REALISMO - Machado de Assis PDF
REALISMO - Machado de Assis PDF
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M
LITERATURA 2º ano EM
DE S
A S SI
relembrando...
ROMANTISMO REALISMO
Subjetivismo Objetivismo
Personagens planos, de pensamentos e ações Personagens trabalhadas no plano
previsíveis psicológico
Herói íntegro, de caráter e moral Herói problemático, cheio de fraquezas,
irrepreensíveis manias e incertezas
Mulher idealizada, anjo de pureza, perfeição Mulher não idealizada, com defeitos e
e beleza qualidades
Amor sublime e puro, acima de qualquer Amor e outros sentimentos subordinados
interesse aos interesses sociais
Casamento como objetivo maior de Casamento como contrato de interesses
relacionamento amoroso e conveniências
sobre o autor
Um dos mais importantes escritores da
Literatura Brasileira.
Brás volta ao Brasil porque a mãe está à morte. Namora Eugênia, a filha de uma amiga pobre
da família; abandona a moça por ela ser coxa (manca). Enquanto isso, o pai de Brás procura
arranjar um casamento de interesse com Virgília, a filha de um político. Ela, no entanto,
casa-se com Lobo Neves; posteriormente, torna-se amante de Brás, mantendo com ele
encontros na casa habitada por dona Plácida.
Memórias póstumas de Brás cubas
Em meio a tudo isso, o protagonista Brás reencontra Quincas Borba, amigo dos tempos de
escola, que lhe apresenta uma doutrina filosófica que criara, o Humanitismo. Virgília parte
para o Norte, acompanhando o marido, nomeado presidente de província. Brás namora
então a jovem Eulália (ou Dona Loló), mas a garota morre aos 19 anos. Ele, que já se tornara
deputado, fracassa na tentativa de virar ministro de Estado.
Procurado por Virgília, já idosa, Brás ampara dona Plácida (a dona da casa onde eles se
encontravam), que morre pouco depois. É um período cheio de perdas e decepções: morrem
Marcela, o louco Quincas Borba, Lobo Neves e Eugênia aparece em um cortiço.
Ao tentar inventar um emplasto que lhe daria a fama tão desejada, Brás Cubas adoece e
morre depois de um delírio, aos 64 anos. Decide, então, contar sua vida em detalhes, mas,
pouco sistemático que é, e ainda excitado pela experiência da morte, sua narrativa segue a
lógica do pensamento.
exercícios
Leia os excertos das páginas 153 e 154 e faça os exercícios de 1 a 5 das
páginas 154 e 155.
Entregue as respostas MANUSCRITAS (foto do caderno) pela atividade no
Classroom; contará para a nota de tarefas do trimestre.
DOM CASMURRO
Pode ser compreendido como a autoanálise de Bento Santiago, um homem emocionalmente
ferido, pois acredita ter sido traído pela esposa, Capitu, e pelo melhor amigo, Escobar. Muitos
anos após a morte dos dois, decidiu escrever um livro para se livrar dos fantasmas do passado,
demonstrando definitivamente que não errou na atitude que tomou em relação à mulher e ao
filho. A ação se passa aproximadamente entre 1857 e 1875, embora o livro tenha sido escrito na
década de 1890.
Na infância e adolescência, Bento de Albuquerque Santiago morava na rua de Matacavalos (Rio
de Janeiro), com sua mãe viúva dona Glória, a prima Justina, o tio Cosme e o agregado José
Dias. Na casa ao lado, vivia Capitolina (Capitu) filha de Pádua e Fortunata. Ao contrário da
família de Bentinho, os pais de Capitu são pobres. Mesmo assim, os meninos conviveram como
amigos. Quando Bentinho completou 15 anos, José Dias lembrou dona Glória da promessa por
ela feita de enviar o filho para o seminário. Na verdade, procurava alertá-la para o perigo de
envolvimento amoroso do menino com a vizinha. Mas Bentinho e Capitu já estavam
apaixonados (já haviam até se beijado e, juntos, tramavam uma forma de evitar a ida ao
seminário). De qualquer modo, acabaram separados.
DOM CASMURRO
Bentinho tornou-se amigo de Escobar, outro seminarista sem vocação. Posteriormente, com
a ajuda do mesmo José Dias e de Escobar, Bentinho conseguiu fazer a mãe desistir da
promessa de torná-lo padre (ela o substituiu por um outro menino, órfão). Foi para São
Paulo e formou-se em direito. Depois, voltou para o Rio e casou-se com Capitu. Escobar, por
sua vez, casou-se com uma amiga dela, Sancha. Os dois casais eram felizes e se tornaram
muito amigos. Bentinho e Capitu tiveram um filho, Ezequiel.
O menino crescia e Bentinho, sempre inseguro e ciumento, via nele a cara de Escobar. A
partir de então, a amizade dele por Capitu passou a alimentar as dúvidas do outro. Uma
noite, ele encontra o amigo saindo de sua casa; Capitu, com naturalidade, diz que ele estava
lhe ajudando com umas questões financeiras. Escobar acaba morrendo e as lágrimas de
Capitu pelo morto deixam Bentinho transtornado: pensou em suicidar-se, matar a esposa,
matar Ezequiel (o que ele realmente tenta fazer com veneno, mas se arrepende a tempo) e,
por fim, separar-se dela. Mandou-a para a Suíça com o filho, onde ela morreria.
DOM CASMURRO
Adulto, Ezequiel volta ao Brasil, mas Bento não consegue ver nele senão o retrato de
Escobar. Formado em arqueologia, Ezequiel partiu para o Egito, morrendo em Jerusalém.
Solitário e angustiado, Bentinho passou a viver para o passado. Procurava reinterpretá-lo,
construindo no Engenho Novo uma casa idêntica à de Matacavalos. Em seguida pôs-se a
escrever sua autobiografia, para convencer-se da traição da mulher e para provar ao mundo
que não agira mal ao recusar Ezequiel.
Agora, por que é que nenhuma dessas caprichosas me fez esquecer a primeira amada
do meu coração? Talvez porque nenhuma tinha os olhos de ressaca, nem os de cigana
oblíqua e dissimulada. Mas não é esse propriamente o resto do livro. O resto é saber se
a Capitu da praia da Glória já estava dentro da de Matacavalos, ou se esta foi mudada
naquela por efeito de algum caso incidente. [...] E bem, qualquer que seja a solução,
uma coisa fica, e é a suma das sumas, ou resto dos restos, a saber, que a minha
primeira amiga e o meu maior amigo, tão extremosos ambos e tão queridos também,
quis o destino que acabassem juntando-se e enganando-me... A Terra lhes seja leve!
Vamos à História dos Subúrbios.