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GRAZIELA VERAS DE ARAÚJO


JOÃO PAULO GOMES
JEFERSON SILVA ARAUJO
JOÃO VICTOR MENDONÇA DA CRUZ
LAISA LARA DO NASCIMENTO DOS REIS
KELLY FONTENELE MIRANDA

RESPONSABILIDADE CIVIL NA INTERNET

Parnaíba- PI
2023
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GRAZIELA VERAS DE ARAÚJO


JOÃO PAULO GOMES
JEFERSON SILVA ARAUJO
JOÃO VICTOR MENDONÇA DA CRUZ
LAISA LARA DO NASCIMENTO DOS REIS
KELLY FONTENELE MIRANDA

RESPONSABILIDADE CIVIL NA INTERNET

Trabalho apresentado ao curso de


Bacharelado em Direito, para a disciplina
Responsabilidade Civil na Faculdade
Maurício de Nassau.

Prof. Etasmida Maria

Parnaíba- PI

2023
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INTRODUÇÃO

A chegada da terceira fase da revolução industrial, em meados do século


XX, trouxe consigo diversos avanços tecnológicos e científicos que tiveram um
profundo impacto na vida em sociedade. Entre as principais evoluções desse
marco histórico, destacam-se o advento da internet e o desenvolvimento dos
meios de comunicação. A emergência das redes sociais, por exemplo, surge
como um dos símbolos mais marcantes da globalização, possibilitando a
interação entre pessoas de diferentes partes do mundo, como se estivessem
geograficamente próximas. A cada dia, mais indivíduos descobrem na internet
uma maneira ágil e eficiente de se conectar com pessoas de outras regiões ou
de explorar aspectos culturais e sociais de diversas partes do planeta.
No entanto, apesar das inúmeras vantagens proporcionadas pela
internet, não se pode ignorar os malefícios que também foram facilitados por
sua disseminação. Na mesma velocidade que acessamos informações valiosas
também nos tornamos capazes de mandar e receber inúmeras informações
negativas que venham a causar danos imagem e a honra de determinados
indivíduos. A propagação de notícias falsas, a difamação e o cyberbullying, são
apenas alguns exemplos dos desafios enfrentados na era digital.
Adicionalmente, a internet oferece uma plataforma conveniente para
criminosos e fraudadores realizarem golpes e atividades ilegais. Diante disso,
à medida que a sociedade se tornou cada vez mais digital, surgiram desafios
significativos relacionados à responsabilidade pelas ações praticadas online.
A responsabilidade civil na internet envolve a atribuição de culpa e a reparação
de danos decorrentes de atividades online. Isso engloba desde questões como
violação de direitos autorais e difamação até problemas mais complexos, como
a disseminação de desinformação e o uso indevido de dados pessoais. A
complexidade do ambiente digital torna a determinação da responsabilidade
um desafio, visto que envolve uma variedade de autores, desde indivíduos
comuns até grandes empresas de tecnologia multinacionais.
A relevância desse tema é inegável, uma vez que as questões de
responsabilidade na internet afetam diretamente a vida das pessoas e o
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funcionamento das instituições. A crescente dependência da internet em todos


os aspectos da sociedade torna essencial compreender como as leis e
regulamentos se aplicam a esse ambiente. Além disso, a falta de clareza nas
responsabilidades online pode levar a abusos, injustiças e consequências
prejudiciais para a sociedade como um todo. Portanto, a busca por soluções
eficazes para enfrentar esses desafios continua sendo uma prioridade na era
digital em que vivemos.
O cerne deste estudo concentra-se na identificação e análise das
intricadas questões associadas à responsabilidade civil na internet. Isso
abrange a determinação de quem é responsável por ações prejudiciais
realizadas online, a criação de sistemas eficientes para reparar danos e o
equilíbrio entre os direitos individuais e a necessidade de regulamentação. O
objetivo geral desta pesquisa é investigar e compreender a responsabilidade
civil na esfera digital, explorando suas nuances, desafios e implicações. Para
alcançar esse objetivo, definimos objetivos específicos, que incluem a análise
de casos pertinentes, uma revisão exaustiva da literatura jurídica existente e a
proposição de soluções para questões específicas relacionadas a esse tema
crucial.
Nossa abordagem metodológica será interdisciplinar, combinando a
análise jurisprudencial com uma revisão aprofundada da literatura acadêmica
e estudos de casos reais. Além disso, valorizaremos as perspectivas de
especialistas em direito, tecnologia e ética, buscando um entendimento
abrangente e equilibrado dessas questões. Acreditamos que esta pesquisa tem
o potencial de contribuir de forma significativa para a sociedade,
proporcionando insights claros sobre como lidar com questões de
responsabilidade na internet. Ao aprofundar nossa compreensão desses
desafios, os legisladores podem desenvolver regulamentações mais eficazes,
e os cidadãos podem tomar decisões mais informadas ao navegar no ambiente
digital. O resultado desejado é uma internet mais justa, segura e equitativa para
todos os seus usuários
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1. A INTERNET E O PROCESSO DE REGULAÇÃO DA REDE

Em seu manifesto intitulado “A Declaração de Independência do


Ciberespaço” de 1996, John Perry Barlow declarou: “A Internet é a primeira
coisa que a humanidade construiu que a humanidade não entende, o maior
experimento anarquista que já tentamos.” Os primórdios da internet foram
marcados pela ausência da interferência estatal, o processo de regulação
inicialmente era advindo dos próprios usuários, que tornaram este um ambiente
livre com integral circulação informacional e livre expressão.
Entretanto, com a evolução das possibilidades e facilidades criadas pela
internet, o mundo virtual deixou de ser um espaço autônomo e paralelo, para
tornar-se uma extensão do mundo real, onde aspectos sociais, econômicos e
culturais são diretamente interligados ao ambiente virtual. Nesse sentido, ao
mesmo tempo que a sociedade se encontra cada vez mais conectada, os
aspectos legais que envolvem as interações virtuais ganham destaque.
A regulação normativa da rede surge da necessidade de fiscalização do
caráter econômico implementado no ambiente virtual. Segundo BIOLCATI
(2021) “Pode-se dizer que a internet não tinha relevância econômica, social e
política suficientes para engajar os Estados na custosa e complexa tarefa de
estruturação regulatória de um novo setor.” Todavia, a mudança de paradigmas
ocorreu com o interesse da iniciativa privada empresarial, que viram neste
ambiente a possibilidade de expansão da exploração comercial a nível global.
Com a democratização do acesso à rede, surge um movimento que teve
como foco a regulação da circulação de informação tidas como danosas e os
atos ilícitos cometidos por seus usuários. Um movimento que teve início na
União Europeia se expandiu para os demais países de tradição democrática,
uma vez que esse controle se baseava na participação dos poderes que
compõem a estrutura tríplice do Estado. Os conteúdos nocivos eram filtrados e
bloqueados pelo judiciário, o que provocou o sistema legislativo a criação de
leis e normas regulamentadoras.
No Brasil, destaca-se a Lei nº 12.965 de 23 de abril de 2014, o “Marco
Civil da Internet” que teve como principal intuito promover a proteção dos dados
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pessoais, a neutralidade da rede e a responsabilidade civil dos provedores de


conexão e de seus usuários.

2. MARCO CIVIL DA INTERNET E OS DIREITOS CIVIS NO AMBIENTE


VIRTUAL
O Marco Civil da Responsabilidade Civil na Internet, também conhecido
como Lei 12.965/2014 (Art. 1o Esta Lei estabelece princípios, garantias, direitos
e deveres para o uso da internet no Brasil e determina as diretrizes para
atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios em relação
à matéria.), representa um marco legal fundamental no contexto do uso da
internet no Brasil. Esta legislação foi promulgada com o objetivo de estabelecer
diretrizes claras para a responsabilidade dos diversos atores envolvidos no
ambiente digital, abordando questões essenciais relacionadas à atribuição de
culpa e reparação de danos causados por atividades online.
Uma das principais características é o estabelecimento da neutralidade
de rede que segundo Tim Wu buscou “garantir uma experiência integral da rede
a seus usuários” (2012, p. 244) fazendo com que os provedores de acesso à
internet tratem todos os dados de forma igual, sem discriminação. Isso contribui
para manter a internet como um espaço aberto e democrático, onde todos os
usuários têm igualdade de acesso e oportunidades.
Além disso, estabelece a obrigação dos provedores de serviços online
de armazenar registros de conexão e de acesso a aplicações, visando a
proteção da privacidade dos usuários e possibilitando a investigação de
eventuais crimes cibernéticos. A lei também define diretrizes claras para a
retirada de conteúdo da internet, assegurando o direito à liberdade de
expressão, mas também estabelecendo mecanismos para a remoção de
conteúdo ilegal ou difamatório.
A implementação desta lei representa uma resposta equilibrada aos
desafios jurídicos e sociais trazidos pelo ambiente digital. Ela equilibra a
proteção da privacidade, a liberdade de expressão e a responsabilidade das
partes envolvidas. Essa lei desempenha um papel crucial na regulação da
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internet no Brasil, servindo de modelo para outros países que buscam lidar com
questões similares em seus próprios contextos legais.
É uma legislação que estabelece as bases para um ambiente digital mais
seguro e justo, onde os direitos dos usuários são protegidos, ao mesmo tempo
em que se promove a liberdade de expressão e a inovação tecnológica. Essa
lei desempenha um papel essencial na moldagem do cenário legal e ético da
internet no Brasil e continua sendo uma referência importante para debates
sobre regulamentação digital em todo o mundo.

3. O PROJETO DE LEI Nº 2630/2020 E O FUTURO DA RESPONSABILIDADE


CIVIL NA INTERNET

O Projeto de Lei nº 2630/2020 popularmente conhecido como “LP das Fake


News” que tem como intuito a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e
Transparência na Internet. No Brasil, o projeto de lei surge em um momento político
tenso, onde se discute os limites da liberdade de expressão e o uso das redes
sociais como uma ferramenta indispensável no pleito eleitoral.
O projeto de lei visa revogar o art. 19 do Marco Civil da internet, que versa sobre
a responsabilização dos provedores de internet sobre o conteúdo que nelas são
indexados.
Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a
censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser
responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por
terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para,
no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado,
tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as
disposições legais em contrário.

Deve-se salientar que o art.19 da Lei nº 12.965 de 23 de abril de 2014 reflete


os aspectos que regiam a internet no inicio do processo de popularização da rede,
onde as redes sociais, blogs e sites eram meramente ferramentas de publicação dos
usuários e não se vislumbrava o caráter comercial das plataformas.
Entretanto, com o crescimento das chamadas “big techs” tornou-se nítido que
as grandes empresas de tecnologia lucram influenciando o comportamento dos
usuários, através da distribuição algorítmica de conteúdo para fins econômicos,
através de publicidade de individualizada, ou seja, os usuários das redes sociais
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tornaram-se não somente consumidores, mas sim, o produto das “big techs” uma vez
que lucram não somente com a distribuição publicitária para as empresas, mas
também com a venda de dados dos seus usuários, manipulando as relações de
consumo. Nesse sentido, alerta Rodotà (2008, p. 62):

Dessa forma torna-se possível não só um controle mais direto do


comportamento dos usuários, como também a identificação precisa e
atualizada de certos hábitos, inclinações, interesses, preferências. Daí
decorre a possibilidade de uma série de usos secundários dos dados, na
forma de ‘perfis’ relacionados aos indivíduos, família, grupos. Trata-se de
uma nova ‘mercadoria’ cujo comércio pode determinar os tradicionais riscos
para a privacidade: mas pode, sobretudo, modificar as relações entre
fornecedores e consumidores de bens e serviços, reduzindo a autonomia
destes últimos de tal forma que pode chegar a incidir sobre o modelo global
de organização social e econômica.

Em 2018, A empresa norte-americana Cambridge Analytica foi acusada de


roubar dados de mais de 50 milhões de usuários da rede social “facebook”. A empresa
lançou um teste psicológico para atrair usuários, que por conta dos “termos de
responsabilidade e privacidade” concordaram em entregar não somente os seus
dados, mas também de todos aqueles que faziam parte da sua lista de “amigos” da
respectiva rede social. Com esses dados, a empresa pode direcionar campanhas de
marketing político massivas e notícias falsas sobre candidatos opositores, com o
intuito de angariar votos a candidatos à presidência nos mais países, inclusive no
Brasil. Segundo LAPOWSKY (2018) A empresa Cambridge Analytica “transformou
cliques em votos”
Diante da condenação da empresa Meta – responsável pelas redes sociais:
Instagram, Facebook e WhatsApp – pelo vazamento de dados sigilosos a empresa
Cambridge Analytica, diversos países estão revendo as leis de regulamentação da
rede promulgadas nos primórdios da internet, afim de responsabilizar as plataformas
pelo conteúdo postado. O primeiro país a criar leis nesse âmbito foi a Alemanha, que
em 2017, foi votado pelo Congresso a chamada NetzDG (sigla em alemão para "Lei de
Aplicação da Rede") que obriga as plataformas a fornecer meios aos seus usuários para
denunciarem conteúdos criminosos, afim de que nesses conteúdos sejam removidos de
imediato. Em 2022, a União Europeia sancionou a” Lei dos Serviços Digitais” que obriga as
plataformas digitais a darem acesso ao banco de dados e ao algoritmo sempre que forem
acionadas. São essas leis que estão servindo de base jurídica para o Projeto de Lei nº
2630/2020, a chamada ‘LP das Fakes News”.
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O projeto que está sendo relatado pelo Senador Alessandro Vieira


(CIDADANIA/SE) visa o controle das plataformas que detém mais de 10 milhões de
usuários no Brasil. Estabelece normas que visam à transparência de redes socias,
especialmente sobre à responsabilidade desses provedores pelo combate à
desinformação e melhorar a transparência conteúdos patrocinados e à atuação do
poder público, bem como estabelece sanções para o descumprimento da lei.
Os principais pontos do projeto de lei versam sobre a proibição de contas falsas
que visam simular a identidade pessoal de alguém, ou seja, responsabilizar criminal e
civilmente o crime de falsidade ideológica no âmbito virtual, a averiguação dos
conteúdos encaminhados em massa, afim de se checar a veracidade das informações
nelas vinculadas, a identificação dos conteúdos pagos de produtos e serviços, A
Criação do Conselho de Transparência e Responsabilidade na Internet que buscará
realizar pesquisas no âmbito tecnológico e informacional; além da imposição de
punições, como advertência e multas a empresas que descumprirem as medidas.
Nesse sentido, é mister a incorporação da regulamentação judiciaria brasileira
no ambiente virtual, buscando a responsabilização civil e criminal dos crimes virtuais
análogos aos que ocorrem em ambiente real e que já são tipificados em nossa
legislação.

4. CONCLUSÃO

Em consequência a Revolução Industrial no século XX, houve o surgimento da


internet e com ela, a flexibilização não apenas dos meios de comunicação como
proporcionou a globalização, possibilitando inúmeras oportunidades, como também
desafios. Um dos principais desafios que emergiram foi a questão da responsabilidade
civil no meio digital.
Nossa pesquisa se dedicou a aprofundar essa complexa questão da
responsabilidade civil no mundo online, é uma revisão abrangente da literatura
acadêmica. A relevância deste estudo é plausível, uma vez que as questões de
responsabilidade na internet têm um impacto direto sobre a vida das pessoas e o
funcionamento das instituições em um mundo cada vez mais interconectado. A
internet, agora uma parte intrínseca da sociedade, exige um entendimento mais
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profundo das leis e regulamentos que regem esse ambiente digital em constante
evolução. A ausência de clareza nas responsabilidades online pode resultar em
abusos, injustiças e graves implicações para a sociedade como um todo.
No entanto, além dos aspectos jurídicos e regulatórios, é crucial refletirmos
sobre a ética e a responsabilidade individual quanto ao uso da internet. Em um
ambiente onde a informação flui livremente, todos nós temos um papel a desempenhar
na criação de um ciberespaço mais seguro e justo. O compartilhamento de
informações precisa ser feito de forma responsável, levando em consideração o
impacto que nossas ações online podem ter sobre os outros. O anonimato e a
distância física não devem nos isentar de responsabilidade pelas palavras e ações
que realizamos na internet.
Em resumo, em um mundo cada vez mais digital, a pesquisa sobre
responsabilidade civil na internet tem um papel crucial na busca por um ambiente
online mais justo, seguro e equitativo. No entanto, é fundamental lembrar que, além
das leis e regulamentações, a ética de cada indivíduo desempenha um papel
fundamental na construção de um ciberespaço responsável. A responsabilidade na
internet não é apenas uma questão legal, sendo também questão moral que todos
nós devemos considerar ao interagir no mundo digital. O objetivo é equilibrar a
liberdade de expressão com a proteção dos direitos individuais, assegurando que a
internet continue a ser um espaço onde a democracia e a disseminação de
informações possam prosperar de forma responsável e ética, cumprindo seu papel
como um bem público global.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

BIOLCATI, Fernando Henrique de Oliveira.. Internet, "fake news" e responsabilidade civil. São Paulo.
USP, 2021
LAPOWSKY, Isse. How Cambridge Analytica sparked the great privacy awakening. Wired. São
Francisco: 17 mar 2018. Disponível em: https://www.wired.com/story/cambridge-analytica-facebook-
privacy-awakening/. Acesso em: 24/09/2023
MARCO CIVIL DA INTERNET: Lei 12.965/2014.São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2014
RODOTÀ, Stefano. A vida na sociedade da vigilância. A privacidade hoje. Organização, seleção e
apresentação de Maria Celina Bodin de Moraes. Rio de Janeiro: Renovar, 2008
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TEFFÉ, Chiara Spadaccini de. A responsabilidade civil do provedor de aplicações de internet pelos
danos decorrentes do conteúdo gerado por terceiros de acordo com o Marco Civil da Internet. Revista
Fórum de Direito Civil, v. 4, 2015, p. 81-106
WU, Tim. Impérios da comunicação. Do telefone à Internet, da AT&T ao Google. Trad. de C. Carina.
Rio de Janeiro: Zahar, 2012

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