98 UC4 Corte e Dobra de Aço
98 UC4 Corte e Dobra de Aço
98 UC4 Corte e Dobra de Aço
CORTE
E DOBRA
DE AÇO
Construção Civil - Edificações
CORTE
E DOBRA
DE AÇO
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
CORTE
E DOBRA
DE AÇO
© 2018. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me-
cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
por escrito, do SENAI.
FICHA CATALOGRÁFICA
S491c
ISBN 978-852018023-5
CDU: 624.03
SENAI Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001
Departamento Nacional Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de ilustrações
Figura 1 - Central de armação......................................................................................................................................17
Figura 2 - Fluxo de atividades em uma Central de Armação.............................................................................18
Figura 3 - Plantas da Central de Armação................................................................................................................19
Figura 4 - Recebimento de material pré-fabricado em central de armaduras............................................20
Figura 5 - Situações de Risco.........................................................................................................................................23
Figura 6 - Placas de sinalização....................................................................................................................................25
Figura 7 - Bancada de corte de aço............................................................................................................................29
Figura 8 - Bancada com pinos de dobramento......................................................................................................30
Figura 9 - Guilhotina........................................................................................................................................................31
Figura 10 - Policorte.........................................................................................................................................................32
Figura 11 - Pinos................................................................................................................................................................32
Figura 12 - Chaves.............................................................................................................................................................33
Figura 13 - Armador de ferro trabalhando em bancada com os devidos EPI.............................................36
Figura 14 - Estoque de aço............................................................................................................................................39
Figura 15 - Condicionamento do material...............................................................................................................40
Figura 16 - Recebimento dos vergalhões de aço..................................................................................................41
Figura 17 - Estoque de barras de aço.........................................................................................................................43
Figura 18 - Armazenagem de aço...............................................................................................................................44
Figura 19 - Descarga e verificação de vergalhão...................................................................................................51
Figura 20 - Estoque do aço próximo ao local de utilização das barras..........................................................53
Figura 21 - Canteiro de obras........................................................................................................................................54
Figura 22 - Transporte vertical......................................................................................................................................54
Figura 23 - Grua.................................................................................................................................................................55
Figura 24 - Minigrua.........................................................................................................................................................56
Figura 25 - Guindaste fixado ao solo e guindaste móvel em caminhão.......................................................56
Figura 26 - Empilhadeira................................................................................................................................................57
Figura 27 - Elevador monta carga...............................................................................................................................57
Figura 28 - Movimentação manual de carga..........................................................................................................58
Figura 29 - Operador de grua.......................................................................................................................................59
Figura 30 - Elementos estruturais da edificação....................................................................................................63
Figura 31 - Elementos estruturais com concreto armado..................................................................................64
Figura 32 - Ferro entre os pinos...................................................................................................................................65
Figura 33 - Gancho na marca........................................................................................................................................66
Figura 34 - Parte dobrada na marca...........................................................................................................................66
Figura 35 - Elementos estruturais - Edifício.............................................................................................................67
Figura 36 - Elementos estruturais...............................................................................................................................68
Figura 37 - Etiquetas de certificação do aço...........................................................................................................69
Figura 38 - Informações nominais da barra.............................................................................................................70
Figura 39 - Telas de aço soldadas................................................................................................................................71
Figura 40 - Modelo de planta de locação de sapatas e pilares.........................................................................80
Figura 41 - Exemplo de armação de pilares e sapatas.........................................................................................81
Figura 42 - Detalhe dos estribos dos pilares...........................................................................................................82
Figura 43 - Planta de armação de vigas em corte - 1 ..........................................................................................83
Figura 44 - Planta de armação de vigas em corte - 2...........................................................................................83
Figura 45 - Detalhe de um estribo .............................................................................................................................84
Figura 46 - Detalhe de uma viga.................................................................................................................................84
Figura 47 - Projeto armadura lajes L8 e L9...............................................................................................................85
Figura 48 - Detalhe do projeto e perspectiva de uma estrutura com indicação das lajes L8 e L9......86
Figura 49 - Modelo de ordem de serviço.................................................................................................................87
Figura 50 - Cronograma de obra.................................................................................................................................89
Figura 51 - Segurança no trabalho - EPI....................................................................................................................93
Figura 52 - Tipos de luvas – EPI................................................................................................................................. 101
Figura 53 - Ergonomia.................................................................................................................................................. 102
Figura 54 - Trabalho em altura.................................................................................................................................. 103
Figura 55 - Sistema de Gestão Integrado - SGI.................................................................................................... 107
Figura 56 - Ferramentas da qualidade.................................................................................................................... 108
Figura 57 - Fluxograma processo de corte, dobra, transporte e montagem das armaduras dos pi-
lares............................................................................................................................................................... 109
Figura 58 - Diagrama de causa e efeito.................................................................................................................. 109
Figura 59 - Folha de verificação................................................................................................................................ 110
Figura 60 - Diagrama de Pareto................................................................................................................................ 110
Figura 61 - Histograma................................................................................................................................................. 111
Figura 62 - Diagrama de dispersão.......................................................................................................................... 112
Figura 63 - Carta de controle..................................................................................................................................... 112
Figura 64 - Ficha de verificação................................................................................................................................. 113
Figura 65 - Certificação................................................................................................................................................ 114
Figura 66 - Racionalização na obra.......................................................................................................................... 116
2 Central de armação........................................................................................................................................................17
2.1 Definição.........................................................................................................................................................19
2.2 Organização e limpeza...............................................................................................................................20
2.2.1 Estoque de aço ..........................................................................................................................21
2.3 Condições de segurança ..........................................................................................................................22
2.3.1 Segurança do trabalho............................................................................................................22
2.3.2 Sinalização de segurança conforme a NR 18...................................................................24
4 Armazenagem.................................................................................................................................................................39
4.1 Definição.........................................................................................................................................................40
4.1.1 Fabricação, transporte, armazenamento e recebimento do aço em canteiro de
obras...............................................................................................................................................40
4.1.2 Condições de segurança.........................................................................................................41
4.2 Condições e locais para armazenamento ..........................................................................................42
4.2.1 Quadro resumo para recebimento; verificação e armazenagem do aço..............45
6 Elementos estruturais...................................................................................................................................................63
6.1 Definição.........................................................................................................................................................64
6.1.1 Armações em aços: definição e características...............................................................64
6.1.2 Gabaritos: armação...................................................................................................................65
6.2 Classificação...................................................................................................................................................67
6.2.1 Elementos estruturais...............................................................................................................67
6.3 Etiquetagem...................................................................................................................................................69
6.4 Materiais de construção.............................................................................................................................72
6.4.1 Vergalhão de aço: definição e classificação......................................................................72
6.5 Engenharia estrutural ................................................................................................................................75
6.5.1 Projeto estrutural.......................................................................................................................75
6.6 Ordem de serviço.........................................................................................................................................86
6.7 Cronograma de obra...................................................................................................................................88
6.8 Diálogo Diário de Segurança – DDS......................................................................................................90
7 Segurança no trabalho.................................................................................................................................................93
7.1 Equipamentos de Proteção Individual - EPI........................................................................................94
7.2 Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC..........................................................................................96
7.3 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
(PCMAT)...........................................................................................................................................................98
7.4 Normas regulamentadoras.................................................................................................................... 101
Referências......................................................................................................................................................................... 121
Índice................................................................................................................................................................................... 127
Introdução
Prezado aluno,
É com grande satisfação que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) traz o
livro didático Corte e dobra de aço.
Este livro tem como objetivo proporcionar ao aluno o desenvolvimento de capacidades
técnicas e de gestão, visando à realização do corte e dobra de barras de aço, para confecção
de armaduras.
Os capítulos apresentados a partir de agora darão possibilidade aos alunos de utilizar seus
conhecimentos em seu estudo e também no dia a dia, em sua vida prática dentro de canteiros
de obras aos então operários.
Veremos os procedimentos para a execução dos cortes e dobras do aço, seguindo normas
técnicas, de qualidade, de saúde, de segurança e meio ambiente.
Por fim, esta unidade curricular servirá para despertar suas capacidades sociais, organizati-
vas, metodológicas e técnicas. Os estudos desta unidade curricular lhe permitirão desenvolver:
CAPACIDADES TÉCNICAS
a) Verificar as condições gerais do local de trabalho (iluminação, cobertura, piso, bancada, plata-
formas, baias de armazenagem, local de descarga e movimentação de vergalhões de aço...) para
execução segura do corte do aço;
b) Identificar a sequência de armazenagem de acordo com o cronograma da obra;
c) Identificar o melhor aproveitamento do corte do aço, para diminuir o consumo;
d) Reconhecer a melhor disposição do material para otimizar os fluxos de movimentação;
e) Reconhecer os padrões médios de produtividade para execução do serviço de corte;
f) Cumprir a ordem de serviço para armazenagem, seleção e execução de corte do aço das armações
para elementos estruturais;
g) Verificar as condições de uso das ferramentas e dos equipamentos para execução do corte, pre-
vendo a necessidade de manutenção/substituição destes;
h) Identificar as exigências técnicas e de qualificação quanto ao uso e operação dos equipamentos;
i) Utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC), segundo o risco da ativida-
de (PCMAT, PPRA);
j) Interpretar os procedimentos de segurança, segundo as Normas Regulamentadoras (NR), ati-
nentes à atividade;
k) Segregar os resíduos gerados de forma adequada, segundo Programa de Gerenciamento de Re-
síduos (PGR);
l) Interpretar os procedimentos de Qualidade, segundo as diretrizes estabelecidas pela empresa;
m) Verificar as condições de uso da bancada e/ou plataformas de trabalho para execução da dobra,
identificando a necessidade de utilização do pino de dobramento, conforme diâmetro do verga-
lhão de aço;
n) Verificar as condições previstas, quanto à armazenagem das armações dobradas para elementos
estruturais;
o) Dispor as armaduras por elementos estruturais (etiquetagem), de forma a facilitar a posterior
montagem;
p) Identificar a sequência de armazenagem de acordo com o cronograma da obra;
q) Reconhecer a melhor disposição do material para otimizar os fluxos de movimentação;
r) Reconhecer os padrões médios de produtividade para execução do serviço de dobra;
s) Aplicar a marcação prévia nas barras de aço, de acordo com projetos específicos;
t) Cumprir a ordem de serviço para execução de dobras no aço das armações por elementos es-
truturais;
u) Identificar as características das armações (os ângulos e medidas) para composição dos gabaritos;
1 Introdução
15
Lembre-se de que você é o principal responsável por sua formação e isso inclui ações proativas, como:
a) Consultar seu professor-tutor sempre que tiver dúvida;
b) Não deixar as dúvidas para depois;
c) Estabelecer um cronograma de estudo que você cumpra realmente;
d) Reservar um intervalo para quando o estudo se prolongar um pouco mais.
Bons estudos!
Central de armação
Recebimento de aço
Corte e dobra
Pré-montagem da
Armadura dos pilares
Montagem final da
Armadura dos pilares
Pré-montagem da
armadura das vigas
Montagem final da
armadura das vigas
Montagem final da
armadura das lajes
Antes da armação da estrutura dentro da forma, muita gente esquece que o aço precisa ser ensaiado,
recebido e armazenado corretamente.
Como podemos perceber, a atividade de corte e dobra de aço em construção segue uma sequência
como todo processo industrial. A seguir vamos tratar sobre o fluxo de forma fracionada.
2 Central de armação
19
2.1 DEFINIÇÃO
A Central de Armação é um dos setores que faz parte da área operacional de um canteiro de obras. É o
local onde são produzidas as armaduras de aço.
No projeto de um canteiro de obras é necessário reservar um espaço adequado para a Central Armação,
com cobertura adequada, conforme item 18.8.3 (NR 18).
Apesar das ferramentas utilizadas na obra ficarem sobre a guarda da construtora, na Central de Arma-
ção também são estabelecidos lugares para a organização das ferramentas, máquinas e equipamentos,
utilizados na confecção das armaduras de aço.
Na Central de Armação são instaladas as bancadas de corte, dobra e montagem de armaduras de aço,
como também é definido o local para estocagem do aço, com acessibilidade ao transporte vertical.
Existem vantagens e desvantagens em ter uma Central de Armação instalada em um canteiro de obras.
A confecção de armadura de aço na obra vai depender da quantidade a ser produzida, que dependendo
do custo-benefício, pode ser mais vantajoso ou não realizar no local da obra.
A desvantagem é que, como o corte e a dobra são realizados com ferramentas manuais, ou com má-
quina policorte, existem perdas por desbitolamento e por sobras de pontas de aço, em relação às peças
pré-montadas. Quando as peças vêm prontas da fábrica, não geram perdas, refletindo em um menor des-
perdício, além de maior eficiência na montagem, redução de contratação de mão de obra e menor tempo
de entrega da obra.
Veja, a seguir, as figuras que apresentam uma Central de Armação e o recebimento de armaduras pré-
-moldadas em fábrica.
CORTE E DOBRA DE AÇO
20
Podemos verificar, na figura anterior, que em uma central de armadura também são recebidas peças
pré-fabricadas para posterior montagem dos elementos estruturais, como forma de racionalizar o proces-
so construtivo.
No serviço de armador, no que se refere ao corte e dobra, teremos à frente um vasto material para um me-
lhor entendimento do referido assunto. Veremos, a seguir, como proceder para manter a central organizada.
Para assegurar o controle da segurança e da qualidade durante as suas atividades, o armador de ferra-
gens precisa organizar o local onde trabalha. Em primeiro lugar, para evitar acidentes, deve sempre manter
os seus Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e as suas ferramentas em bom estado.
Dentro da Central de Armação, você deve ter atenção para as condições de trabalho na área das banca-
das para corte, dobra e montagem das armaduras.
Veja os itens que devem ser observados:
a) A cobertura do local deve ser resistente a quedas de materiais e às ações do tempo;
b) A iluminação pode ser natural e/ou artificial;
c) As lâmpadas necessitam estar com grade de proteção, para evitar que o manuseio das barras de
aço possa quebrá-las;
d) O piso precisa estar nivelado e limpo, para evitar tropeços e escorregões;
e) O espaço para estoque do aço precisa permitir a circulação das pessoas e, assim, a retirada de
material de forma segura;
2 Central de armação
21
f) O aço a ser trabalhado não pode estar em contato com o solo, para evitar desgaste;
g) As bancadas devem ser colocadas distantes da fiação elétrica, para que os materiais metálicos
não atraiam eletricidade e causem choques;
h) Os equipamentos de proteção coletiva (EPC) devem estar sempre em conformidade com o traba-
lho, por exemplo, extintores de incêndio devem estar disponíveis de forma bem visível;
i) Para descarga de vergalhões de aço, deve-se isolar a área.
Como pode ser percebido, uma central de armadura de aço não é um simples galpão que pode ficar
de qualquer maneira, visto que a falta de organização e limpeza acarreta em perdas e acidentes, trazendo
prejuízo financeiro e humano para a construtora.
A correta estocagem do aço, na Central de Armação, evita perdas e desperdícios na obra, além de aci-
dentes de trabalho. O armazenamento deve estar instalado de forma estratégica, favorecendo todos os
funcionários que irão trabalhar diretamente com o material. Veja o que é preciso:
a) Escolher um local próximo do portão de entrada de materiais, facilitando a movimentação das
barras de aço para a área de corte, dobra e pré-montagem, principalmente quando não há gruas
ou guindastes;
b) Guardar o aço sob uma cobertura, evitando o contato com o solo;
c) Identificar e determinar diferentes locais para cada tipo de diâmetro do aço;
d) Identificar e determinar diferentes locais para os estoques de aço e aço beneficiado;
e) Após a montagem, as armações devem ser apoiadas e escoradas para evitar tombamento e des-
moronamento;
f) Não é permitido que as pontas dos vergalhões fiquem desprotegidas.
Para garantir que esse material funcione 100% segundo o projeto estrutural, você precisa garantir a
montagem da estrutura com cada barra em sua posição.
FIQUE Ao organizar as barras de aço é importante evitar que o estoque de vergalhões fique
muito tempo sobre a laje. Isto pode gerar sobrecargas e causar danos à estrutura da
ALERTA edificação.
CORTE E DOBRA DE AÇO
22
É importante movimentar e armazenar vergalhões de aço de forma correta dentro de uma obra, pois
caso contrário, é possível que os operários sejam colocados em risco e que a construção também sofra
consequências.
O Canteiro de Obras é um espaço composto por várias áreas que se integram para a execução da edi-
ficação. Sendo assim, é necessário que seja feita a sinalização correta, através da comunicação visual com
placas, avisos, cartazes, etc., orientando os trabalhadores e todas as pessoas que venham transitar nesses
espaços.
Na Norma Regulamentadora Nº 18 (NR 18), você encontra as orientações devidas para a realização de
uma sinalização de segurança eficiente. As informações referem-se às Condições e Meio Ambiente de Tra-
balho na Indústria de Construção.
SAIBA De acordo com o item 18.3.3, da NR 18, o empregador é responsável pela implementa-
MAIS ção do PCMAT nos canteiros de obras.
É primordial para as construtoras zelar pelas condições de segurança dos seus colaboradores. A seguir
trataremos sobre outro tema.
Dentre as causas de acidentes em canteiro de obras está a queda em altura, muitas vezes, por falta de
treinamento ou uso inadequado de EPI e EPC; em seguida, trabalho em espaço confinado, por motivo de
riscos de intoxicação, asfixia, explosão e doenças do trabalho e choque elétrico, devido a instalações ina-
dequadas e falta do uso de EPI.
Em um canteiro de obras os riscos são muitos e constantes, por isso a importância de conhecermos as
possibilidades para evitá-los, conforme vimos anteriormente.
CASOS E RELATOS
Neste momento, todos os operários viram a necessidade de não somente utilizar os EPI para auto-
proteção, como também utilizar os EPC que devem estar seguindo as normas técnicas de segurança,
em conformidade ao trabalho executado, para que não ocorra nenhum tipo de acidente.
Fica evidente que o uso dos equipamentos de proteção coletiva e individual são indispensáveis.
A sinalização de segurança em locais de trabalho, sem dúvida, é uma das medidas mais importantes na
prevenção de riscos profissionais e acidentes, uma vez que estimula e desenvolve a atenção dos trabalha-
dores para os riscos a que estão expostos, e ajuda a lembrar as instruções e os procedimentos adequados
em situações de risco recebidos nos treinamentos.
A sinalização do canteiro de obras tem os seguintes objetivos:
a) Alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho
e guindaste;
b) Advertir quanto a risco de queda;
c) Advertir sobre locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e radioativas;
d) Prevenir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for inferior a 1,80 m;
e) Indicar as entradas e as saídas por meio de dizeres ou setas;
f) Identificar os locais de apoio que fazem parte do canteiro de obras;
g) Alertar contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis das máquinas e
equipamentos;
h) Alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade executada, com a
devida sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho;
i) Identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra;
j) Preservar comunicação por meio de avisos, cartazes, placas e outros.
Entende-se por sinalização de segurança aquela que está relacionada com um objeto, uma atividade ou
uma determinada situação, suscetíveis de provocar determinados perigos para o trabalhador. Veja algu-
mas placas/ou adesivos de sinalizações comuns em canteiros de obras:
2 Central de armação
25
RECAPITULANDO
Neste capítulo você estudou sobre o que é uma Central de Armação dentro de um canteiro de obras,
a partir da definição técnica.
Em seguida, você pôde constatar a importância de manter a organização e a limpeza do local de
trabalho, observando sempre as condições de segurança.
Estudamos também sobre a importância de buscar respeitar as sinalizações dentro do canteiro de
obras, assim como, buscar a segurança do trabalho.
No próximo capítulo veremos conteúdos que apresentarão as bancadas e/ou plataformas de tra-
balho.
Siga em frente!
2 Central de armação
27
Bancada ou plataforma de trabalho
Nosso assunto neste capítulo será sobre as bancadas e plataformas de trabalho. Você co-
nhece ou já trabalhou em uma bancada ou plataforma de trabalho?
A partir de agora veremos as definições e as corretas dimensões das bancadas; os elemen-
tos que compõem estas bancadas; o que são os pinos de dobramento e, por fim, as condições
de segurança de trabalho.
Veja a seguir uma bancada de corte dentro de uma Central de Armação:
Policorte
Bancada
de trabalho
3.1 DEFINIÇÃO
As bancadas de corte e dobra são mesas, na maioria das vezes de madeira, onde são colocados os pinos
de dobramento, com diâmetros de acordo com as bitolas2 das barras e fios, a serem dobrados.
O posicionamento das bancadas deve ser realizado em proximidade à baia de estocagem3. Sobre as
bancadas ficam os equipamentos utilizados para o corte e a dobra de aço.
Além dos pinos de dobramento e apoio ou suporte, os componentes mais utilizados para o corte são
a guilhotina manual e a serra elétrica policorte. Esta última permite cortar várias barras ao mesmo tempo.
O importante é que os equipamentos sejam adequados para cada classe e bitola de vergalhão que será
cortado e dobrado, porém, o ideal é seguir as normas que regulamentam a prática de corte e dobra de aço
em canteiros de obra.
Ferramenta é um instrumento que permite realizar determinados trabalhos. Estes objetos foram con-
cebidos para facilitar a realização de uma tarefa mecânica que requer o uso de força. É um dispositivo que
fornece vantagens para a realização de tarefas diversas.
A chave de dobra, a torquês e o martelo são ferramentas. Ao tempo que um equipamento é uma ferra-
menta que aumenta a efetividade de uma operação que envolva dois ou mais objetos.
Nas bancadas de corte e dobra de aço existem alguns componentes (ferramentas e equipamentos) que
facilitam e auxiliam o trabalho do armador de ferro. Dentre estes componentes, apresentam-se aqui os
mais utilizados:
a) Guilhotina manual: ferramenta que realiza corte de cima para baixo no vergalhão de aço, a qual
possui uma empunhadura4 que requer mínimo esforço por parte do armador de ferro, transmitin-
do segurança, além da visualização total da operação;
Figura 9 - Guilhotina
Fonte: SENAI DR BA, 2018.
b) Serra elétrica policorte: ferramenta para cortes retos ou em ângulos de qualquer material em
ferro. É extremamente precisa nos cortes, apresentando maior resistência e durabilidade em rela-
ção à guilhotina manual. No mercado, existem diversos tipos de discos de corte que são instala-
dos na serra elétrica policorte de acordo com qual material será trabalhado. Encontram-se discos
de corte específicos para trabalhos em madeira, pisos, cerâmicas, aço ou plástico. Para operar
essa ferramenta, o profissional de armação dever ter a qualificação e experiência necessária para
realizar esta tarefa.
4 Empunhadura: lugar por onde se empunha, por onde se pega (arma, remo, etc.); punho.
CORTE E DOBRA DE AÇO
32
Figura 10 - Policorte
Fonte: SENAI DR BA, 2018.
c) Pinos de apoio ou suporte: as chapas de dobrar ferro são compostas pelos pinos de dobramen-
to e de apoio. Esses pinos são acoplados a ”elos” chamados de roletes e possibilitam que as barras
de aço, mesmo nervuradas, deslizem no momento da dobra;
d) Pinos de dobramento: os pinos são pedaços de vergalhão de aço, soldados a uma chapa de fi-
xação, com diâmetros que devem ser determinados para apoio dos vergalhões que serão usados
pelos projetos estruturais, conforme normas técnicas vigentes;
Figura 11 - Pinos
Fonte: SENAI DR BA, 2018.
3 Bancada ou plataforma de trabalho
33
e) Chaves: as chaves de dobrar ferro são ferramentas metálicas em forma de “F” com abertura de-
terminada, com espaços definidos entre as extremidades do “F” que coincidem com a bitola do
aço a ser dobrado.
Figura 12 - Chaves
Fonte: SENAI DR BA, 2018.
O uso adequado das ferramentas e equipamentos para o corte e a dobra do aço é indispensável para
uma produção eficiente de armaduras no canteiro de obras.
Para que os equipamentos não apresentem problemas e nem ofereçam riscos de acidentes, faça perio-
dicamente a manutenção preventiva da serra, apertando os parafusos diariamente e lubrificando a máqui-
na semanalmente. Com esses cuidados e utilizando sempre o disco correto, o equipamento terá uma vida
útil maior.
Os profissionais devem estar munidos dos EPIs necessários para manusear esses equipamentos e ferra-
mentas.
FIQUE Para a execução do corte e dobra nas bancadas de trabalho é necessário o uso de EPI
adequados. O fornecimento do EPI é de obrigação do empregador e deve atender
ALERTA todos os requisitos estabelecidos na norma regulamentadora nº 6 (NR 6).
Veremos agora as dimensões dos aços normalmente utilizados no canteiro de obras, de acordo com as
normas da ABNT.
CORTE E DOBRA DE AÇO
34
3.3 DIMENSÕES
O corte e a dobra das barras e fios de aço, executados no canteiro de obras, deve seguir o que está de-
terminado nas normas técnicas.
Conforme as normas técnicas, as bancadas de trabalho, montadas em uma Central de Armação, no
canteiro de obras, podem ser de madeira, medindo em torno de 14 m de comprimento, 0,80 m de largura
e 1,05 m de altura.
As dimensões da bancada devem permitir que o pino de dobramento seja adequado ao diâmetro das
diferentes bitolas de barras e fios de aço, cumprindo, assim, o que é recomendado pela norma técnica.
Você sabia que se a chave de dobra não for colocada na posição correta na
hora de dobrar o vergalhão, o mesmo cresce no tamanho? A área que cres-
Curiosidades ceu se deformou e pode ficar frágil. O correto seria colocar pinos que pos-
sam ser modificados.
(Fonte: EQUIPE DE OBRA, 2013).
Em construção civil, como se trabalha com projetos, é primordial que se observem as dimensões esta-
belecidas nos projetos e as mesmas sejam sempre respeitadas exatamente.
De acordo com a norma técnica, a determinação referente aos pinos de dobramento tem como obje-
tivo: “evitar fissuras, quebras ou trincas, que podem afetar o desempenho do aço no concreto e, por este
motivo, os pinos de dobramento devem ter os diâmetros compatíveis às exigências da norma de projetos
de estruturas em concreto”.
A tabela a seguir mostra o procedimento que indica o diâmetro adequado dos pinos de dobramento,
para a execução do serviço em obra, segundo a categoria do aço:
Diâmetro do pino
Categoria do aço (CA)
Bitola < 20 mm Bitola > 20 mm
CA 25 4xØ 5xØ
CA 50 5xØ 8xØ
CA 60 6xØ -
A tabela também se refere às dimensões dos pinos de dobra de uma bancada de armador de ferragem,
bem como os tipos de aço usados para os mesmos.
3 Bancada ou plataforma de trabalho
35
As barras e fios de aço são classificados conforme sua resistência, definida pela sua
SAIBA composição e processo de fabricação. Assim sendo, as classificações do aço são: CA-25,
MAIS CA-50 e CA-60. Para maiores informações, consulte as especificações técnicas da norma
técnica vigente.
O aço é o material usado nos meios de transporte e está presente em todos os momentos de nosso dia
a dia.
Os pinos dão suporte aos vergalhões no processo de dobramento, principalmente às barras e fios ner-
vurados, como é o caso do aço CA-50 e do CA-60. Quando essas nervuras são danificadas, interferindo na
aderência do aço ao concreto, podem prejudicar a obra.
Por isso, pregos e pedaços de vergalhões não são aconselhados. A norma recomenda o uso de roletes e pinos.
CASOS E RELATOS
O caso do cano
Na Avenida principal da cidade de São Sebastião, estava instalado o canteiro de obras para a
construção de um prédio de três andares. Na Central de Armação de aço, os armadores estavam
realizando o corte e a dobra do aço na bancada. Eles decidiram que, para facilitar o trabalho, iriam
utilizar chaves adaptadas que eram ferramentas inventadas por operários em horas de necessidade
dentro do canteiro de obras, para puxar o vergalhão durante a dobra.
Pegaram um cano de aço com a ponta amassada e levaram para a bancada, começando assim as
referidas dobras do aço.
Pedro, que era um armador mais experiente, informou para os colegas que aquele cano, apesar de
facilitar para a dobra dos vergalhões, aumentava o risco de dobrar as barras no ponto errado, com-
prometendo seu uso.
Os demais colegas não quiseram escutá-lo e decidiram continuar as dobras utilizando os canos.
Quando o encarregado chegou ao local, notou que as barras de aço não estavam dobradas no ponto
definido no projeto.
Os armadores tiveram que contar o ocorrido e mostrar a ferramenta utilizada. Houve perda e retra-
balho, atrasando a etapa de montagem.
CORTE E DOBRA DE AÇO
36
Pedro, então, demonstrou para toda a equipe a forma correta de dobramento, utilizando as chaves
de dobra, disponíveis na Central de Armação, nas medidas correspondentes à bitola dos vergalhões
de acordo com o projeto apresentado.
A pressa é inimiga da perfeição e amiga do retrabalho.
Notamos a importância dos pinos de apoio nas bancadas de dobra, pois sem os mesmos o serviço fica-
ria muito difícil porque, para tanto, é necessário travar o vergalhão de aço.
O armador de ferro deve estar bastante atento ao desenvolver o serviço de corte e dobra de aço no
canteiro de obras, pois a segurança dentro da central de armação se faz necessária para que, durante a
execução do trabalho, não ocorra nenhum tipo de acidente.
A bancada precisa ser montada distante do trânsito dos operários, em área isolada, e de preferência,
ser trancada depois do expediente de trabalho. De acordo com normas de segurança, as bancadas devem
ser fixadas em local coberto. Caso a obra esteja começando, há a opção de ser construída em estrutura
provisória.
Outro ponto importante é que, para o conforto ergonômico do trabalhador, a bancada deve ter entre
75 cm e 80 cm de altura.
Seguindo as determinações da NR 18, com certeza as condições de segurança nas bancadas ou plata-
formas de trabalho estarão dentro de um padrão de qualidade, permitindo a devida prevenção de aciden-
tes em canteiros de obras.
O mercado da construção dispõe de bancadas próprias para executar o serviço de dobra no canteiro,
como as usadas nas vendas especializadas de aço, mas também é possível adaptar uma central na própria
obra utilizando bancadas de madeira, o que é realmente importante é que sejam firmes e seguras e tragam
conforto para o operário.
RECAPITULANDO
Neste capítulo você pôde aprender sobre o que é uma bancada de trabalho, os componentes que
ficam sobre a mesma e que são utilizados para a execução do corte e dobra das barras e fios de aço.
Você também estudou as dimensões, que devem ser construídas as bancadas conforme normas
técnicas.
Pôde também compreender a importância de utilizar os pinos de dobramento, adequadamente ao
tipo de bitola do aço.
E, assim, conferiu as condições de segurança do trabalho, permitindo que os operários possam man-
ter a saúde física e mental satisfatória.
A seguir você estudará sobre armazenagem de materiais na obra.
Bons estudos!
Armazenagem
A correta armazenagem permite que as barras de aço sejam fisicamente preservadas e, com
isso, possam aderir ao concreto de modo adequado.
A seguir você estará observando uma das formas adequadas de estocagem do aço.
CORTE E DOBRA DE AÇO
40
4.1 DEFINIÇÃO
A armazenagem do aço é a estocagem de vergalhões de aço. Existem vários sistemas para armazena-
gem, por este motivo, para que seja realizada a correta estocagem, é necessário saber:
a) Qual o tipo de produto que será armazenado;
b) Quais suas dimensões e seu volume;
c) Qual o espaço adequado, desde a altura do pé direito do local;
d) A resistência do piso que o produto repousará.
Entretanto, para que ocorra a armazenagem, você precisa compreender como deve ser realizada a des-
carga do aço, quando o caminhão ou outro meio de transporte chega ao canteiro de obras.
Com relação ao fornecedor de aço, é importante que a produção dos vergalhões na fábrica esteja rela-
cionada ao cronograma do canteiro de obras, para que não ocorram atrasos na entrega, interferindo nas
etapas seguintes da obra. Outro item importante a ser levado em conta é que a fábrica não deve despachar
mais vergalhões do que a capacidade de recebimento do canteiro de obras. Deve haver um planejamento
adequado, entre produção e entrega.
Em geral, no nosso país, o transporte de vergalhões de aço é realizado por meio rodoviário em cami-
nhões e carretas articulados com altura e largura médias de 4,40 m e 2,60 m, respectivamente, tendo o
comprimento médio de 10 m a 18 m.
As barras de aço com comprimento aproximado de 12,0 m devem ser dispostas sobre a carroceria do
veículo, até uma altura máxima de 3,0 m.
O descarregamento das carretas no canteiro de obras deve ocorrer de forma planejada, com equipa-
mentos aptos, preferencialmente de movimentação vertical (gruas), para a realização de descarga e levan-
tamento das peças.
No quesito condições de segurança dentro de uma canteiro de obras, é imprescindível que os operá-
rios estejam devidamente treinados e utilizando os EPI e EPC necessários para evitar acidentes, a exemplo,
podemos citar o descarregamento dos vergalhões de aço, estes devem ser feitos sem nenhum risco para
o trabalhador e sem danos para as peças. Veja, a seguir, o recebimento dos vergalhões de aço de modo
manual e mecanizado:
Além do treinamento de operários, da entrega de EPI e da colocação de EPC, a construtora deve ter
atenção também para a certificação de barras e fios de aço a serem utilizados nas obras, assim como o
CORTE E DOBRA DE AÇO
42
certificado de qualidade das telas, luvas ou cordoalhas, cabos de aço, conforme as normas técnicas rela-
cionadas.
No recebimento dos materiais, os certificados de qualidade devem vir junto com a nota fiscal e neles
conter os resultados exigidos pelas normas técnicas, conforme os exemplos a seguir:
O item anterior nos mostra parte da cadeia de suprimento, que é item primordial para o bom andamen-
to de um canteiro de obras.
Quando o veículo chega à obra para entregar os materiais comprados, o primeiro item que o operário
responsável precisa verificar é a condição das peças de aço, para poder se certificar de que estão limpas,
sem ferrugem, sem corrosão, sem rasgos e falhas no caso de bainhas de cordoalhas, que são capas de ma-
terial geralmente plástico ou emborrachado que tem por função agrupar os cabos de aço. Em seguida, o
operário não pode receber barras menores do que o permitido pelo limite de tolerância.
Depois de verificar todas estas condições, é preciso observar o romaneio, que é um documento que in-
forma como o produto ou serviço está organizado checando a nota fiscal e o número do pedido. Se o mate-
rial comprado for o aço cortado e/ou dobrado, antes de aceitar as peças, busque comparar as informações
contidas nas etiquetas do fornecedor com o projeto de armação elaborado pelo engenheiro estrutural.
Conforme normas técnicas específicas, para manter as condições ideais do aço, o armazenamento deve
ser realizado em local coberto, sobre um estrado, assegurando-se que não esteja em contato algum com o
solo, ou poças de água, para que não haja corrosão, prejudicando a aderência das barras e fios ao concreto
da estrutura. Caso seja necessário uma maior permanência do aço ao ar livre, é importante colocar uma
lona plástica recobrindo todo o material.
Outro detalhe que o operário deve ficar atento é se existem fios elétricos nas proximidades, para que
não ocorra nenhum tipo de acidente.
4 Armazenagem
43
Feixe separado
Etiqueta
Sem contato com o solo
Figura 17 - Estoque de barras de aço
Fonte: SENAI DR BA, 2018.
Quanto ao recebimento de materiais em aço para execução das armações, é muito importante seguir a
norma técnica, relacionada ao armazenamento das peças.
A seguir apresentaremos os principais itens desta norma, que informam como se deve proceder diante
o recebimento e armazenagem dos materiais em canteiros de obras:
a) Recebimento dos materiais: todos os materiais empregados na execução da estrutura de concreto
devem ser recebidos conforme estabelecem as normas;
b) Armazenamento dos materiais: os materiais a serem utilizados devem permanecer armazenados
na obra ou na central de dosagem, separados fisicamente desde o instante do recebimento até o momen-
to de utilização. Cada material deve estar perfeitamente identificado durante o armazenamento, no que
diz respeito à classe, à graduação e, quando for o caso, à procedência.
Os documentos que comprovam a origem, as características e a qualidade dos materiais devem perma-
necer arquivados, conforme legislação vigente;
c) Materiais componentes do concreto: quando o concreto for preparado na obra, o armazenamento
dos materiais que o compõe deve estar conforme com o que estabelece a norma técnica;
CORTE E DOBRA DE AÇO
44
d) Aços para as armaduras: devem ser estocados de forma a manterem inalteradas suas características
geométricas e suas propriedades, desde o recebimento na obra até seu posicionamento final na estrutura.
Cada tipo e classe de barra, tela soldada, fio ou cordoalha utilizado na obra deve ser claramente identifica-
do logo após seu recebimento, de modo que não ocorra troca involuntária quando de seu posicionamento
na estrutura. Para os aços recebidos cortados e dobrados, valem as mesmas prescrições para as diferentes
posições. A estocagem deve ser feita de modo a impedir o contato com qualquer tipo de contaminante
(solo, óleos, graxas, entre outros);
e) Equipamentos: os equipamentos necessários à execução dos serviços previstos, inclusive equipa-
mentos de segurança, devem estar disponíveis na obra, em condições de trabalho, de acordo com as espe-
cificações do fabricante e normas vigentes;
f) Instalações: devem estar de acordo com a norma técnica. Sabe-se que todos os procedimentos in-
dustriais, em todo o mundo, são regidos por normas operacionais com o objetivo de padronizar os pro-
cessos. No Brasil não é diferente, visto que se trata de país industrializado, sendo assim, obedece a Normas
Regulamentadoras. O setor da construção civil também segue nesse sentido, pois os riscos são muitos e os
trabalhos executados fora das normas estão fadados ao insucesso.
Veja, a seguir, uma imagem resumindo o local ideal para o armazenamento de aço:
Os vergalhões
são agrupados e
etiquetados por
bitola, separados Se possível, o estoque
por baias e deve estar protegido do
troncos. sol e da chuva.
Após efetuada a programação de entrega do aço, o planilhamento, a conferência dos documentos que
acompanham a entrega e as necessárias verificações, dá-se a entrega de todo o material no canteiro de
obras, acompanhado de nota fiscal dos produtos e também do romaneio para conferência no recebimento.
Fabricante
Diâmetro nominal
Oxidação em excesso
Presença de dobras
Em local coberto
Fabricante
Referência/código da tela
Oxidação em excesso
Verificação visual
(Verificar a existência de) Homogeneidade na cor
Presença de dobras
Como se sabe, todo material recebido em um canteiro de obras precisa ser conferido rigorosamente e
se necessário devolvido ao fornecedor, visto que o uso de material fora de especificação irá comprometer
o produto final.
4 Armazenagem
47
CASOS E RELATOS
Cuidados com a estocagem do aço evitam problemas como acidentes, roubos, eventual oxidação ou
acúmulo de sujeira excessiva, o que inviabilizaria tecnicamente a utilização de parte de um material com
tamanha importância para uma obra.
CORTE E DOBRA DE AÇO
48
RECAPITULANDO
Como você pôde observar, este capítulo foi de grande importância para o armador de ferro, pois o
recebimento, assim como a armazenagem do aço, precisa ser realizado com base em normas técni-
cas, para a prevenção de acidentes e perdas em canteiros de obras.
Sobre a armazenagem do aço, você aprendeu que as barras, fios e demais peças em aço devem ser
estocados em cima de um palete ou estrado, sendo que a norma técnica específica determina que o
mesmo tenha uma altura mínima de 7 cm acima do solo, lembrando que os materiais em aço devem
estar separados e etiquetados conforme cada bitola.
Por fim, os vergalhões, telas, etc., devem ficar o mais próximo possível da Central de Aço e, preferen-
cialmente, protegidos com cobertura.
4 Armazenagem
49
Logística de canteiro de obras
Agora, você irá entender como é realizada a logística de canteiro de obras, os meios de
transporte utilizados e a descarga e movimentação de vergalhões e demais peças, até chegar
à central de aço para execução do corte e da dobra dos materiais.
Você sabe o que é a logística de canteiro de obras? Você já teve contato com a movimenta-
ção de vergalhões de aço em um canteiro de obras?
Mais tarde, também passou a designar a gestão, armazenamento e distribuição de recursos para todo
tipo de atividade, incluindo o canteiro de obras. É necessário saber que, ao receber o aço para a execução
das armaduras, os operários precisam estar atentos à movimentação de vergalhões, pois caso realizem de
modo inadequado, estarão arriscando suas próprias vidas.
O gerenciamento e administração do setor de transporte para obras são necessários a partir do mo-
mento que a não organização na carga e descarga gera atrasos e, consequentemente, prejuízos. Vejamos
alguns casos:
a) A descarga do aço deve ser realizada dentro do próprio canteiro de obras, porém nem sempre
isto é possível, pois não há o devido espaço para a entrada dos caminhões no canteiro. Em con-
sequência disso, é necessário um bom planejamento de compra, no sentido de não acumular
estoques e proceder a descarga na porta da obra;
b) Quando o descarregamento das peças em aço, que ocorre no canteiro de obras, o risco de aciden-
te é bastante reduzido. Todos os operários que irão realizar este trabalho devem estar utilizando
EPI adequados. Não utilizar o equipamento ou seu uso incorreto pode acarretar, por exemplo, em
acidentes, tais como: cortes nas mãos, pela falta de uma simples luva; ou ainda, um traumatismo
craniano, pela falta de capacete;
c) Ao transportar o aço manualmente é imprescindível o uso de luvas de raspa de couro. O ideal
seria que toda movimentação fosse realizada por equipamentos verticais, a exemplo da grua.
O armazenamento adequado do aço na obra irá evitar perda de tempo, gerando maior produtividade.
Uma logística bem planejada dentro do canteiro irá evitar grandes transtornos aos administradores
responsáveis pela obra. Da mesma forma, os procedimentos que veremos a seguir.
A intralogística tem como objetivo otimizar o fluxo de movimentação de materiais e seus processos.
É necessário compreender que um canteiro precisa ser organizado, mantendo uma intralogística de mo-
vimentação de materiais adequada. É importante também se realizar investimentos em equipamentos de
grande porte, como gruas, que são equipamentos para elevação de cargas pesadas na obra; e as crema-
lheiras, que são os elevadores usados nas construções de edifícios, reduzindo horas de serviço nas obras.
Um canteiro ideal deve indicar os locais onde será armazenado cada tipo de material. É preciso também
planejar como serão realizados os trânsitos de trabalhadores da obra, de transportes, como também os
lugares para a execução de armaduras e demais produtos que fazem parte dos processos construtivos.
CORTE E DOBRA DE AÇO
54
Com este planejamento, a movimentação de materiais, dentro do canteiro, será reduzida, gerando me-
nores prazos de entrega e, acima de tudo, menor índice de acidentes.
Um gargalo que encontramos hoje é o transporte dos materiais, em obras de grande porte. Se o plane-
jamento não for bem-feito, afetará diretamente em perdas de materiais, de tempo e de mão de obra, logo
no prazo de entrega da obra, como também o transporte manual que resulta em muitas atividades que
não acrescentem valor. [...] quando se avalia o tempo de mão de obra disponível, um terço diz respeito à
movimentação no canteiro. (ESPINELLI; FORMOSO, 2010 apud COELHO, 2010).
GRUA CREMALHEIRA
Vale salientar aqui que a intralogística ainda não é valorizada em sua plenitude, assim como, a logística
não era no início dos anos 1980.
São variados os tipos de transportes utilizados em canteiros de obras. Vamos falar agora sobre os mais
comuns:
a) Grua: é o equipamento de movimentação de cargas muito utilizado em obras, principalmente
de grande porte. É equipada com sistema eletrônico de acionamento e a altura de sua estrutura
pode variar de 10 m até 150 m ou mais;
Figura 23 - Grua
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
CORTE E DOBRA DE AÇO
56
b) Minigrua: este equipamento é utilizado para elevação de telas de aço soldadas e, em seguida,
desenrolar para a montagem nas formas, estando fixado sobre a torre do guincho, evitando o uso
de elevadores e gruas;
Figura 24 - Minigrua
Fonte: SENAI DR BA, 2018.
Figura 26 - Empilhadeira
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
e) Elevadores monta carga: são equipamentos que servem para movimentação de cargas. Deve
haver um cuidado especial com os sistemas de segurança, que devem seguir a norma regulamen-
tadora nº 18 (NR 18).
Para cada equipamento são necessários vários cuidados. Somente pessoas habilitadas podem conduzir
esses equipamentos. Vamos ver algumas condições de segurança para que isso aconteça.
CORTE E DOBRA DE AÇO
58
Existem duas normas que regulamentam a utilização de transportes em obras. Todas devem ser obede-
cidas e observadas com rigor para a segurança de todos. Vejamos:
a) Norma Regulamentadora nº 18 (NR 18): esta norma fala das “Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção” e possui um item específico para “Movimentação e Trans-
porte de Materiais e Pessoas”;
b) Norma Brasileira ABNT NBR 16200: sobre elevadores de canteiros de obras para pessoas e
materiais com cabina guiada verticalmente. O documento foi elaborado pelo Comitê Brasileiro
de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (CB-04) da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), substituindo a antiga norma de conformidade dos equipamentos, a NBR 233:1975.
Depois que você viu a importância de seguir a normatização dos meios de transporte, é preciso consi-
derar também a sinalização e a manutenção dos equipamentos de movimentação, evitando os riscos do
operário se acidentar.
Para a movimentação manual de vergalhões e outros materiais, é importante que seja dimensionada
a quantidade de trabalhadores em relação ao peso que será transportado, pois o esforço físico a ser feito
pelos operários deve ter compatibilidade com a capacidade de força dos mesmos.
Entretanto, o operador de grua deve ser capacitado para exercer esta função, assim como, todos os
demais trabalhadores que forem operar os demais meios de transportes dentro do canteiro de obras.
É sempre importante que o transporte de pessoas e cargas seja realizado em canteiro de obras, utilizan-
do-se de equipamentos de movimentação devidamente dimensionados, verificando-se as especificações
contidas em normas técnicas, além da execução de instalações adequadas, para que ocorra uma aplicação
segura, garantindo a proteção do trabalhador e da carga.
CORTE E DOBRA DE AÇO
60
CASOS E RELATOS
Transporte seguro
Manuel, como encarregado de obras da Construtora Lei S.A., está trabalhando no empreendimento
do Condomínio Estação, quando observou que a equipe tinha poucas informações relacionadas aos
meios de transporte em obras, pois alguns pelo simples fato de terem carteira de motorista, acredi-
tavam que poderiam realizar o transporte de vergalhões em veículos e equipamentos no canteiro.
Ele conversou com a engenheira Josepha, responsável pela obra, e resolveram fazer uma apresen-
tação, na reunião com os operários, sobre o que diz a NR 18 em relação à movimentação e transporte
de materiais e pessoas. No dia da reunião foram repassadas as seguintes orientações de acordo com
a norma regulamentadora:
“Todos os equipamentos de movimentação e transporte de materiais e pessoas só devem ser
operados por trabalhadores qualificados e certificados, sendo que mesmo assim só deveria exercer
a direção quem tivesse esta função anotada em Carteira de Trabalho.
Todos os elevadores tracionados a cabo deveriam ter painéis laterais, contraventos, cabine, guincho
de tração e freio de emergência identificado.
Ficava proibido o transporte de pessoas nos elevadores de materiais. E, por fim, o posto de trabalho
do guincheiro deveria ser isolado, com proteção segura contra queda de materiais”.
Manuel lembrou ainda que muitos daqueles que ali estavam presenciaram a morte de dois operários
no ano anterior, em um trabalho de rotina, envolvendo uma descarga de vergalhão de um caminhão
e um guindaste.
Ao final da exposição, Manuel e a Engenheira Josepha foram aplaudidos e todos os operários agra-
deceram os esclarecimentos prestados, tendo a certeza de que com estas informações o ideal é que
somente pessoas capacitadas façam o serviço de transporte de materiais!
É necessário lembrar das condições de segurança nos canteiros de obras. A vida deve vir em primeiro lugar.
5 Logística de canteiro de obras
61
RECAPITULANDO
Neste capítulo você estudou sobre os meios de transportes usados em canteiro de obras, além da
carga e descarga do aço.
Você teve oportunidade de perceber a importância da adequada movimentação de vergalhões de
aço, inclusive do estoque ser próximo ao local de fabricação das armaduras de aço.
Necessário também não esquecer que as condições de segurança para a utilização de transportes
e movimentação de materiais em canteiros de obras são regulamentadas NR 18, que normatiza as
“Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção”, a qual possui um item especí-
fico para “Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas”.
Vamos em frente!
Elementos estruturais
Neste capítulo você compreenderá maiores detalhes sobre a utilização das barras; dos fios,
telas e outras peças que formam os elementos estruturais de uma edificação.
Você observou por que as edificações se mantêm firmes sem desabar? A figura a seguir
apresenta a estrutura de uma edificação.
As casas não caem, literalmente, por causa dos elementos estruturais. Eles são responsáveis
pela sustentação da casa ou prédio que você mora.
Vamos dar prosseguimento ao nosso estudo com a definição dos elementos estruturais!
Bom estudo!
CORTE E DOBRA DE AÇO
64
6.1 DEFINIÇÃO
Elementos estruturais são componentes que fazem parte da base ou estrutura da edificação. Para a exe-
cução desses elementos é adequado utilizar concreto armado, pois dará uma maior sustentação à cons-
trução.
SAIBA Para obter maiores informações em relação a projetos e execução de estruturas, consul-
MAIS te a norma técnica vigente.
Além da segurança contra o colapso, uma estrutura deve satisfazer os critérios de utilização, isto é, to-
dos os aspectos de performance devem ser aceitáveis para o uso a que se destina.
As armações em aço são definidas como a junção de barras de aço, dobradas e montadas conforme sua
utilização e um dos componentes do concreto armado.
Vamos ver as características das armações em aço?
A seguir, conheceremos as normas que regulamentam e especificam a produção de barras e fios de aço:
a) A diferença entre aço e ferro é a quantidade de carbono: na composição química do ferro, o teor
de carbono é maior ou igual a 2,04% e, no aço, este teor é menor do que 2,04%. As denomina-
ções CA-25, CA-50 e CA-60 dizem respeito a materiais que possuem teor de carbono que varia de
0,08% até 0,50%, dependendo do material e, portanto, a denominação técnica correta é aço;
6 Elementos estruturais
65
b) As barras são produtos obtidos por laminação e os fios por trefilação. Os fios são empregados até
a bitola de 10,0 mm e as barras a partir da bitola de 4,3 mm;
c) Na designação desses fios e barras é usado o prefixo CA, que indica o seu emprego no concreto
armado;
d) A escolha do tipo de aço se dá em função de condições econômicas e de mercado, sendo que nas
obras de construção de edifícios, o aço CA-50 é a principal alternativa escolhida.
É importante que se observe as características anteriores para o corte a dobra corretos das armações
de aço.
O processo de execução para o gabarito de corte e dobra do aço deve seguir o passo a passo:
a) Meça e marque na bancada as medidas da dobra do estribo, gancho, largura e comprimento;
b) Para marcar à direita da bancada, coloque o metro no centro do pino de apoio;
c) Para marcar à esquerda da bancada, coloque o metro avançado duas vezes o diâmetro do ferro
a partir da face do pino de apoio;
d) Coloque o ferro entre os pinos, deixando a ponta do ferro na marca do gancho;
e) Faça a dobra do ferro com a chave sempre de acordo com as dimensões e orientações do projeto;
f) Coloque o gancho na marca do comprimento e dobre;
CORTE E DOBRA DE AÇO
66
Gancho Largura
45º
6.2 CLASSIFICAÇÃO
A classificação dos elementos estruturais, segundo a sua geometria, faz-se comparando a ordem de
grandeza das três dimensões principais do elemento (comprimento, altura, espessura), que são visualiza-
das na imagem a seguir.
Pilar
Nervura
Alvenaria Viga
Laje maciça
Muro de arrimo
Escada
Pilar
Térreo
Vigas
baldrame
Bloco de Sapata
fundação corrida
A determinação dos elementos estruturais, bem como a preocupação com a segurança para a edifica-
ção, tem sido uma constante para a engenharia.
São materiais geralmente produzidos com ferro, madeira ou concreto armado, formando usualmente o
sistema laje, viga, pilar e fundações.
CORTE E DOBRA DE AÇO
68
a b c
b a
c a
c
c b
ab
Os elementos estruturais são dimensionados em função das cargas atuantes, das capacidades resisten-
tes e das geometrias construtivas.
6 Elementos estruturais
69
6.3 ETIQUETAGEM
A etiquetagem é um procedimento realizado a partir da colocação de etiquetas nos aços que são cer-
tificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, que é
responsável pela avaliação compulsória de conformidade dos vergalhões de aço, a partir do ano de 1999,
e/ou por órgãos certificadores, tais como: ABNT ou ACTA – Supervisão Técnica Independente.
No Brasil, trabalhamos com dois tipos de certificações para aço utilizado na Construção Civil. O primeiro
é a certificação obrigatória, realizada pelo INMETRO e certificação voluntária. Com isso, todos os constru-
tores, de grande, médio e pequeno porte, reduziram o processo de recebimento e avaliação da qualidade
do aço adquirido.
Como exemplo de certificação obrigatória, todos os produtores de vergalhões para armaduras, como as
barras em aço CA-25 e CA-50 e os fios de aço CA-60, passam por auditorias.
Por este motivo, somente serão comercializados os materiais que estiverem devidamente etiquetados,
em conformidade com a norma técnica. Esta portaria assegura que o aço utilizado em construção não ofe-
reça, no momento de seu uso, riscos à segurança das construções, bem como aos cidadãos.
Toda barra nervurada (barra de aço CA-50), em todas as bitolas, deve apresentar marcas de laminação
em relevo, identificando o produtor com o registro no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial),
identificação do produtor e categoria do material e seu respectivo diâmetro nominal. (ABNT NBR 7480,
2007, p. 2).
CORTE E DOBRA DE AÇO
70
Categoria Diâmetro
do aço da barra
SD 50 10
Identificação
do fabricante
Além desta determinação técnica, torna-se necessário que sejam evidenciados os níveis de desbito-
lamento que significa que a massa linear da barra pode ser maior do que a nominal, admitidos em cada
empresa construtora.
O segundo tipo é chamado de certificação voluntária, que ocorre quando o fabricante se oferece para
certificar o próprio aço produzido. Um exemplo de materiais que podem passar por este tipo de certifica-
ção são as telas soldadas e as armaduras treliçadas. O produtor do aço deve passar por auditorias através
de órgãos de certificação neutros.
Esses órgãos entregam o aço fabricado aos laboratórios autorizados pelo INMETRO, com o intuito e
obrigatoriedade de receber o resultado de conformidade de acordo com as normas técnicas da norma
técnica vigente. Sendo o resultado positivo, os produtos imediatamente recebem um selo de conforme;
ou é enviado, pelo órgão certificador, um documento contendo as informações do fabricante e da peça do
aço certificada.
6 Elementos estruturais
71
De maneira geral, são encontradas perdas não desprezíveis na construção de qualquer obra, o grande
desafio é chegar cada vez mais perto do zero por cento.
O material é um conjunto de matérias, cientificamente falando. Nas artes, material seria a produção
realizada pelo artista. Já para as engenharias, quando usam a palavra material, referem-se à substância que
tem uma utilidade. Na construção civil é a matéria-prima da obra, sendo denominado de material de cons-
trução. Como exemplo, podemos citar o cimento, a cal, a areia, os blocos, as tintas, a madeira, as ferragens
em aço, dentre outros.
Vamos salientar o aço no material de construção e, mais especificamente, o vergalhão.
Os vergalhões são barras de aço empregados na produção de armaduras para utilização no concreto
armado, de lajes, vigas, pilares, fundações em geral, que farão parte da estrutura da edificação.
a) O vergalhão CA-50: é um vergalhão que possui superfície nervurada, facilitando assim a aderên-
cia ao concreto. As bitolas variam de 6,3 mm a 40 mm. Veja a tabela:
b) O vergalhão CA-60: os fios de aço podem apresentar superfície lisa ou nervurada, produzido em
aço em baixo teor de carbono, alta resistência, ótima soldabilidade. Fornecido em barras retas ou
dobradas, com bitola de 4,2 mm a 9,5 mm. Veja a tabela:
c) O vergalhão CA-25: apresenta superfície lisa. O vergalhão CA-25 é bastante utilizado como re-
forço de estruturas de concreto, assim como calçadas, paredes e fundações. São encontrados no
mercado com espessuras e tamanhos diferentes.
CASOS E RELATOS
Prática e teoria
O armador de ferragens, Digelson, foi contratado pela Construtora Áustria Ltda. e o conhecimento
prático, em armaduras de aço, foi apreendido na prática, trabalhando com seu pai.
Como ele não havia frequentado um curso de armador de ferro, Digelson tinha dificuldades com
algumas siglas, símbolos e informações que eram repassadas à equipe.
Logo no primeiro serviço, ele teve problemas pela falta de conhecimentos sobre os aços. O encar-
regado da obra mandou que o profissional pegasse a CA-25. Digelson trouxe um carrinho.
O encarregado da obra percebeu a dificuldade do empregado e repassou para ele uma cartilha que
explicava sobre as categorias do aço.
Lendo a cartilha, o armador de ferragens, Digelson, compreendeu que a sigla CA significa Concreto
Armado.
Com o novo conhecimento adquirido na cartilha, Digelson conseguiu identificar todas as categorias
das barras e fios de aço, assim como, seu uso específico, referente à carga de trabalho que as peças
irão suportar.
Ao fim do trabalho, ele decidiu procurar um curso de armador de ferro para complementar o
conhecimento que ele já possuía com a prática.
O profissional que irá fazer o corte e a dobra do aço deve ficar atento, pois as cargas que as barras ou
fios de aço irão suportar são definidas no projeto estrutural da edificação que será construída, assim, a
classificação do aço estará prevista em projeto.
Exemplo:
50 kgf/mm² ou 500 MPa para o CA-50;
25 kgf/mm² ou 250 MPa para o CA-25;
60 kgf/mm² ou 600 MPa para o CA-60.
6 Elementos estruturais
75
Como no exemplo anterior, podemos identificar a classificação dos aços a serem adquiridos, pois já
estarão definidos pelas siglas.
A engenharia estrutural é a responsável pela elaboração do projeto estrutural de novas obras, análise
de obras existentes que venham apresentar problemas, verificação da capacidade resistente em amplia-
ções ou novas utilizações a que uma determinada obra civil venha a ser submetida.
No projeto estrutural iremos estudar:
a) Projeto de fôrma;
b) Projeto de armação;
c) Plantas de locação da fundação (sapata) e pilares;
d) Plantas de armação de vigas;
e) Plantas de armação de lajes.
CORTE E DOBRA DE AÇO
76
-- V: viga;
-- L: laje;
-- B: bloco;
-- S: sapata;
-- E: estaca.
A planta de fôrmas tem a função de definir as dimensões das formas que irão moldar o concreto.
b) Projeto de armação
O projeto de armação de ferragens é utilizado para:
-- Levantamento da quantidade de material para execução dos serviços;
-- Solicitação de material;
No projeto de armação encontra-se também o quadro de ferragens. Nesse quadro, podemos identificar
o comprimento da barra, diâmetro da bitola da barra, posição do projeto e a quantidade de barras. Veja
um modelo a seguir:
6 Elementos estruturais
77
QUADRO DE FERROS
COMPRIMENTOS
Nº Ø QUANTIDADE
UNIT. (cm) TOTAL (m)
1 6,3 12 654 78,48
2 8.0 12 654 78,48
3 5.0 503 102 513,06
4 6,3 8 259 20,72
5 8.0 8 259 20,72
6 6,3 4 424 16,96
7 8.0 4 424 16,96
8 6,3 4 609 24,36
9 8.0 4 609 24,36
10 6,3 4 419 16,76
11 8.0 4 419 16,76
12 6,3 8 394 31,52
13 8.0 8 394 31,52
14 6,3 2 364 7,28
15 8.0 2 364 7,28
16 6,3 4 1021 40,84
17 8.0 4 1021 40,84
18 5.0 475 82 389,5
19 10.0 90 195 175,5
20 10.0 180 145 261.00
21 12,5 72 400 288.00
22 5.0 516 88 454,08
23 12,5 72 300 216.00
24 6,3 16 125 20.00
25 6,3 15 500 75.00
26 6,3 4 395 15,8
27 6,3 54 230 124,2
28 6,3 22 205 45,1
29 6,3 48 290 139,2
30 6,3 16 235 37,6
31 6,3 26 290 75,4
32 6,3 32 175 56.00
33 6,3 32 215 68,8
34 6,3 14 335 46,9
35 6,3 38 365 138,7
36 6,3 78 80 62,4
3 5.0 503 102 513,06
4 6,3 8 259 20,72
CORTE E DOBRA DE AÇO
78 5 8.0 8 259 20,72
6 6,3 4 424 16,96
7 8.0 4 424 16,96
8 6,3 4 609 24,36
9 8.0 4 609 24,36
10 6,3 4 419 16,76
11 8.0 4 419 16,76
12 6,3 8 394 31,52
13 8.0 8 394 31,52
QUADRO DE FERROS
14 6,3 2 364 7,28
COMPRIMENTOS
15
Nº
16
Ø8.0
6,3
2
QUANTIDADE
4
364
UNIT.
1021(cm)
7,28
TOTAL
40,84(m)
1
17 6,3
8.0 12
4 654
1021 78,48
40,84
18
2 5.0
8.0 475
12 82
654 389,5
78,48
19
3 10.0
5.0 90
503 195
102 175,5
513,06
20
4 10.0
6,3 180
8 145
259 261.00
20,72
21
5 12,5
8.0 72
8 400
259 288.00
20,72
22
6 5.0
6,3 516
4 88
424 454,08
16,96
23
7 12,5
8.0 72
4 300
424 216.00
16,96
24
8 6,3
6,3 16
4 125
609 20.00
24,36
25
9 6,3
8.0 15
4 500
609 75.00
24,36
26
10 6,3
6,3 4
4 395
419 15,8
16,76
27
11 6,3
8.0 54
4 230
419 124,2
16,76
28
12 6,3
6,3 22
8 205
394 45,1
31,52
29 6,3 48 290 139,2
13 8.0 8 394 31,52
30 6,3 16 235 37,6
14 6,3 2 364 7,28
31 6,3 26 290 75,4
15 8.0 2 364 7,28
32 6,3 32 175 56.00
16 6,3 4 1021 40,84
33
17 6,3
8.0 32
4 215
1021 68,8
40,84
34
18 6,3
5.0 14
475 335
82 46,9
389,5
35
19 6,3
10.0 38
90 365
195 138,7
175,5
36
20 6,3
10.0 78
180 80
145 62,4
261.00
21 12,5 72 400 288.00
22 5.0 Tabela 4 - Modelo
516de quadro de ferros 88 454,08
Fonte: SENAI DR BA, 2018.
23 12,5 72 300 216.00
24 6,3 16 125 20.00
25 6,3 15 500 75.00
Com o quadro resumo
26 é possível6,3
fazer o levantamento
4 da quantidade
395 necessária
15,8 de cada aço para rea-
lização do pedido de compra,
27 conforme
6,3 demonstrado 54 na figura a230 seguir: 124,2
28 6,3 22 205 45,1
29 6,3 48 290 139,2
30 6,3 RESUMO16 AÇO CA - 50 A 235 37,6
31 6,3 26 290 75,4
32 Ø6,3 COMPR. (m) 32 kg/m 175 kg 56.00
Observando a tabela anterior, identificamos na primeira coluna a bitola do aço, a segunda mostra o
comprimento total, a terceira indica quantos quilogramas por metro tem cada bitola de aço e a última
coluna é o resultado da multiplicação entre a segunda e a terceira.
Observe o exemplo detalhado referente à figura anterior:
1ª. Coluna – bitola do aço = 5,0 mm;
2ª. Coluna – comprimento total = 1357 m;
3ª. Coluna – Quilogramas por metro (kg/m) = 0,20 kg/m;
4ª. Coluna – Total (em quilogramas) = 1357 m x 0,20 kg/m = 272 kg.
Nos desenhos para execução de armaduras, as barras que têm dobras são desenhadas em detalhes,
com a indicação do número do aço, da quantidade, da bitola e das medidas das dobras.
c) Planta de locação da fundação (sapata) e pilares
É a transposição das medidas de eixo da planta baixa para o terreno. Observe, na figura a seguir, uma
planta de estrutura de uma residência. Trata-se da planta de locação de sapatas e pilares. Ela permite iden-
tificar:
-- A estrutura da edificação tem 12 sapatas (S1 a S12) e 12 pilares (P1 a P12). Onde S1 = Sapata
01 e P1 = Pilar 1;
-- A posição exata de cada pilar e sapata (a numeração inicia no canto superior esquerdo e segue
da esquerda para direita, de cima para baixo, da mesma forma que é organizada a escrita em
uma folha de papel;
-- As dimensões de cada pilar e sapata (indicadas no lado direito, sendo o pilar com 30 X 15 e sa-
patas com S1 = S3 = S8 = 150 x 150 e S2 = S4 = S5 = S6 = S7 = S9 = S10 = S11 = S12 = 100 x 100);
-- O tipo de fundação (neste caso a melhor solução de fundação foi a sapata isolada).
CORTE E DOBRA DE AÇO
80
Observe que, no desenho anterior, as sapatas foram agrupadas de acordo com suas dimensões: S1, S3 e
S8 são sapatas de 150 cm x 150 cm e as demais (S2, S4, S5, S6, S7, S9, S10, S11 e S12) são de 100 cm x 100 cm.
Os pilares têm como dimensões 30 cm de comprimento e 15 cm de largura e serão armados com 6 bar-
ras de 12.5 mm de diâmetro, cada um.
Observe o detalhe dos estribos dos pilares:
30
15 N21
27
5
12
N22 - 43 ø5,0 c/ 15 - 88
Para a armação de cada pilar, serão utilizados 43 estribos de 5.0 mm de diâmetro, com espaçamento
entre eles de 15 cm. O comprimento dos estribos será de 27 cm e a largura será de 12 cm, com dobras de 5
cm, totalizando 88 cm de comprimento total da barra.
A posição N 19 identifica as barras de aço que compõem a armadura das sapatas S1, S3 e S8. No total,
para cada sapata, serão 30 barras de 10.0 mm de diâmetro, com espaçamento de 10 cm e comprimento
total de 195 cm.
d) Planta de armação de vigas
Vamos aprender a interpretar uma planta de armação referente a uma viga. As imagens a seguir permi-
tem visualizar a armadura das vigas V1, V5 e V7. Observe a V1 (viga 1), ela é igual a V5 e V7 e mede 12 x 40
cm de diâmetro e o seu comprimento é de 640 cm.
N1 com 6,3 mm de diâmetro e 654 cm de comprimento.
Considere os 10 + 10 cm da ancoragem somados a 634 cm = 654 cm.
6 Elementos estruturais
83
Posição do ferro
N1 – 2 Ø6.3 –654
634
Observe, a seguir, duas armaduras N2 com 8,0 mm de diâmetro e 654 cm de comprimento. Considere
os 10 + 10 cm da ancoragem somados a 634 cm = 654 cm.
N1 – 2 Ø8.0 –654
634
V1 =V5=V7 (12x40)cm
N1– 2 ø6.3 –654
10
54N3 634 10
40
9
12
VIGA
ESTRIBOS
ARMADURAS
L8
N27 – 12 Ø6.3 c.15–230
N36–8 Ø6.3 c.30–80
N33–16 ø6.3 c.15–215
L9
O projeto trazido é composto de duas lajes L8 e L9. As ferragens que compõem as lajes você já apren-
deu a identificar.
As ferragens positivas (N27, N32 e N33) ficam na parte inferior da laje e se estendem por todo o seu
comprimento.
As ferragens negativas (N36) são representadas com linha tracejada e ficam no encontro das lajes e são
posicionadas na parte superior.
Veremos com mais detalhes como se identificam as ferragens de uma laje. Observe a imagem do deta-
lhe do projeto de armadura de laje seguido da perspectiva de uma estrutura com indicação das lajes.
CORTE E DOBRA DE AÇO
86
Posição do ferro
Figura 48 - Detalhe do projeto e perspectiva de uma estrutura com indicação das lajes L8 e L9
Fonte: SENAI DR BA, 2018.
A ordem de serviço é utilizada para detalhar uma atividade a ser executada. Antes de iniciar o serviço,
devem ser verificadas as condições de segurança, por exemplo, a instalação de proteções de periferia (ban-
dejas, guarda-corpo, telas).
Para a liberação da montagem da armadura, devem ser verificados se os serviços anteriores a este tra-
balho já foram concluídos, por exemplo: montagem e escoramento das formas, aplicação de desmoldante,
passagem de instalações elétricas e hidráulicas.
A figura a seguir mostra um modelo de ordem de serviço. Neste documento, deve constar a relação
dos EPIs necessários, as informações relativas aos riscos e às sinalizações da obra, bem como ferramentas e
materiais para realização das atividades.
6 Elementos estruturais
87
• Capacete;
• Bota de segurança;
• Óculos de proteção;
• Protetor auricular tipo inserção (quando estiver em ambientes ruidosos);
• Uniforme completo;
• Luva de raspa de couro ou vaqueta;
• Cinto de segurança tipo paraquedista equipado com trava - quedas em conjunto de corda de
poliamida preso à estrutura fixa da edificação (trabalho em altura);
• Protetor facial (quando operar a serra de policorte);
• Ombreiras em raspa de couro (para transporte e descarga de vergalhões).
• Informe com urgência ao mestre de obras, ou o seu supervisor, qualquer irregularidade ou mau
funcionamento do equipamento;
• Use corretamente o cinto de segurança ligado a um cabo de segurança, para trabalhos realizados
em andaimes suspensos mecânicos; para trabalhos em altura superior a 2,00 metros ou na periferia
da obra;
• Não desça material (armações de ferro) em queda livre. Use cordas para amarrá-los;
• Quando designados para operar a serra policorte, não permita que outras pessoas a utilizem;
• Ao operar a serra de policorte, verifique se a mesma está intacta e corretamente fixada, com
proteção das partes móveis e use protetor facial e protetor auricular;
• Verifique as condições gerais das ferramentas manuais e comunique qualquer alteração nas
ferramentas elétricas, para registro em livro de inspeção;
• Não improvise extensões elétricas e nem conserte equipamentos elétricos defeituosos. Chame o
eletricista para tal atividade;
• Proteja as pontas verticais dos vergalhões quanto à montagem das armações;
Instale bancada apropriada e estável para dobragem e corte de vergalhões afastada dos locais de
passagem obrigatória de trabalhadores;
• Estoque os vergalhões em cavaletes mantendo a circulação livre;
• A estocagem dos vergalhões deve ser feita em locais apropriados, provida de dispositivos
adequados de modo a evitar: postura inadequada assumida pelo armador e seu ajudante para
movimentar a ferragem, esforço excessivo despendido por ambos para movimentação da ferragem,
interferência com as áreas de circulação de trabalhadores;
• O leiaute do pátio de armação deverá ser planejado e executado de modo a evitar que a operação
de transporte dos vergalhões do estoque até as máquinas de corte dobra, corte e dobra da
ferragem, transporte até o local de aplicação na obra;
• Exija que a execução da manutenção corretiva e/ou preventiva periódica nas máquinas e/ou
equipamentos seja feita por profissional treinado e habilitado.
____________________________
Assinatura do Empregado
O armador de aço é o trabalhador que cuida das ferragens da obra. Ele é responsável pela montagem
e organização de barras e demais materiais em aço. Aparentemente é um trabalho simples, porém é de
grande risco, pois lida com vergalhões de aço e ferramentas e equipamentos cortantes.
A ordem de serviço é um documento obrigatório que aparece tanto na CLT, artigo 154, item II, quanto
nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, mais precisamente na NR 1, item 1.7, letra “b”.
É importante o uso da ordem de serviço para a realização do trabalho do Armador de Ferragens, evitan-
do, assim, os riscos de acidentes.
CRONOGRAMA DA OBRA
Fundações
Estrutura de
concreto
armado
Elevações
Cobertura
Instalação
elétrica
Instalação
hidráulica
Esquadrias
Revestimento
Pavimentação
Pintura
Diversos
SAIBA Para maiores informações sobre cronogramas de obras, consulte: LIMMER, Carl Vicente.
Planejamento, orçamentação e controle de projetos e obras. Rio de Janeiro: LTC,
MAIS 1997.
Lembre-se sempre de que no planejamento para construção de uma edificação, o ideal é que o crono-
grama físico-financeiro seja realista, no qual as despesas com a realização dos serviços sejam detalhadas,
dependendo do tipo da obra.
CORTE E DOBRA DE AÇO
90
Seguir corretamente o cronograma de cada etapa da obra permite que a empresa construtora compre
ou contrate materiais, equipamentos e profissionais, no momento certo, evitando desperdícios, gastos e
despesas excessivas.
O DDS é o Diálogo Diário de Segurança, que tem por objetivo a conscientização do trabalhador sobre
a segurança no trabalho. Deve ser aplicado diariamente, através de uma conversa de curta duração, em
torno de dez minutos, para relembrar aos trabalhadores sobre a preparação do ambiente de trabalho para
a execução das atividades do dia, as políticas de segurança, o manuseio de ferramentas e equipamentos,
inclusive algumas técnicas de primeiros socorros.
Quem não construiu bons cronogramas de obra, porém desanimou devido aos resultados fugirem do
planejado?
Nada de anormal. Temos que lembrar que cronograma de obra é um organismo vivo e deve ser sempre
atualizado com as informações da real situação da obra, e que facilmente causará desvios.
Isso não é o fim do mundo, desde que a empresa tenha total controle dessas alterações e possa repla-
nejar, se for necessário. Esse é o diferencial das empresas consolidadas no mercado.
6 Elementos estruturais
91
RECAPITULANDO
Neste capítulo você estudou sobre a definição, classificação e etiquetagem dos elementos estru-
turais. Além disso, teve a oportunidade de entender o que as normas técnicas explicam sobre as
classificações do aço, enquanto material de construção. Além disso, você pôde observar o quanto é
importante fazer a leitura correta de um projeto, como funciona uma ordem de serviço e a importân-
cia de conhecer um cronograma de obra.
Você pôde também observar a importância da certificação do aço, ter ocorrido, a partir de 1999, pelo
INMETRO e outros órgãos certificadores, dando maior segurança às construções estruturais.
No próximo capítulo você estará aprendendo novos conteúdos relacionados à Segurança do Trabalho.
Bons estudos!
Segurança no trabalho
7
Neste capítulo você vai aprender sobre os EPI, os EPC e como utilizá-los adequadamente,
além de outras condições de segurança e saúde exigidas em normas técnicas.
Bom estudo!
CORTE E DOBRA DE AÇO
94
São todos os dispositivos de uso coletivo, destinados a proteger dois ou mais trabalhadores. As normas
técnicas referentes aos EPC são as Normas Regulamentadoras (NR) nº 4, 9 e 18.
Conforme estas normas, o empregador e o empregado têm as seguintes obrigações:
a) O empregador deve
-- Adquirir o EPC adequado à atividade do empregado;
b) O empregado deve
-- Utilizar apenas para a finalidade a que se destina;
Os equipamentos de proteção coletiva são destinados à segurança de um grupo de pessoas que reali-
zam um determinado serviço em um mesmo ambiente de trabalho.
Veja algumas proteções coletivas utilizadas na construção civil:
Tela de proteção
Protege quanto à
queda de materiais e
ferramentas Proteção de
periferia
Proteção de periferia e
bandeja salva-vidas
Bandeja
salva-vidas
7 Segurança no trabalho
97
São cordas ou
cabos de aço com
resistência mínima
de 1500 kg, onde são
travados os cintos de
Linha de vida
segurança, permitindo
a movimentação
horizontal dos
trabalhadores sem risco
de queda
Se houver queda de
Protetores para pontas de
operário, essa proteção
barras de aço
evita a perfuração
Guarda-corpo
Lembre-se de que você não deve retirar madeiras de proteção de vãos para utilizá-las em suas tarefas.
Se elas estão lá, existe um motivo. É sua obrigação, assim como de seus colegas, zelar pela segurança de
todos, assim, você deve comunicar a existência de locais desprotegidos.
SAIBA Para obter maiores informações em relação a EPI e EPC, consulte a norma regulamen-
tadora nº 6 (NR 6) para EPI e as normas regulamentadoras (NR) nº 4 (NR 4) e nº 9 (NR 9)
MAIS para EPC.
O Brasil vem apresentando uma ligeira melhora no ranking mundial entre os países com maior número
de registros de acidentes. Essa melhora pode ser creditada, em parte, a crescente importância dada ao uso
do EPC e do EPI.
A NR 18, aprovada pela Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego
– MTE, é a norma que regulamenta o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria
da Construção - PCMAT.
Na NR 18, o subitem 18.3.1, determina “a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos
com 20 (vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos estabelecidos pela NR 18 e outros dispo-
sitivos complementares de segurança”. (BRASIL, 1978).
O PCMAT também deve cumprir com as exigências da NR 9 - Programa de Prevenção e Riscos Ambien-
tais e com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO.
De acordo com a NR 18, deverão ser integrados ao PCMAT os itens dispostos a seguir:
a) Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se
em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas pre-
ventivas;
7 Segurança no trabalho
99
O PCMAT deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado na área de segu-
FIQUE rança do trabalho, conforme disposto no item 18.3.2 da NR 18. Já a implementação
ALERTA das ações descritas no programa é de responsabilidade do empregador ou condomí-
nio. (Fonte: CHAVES, 2018).
Em um canteiro de obras, você, atuando em corte e dobra de aço, irá se deparar com ambientes um tan-
to quanto perigosos. Faz-se necessário conhecimentos referentes às normas técnicas de segurança, e aten-
ção no dia a dia, para não colocar em risco a sua segurança e a de seus colegas dentro do local de trabalho.
CORTE E DOBRA DE AÇO
100
CASOS E RELATOS
Para o armador de ferragens a luva pigmentada não é adequada, pois tem entre média-baixa resistência
mecânica. Ela pode ser utilizada por profissionais como carpinteiros, pedreiros, em funções de descarga
de determinados materiais.
A luva em látex (borracha) também é inadequada, pois são mais utilizadas no momento de contato
com elementos químicos, como cimento e argamassa. A luva vaqueta (em couro), somente para trabalhos
leves. Veja a diferença entre as luvas citadas:
7 Segurança no trabalho
101
Sendo assim, é importante ressaltar que o uso adequado de EPI é obrigatório e que o empregado não
pode ser demitido por negar-se a trabalhar sem os mesmos. Esse é um direito que as leis do trabalho am-
param o trabalhador. A vida em primeiro lugar.
As normas relativas à atividade do armador de ferragens são aquelas que se aplicam à padronização e
regulação dos serviços e produtos, além de processos desta tarefa. Aqui iremos abordar a NR17 e a NR35.
Erg
on
Co om
n
Se for ia
=
Pro gura to
du nça
tiv
ida
de
Figura 53 - Ergonomia
Fonte: SENAI DR BA, 2019.
É necessário, também, que o empregador e o trabalhador tenham a consciência de que a falta de con-
forto no trabalho pode interferir na redução da produtividade das empresas, por isso, ao não se cumprir
esta norma, além dos problemas gerados ao trabalhador, a própria empresa tem perdas na produtividade.
A NR 35 tem a finalidade de estabelecer requisitos mínimos de proteção para o trabalho em altura, que
englobe organização, planejamento e execução. Essa norma visa proteger a saúde e segurança dos traba-
lhadores direta e indiretamente com trabalhos em altura.
Para ser trabalho em altura, considera-se toda atividade executada acima de 2 m do nível inferior, onde
existe o risco de queda.
7 Segurança no trabalho
103
FIQUE Não é apenas o empregador que tem a responsabilidade de evitar acidentes com
quedas de altura. Segundo a NR 35, o empregado também precisa ficar atento e
ALERTA cumprir alguns requisitos.
Portanto, é preciso que o planejamento considere todos os possíveis pontos envolvidos num acidente.
A NR 35 exige que as atividades de acesso e saída do trabalhador, ao local onde será realizada a atividade,
também sejam contempladas.
CORTE E DOBRA DE AÇO
104
RECAPITULANDO
Neste capítulo você estudou sobre a importância da segurança no trabalho. Conheceu os EPI (Equi-
pamentos de Proteção Individual) adequados para o serviço de corte e dobra do aço, como também
aprendeu sobre a necessidade de respeitar os EPC (Equipamentos de Proteção Coletiva) existentes
no canteiro de obras.
Compreendeu também a utilidade da NR 18, assim como a NR 6, dentre outras, e os programas de
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, na área de Construção Civil: PCMAT (Programa de
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção); PPRA (Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais).
Agora, continue em frente com seus estudos!
7 Segurança no trabalho
105
Procedimentos de qualidade
Agora vamos aprender sobre alguns procedimentos de qualidade, assim como, o adequa-
do descarte de resíduos do aço, durante e após o corte e a dobra do aço.
Você conhece algum procedimento de qualidade? A empresa que você trabalha ou traba-
lhou utiliza algum programa de qualidade?
Neste capítulo você vai entender sobre as ferramentas de qualidade, análise e solução de
problemas, programas da empresa, PBQP-H e ISO 9000. Além desses assuntos, você também
vai aprender sobre indicadores de produção, racionalização, descarte de resíduos e, por fim, o
que é o PGR.
O Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) busca, através de procedimentos, melhorar a qua-
lidade dos materiais, equipamentos, ferramentas, produtos, serviços e indivíduos.
SGSST
SGSST - Sistema de
SGA - Sistema de Gestão de Saúde e
Gestão Ambiental Segurança do
Trabalho
Para que o SQG obtenha sucesso, deve integrar-se a outros sistemas, como: Sistema de Gestão Ambien-
tal - SGA; Sistema de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho - SGSST e Sistema de Gestão Empresarial
- SGE, formando o SGI, que é o Sistema de Gestão Integrado, conforme vimos na figura anterior.
FERRAMENTAS DA QUALIDADE
Folha de Diagrama de
Histograma verificação Carta de controle
dispersão
30 50
40
20
30
10 20
10
0 0
Meio
Mão de ambiente Materiais 50
obra
40
Efeito 30
20
Máquinas 10
Medição Métodos
0
Diagrama de
Diagrama de Pareto Fluxograma
Ishikawa
Pré-montagem
Início das armaduras
dos pilares
Corte e dobra
Fim
dos estribos dos
pilares
Figura 57 - Fluxograma processo de corte, dobra, transporte e montagem das armaduras dos pilares
Fonte: SENAI DR BA, 2018.
b) Diagrama Causa e Efeito, Diagrama de Ishikawa ou Espinha de Peixe: foi criado por Kaoru
Ishikawa em 1943, com o objetivo de representar a relação entre o efeito e todas as possíveis
causas que contribuem para tal efeito. Veja o exemplo a seguir:
Deterioração Instrumento
Manutenção Físico
Inspeção
Mental
(Problema)
Fornecedores Clima
Próprio Inspeção Intempéries
Procedimento
Esse diagrama é importante, pois tem como objetivo identificar as possíveis causas de um problema e
seus efeitos, relacionando o efeito a todas as possibilidades que podem contribuir para que o problema
tenha ocorrido.
CORTE E DOBRA DE AÇO
110
c) Folhas de verificação: são tabelas ou formulários utilizados para simplificar a coleta e análise de
dados, os quais são preenchidos de modo bastante fácil, permitindo a rapidez na interpretação
dos dados. As folhas de verificação reduzem o tempo de trabalho, evitando os desenhos de figu-
ras ou a escrita de números repetitivos.
A folha de verificação é muito importante, pois se trata de uma lista de itens preestabelecidos que serão
marcados a partir do momento que forem realizados ou avaliados.
d) Diagrama de Pareto: Velfredo Pareto foi o criador desse diagrama, que tem por objetivo de-
monstrar a relevância de cada situação e, assim, propor a solução do problema, a partir da identifi-
cação da sua causa básica. Como economista, Pareto compreendeu que a distribuição da riqueza
era desigual.
DIAGRAMA DE PARETO
500
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
Rebarbas Diagrama menor Diagrama maior Sem usinagem outros
Pareto criou o princípio do “80/20”. Por exemplo: 20% da população mundial acumula as riquezas do
planeta, enquanto 80% passa por necessidades. Generalizando, podemos concluir então que 80% dos
efeitos surgem de 20% das causas.
Constrói-se o diagrama de Pareto através da medição de frequência e custos, com o objetivo de identi-
ficar o principal problema.
e) Histograma: o propósito do histograma é apresentar a distribuição de ocorrências ou de uma
série de dados através da representação em um gráfico de barras.
Histograma
1.65
1.5
1.0
0.9
Densidade
Densidade
0.75
Normal
0.65
0.5
0.4
0.3
0.1
0.0
Dados
Figura 61 - Histograma
Fonte: SENAI DR BA, 2018.
CORTE E DOBRA DE AÇO
112
f) Diagrama de dispersão: este diagrama apresenta o que ocorre com um dado quando acontece
uma mudança em outro dado, testando possíveis ligações entre causa e efeito.
Gráfico de Dispersão
Variável 2
Variável 1
Figura 62 - Diagrama de dispersão
Fonte: SENAI DR BA, 2018.
17 = LSC
16 = Média
Variação devido a
causas comuns
15 = LIC
Variação devido a
causas especiais
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Número da amostra
Fora de
Controle
Quando uma empresa aplica de modo adequado as ferramentas aqui apresentadas, poderá apresentar
resultados satisfatórios, no melhoramento da qualidade de produtos e serviços, como também na redução
de custos. Este fato ocorre porque todas as 7 ferramentas da qualidade trabalham com a metodologia de
identificação e solução eficaz de problemas.
8 Procedimentos de qualidade
113
Quando se trata do assunto qualidade, deve-se ter em mente que tudo que for feito deverá perseguir a
perfeição. Desta forma, se aqui tratamos do profissional de armador de ferragem, este tem a responsabili-
dade de executar seu serviço com o máximo de perfeição, pois disso depende a vida dos usuários do seu
produto final, ou seja, o edifício.
Além dessas ferramentas que auxiliam no trabalho do profissional da construção civil, também temos a
ficha de verificação do serviço do armador. Veja o exemplo a seguir:
Fôrmas de borda
Nivelamento e alinhamento com linha e Desvio máx. 5 mm
nível a laser ou de mangueira.
ISO 9000
A série de normas ISO foi criada pela Organização Internacional de Padronização (ISO). ISO significa In-
ternational Organization for Standardization, que é uma organização não governamental criada em 1947,
Genebra. Atualmente está presente em cerca de 200 países.
Figura 65 - Certificação
Fonte: SENAI DR BA, 2018.
A ISO 9000 é um conjunto de normas criadas e gerenciadas pela Associação Brasileira de Normas Téc-
nicas (ABNT), que regulamenta fundamentos do SGQ Sistema de Gestão da Qualidade. Estas normas certi-
ficam produtos e serviços em diversas organizações mundiais. Essa normalização baseia-se em um docu-
mento, de modelo padrão, para a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade.
Dentre as normas mais conhecidas no Brasil, podemos citar as ISO 9000, ISO 9001 e a ISO 9004, que
tratam dos Fundamentos e Vocabulário, onde contêm todos os termos utilizados, os Requisitos, que ex-
plica os requisitos para obter a certificação e Gestão para o Sucesso, com uma abordagem de Gestão da
Qualidade que é um documento com instruções para implantar o Sistema de Gestão da Qualidade, res-
pectivamente.
Desta forma, chegamos à conclusão de que sem a busca pela qualidade e certificações para as organi-
zações, algumas cairão com a concorrência.
A empresa que escolhe seguir estas normas deverá estipular as metas a se-
rem atingidas para obter a certificação. Além disso, deverá passar por um
Curiosidades projeto com várias etapas para implantar a gestão da qualidade e obter o
certificado ISO.
(Fonte: GESTÃO DA QUALIDADE, [20--]).
Este processo de certificação deve ser realizado por um profissional qualificado da área. A cada seis
meses, aproximadamente, ocorre uma auditoria para avaliar se a empresa está atendendo ou não às espe-
cificações exigidas e se receberá o certificado.
8 Procedimentos de qualidade
115
Na economia, produtividade é a relação entre aquilo que é produzido e os meios empregados para
consegui-lo, como exemplo: mão de obra, materiais e energia. Por isso, associa-se a produtividade à efi-
ciência e ao tempo: quanto menor for o tempo levado para obter o resultado pretendido, mais produtivo
será o sistema.
Já os indicadores de produção são parâmetros que medem a diferença entre uma situação desejada e a
situação atual, ou seja, ele indicará um problema. O indicador permite quantificar um processo produtivo
indicando que caminho trilhar no futuro.
Os “esforços dos empregados versus os produtos e os serviços gerados” são a relação mais importante
dos indicadores de produtividade, que devem ser aplicados juntamente com os indicadores de qualidade,
permitindo o crescimento e desenvolvimento da empresa, gerando a “eficiência dos processos” que nada
mais é do que o resultado desta relação.
O funcionamento dos indicadores de produtividade ocorre do seguinte modo:
De acordo com Teixeira (2016), “é estabelecido um índice padrão para o processo a ser avaliado, depois
o resultado obtido na medição deste mesmo processo é ponderado e, por fim, faz-se a comparação deta-
lhada entre ambos.”.
CORTE E DOBRA DE AÇO
116
8.3 RACIONALIZAÇÃO
A racionalização consiste em ser ou fazer algo mais racional, ou seja, mais lógico como usar estribo pré-
-fabricado para agilizar o processo. Como as mudanças que vêm ocorrendo, o setor construtivo é obrigado
a tornar-se mais racional, ajustando mão de obra, prazos, com o uso de tecnologias, de insumos e a com-
patibilização de projetos.
Para racionalizar no canteiro de obras é preciso exercer uma “cultura racional”, sendo imprescindível o
engajamento de uma equipe composta por profissionais de várias áreas de conhecimento, que envolvem
o projeto.
Para tanto, é necessário que os profissionais sejam treinados para atuarem antecipando ações, mensu-
rando recursos humanos, calculando riscos, insumos e maquinário.
Concepção
Detalhes básicos
Concepção Cálculos
Funcionalidade Dimensionamento
Especificações PRO
JET O Projeto Básico
O JET
Acabamentos ARQ
UIT
ETÔ
PRO URA
L Det. Fabricação
Estética NIC OBRA RUT Equema de
O EST
Beleza montagem
Qualificações
ECONÔMICO
FINANCEIRO
PROJETO
Orçamento
Cronograma finaceiro
Fontes de recursos
Estimativa de retorno
Avaliação custo-benefício
No canteiro de obras, o processo de racionalização está cada dia mais presente em decorrência da ne-
cessidade de diminuir custos e a central de armadura não está isenta desse processo. Desta forma, o profis-
sional de armaduras deverá dar sua contribuição otimizando seus processos, fazendo cortes precisos, evi-
tando desperdícios e também na hora de dobrar os vergalhões não haja falhas, sem esquecer dos cuidados
com o armazenamento.
8 Procedimentos de qualidade
117
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Neste capítulo você aprendeu como é importante trabalhar com qualidade! As ferramentas da quali-
dade, juntamente com a análise e solução de problemas, ISO 9000, demonstraram formas diferentes
de identificação, prevenção e tratamento de problemas.
Siga em frente com seus estudos!
8 Procedimentos de qualidade
119
Referências
A
aço beneficiado 19
B
baia de estocagem 30
bitolas 30, 34
E
empunhadura 31
SENAI – Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
Marcelle Minho
Coordenação Educacional
i-Comunicação
Projeto Gráfico