Teresinha
Teresinha
- NOVENA -
em honra da carmelita de Lisieux
SANTA TERESINHA do
Menino Jesus e da Sagrada Face
2 NOVENA DE SANTA TERESINHA
Cristais - 2024
Design Editorial: Ivayr Saraiva
EDITORA HORTUS
NOVENA DE SANTA TERESINHA 3
HINO INICIAL
V
iver de amor é dar sem medida sem
Na terra salário reclamar
Ah! Sem contar eu dou, pois
Convencida de que quem ama
Não sabe calcular
C
ompenetrados de humildade, consideremos e admi-
remos em S. Teresinha do Menino Jesus o dom de
misericórdia, concedido por Deus aos nossos dias,
nos quais o triunfo da matéria ameaça sufocar e apa-
gar nas almas o sublime dom da fé. Esta santinha viveu uma
vida de fé, no pensamento e nas obras, respirou o sobrenatural,
alimentou-se de Deus e a Ele ofereceu todas as suas penas inte-
riores, a fim de reparar os pecados de incredulidade cometidos
pelos homens.
C
onsideremos em S. Teresinha a sublime esperança na
misericordiosa bondade de Deus, que nela se efetua-
va na mais sincera e incondicionada confiança. Com
efeito, reconhecendo-se ela pequenina e fraca, quis
permanecer sempre tal, entre os braços amorosos de Deus, a
fim de ser guiada e levada por Ele, através do caminho da per-
feição, ao Céu; na alegria e na dor, na aridez e nas tentações,
confiou sempre em Deus, que para ela foi a riqueza da sua po-
breza, o sol nas suas trevas, o tudo do seu nada; e o Senhor a
levou ao Céu.
NOVENA DE SANTA TERESINHA 5
C
onsideremos outra característica da santidade de Te-
resinha: o seu grande amor para com Deus. Digna
filha da Serafina d’Ávila, ela compreendeu que o
amor, assim como é a essência da bem-aventurança
eterna, é também a alma e o fastígio da santidade na Terra.
Amar a Deus foi para Teresinha o trabalho, a ocupação e a
alma do seu espírito. Tudo quanto ela teve, fez vibrar no amor:
sua alma, seu coração, seu pensamento, sua palavra, toda a flor
do seu ser, foi abrasada pelo amor. Ela soube oferecer e pade-
cer desfolhando aos pés de Deus as rosas da sua caridade até a
morte.
C
onsideremos como o amor de Deus em Teresinha foi
maravilhoso em seus efeitos de caridade para com o
próximo. Quem ama deveras a Deus, ama necessa-
riamente as suas criaturas, as quais, sendo sua viva
imagem, são outrossim obras da sua criação, termo da sua Re-
denção, objeto do seu grande amor. E S. Teresinha amou em
seus irmãos a Deus, esquecendo-lhes os defeitos e as culpas; ela
não viu nem quis ver no próximo senão a imagem viva de Jesus,
por cujo amor proporcionava a todos caridade, compaixão e
perdão generoso.
C
onsideremos o ardente zelo que consumiu o espíri-
to de S. Teresinha em desejar a salvação das almas.
Atormentada pela sede do Crucificado, Teresinha
apaixonou-se para cooperar, com todos os meios que
estavam ao seu alcance, com a grande obra da Redenção. E o
seu apostolado foi tão prodigioso e admirável, que pôs a ser-
viço da Igreja e em auxílio das almas todas as suas riquezas
interiores: suas orações, suas imolações e seus sofrimentos pela
conversão dos pecadores.
C
onsideremos o amor que S. Teresinha nutriu pelos
sofrimentos desde a sua infância. Logo que ela com-
preendeu que a vida é dor e que, para se santificar,
é mister sofrer muito, pediu a Deus todo o gênero
de dores: o martírio do coração e o martírio do corpo. Com
efeito, sendo dotada de um espírito profundo, de um coração
sensibilíssimo e de um nobre sentimento, saboreou, até a morte,
as angústias e as agonias mais atrozes e meritórias, por serem
desconhecidas pelos homens.
C
onsideremos como toda a generosidade de S. Tere-
sinha consiste na humildade. Compenetrada do seu
nada, ela, em vez de desanimar, regozijou-se da sua
pequenez, e pôs todo o cuidado em ficar sempre pe-
quenina, bem sabendo que numa criatura a humildade é a única
fascinação para atrair a Deus. E Deus, comovido pela sincera
8 NOVENA DE SANTA TERESINHA
C
onsideremos a virtude característica de S. Teresinha:
a simplicidade, que é a virtude rainha das crianças,
pela qual ela foi direitinha para o seu fim, sem se
preocupar de mais nada. Por isso, esquecendo a si
mesma e as criaturas, jamais procurou a própria satisfação e
as utilidades pessoais; jamais buscou o amor e a estima dos ho-
mens, mas quis agradar unicamente a Deus, a quem consagrou
todas as suas próprias ações, o perfume de todas as suas inten-
ções e toda a chama do seu coração.
C
onsideremos como a vida de infância espiritual em S.
Teresinha se manifestou acompanhada da virtude do
mais completo abandono no amor misericordioso de
Deus. A pequenez, a fraqueza, a pobreza e a confian-
ça foram as veredazinhas que a levaram a este abandono, que
é o termo do amor. Pois se amar é doar, Teresinha, que amava
a Deus de um amor imenso, doara-se a Ele com o mais perfei-
to abandono, que fez de toda a sua vida o dom mais sublime e
afetuoso.
P
rostrados diante do trono da vossa adorável majesta-
de, Sacramento de amor, abrimos o nosso coração ao
reconhecimento e ao amor, para vos darmos graças
de terdes doado à Igreja e às almas S. Teresinha do
Menino Jesus. Grande Deus, vós tendes falado milhares e mi-
lhares de vezes com todas as vozes da potência, da sabedoria
e do amor, sempre e em toda parte, perante os homens que
vos amam e adoram, e os que vos odeiam e ultrajam. Vós vos
tendes manifestado para confundir a nossa presunção e a nossa
miséria, para nos dizer que só vós sois o Criador, a Providên-
cia, o último fim de toda grandeza e felicidade. Nunca, porém,
falastes como hoje, tão viva e deliciosamente, com a voz e a
eloquência desta extraordinária santinha, deste anjo revestido
de nossa carne, enferma e dolorida, a nossa querida S. Teresi-
nha do Menino Jesus, feita vossa palavra para ensinar a todos
o verdadeiro caminho do Evangelho e reconduzi-los ao Céu,
seguindo o exemplo luminoso das suas admiráveis e imitáveis
virtudes.
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N
ós vos rendemos graças, vos exaltamos e vos bendi-
zemos, Senhor, que ainda continuais, misericordio-
so, a derramar sobre esta mísera humanidade, tão
ingrata, mas sempre amada pelo vosso adorável Co-
ração, os tesouros de vossas virtudes e graças. Escutai, pois, a
prece que nós vos dirigimos por meio de S. Teresinha. Lem-
brai-vos, Senhor, que ela é a esposa predileta do vosso Coração
e é também nossa irmã. Ela é filha deste século que muito se
afastou de vós e vos ofendeu. Deus de bondade, Deus de miseri-
córdia, tende piedade de nós!
V
ós não nos abandonareis, pois ainda vos lembrais de
nós concedendo-nos tamanhos santos! Pelos méritos
e pela intercessão desta santinha, dai à vossa Igreja
paz e liberdade; concedei às nações e aos povos tran-
quilidade e amor, e fazei com que todas as almas entrem a fazer
parte do vosso pacífico Reino, a fim de que, de um extremo a
outro da Terra, todos, sociedade, família e indivíduos, reco-
nheçam a soberania do vosso munífico Coração.
E
vós, irmãzinha de nossos dias, de nossas penas, de
nossas lágrimas, S. Teresinha do Menino Jesus, sor-
riso dos anjos, flor do Céu, caída sobre este abismo
de lama e de choro, rogai por nós! Levantai a vossa
voz até ao trono de Deus, falai a Ele por nós com a eloquência
da vossa prece, aplacai-O e fazei-O voltar, sereno e benigno,
no meio de nós.
P
equena tesoureira do Coração divino, piedosa advo-
gada de todos os pobres, de todos os miseráveis, abri
a porta deste adorável e inesgotável Coração, e fazei
descer copiosa a chuva das vossas rosas. Ó alma cân-
dida e bela, nós esperamos a realização das vossas promessas!
Lançai, a mão cheia, as vossas rosas sobre este século do qual
fostes filha, e dignai-vos reconduzi-lo a Deus; sufocai com o
perfume das vossas flores o seu ambiente saturado de impieda-
de e salvai-o. Atirai as vossas rosas sobre todas as almas, sobre
12 NOVENA DE SANTA TERESINHA
O
h rainhazinha dos corações, atraí-nos a vós com
o perfume das vossas flores, ao bem, à virtude, ao
Céu. Pequena consoladora, consolai-nos. Querida
santinha, santificai-nos e obtende-nos, com a vossa
poderosa mediação, sermos admitidos, um dia, à festa eterna
do paraíso. Assim seja. — 3 Pai-nossos, Ave-Maria, e 1 Glória.