O Altar em Ordem

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O Altar em Ordem Levítico 6.

8-13

Introdução

Este texto nos é interessante, na medida em que ele nos fala da manutenção do altar. Ele nos ensina como o altar
deve ser mantido continuamente pronto para o sacrifício e nos fala também do ofertante. É nossa responsabilidade,
como sacerdotes da Nova Aliança, manter o altar de Deus, em nossas vidas, em perfeito estado, como o Senhor nos
orienta, em Sua Palavra.
Quais são as orientações de Deus, que devermos seguir, para que o nosso altar se mantenha sempre pronto para
Ele?
I. O fogo deve ficar acesso continuamente Vs. 9, 12,13.

O holocausto ficaria no altar durante toda a noite e o fogo estaria queimando-o. Pela manhã, o sacerdote tiraria as
cinzas e colocaria mais lenha – a chama não deveria, nunca, apagar. O fogo era um elemento indispensável ao altar;
altar sem fogo era altar sem a presença de Deus; altar sem fogo era altar em ruínas. Fogo sobre altar era a
confirmação da aceitação de Deus do sacrifício recebido.

O significado que isto tem para nós é tremendo. Fogo em nosso altar, no altar do nosso coração, significa fervor,
dedicação, entusiasmo, a presença de Deus sentida. Isto não é coisa de pentecostais; veja os discípulos a caminho
de Emaús, enquanto Jesus lhes falava: ardia-lhes o coração: “E disseram um para o outro: Porventura, não ardia em
nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava e quando nos abria as Escrituras?”, Lc 24.32.

Como esperar que Deus se empolgue com nosso culto, se não nos empolgamos com Sua presença. Eu não estou
falando de formas externas de culto, não estou falando de cultos avivados, pentecostais ou tradicionais; estou
falando da indiferença que, às vezes, recai sobre nossa adoração, a ponto de tornar nossa estadia na igreja um
compromisso social, ao invés de um ato de adoração. Como um Deus vivo pode receber uma adoração sem vida?

Jo 15.4 nos ensina que a falta de fervor e devoção é também falta de temor: “Estai em mim, e eu em vós; como a
vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim”.

“Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está entronizado à direita de Deus; cuidai das coisas
do alto, não do que é da terra. Pois morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” COLOSSENSES 3,
1-3

O Apóstolo Paulo nos indica a maneira como devemos viver, nos comportar e caminhar. Ou seja, pautar a nossa vida
em Deus, em Cristo, buscando as coisas do alto, pois é lá que Cristo, nossa vida, se encontra. A tendência atual neste
mundo materialista, consumista, neopagão, é estar apegado ao que é desta terra, ao que produz prazer, poderes
neste mundo, e a todas as realidades complexas desta terra que, muitas vezes, só nos afastam de Deus.

Precisamos nos questionar: como anda nossa vida espiritual? Rever nosso contato e relacionamento com a Palavra,
como têm sido a nossa oração pessoal, os nossos jejuns, como anda nossa comunhão com os demais irmãos do corpo
MBN a qual fazemos parte?
Sinceramente: somos mais carnais ou espirituais? Como têm sido as nossas conversas? Só falamos de dinheiro? De
prazeres? De viagens? Da vida dos outros? Ou conversamos sobre as coisas do alto? Sobre as nossas aspirações
celestes?

Vale a pena fazermos uma avaliação, para colocar todas as coisas em ordem na nossa vida. Pois algumas tempestades
da vida podem apagar o fogo de nosso altar. O excesso de cinzas podem apagar o fogo de nosso altar.

II. O ofertante deve se vestir com as vestes da santidade Vs. 10

Era este o que o linho simbolizava, a santidade. Se quisermos manter nosso altar em ordem, precisamos nos vestir
com as vestes da santidade. Palavras como separação, consagração e dedicação são chaves para entendermos o que
é santificação.

Como alguém, que não é separado deste mundo para glorificar a Deus, pode desejar que o Senhor receba seus
sacrifícios?
Como alguém, que não é consagrado e dedicado ao Senhor, pode almejar a presença de Deus em sua vida?
Ser limpo em todo o tempo e em tudo é conservar a santidade, isto significa dizer muitas vezes não ao pecado e as
tentações. Significa renunciar algo que talvez seja bom pra carne, mas não para o espírito.
Somente o sangue de Cristo pode “branquear nossas vestes”, “13 E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que
estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram? 14 E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me:
Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro”, Ap
7.13-14.

Precisamos manter nossas vestes “incontaminadas”, “Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não
contaminaram suas vestes e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso”, Ap. 3.

A santificação, portanto, inclui a conformidade ao padrão de justiça que se manifesta no caráter de Deus. O caráter
de Deus, o Ser de Deus, é a base da ética e da espiritualidade: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o coração, de toda tua alma e de toda a tua força” (Dt 6:4-5).

Este é o primeiro passo para a santificação. Enquanto as pessoas não colocam sua fé no único Deus, não há
espiritualidade, não há santificação de verdade. Toda vida espiritual depende de se entrar num relacionamento de
aliança com este Deus.

Santificação significa “separado para Deus”, significa viver uma vida piedosa e santa vencendo as tentações e o
poder do pecado - e viver uma vida vitoriosa. Isso é santificação. Em Lucas 1:75, há uma oração que diz que devemos
andar diante de Deus em santidade e justiça todos os dias.

III. O ofertante deve levar as cinzas para fora Vs. 10, 11

As cinzas são as sujeiras que se ajuntam no altar. Para o altar estar pronto para o sacrifício, elas devem ser levadas
para fora todos os dias. Que significado tremendo para nós!

Isto aponta para a confissão de pecados a Deus, para a restauração da comunhão com os irmãos e para a limpeza
de nosso coração, em relação a todos os sentimentos ruins. Levar as cinzas para fora é libertar-se das culpas do
passado, abrindo oportunidades para que novas experiências com o Senhor tenham lugar.

Tem muita gente vivendo de cinzas, experiências do passado. A cinza muitas vezes apaga o fogo. As experiências
foram boas, entraram para o nosso memorial, mas Deus tem coisas novas para fazer nas nossas vidas. Se desapega
daquilo que você já fez e se agarra naquilo que Deus ainda vai fazer na sua vida.

Não se mova só por aquilo que Deus fez, mas se mova por aquilo que Ele ainda vai fazer. O MELHOR DE DEUS ESTA
POR VIR!!! Nós somos sacerdotes e sacerdotes conhecem as verdades espirituais. Eles meditam na lei do Senhor
de dia e de noite.

O fogo nos dá coragem, pra fazer o que é certo, o que é bom e o que é justo, pra permanecer, perseverar, olhar os
outros com olhar do céu, SEM JULGAMENTOS OU CONDENAÇÃO. - Esse fogo nos enche de prazer espiritual.

Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém
como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. Atos 1:8...

REMOVENDO AS CINZAS: O fogo do altar representa a eterna presença de Deus sobre as nossas vidas e o altar a
vida do cristão. Antes carvão (frio e negro, vivendo na escuridão). Agora brasa (incandescente, quente e cheio de
luz) e neste processo o fogo de Deus tira todas as trevas e pecados. VIRAM CINZAS E PRECISAM SER REMOVIDAS!!!

Confissão de Pecados: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda injustiça”, 1 Jo 1.9.
Ver ainda “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o
mundo”, 1 Jo 2.2.

Precisamos nos livrar de nossos pecados, pois eles se tornam impedimento em nossa comunhão com Deus: “1 Eis
que a mão do SENHOR não está encolhida, apara que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder
ouvir. 2 Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto
de vós, para que vos não ouça”, Is 59.1-2.
O cristão que está em pecado perde a comunhão com Deus e também com seus irmãos de fé. Ao confessar seus
pecados, e vê-los perdoados, tanto a comunhão com Deus é restaurada, como também a comunhão com seus
irmãos.

Conclusão

Com estes cuidados, nosso altar estará sempre pronto para que, nele, possamos oferecer e servir a Deus com
sacrifícios agradáveis.

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