoro redundante nos pontos de
Coordenador do PAEBM
veicular bloqueio das vias na ZAS em caso de NE-3.
Mensagem SMS como redundância para
Mensagem
Coordenador do PAEBM comunicação com trabalhadores inseridos na
SMS
ZAS.

7.2.1. Descrição do Sistema de Sirenes


O sistema de comunicação em massa da ArcelorMittal Brasil para a Barragem Serra Azul conta
com alerta sonoro por meio de 6 sirenes instaladas na ZAS, cujas coordenadas são apresentadas
na Tabela 7.3.
Tabela 7.3 – Coordenadas das sirenes que compõem o sistema de alerta/alarme da Barragem
Serra Azul.

COORDENADAS4
Nome Latitude Longitude
SI01 20° 08' 04.00'' 44° 23' 50.81''
SI02 20° 09' 12.60'' 44° 23' 37.03''
SI03 20° 09' 54.35'' 44° 23' 07.89''
SI04 20° 10' 03.03'' 44° 22' 37.69''

4 As coordenadas estão no datum SIRGAS2000.


44
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

COORDENADAS4
Nome Latitude Longitude
SI05 20° 09' 36.47'' 44° 20' 30.65''
SI06 20° 10' 53.92'' 44° 22' 36.03''

O sistema de acionamento das sirenes é automatizado, de forma que o acionamento das sirenes é
realizado por meio do instrumento Radar Doppler. Além disso, a Barragem Serra Azul conta com
um sistema redundante de detecção de deslocamento da barragem, que consiste em uma chave
de corda instalada em toda extensão do banco 952 (Figura 7.1) com acionamento de chave
semelhante ao sistema de emergência de corda aplicado em transportadores de correia (Imagem
7.1).

Figura 7.1 – Vista aérea da locação da chave de corda para acionamento redundante.

Fonte: ArcelorMittal Brasil (2021).


Imagem 7.1 – Caixa de ancoragem da chave de corda nas ombreiras da Barragem Serra Azul.

Fonte: ArcelorMittal Brasil (2021).

45
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

A Figura 7.2 apresenta o fluxo de ações a serem realizadas pela ArcelorMittal Brasil para o
acionamento das sirenes de alerta à população localizada na ZAS.

Figura 7.2 – Fluxograma para acionamento de sirene.

INÍCIO

Deflagração do Ruptura identificada


Evolução da
NE-3 por: por monitoramento
anomalia
remoto

GEOTECNIA Acionamento do
sistema de alerta
automático na ZAS

Identificar e classificar a
anomalia NE-3 e comunicar CENTRO DE
ao Coordenador MONITORAMENTO

COORDENADOR Notificar o
PAEBM Coordenador do
PAEBM

Situação de COORDENADOR
SIM NÃO
emergência foi PAEBM
extinta ou
controlada?

CENTRO DE COORDENADOR Notificar os agentes


MONITORAMENTO PAEBM internos e externos

PROJETOS
Solicitar
Retornar ao Notificar os agentes
acionamento manual
Monitoramento internos e externos
das sirenes
Executar e/ou apoiar as
ações corretivas na
CENTRO DE barragem ainda
MONITORAMENTO passíveis de execução.

Realizar protocolo de
acionamento das
sirenes

SIM Sirenes NÃO


funcionaram
corretamente?

COORDENADOR
PAEBM

Acionar Sistemas de
Alerta Secundários

Evacuação da ZAS

FIM

Atualmente, encontra-se proibido o acesso de pessoas à ZAS ao Eixo 2B, local onde está sendo
construída a Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ), sendo utilizados apenas equipamentos não
tripulados nessa região. Para maiores informações, consultar o Procedimento Operacional do Plano
de Trabalho Seguro EIXO2B - Projeto Barragem (ECJ) (PO.SA.GST 09).

46
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

8. SÍNTESE DO ESTUDO DE INUNDAÇÃO

O estudo de ruptura hipotética (Dam Break) da Barragem Serra Azul, disponibilizado para a TETRA
TECH para elaboração desta síntese, foi realizado pela POTAMOS em 2020 (POTARC0002-1-TC-
RTE-0005), tendo como principal objetivo a estimativa da inundação potencial associada à ruptura
hipotética da estrutura em questão.

O estudo de ruptura hipotética foi dividido em quatro etapas, a saber: análise crítica de dados
básicos (premissas e critérios); definição da superfície de ruptura crítica; estudos hidrológicos e
hidráulicos complementares; e estudos finais de ruptura hipotética da barragem.

Após a etapa de consolidação de dados e informações gerais, procedeu-se ao cerne dos estudos
de ruptura hipotética, respeitando-se três etapas principais: (i) definição das hipóteses de ruptura;
(ii) propagação da onda de cheia; e (iii) mapeamento da inundação potencial.

Apresenta-se na Figura 8.1 um diagrama que sintetiza esse processo com destaque para algumas
atividades.
Figura 8.1 – Principais etapas do Estudo de Ruptura Hipotética.

Fonte: Potamos (2020).

Conforme consta do relatório técnico de ruptura hipotética da Barragem Serra Azul, os estudos
realizados forneceram subsídios para o adequado dimensionamento da estrutura de contenção

47
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

previstas a jusante, que possui a finalidade de mitigação dos impactos a jusante em uma eventual
ruptura da Barragem Serra Azul.

Os resultados numéricos apresentados devem ser interpretados com discernimento e parcimônia,


uma vez que os parâmetros da inundação potencial estão condicionados a uma hipótese de ruptura
do maciço, regida sob premissas e critérios de engenharia. Assim, cabe destacar que quaisquer
alterações nas premissas ou na base de dados iniciais podem invalidar os resultados apresentados
e demandar novas avaliações e revisões nos estudos.

8.1. ESTUDOS HIDROLÓGICOS


Os estudos hidrológicos e hidráulicos realizados pela Potamos (2020) foram de caráter
complementar a estudos anteriores e apresentou a metodologia utilizada para calcular as vazões
de base utilizadas nos cenários estudados, a saber: cheia ordinária (QTR2) e cheia severa (QMAX).

8.2. DEFINIÇÃO DO MODO DE FALHA E GERAÇÃO DO HIDROGRAMA DE RUPTURA


Conforme o relatório de Dam Break (POTARC0002-1-TC-RTE-0005) da Barragem Serra Azul, o
modo de falha crítico considerado foi a liquefação do depósito de rejeitos. Ainda devido ao modo
de falha, o tempo de formação da brecha foi considerado nulo, ou seja, considerou-se a premissa
de ruptura instantânea do maciço. A estimativa do volume total mobilizado decorre da superfície de
ruptura apresentada na Figura 8.2.

Figura 8.2 – Volume potencialmente mobilizável.

Fonte: Potamos (2020).

48
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

O volume total mobilizável foi definido como todo o volume de material acima da superfície pós-
ruptura (cunha de 2 graus) que equivale a cerca de 5 Mm³. De acordo com casos observados em
rupturas por liquefação, a possibilidade de fluidificação instantânea da estrutura tem potencial para
produzir efeitos de escoamentos de rápida evolução, conforme esquema apresentado na Figura
8.3.

Figura 8.3 – Esquema representativo de ruptura por liquefação.

Fonte: Potamos (2020).

8.3. PROPAGAÇÃO E MAPEAMENTO DA ONDA DE RUPTURA NO VALE A JUSANTE


Para a simulação da propagação da onda de ruptura hipotética e para a definição da inundação
dos cenários de cheia natural, aplicou-se o modelo computacional RiverFlow2D® (HYDRONIA,
2018).

Dentre os diversos modelos matemáticos incorporados ao modelo RiverFlow2D®,apenas o modelo


matemático Mud and Debris Flow Model foi utilizado. Este modelo representa fluidos não-
newtonianos com uma mistura hiperconcentrada de sólidos e água.

Conforme consta no estudo de Dam Break, a abrangência das simulações compreendeu a


extensão do Córrego Mota a partir do eixo da barragem até o reservatório da Barragem do Rio
Manso, visto que, em função de seu grande reservatório, possui capacidade de amortecer a onda
proveniente da ruptura da Barragem Serra Azul.

As simulações foram interrompidas a partir do momento e da localidade em que os parâmetros de


inundação não mais apresentaram relevância do ponto de vista dos impactos diretos e da ameaça
à vida.

49
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

Os mapas de numeração MS-2029-PAE-RT-1097, MS-2029-PAE-RT-1098, MS-2029-PAE-RT-


1099, MS-2029-PAE-RT-1100 apresentam a envoltória de inundação considerando o hidrograma
de ruptura nas condições supracitadas e em diferentes níveis de abrangência do território
potencialmente impactado, conforme a Tabela 8.1.

Tabela 8.1 – Mapas de inundação (Seção II).

MAPAS DE INUNDAÇÃO
Nº Tetra Nº Nº de
Mapa Descrição
Tech ArcelorMittal folhas
Apresenta a envoltória de inundação
(ZAS e ZSS); municípios atingidos;
Mapa Geral - 21600-SRAZ- MS-2029-
1 sistema de alerta; entre outros
ZAS e ZSS ITG-DE001 PAE-RT-1097
elementos de referência da área
impactada.
Apresenta a envoltória de inundação
no trecho correspondente à ZAS;
vias de acessos, cidades, núcleos
populacionais ou edificações de
Mapa de
21600-SRAZ- MS-2029- relevância social (quando existente);
Inundação - 3
ITG-DE002 PAE-RT-1098 isolinhas de tempo de chegada da
ZAS
onda; sistema de alerta; pontos de
encontro e rotas de fuga; entre
outros elementos de referência da
área impactada.
Apresenta a envoltória de inundação
no trecho correspondente à ZSS;
vias de acessos, cidades, núcleos
Mapa de
21600-SRAZ- MS-2029- populacionais ou edificações de
Inundação - 1
ITG-DE003 PAE-RT-1099 relevância social (quando existente);
ZSS
pontos de encontro e rotas de fuga;
entre outros elementos de referência
da área impactada.
Apresenta o risco hidrodinâmico da
Mapa Risco envoltória de inundação no trecho
21600-SRAZ- MS-2029-
Hidrodinâmico 1 correspondente à ZAS; entre outros
ITG-DE004 PAE-RT-1100
- ZAS elementos de referência da área
impactada.

Para visualização dos Mapas de Inundação, ver SEÇÃO II – Capítulo I – Ações de Proteção e
Defesa Civil.

50
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

9. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA POTENCIALMENTE AFETADA


O presente capítulo apresenta uma síntese da caracterização da área potencialmente afetada,
considerando a área de influência da mancha de inundação no advento de ruptura da Barragem
Serra Azul. As informações de forma mais detalhada encontram-se na SEÇÃO II – Capítulo I –
Ações de Proteção e Defesa Civil.

9.1. LOCALIZAÇÃO SOCIOTERRITORIAL E POTENCIAIS INTERFERÊNCIAS


A descrição da região de interesse considerada para o PAEBM da Barragem Serra Azul,
contemplando municípios, cursos de água e bacias hidrográficas impactadas, encontra-se na
Tabela 9.1.

Tabela 9.1 – Municípios atingidos pela mancha de inundação e principais cursos de água
impactados.

BARRAGEM SERRA AZUL


Municípios na ZAS Itatiaiuçu, Brumadinho e Rio Manso - MG.
Municípios na ZSS Brumadinho e Rio Manso - MG.
Córrego Mota, Rio Veloso, Córrego do André, Córrego das Porteiras
Principais cursos de ou Vermelho, Córrego das Flores, Córrego Vieiras, Córrego
água impactados Provisório, Córrego Limeira, Córrego Queias, Córrego Sousas, Rio
Manso, Córrego Piaba, Córrego Contedas, Córrego Grande.
Bacias hidrográficas Rio Manso e Rio São Francisco, estadual e federal, respectivamente.

As potenciais interferências avaliadas no estudo corrente foram identificadas a partir de dados


secundários da ANA (2020)5, ANEEL (2020)6, CNES (2020)7, DNIT (2016)8, IDE-Sisema (2020) 9,
INEP (2020)10, OSM (2020)11, IBGE (2019 e 2017)12 e análise de imagem orbital.

5 ANA, Agência Nacional de Águas, 2020. Página de download dos dados abertos. Disponível em:
<http://www.snirh.gov.br/>.
6 ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica, 2020. Página de download dos dados abertos. Disponível

em: <https://sigel.aneel.gov.br/Down/>.
7 CNES, Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, 2020. Página de download dos dados abertos.

Disponível em: <http://cnes.datasus.gov.br/pages/downloads/arquivosBaseDados.jsp>.


8 DNIT, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, 2020. Página de download dos dados

abertos. Disponível em: <https://www.gov.br/dnit/pt-br>.


9 IDE-Sisema, Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, 2020. Página do Sistema. Disponível

em: <http://idesisema.meioambiente.mg.gov.br/>.
10 INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2020. Página de download

dos dados abertos. Disponível em: <http://dados.gov.br/dataset/microdados-do-censo-escolar>.


11 OSM, OpenStreetMaps, 2020. Página de download. Disponível em: <http://download.geofabrik.de/south-

america/>.
12 IBGE, Instituto de Geografia e Estatística, 2019 e 2017. Disponível em: <https://mapas.ibge.gov.br/bases-

e-referenciais/bases-cartograficas/>.
51
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

Para a ZAS, são apresentados também dados de cadastro social levantados em campo por
empresa contratada pela ArcelorMittal Brasil, que são apresentados em maior detalhe na SEÇÃO
II – Capítulo I. A Tabela 9.2 aponta as interferências da mancha levantadas até o critério de parada
da inundação.

Tabela 9.2 – Interferências mapeadas no vale a jusante até o critério de parada da inundação.

INTERFERÊNCIAS MAPEADAS NO VALE A JUSANTE ATÉ O FINAL DA INUNDAÇÃO


Distância aproximada Tempo de
em relação ao eixo da chegada da onda
Interferências mapeadas no vale
Município barragem para de ruptura
a jusante
localização no mapa aproximado
de inundação (km) (hh:mm)
Ponte e acessos Itatiaiuçu Entre 1,0 e 3,0 00:00:36
Edificação residencial (evacuada) e
Itatiaiuçu Entre 3,0 e 4,0 00:03:12
acessos
Edificações residenciais
(evacuadas), pontes e acessos no
remanso sobre o Rio Veloso, Itatiaiuçu Entre 4,0 e 5,0 00:04:48
próximo às localidades de Ponte
Nova, Lagoa das Flores e Pinheiros
Edificações residenciais
(evacuadas), pontes e acessos no
remanso do Córrego das Porteiras
Itatiaiuçu 5,0 00:06:54
ou Vermelho, próximo às
localidades de Estância da
Capoeira e Pinheiros
Trechos da rodovia federal BR-381,
próximo às localidades de Itatiaiuçu 5,0 00:06:54
Pinheiros e Estância da Capoeira
Itatiaiuçu,
Edificações residências
Brumadinho e Entre 5,0 e 11,0 00:06:54
(evacuadas), pontes e acessos
Rio Manso
Trechos da rodovia federal BR-381
Brumadinho e
e ponte, próximo à localidade 11,0 00:30:00
Rio Manso
Vieiras
Trechos de estradas vicinais Rio Manso Entre 13,0 e 14,0 00:40:00

52
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

9.2. PESSOAS E EDIFICAÇÕES INSERIDAS NA ZAS


A Tabela 9.3 apresenta uma síntese das principais informações sociais da mancha de inundação
hipotética no advento de ruptura da Barragem Serra Azul. As informações de forma mais detalhada
encontram-se na SEÇÃO II – Capítulo I.

Tabela 9.3 – Síntese da caracterização socioterritorial da mancha de inundação.

CARACTERIZAÇÃO SOCIOTERRITORIAL DA MANCHA DE INUNDAÇÃO


Tipologia ZAS
Edificação domiciliar 60 (edificações evacuadas)
Nº residente 199 (pessoas evacuadas)
Pessoa com dificuldade locomoção 77 (pessoas evacuadas)
Estrutura interna -
Estrutura sensível -
Fonte: ArcelorMittal Brasil (2021).

53
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

10. RECURSOS MATERIAIS E LOGÍSTICOS DISPONÍVEIS PARA USO


EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Os equipamentos e recursos materiais apresentados na Tabela 10.1 compõem o quadro
operacional da mina e no contexto de uma emergência, serão revertidos para atendimento e
mitigação da situação adversa.

Em situação de emergência, o Coordenador do PAEBM solicitará que a equipe de Projetos


providencie recursos para atendimento a emergência de acordo com o plano de ação apresentado.

Tabela 10.1 – Equipamentos e recursos materiais disponíveis e sua localização.

RECURSOS MATERIAIS E LOGÍSTICOS


Equipamento / Material Quantidade
Caminhão báscula 20
Caminhão munck 1
Motoniveladora 1
Caminhão Pipa 2
Escavadeira 4
Caminhonete 6
Gerador 6
Pá carregadeira 7
Torre de iluminação 6
Trator de esteira 2
Veículo de passeio 7
Caminhão báscula 9
Escavadeira 2
Pá carregadeira 1
Rompedor 1
Long Reach 1
Comboio 1

54
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

11. RESPONSABILIDADES DURANTE A EMERGÊNCIA


Durante uma emergência os funcionários da ArcelorMittal Brasil de diversos setores possuem
responsabilidades importantes vinculadas às suas respectivas competências, que em geral
envolvem a detecção, avaliação e classificação da emergência, bem como a tomada de decisão, a
notificação e emissão de alertas de evacuação às populações potencialmente afetadas a jusante
da barragem. Além disso, há o suporte de autoridades e órgãos públicos nas notificações e nas
ações para reduzir o impacto na área de influência.

Nesta seção são apresentadas as responsabilidades gerais no PAEBM, com destaque para
aquelas relativas à ArcelorMittal Brasil, ao Coordenador do PAEBM, à Equipe de Monitoramento e
à Equipe Técnica.

11.1. RESPONSABILIDADES DA ARCELORMITTAL BRASIL COMO EMPREENDEDOR


DURANTE A EMERGÊNCIA
De acordo com a Portaria ANM nº 70.389/2017, o Empreendedor é definido como o agente privado
ou governamental que explora a barragem para benefício próprio ou da coletividade. De acordo
com essa Portaria, cabe ao Empreendedor da barragem em relação ao PAEBM as seguintes
responsabilidades:
• providenciar a elaboração do PAEBM, incluindo o estudo de inundação e o mapa de
inundação;
• disponibilizar informações, de ordem técnica, para a Defesa Civil, as prefeituras e demais
instituições indicadas pelo governo municipal quando solicitado formalmente;
• promover treinamentos internos, no máximo a cada seis meses, e manter respectivos
registros das atividades;
• apoiar e participar de simulados de situações de emergência realizados de acordo com o
art. 8.º XI, da Lei n.º 12.608, de 19 de abril de 2012, em conjunto com prefeituras,
organismos de Defesa Civil, equipe de segurança da barragem, demais empregados do
empreendimento e a população compreendida na ZAS, devendo manter registros destas
atividades no Volume V do PSB;
• designar formalmente o coordenador do PAEBM e seu substituto;
• possuir equipe de segurança da barragem capaz de detectar, avaliar e classificar as
situações de emergência em potencial, de acordo com os Níveis de Emergência 1, 2 e 3;
• declarar situação de emergência e executar as ações descritas no PAEBM;
• executar as ações previstas no fluxograma de notificação;

55
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

• notificar a Defesa Civil estadual, municipal e nacional, as prefeituras envolvidas, os órgãos


ambientais competentes e a ANM em caso de situação de emergência;
• emitir e enviar via SIGBM, a Declaração de Encerramento de Emergência de acordo com o
modelo do Anexo VI da Portaria, em até cinco dias após o encerramento da citada
emergência;
• providenciar a elaboração do Relatório de Causas e Consequências do Evento de
Emergência em Nível 3, com a ciência do responsável legal da barragem, dos organismos
de Defesa Civil e das prefeituras envolvidas;
• fornecer aos organismos de Defesa Civil municipais os elementos necessários para a
elaboração dos Planos de Contingência em toda a extensão do mapa de inundação;
• prestar apoio técnico aos municípios potencialmente impactados nas ações de elaboração
e desenvolvimento dos Planos de Contingência Municipais, realização de simulados e
audiências públicas;
• estabelecer, em conjunto com a Defesa Civil, estratégias de alerta, comunicação e
orientação à população potencialmente afetada na ZAS sobre procedimentos a serem
adotados nas situações de emergência auxiliando na elaboração e implementação do plano
de ações na citada Zona;
• alertar a população potencialmente afetada na ZAS, caso se declare Nível de Emergência
3, sem prejuízo das demais ações previstas no PAEBM e das ações das autoridades
públicas competentes;
• ter pleno conhecimento do conteúdo do PAEBM, nomeadamente do fluxo de notificações;
• assegurar a divulgação do PAEBM e o seu conhecimento por parte de todos os entes
envolvidos;
• orientar, acompanhar e dar suporte no desenvolvimento dos procedimentos operacionais
do PAEBM;
• avaliar, em conjunto com a equipe técnica de segurança de barragem, a gravidade da
situação de emergência identificada;
• acompanhar o andamento das ações realizadas, frente à situação de emergência e verificar
se os procedimentos necessários foram seguidos;
• executar as notificações previstas no fluxograma de notificações;
• elaborar, junto com a equipe de segurança da barragem, a Declaração de Encerramento de
Emergência de acordo com o modelo do Anexo VI da Portaria;
• instalar, nas comunidades inseridas na ZAS, sistema de alarme, contemplando sirenes e
outros mecanismos de alerta adequados ao eficiente alerta na ZAS, tendo como base o item
5.3, do "Caderno de Orientações para Apoio à Elaboração de Planos de Contingência
56
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

Municipais para Barragens" instituído pela Portaria nº 187, de 26 de outubro de 2016 da


Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional ou
documento legal que venha sucedê-lo.

No contexto da ArcelorMittal Brasil, as áreas que atuarão como Empreendedor da Barragem Serra
Azul serão a Gerência Geral de Tecnologia Mineração (CTO) e a Direção Geral Mineração, que
deverão seguir as responsabilidades citadas anteriormente e indicadas na Portaria ANM nº
70.389/2017.

Algumas responsabilidades adicionais dessas áreas durante uma emergência da Barragem Serra
Azul são descritas a seguir.

11.1.1. Gerência Geral de Tecnologia Mineração (CTO)


• atuar nos projetos de engenharia para desenvolvimento da solução definitiva para a
emergência;
• contratação e gestão de consultorias geotécnicas para implantação das obras previstas
dentro do escopo de descaracterização da Barragem de Serra Azul;
• interagir com as partes técnicas que dão suportes aos órgãos fiscalizadores;
• gerenciar as reuniões de alinhamento com o Ministério Público;
• reportar internamente a alta direção a evolução das medidas mitigadoras.

11.1.2. Direção Geral Mineração


• atuar junto ao PAEBM suportando as tomadas de decisões para o melhor encaminhamento
das soluções para mitigação e retomada dos níveis de segurança da estrutura;
• ser canal de interação com as entidades reguladoras pautando os trabalhos e estudos em
desenvolvimento de forma a dar clareza ao PAEBM;
• assumir a responsabilidade de direcionar todos os recursos para o correto e pleno
atendimento do plano de ação em caso de emergência.

11.2. RESPONSABILIDADES DO COORDENADOR DO PAEBM DURANTE A


EMERGÊNCIA
De acordo com a Portaria ANM nº 70.389/2017, o Coordenador do PAEBM deve ser profissional,
designado pelo empreendedor da barragem, com autonomia e autoridade para mobilização de
equipamentos, materiais e mão de obra a serem utilizados nas ações corretivas e/ou emergenciais,

57
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

devendo estar treinado e capacitado para o desempenho da função. Suas principais atribuições
são:
• executar as ações em situações de emergências previstas nos Fluxogramas de Notificação
1, 2 e 3, assim como a classificação do nível de risco;
• em caso de Níveis de Emergência 1, 2 e 3, realizar notificações aos agentes internos e
externos contemplados nas listas de contatos e de acordo com os fluxogramas de
notificação;
• aplicar ou designar responsável pelo treinamento de capacitação do PAEBM, cabendo
aplicação a todos os empregados próprios e terceiros da unidade;
• estar à disposição dos organismos de Defesa Civil e demais órgãos governamentais por
meio do número de telefone constante do PAEBM, em caso de situação de emergência
declarada, e disponibilizar informações, de ordem técnica, quando solicitado formalmente;
• coordenar a evacuação interna quando necessário;
• manter a alta direção da empresa informada sobre a situação da barragem;
• autorizar bloqueio das vias internas e saídas de veículos da área interna do
empreendimento da barragem;
• garantir a disponibilidade dos recursos necessários a serem utilizados nas ações corretivas
e/ou emergenciais, tais como equipamentos, materiais e mão de obra;
• atualizar o PAEBM sempre que houver mudanças nos meios e recursos disponíveis para
serem utilizados em uma situação de emergência, bem como no que se refere a verificação
e a atualização dos contatos e telefones constantes no fluxo de notificação ou quando
houver mudança nos cenários de emergência.

11.3. RESPONSABILIDADES DA EQUIPE TÉCNICA ENVOLVIDA NO FLUXO DE


AÇÕES DO PAEBM DURANTE A EMERGÊNCIA

11.3.1. Saúde e Segurança


• coordenar e participar dos simulados internos e externos;
• dar suporte na elaboração de plano de ação e controle para as fases de Prevenção,
Mitigação, Resposta e Recuperação;
• atuar nas atividades de Gestão de Crises e acolhimento em caso de evacuação da
população a jusante;
• interagir com a Defesa Civil municipal e estadual para atendimento aos procedimentos
necessários dentro do escopo de cada órgão;

58
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

• dar suporte ao isolamento das áreas de risco;


• apoiar tecnicamente o coordenador do plano na avaliação dos riscos gerados pela
emergência aos trabalhadores;
• fornecer informações das ações realizadas durante a emergência para subsidiar a
elaboração do Relatório de Encerramento do Evento de Emergência;
• contatar, em âmbito municipal, o hospital, o SAMU e o Corpo de Bombeiros, conforme lista
de contatos.

11.3.2. Comunicação
• assessorar e orientar os colaboradores internos, stakeholders e comunidade para as ações
de desenvolvimento, bem como para as informações institucionais;
• apoiar na construção das mensagens-chave para notificação à população potencialmente
afetada;
• promover e/ou conceder aos órgãos de comunicação, conforme a ocorrência, entrevistas e
coletivas de imprensa relativas às emergências ocorridas;
• fornecer informações das ações realizadas durante a emergência para subsidiar a
elaboração do Relatório de Encerramento do Evento de Emergência;
• notificar a equipe do PAEBM para qualquer necessidade de posicionamento técnico e de
segurança que considere a barragem e suas estruturas auxiliares;
• contatar, em âmbito municipal, a Imprensa, conforme lista de contatos.

11.3.3. Meio Ambiente


• identificar os riscos ao meio ambiente e avaliar os impactos ambientais, em decorrência da
situação de emergência, repassando as informações ao coordenador do PAEBM;
• atuar no monitoramento ambiental das áreas afetadas;
• avaliar os impactos ambientais ocorridos e propor ações para mitigá-los, bem como medidas
para evitar e/ou minimizar a incidência de novos impactos;
• acompanhar e prestar as informações necessárias aos representantes dos órgãos de meio
ambiente;
• atuar na fiscalização das ações e projetos relativos à barragem;
• alertar para correta atuação e atendimento as leis de proteção ao meio ambiente;
• em caso de acionamento do plano de emergência dar o suporte no resgate e proteção dos
animais da região da ZAS;
• realizar os estudos de impacto com implantação de medidas mitigadoras;
• contatar, em âmbito nacional, o CENAD, o IPHAN e o Ibama, conforme lista de contatos;
59
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

• contatar, em âmbito estadual, os órgãos ambientais SEMAD, IEPHA, FEAM, IMA, IGAM e
IEF, conforme lista de contatos.

11.3.4. Centro de Monitoramento


• acompanhar o monitoramento geotécnico da estrutura;
• reportar qualquer anomalia, de imediato e a qualquer momento;
• realizar os relatórios diários de monitoramento geotécnico;
• realizar as inspeções diárias de campo, com emissão de ISE;
• manter o coordenador o PAEBM atualizado sobre a situação na estrutura;
• notificar os Pontos de Bloqueio dentro da ZAS;
• controlar a permanência de pessoas dentro da ZAS;
• acompanhar e informar a evolução da emergência;
• contatar, em caso de Níveis de Emergência 1, 2 e 3, o Coordenador do PAEBM e os
responsáveis pelos Pontos de Bloqueio da ZAS.

11.3.5. Geotecnia
Responsável pelo apoio técnico à equipe do Centro de Monitoramento, participando as análises do
monitoramento geotécnico e validação dos relatórios e procedimentos relacionados.
Suas principais atribuições são:
• acompanhar o monitoramento geotécnico da estrutura;
• reportar qualquer anomalia, de imediato e a qualquer momento;
• realizar os relatórios diários de monitoramento geotécnico;
• inserir as ISEs no SIGBM;
• certificar que os procedimentos estão sendo aplicados na condução das atividades;
• comunicar de imediato o coordenador do PAEBM em caso de emergência;
• acompanhar as inspeções de campo;
• checar os equipamentos de monitoramento;
• validar os dados de campo;
• acompanhar e informar a evolução da emergência.

11.3.6. Projetos
A Gerência de Projetos foi criada para mitigação do risco com a construção da ECJ (Estrutura de
Contenção à Jusante) e para finalizar a descaracterização da Barragem de Serra Azul. Suas
principais atribuições são:

60
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

• dar suporte ao Centro de Monitoramento, à Equipe de Geotecnia e ao Coordenador do


PAEBM nas ações em caso de alteração no nível emergência da Barragem Serra Azul;
• dar suporte do planejamento das ações para mitigação;
• deslocar e coordenar o efetivo para as ações do PAEBM e de retomada do nível de
segurança;
• reportar ao Coordenador do PAEBM a respeito do Plano de Ação (em caso de acionamento
da emergência);
• realizar os relatórios diários de evolução de obras da ECJ;
• dar suporte à alta direção nas ações planejadas para correção ou mitigação da emergência.

11.3.7. Jurídico
• dar suporte à alta direção da empresa nas ações relativas à comunicação e atendimento
aos órgãos reguladores durante o acionamento do nível de emergência;
• promover reuniões de alinhamento junto aos representantes de entidades reguladoras e
comunidade, apoiando na interlocução e nos requisitos legais para atendimento à
emergência.

11.4. RESPONSABILIDADES DA DEFESA CIVIL DURANTE A EMERGÊNCIA


A Defesa Civil tem o objetivo de reduzir os riscos e danos sofridos pela população em caso de
desastres. Atua antes, durante e depois de desastres por meio de ações distintas e inter-
relacionadas: Prevenção, Mitigação, Resposta e Recuperação. Suas principais atribuições são:
• estabelecer os requisitos mínimos necessários para elaboração e aprovação do Plano de
Ação de Emergência – PAE concernentes à competência do órgão estadual de Proteção e
Defesa Civil, expressa no Decreto Estadual nº 48.078, de 05 de novembro de 2020;
• atuar de acordo com as prerrogativas definidas na Lei Federal nº 12.608/2012, Lei Federal
nº 12.340/2010, Portaria do Ministério da Integração nº 413/2018 e Instrução Técnica
GMG/CEDEC nº 01/2021;
• atuar conforme definido na Seção II do PAEBM.

61
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

12. APÊNDICES

62
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

12.1. FORMULÁRIO DE DECLARAÇÃO DE INÍCIO DE EMERGÊNCIA

Nível de Emergência: ( ) Nível 1 ( ) Nível 2 ( ) Nível 3

Fazendo uso de minhas atribuições e responsabilidades definidas no Plano de Ação de


Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) estabelecido para a Barragem Serra Azul,
levo a registro que, a partir das ____:____ horas do dia ____/____/____, foi declarada situação
de emergência conforme indicada acima, em função da ocorrência de
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________.

Itatiaiuçu, ____ de _______________ de 20____.

Nome:
Cargo:
Assinatura:

63
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

12.2. FORMULÁRIO DE DECLARAÇÃO DE ENCERRAMENTO DE EMERGÊNCIA

Nível de Emergência: ( ) Nível 1 ( ) Nível 2 ( ) Nível 3

Fazendo uso de minhas atribuições e responsabilidades definidas no Plano de Ação de


Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) estabelecido para a Barragem Serra Azul,
levo a registro que, a partir das ____:____ horas do dia ____/____/____, foi declarada encerrada
a situação de emergência conforme indicada acima, em função do restabelecimento das
condições de segurança da barragem mediante as providências adotadas
de______________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________.

Itatiaiuçu, ____ de _______________ de 20____.

Nome:
Cargo:
Assinatura:

64
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

12.3. FORMULÁRIO DE NOTIFICAÇÃO

Nível de Emergência: ( ) Nível 1 ( ) Nível 2 ( ) Nível 3

Itatiaiuçu, ____ de _______________ de 20____.

Em cumprimento ao Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM)


estabelecido para a Barragem Serra Azul, notificamos aos destinatários abaixo relacionados
que, a partir das ____:____ horas do dia ____/____/____, foi ativada a situação de emergência
conforme Nível de Emergência indicado acima, devido a ocorrência
de______________________________________________________________________.

Os fatos ocorridos fazem com que se devam colocar em ação as recomendações e atividades
apresentadas no referido PAEBM, do qual os Srs. dispõem de cópias.

Esta é uma mensagem de (declaração/alteração) do Nível de Emergência feita pelo Coordenador


do PAEBM. Nós os manteremos atualizados sobre a evolução da situação.

Favor confirmar o recebimento desta Notificação ao Sr.


__________________________________pelos telefones ____________/_____________ ou e-
mail ________________________________________________________________.

Para informações adicionais, os Srs. podem entrar em contato com o Sr.


_________________________________pelos telefones ____________/_____________ ou e-
mail ________________________________________________________________.

Destinatários desta Notificação:


_________________________________ __________________________________
_________________________________ __________________________________
_________________________________ __________________________________
_________________________________ __________________________________

Nome:
Cargo:
Assinatura:

65
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

12.4. MODELO DE OFÍCIO PARA PROTOCOLO DE RECEBIMENTO DO PAEBM

Itatiaiuçu, ____ de _______________ de 20____.

Ilmo. Sr.
Órgão público
Cidade/Estado

Assunto: Protocolo do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM).

ArcelorMittal S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas – CNPJ sob o nº 17.469.701/0150-18, com sede administrativa na Rodovia MG-431, km
10 – Fazenda Pacheco - Zona Rural – Itatiaiuçu/MG, vem, respeitosamente, perante Vossa
Senhoria, em atendimento ao Art. 9º, § 1º, C/c Art. 24 da Lei Estadual nº 23.291/2019, bem como
ao Art. 32 da Portaria ANM nº 70.389/2017, apresentar a versão atualizada do Plano de Ação
de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) da Barragem Serra Azul, em
conformidade com a legislação aplicável.

Cidade / Estado de Versão do Doc.


Nome da Estrutura Mina
localização da estrutura para Protocolo nº
Barragem Serra Azul Serra Azul Itatiaiuçu/MG

Esta versão substitui eventuais protocolos anteriores do PAEBM da referida estrutura.


Atenciosamente,

............................................................................................
Coordenador do PAEBM

66
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

12.5. RELATÓRIO DE CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DO EVENTO DE NÍVEL DE


EMERGÊNCIA 3

Uma vez terminada a situação de Nível de Emergência 3, o empreendedor fica obrigado a


apresentar à ANM, em até seis meses após o acidente, o Relatório de Causas e Consequências
do Evento de Emergência em Nível 3. Além disso, esse documento deverá ser anexado ao Volume
V do Plano de Segurança de Barragem.

O relatório deverá ser elaborado por profissional habilitado, externo ao quadro de pessoal do
empreendedor, contendo, no mínimo, os seguintes tópicos:
• Descrição detalhada do evento e possíveis causas;
• Relatório fotográfico;
• Descrição das ações realizadas durante o evento, inclusive cópia das declarações emitidas
e registro dos contatos efetuados, conforme o caso;
• Em caso de ruptura, a identificação das áreas afetadas;
• Consequências do evento, inclusive danos materiais, à vida e à propriedade;
• Proposições de melhorias para revisão do PAEBM;
• Conclusões do evento; e
• Ciência do responsável legal pelo empreendimento.

67
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

12.6. FICHA DE EMERGÊNCIA – GALGAMENTO

Abaixo, serão apresentadas as Fichas de Emergência para os níveis 1, 2 e 3, respectivamente,


para o modo de falha Galgamento.

Nessas fichas são apresentados os principais procedimentos de mitigação/monitoramento/


reparação a serem tomados para cada situação anômala, além de destacar os possíveis impactos
associados às possíveis ocorrências e outras orientações que podem ser utilizadas nessas
situações.

68
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE EMERGÊNCIA: NE-1 FICHA DE


EMERGÊNCIA
MODO DE FALHA: GALGAMENTO Nº 1
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Estruturas com problemas identificados, com redução de capacidade vertente e sem medidas
corretivas (Pontuação 10 na coluna “Confiabilidade das Estruturas Extravasoras” da tabela de
Estado de Conservação da Portaria ANM nº 70.389/2017).
POSSÍVEIS IMPACTOS ASSOCIADOS
• Diminuição da borda livre;
• Possibilidade de galgamento.
PROCEDIMENTOS DE MITIGAÇÃO / MONITORAMENTO / REPARAÇÃO (QUANDO
APLICÁVEL)
• Implementar fluxo de notificação interno e externo para NE-1;
• Inspecionar o local para avaliar a causa do problema encontrado e subsidiar a tomada de
decisão sobre qual a metodologia utilizar para solução do problema conforme orientação do
Engenheiro Geotécnico e/ou equipe responsável, tais como:
o Caso se verifique que o sistema extravasor está obstruído, providenciar sua
desobstrução;
o Se for constatada a diminuição do volume de amortecimento de cheias, providenciar o
rebaixamento do nível do reservatório (instalar bombas para auxiliar no esvaziamento do
reservatório);
o Avaliar tecnicamente a opção de completar a borda livre com sacos de areia e proteger
o talude de jusante com lonas plásticas e/ou material similar que possa proteger a
estrutura;
o Avaliar tecnicamente a opção de implantar sistema de extravasão adicional, para
esvaziar mais rapidamente o reservatório;
o Restabelecer as condições operacionais de desempenho da estrutura.
• Monitorar as ações corretivas de modo a avaliar sua eficiência.
DISPOSITIVOS DE IDENTIFICAÇÃO
Inspeções periódicas / Análise visual / Leitura de instrumentação (régua limnimétrica).
DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO
Não se aplica.
RECURSOS MATERIAIS / EQUIPAMENTOS
Bombas, materiais de construção e equipamentos de terraplenagem.

69
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE EMERGÊNCIA: NE-2 FICHA DE


EMERGÊNCIA
MODO DE FALHA: GALGAMENTO Nº 2
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
As ações adotadas no NE-1 não foram efetivas e, portanto, a anomalia não foi extinta ou
controlada.
POSSÍVEIS IMPACTOS ASSOCIADOS
• Diminuição do fator de segurança;
• Possibilidade de galgamento.
PROCEDIMENTOS DE MITIGAÇÃO / MONITORAMENTO / REPARAÇÃO (QUANDO
APLICÁVEL)
• Implementar fluxo de notificação interno e externo para NE-2;
• Se for constatada a diminuição do volume de amortecimento de cheias, providenciar o
rebaixamento do nível do reservatório (instalar bombas e/ou derivar parte da água para outro
local);
• Em caso de borda livre nula, avaliar tecnicamente a opção de implantar sistema de
extravasão adicional, para esvaziar mais rapidamente o reservatório;
• Complementar a borda livre com sacos de areia e proteger o talude de jusante com lonas
plásticas e/ou material similar que possa proteger a estrutura;
• Monitorar as ações corretivas de modo a avaliar sua eficiência;
• Restabelecer as condições operacionais de desempenho da estrutura;
• Caso o problema evolua e a solução apresentada não seja eficaz, deve-se passar para a
implementação do fluxo de notificação externo do Nível de Emergência 3 e para a Ficha de
Emergência nº 3.
DISPOSITIVOS DE IDENTIFICAÇÃO
Inspeções periódicas / Análise visual.
DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO
Fita Sinalizadora.
RECURSOS MATERIAIS / EQUIPAMENTOS
Bombas, materiais de construção e equipamentos de terraplenagem.

70
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE EMERGÊNCIA: NE-3 FICHA DE


EMERGÊNCIA
MODO DE FALHA: GALGAMENTO Nº 3
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Galgamento do barramento com abertura de brecha de ruptura. A ruptura é iminente ou está
ocorrendo.
POSSÍVEIS IMPACTOS ASSOCIADOS
• Impactos em APP – Área de Preservação Permanente nas faixas marginais ao leito dos
cursos de água;
• Possíveis problemas relacionados ao abastecimento de água e fornecimento de energia
elétrica;
• Inundação de áreas urbanas ao longo do vale a jusante, com danos a benfeitorias e aos
moradores;
• Interrupção do tráfego de vias de acesso importantes;
• Assoreamento dos cursos de água a jusante da barragem com deposição de sedimentos no
leito do rio a jusante e possível alteração da calha principal dos rios em alguns trechos;
• Destruição da camada vegetal e do habitat, remoção do solo de cobertura, deposição de
rejeitos/sedimentos, destruição de vida animal, biota aquática, e demais prejuízos à fauna e
flora características da região.
PROCEDIMENTOS DE MONITORAMENTO / REPARAÇÃO (QUANDO APLICÁVEL)
• REALIZAR IMEDIATAMENTE ALERTA NA REGIÃO DE AUTOSSALVAMENTO
• Implementar fluxo de notificação externo NE-3.
• Iniciar ações de gestão de crise com planos específicos de resposta, tais como:
o Durante a ocorrência:
▪ Providenciar a construção de estruturas de contenção temporárias a jusante da
barragem para barrar a continuidade de fluxo de material;
▪ Providenciar o rebaixamento do reservatório.
o Após a ocorrência:
▪ Executar recuperação das áreas atingidas: diagnosticar e indicar tratamentos;
▪ Remover sedimentos transportados;
▪ Realizar Estudo Ambiental na área impactada;
▪ Remover material do leito do curso de água;
▪ Recuperar locais atingidos.
DISPOSITIVOS DE IDENTIFICAÇÃO
Inspeções periódicas / Análise visual / Leitura de instrumentação.
DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO
Não se aplica.
RECURSOS MATERIAIS / EQUIPAMENTOS
Bombas, materiais de construção e equipamentos de terraplenagem.

71
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

12.7. FICHA DE EMERGÊNCIA – EROSÃO INTERNA OU PIPING

Abaixo, serão apresentadas as Fichas de Emergência para os níveis 1, 2 e 3, respectivamente,


para o modo de falha Erosão Interna ou Piping.

Nessas fichas são apresentados os principais procedimentos de mitigação/monitoramento/


reparação a serem tomados para cada situação anômala, além de destacar os possíveis impactos
associados às possíveis ocorrências e outras orientações que podem ser utilizadas nessas
situações.

72
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE EMERGÊNCIA: NE-1 FICHA DE


MODO DE FALHA: EROSÃO INTERNA OU EMERGÊNCIA
PIPING Nº 4
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Surgência nas áreas de jusante com carreamento de material ou com vazão crescente ou
infiltração do material contido, com potencial de comprometimento da segurança da estrutura
(Pontuação 10 na coluna “Percolação” da tabela de Estado de Conservação da Portaria ANM nº
70.389/2017).
POSSÍVEIS IMPACTOS ASSOCIADOS
• Ocorrência de erosões no maciço;
• Ruptura parcial dos taludes.
PROCEDIMENTOS DE MITIGAÇÃO / MONITORAMENTO / REPARAÇÃO (QUANDO
APLICÁVEL)
• Implementar fluxo de notificação interno e externo para NE-1;
• Inspecionar cuidadosamente a área e verificar a causa da surgência e subsidiar a tomada de
decisão sobre qual a metodologia utilizar para solução do problema conforme orientação do
Engenheiro Geotécnico e/ou equipe responsável;
• Confirmar se a água percolada não possui sinais de carreamento de solo;
• Caso seja possível, medir e monitorar a quantidade de fluxo e verificar se há aumento e/ou
redução da vazão percolada;
• Se o aumento de vazão e/ou carreamento de solo for verificado, deve-se executar
imediatamente um dreno invertido;
• Avaliar tecnicamente a opção de realizar o rebaixamento do nível do reservatório (instalar
bombas para auxiliar no esvaziamento do mesmo);
• Avaliar tecnicamente a opção de implantar sistema de extravasão adicional, para esvaziar
mais rapidamente o reservatório;
• Monitorar as ações corretivas de modo a avaliar sua eficiência.
DISPOSITIVOS DE IDENTIFICAÇÃO
Inspeções periódicas / Análise visual / Leitura de instrumentação (piezômetros).
DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO
Fita sinalizadora.
RECURSOS MATERIAIS / EQUIPAMENTOS
Materiais de construção; equipamentos de medição de vazão; equipamentos de terraplenagem;
bombas.

73
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE EMERGÊNCIA: NE-2 FICHA DE


MODO DE FALHA: EROSÃO INTERNA OU EMERGÊNCIA
PIPING Nº 5
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
As ações adotadas no NE-1 não foram efetivas e, portanto, a anomalia não foi extinta ou
controlada.
POSSÍVEIS IMPACTOS ASSOCIADOS
• Erosões no maciço;
• Diminuição do fator de segurança;
• Instabilidade parcial dos taludes;
• Possibilidade de ruptura da barragem, caso as ações mitigadoras adequadas não sejam
tomadas.
PROCEDIMENTOS DE MITIGAÇÃO / MONITORAMENTO / REPARAÇÃO (QUANDO
APLICÁVEL)
• Implementar fluxo de notificação interno e externo para NE-2;
• Avaliar a gravidade da situação;
• Avaliar tecnicamente a opção de realizar o rebaixamento do nível do reservatório (instalar
bombas para auxiliar no esvaziamento do mesmo);
• Avaliar tecnicamente a opção de implantar sistema de extravasão adicional, para esvaziar
mais rapidamente o reservatório;
• Monitorar a ocorrência;
• Restabelecer as condições operacionais de desempenho da estrutura;
• Caso o problema evolua e a solução apresentada não seja eficaz deve-se passar para a
implementação do fluxo de notificação externo do Nível de Emergência 3 e para a Ficha de
Emergência nº 6.
DISPOSITIVOS DE IDENTIFICAÇÃO
Inspeções periódicas / Análise visual.
DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO
Fita sinalizadora.
RECURSOS MATERIAIS / EQUIPAMENTOS
Bombas, materiais de construção e equipamentos de terraplenagem.

74
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE EMERGÊNCIA: NE-3 FICHA DE


MODO DE FALHA: EROSÃO INTERNA OU EMERGÊNCIA
PIPING Nº 6
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Erosão regressiva (piping) com evolução e desenvolvimento da brecha de ruptura. Ruptura
iminente ou está ocorrendo.
POSSÍVEIS IMPACTOS ASSOCIADOS
• Impactos em APP – Área de Preservação Permanente nas faixas marginais ao leito dos
cursos de água;
• Possíveis problemas relacionados ao abastecimento de água e fornecimento de energia
elétrica;
• Inundação de áreas urbanas ao longo do vale a jusante, com danos a benfeitorias e aos
moradores;
• Interrupção do tráfego de vias de acesso importantes;
• Assoreamento dos cursos de água a jusante da barragem, com deposição de sedimentos no
leito do rio a jusante e possível alteração da calha principal dos rios em alguns trechos;
• Destruição da camada vegetal e do habitat, remoção do solo de cobertura, deposição de
rejeitos/sedimentos, destruição de vida animal, biota aquática, e demais prejuízos à fauna e
flora características da região.
PROCEDIMENTOS DE MONITORAMENTO / REPARAÇÃO (QUANDO APLICÁVEL)
• REALIZAR IMEDIATAMENTE ALERTA NA REGIÃO DE AUTOSSALVAMENTO
• Implementar fluxo de notificação externo NE-3.
• Iniciar ações de gestão de crise com planos específicos de resposta, tais como:
o Durante a ocorrência:
▪ Providenciar a construção de estruturas de contenção temporárias a jusante da
barragem para barrar a continuidade de fluxo de material;
▪ Providenciar o rebaixamento do reservatório.
o Após a ocorrência:
▪ Executar recuperação das áreas atingidas: diagnosticar e indicar tratamentos;
▪ Remover sedimentos transportados;
▪ Realizar Estudo Ambiental na área impactada;
▪ Remover material do leito do curso de água;
▪ Recuperar locais atingidos.
DISPOSITIVOS DE IDENTIFICAÇÃO
Inspeções periódicas / Análise visual / Leitura de instrumentação.
DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO
Não se aplica.
RECURSOS MATERIAIS / EQUIPAMENTOS
Materiais de construção; equipamentos de medição de vazão; equipamentos de terraplenagem;
bombas.

75
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

12.8. FICHA DE EMERGÊNCIA – INSTABILIZAÇÃO

Abaixo, serão apresentadas as Fichas de Emergência para os níveis 1, 2 e 3, respectivamente,


para o modo de falha Instabilização.

Nessas fichas são apresentados os principais procedimentos de mitigação/monitoramento/


reparação a serem tomados para cada situação anômala, além de destacar os possíveis impactos
associados às possíveis ocorrências e outras orientações que podem ser utilizadas nessas
situações.

76
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE EMERGÊNCIA: NE-1 FICHA DE


EMERGÊNCIA
MODO DE FALHA: INSTABILIZAÇÃO Nº 7
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Existência de trincas, abatimentos ou escorregamentos, com potencial de comprometimento da
segurança da estrutura (Pontuação 10 na coluna “Deformações e Recalques” da tabela de
Estado de Conservação da Portaria ANM nº 70.389/2017);

Depressões acentuadas nos taludes, escorregamentos, sulcos profundos de erosão, com


potencial de comprometimento da segurança da estrutura (Pontuação 10 na coluna “Deterioração
dos Taludes / Paramentos” da tabela de Estado de Conservação da Portaria ANM nº
70.389/2017).
POSSÍVEIS IMPACTOS ASSOCIADOS
• Diminuição da resistência do maciço;
• Diminuição do Fator de Segurança;
• Redução da seção transversal e instabilização do maciço;
• Evolução para ruptura do barramento, se não tratado adequadamente.
PROCEDIMENTOS DE MITIGAÇÃO / MONITORAMENTO / REPARAÇÃO (QUANDO
APLICÁVEL)
• Implementar fluxo de notificação interno e externo para NE-1;
• Realizar inspeção cuidadosa pelo Engenheiro Geotécnico e/ou equipe responsável pela
barragem, para identificar a causa do problema e subsidiar a tomada de decisão sobre qual
a metodologia utilizar para solucioná-lo;
• Inspecionar cuidadosamente o local onde se observaram trincas, deformações ou recalques,
registrar a localização, comprimento, profundidade, alinhamento e outros aspectos físicos
pertinentes;
• Avaliação pelo Engenheiro Geotécnico e/ou equipe responsável pela barragem, para
identificar a causa do problema e subsidiar a tomada de decisão sobre qual a metodologia
utilizar para solucioná-lo:
o Caso se verifique a ocorrência de trincas:
▪ realizar correção da trinca de modo eficiente utilizando técnicas de construção
adequadas, conforme orientação da equipe de segurança da barragem (selar trinca
contra infiltração e escoamento superficial);
o Caso se verifique a ocorrência de deformações e recalques:
▪ realizar os reparos e/ou correção da geometria utilizando técnicas de construção e
materiais adequados, conforme orientação da Equipe de Geotecnia;
o Caso se verifique a ocorrência de sulcos profundos de erosão:
▪ Realizar reparo da erosão utilizando técnicas de construção e materiais adequados,
conforme orientação do Engenheiro Geotécnico e/ou equipe responsável e registrar
a localização, extensão e profundidade;
▪ Verificar as condições do sistema de drenagem superficial e, se necessário,
prosseguir com a manutenção do mesmo, de modo a garantir a eficiência deste
sistema;
▪ Recompor a proteção superficial (rip-rap, grama, etc.) do talude, para proteção
contra ocorrência de novos processos erosivos;
o Caso se verifique a ocorrência de depressões (abatimentos) e escorregamentos:
▪ Proceder a recuperação do trecho escorregado ou abatido através da recomposição
do material e de sua proteção vegetal, utilizando técnicas de construção adequadas;
▪ Registrar a localização, extensão e o deslocamento do escorregamento;
▪ Verificar se a instrumentação está registrando níveis dentro dos limites aceitáveis de
segurança;
77
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

• Monitorar as ações corretivas de modo a avaliar sua eficiência.

DISPOSITIVOS DE IDENTIFICAÇÃO
Inspeções periódicas / Análise visual / Leitura de Instrumentação.
DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO
Fita sinalizadora.
RECURSOS MATERIAIS / EQUIPAMENTOS
Materiais de construção e equipamentos de terraplenagem.

78
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE EMERGÊNCIA: NE-2 FICHA DE


EMERGÊNCIA
MODO DE FALHA: INSTABILIZAÇÃO Nº 8
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
As ações adotadas no NE-1 não foram efetivas e, portanto, a anomalia não foi extinta ou
controlada.
POSSÍVEIS IMPACTOS ASSOCIADOS
• Instabilidade parcial do maciço;
• Diminuição do fator de segurança;
• Possibilidade de ruptura da barragem.
PROCEDIMENTOS DE MITIGAÇÃO / MONITORAMENTO / REPARAÇÃO (QUANDO
APLICÁVEL)
• Implementar fluxo de notificação interno e externo para NE-2;
• Avaliar a gravidade da situação;
• Avaliar tecnicamente a opção de se providenciar o rebaixamento do nível do reservatório
(instalar bombas para auxiliar no esvaziamento do reservatório);
• Avaliar tecnicamente a opção de implantar sistema de extravasão adicional, para esvaziar
mais rapidamente o reservatório;
• Monitorar a ocorrência;
• Restabelecer as condições operacionais de desempenho da estrutura;
• Caso o problema evolua e a solução apresentada não seja eficaz deve-se passar para a
implementação do fluxo de notificação externo do Nível de Emergência 3 e para a Ficha de
Emergência nº 9.
DISPOSITIVOS DE IDENTIFICAÇÃO
Inspeções periódicas / Análise visual.
DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO
Fita sinalizadora.
RECURSOS MATERIAIS / EQUIPAMENTOS
Bombas, materiais de construção e equipamentos de terraplenagem.

79
21600-SRAZ-ITG-RL003-0

NÍVEL DE EMERGÊNCIA: NE-3 FICHA DE


EMERGÊNCIA
MODO DE FALHA: INSTABILIZAÇÃO Nº 9
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Instabilização em evolução e desenvolvimento de brecha de ruptura. A ruptura é iminente ou está
ocorrendo.
POSSÍVEIS IMPACTOS ASSOCIADOS
• Impactos em APP – Área de Preservação Permanente nas faixas marginais ao leito dos
cursos de água;
• Possíveis problemas relacionados ao abastecimento de água e fornecimento de energia
elétrica em algumas regiões;
• Inundação de áreas urbanas ao longo do vale a jusante, com danos a benfeitorias e aos
moradores;
• Interrupção do tráfego de vias de acesso importantes;
• Assoreamento dos cursos de água a jusante da barragem, com deposição de sedimentos no
leito do rio a jusante e possível alteração da calha principal dos rios em alguns trechos;
• Destruição da camada vegetal e do habitat, remoção do solo de cobertura, deposição de
rejeitos/sedimentos, destruição de vida animal, biota aquática, e demais prejuízos à fauna e
flora características da região.
PROCEDIMENTOS DE MONITORAMENTO / REPARAÇÃO (QUANDO APLICÁVEL)
• REALIZAR IMEDIATAMENTE ALERTA NA REGIÃO DE AUTOSSALVAMENTO;
• Implementar fluxo de notificação externo NE-3;
• Iniciar ações de gestão de crise com planos específicos de resposta, tais como:
o Durante a ocorrência:
▪ Providenciar a construção de estruturas de contenção temporárias a jusante da
barragem para barrar a continuidade de fluxo de material;
▪ Providenciar o rebaixamento do reservatório.
o Após a ocorrência:
▪ Executar recuperação das áreas atingidas: diagnosticar e indicar tratamentos;
▪ Remover sedimentos transportados;
▪ Realizar Estudo Ambiental na área impactada;
▪ Remover material do leito do curso de água;
▪ Recuperar locais atingidos.
DISPOSITIVOS DE IDENTIFICAÇÃO
Inspeções periódicas / Análise visual / Leitura de Instrumentação.
DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO
Não se aplica.
RECURSOS MATERIAIS / EQUIPAMENTOS
Bombas, materiais de construção e equipamentos de terraplenagem.

80

Você também pode gostar