Questões PROVA 2 - Monitoria GO
Questões PROVA 2 - Monitoria GO
Questões PROVA 2 - Monitoria GO
UFPB
Assuntos:
● Puerpério.
● Abortamento.
● Abortamento habitual.
● NTG.
● Gestação ectópica.
● Alterações do volume de líquido amniótico.
● Placenta prévia.
● Descolamento prematuro de placenta.
● Rotura prematura de membranas ovulares.
● Prematuridade.
Monitores:
● Bianca Moreira.
● Danilo Stropp.
● Iasmin Duarte.
João Pessoa
2024
1. (SUS-SP 2021) A loquiação puerperal, produção e eliminação de quantidade variável de
exsudatos e transudatos, cronologicamente, apresenta-se como lochia:
a. flava, alba, fusca e rubra;
b. rubra, fusca, flava e alba;
c. flava, rubra, alba e fusca;
d. rubra, flava, fusca e alba;
e. alba, fusca, rubra e flava.
3. (PUC - SP) Assinale a alternativa CORRETA em relação às situações clínicas que são
intercorrentes no período gravídico-puerperal:
a. Gestantes possuem modificações adaptativas da própria gravidez, como o maior
consumo de oxigênio e edema no trato respiratório, que podem incrementar a
possibilidade de apresentar complicações, se tiver contato com o novo coronavírus;
b. Está indicada a transfusão de concentrado de glóbulos vermelhos, sempre que os
níveis séricos de Hb estejam inferiores a 11 g/dL, ou queda em 3g/dL, em relação ao
exame inicial; microcitose e hipocromia ou ferritina sérica menor que 12 mcg/dL e o
RDW > 15%;
c. Para mulheres convulsivas, está indicada a suspensão de agentes
anticonvulsivantes no primeiro trimestre da gestação, pois se associam a potenciais
efeitos teratogênicos; ademais, o quadro convulsivo entra em acalmia na gravidez;
d. Mulheres com hipotireoidismo em tratamento, quando engravidam, devem reduzir a
dose de levotiroxina em 20% a 30%, pois a gonadotrofina coriônica, habitualmente,
exerce o papel do FSH, estimulando a ação da tireoide.
4. (SES-GO 2022) De acordo com o Ministério da Saúde, uma mulher no pós-parto, que esteja
amamentando, deve ser suplementada, diariamente, com:
a. 40 mg de ferro elementar e 400 microgramas de ácido fólico;
b. 80 mg de ferro elementar e 1400 mg de ômega 3;
c. 400 microgramas de ácido fólico e 1400 mg de ômega 3;
d. 40 mg de ferro elementar.
6. (UEM 2021) Por definição o puerpério, também denominado pós-parto, é o período que
sucede o parto e sob o ponto de vista fisiológico, compreende os processos involutivos e de
recuperação do organismo materno após a gestação. Baseado nestes conceitos assinale a
alternativa que mais correlaciona com o puerpério fisiológico:
a. O puerpério tardio é caracterizado pelo retorno da ovulação e da menstruação,
eventos marcadamente influenciados pela lactação;
b. Ao longo do 10º dia de puerpério, os lóquios tem aspecto serossanguinolento de
coloração acastanhada e o útero se encontra intrapélvico;
c. No puerpério imediato ocorre uma hemostasia fisiológica provocada pela trombose
dos vasos na implantação da placenta e o elemento principal responsável por essa
hemostasia é globo de segurança ou ligadura viva de Pinard;
d. Na ausência da lactação, nas primeiras semanas pós-parto, tanto o hormônio
luteinizante (LH), quanto o folículo estimulante (FSH) mantém-se com valores muito
elevados, para logo começarem a diminuir lentamente;
e. Nas primíparas, o ritmo de involução uterina é mais lento que nas multíparas, devido
às estruturas hiperplasiadas e/ou hipertrofiadas ocorrida durante a gravidez.
7. (USP-RP 2021) Primípara, 4º dia de puerpério após cesárea por feto pélvico na 36ª de
gestação, está no alojamento conjunto. O recém-nascido pesou 2400 gramas, nasceu em
boas condições e está com a mãe. Hoje, a paciente reclamou de muita dor mamária. Sem
outras queixas. A paciente fez mamoplastia de aumento há dois anos. Exame físico:
temperatura 38,0ºC (oral), dor, hiperemia leve e aumento de volume em ambas as mamas.
Fissuras em complexo aréolo mamilar à esquerda (Figura abaixo). Palpação: mamas
endurecidas em ambos os quadrantes externos, expressão láctea positiva bilateral. O
restante do exame físico está normal. Quais são as melhores condutas para o caso?
É correto afirmar:
a. I,II e III estão corretas
b. II e III estão corretas
c. I e III estão corretas
d. III e IV estão corretas
e. I e IV estão corretas
10. Uma paciente de 42 anos, com gravidez de 12 semanas calculada pela data da última
menstruação, apresenta quadro de sangramento vaginal intermitente e indolor, com piora
progressiva nas últimas 24 horas. Ao exame físico, apresenta mucosas descoradas e
taquicardia. O toque vaginal demonstra útero aumentado de volume, palpável próximo à
cicatriz umbilical, de consistência amolecida e orifício externo do colo uterino entreaberto. A
USG confirmou a hipótese diagnóstica de gravidez molar. Com relação a essa neoplasia, é
correto afirmar:
a. O risco de malignidade não se associa à idade maior que 40 anos da gestante.
b. A presença de formações císticas intra uterinas em “flocos de neve” à
ultrassonografia transvaginal sugere o diagnóstico de mola hidatiforme.
c. O diagnóstico de mola hidatiforme parcial é normalmente mais precoce devido à
presença do feto.
d. Não existe correlação entre o título de gonadotrofina coriônica humana [hCG] e a
quantidade de células trofoblástica em atividade.
e. O risco de malignidade não se associa ao tempo prolongado [mais de 6 meses] de
duração da gravidez molar
11. (UNIFESP - 2022) Primípara, 34 anos de idade, pós-parto vaginal imediato, induzido com 38
semanas por pré-eclâmpsia, apresenta sangramento vaginal em moderada intensidade.
Exame físico: corada, PA 100 x 60 mmHg, FC 110 bpm, sangramento vaginal moderado,
útero amolecido na altura da cicatriz umbilical. Foi iniciada a administração de volume por via
intravenosa em acesso calibroso, administrada ocitocina e realizada massagem uterina. As
próximas medidas, para o melhor cuidado da paciente, incluem:
a. Misoprostol e inserção de balão intra uterino;
b. Ergotamina e tamponamento uterino com compressas;
c. Misoprostol e Histerectomia;
d. Ergotamina e realização de sutura de B-Lynch.
15. (UERN - 2022) Em relação à hemorragia pós-parto (HPP), NÃO PODEMOS AFIRMAR:
a. O manejo ativo do quarto período do parto deve ser utilizado para reduzir o risco de
HPP;
b. Ocitocina permanece como droga de primeira escolha na prevenção da HPP;
c. O misoprostol tem mais efeitos colaterais que a ocitocina no tratamento da HPP;
d. O clampeamento oportuno do cordão não aumenta o risco de HPP.
16. (HAOC - 2022) Primigesta, hoje com idade gestacional de 8 semanas e 4 dias por
ultrassonografia realizada há cinco dias com resultado normal. Procura pronto atendimento
com queixa de sangramento via vaginal de grande volume hoje. Associa-se ao quadro
cólicas intensas. Exame físico: regular estado geral, descorada 3+/4+, FC= 140 bpm, PA= 70
x 45 mmHg, afebril. Abdome: plano, flácido, bastante doloroso à palpação profunda de
hipogastro, descompressão brusca negativa. Exame especular: sangramento ativo em
moderada quantidade pelo colo uterino, sem odor. Toque vaginal: útero aumentado para 8
semanas, colo pérvio um centímetro, palpação anexial indolor. Qual a conduta?
a. Prescrever misoprostol via vaginal 400 mcg agora e realizar aspiração intrauterina
em 4 horas;
b. Prescrever misoprostol via vaginal 200 mcg a cada 4 horas. Repetir ultrassonografia
em 24 horas;
c. Expansão volêmica, reserva de sangue, ultrassonografia e curetagem se eco
endometrial menor que 15 mm;
d. Expansão volêmica, reserva de sangue e curetagem uterina ou aspiração
intrauterina, imediata;
e. Internação hospitalar, expansão volêmica, ocitocina endovenosa e reavaliação em 24
horas.
17. As principais causas de gestação ectópica são:
a. DIP prévia, cirurgia tubária prévia, gestação ectópica prévia
b. Técnica de fertilização assistida, abortamento espontâneo prévio, incompetência
cervical.
c. DIP prévia, cirurgia tubária prévia, prenhez gemelar.
d. Pré-eclâmpsia em gestação anterior, tumores anexiais, falha de métodos
contraceptivos (ligadura tubária, DIU)
18. (SMS PIRACICABA - 2022) Paciente primigesta, 36 anos, deu entrada no PSGO com queixa
de sangramento vaginal em pequena quantidade. Rh positivo. Ao exame especular: pequeno
sangramento coletado em fundo de saco posterior, sem sangramento ativo, colo uterino sem
lesões. Ao toque vaginal bimanual: fundo uterino intrapélvico, anexos não palpáveis. Colo
impérvio, grosso e posterior. Ao ultrassom transvaginal, evidenciado embrião único, CCN 68
mm, BCE: 163 bpm, biometria pelo CCN compatível com 13 semanas e 1 dia. De acordo
com o caso relatado, assinale a alternativa correta:
a. Trata-se de um aborto em curso; deve-se repetir USG em 2 semanas;
b. Trata-se de aborto retido; deve-se tomar condura expectante e repouso relativo;
c. Trata-se de ameaça de aborto; deve-se realizar USG morfológico de primeiro
trimestre pelo pré-natal e realizar repouso relativo;
d. Trata-se de abortamento inevitável; realizar imunoglobulina anti-D;
e. Trata-se de sangramentos e nidação; aguardar CCN > 84 mm para realizar
ultrassom morfológico de 1º trimestre.
20. (UNESP 2023) Secundigesta com 8 semanas de gestação comparece para consulta
pré-natal em unidade básica de saúde, referindo que há um dia dor tipo cólica em baixo
ventre, acompanhada de sangramento vivo em pouca quantidade. A conduta correta é:
a. Prescrever progesterona micronizada, devido a possibilidade de abortamento
inevitável;
b. Encaminhar a paciente para uma unidade de atendimento terciário, pois trata-se de
abortamento;
c. Solicitar ultrassom, pois é a única forma de estabelecer a hipótese diagnóstica nesse
momento;
d. Realizar exame ginecológico, pois pode ser suficiente para estabelecer a hipótese
diagnóstica e orientar a paciente.
23. Josefa tem 36 anos e teve seu filho saudável há quatro anos. Vem à Unidade de Saúde
referindo sangramento por via vaginal há duas horas e refere teste de gravidez positivo há
uma semana. Última menstruação há sete semanas. Ao exame físico: afebril, corada,
hidratada. Abdome flácido, indolor. Especular: moderada quantidade de sangramento em
vagina, sem restos ovulares. Toque vaginal: colo amolecido e pérvio 1 polpa digital. Útero
aumentado de volume, compatível para gestação de sete semanas. Sobre esse caso clínico,
é correto afirmar que:
a. se trata de abortamento completo;
b. Se trata de abortamento inevitável;
c. A ausência de restos ovulares na vagina descarta a possibilidade de abortamento
incompleto;
d. Como Josefa já tem um filho, a chance do abortamento ser por aneuploidia é
pequena;
e. Se trata de ameaça de abortamento e a paciente deve retornar para casa, com
orientação de repouso e abstinência sexual.
24. (SMS-JP 2022) Paciente jovem, 14 anos de idade, foi levada à maternidade por uma amiga,
apresentando sangramento vaginal importante há 4 horas; encontra-se escondida de seus
pais e muito nervosa. Relata atraso da menstruação e que realizou beta HCG evidenciando
valor positivo. Ao exame: Palidez cutânea e sudorese profusa, PA = 80x40mmHg, FC = 110
bpm, útero aumentado de volume e doloroso, colo uterino pérvio, sangrando muito. Nesta
situação clínica, assinale a alternativa correta, que defina o diagnóstico e a conduta a ser
instituída.
a. Aborto em evolução - conduta ativa - AMIU ou curetagem uterina;
b. Aborto retido - internar paciente - misoprostol - curetagem;
c. Gravidez ectópica - internar paciente - laparotomia exploradora;
d. Não deve realizar exame especular para não piorar o quadro da paciente.
26. Paciente de 22 anos, G3P0A3C0, todos os abortos com 20 semanas de gestação, sem
patologias, chega a consulta de pré-natal com exame de US obstétrico com 17 semanas e
apresentando colo com 2,5 cm de comprimento, com exames de pré-natal dentro da
normalidade. Diante de tal caso, qual é o diagnóstico e a MELHOR conduta?
a. Aborto habitual / Misoprostol.
b. Aborto precoce / Prostaglandina.
c. Aborto habitual / Cerclagem.
d. Aborto precoce / Cerclagem.
29. (SCMV 2022) A antibioticoterapia nos casos de abortamento infectado sem peritonite DEVE
seguir a seguinte terapêutica:
a. Cefazolina 2g EV de 8/8 hr e metronidazol 500 mg EV de 8/8 hr;
b. Ciprofloxacino 400 mg EV de 6/6 horas e vancomicina 500 mg EV, uma dose;
c. Imipenem 200 mg EV de 8/8 hr e penicilina cristalina 10.000.000 UI EV, 12/12 horas;
d. Clindamicina 900 mg IV a cada 8 horas e gentamicina 3-5 mg/kg IV (máx. 240 mg),
uma vez ao dia.
31. (PUC-PR 2022) Gestante de 28 anos vem para consulta de rotina de pré-natal e traz
ultrassonografia que mostra embrião com CCN: 5mm, sem batimento cardíaco fetal (BCF)
detectável ao método. Assinale a alternativa CORRETA:
a. Trata-se de gestação inicial e o BCF pode ainda não ser detectado. A conduta a ser
tomada deve ser de repetir o ultrassom dentro de 7 a 10 dias;
b. Trata-se de abroto retido a conduta será de esvaziamento da cavidade uterina ou
expectante;
c. Trata-se de ameaça de abortamento, sendo indicado fazer novo beta HCG dentro
das próximas 48 horas;
d. Trata-se de gestação normal, devendo se indicar a realização da medida da
translucência nucal imediatamente para avaliação de risco cromossômico.
32. (UFRJ 2021) Mulher, 37 anos, apresenta histórico de 3 perdas gestacionais no primeiro
trimestre. Após cada aborto, houve necessidade de 3 aspirações manuais intrauterinas. Para
a investigação dessas perdas de repetição, o exame obrigatoriamente solicitado é:
a. Mutação do gene da protrombina;
b. Fator V Leiden;
c. Pesquisa de cross-match;
d. Histeroscopia.
e.
33. Gestante de 42 anos, G3P2A1, diabética, com história de pré-eclâmpsia leve e gestação
molar prévia, fazendo uso de hormônio tireoidiano, apresentou 13 sangramento vaginal
abundante há cerca de 30 dias. O episódio foi interpretado como abortamento espontâneo
sem necessidade de curetagem uterina. Refere que estava grávida de apenas 8 semanas.
Comparece a maternidade nesse momento relatando que continua apresentando
sangramento vaginal. Diante do caso apresentado, é CORRETO para o controle do
sangramento:
a. Avaliar distúrbio endócrino e ajustar hipoglicemiante e hormônio tireoidiano.
b. Avaliar controle pressórico e iniciar uso de anti-hipertensivo.
c. Solicitar ultrassonografia pensando em mola hidatiforme por estar em extremo de
idade e ter tido mola na gestação anterior.
d. Avaliar possibilidade de a paciente estar apresentando coagulopatia
34. Na etiologia da Placenta Prévia, o risco está aumentado em todas as condições abaixo,
exceto:
a. Multiparidade
b. Cesárea prévia
c. Abortamento induzido prévio
d. Primigesta jovem
e. Gemelidade
38. Primípara, 39 anos de idade, hipertensa, encontra-se em trabalho de parto há 5 horas, refere
sensação de desmaio repentino e forte dor abdominal. Exame físico: PA: 140× 100 mmHg,
Pulso: 110 bpm, DU: 5/10 minutos com contrações com duração de 1 minuto, foco fetal: 100
bpm, toque: 2 cm de dilatação, centralizado, sangramentovaginal moderado com coágulos. O
diagnóstico mais provável é:
a. Rotura uterina de primeiro grau.
b. Franco trabalho de parto.
c. Sangramento devido à cervicodilatação.
d. Eclâmpsia intraparto.
e. Descolamento prematuro de placenta.
39. O Descolamento Prematuro de Placenta (DPP) configura uma situação obstétrica de risco
materno e fetal. Ocorre no terceiro trimestre e caracteriza-se pela separação da placenta,
normalmente inserida antes da expulsão do feto, em gestação de vinte semanas ou mais
completas. Quanto ao DPP, assinale a alternativa CORRETA:
a. Na presença de feto vivo e viável, deve-se evitar a amniotomia.
b. Na presença de útero de Couvelaire, é indicada a histerectomia puerperal.
c. O diagnóstico é realizado pelo ultrassom, que evidencia a presença de hematoma
retroplacentário.
d. O tabagismo está associado a risco 2,5 vezes maior de descolamento prematuro de
placenta e óbito fetal.
e. A maconha é a droga ilícita de uso recreativo que mais aumenta o risco de
descolamento prematuro de placenta.
40. Em casos de sangramento por descolamento prematuro de placenta, em uma gestação com
feto com viabilidade e vitalidade, o nascimento deve se da preferencialmente:
a. Pela via de parto através da qual o nascimento ocorra mais rapidamente.
b. Por parto vaginal com episiotomia.
c. Por parto vaginal com fórceps.
d. Por cesariana.
41. M.A.S., 25 anos, nuligesta, refere 3 meses de atraso menstrual e teste de gravidez positivo.
Realizou a primeira ultrassonografia como seguinte laudo: útero aumentado de tamanho,
com a cavidade endometrial preenchida por material amorfo, com múltiplas áreas
anecogênicas, cujo o estudo dopplervelocimétrico não identificou vascularização. Não foi
observado embrião ou anexos embrionários. Em topografia anexial esquerda observou-se
volumoso cisto tecaluteínico. O diagnóstico mais provável é
a. Gestação ectópica tubárea esquerda.
b. Mola hidatiforme completa.
c. Mola hidatiforme parcial.
d. Neoplasia trofoblástica gestacional.
e. Aborto retido.
42. Paciente 26 anos, na 30a semana, secundigesta e um aborto anterior, chega à emergência
obstétrica, referindo perda de líquido há 19 horas. Após anamnese detalhada domédico
assistente, paciente refere que a perda foi súbita de um líquido transparente, cheirando a
água sanitária, pouco aquecido, escorrendo pelas pernas e se acumulando ao chão. Negava
outras queixas. Ao exame clínico, temperatura axilar de 38,5oC e frequência cardíaca
materna de 114 bpm. Ao exame obstétrico: dinâmica uterina ausente, porém útero reativo,
toque vaginal não realizado e ausente líquido amniótico pelo exame especular e manobra de
Valsava. Realizada ultrassonografia a qual foi normal (líquido amniótico e vitalidade fetal).
Sobre esse quadro assinale a alternativa CORRETA.
a. O relato não se trata de uma rotura prematura das membranas, sendo a hipótese
diagnóstica afastada.
b. Realizar propedêutica complementar (com teste de Kittrich e/ou Iannetta) para
confirmar rotura prematura das membranas, fazer o toque vaginal e programar a
interrupção da gestação.
c. Realizar propedêutica complementar (com teste da cristalização e/ou de Nitrazina)
para confirmar rotura prematura das membranas e programar a conduta
conservadora.
d. Realizar propedêutica complementar (repetindo a ultrassonografia) para confirmar
rotura prematura das membranas, não fazer o toque vaginal e fazer a cesariana.
e. Trata-se de corioamnionite, e a cesariana deverá ser realizada de urgência.
43. Uma gestante de 31 semanas comparece à emergência referindo perda líquida via vaginal.
Ao exame especular o colo está normal e verifica-se apenas pequena quantidade de líquido
em fundo de saco vaginal, com aspecto fisiológico. Assinale a alternativa que contém o
exame complementar, com seu resultado, que pode colaborar para o diagnóstico de ruptura
prematura de membranas.
a. Teste da nitrazina demonstrando um Ph de 7,1 no líquido vaginal.
b. Ultrassonografia evidenciando o maior bolsão de líquido amniótico de 2,6 cm.
c. Teste da microglobulina alfa-placentária negativo.
d. Teste da cristalização da secreção evidenciando ausência de arborização.
e. Amniocentese evidenciando mais de 51 mil corpúsculos lamelares/μL.
45. WLA, 26 anos, primigesta, deu entrada no Pronto Atendimento de Ginecologia e Obstetrícia
do Hospital Universitário no dia 25 de novembro de 2021, com queixa de perda de líquido
claro vaginal, há 3 horas. Nega outras queixas. Ao exame físico: corada, hidratada,
acianótica, afebril, PA 100 mmHg x 60 mmHg, pulso de 78 BPM, frequência cardíaca fetal de
144 BPM, palpação do abdômen mostra pouco líquido amniótico. Dinâmica uterina: sem
contrações em 10 minutos. Especular: vagina rósea, rugosa, colo com orifício externo
puntiforme. Observa-se pequena quantidade de líquido transparente coletado no fundo de
saco posterior e que se exteriorizava pelo orifício externo do colo à manobra de Valsalva.
Toque colo grosso, amolecido, posteriorizado e impérvio. Sabendo-se que a DUM foi
06/05/2021 e que realizou ultrassonografia no primeiro trimestre, que mostrava gestação
única compatível com amenorreia referida, assinale a alternativa que contenha,
respectivamente, a idade gestacional no dia do atendimento (25/11/2021), a hipótese
diagnóstica e a conduta respectiva.
a. 32 semanas e 4 dias, amniorrexe precoce, internação.
b. 29 semanas, amniorrexe prematura, internação para conduta expectante e exames
maternos e fetais.
c. 29 semanas, amniorrexe prematura, liberação com orientação para retornar quando
começarem as contrações.
d. 32 semanas e 4 dias, amniorrexe prematura, internação para indução do parto.
e. 29 semanas, amniorrexe prematura, internação para indução do parto.
46. Partos prematuros são nascimentos antes da 37a semana de gestação. A sua prevenção,
durante o pré-natal, é, poucas vezes, possível, pois, geralmente, apresenta etiologia
multifatorial ou desconhecida. Em relação ao trabalho de parto prematuro:
a. Os uterolíticos devem ser prescritos apenas diante da avaliação e garantia de boa
vitalidade fetal.
b. A cerclagem profilática mostra bons resultados, a ponto de ser recomendada para o
tratamento da prematuridade.
c. O corticoide deverá ser prescrito para pacientes com idade gestacional abaixo de 37
semanas.
d. A associação com amniorrexe tem frequência relativamente alta, sendo uma
importante indicação de tocólise.
48. A prematuridade permanece, nos dias atuais, como sério problema perinatal, sendo
responsável por cerca de 75% de toda a morbidade e mortalidade neonatais (Blencowe et
al., 2013; ACOG, 2016). Com relação ao Trabalho de Parto Prematuro, é correto afirmar:
a. O nifedipino é o fármaco de primeira escolha para inibir o parto pré-termo, por
apresentar as seguintes vantagens: via oral de administração, poucos efeitos
colaterais e eficácia em reduzir as complicações neonatais. A indometacina também
pode ser utilizada, especialmente após a 32a semana.
b. O uso de tocolítico visa prolongar a gestação por 48 h enquanto se aguardam os
efeitos benéficos do corticoide e se transfere a paciente para maternidade de nível
terciário. A manutenção do tratamento tocolítico acima de 48 h, também é eficaz em
prevenir o parto prematuro e melhorar o prognóstico neonatal.
c. O sulfato de magnésio (MgSO) utilizado para a neuroproteção fetal está indicado na
gestação entre 23+0 e 31+6 semanas quando há risco de parto nos próximos 7 dias.
A profilaxia antibiótica intraparto (PAI) contra estreptococo do grupo B (GBS) é
obrigatória, a menos que a cultura vaginorretal tenha sido negativa nas últimas 5
semanas.
d. O corticoide é capaz não só de reduzir a incidência de Síndrome da Angústia
Respiratória (SAR) como também de outras complicações no recém-nascido, tais
como hemorragia intraventricular, retinopatia da prematuridade, enterocolite
necrosante, persistência do canal arterial e, o que é mais importante, a taxa de
mortalidade neonatal. O repouso no leito e a hidratação de nada servem para a
prevenção do parto prematuro.
49. Um parto pré-termo é aquele que ocorre após a 20a semana e antes de completar 37
semanas de amenorreia (259 dias), independentemente do peso ao nascer. O parto
prematuro pode ser espontâneo ou indicado. A respeito da prematuridade e da avaliação do
colo uterino, assinale a alternativa correta.
a. A medida do colo uterino é indicada de forma universal entre 18-22 semanas de IG.
b. O colo é considerado curto se seu comprimento for < 30 mm.
c. A medida do colo uterino é melhor avaliada pelo ultrassom transabdominal e com a
bexiga cheia.
d. A presença de eco glandular endocervical está associado à diminuição das taxas de
trabalho de parto prematuro.
GABARITO: