Questões PROVA 2 - Monitoria GO

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Monitoria de Obstetrícia

UFPB

Assuntos:
● Puerpério.
● Abortamento.
● Abortamento habitual.
● NTG.
● Gestação ectópica.
● Alterações do volume de líquido amniótico.
● Placenta prévia.
● Descolamento prematuro de placenta.
● Rotura prematura de membranas ovulares.
● Prematuridade.

Monitores:
● Bianca Moreira.
● Danilo Stropp.
● Iasmin Duarte.

João Pessoa
2024
1. (SUS-SP 2021) A loquiação puerperal, produção e eliminação de quantidade variável de
exsudatos e transudatos, cronologicamente, apresenta-se como lochia:
a. flava, alba, fusca e rubra;
b. rubra, fusca, flava e alba;
c. flava, rubra, alba e fusca;
d. rubra, flava, fusca e alba;
e. alba, fusca, rubra e flava.

2. (SUS-RR 2021) Assinale a alternativa correta quanto ao puerpério. I. A neuro-hipófise


secreta ocitocina de forma contínua, e isso estimula a expressão do leite; II. Na paciente que
não amamenta, o retorno da ovulação ocorre em torno de 6 a 8 semanas após o parto; III. A
loquiação fisiológica se dá em cinco estágios evolutivos a contar do primeiro dia do parto até
cessar; IV. O colo uterino deverá estar fechado após uma semana do parto.
a. I e III estão corretas;
b. I e II estão corretas;
c. II e IV estão corretas;
d. II, III e IV estão corretas.

3. (PUC - SP) Assinale a alternativa CORRETA em relação às situações clínicas que são
intercorrentes no período gravídico-puerperal:
a. Gestantes possuem modificações adaptativas da própria gravidez, como o maior
consumo de oxigênio e edema no trato respiratório, que podem incrementar a
possibilidade de apresentar complicações, se tiver contato com o novo coronavírus;
b. Está indicada a transfusão de concentrado de glóbulos vermelhos, sempre que os
níveis séricos de Hb estejam inferiores a 11 g/dL, ou queda em 3g/dL, em relação ao
exame inicial; microcitose e hipocromia ou ferritina sérica menor que 12 mcg/dL e o
RDW > 15%;
c. Para mulheres convulsivas, está indicada a suspensão de agentes
anticonvulsivantes no primeiro trimestre da gestação, pois se associam a potenciais
efeitos teratogênicos; ademais, o quadro convulsivo entra em acalmia na gravidez;
d. Mulheres com hipotireoidismo em tratamento, quando engravidam, devem reduzir a
dose de levotiroxina em 20% a 30%, pois a gonadotrofina coriônica, habitualmente,
exerce o papel do FSH, estimulando a ação da tireoide.

4. (SES-GO 2022) De acordo com o Ministério da Saúde, uma mulher no pós-parto, que esteja
amamentando, deve ser suplementada, diariamente, com:
a. 40 mg de ferro elementar e 400 microgramas de ácido fólico;
b. 80 mg de ferro elementar e 1400 mg de ômega 3;
c. 400 microgramas de ácido fólico e 1400 mg de ômega 3;
d. 40 mg de ferro elementar.

5. A ocorrência de oligoidrâmnio pode ser diagnosticada por meio de ultrassonografia


obstétrica. O feto exposto à redução severa de líquido amniótico durante longo tempo,
especialmente no período pré-termo, pode ser acometido de:
a. Pé torto congênito e lábio leporino.
b. Hipoplasia pulmonar e deformidade óssea.
c. Gastrosquise e contratura dos membros inferiores.
d. Morte fetal e falhas de fechamento do tubo neural

6. (UEM 2021) Por definição o puerpério, também denominado pós-parto, é o período que
sucede o parto e sob o ponto de vista fisiológico, compreende os processos involutivos e de
recuperação do organismo materno após a gestação. Baseado nestes conceitos assinale a
alternativa que mais correlaciona com o puerpério fisiológico:
a. O puerpério tardio é caracterizado pelo retorno da ovulação e da menstruação,
eventos marcadamente influenciados pela lactação;
b. Ao longo do 10º dia de puerpério, os lóquios tem aspecto serossanguinolento de
coloração acastanhada e o útero se encontra intrapélvico;
c. No puerpério imediato ocorre uma hemostasia fisiológica provocada pela trombose
dos vasos na implantação da placenta e o elemento principal responsável por essa
hemostasia é globo de segurança ou ligadura viva de Pinard;
d. Na ausência da lactação, nas primeiras semanas pós-parto, tanto o hormônio
luteinizante (LH), quanto o folículo estimulante (FSH) mantém-se com valores muito
elevados, para logo começarem a diminuir lentamente;
e. Nas primíparas, o ritmo de involução uterina é mais lento que nas multíparas, devido
às estruturas hiperplasiadas e/ou hipertrofiadas ocorrida durante a gravidez.

7. (USP-RP 2021) Primípara, 4º dia de puerpério após cesárea por feto pélvico na 36ª de
gestação, está no alojamento conjunto. O recém-nascido pesou 2400 gramas, nasceu em
boas condições e está com a mãe. Hoje, a paciente reclamou de muita dor mamária. Sem
outras queixas. A paciente fez mamoplastia de aumento há dois anos. Exame físico:
temperatura 38,0ºC (oral), dor, hiperemia leve e aumento de volume em ambas as mamas.
Fissuras em complexo aréolo mamilar à esquerda (Figura abaixo). Palpação: mamas
endurecidas em ambos os quadrantes externos, expressão láctea positiva bilateral. O
restante do exame físico está normal. Quais são as melhores condutas para o caso?

a. Analgésico e ordenha mamária;


b. Clindamicina oral e compressas mornas;
c. Cabergolina e enfaixamento mamário;
d. Oxacilina endovenosa e compressas frias.
8. (SÃO LUCAS - 2022) Durante o período de apojadura puérpera procura assistência médica
com queixa de apresentar mamas brilhantes, endurecidas, aumentadas de volume e
extremamente doloridas. O diagnóstico e abordagem terapêutica mais apropriadas são:
a. Ingurgitamento mamário - manter o aleitamento exclusivo em livre demanda,
massagear e ordenhar as mamas;
b. Mastite - aplicação de calor local e iniciar antibióticos imediatamente;
c. Ingurgitamento mamário - suspender a lactação e fazer compressão das mamas;
d. Ingurgitamento mamário - analgesia com paracetamol e domperidona 20 mg a cada
6 horas.

9. Em relação ao diagnóstico de prenhez ectópica:


I. A concentração sérica de hCG, geralmente duplica em 48 horas
II. A concentração de progesterona, geralmente, é inferior àquela encontrada na gravidez
tópica viável
III. A associação de ultra-sonografia transvaginal à dosagem sérica de hCG representa,
atualmente, o principal método de diagnóstico
IV. A zona discriminatória referente ao valor de hCG com o qual toda gestação tópica deve
ser visibilizada à ultra sonografia transvaginal é de 500 a 750 mUI/ml

É correto afirmar:
a. I,II e III estão corretas
b. II e III estão corretas
c. I e III estão corretas
d. III e IV estão corretas
e. I e IV estão corretas

10. Uma paciente de 42 anos, com gravidez de 12 semanas calculada pela data da última
menstruação, apresenta quadro de sangramento vaginal intermitente e indolor, com piora
progressiva nas últimas 24 horas. Ao exame físico, apresenta mucosas descoradas e
taquicardia. O toque vaginal demonstra útero aumentado de volume, palpável próximo à
cicatriz umbilical, de consistência amolecida e orifício externo do colo uterino entreaberto. A
USG confirmou a hipótese diagnóstica de gravidez molar. Com relação a essa neoplasia, é
correto afirmar:
a. O risco de malignidade não se associa à idade maior que 40 anos da gestante.
b. A presença de formações císticas intra uterinas em “flocos de neve” à
ultrassonografia transvaginal sugere o diagnóstico de mola hidatiforme.
c. O diagnóstico de mola hidatiforme parcial é normalmente mais precoce devido à
presença do feto.
d. Não existe correlação entre o título de gonadotrofina coriônica humana [hCG] e a
quantidade de células trofoblástica em atividade.
e. O risco de malignidade não se associa ao tempo prolongado [mais de 6 meses] de
duração da gravidez molar

11. (UNIFESP - 2022) Primípara, 34 anos de idade, pós-parto vaginal imediato, induzido com 38
semanas por pré-eclâmpsia, apresenta sangramento vaginal em moderada intensidade.
Exame físico: corada, PA 100 x 60 mmHg, FC 110 bpm, sangramento vaginal moderado,
útero amolecido na altura da cicatriz umbilical. Foi iniciada a administração de volume por via
intravenosa em acesso calibroso, administrada ocitocina e realizada massagem uterina. As
próximas medidas, para o melhor cuidado da paciente, incluem:
a. Misoprostol e inserção de balão intra uterino;
b. Ergotamina e tamponamento uterino com compressas;
c. Misoprostol e Histerectomia;
d. Ergotamina e realização de sutura de B-Lynch.

12. São causas de polidrâmnio, EXCETO:


a. Diabetes mellitus e infecções congênitas
b. Anencefalia e atresia esofágica
c. Síndrome de transfusão feto-fetal e onfalocele
d. Hidrocefalia e atresia de duodeno
e. Sofrimento fetal crônico e gestação prolongada

13. Em relação à hemorragia pós parto (HPP), é correto afirmar:


a. Parturientes que apresentaram sobredistensão uterina são de risco para HPP;
b. Nãos e deve fazer ocitocina de rotina após os partos se parturiente não for de risco;
c. Em casos de parto vaginal, a perda de sangue avaliada até 1000 ml é considerada
normal;
d. A primeira medida ao se constatar atonia uterina é administrar ocitocina IM e IV;
e. A administração de metilergonovina está proscrita na assistência aos casos de HPP.
14. O sítio de implantação ectópica tubária mais frequente é a (o):
a. corno
b. istmo
c. fímbria
d. ampola

15. (UERN - 2022) Em relação à hemorragia pós-parto (HPP), NÃO PODEMOS AFIRMAR:
a. O manejo ativo do quarto período do parto deve ser utilizado para reduzir o risco de
HPP;
b. Ocitocina permanece como droga de primeira escolha na prevenção da HPP;
c. O misoprostol tem mais efeitos colaterais que a ocitocina no tratamento da HPP;
d. O clampeamento oportuno do cordão não aumenta o risco de HPP.

16. (HAOC - 2022) Primigesta, hoje com idade gestacional de 8 semanas e 4 dias por
ultrassonografia realizada há cinco dias com resultado normal. Procura pronto atendimento
com queixa de sangramento via vaginal de grande volume hoje. Associa-se ao quadro
cólicas intensas. Exame físico: regular estado geral, descorada 3+/4+, FC= 140 bpm, PA= 70
x 45 mmHg, afebril. Abdome: plano, flácido, bastante doloroso à palpação profunda de
hipogastro, descompressão brusca negativa. Exame especular: sangramento ativo em
moderada quantidade pelo colo uterino, sem odor. Toque vaginal: útero aumentado para 8
semanas, colo pérvio um centímetro, palpação anexial indolor. Qual a conduta?
a. Prescrever misoprostol via vaginal 400 mcg agora e realizar aspiração intrauterina
em 4 horas;
b. Prescrever misoprostol via vaginal 200 mcg a cada 4 horas. Repetir ultrassonografia
em 24 horas;
c. Expansão volêmica, reserva de sangue, ultrassonografia e curetagem se eco
endometrial menor que 15 mm;
d. Expansão volêmica, reserva de sangue e curetagem uterina ou aspiração
intrauterina, imediata;
e. Internação hospitalar, expansão volêmica, ocitocina endovenosa e reavaliação em 24
horas.
17. As principais causas de gestação ectópica são:
a. DIP prévia, cirurgia tubária prévia, gestação ectópica prévia
b. Técnica de fertilização assistida, abortamento espontâneo prévio, incompetência
cervical.
c. DIP prévia, cirurgia tubária prévia, prenhez gemelar.
d. Pré-eclâmpsia em gestação anterior, tumores anexiais, falha de métodos
contraceptivos (ligadura tubária, DIU)

18. (SMS PIRACICABA - 2022) Paciente primigesta, 36 anos, deu entrada no PSGO com queixa
de sangramento vaginal em pequena quantidade. Rh positivo. Ao exame especular: pequeno
sangramento coletado em fundo de saco posterior, sem sangramento ativo, colo uterino sem
lesões. Ao toque vaginal bimanual: fundo uterino intrapélvico, anexos não palpáveis. Colo
impérvio, grosso e posterior. Ao ultrassom transvaginal, evidenciado embrião único, CCN 68
mm, BCE: 163 bpm, biometria pelo CCN compatível com 13 semanas e 1 dia. De acordo
com o caso relatado, assinale a alternativa correta:
a. Trata-se de um aborto em curso; deve-se repetir USG em 2 semanas;
b. Trata-se de aborto retido; deve-se tomar condura expectante e repouso relativo;
c. Trata-se de ameaça de aborto; deve-se realizar USG morfológico de primeiro
trimestre pelo pré-natal e realizar repouso relativo;
d. Trata-se de abortamento inevitável; realizar imunoglobulina anti-D;
e. Trata-se de sangramentos e nidação; aguardar CCN > 84 mm para realizar
ultrassom morfológico de 1º trimestre.

19. A mola hidatiforme parcial, é correta a seguinte afirmativa:


a. O feto tem genoma trissômico
b. Os ovários com cistos tecaluteínicos volumosos devem ser retirados
c. A dosagem da gonadotrofina coriônica em platô pode sugerir remissão da doença
d. A presença de desenvolvimento embrionário melhora o prognóstico da doença
e. É mais comum entre as mulheres de menor nível socioeconômico

20. (UNESP 2023) Secundigesta com 8 semanas de gestação comparece para consulta
pré-natal em unidade básica de saúde, referindo que há um dia dor tipo cólica em baixo
ventre, acompanhada de sangramento vivo em pouca quantidade. A conduta correta é:
a. Prescrever progesterona micronizada, devido a possibilidade de abortamento
inevitável;
b. Encaminhar a paciente para uma unidade de atendimento terciário, pois trata-se de
abortamento;
c. Solicitar ultrassom, pois é a única forma de estabelecer a hipótese diagnóstica nesse
momento;
d. Realizar exame ginecológico, pois pode ser suficiente para estabelecer a hipótese
diagnóstica e orientar a paciente.

21. Dentre as funções do LA qual a alternativa abaixo está INCORRETA


a. Permite pesquisa de infecções fetais
b. Pode fornecer informações relacionadas ao cariótipo fetal em casos de
malformações cardíacas graves
c. Não impede que partes do feto seja aderida ao âmnio, evitando amputações dos
membros fetais
d. Desenvolvimento dos pulmões fetais.
e. Age como barreira contra infecções

22. Em relação a conduta terapêutica da gravidez ectópica:


I. A conduta conservadora visa preservar a capacidade de procriação e reduzir a morbidade
pós-operatória.
II. O tratamento cirúrgico consiste em salpingostomia e salpingectomia linear, ordenha da tuba e
ressecção segmentar.
III. A conduta expectante tem como principais desvantagens a ata taxa de aderência e processos
inflamatórios associados.
IV. Dentre as técnicas conservadoras a com melhor resultado è a salpingectomia.
Estão corretas:
a. I, II e III
b. II e III
c. I e III
d. III e IV

23. Josefa tem 36 anos e teve seu filho saudável há quatro anos. Vem à Unidade de Saúde
referindo sangramento por via vaginal há duas horas e refere teste de gravidez positivo há
uma semana. Última menstruação há sete semanas. Ao exame físico: afebril, corada,
hidratada. Abdome flácido, indolor. Especular: moderada quantidade de sangramento em
vagina, sem restos ovulares. Toque vaginal: colo amolecido e pérvio 1 polpa digital. Útero
aumentado de volume, compatível para gestação de sete semanas. Sobre esse caso clínico,
é correto afirmar que:
a. se trata de abortamento completo;
b. Se trata de abortamento inevitável;
c. A ausência de restos ovulares na vagina descarta a possibilidade de abortamento
incompleto;
d. Como Josefa já tem um filho, a chance do abortamento ser por aneuploidia é
pequena;
e. Se trata de ameaça de abortamento e a paciente deve retornar para casa, com
orientação de repouso e abstinência sexual.

24. (SMS-JP 2022) Paciente jovem, 14 anos de idade, foi levada à maternidade por uma amiga,
apresentando sangramento vaginal importante há 4 horas; encontra-se escondida de seus
pais e muito nervosa. Relata atraso da menstruação e que realizou beta HCG evidenciando
valor positivo. Ao exame: Palidez cutânea e sudorese profusa, PA = 80x40mmHg, FC = 110
bpm, útero aumentado de volume e doloroso, colo uterino pérvio, sangrando muito. Nesta
situação clínica, assinale a alternativa correta, que defina o diagnóstico e a conduta a ser
instituída.
a. Aborto em evolução - conduta ativa - AMIU ou curetagem uterina;
b. Aborto retido - internar paciente - misoprostol - curetagem;
c. Gravidez ectópica - internar paciente - laparotomia exploradora;
d. Não deve realizar exame especular para não piorar o quadro da paciente.

25. Em relação a mola hidatiforme, é correto afirmar que:


a. A incidência de mola é muito frequente no BR, ocorrendo em 10% das gestações;
b. O metotrexato cura apenas 20% dos casos com neoplasia trofoblástica de baixo
risco
c. Na mola hidatiforme parcial, observa-se placenta espessada com saco gestacional e,
em seu interior, embrião com ou sem batimentos cardíacos.
d. A mola hidatiforme completa é observada na USG como pequenas áreas
hiperecogênicas
e. Deve-se aguardar 5 anos para uma nova gestação após a gestação molar, pois
antes o risco é muito alto de se repetir o quadro.

26. Paciente de 22 anos, G3P0A3C0, todos os abortos com 20 semanas de gestação, sem
patologias, chega a consulta de pré-natal com exame de US obstétrico com 17 semanas e
apresentando colo com 2,5 cm de comprimento, com exames de pré-natal dentro da
normalidade. Diante de tal caso, qual é o diagnóstico e a MELHOR conduta?
a. Aborto habitual / Misoprostol.
b. Aborto precoce / Prostaglandina.
c. Aborto habitual / Cerclagem.
d. Aborto precoce / Cerclagem.

27. Qual das opções contém somente causas de oligoidrâmnio?


a. Crescimento intrauterino restrito, pós-datismo, insuficiência placentária
b. Ruptura prematura de membranas, agenesia renal, diabete gestacional
c. Insuficiência placentária, pós-datismo, desordens esqueléticas
d. Inibidores do ECA, intrauterino restrito, hidropsia fetal
e. Estenose do JUP, crescimento intrauterino restrito, síndrome antifosfolipídio

28. É um fator habitualmente associado à polidrâmnia:


a. Displasia renal
b. Rins policísticos
c. Pós-maturidade
d. Infecção congênita

29. (SCMV 2022) A antibioticoterapia nos casos de abortamento infectado sem peritonite DEVE
seguir a seguinte terapêutica:
a. Cefazolina 2g EV de 8/8 hr e metronidazol 500 mg EV de 8/8 hr;
b. Ciprofloxacino 400 mg EV de 6/6 horas e vancomicina 500 mg EV, uma dose;
c. Imipenem 200 mg EV de 8/8 hr e penicilina cristalina 10.000.000 UI EV, 12/12 horas;
d. Clindamicina 900 mg IV a cada 8 horas e gentamicina 3-5 mg/kg IV (máx. 240 mg),
uma vez ao dia.

30. (SES-PE 2023) Paciente primípara na 8ª semana de gestação procurou a emergência


obstétrica com queixa de sangramento e dor em baixo do ventre tipo cólica. Ao exame, no
toque vaginal, percebeu-se o colo uterino pérvio e presença de sangramento. Baseando-se
em evidências atuais, qual das opções terapêuticas abaixo é a menos recomendada?
a. Curetagem uterina;
b. AMIU;
c. Misoprostol;
d. Mifepristone;
e. Expectante.

31. (PUC-PR 2022) Gestante de 28 anos vem para consulta de rotina de pré-natal e traz
ultrassonografia que mostra embrião com CCN: 5mm, sem batimento cardíaco fetal (BCF)
detectável ao método. Assinale a alternativa CORRETA:
a. Trata-se de gestação inicial e o BCF pode ainda não ser detectado. A conduta a ser
tomada deve ser de repetir o ultrassom dentro de 7 a 10 dias;
b. Trata-se de abroto retido a conduta será de esvaziamento da cavidade uterina ou
expectante;
c. Trata-se de ameaça de abortamento, sendo indicado fazer novo beta HCG dentro
das próximas 48 horas;
d. Trata-se de gestação normal, devendo se indicar a realização da medida da
translucência nucal imediatamente para avaliação de risco cromossômico.

32. (UFRJ 2021) Mulher, 37 anos, apresenta histórico de 3 perdas gestacionais no primeiro
trimestre. Após cada aborto, houve necessidade de 3 aspirações manuais intrauterinas. Para
a investigação dessas perdas de repetição, o exame obrigatoriamente solicitado é:
a. Mutação do gene da protrombina;
b. Fator V Leiden;
c. Pesquisa de cross-match;
d. Histeroscopia.
e.
33. Gestante de 42 anos, G3P2A1, diabética, com história de pré-eclâmpsia leve e gestação
molar prévia, fazendo uso de hormônio tireoidiano, apresentou 13 sangramento vaginal
abundante há cerca de 30 dias. O episódio foi interpretado como abortamento espontâneo
sem necessidade de curetagem uterina. Refere que estava grávida de apenas 8 semanas.
Comparece a maternidade nesse momento relatando que continua apresentando
sangramento vaginal. Diante do caso apresentado, é CORRETO para o controle do
sangramento:
a. Avaliar distúrbio endócrino e ajustar hipoglicemiante e hormônio tireoidiano.
b. Avaliar controle pressórico e iniciar uso de anti-hipertensivo.
c. Solicitar ultrassonografia pensando em mola hidatiforme por estar em extremo de
idade e ter tido mola na gestação anterior.
d. Avaliar possibilidade de a paciente estar apresentando coagulopatia

34. Na etiologia da Placenta Prévia, o risco está aumentado em todas as condições abaixo,
exceto:
a. Multiparidade
b. Cesárea prévia
c. Abortamento induzido prévio
d. Primigesta jovem
e. Gemelidade

35. Na placenta prévia, assinale a alternativa correta:


a. A hemorragia da placenta prévia é menos freqüente no terceiro trimestre, sendo
espontânea, de início e cessar súbitos, reincidente, indolor e franca.
b. O exame obstétrico pode identificar: tono uterino aumentado, ausência de
sensibilidade, ausência de abaulamento, apresentação anômala, sendo a pélvica
mais freqüente, e vitalidade fetal preservada.
c. A placenta prévia é mais freqüente em paciente idosa e multípara
d. No diagnóstico da placenta prévia a ultra-sonografia obstétrica, via abdominal, é
mais eficaz no diagnóstico do que por via endovaginal.
e. Todas estão incorretas.

36. Primigesta de 30 anos, com 34 semanas de gestação, apresentou sangramento vaginal


abundante, de cor vermelho viva, sem queixa de cólica. O colo uterino está fechado e
normal, não havendo evidência de perda de líquido amniótico e de sangramento no
momento. Os dados vitais encontram-se normais bem como os exames laboratoriais. O feto
está reativo, com frequência cardíaca de 150 bpm, e seu peso estimado é de 2 kg. Nesse
caso, o diagnóstico é
a. placenta prévia.
b. gravidez ectópica.
c. descolamento prematuro de placenta
d. vasa prévia

37. Considerando os conceitos atuais e o protocolo FEBRASGO, assinale a alternativa correta


sobre placenta prévia e acretismo placentário.
a. A tomografia deve ser solicitada no terceiro trimestre, pois possui melhor acurácia
para o diagnóstico de acretismo.
b. Os três principais fatores de risco para o acretismo placentário são: gestação na
adolescência, pré-eclâmpsia e o polidrâmnio.
c. A placenta prévia é definida como a presença de tecido placentário total ou
parcialmente inserido no segmento inferior do útero, após 28 semanas de gestação.
d. Importante o diagnóstico precoce, pois cerca de 70% das placentas prévias,
diagnosticadas no segundo trimestre, vão se manter até o termo.
e. Sua clínica é de um sangramento vivo, geralmente de origem materna,
acompanhado de aumento localizado e persistente do tônus uterino.

38. Primípara, 39 anos de idade, hipertensa, encontra-se em trabalho de parto há 5 horas, refere
sensação de desmaio repentino e forte dor abdominal. Exame físico: PA: 140× 100 mmHg,
Pulso: 110 bpm, DU: 5/10 minutos com contrações com duração de 1 minuto, foco fetal: 100
bpm, toque: 2 cm de dilatação, centralizado, sangramentovaginal moderado com coágulos. O
diagnóstico mais provável é:
a. Rotura uterina de primeiro grau.
b. Franco trabalho de parto.
c. Sangramento devido à cervicodilatação.
d. Eclâmpsia intraparto.
e. Descolamento prematuro de placenta.

39. O Descolamento Prematuro de Placenta (DPP) configura uma situação obstétrica de risco
materno e fetal. Ocorre no terceiro trimestre e caracteriza-se pela separação da placenta,
normalmente inserida antes da expulsão do feto, em gestação de vinte semanas ou mais
completas. Quanto ao DPP, assinale a alternativa CORRETA:
a. Na presença de feto vivo e viável, deve-se evitar a amniotomia.
b. Na presença de útero de Couvelaire, é indicada a histerectomia puerperal.
c. O diagnóstico é realizado pelo ultrassom, que evidencia a presença de hematoma
retroplacentário.
d. O tabagismo está associado a risco 2,5 vezes maior de descolamento prematuro de
placenta e óbito fetal.
e. A maconha é a droga ilícita de uso recreativo que mais aumenta o risco de
descolamento prematuro de placenta.

40. Em casos de sangramento por descolamento prematuro de placenta, em uma gestação com
feto com viabilidade e vitalidade, o nascimento deve se da preferencialmente:
a. Pela via de parto através da qual o nascimento ocorra mais rapidamente.
b. Por parto vaginal com episiotomia.
c. Por parto vaginal com fórceps.
d. Por cesariana.

41. M.A.S., 25 anos, nuligesta, refere 3 meses de atraso menstrual e teste de gravidez positivo.
Realizou a primeira ultrassonografia como seguinte laudo: útero aumentado de tamanho,
com a cavidade endometrial preenchida por material amorfo, com múltiplas áreas
anecogênicas, cujo o estudo dopplervelocimétrico não identificou vascularização. Não foi
observado embrião ou anexos embrionários. Em topografia anexial esquerda observou-se
volumoso cisto tecaluteínico. O diagnóstico mais provável é
a. Gestação ectópica tubárea esquerda.
b. Mola hidatiforme completa.
c. Mola hidatiforme parcial.
d. Neoplasia trofoblástica gestacional.
e. Aborto retido.
42. Paciente 26 anos, na 30a semana, secundigesta e um aborto anterior, chega à emergência
obstétrica, referindo perda de líquido há 19 horas. Após anamnese detalhada domédico
assistente, paciente refere que a perda foi súbita de um líquido transparente, cheirando a
água sanitária, pouco aquecido, escorrendo pelas pernas e se acumulando ao chão. Negava
outras queixas. Ao exame clínico, temperatura axilar de 38,5oC e frequência cardíaca
materna de 114 bpm. Ao exame obstétrico: dinâmica uterina ausente, porém útero reativo,
toque vaginal não realizado e ausente líquido amniótico pelo exame especular e manobra de
Valsava. Realizada ultrassonografia a qual foi normal (líquido amniótico e vitalidade fetal).
Sobre esse quadro assinale a alternativa CORRETA.
a. O relato não se trata de uma rotura prematura das membranas, sendo a hipótese
diagnóstica afastada.
b. Realizar propedêutica complementar (com teste de Kittrich e/ou Iannetta) para
confirmar rotura prematura das membranas, fazer o toque vaginal e programar a
interrupção da gestação.
c. Realizar propedêutica complementar (com teste da cristalização e/ou de Nitrazina)
para confirmar rotura prematura das membranas e programar a conduta
conservadora.
d. Realizar propedêutica complementar (repetindo a ultrassonografia) para confirmar
rotura prematura das membranas, não fazer o toque vaginal e fazer a cesariana.
e. Trata-se de corioamnionite, e a cesariana deverá ser realizada de urgência.

43. Uma gestante de 31 semanas comparece à emergência referindo perda líquida via vaginal.
Ao exame especular o colo está normal e verifica-se apenas pequena quantidade de líquido
em fundo de saco vaginal, com aspecto fisiológico. Assinale a alternativa que contém o
exame complementar, com seu resultado, que pode colaborar para o diagnóstico de ruptura
prematura de membranas.
a. Teste da nitrazina demonstrando um Ph de 7,1 no líquido vaginal.
b. Ultrassonografia evidenciando o maior bolsão de líquido amniótico de 2,6 cm.
c. Teste da microglobulina alfa-placentária negativo.
d. Teste da cristalização da secreção evidenciando ausência de arborização.
e. Amniocentese evidenciando mais de 51 mil corpúsculos lamelares/μL.

44. Paciente de 28 anos, primigesta, é internada na maternidade com 30 semanas de gestação,


devido à rotura prematura de membranas ovulares. É iniciado esquema de antibioticoterapia
de latência com ampicilina, azitromicina e corticoterapia. No oitavo dia de internação, inicia
dor em baixo ventre e temperatura axilar de 39oC. Ao exame físico, encontra-se em bom
estado geral, normocorada e hidratada; verifica-se PA = 110 x 70mmHg, FC = 103bpm e FR
= 18irpm; metrossístoles 2/10'/50"", BCF =152bpm, colo uterino em centralização, 70%
apagado, 5cm de dilatação e líquido claro sem grumos. Diante do quadro descrito, a conduta
a ser adotada é:
a. repetir o ciclo de corticoterapia
b. indicar cesariana de emergência
c. trocar o esquema de antibioticoterapia com cobertura ampliada e tocólise
d. iniciar antibioticoprofilaxia para estreptococo do grupo B e sulfato de magnésio

45. WLA, 26 anos, primigesta, deu entrada no Pronto Atendimento de Ginecologia e Obstetrícia
do Hospital Universitário no dia 25 de novembro de 2021, com queixa de perda de líquido
claro vaginal, há 3 horas. Nega outras queixas. Ao exame físico: corada, hidratada,
acianótica, afebril, PA 100 mmHg x 60 mmHg, pulso de 78 BPM, frequência cardíaca fetal de
144 BPM, palpação do abdômen mostra pouco líquido amniótico. Dinâmica uterina: sem
contrações em 10 minutos. Especular: vagina rósea, rugosa, colo com orifício externo
puntiforme. Observa-se pequena quantidade de líquido transparente coletado no fundo de
saco posterior e que se exteriorizava pelo orifício externo do colo à manobra de Valsalva.
Toque colo grosso, amolecido, posteriorizado e impérvio. Sabendo-se que a DUM foi
06/05/2021 e que realizou ultrassonografia no primeiro trimestre, que mostrava gestação
única compatível com amenorreia referida, assinale a alternativa que contenha,
respectivamente, a idade gestacional no dia do atendimento (25/11/2021), a hipótese
diagnóstica e a conduta respectiva.
a. 32 semanas e 4 dias, amniorrexe precoce, internação.
b. 29 semanas, amniorrexe prematura, internação para conduta expectante e exames
maternos e fetais.
c. 29 semanas, amniorrexe prematura, liberação com orientação para retornar quando
começarem as contrações.
d. 32 semanas e 4 dias, amniorrexe prematura, internação para indução do parto.
e. 29 semanas, amniorrexe prematura, internação para indução do parto.

46. Partos prematuros são nascimentos antes da 37a semana de gestação. A sua prevenção,
durante o pré-natal, é, poucas vezes, possível, pois, geralmente, apresenta etiologia
multifatorial ou desconhecida. Em relação ao trabalho de parto prematuro:
a. Os uterolíticos devem ser prescritos apenas diante da avaliação e garantia de boa
vitalidade fetal.
b. A cerclagem profilática mostra bons resultados, a ponto de ser recomendada para o
tratamento da prematuridade.
c. O corticoide deverá ser prescrito para pacientes com idade gestacional abaixo de 37
semanas.
d. A associação com amniorrexe tem frequência relativamente alta, sendo uma
importante indicação de tocólise.

47. A ocorrência do parto prematuro acarreta grande aumento da morbimortalidade perinatal e


constitui um grave problema de saúde pública. Em relação à prematuridade, assinale a
alternativa correta.
a. Medidas de predição e prevenção de prematuridade são difíceis de serem instituídas
por serem de etiologia multifatorial.
b. As drogas tocolíticas apresentam alta eficácia e poucos efeitos colaterais.
c. A escolha da via de parto independe da apresentação fetal no parto pré-termo.
d. A amniorrexis prematura pré-termo não representa risco para a ocorrência de
prematuridade.
e. A prematuridade terapêutica representa a maioria dos casos de parto prematuro.

48. A prematuridade permanece, nos dias atuais, como sério problema perinatal, sendo
responsável por cerca de 75% de toda a morbidade e mortalidade neonatais (Blencowe et
al., 2013; ACOG, 2016). Com relação ao Trabalho de Parto Prematuro, é correto afirmar:
a. O nifedipino é o fármaco de primeira escolha para inibir o parto pré-termo, por
apresentar as seguintes vantagens: via oral de administração, poucos efeitos
colaterais e eficácia em reduzir as complicações neonatais. A indometacina também
pode ser utilizada, especialmente após a 32a semana.
b. O uso de tocolítico visa prolongar a gestação por 48 h enquanto se aguardam os
efeitos benéficos do corticoide e se transfere a paciente para maternidade de nível
terciário. A manutenção do tratamento tocolítico acima de 48 h, também é eficaz em
prevenir o parto prematuro e melhorar o prognóstico neonatal.
c. O sulfato de magnésio (MgSO) utilizado para a neuroproteção fetal está indicado na
gestação entre 23+0 e 31+6 semanas quando há risco de parto nos próximos 7 dias.
A profilaxia antibiótica intraparto (PAI) contra estreptococo do grupo B (GBS) é
obrigatória, a menos que a cultura vaginorretal tenha sido negativa nas últimas 5
semanas.
d. O corticoide é capaz não só de reduzir a incidência de Síndrome da Angústia
Respiratória (SAR) como também de outras complicações no recém-nascido, tais
como hemorragia intraventricular, retinopatia da prematuridade, enterocolite
necrosante, persistência do canal arterial e, o que é mais importante, a taxa de
mortalidade neonatal. O repouso no leito e a hidratação de nada servem para a
prevenção do parto prematuro.

49. Um parto pré-termo é aquele que ocorre após a 20a semana e antes de completar 37
semanas de amenorreia (259 dias), independentemente do peso ao nascer. O parto
prematuro pode ser espontâneo ou indicado. A respeito da prematuridade e da avaliação do
colo uterino, assinale a alternativa correta.
a. A medida do colo uterino é indicada de forma universal entre 18-22 semanas de IG.
b. O colo é considerado curto se seu comprimento for < 30 mm.
c. A medida do colo uterino é melhor avaliada pelo ultrassom transabdominal e com a
bexiga cheia.
d. A presença de eco glandular endocervical está associado à diminuição das taxas de
trabalho de parto prematuro.

GABARITO:

1. Lóquios é a secreção vaginal pós-parto composta por sangue, fragmentos deciduais,


bactérias, exsudatos e transudatos vaginais.- Ao longo dos três ou quatro primeiros dias
pós-parto, temos os lóquios sanguíneos (lochia rubra - até 3º dia), em função da considerável
presença de sangue. A partir de então, a diminuição do sangramento resulta em lóquios
progressivamente serossanguíneos (lochia fusca - até o 10º dia) – de coloração acastanhada
– e, posteriormente, serosos (lochia flava - até o 21º dia). os lóquios apresentam conteúdo
líquido reduzido e muitos leucócitos, assumindo uma coloração esbranquiçada ou
discretamente amarelada (lochia alba - a partir do 21º dia). Então, basicamente devemos
seguir o seguinte raciocínio: quanto mais perto do parto, maior é o sangramento! A
sequência ficou: rubra, fusca, flava e alba.
2. Afirmativa I - Incorreta: A ocitocina é secretada pela neuro-hipófise, entretanto, isso ocorre de
forma intermitente. Nas primeiras 48 h pós parto, há um grande pico fisiológico que ocasiona
a apojadura, mas durante os meses iniciais da amamentação, a secreção de ocitocina será
estimulada de forma intermitente durante as mamadas do recém-nascido. Afirmativa II -
Correta: Em pacientes que não realizam amamentação, o retorno das ovulações ocorre, de
fato, entre 6 a 8 semanas. Afirmativa III - Incorreta: A loquiação ocorre em 4 estágios
evolutivos. A lóquia rubra ocorre até o 3.º dia, a lóquia fusca até o 10.º dia e a lóquia flava até
o 21.º dia. A partir de então, ocorre a lóquia alba, que se aproxima das secreções fisiológicas
vaginais.Afirmativa IV - correta: O fechamento do colo uterino ocorre em até 1 semana.
3. Algumas das modificações cardiovasculares e respiratórias são: em relação às alterações
cardiovasculares, temos principalmente: Aumento da frequência cardíaca, do débito cardíaco
e do volume sanguíneo e do volume plasmático; Redução da resistência vascular e da
pressão sanguínea. Já em relação às respiratórias, ocorre dispneia, congestão nasal,
hipervascularização e edema de vias aéreas, além de: aumento da circunferência torácica e
do volume corrente; Diminuição do volume residual; Manutenção da frequência respiratória.
Alternativa A - Correta: De acordo com as manifestações descritas acima, o organismo
materno é mais suscetível a complicações respiratórias. Inclusive gestantes de todas as
idades gestacionais e puérperas são consideradas grupo de risco e devem, inclusive, ser
vacinadas com prioridade contra o coronavírus. Alternativa B - Incorreta: A hemotransfusão
em gestantes está indicada quando o Hb < 6g/dl. No entanto, quando o Hb está entre 10 e
6g/dl os casos devem ser avaliados individualmente de acordo com a tolerância da paciente
à anemia. Alternativa C - Incorreta: A orientação é que, quando possível, realize a
substituição dos agentes convulsivantes com alto potencial teratogênico para outros com
menores riscos, além de suplementar ácido fólico. Existe também a opção de retirar o
medicamento por um período, no entanto, não é bem estabelecido se a frequência das crises
convulsivas tende a aumentar ou reduzir durante a gestação. Alternativa D - Incorreta: A
orientação é que aumente em pelo menos 25% a dose da levotiroxina.
4. Alternativa A - Incorreta: Essa indicação se faz necessária durante a gravidez, onde
queremos evitar complicações, como baixo peso do bebê decorrente de uma anemia por
deficiência de ferro ou defeitos no tubo neural decorrente de uma anemia por deficiência de
B9, não tendo necessidade da continuação de ácido fólico no pós-parto. Alternativa B -
Incorreta: A indicação ideal de ferro elementar pelo Ministério da saúde é de 40 a 60 mg
diários, enquanto o ômega 3 tem grande importância no período gestacional contribuindo
para desenvolvimento do bebê, evita partos prematuros e reduz o risco de depressão
pós-parto. Alternativa C - Incorreta: O ácido fólico, segundo o Ministério da Saúde, está
indicado com 90 dias antes da gestação, até pelo menos o fim do primeiro trimestre, não
havendo necessidade de continuação no período pós-parto. Alternativa D - Correta: Devido a
alterações hematológicas provocadas pela gestação, perda sanguínea durante o parto e a
mãe ainda ser uma fonte de nutrientes para o bebê, está recomendado pelo Ministério da
Saúde o uso continuado de ferro elementar de 40 a 60 mg por 120 dias pós parto.
5. A ocorrência de oligoidrâmnio, que é a redução significativa do volume de líquido amniótico,
pode ser diagnosticada por meio de ultrassonografia obstétrica. Quando o feto é exposto a
essa condição por um longo período, especialmente no período pré-termo, ele pode ser
acometido por:
● Hipoplasia pulmonar: desenvolvimento inadequado dos pulmões devido à falta de líquido
amniótico, o que pode levar a problemas respiratórios graves após o nascimento.
● Deformidade óssea: alterações no desenvolvimento ósseo devido à compressão e restrição
causadas pela redução do líquido amniótico.
● Portanto, a alternativa correta é a letra B.
6. Podemos dividir as fases do puerpério em: Imediato: até o 10.º dia; Tardio: 10.º ao 45.º dia;
Remoto: após 45.º dia | Involução fisiológica do útero: Após secundamento: nível de cicatriz
umbilical; Após 15 dias: torna-se um órgão intrapélvico normalmente; Após 28 dias: retorna
ao tamanho pré-gravídico | Lóquios: secreções exteriorizadas pela vagina no puerpério. Até
3.º dia: lóquios rubros (lochia rubra); 4 a 9 dias: lóquios róseos (lochia fusca); a partir do 10.º
dia, até a 5-6ª semana: lóquios alvos (flava e alba). Alternativa A - Incorreta: O puerpério
tardio vai do 10.º ao 45.º dia (42.º em algumas referências), e a lactação impede a função
ovulatória porque o estímulo do mamilo eleva a prolactina, e essa inibe a produção de FSH e
LH. Caso a paciente não amamente, a função ovulatória retorna em 6-8 semanas. Alternativa
B - Incorreta: Por volta do 10º dia, os lóquios são alvos, e o útero só se torna intrapélvico por
volta do 15.º dia após o parto. Alternativa C - Correta: Isso mesmo, a cada contração uterina
no pós-parto imediato há hemostasia pela compressão dos vasos uterinos. Globo de
segurança de Pinard é a consistência endurecida pela contração uterina, e a ação de
hemostasia é chamada de ligaduras vivas de Pinard.Alternativa D - Incorreta: Na mulher que
não amamenta, a prolactina começa a cair por volta do 7.º ao 14.º dia, portanto, os níveis de
FSH e LH estarão ainda baixos. Lembre-se que a prolactina inibe a produção de FSH e
LH.Alternativa E - Incorreta: Não há evidências suficientes para dizer que a involução uterina
é mais lenta em primíparas, porém, o que se sabe é que a involução uterina é mais rápida
em mulheres que amamentam, devido ao fenômeno reflexo útero-mamário pelo estímulo da
ocitocina da amamentação, que faz mais contração uterina.
7. Quadro comum no alojamento conjunto, especialmente de primíparas e pacientes com
intervenções mamárias, com dificuldades na pega e oferta de leite materno. Os dados
corroboram a hipótese de ingurgitamento mamário bilateral secundário a má pega, haja visto
a presença de fissuras mamárias. O melhor tratamento envolve o esvaziamento das mamas
pela ordenha (podendo ser manual ou com assistência de dispositivos), uso de compressas
frias, analgesia e correção da pega. Alternativa correta A.
8. Alternativa A - Correta: O tratamento, nesses casos, é a manutenção e aumento da
frequência de mamadas, ordenha manual do excesso após a amamentação, uso de sutiãs
adequados para elevação e melhora na pega. Alternativa B - Incorreta: A paciente não
apresenta sintomas sistêmicos que justifiquem esse quadro. Nesse caso, além das
orientações acima, também são válidos para a terapêutica da mastite a antibioticoterapia,
sendo normalmente feita com cefalexina. Lembrando que o principal agente etiológico é o S.
aureus e o aleitamento materno deve ser mantido. Alternativa C - Incorreta: Não há
necessidade de interromper o aleitamento. Na verdade, devemos priorizar o esvaziamento
das mamas com a técnica de pega correta. Alternativa D - Incorreta: A analgesia com
paracetamol pode ser feita, mas a domperidona de nada adianta nesse quadro.
9. I tá errada porque um dos critérios da GE é justamente não duplicar em 48h como uma
gestação normal. II tá certa e III também. A IV tá errada porque a dosagem de gestação
tópica normal é 1000 – 2000 mUI-ml para ver saco gestacional em USG
10. Os fatores de risco pra gravidez molar incluem extremos da idade materna,inclusive
mulheres acima de 40a aumentam em 10x o risco, uso de ACOs, abortamento anterior e
gravidez molar anterior. E uma duração acima de 4 meses é sinal de mau prognóstico)
11. Alternativa A - Correta: Temos que optar por condutas mais conservadoras. Então,
inicialmente, optamos pelos uterotônicos. A ocitocina e o ácido tranexâmico devem ser os
primeiros medicamentos infundidos. Diante de resposta inadequada à ocitocina, devemos
fazer a infusão sequencial de outros uterotônicos, sendo a metilergometrina (0,2 mg
intramuscular) o segundo uterotônico a ser administrado, podendo ser repetida após 20
minutos. E o uterotônico de última linha é a prostaglandina. Sugere-se a administração retal
de 800 a 1.000 mcg de misoprostol ou de 600 mcg por via sublingual. Se houver falha
terapêutica farmacológica, temos indicação de um balão de tamponamento intrauterino.
Alternativa B - Incorreta: O tamponamento não é tão eficaz nesse caso, visto que enquanto o
útero estiver atônico, o sangramento vai continuar ocorrendo. Alternativa C - Incorreta: A
histerectomia é reservada como última escolha de conduta no quadro. Alternativa D -
Incorreta: Se houver falha do balão intra uterino, optamos por ligaduras vasculares e suturas
uterinas compressivas.
12. A presença de sofrimento fetal crônico e gestação prolongada não são causas comuns
de polidrâmnio. O sofrimento fetal crônico e a gestação prolongada estão mais relacionados
a outras complicações obstétricas, como insuficiência placentária e risco aumentado de óbito
fetal, mas não são causas diretas de polidrâmnio. Portanto, letra E
13. Alternativa A - Correta: Os fatores de risco, de uma forma geral, estão muito relacionados à
sobredistensão uterina (gemelaridade, macrossomia, polidramnia). Outros fatores de risco
são: parto prolongado e também parto taquitócico, hipotensão materna, uso de anestesia
geral, uso de tocolíticos, obesidade e multiparidade. Ressalta-se, porém, que a maioria das
mulheres com hemorragia pós-parto não apresenta fatores de risco. Alternativa B - Incorreta:
Atualmente, é recomendado o uso rotineiro de ocitocina 10 UI IM na 3.ª fase do parto para
prevenção da hipotonia uterina para todas as gestantes. Alternativa C - Incorreta: A HPP é
definida como uma perda 500 ml de sangue ou mais no período de 24 horas após o parto
(normal), enquanto a HPP na cesárea é definida como uma perda ≥ 1.000 ml de sangue.
Alternativa D - Incorreta: Como em qualquer causa de hemorragia (seja ela causada por
atonia uterina ou não), vamos primeiro iniciar medidas de estabilização hemodinâmica (dois
acessos venosos calibrosos, infusão de cristaloides, etc.). A respeito das condutas
obstétricas propriamente ditas, temos uma sequência de condutas a ser seguida (irá
prosseguir para a etapa seguinte apenas se necessário): Administração de ocitocina e
massagem uterina. Resolve a maior parte das hipotonias uterinas, porém, se o útero não
responder à massagem, devemos prosseguir com as próximas etapas. Em caso de falha
terapêutica, pode-se tentar administração de metilergometrina e/ou misoprostol. Se ainda
assim houver falha, o próximo passo será tentar a embolização das artérias uterinas. Na
sequência, realização da sutura de B-Lynch. Ligadura das artérias uterinas/ilíaca interna
(hipogástrica). Em último caso, histerectomia. Alternativa E - Incorreta: A administração de
metilergonovina é indicada na assistência aos casos de HPP.
14. 70 a quase 80% dos casos. Seguida por istmo, fímbrias, interstício e, fora das tubas, ovários,
abdômen e cérvice
15. Período de dilatação (1º período): dilatação progressiva do colo uterino até a cérvice
expandir-se completamente. Período de expulsão (2º período): esta fase se inicia com a
dilatação cervical completa (10 cm) e pode durar de 1 a 3 horas. Secundamento ou
dequitação placentária (3.º período): consiste no descolamento e expulsão da placenta,
considerado prolongado se ultrapassar 30 minutos. Período de Greenberg (4.º período):
consiste no período de 1 hora após o secundamento. É importante lembrar também que a
hipotonia é a principal causa de sangramento pós-parto (corresponde a 80% dos casos).
Além da hipotonia/atonia, podemos citar como causas: trauma, placenta retida, acretismo e
coagulopatias. Alternativa A - Incorreta: Recomenda-se, atualmente, o manejo ativo do
terceiro período do parto, reduzindo, assim, o risco de hemorragias pós-parto. Podemos
utilizar ocitocina profilática, clampeamento oportuno do cordão umbilical, tração controlada
do cordão umbilical e massagem uterina. Alternativa B - Correta: A ocitocina profilática (10 U
intramuscular) permanece como droga de primeira escolha na prevenção da HPP. Alternativa
C - Correta: O misoprostol tem mais efeitos colaterais (como, por exemplo, a hiperexia) que a
ocitocina. Além disso, o misoprostol tem latência de 15 minutos, demorando um pouco mais
para exercer seu efeito. Alternativa D - Correta: O clampeamento oportuno do cordão não
aumenta o risco de HPP; na verdade, é indicado como manejo ativo no terceiro período do
parto.
16. Alternativas A e B - Incorretas: O misoprostol visa preparar o colo para a expulsão fetal se a
idade gestacional for maior que 12 semanas. Não é o caso da nossa paciente. Alternativa C -
Incorreta: Pensando na hipótese de abortamento inevitável, a ultrassonografia apenas
confirmaria a ausência de vitalidade fetal, indicando o esvaziamento independente do eco
endometrial. Alternativa D - Correta: Devemos fazer a expansão volêmica e reserva de
sangue para a paciente, que se encontra em choque. Após a estabilização, devemos
prosseguir para aspiração manual intrauterina ou curetagem, sendo que, pela idade
gestacional < 12 semanas, a primeira é preferível à segunda, já que tem menor risco de
perfuração uterina e menor necessidade de dilatação cervical. Alternativa E - Incorreta: Não
há indicação de indução de trabalho de parto para essa paciente, já que o colo dela é pérvio
e a idade gestacional é menor que 12 semanas. Uma conduta mais intervencionista precisa
ser tomada agora, visto que a paciente está instável.
17. Para identificar as principais causas de gestação ectópica, é importante considerar alguns
fatores de risco que podem estar associados a essa condição. As principais causas incluem:
● A doença inflamatória pélvica (DIP) prévia pode levar a alterações nas trompas de falópio,
aumentando o risco de gestação ectópica.
● Cirurgias tubárias prévias, como ligadura de trompas, também podem aumentar o risco de
gestação ectópica.
● Ter tido uma gestação ectópica anteriormente é um fator de risco para futuras gestações
ectópicas.
18. Alternativa A - Incorreta: Nesses casos, costuma haver colo aberto e maior quantidade de
sangramento, além de dor em baixo ventre, que também pode estar presente. Alternativa B -
Incorreta: No abortamento retido, o material ainda está por inteiro dentro do útero, ou seja,
um embrião sem BCF, que não é o caso. Alternativa C - Correta: Temos um colo fechado,
sangramento discreto, dor ausente ou pequeno desconforto, sem alterações em beta-hCG e
na ultrassonografia (USG), batimentos cardiofetais (BCF) presente, correspondendo a uma
ameaça de aborto. Nesses casos a conduta é expectante: repouso relativo (não se faz mais
repouso absoluto), manter seguimento de pré-natal. Alternativa D - Incorreta: Não temos um
abortamento em curso, e também não há indicação de imunoglobulina, pois a paciente não é
Rh negativo. Alternativa E - Incorreta: Não temos esse tipo de indicação.
19. Letra A só está errada porque não é trissomia e sim triploidia, que seria o certo; B está
errada porque não necessitam de tratamento e regridem conforme o hCG baixa; C está
errada porque o platô indica doença persistente E - completa - 20% maligniza;
incompleta-5% maligniza
20. D. Primeiramente, temos que descobrir do que se trata, antes de instituir medidas que podem
acabar sendo desnecessárias e talvez não ofereçam benefício para paciente e feto. A
primeira coisa a se fazer nesses casos é o exame ginecológico! Sim, o exame especular já
nos fornece muitas informações, como a presença ou não de sangramento ativo, de onde
vem esse sangramento, se o colo da gestante está pérvio ou impérvio, por exemplo. Só com
essas três informações é possível levantar hipóteses diagnósticas e direcionar a abordagem
corretamente.
21. Letra C está incorreta. Na verdade, o líquido amniótico atua como um "amortecedor" que
permite movimentos fetais sem restrições, ajudando no desenvolvimento adequado dos
membros e evitando aderências que poderiam levar a amputações.
22. A IV é incorreta. A salpingectomia é uma abordagem mais radical e definitiva, sendo
reservada para casos específicos. Outras opções conservadoras, como a administração de
metotrexato, podem ser mais adequadas em certas situações.
23. B. COLO ABERTO: os 3 INs - INevitável, INcompleto e INfectado. No inevitável, tenho uma
expulsão que ainda não ocorreu, mas não tenho muito o que fazer para evitar que ela ocorra.
O útero pode estar compatível com a IG ou um pouco menor; Beta HCG + com BCF
presentes.O incompleto já iniciou, é um diagnóstico ultrassonográfico - imagem heterogênea
de restos ovulares (ecos hiperecogênicos); terei um BHCG negativo com útero < IG. A
principal diferença do abortamento incompleto para o iminente (ou também chamado de
AMEAÇA DE ABORTAMENTO) é o exame do colo. Enquanto no incompleto o colo estará
aberto pois o útero ainda está eliminando produto conceptual, na ameaça o colo estará
fechado. Por fim, no abortamento infectado - que normalmente é uma complicação de
abortamento incompleto - terei um útero < IG (amolecido e doloroso a mobilização de colo);
sinais sistêmicos como febre/taquicardia; um BHCG negativo sem BCF. Lembrando que uma
das principais causas de abortamento no primeiro trimestre são as aneuploidias, não
podendo descartar essa causa devido a uma gestação prévia bem sucedida.
24. A. Considerando o enunciado da questão e o fato de o sangramento ter iniciado há 04 horas,
além de o colo se encontrar PÉRVIO nos leva a pensar em um aborto em evolução. Nesse
caso, visto que a paciente encontra-se instável, devemos tomar uma conduta mais
intervencionista, com o esvaziamento uterino por AMIU ou curetagem. AMIU em idades
gestacionais mais baixas é preferencial devido à menor probabilidade de perfuração uterina.
25. Letra A está errada porque a incidência é bem menor, sendo 1 a cada 275 gestações; B está
errada porque em sendo baixo risco o metotrexato é tratamento de escolha; D está errada
porque não são pequenas áreas; E está errada porque aguarda 6 meses
26. C. O conceito de aborto habitual seria a ocorrência de 3 abortos consecutivos. Observando
os dados obstétricos da paciente, vemos que ela possui 3 abortos e 3 gestações prévias,
fechando o critério para diagnóstico. Uma das principais causas de abortamento habitual em
gestações de segundo trimestre é a incompetência istmo-cervical. O diagnóstico IIC é
bastante difícil e não existe teste diagnóstico que se mostrou realmente eficaz. Considera-se
quadro sugestivo de IIC quando o paciente apresenta uma ou mais perdas gestacionais no
segundo trimestre ou dilatação cervical progressiva no segundo ou no início do terceiro
trimestre, resultando em prolapso de membrana, rotura prematura pré-termo de membranas,
perda gestacional ou parto prematuro. O tratamento mais efetivo para a IIC, até agora, é a
cerclagem uterina. A cerclagem uterina profilática é aquela feita entre 12 e 16 semanas em
gestantes com alto risco de IIC, conforme a história obstétrica. É necessário fazer ultrassom
morfológico, urocultura e cultura de secreção vaginal antes do procedimento. As indicações
para cerclagem profilática são controversas e mudam muito de um protocolo para o outro.
Conforme os protocolos da ACOG as indicações são: História clássica de IIC: uma ou mais
perda gestacional no segundo trimestre, com dilatação cervical sem dor e ausência de
trabalho de parto ou descolamento de placenta; Cerclagem prévia devida à dilatação cervical
indolor no segundo trimestre; História de trauma ou cirurgia cervical prévia. A cerclagem de
emergência pode ser feita quando houver dilatação cervical de 1-4cm, sem contração
uterina, com ou sem exposição da membrana, antes de 24 semanas. Quando não há história
clássica de ICC, mas a gestante apresenta antecedente de parto prematuro espontâneo
antes de 34 semanas E colo uterino avaliado na gestação atual pelo ultrassom transvaginal
menor que 25mm antes de 24 semanas, as evidências mostram que a cerclagem terapêutica
pode ser efetiva. Os protocolos da ACOG orientam cerclagem para esses casos, já os
protocolos da RCOG orientam que o tratamento pode ser por intermédio da cerclagem ou da
progesterona vaginal entre 16 e 34 semanas.
27. Para identificar a opção que contém somente causas de oligoidrâmnio, é importante
reconhecer as condições associadas a essa redução significativa do volume de líquido
amniótico. Dentre as opções fornecidas:
● Crescimento intrauterino restrito, pós-datismo, insuficiência placentária: Todas essas
condições estão relacionadas ao oligoidrâmnio, pois podem levar a uma diminuição no
volume de líquido amniótico.
● Ruptura prematura de membranas, agenesia renal, diabete gestacional: A ruptura
prematura de membranas pode estar associada tanto ao oligoidrâmnio quanto ao
polidrâmnio, mas a agenesia renal e o diabetes gestacional não são causas comuns de
oligoidrâmnio.
● Insuficiência placentária, pós-datismo, desordens esqueléticas: A insuficiência
placentária e o pós-datismo estão relacionados ao oligoidrâmnio, mas as desordens
esqueléticas não são causas típicas de redução do líquido amniótico.
● Inibidores do ECA, crescimento intrauterino restrito, hidropsia fetal: Os inibidores do
ECA não são uma causa comum de oligoidrâmnio, enquanto o crescimento intrauterino
restrito e a hidropsia fetal podem contribuir para a redução do líquido amniótico.
● Estenose do JUP, crescimento intrauterino restrito, síndrome antifosfolipídio: A
estenose do JUP não é uma causa conhecida de oligoidrâmnio, mas o crescimento
intrauterino restrito e a síndrome antifosfolipídio podem estar associados a essa condição.
Portanto, a opção que contém somente causas de oligoidrâmnio é a letra a

28. Um fator habitualmente associado à polidrâmnio é a displasia renal. A presença de displasia


renal, que é uma anomalia no desenvolvimento dos rins, pode contribuir para o aumento do
volume de líquido amniótico durante a gestação.
29. D. O tratamento de escolha é clinda e genta
30. A. Segundo o Tratado de obstetrícia da Febrasgo, no primeiro trimestre, a curetagem uterina
não deve ser utilizada para o esvaziamento uterino, a não ser quando não seja possível a
utilização da AMIU. Além disso, segundo os dados da questão, o colo se encontra aberto,
nos deixando a possibilidade ser abortamento inevitável, incompleto ou infectado, porém não
nos fornece dados suficientes para diferenciar entre eles. No caso de abortamento inevitável,
pode-se assumir uma conduta expectante, visto que cerca de metade dos casos evolui para
expulsão. A mifepristone é um esteroide agonista parcial da progesterona e pode ser
utilizado para esvaziamento em abortamentos de primeiro trimestre.
31. A. Segundo o Manual Técnico de Gestação de Alto Risco do Ministério da Saúde de 2022, os
critérios de gestação não evolutiva são: Saco gestacional ≥25 mm, sem vesícula vitelina ou
embrião. Ausência de embrião com batimento cardíaco embrionário 14 dias após
visualização de saco gestacional sem vesícula vitelina. Ausência de embrião com batimento
cardíaco embrionário 11 dias após visualização de saco gestacional com vesícula vitelina.
Embrião ≥7 mm, sem batimentos cardíacos. Como o embrião possui apenas comprimento
cabeça nádega medindo 5mm, pode ser que o que está ocorrendo seja apenas o embrião
ser muito pequeno para identificar batimentos na ultrassom, de modo que devemos repetir
essa ultrassom dentro de 1 a 2 semanas e não bater ainda o martelo para fechar diagnóstico
de aborto.
32. D. Todos esses exames são válidos para pesquisa de abortamento, porém a questão nos dá
uma informação importante, que é o fato de que, em todos os abortos dessa paciente, foi
feito uma conduta com procedimento invasivo, no caso o AMIU. O raciocínio seria pensar em
uma possível sinéquia uterina, sendo indicado, então, principalmente, a histeroscopia.
33. Basicamente o que aponta para mola (e nos faz pedir o exame) é a história da paciente: 1)
Extremo de idade; 2) História de gestação molar; 3) Sangramento vaginal abundante; 4)
Gestação no primeiro trimestre. Portanto, letra C
34. D. Dentre as alternativas a única que não constitui – se como fator de risco para placenta
prévia é a paciente ser primigesta jovem. Na verdade, a nuliparidade e gestação em idade
jovem são fatores protetores.
35. C. Os fatores de risco para placenta prévia incluem: idade materna avançada, multiparidade,
gestação gemelar, cesáreas anterior; cirurgia e procedimentos uterinos anteriores;
tabagismo.
36. A. Essa questão descreve uma paciente com 34 semanas de idade gestacional
apresentando quadro de sangramento vaginal vermelho vivo, indolor. Não há hipertonia
uterina ou sofrimento fetal. O quadro clínico é compatível com o diagnóstico de placenta
prévia. No descolamento prematuro de placenta há queixa de dor e presença de hipertonia
uterina e sofrimento fetal. A gravidez ectópica é causa de sangramento na primeira metade
da gestação. Já na rotura de vasa prévia, o sangramento é indolor e desencadeado pela
amniotomia.
37. C. Letra A: incorreta. Tanto a ultrassonografia quanto a ressonância magnética são altamente
sensíveis e específicas para diagnosticar ou excluir o acretismo placentário. Já a tomografia
não apresenta uma boa acurácia. Letra B: incorreta. Os principais fatores de risco para o
acretismo placentário incluem cesariana anterior, idade materna acima de 35 anos,
multiparidade, defeitos endometriais, leiomioma submucoso e tabagismo. Vale lembrar que
quanto maior o número de cesáreas, maior é o risco de acretismo. Letra C: correta. A
placenta prévia é definida como a implantação de qualquer parte da placenta no segmento
inferior do útero após 28 semanas de gestação. Letra D: incorreta. A placenta prévia é um
achado ultrassonográfico frequente em exames realizados no segundo trimestre. No entanto,
devido à teoria da “migração plancentária”, a maioria torna-se normoposicionada até o termo.
Letra E: incorreta. O quadro clínico característico da placenta prévia inclui hemorragia
indolor, com sangue vermelho vivo, na segunda metade da gestação. Na presença de
hipertonia uterina, nossa principal hipótese é o descolamento prematuro de placenta.
38. E. Letra A: incorreta. Na presença de rotura uterina, a paciente descreve uma dor súbita e
lancinante, com interrupção do trabalho de parto. É possível a palpação abdominal de partes
fetais e o batimento cardíaco normalmente não é audível devido à evolução para o óbito
fetal. Ao toque vaginal, podemos notar a subida da apresentação, caracterizando o sinal de
Reasens, presente na ruptura uterina consumada. Letra B: incorreta. Sintomas como
síncope, piora súbita da dor abdominal, sangramento vaginal moderado e sinais de
sofrimento fetal sugerem uma complicação durante o trabalho de parto. Letra C: incorreta. O
sangramento relacionado à dilatação cervical é em pequena quantidade e não cursa com
repercussão hemodinâmica materna ou bradicardia fetal. Letra D: incorreta. A eclâmpsia é
definida como a ocorrência de crises convulsivas em uma paciente com diagnóstico de
pré-eclâmpsia. Letra E: correta. Estamos diante de um quadro de descolamento prematuro
de placenta (DPP). O quadro clínico característico é a dor abdominal aguda associada ao
aumento do tônus uterino. O sangramento pode se manifestar através de hemorragia
exteriorizada, hemoâmnio ou sangramento retroplacentário. É comum o achado de
sofrimento fetal agudo ou até mesmo a ausência de batimentos cardíacos nos casos de óbito
fetal. Vale lembrar que o fator etiológico mais importante relacionado ao DPP é a hipertensão
arterial.
39. D. A questão deseja saber qual das alternativas é CORRETA em relação ao descolamento
prematuro de placenta (DPP). Vamos a elas: Letra A: incorreta, pois a amniotomia no DPP é
sempre benéfica, independentemente da viabilidade fetal: - Diminui a ampliação da área do
descolamento; - Reduz o risco das coagulopatias ou as melhora; -Diminuição da passagem
de tromboplastina para a circulação. Letra B: incorreta, pois o útero de Couvelaire pode
dificultar a contração uterina pela infiltração miometrial pelo sangue e levar à necessidade de
histerectomia, mas não é indicação inequívoca dela. Letra C: incorreta, pois o diagnóstico de
DPP é clínico e não ultrassonográfico. Letra D: correta, pois o tabagismo parece dobrar a
frequência de DPP antes de 32 semanas. Ele acarreta má perfusão placentária, por necrose
da decídua basal na margem placentária e grandes infartos. Letra E: incorreta, pois é a
cocaína a droga ilícita que mais aumenta o risco de descolamento prematuro de placenta. De
forma análoga ao tabagismo, a cocaína acarreta má perfusão placentária
40. A. Letra A: correta, pois a conduta é parto pela via mais rápida. Geralmente é a cesariana,
mas, diante de parto vaginal iminente, em período expulsivo, é possível a abreviação do
mesmo com aplicação de fórcié ou vácuo-extrator. Letra B: incorreta, pois a via de parto
escolhida só será vaginal caso essa via seja a mais rápida. Letra C: incorreta, pois apenas
quando o parto vaginal for iminente, em período expulsivo, indica-se parto vaginal com
aplicação de fórcipe, o que acontece na minoria dos casos. Letra D: incorreta, pois, apesar
da conduta em geral ser a cesariana, o parto vaginal pode ser realizado caso seja a vida
mais rápida. Resposta: letra A.
41. Letra A: mostraria saco gestacional fora da cavidade uterina, à esquerda, mas só o que se vê
é o cisto tecaluteínico, que sugere mola; Letra B: correta; Letra C: na mola parcial a USG
mostra pelo menos a presença de embrião/feto, saco amniótico ou vesícula vitelina; Letra D:
seria mais sugestivo de neoplasia se na USG mostrasse intensa vascularização; Letra E:
teria saco gestacional vazio ou embrião sem vitalidade na USG.
42. B. Letra A: incorreta, pois a história é típica de uma RPMO e em casos duvidosos, como o
enunciado descreveu, está indicada propedêutica complementar. Letra B: correta, é a
resposta da questão! De fato, está indicada a propedêutica complementar, pois a história é
típica, mas o exame físico inicial e a ultrassonografia não confirmaram a hipótese de RPMO.
No teste de Kittrich ou teste do Azul de Nilo, adiciona-se uma solução de azul de Nilo a 0,1%
ao material coletado para pesquisa de elementos fetais – células orangiófilas, escamas
fetais, pêlos, lipídios extracelulares. No teste de Lannetta ou teste da chama, procede-se
como na avaliação da cristalização, porém em vez de deixar o material da lâmina secar,
utiliza-se chama para aquecê-lo. Se a coloração ficar amarronzada exclui-se a presença de
líquido amniótico e, portanto, o teste é negativo. Caso permaneça incolor sugere amniorrexe
e, consequentemente, o teste é positivo. Letra C: incorreta, pois a conduta conservadora é
inadmissível na suspeita de corioamnionite. O teste da cristalização (folha de samambaia)
e/ou de Nitrazina (pH vaginal > 6,0 – 6,5) são realmente testes diagnósticos da RPMO. Letra
D: incorreta, pois a repetição da ultrassonografia não trará informação adicional, pois não
mostrou oligodramnia. Na vigência de corioamnionite, a cesariana só estará indicada na
eventualidade de contraindicação ao parto vaginal. Letra E: incorreta, pois na vigência de
corioamnionite, a cesariana só estará indicada na eventualidade de contraindicação ao parto
vaginal.
43. A. Letra A: correta. O teste da nitrazina é a detecção do pH vaginal. Sabe-se que o pH
vaginal normalmente situa-se entre e 4,5 e 5,5; já o líquido amniótico tem pH alcalino (entre
6,5 e 7,5). Portanto, confirmando o pH vaginal acima do normal, como pH 7,1, podemos
sugerir o diagnóstico de RPMO. Letra B: incorreta. Consideramos que o líquido amniótico
está diminuído quando a medida do maior bolsão vertical for menor do que 2 cm. Assim, 2,6
cm, como trazido pela questão, não mostra diminuição do líquido amniótico. Letra C:
incorreta. O teste da microglobulina alfa-placentária- PAMG-1 (ou AmniSure) é positivo
quando há RPMO, já que a PAMG-1 apresenta nível reduzido no sangue e nas secreções
cervicovaginais; e altas concentrações no líquido amniótico. Portanto, teste negativo afasta o
diagnóstico de ruptura de membranas ovulares. Letra D: incorreta. O teste da cristalização do
conteúdo cervicovaginal consiste em colocar tal conteúdo em uma lâmina e ao secar
perceber-se, ao microscópio, a formação de cristais semelhantes a folhas de samabaia. Tal
teste é positivo quando há ruptura de membranas amnióticas. Assim, ausência de
arborização é favorável à não ruptura das membranas. Letra E: incorreta. Não se usa
avaliação de corpúsculos lamelares no líquido amniótico para avaliar ruptura de membranas
ovulares, mas sim, a maturidade pulmonar.
44. E. Letra A: incorreta. Não há indicação de repetir o ciclo de corticoterapia. A dose de resgate
deve ser realizada caso nova ameaça de parto prematuro ocorra após duas semanas da
dose inicial. Letra B: incorreta. Mesmo na presença de corioamnionite, a via de parto
preferencial é a vaginal, com o objetivo de evitar a contaminação da cavidade abdominal. A
cesariana deve ser indicada na eventualidade de contraindicação ao parto vaginal. Nesse
caso, o enunciando não cita nenhuma contraindicação à via vaginal. Letra C: incorreta. O
diagnóstico de infecção intrauterina justifica a interrupção da gravidez, independente da
idade gestacional, além do início imediato de antibioticoterapia venosa para o tratamento da
corioamnionite. Dessa forma, a tocólise não deve ser realizada devido aos riscos maternos e
fetais. Letra D: correta. Estamos diante de um trabalho de parto prematuro, com bolsa rota
prolongada e febre intraparto. Portanto, a profilaxia da infecção neonatal pelo estreptococo
do grupo B está definitivamente indicada. Além disso, devemos lembrar que o sulfato de
magnésio está associado a redução da morbidade neurológica e paralisia cerebral. Por isso,
deve ser utilizado como neuroprotetor em todas as gestantes entre 24 e 32 semanas em
trabalho de parto ativo.
45. B. A questão solicita a idade gestacional, a hipótese diagnóstica e a conduta respectiva para
uma paciente que dá entrada no pronto-atendimento. O enunciado informa que a data da
última menstruação é compatível com a ultrassonografia de primeiro trimestre, portanto a
DUM é confiável para cálculo da idade gestacional. Entre a DUM 06/05/2021 e a data do
atendimento 25/11/2021, passaram-se 203 dias, que correspondem a 29 semanas
completas. De posse dessa informação, já podemos excluir as alternativas A e D. A queixa
da paciente era de perda de líquido por via vaginal e ao exame especular foi observada
pequena quantidade de líquido amniótico coletada em fundo de saco posterior, ou seja,
estamos diante de um quadro de ruptura prematura das membranas ovulares, pré-termo, ou
amniorrexe prematura. A conduta compreende a internação hospitalar, rastreio infeccioso e
antibioticoterapia de latência e corticoterapia para acelerar a maturação pulmonar fetal. Na
ausência de sinais de infecção, a conduta deve ser expectante até 34 semanas. Se houver
sinais clínicos ou laboratoriais sugestivos de corioamnionite, como febre, sensibilidade
uterina e saída de líquido purulento, a gestação deve ser prontamente interrompida,
preferencialmente por indução do trabalho de parto.
46. A. Letra A: correta. Sofrimento fetal agudo e corioamnionite são contraindicações absolutas
ao uso de uterolíticos. Letra B: incorreta. A cerclagem profilática é realizada em torno de 14
semanas nos casos de incompetência istmo cervical; não para tratar trabalho de parto
prematuro. Letra C: incorreta. Corticoide deve ser prescrito em caso de trabalho de parto
prematuro, entre 24 e 34 semanas. Existe uma discussão na literatura sobre a indicação de
fazer corticóide entre 34 e 36 semanas em casos de indicação de interrupção da gravidez;
entretanto, não se justifica a realização de tocólise nessa idade gestacional. Letra D:
incorreta. A maioria dos autores não preconiza a realização de tocólise em caso de bolsa
rota.
47. A. Letra A: correta. De fato a prematuridade está associada a várias etiologias e algumas
pacientes não apresentam fatores de risco, o que dificulta a adoção de medidas de predição
e prevenção. Letra B: incorreta. As drogas tocolíticas não apresentam alta eficácia.
Lembre-se que as usamos com intuito de administrar corticoterapia para maturação
pulmonar, o que é realizado em 48 horas. Assim, as drogas tocolíticas não são eficazes em
evitar o parto prematuro. Além disso, há efeitos colaterais associados. Letra C: incorreta.
Fetos prematuros, principalmente abaixo de 1.500 g, apresentam a cabeça
desproporcionalmente maior do que a pelve. Assim, caso esses fetos tenham apresentação
pélvica, o parto vaginal não é indicado por maior risco de apresentar cabeça derradeira. Letra
D: incorreta. A amniorrexe prematura é a principal causa de prematuridade. Letra E:
incorreta. Prematuridade terapêutica, responsável por 25% dos casos de prematuridade, é
quando o parto prematuro tem indicação por complicações obstétricas ou maternas. A
maioria dos casos de parto prematuro (75%) se deve à prematuridade espontânea.
48. D. Letra A: incorreta. Os bloqueadores do canal de cálcio são considerados como a
medicação de escolha para a tocólise devido ao rápido início de ação, melhor posologia e
menor número de efeitos colaterais. Por outro lado, o uso da indometacina está associado ao
fechamento do canal arterial principalmente após 32 semanas e, por isso, não deve ser
utilizado nessa situação. Letra B: incorreta. O principal objetivo da tocólise é ganhar tempo
suficiente (pelo menos 48 horas) para permitir o uso oportuno de corticosteroides para
indução da maturidade pulmonar fetal. O uso isolado da tocólise sem a associação da
corticoterapia não melhorou os desfechos perinatais. Portanto, não há indicação da
manutenção dos agentes tocolíticos após o curso de corticoide. Letra C: incorreta. O sulfato
de magnésio está associado a redução da morbidade neurológica e paralisia cerebral. Deve
ser utilizado como neuroprotetor em todas as gestantes entre 24 e 32 semanas em trabalho
de parto ativo ou em parto pré-termo eletivo indicado por razões maternas ou fetais, por no
máximo 24 horas antes do parto. O trabalho de parto prematuro em paciente sem swab para
GBS é uma indicação de profilaxia para sepse neonatal para o estreptococo do grupo B.
Letra D: correta. A administração de corticoide antes do parto prematuro está associada a
redução da mortalidade perinatal, síndrome do desconforto respiratório, hemorragia
intraventricular, retionopatia da prematuridade, canal arterial patente e enterocolite
necrosante. Medidas como repouso no leito e hidratação não foram capazes de reduzir a
incidência do parto pré-termo e, por isso, não devem ser recomendadas.
49. D. Letra A: incorreta. Não existe um consenso sobre a utilização da medida do colo uterino
como forma de rastreamento universal de parto pré-termo em pacientes assintomáticas. O
American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) não recomenda o
rastreamento universal em pacientes sem história de parto prematuro. Vale lembrar que a
medida do colo deverá ser realizada no exame morfológico de segundo trimestre,
preferencialmente entre 18 e 24 semanas de gestação. Letra B: incorreta. O colo curto é
definido como um comprimento cervical menor ou igual a 25 mm. Letra C: incorreta. O
método padrão-ouro para a medição do colo uterino é a ultrassonografia transvaginal, e não
abdominal. Letra D: correta. Além da medida do comprimento do colo uterino, outros sinais
podem estar associados à prematuridade espontânea, como a ausência do eco glandular
endocervical (EGE). O EGE é definido como uma área hiperecoica ao redor do canal
cervical, podendo ser visualizado pela ultrassonografia transvaginal, principalmente no
primeiro trimestre.

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