2.4.apostila Saude Suplementar 2024
2.4.apostila Saude Suplementar 2024
2.4.apostila Saude Suplementar 2024
Suplementar
2024
23ª EDIÇÃO
RIO DE JANEIRO
REALIZAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS
DIRETORIA DE ENSINO
ASSESSORIA TÉCNICA
DANIELA PASCHOAL NEVES SANTOS – 2024
JORGE CARLOS MOURIS LOPES – 2024/2023/2022/2021/2020
Fixando conceitos 1 15
Fixando Conceitos 2 31
Fixando Conceitos 3 59
Fixando Conceitos 4 76
5 Estrutura e organização do
Sistema de Saúde Suplementar 79
Fixando Conceitos 5 86
6.1 Histórico 90
6.5 Comercialização 96
Fixando Conceitos 6 98
Gabarito 120
Anexos 127
Glossário 135
1
Introdução
Tópicos da Unidade
1.1 Constituição Federal
1.1
Constituição Federal
No Brasil, dispomos de dois sistemas de saúde:
9
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 1
Rede própria
SISTEMA PÚBLICO
SUS
Rede privada
credenciada ao SUS
(Saúde Complementar)
Autogestão
Cooperativa Médica
Sistema de saúde
Medicina de Grupo
suplementar
Sistema de
Desembolso Direto Outras
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção
e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle,
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por
pessoa física ou jurídica de direito privado.
10
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 1
1.2
Sistema público de saúde
Com o advento do SUS, toda a população brasileira passou a ter direito
à saúde universal e gratuita, financiada com recursos provenientes do
orçamento público.
UNIVERSALIZAÇÃO
A saúde é um direito de cidadania de
todas as pessoas, e cabe ao Estado
assegurar esse direito. O acesso às
ações e aos serviços de saúde deve ser
garantido a todos, independentemente
de sexo, raça, ocupação ou outras
características sociais ou pessoais.
EQUIDADE
SUS
O objetivo desse princípio é reduzir as desigualdades
sociais. Embora todas as pessoas tenham acesso aos
serviços, elas não são iguais e, portanto, têm
necessidades diferentes. Em outras palavras, equidade
significa tratar de forma desigual aqueles que são
desiguais, investindo mais onde a carência é maior.
INTEGRALIDADE
Esse princípio considera as pessoas como um todo, abrangendo todas
as suas necessidades. Para isso, é fundamental integrar ações que
incluam a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e
a reabilitação. Além disso, o princípio de integralidade pressupõe a
articulação da saúde com outras políticas públicas, a fim de garantir
uma atuação intersetorial entre diferentes áreas que impactam a saúde
e a qualidade de vida das pessoas.
Observação
Nenhum país do mundo com mais de 100 milhões de
habitantes concebeu e implementou um sistema de saúde e
uma estratégia de cobertura universal como o SUS.
11
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 1
Saiba mais
A visão do SUS não está limitada à assistência médico-
hospitalar, mas integrada a outras ações como o controle
de doenças, vacinações, controle das condições sanitárias,
segurança do trabalho, regulação de registro de
medicamentos e outros serviços de promoção da saúde.
1.3
Sistema privado de saúde
A cooperação entre os setores público e privado desempenha um papel fun-
damental na melhoria da eficiência do sistema de saúde, aproveitando as
vantagens de cada um. A Constituição Federal também garante a liberdade
de assistência à saúde pela iniciativa privada no Brasil. Nesse contexto, des-
tacam-se a saúde complementar e a saúde suplementar como importantes
componentes do sistema de saúde.
12
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 1
X
considerada um complemento aos compromisso de garantir acesso e
serviços oferecidos pelo Sistema Único atendimento à saúde, sem restrição
de Saúde (SUS), onde certos financeira, podendo incluir
procedimentos são realizados por profissionais e serviços de saúde
instituições privadas, mas são escolhidos livremente, seja por meio
considerados ações do setor de saúde de rede credenciada ou por reembolso
pública devido aos contratos ou ou pagamento direto ao prestador.
convênios existentes.
1.4
Diferenças entre sistemas
público e privado de saúde
Os setores público e privado de saúde diferem-se nos seguintes aspectos:
13
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 1
X
Independe de vínculo empregatício. Visa ao lucro;
Serviços proporcionais aos valores pagos;
Valor depende de fatores como: idade,
SAÚDE COMPLEMENTAR doenças preexistentes etc.
Participação complementar das
instituições privadas, por meio de contrato
de direito público ou convênio.
14
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 1
Fixando conceitos 1
Marque a alternativa correta
(a) O sistema público foi criado pela Constituição Federal, que reconhece
o direito de todo cidadão brasileiro ao acesso integral, universal e pago
aos serviços de saúde.
(b) Com o advento do SUS, toda a população brasileira passou a ter direito
à saúde universal e gratuita, financiada com recursos provenientes da
iniciativa privada.
(c) O SUS adotou a individualidade, a equidade e a proporcionalidade da
cobertura das ações e dos serviços de saúde entre seus princípios de
organização e funcionamento.
(d) O sistema público tem a missão de universalizar o acesso à saúde, ofe-
recendo atendimento de qualidade a todos os brasileiros, inclusive os
beneficiários de planos de saúde.
(e) A atuação do SUS está limitada à assistência médico-hospitalar, não se
integrando com outras ações ou outros serviços de promoção da saúde.
15
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 1
16
2
A regulação
da Saúde
Suplementar
Tópicos da Unidade
2.1 Características dos
produtos antes da
Lei nº 9.656/1998
Objetivos
2.2 Objetivos da regulação
Ø Reconhecer as garantias trazidas ao consumidor
2.3 Lei nº 9.656/1998 – pela legislação, considerando o Código de Defesa
Dispõe sobre os planos do Consumidor de 1990 como marco regulatório
e seguros privados de para a saúde.
assistência à saúde
Ø Conhecer a história da saúde no Brasil e sua
2.4 Lei nº 9.961/2000 – Cria
a Agência Nacional de evolução até a Lei nº 9.656/1998, a criação da
Saúde Suplementar (ANS) Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em
2000 e as seguradoras especializadas em saúde em
2.5 Lei nº 10.185/2001 – Dispõe 2001, contextualizando os eventos históricos com a
sobre a especialização das realidade da saúde brasileira atual.
sociedades seguradoras
em planos privados de
assistência em saúde Ø Compreender as principais características dos
produtos de saúde comercializados no Brasil
2.6 Principais mudanças antes e após a Lei nº 9.656/1998, reconhecendo
trazidas pela Lei as diferenças entre eles e as principais mudanças
nº 9.656/1998
promovidas pela lei.
Fixando Conceitos 2
Principais marcos da Regulamentação da Saúde Suplementar
18
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 2
2.1
Características dos produtos
antes da Lei nº 9.656/1998
O início das atividades de Saúde Suplementar no Brasil ocorreu na década de
1960, quando algumas empresas dos setores industrial e de serviços come-
çaram a oferecer a assistência de saúde aos seus funcionários sem nenhum
tipo de regulação pública. E quais foram os determinantes para que fosse
formatado esse modelo de ação reguladora do Estado?
19
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 2
20
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 2
Ø Fisioterapia: 30 sessões/ano;
Ø Tomografia: 1/ano;
Ø Diálise/hemodiálise: 5 sessões/ano;
Ø Quimioterapia: 12 sessões/ano;
Ø Fonoaudiologia: 40 sessões/ano; e
Ø Escleroterapia: 20 sessões/ano.
2.2
Objetivos da regulação
Os objetivos da regulação da saúde suplementar podem ser resumidos em:
21
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 2
22
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 2
2.3
Lei nº 9.656/1998 – Dispõe sobre
os planos e seguros privados
de assistência à saúde
A Lei nº 9.656/98 dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à
saúde, e a Lei nº 9.961 de 2000 criou a Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS), representando um novo ciclo para os planos e seguros privados de
assistência à saúde ou saúde suplementar.
23
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 2
a. Custeio de despesas;
c. Reembolso de despesas;
d. Mecanismos de regulação;
24
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 2
2.4
Lei nº 9.961/2000 – Cria a
Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS)
Em 2000, foi constituída a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
por intermédio da Lei nº 9.661/2000, com as funções de controlar, fiscalizar,
normatizar e regular essas atividades relacionadas à saúde.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar foi criada para regular uma ativi-
dade privada complexa, inserida num setor essencial que é a saúde, trazen-
do uma nova dinâmica para esse segmento, contando com uma poderosa
ferramenta de ação – a regulação.
Promover a defesa do
interesse público na
assistência suplementar
à saúde.
Regular as operadoras
setoriais, inclusive
quanto às suas relações
com prestadores e
consumidores.
FINALIDADE
INSTITUCIONAL
Contribuir para o
desenvolvimento das
ações de saúde no País.
25
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 2
2.5
Lei nº 10.185/2001 – Dispõe sobre
a especialização das sociedades
seguradoras em planos privados
de assistência em saúde
A Lei nº 9.656/1998 também trouxe mudanças para o mercado de segu-
ros. Inicialmente, a lei abrangia apenas planos de saúde e não seguros
de saúde, além de mencionar operadoras e não seguradoras, o que
impossibilitava a regulação pela ANS. Esse impasse foi solucionado com
a criação da Lei nº 10.185/2001.
Art. 3º A sociedade seguradora que não se adaptar deve transferir sua carteira de
saúde para sociedade seguradora especializada já estabelecida ou para operadora
de planos privados de assistência à saúde.
26
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 2
2.6
Principais mudanças trazidas
pela Lei nº 9.656/1998
Foram muitas e bastante significativas as mudanças trazidas pela Lei nº
9.656/1998, beneficiando sobremaneira os participantes de planos.
27
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 2
Ø Rins;
Ø Córnea;
Ø Fígado;
SEGMENTO
A cobertura obrigatória prevê internações (partos, consultas, exames,
HOSPITALAR SEM tratamentos e outros procedimentos ambulatoriais são opcionais).
OBSTETRÍCIA
SEGMENTO
HOSPITALAR COM É obrigatória a cobertura de internações e partos (consultas, exames,
tratamentos e outros procedimentos ambulatoriais são opcionais).
OBSTETRÍCIA
28
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 2
I. A recontagem de carências;
29
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 2
Atenção
Todas as operadoras de Planos ou Seguros de Assistência
à Saúde são obrigadas a registrar e oferecer o respectivo
Plano Referência em cada segmentação comercializada a
todos os seus consumidores atuais e futuros.
As exceções a essa obrigação são as pessoas jurídicas que
mantêm sistemas de Assistência à Saúde pela modalidade
de autogestão e as pessoas jurídicas que operem
exclusivamente Planos Odontológicos.
30
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 2
Fixando Conceitos 2
Marque a alternativa correta
32
3
Operadoras
de assistência à
Saúde Suplementar
Tópicos da Unidade
Tópicos da Unidade
3.1 Modalidades de operadoras de
planos de assistência à saúde
Fixando Conceitos 3
Objetivos
Ø Conhecer as diversas modalidades de operadoras de planos privados de
assistência à saúde, diferenciando-as quanto ao tipo de serviço prestado.
34
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
3.1
Modalidades de operadoras de
planos de assistência à saúde
Os planos privados de assistência à saúde são disponibilizados no mercado
por meio de operadoras, que são classificadas nas seguintes modalidades:
Ø Administradoras de benefícios;
Ø Cooperativa médica;
35
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
Ø Cooperativa Odontológica;
Ø Autogestão;
Ø Medicina de Grupo;
Ø Odontologia de Grupo; e
Ø Filantropia.
3.1.1
Seguradoras especializadas
em saúde
As seguradoras especializadas em saúde são sociedades com fins lucrativos
que comercializam seguros de assistência à saúde e oferecem, obrigato-
riamente, reembolso das despesas médico-hospitalares ou odontológicas.
36
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
Atenção
Como recurso adicional, as seguradoras podem ter uma
rede referenciada de médicos, laboratórios, clínicas e
hospitais, aos quais pagará diretamente pelos serviços
prestados aos seus segurados.
No Seguro-Saúde, a legislação atual não permite a
manutenção de serviços próprios de atendimento
médico-hospitalar.
3.1.2
Administradoras de benefícios
(Criadas pela RN nº 196/2009,
revogada pela RN nº 515/2022)
Classificam-se na modalidade de administradora de benefícios as empresas
que administram exclusivamente planos de assistência à saúde financia-
dos pela contratante. Essas empresas não assumem o risco decorrente
da operação dos planos e não possuem rede própria, credenciada ou
referenciada de serviços médico-hospitalares ou odontológicos para
oferecer aos beneficiários da contratante.
37
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
Saiba mais
Resolução Normativa nº 515/2022
(que revogou a RN nº 196/2009)
A ANS, com o objetivo de regulamentar os planos coletivos
oferecidos por operadoras a empresas ou entidades
contratantes, criou a figura da administradora de benefícios
como sendo a pessoa jurídica que propõe a contratação
de plano coletivo na condição de estipulante ou que presta
serviços para pessoas jurídicas contratantes de planos
privados de assistência à saúde coletivos, desenvolvendo ao
menos uma das seguintes atividades:
Atenção
A administradora de benefícios poderá contratar planos
privados de assistência à saúde como estipulante de
plano coletivo. Esses planos serão disponibilizados para
pessoas jurídicas autorizadas a contratar, desde que a
administradora assuma o risco decorrente da inadimplência
da pessoa jurídica e possua ativos garantidores suficientes
para cumprir essa responsabilidade.
38
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
3.1.3
Cooperativa médica
Classificam-se na modalidade de cooperativas médicas as sociedades de pes-
soas sem fins lucrativos, constituídas conforme o disposto na Lei nº 5.764/1971
(Lei das Cooperativas), que operam planos privados de assistência à saúde.
Exemplo: Unimed.
Saiba mais
De acordo com a Lei nº 5.764/1971 (Lei das Cooperativas), a
cooperativa é uma sociedade de pessoas sem fins lucrativos,
formada pela associação autônoma de pelo menos 20
pessoas que se unem voluntariamente em uma sociedade
coletiva e de interesse comum.
Essas operadoras podem comercializar planos para pessoas
físicas ou jurídicas, constituir uma rede de serviços própria
ou contratar terceiros.
Saiba mais
A Lei nº 9.656/1998 estabelece que a aceitação, por parte
de qualquer prestador de serviço ou profissional de saúde,
na condição de contratado, credenciado ou cooperado
de uma operadora de produtos, implicará, entre as suas
principais obrigações, a manutenção de relacionamento
de contratação, credenciamento ou referenciamento com
número ilimitado de operadoras.
É expressamente vedado às operadoras impor contratos
de exclusividade ou restrição à atividade profissional
(unimilitância), independentemente de sua natureza
jurídica constitutiva.
39
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
3.1.4
Cooperativa odontológica
Com a mesma forma de constituição jurídica das cooperativas médicas,
classificam-se, na modalidade de cooperativa odontológica, as sociedades
de pessoas sem fins lucrativos, igualmente constituídas conforme o disposto
na Lei nº 5.764/1971 (Lei das Cooperativas), mas que operam exclusivamente
planos ou produtos da segmentação odontológica.
Exemplo: Uniodonto.
3.1.5
Autogestão
Pessoa jurídica de direito privado, de fins não econômicos, que opera plano
de saúde. Criada por empresas, associações de pessoas físicas ou jurídicas,
fundações, sindicatos, entidades de categorias profissionais ou assemelha-
dos, visando prestar assistência à saúde exclusivamente a seus empregados,
ex-empregados, administradores, ex-administradores, associados e depen-
dentes do grupo familiar até o quarto grau de parentesco consanguíneo, até
o segundo grau de parentesco por afinidade, criança ou adolescente sob
guarda ou tutela, curatelado, cônjuge ou companheiro dos beneficiários.
São impedidas de ofertar planos para o público em geral e classificam-se
em três grupos:
Exemplo: Petrobras.
40
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
41
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
3.1.6
Medicina de grupo
Medicina de grupo são as empresas ou entidades que operam planos privados
de assistência à saúde, excetuando-se aquelas classificadas nas modalidades
de administradora, cooperativa médica, autogestão ou instituição filantrópica.
42
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
3.1.7
Odontologia de grupo
A odontologia de grupo comercializa plano exclusivamente odontológico,
para pessoa física ou jurídica. Também pode constituir uma rede de serviços
própria ou contratar terceiros.
3.1.8
Filantropia
Entidade filantrópica é uma pessoa jurídica que presta serviços à sociedade,
principalmente às pessoas mais carentes. Entidade sem fins lucrativos que
opera planos privados de assistência à saúde e que tenha o Certificado de
Entidade Beneficente de Assistência Social emitido pelo Ministério competen-
te, dentro do prazo de validade, bem como a declaração de utilidade públi-
ca federal junto ao Ministério da Justiça ou declaração de utilidade pública
estadual, ou municipal junto aos Órgãos dos Governos Estaduais e Municipais.
43
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
AUTOGESTÃO
Pessoa jurídica de direito privado, de fins não
econômicos, que administra um plano de saúde
exclusivamente para seus próprios funcionários,
SEGURADORA ESPECIALIZADA EM SAÚDE ex-funcionários, associados e seus dependentes.
Sociedades com fins lucrativos que comercializam
seguros de assistência à saúde e oferecem,
obrigatoriamente, reembolso das despesas
médico-hospitalares ou odontológicas.
MEDICINA DE GRUPO
Empresas ou entidades que operam planos privados
de assistência à saúde, excetuando-se administra-
dora, cooperativa médica, autogestão ou instituição
filantrópica.
ADMINISTRADORA DE BENEFÍCIOS
Empresas que administram exclusivamente
planos de assistência à saúde financiados
pela contratante.
ODONTOLOGIA DE GRUPO
Empresas ou entidades que comercializam planos
exclusivamente odontológicos para pessoa física ou
jurídica, à exceção das cooperativas odontológicas.
COOPERATIVA MÉDICA
Sociedades de pessoas sem fins lucrativos,
conforme o disposto na Lei nº 5.764/1971 (Lei das
Cooperativas), que operam planos privados de COOPERATIVA ODONTOLÓGICA
assistência à saúde. Sociedades de pessoas sem fins lucrativos,
conforme o disposto na Lei nº 5.764/1971 (Lei das
Cooperativas), que operam exclusivamente planos
ou produtos da segmentação odontológica.
FILANTROPIA
Pessoa jurídica que presta serviços à sociedade,
principalmente às pessoas mais carentes.
3.2
Características gerais
das operadoras
Algumas operadoras podem ter rede própria de atendimento. São conhe-
cidas como operadoras verticalizadas, pois operam tanto o plano como a
assistência à saúde em uma mesma organização.
Pode-se dizer que essa tendência ganhou força nos últimos anos, pois
permite às operadoras controlarem melhor seus custos e seus progra-
mas assistenciais. Outras operadoras de outras modalidades também
investem em uma verticalização virtual, ou seja, não possuem o controle
direto, mas mediante contrato.
44
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
Prazos de carência
Prazo máximo de
Serviços
atendimento
45
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
Saiba mais
Urgências e Emergências
A Lei nº 9.656/98 determinou que haja atendimento dos
casos de urgência e emergência após as 24 horas da
assinatura do contrato. Porém, uma resolução posterior
restringiu a assistência à saúde nessas condições.
A Resolução nº 13 do Consu estabeleceu um limite de 12 horas
para atendimentos de urgência e emergência em ambulatório
para beneficiários de planos exclusivamente ambulatoriais ou
durante o período de carência de planos hospitalares. Essa
medida também restringe a assistência à saúde para usuários
de planos hospitalares que não necessitem de internação em
casos de urgência ou emergência.
Para a gestante que possui plano com direito à cobertura
hospitalar e obstétrica, é oferecido atendimento ambulatorial
por 12 horas se ainda estiver cumprindo carência.
3.2.1
Atendimento
Em relação à Resolução Normativa nº 395/2016, é garantido aos beneficiá-
rios, sem prejuízo das normas gerais aplicáveis aos serviços de atendimento
ao consumidor:
46
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
Ø Presteza e cortesia; e
47
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
Atenção
Sempre que houver a apresentação de solicitação de procedimento e/ou serviço de
cobertura assistencial pelo beneficiário, independentemente do canal pelo qual seja
realizado ou qual seja sua finalidade, deverá ser fornecido número de protocolo como
primeira ação, no início do atendimento ou logo que o atendente identifique tratar-se
de demanda que envolva, ainda que indiretamente, cobertura assistencial.
48
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
3.2.2
Reembolso
Antes de optar por consultar um médico ou recorrer a algum prestador de
serviço não credenciado ao plano de saúde, é importante consultar o con-
trato com a operadora. Não são todos os planos que preveem reembolso de
despesas. Fica a critério de cada operadora incluir ou não esse recurso nos
produtos que comercializa, não sendo uma imposição legal. A única exceção
é para as seguradoras especializadas em saúde, que, obrigatoriamente,
devem fornecer esta alternativa em todos os contratos.
3.2.3
Urgência e emergência
Caso não consiga chegar a uma unidade de saúde ou a um prestador de ser-
viço da rede credenciada e precise ser atendido em outro estabelecimento
não credenciado, o beneficiário poderá solicitar reembolso à operadora,
desde que o atendimento tenha cobertura contratual e o quadro de urgência
e emergência seja comprovado.
Ele deve estar ciente de que o reembolso não será integral, mas estará sujeito
aos limites estabelecidos no contrato. O pagamento é feito em até 30 dias,
contados a partir da entrega pelo beneficiário de toda a documentação
necessária para comprovação do atendimento.
O valor não pode ser inferior àquele que a operadora pagaria à rede cre-
denciada se ela tivesse sido utilizada pelo beneficiário.
49
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
3.2.4
Reajustes
Reajuste é a atualização da mensalidade baseada na variação dos custos
dos procedimentos médico-hospitalares visando manter a prestação do
serviço contratado.
Planos individuais/familiares
A ANS determina o percentual máximo de reajuste anual dos planos indi-
viduais/familiares de assistência médico-hospitalar, com ou sem cober-
tura odontológica, contratados após 1º de janeiro de 1999 ou adaptados
à Lei nº 9.656/1998.
É definido o percentual máximo que poderá ser aplicado, mas fica a critério
da operadora aplicar índice igual ou inferior ao autorizado.
50
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
Planos coletivos
Os reajustes dos planos coletivos não são definidos pela ANS, mas devem
ser devidamente comunicados à ANS. Os planos coletivos/empresariais têm
seus reajustes estabelecidos por um acordo entre as operadoras e a pessoa
jurídica contratante. Nesse caso, vale um acordo que seja vantajoso para
ambas as partes, porém, nem sempre o reajuste que uma operadora usou
com uma empresa será o mesmo que utilizará com outra.
Dessa forma:
Para os planos de pessoas físicas o percentual de reajuste é determinado
pela ANS e considera a variação dos custos com a saúde e também o reajuste
realizado pelos planos empresariais. Será definido o percentual máximo que
poderá ser aplicado, mas fica a critério da operadora aplicar índice igual ou
inferior ao autorizado.
51
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
Atenção
Reajustes para agrupamento de contratos
A RN nº 565/2022 que alterou a RN nº 309/2012 estabelece
as regras de reajuste para os contratos dos planos coletivos
com menos de 30 beneficiários. A medida determinou que as
operadoras de planos de saúde agrupem esses contratos e
calculem um reajuste único.
Os planos coletivos com menos de 30 vidas representam 85%
dos contratos de planos de saúde no País, com cerca de dois
milhões de usuários.
A medida possibilita diluir o risco dos contratos dos planos
coletivos com menos de 30 beneficiários, oferecendo maior
equilíbrio no cálculo do reajuste. É importante ressaltar que
a ANS não define os percentuais de reajuste destes planos, e
sim as regras para o cálculo desses percentuais.
Com a nova determinação, a ANS busca tornar mais
estável o reajuste desses contratos, além de aumentar a
competitividade entre as operadoras, oferecendo maior
poder de escolha aos beneficiários.
Ressalte-se que existe a opção de criar outros
agrupamentos, sendo facultado às operadoras de planos
privados de assistência à saúde agregar contratos
coletivos com trinta ou mais beneficiários, desde que
estabeleça expressamente em cláusula contratual qual será
a quantidade de beneficiários a ser considerada para a
formação do agrupamento.
Para esse tipo de aumento, as regras são as mesmas para planos coletivos
e individuais/familiares.
52
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
Ø O valor fixado para a última faixa etária (59 anos ou mais) não pode
ser superior a seis vezes o valor da primeira faixa (0 a 18 anos);
0 a 18 anos.
19 a 23 anos.
24 a 28 anos.
29 a 35 anos.
34 a 38 anos.
Faixas Etárias.
39 a 43 anos.
44 a 48 anos.
49 a 53 anos.
54 a 58 anos.
59 anos ou mais.
53
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
3.3
Autorização de funcionamento
3.3.1
Concessão
As pessoas jurídicas de direito privado que pretendem atuar no mercado de
Saúde Suplementar deverão atender aos seguintes requisitos para obter a
autorização de funcionamento:
3.3.2
Encerramento
Pela ANS
A ANS cancelará o registro da operadora nos seguintes casos:
54
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
Atenção
Na inviabilidade de recuperação da empresa, a ANS
promoverá a alienação (transferência) da carteira para
outra empresa.
3.4
Fiscalização e controle
Todas as operações de Saúde Suplementar, inclusive as de Seguro-Saúde,
estão sujeitas a normas e regras orientadas para a preservação da solvência
da operadora.
A Lei nº 9.656/1998 exige que todas as empresas que trabalhem com a comer-
cialização do produto saúde constituam, obrigatoriamente, suas reservas
técnicas e garantias financeiras.
55
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
3.4.1
Garantias financeiras
Todas as operadoras são obrigadas a constituir garantias financeiras que
deem suporte à sua operação, permitindo segurança aos beneficiários de
seus respectivos planos.
Ø Provisões técnicas.
3.4.2
Informações
As operadoras de saúde são obrigadas a encaminhar à ANS, periodicamen-
te, todas as informações e estatísticas relativas às suas atividades. Também
devem ser incluídas as de natureza cadastral, especialmente aquelas que
permitam a identificação dos consumidores e de seus dependentes.
56
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
Atenção
Os administradores das operadoras de planos privados de
assistência à saúde que estão em regime de direção fiscal
ou liquidação extrajudicial terão seus bens indisponíveis. Eles
não podem de forma alguma alienar ou onerar esses bens,
direta ou indiretamente, até que suas responsabilidades
sejam completamente apuradas e liquidadas.
3.4.3
Regimes
A fim de se evitar chegar ao ponto de graves irregularidades que possam levar
as operadoras ao regime de liquidação extrajudicial, algumas alternativas de
caráter econômico-financeiro ou assistencial podem ser viabilizadas, visando
permitir a sua recuperação ou o cancelamento do registro de autorização:
57
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 3
Ø Revisão técnica;
Ø Visitas técnicas;
Ø Planos de recuperação;
Ø Direção fiscal;
Ø Direção técnica; e
Ø Alienação de carteira.
3.4.4
Liquidação extrajudicial
Independentemente do regime de constituição das empresas, estas não
podem requerer concordata ou falência.
58
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 3
Fixando Conceitos 3
Marque a alternativa correta
(a) Autogestão.
(b) Cooperativa Médica.
(c) Plano de Reembolso e Credenciamento.
(d) Administradora de Benefícios.
(e) Seguro-saúde.
59
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 3
60
4
Estrutura dos
planos de saúde
suplementar
Tópicos da Unidade
4.1 Adaptação de contratos
Podem ser:
62
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 4
COLETIVO
EMPRESARIAL COLETIVO
POR ADESÃO
63
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 4
4.1
Adaptação de contratos
Adaptação de contratos é a denominação que expressa a ideia de ajuste
firmado entre as partes para um determinado fim e mediante contrapres-
tação de valores, estabelecendo-se, assim, direitos e obrigações por meio
de documento escrito.
64
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 4
Deverá ser garantida a inclusão apenas de novo cônjuge e filhos, sendo vedada
a transferência de sua titularidade, sob qualquer pretexto, a terceiros.
Acomodação/acompanhantes:
Nos planos ou produtos que incluem a segmentação hospitalar, com ou
sem cobertura obstétrica, podem ser considerados dois tipos possíveis
de acomodação:
65
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 4
4.2
Modalidades de
segmentação de planos
4.2.1
Plano de Referência
Conforme a Lei nº 9.656/1998, fica instituído o Plano Referência de Assistência
à Saúde, de oferta obrigatória, com cobertura assistencial médico-hospitalar
integral (exceto assistência odontológica).
66
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 4
4.2.2
Plano Ambulatorial
O Plano Ambulatorial compreende os atendimentos realizados em consultório
ou em ambulatório, definidos e listados no Rol de Procedimentos e Eventos
em Saúde, não incluindo internação hospitalar ou procedimentos para fins de
diagnóstico ou terapia que, embora prescindam de internação, demandem
o apoio de estrutura hospitalar por período superior a 12 horas, ou serviços
como unidade de terapia intensiva e unidades similares, observadas algumas
das principais exigências:
67
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 4
4.2.3
Atendimento Hospitalar
O Plano Hospitalar compreende os atendimentos realizados em todas as
modalidades de internação hospitalar e os atendimentos caracterizados
como de urgência e de emergência, conforme regulamentação específica
vigente, não incluindo atendimento ambulatorial para fins de diagnóstico,
terapia ou recuperação, ressalvado o disposto na regulamentação em vigor,
observadas as seguintes exigências:
68
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 4
Saiba mais
Órteses e próteses
Cabe ao médico ou cirurgião-dentista assistente a
prerrogativa de determinar as características (tipo,
matéria-prima e dimensões) das órteses, próteses e
materiais especiais (Opme) necessários à execução dos
procedimentos contidos em regulamentação específica; e
o profissional requisitante deve, quando assim solicitado
pela operadora de plano privado de assistência à saúde,
justificar clinicamente a sua indicação e oferecer pelo menos
três marcas de produtos de fabricantes diferentes, quando
disponíveis, entre aquelas regularizadas junto à Anvisa, que
atendam às características especificadas.
4.2.4
Atendimento Hospitalar
com cobertura para
procedimentos obstétricos
O plano hospitalar com obstetrícia compreende toda a cobertura definida
no Plano Hospitalar, acrescida dos procedimentos relativos ao pré-natal, da
assistência ao parto e puerpério, observadas as seguintes exigências:
69
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 4
Saiba mais
Entende-se pós-parto imediato como as primeiras 24 horas
após o parto. Para fins de cobertura do parto normal,
conforme Rol de Procedimentos, esse procedimento poderá
ser realizado por enfermeiro obstétrico habilitado, conforme
legislação vigente.
4.2.5
Atendimento com cobertura para
procedimentos odontológicos
O Plano Odontológico compreende a cobertura de todos os procedimentos
listados no Rol de Procedimentos para a segmentação odontológica.
Observação
Em geral, a sinistralidade dos Planos Odontológicos é
bem inferior aos Planos de Assistência Médico-hospitalar,
tendo em vista a não inclusão, no Rol de Procedimentos,
dos materiais/procedimentos – considerados de alto custo
–, permitindo, porém, a forma contributiva por custo
operacional, na qual o usuário paga integralmente tais
procedimentos por meio de tabelas previamente acordadas
e estabelecidas em contrato.
70
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 4
ATENDIMENTO
PLANO HOSPITALAR COM
AMBULATORIAL COBERTURA PARA
Cobertura integral PROCEDIMENTOS
01 03 05
Atendimentos em OBSTÉTRICOS
consultório ou Cobertura hospitalar
ambulatório, incluindo ampliada incluindo
consultas médicas assistência pré-natal,
ilimitadas e parto, pós-parto e
procedimentos acompanhante durante
ambulatoriais. o trabalho de parto.
02 04
médico-hospitalar, internação ODONTOLÓGICOS
exceto odontológica, hospitalar, urgência Cobertura específica
com internações, e emergência, com para procedimentos
serviços de apoio cobertura para odontológicos
diagnóstico, modalidades de listados no Rol de
tratamentos e internação, Procedi-mentos,
procedimentos transplantes, excluindo procedimentos
ambulatoriais. órteses e próteses, bucomaxilofaciais que
entre outros. requerem internação
hospitalar.
4.2.6
Demais coberturas
A Lei nº 9.656/1998 teve a inserção de artigo que estabelece obrigatoriedade
de cobertura para cirurgia plástica reconstrutiva de mama, utilizando-se de
todos os meios e técnicas necessários, no caso de mutilação decorrente do
tratamento de câncer.
71
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 4
Transplantes
O plano hospitalar garante a cobertura dos transplantes listados no Rol de
Procedimentos da ANS (rim, córnea e medula óssea). Essa cobertura inclui,
na forma do ressarcimento ao SUS:
4.3
Rol de Procedimentos
Para todas as segmentações, as coberturas mínimas exigidas são estabeleci-
das pelo Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que constitui a referência
básica obrigatória da atenção à saúde nos planos privados de assistência à
saúde, contratados a partir de 1º de janeiro de 1999, e naqueles adaptados
conforme a Lei nº 9.656/1998, passando a se constituir em um rol de ações
em saúde, na forma de regulamentação específica.
72
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 4
Observação
Ø Os procedimentos necessários ao tratamento das
complicações clínicas e cirúrgicas decorrentes de
procedimentos não cobertos, como procedimentos
estéticos, inseminação artificial, transplantes não
cobertos, entre outros, têm cobertura obrigatória
quando constarem do Rol de Procedimentos e Eventos
em Saúde, respeitadas as segmentações e os prazos de
carência e Cobertura Parcial Temporária (CPT).
Ø O atendimento deve ser assegurado,
independentemente da circunstância e do local de
ocorrência do evento, respeitadas a segmentação, a
área de atuação e abrangência, a rede de prestadores
de serviços contratada, credenciada ou referenciada
da operadora de Plano Privado de Assistência à Saúde
e os prazos de carência estabelecidos no contrato.
Saiba mais
Resolução Normativa nº 470,
de 09 de julho de 2021 RN 470
Dispõe sobre o rito processual de atualização do Rol de
Procedimentos e Eventos em Saúde, no âmbito da Agência
Nacional de Saúde Suplementar de Assistência à Saúde e os
prazos de carência estabelecidos no contrato.
73
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 4
Revisão de Rol a cada 2 anos* Revisão Semestral, nos meses de janeiro e julho*
Incorporação responsável, com base nas ferramentas de Avaliação de tecnologias em Saúde (ATS) e nos princípios
da Saúde Baseada em Evidências (SBE)
4.4
Registro do produto
Os planos privados de Assistência à Saúde a serem ofertados pelas operadoras
deverão ser registrados na ANS como condição para sua comercialização,
podendo esse registro ser objeto de alteração, cancelamento ou suspensão.
74
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 4
4.5
Instrumentos jurídicos
A todo consumidor titular de plano individual ou familiar serão obrigatoria-
mente entregues, quando de sua inscrição, cópia do contrato, do regula-
mento ou das condições gerais dos produtos, além de material explicativo
que descreva, em linguagem simples e precisa, todas as suas características,
bem como os direitos e as obrigações do consumidor.
Ø Prazos de carência;
Ø Vigência contratual;
Ø Critérios de reajuste;
Ø Segmentação assistencial; e
Ø Abrangência geográfica.
75
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 4
Fixando Conceitos 4
Marque a alternativa correta
76
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 4
(a) Os planos só podem ser registrados na ANS uma única vez e não podem
ser objeto de alteração, cancelamento ou suspensão.
(b) Nenhum registro de plano será concedido sem que a operadora já tenha
registrado, na mesma modalidade de contratação, um plano ambulatorial.
(c) A ANS somente poderá determinar a suspensão definitiva da comercia-
lização de plano ou produto se identificar irregularidades contratuais.
(d) A alteração do registro de produto não depende de autorização prévia
da ANS e pode ser feita pela operadora automaticamente.
(e) As alterações autorizadas pela ANS deverão alcançar a totalidade dos
contratos vinculados ao plano, incluindo os anteriormente firmados.
77
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 4
78
5
Estrutura e
organização do
Sistema de Saúde
Suplementar
Tópicos da Unidade
5.1 Conselho de Saúde
Suplementar (Consu)
Objetivos
5.2 Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS) Ø Conhecer os órgãos que compõem a estrutura e
organização da Saúde Suplementar considerando
5.3 Câmara de Saúde a atribuição de cada um deles.
Suplementar
Ø Entender os objetivos e competências da
Conselho de Saúde Complementar (CONSU) e da
5.4 Ressarcimento ao SUS Câmara de Saúde Complementar.
CONSELHO DE SAÚDE
SUPLEMENTAR (Consu)
Órgão responsável por definir políticas
e diretrizes gerais para o setor
de saúde suplementar.
RESSARCIMENTO AO SUS
Obrigação das operadoras de planos de saúde
de restituir as despesas do Sistema Único de
Saúde (SUS) no atendimento aos beneficiários
cobertos pelos planos.
80
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 5
5.1
Conselho de Saúde
Suplementar (Consu)
Criado pela Lei nº 9.656/1998 e modificado posteriormente pelo Decreto nº
4.044/2001 (revogado pelo Decreto nº 10.236/2020), o Conselho de Saúde
Suplementar (Consu) é um órgão deliberativo do Ministério da Saúde res-
ponsável por definir políticas públicas e diretrizes gerais para o setor de
saúde suplementar.
5.2
Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS)
Criada pela Lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, a ANS é uma autarquia
sob regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde. Sua missão é pro-
mover a defesa do interesse público na Assistência Suplementar à Saúde,
regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com
prestadores e consumidores, contribuindo assim para o desenvolvimento
das ações de saúde no País.
81
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 5
82
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 5
Estrutura Básica
A ANS tem a seguinte estrutura básica:
Ø Diretoria Colegiada;
Ø Procuradoria;
Ø Ouvidoria; e
Ø Corregedoria.
83
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 5
Receitas
Constituem receitas da ANS:
A Taxa de Saúde Suplementar foi instituída, tendo como fato gerador o exer-
cício pela ANS do poder de polícia que lhe é legalmente atribuído.
Observação
Para fins do cálculo do número médio de usuários de cada
plano privado de assistência à saúde, previsto na legislação,
não serão incluídos os maiores de 60 anos.
84
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 5
5.3
Câmara de Saúde Suplementar
Câmara de caráter consultivo da estrutura da ANS, conforme a Lei nº 9.961/2000,
tem como principal objetivo promover a discussão de temas relevantes para
o setor de Saúde Suplementar no Brasil, além de dar subsídios às decisões da
ANS. A Câmara de Saúde Suplementar é integrada por entidades represen-
tantes dos protagonistas do setor e por órgãos de governo, cujos assentos
são definidos por lei.
5.4
Ressarcimento ao SUS
O ressarcimento ao SUS, criado pelo artigo 32 da Lei nº 9.656/1998 e regu-
lamentado pelas normas da ANS, é a obrigação legal das operadoras de
planos privados de assistência à saúde de restituir as despesas do Sistema
Único de Saúde no eventual atendimento de seus beneficiários que estejam
cobertos pelos respectivos planos.
Ressarcimento ao SUS
5. COBRANÇA E
RECOLHIMENTO
Impugnar ou recorrer,
ou decidida em última
instância administrativa,
e mantida a identificação
integral ou parcialmente, 7. REPASSE
a ANS encaminha para a Os valores
1. ATENDIMENTO operadora a notificação recolhidos a título
Os beneficiários 3. NOTIFICAÇÃO de cobrança dos valores de ressarcimento ao
do plano de saúde ANS notifica a devidos, havendo SUS são repassados
são atendidos pelo operadora a respeito o prazo de 15 dias pela ANS para o
Sistema Único de dos atendimentos para pagamento ou Fundo Nacional
Saúde (SUS). identificados. parcelamento. $ de Saúde.
$ $
2. IDENTIFICAÇÃO 4. IMPUGNAÇÃO 6. INADIMPLÊNCIA
A ANS cruza os dados E RECURSOS Caso os valores devidos
dos sistemas de Operadora pode não sejam pagos ou
informações do SUS contestar as identificações parcelados no prazo, a
com o Sistema de em duas instâncias operadora fica sujeita à
Informações de administrativas. Caso inscrição no Cadastro
Beneficiários (SIB) da comprove que os serviços Informativo (Cadin) dos
própria Agência para prestados no atendimento créditos de órgãos e
identificar os identificado não têm entidades federais não
atendimentos aos cobertura contratual, a quitados, à inscrição
beneficiários de identificação é anulada. em dívida ativa da ANS
planos de saúde, Se ficar demonstrado que e à execução judicial.
excluindo aqueles sem o contrato cobre apenas
cobertura contratual. parte do atendimento, a
identificação é retificada.
85
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 5
Fixando Conceitos 5
Marque a alternativa correta
86
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 5
3. A ANS, criada pela Lei nº 9.961/2000, é uma autarquia sob regime especial,
vinculada ao Ministério da Saúde, com a missão de promover a defesa do
interesse público na assistência suplementar à saúde, regulando as opera-
doras setoriais, contribuindo assim para o desenvolvimento das ações de
saúde no País. Sobre a ANS, é correto afirmar que:
87
6
A importância
do Corretor
de Seguros
Tópicos da Unidade
6.1 Histórico
6.5 Comercialização
Fixando Conceitos 6
Objetivos
Ø Entender a importância do corretor de seguro-saúde, considerando as
nuances do mercado e a complexidade do setor.
89
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 6
6.1
Histórico
Em 29 de dezembro de 1964, a profissão de corretor de seguros foi regula-
mentada no Brasil por meio da Lei nº 4.594, mas a história desses profissionais
é muito mais antiga, e sua importância foi fundamental para o desenvolvi-
mento das navegações, do comércio e do mundo globalizado e totalmente
conectado da atualidade.
Não se pode mais considerar essa atividade como uma relação individual,
pois sua finalidade é prover o equilíbrio econômico, a proteção às necessi-
dades e aos riscos corridos não só por pessoas físicas, quanto também por
empresas. Ao proporcionar o acesso a essa ampla proteção securitária, o
corretor colabora para a manutenção da ordem social, ganhando a posição
de um integrante significativo do mercado financeiro, evitando perdas e pre-
juízos à sociedade e à economia. O Corretor de Seguros representa um papel
que vai muito além da proteção de pessoas e bens – ele é um Agente Social.
90
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 6
91
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 6
Saiba mais
Bancassurance
Cooperação entre uma seguradora e um banco, que pode
apresentar-se de diversas formas, tais como: relação
de propriedade, utilização do balcão para venda e
intercâmbio de atividades. No Brasil, o termo bancassurance
é usualmente empregado para indicar a ligação da
seguradora com o banco pela utilização deste último como
canal de distribuição dos produtos de seguro.
Canal Affinity
É quando uma corretora cria um programa de benefícios de
seguros estruturado que visa levar condições de contratação
especiais para funcionários de empresa, com descontos
diferenciados e forma de pagamento mais flexíveis e de fácil
contratação. Normalmente, tais vantagens são estendidas a
pais, cônjuges e filhos.
6.2
Os corretores de Seguro Saúde
antes da Lei nº 9.656/1998
O papel do corretor de Seguro-Saúde sempre foi o de saber avaliar qual é
o Plano de Saúde ideal para uma pessoa ou empresa. No mercado, existem
diversas opções de planos ofertados — valores e coberturas. Para saber se
o custo-benefício é interessante para determinada empresa, é preciso ana-
lisar se a cobertura é ideal para atender às necessidades dos funcionários
e o caixa da contratante. Para isso, contar com uma corretora de seguros é
fundamental, a fim de assessorar a empresa para contratar o plano certo.
92
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 6
6.3
A visão da Lei nº 9.656/1998
sobre o corretor de seguros
Com o advento da Lei nº 9.656/1998, ocorreu uma grande mudança nesse
mercado. A figura do corretor não é mencionada na lei, principalmente a
partir de 2000, com a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) e o total afastamento do assunto Saúde Suplementar da Susep.
A ANS foi criada pela Lei nº 9.961/2000 para regular uma atividade priva-
da complexa, inserida em um setor essencial, a saúde. Isso trouxe uma nova
dinâmica para esse segmento, contando com uma poderosa ferramenta de
93
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 6
Exemplos:
1. SulAmérica Saúde.
2. Bradesco Saúde.
94
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 6
6.4
A importância do corretor de
seguros na área da saúde
A importância do Corretor de Seguros no mercado de hoje, que se consoli-
da a cada dia como um mercado de “Consultoria”, traz à cena o profissional
“Consultor de Seguros”, cuja missão é ajudar e apoiar seus clientes no processo
de gerenciamento dos riscos, buscando as melhores soluções em proteção.
Estamos passando por uma forte mudança no conceito de vendas, ainda mais
quando falamos de vendas no mercado de seguros. Durante muito tempo, o
corretor foi visto como um simples vendedor de seguros. Hoje, cada vez mais, é
visto como um consultor de proteção da vida e do patrimônio de seus clientes.
A modernidade exigiu novos pesos para outros passos do ato da venda: muito
maior ênfase em perguntas, visitas de planejamento, utilização da pesquisa
e organização de uma proposta conjunta para solução dos problemas do
cliente, sendo o fechamento do negócio decorrência normal de um processo
de assessoria.
95
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 6
Saiba mais
A importância do Corretor de Seguros nos dias atuais
Com o avanço da tecnologia em um mercado em plena
evolução, muito se tem falado sobre a jornada digital no
consumo de seguros.
Contudo o que ainda se vê é a necessidade de
desenvolvimento em direção à educação financeira e
securitária para que as pessoas possam ter interesse, acesso
e conhecimento sobre o tema.
Daí a importância do Corretor de Seguros que possui a
capilaridade necessária para levar informações de ponta a
ponta do País e continua sendo o elo entre o consumidor e as
seguradoras/operadoras, trazendo interação, abordagem
personalizada, esclarecimentos e consultoria, diante de um setor
complexo e difícil de ser entendido pelo consumidor comum.
6.5
Comercialização
A comercialização de produtos de saúde no mercado de seguros exige dos
corretores especialização e dedicação, diante de suas características peculiares.
96
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 6
Atenção
O corretor/angariador faz a intermediação, o contato entre
a operadora e o consumidor, sendo uma de suas principais
funções garantir que o cliente escolha o produto mais
adequado às suas necessidades.
97
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 6
Fixando Conceitos 6
Marque a alternativa correta
98
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 6
99
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 6
100
7
Compromissos
com o consumido
Tópicos da Unidade
7.1 Cheque-caução 7.8 Código de Defesa do
Consumidor e a proteção
7.2 Internet do consumidor
102
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 7
7.1
Cheque-caução
É vedada, em qualquer situação, a exigência, por parte dos prestadores
de serviços contratados, credenciados, cooperados ou referenciados das
operadoras de Planos de Assistência à Saúde e seguradoras especializadas
em saúde, de caução, depósito de qualquer natureza, nota promissória ou
quaisquer outros títulos de crédito no ato ou anteriormente à prestação
do serviço.
7.2
Internet
As operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde deverão disponibi-
lizar um portal corporativo na internet para seus beneficiários e prestadores
de serviço, disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.
103
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 7
7.3
Material publicitário
Os materiais publicitários de caráter institucional – como malas diretas, folhetos,
boletos, livretos, anúncios impressos, pôsteres e cartazes – deverão conter
as informações referentes ao número do registro da operadora junto à ANS.
7.4
Informações pessoais
As operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde deverão manter
protegidas as informações assistenciais fornecidas pelos seus consumidores
ou por sua rede de prestadores de serviço, quando acompanhadas de dados
que possibilitem a sua individualização, sendo proibida a divulgação dessas
informações ou seu fornecimento a terceiros, salvo em casos expressamente
previstos na legislação.
104
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 7
Saiba mais
Dados pessoais sensíveis
Para o setor de seguro, há especial interesse na forma como
deverão ser tratados os dados sensíveis nas operações
de saúde suplementar. A Lei Geral de Proteção de Dados
(LGPD), Lei nº 13.709/2018 que entrou em vigou em 20 de
agosto de 2020, admite o tratamento de dados sensíveis
para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimentos
realizados por profissionais de saúde, serviços de saúde ou
autoridade sanitária.
A LGPD determina que é vedada a comunicação ou o uso
compartilhado entre controladores de dados pessoais
sensíveis referentes à saúde, exceto nas hipóteses relativas a
prestação de serviços de saúde, de assistência farmacêutica
e de assistência à saúde, e para permitir:
7.5
Notificação de Intermediação
Preliminar (NIP)
A ANS, tendo em vista o disposto no art. 29 da Lei nº 9.656/1998, no uso da
competência que lhe é conferida pelo inciso II do art. 10 da Lei nº 9.961/2000,
em reunião realizada em 18 de novembro de 2015, adotou a seguinte Resolução
Normativa RN nº 388/2015 (publicada no DOU de 26/11/2015), a qual instituiu,
no seu art. 5º:
105
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 7
7.6
Programas de promoção à
saúde e prevenção de doenças
Objetivando incentivar as operadoras na implementação desses programas,
a ANS estabeleceu normas que dispõem sobre a promoção da saúde e pre-
venção de riscos e doenças na Saúde Suplementar.
106
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 7
7.7
Estatuto do Idoso
A Lei nº 10.741/2003, que instituiu o Estatuto do Idoso, dispõe sobre os direi-
tos assegurados pelas pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, tendo
como uma de suas consequências o estabelecimento das atuais faixas etárias
dos planos, e ainda determina que:
7.8
Código de Defesa do
Consumidor e a proteção
do consumidor
A Lei nº 8.078/1990 (CDC) prevê a participação de diversos órgãos públicos
e entidades privadas, bem como o incremento de vários institutos como ins-
trumentos para a realização da política de consumo.
Um dos artigos mais importantes do CDC é o que estabelece que são nulas de
pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento
de produtos e serviços que, entre outras restrições, estabeleçam obrigações
consideradas iníquas, abusivas, coloquem o consumidor em desvantagem
exagerada ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade.
7.9
Sistema Único de Saúde (SUS)
A Lei nº 8.080/1990 dispõe sobre as condições para a promoção, a proteção
e a recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes, principalmente em relação ao SUS.
108
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 7
109
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 7
7.10
Serviço de Atendimento
ao Consumidor (SAC)
O Decreto nº 11.034/2022 fixa normas gerais sobre o Serviço de Atendimento
ao Consumidor (SAC), estabelecendo, entre outras obrigações, que:
7.11
Cancelamento de contrato
A Resolução Normativa nº 412/2016 regulamenta a solicitação de cancela-
mento do contrato de plano de saúde individual ou familiar, e de exclusão de
beneficiário de contrato de plano de saúde coletivo empresarial ou por adesão.
110
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 7
7.12
Demitidos e aposentados
RN nº 488/2022 – Dispõe sobre a regulamentação dos artigos 30 (demitidos)
e 31 (aposentados) da Lei nº 9.656/1998.
Art. 31. Ao aposentado que contribuir para produtos de que tratam o inciso I e o § 1º
do art. 1º desta Lei, em decorrência de vínculo empregatício, pelo prazo mínimo de
dez anos, é assegurado o direito de manutenção como beneficiário, nas mesmas
condições de cobertura assistencial de que gozava quando da vigência do contrato
de trabalho, desde que assuma o seu pagamento integral.
111
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 7
Condições
Para que o aposentado ou ex-empregado demitido ou exonerado sem justa
causa seja mantido no plano devem ser observadas as seguintes condições:
112
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 7
Quem paga o plano e por quanto tempo posso ser mantido no plano?
O aposentado que contribuiu para o plano de saúde por 10 anos ou mais tem
o direito de se manter no plano enquanto a empresa empregadora oferecer
esse benefício aos seus empregados ativos e desde que ele não seja admitido
em novo emprego.
Art. 30. Ao consumidor que contribuir para produtos de que tratam o inciso I e o §
1o do art. 1o desta Lei, em decorrência de vínculo empregatício, no caso de rescisão
ou exoneração do contrato de trabalho sem justa causa, é assegurado o direito de
manter sua condição de beneficiário, nas mesmas condições de cobertura assisten-
cial de que gozava quando da vigência do contrato de trabalho, desde que assuma
o seu pagamento integral.
113
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 7
7.13
Portabilidade
Os requisitos para realizar a Portabilidade de Carências, nos termos do arti-
go 3º da RN nº 438/2018, são:
114
Sumário Saúde Suplementar | Unidade 7
O plano de origem deve ser regulamentado, O preço do plano de destino deve ser
contratado após 1º de janeiro de 1999 ou igual ou inferior ao do plano de origem.
adaptado à Lei nº 9.656/98.
Se o plano de destino for coletivo, é necessário possuir vínculo com a pessoa jurídica
contratante ou ser empresário individual.
115
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 7
Fixando conceitos 7
Marque a alternativa correta
116
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 7
117
Sumário Saúde Suplementar | Fixando Conceitos 7
(a) 1 ano.
(b) 24 meses.
(c) 36 meses.
(d) 1 ano para cada ano de contribuição.
(e) 2 anos para cada ano de contribuição.
118
Sumário Saúde Suplementar | Estudos de Caso
Estudos de caso
Caso 1
Uma empresa com 1.500 beneficiários, com matriz no Rio de Janeiro e
filiais em São Paulo e Minas Gerais, está buscando um estudo de mercado a
partir do qual possa ter o melhor custo e o maior benefício.
Caso 2
Sabemos que a Lei nº 9.656/1998 atualiza seu Rol de Procedimentos de seis
em seis meses e que nunca há redução de coberturas, mas sempre o acrés-
cimo de novas coberturas, sem preocupação com os aumentos de despesas
para os participantes do mercado (cliente, operadoras e planos) que isso
pode causar.
119
Sumário Saúde Suplementar | Gabarito
Gabarito
Fixando Conceitos
120
Sumário Saúde Suplementar | Gabarito
Estudo de Caso 1
Plano referência com atendimento regionalizado – Rio de Janeiro, São Paulo
e Minas Gerais.
Acomodação enfermaria para a equipe operacional.
Acomodação quarto privativo para a equipe administrativa.
Acomodação executiva para diretoria.
No caso dos diretores, um produto nacional.
Para todos os produtos, coparticipação para consultas e exames, e franquia
para internações.
Estudo de Caso 2
Criação, junto com os Tribunais de Justiça, de grupo de pessoas conhece-
doras das regras da Saúde Suplementar. Esse grupo auxiliaria nas decisões
judiciais, a fim de reduzir as ações ao máximo.
Uma maior flexibilidade nas operadoras de saúde, em que os responsáveis
pela liberação dos procedimentos não ficassem atentos apenas à ordem
financeira, e sim à resolutividade dos problemas de saúde. Muitas dessas
ações acabam sendo pagas pelas operadoras e geram, no mercado con-
sumidor, total desconfiança em relação ao que deve ou não ser liberado.
121
Sumário Saúde Suplementar | Referências Bibliográficas
Referências
bibliográficas
ALVES, Sandro Leal. Análise econômica da regulamentação e do setor
de planos e seguros de saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Funenseg, 2003.
122
Sumário Saúde Suplementar | Referências Bibliográficas
123
Sumário Saúde Suplementar | Referências Bibliográficas
124
Sumário Saúde Suplementar | Referências Bibliográficas
125
Sumário Saúde Suplementar | Referências Bibliográficas
Sites
Senado Federal
https://www12.senado.leg.br/hpsenado
FenaSaúde
http://fenasaude.org.br/
126
Sumário Saúde Suplementar | Anexos
Anexos
ANEXO 1
Resoluções Normativas
Resolução Normativa – RN nº 465/2021
Atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde que estabelece a
cobertura assistencial obrigatória a ser garantida nos planos privados de
assistência à saúde contratados a partir de 1º de janeiro de 1999 e naqueles
adaptados conforme previsto no artigo 35 da Lei nº 9.656, de 3 de junho de
1998; fixa as diretrizes de atenção à saúde; e revoga a Resolução Normativa
– RN nº 428, de 7 de novembro de 2017, a Resolução Normativa – RN nº 453,
de 12 de março de 2020, a Resolução Normativa – RN nº 457, de 28 de maio
de 2020 e a RN nº 460, de 13 de agosto de 2020.
127
Sumário Saúde Suplementar | Anexos
128
Sumário Saúde Suplementar | Anexos
129
Sumário Saúde Suplementar | Anexos
“Subseção I
“Subseção II
130
Sumário Saúde Suplementar | Anexos
131
Sumário Saúde Suplementar | Anexos
132
Sumário Saúde Suplementar | Anexos
ANEXO 2
Referências Legais
Lei nº 9.656/1998 – Artigo 10 Instituiu o Plano Referência.
133
Sumário Saúde Suplementar | Anexos
134
Sumário Saúde Suplementar | Glossário
Glossário
A
ACIDENTE PESSOAL: Todo evento, exclusiva e diretamente externo, súbito,
involuntário e violento, causador de lesão física, por si só e independen-
temente de qualquer outra causa, com data e ocorrência perfeitamente
caracterizadas, tornando necessária a internação hospitalar do usuário ou
seu tratamento em regime ambulatorial.
135
Sumário Saúde Suplementar | Glossário
B
BENEFICIÁRIO DEPENDENTE: Beneficiário de plano privado de assistên-
cia à saúde cujo vínculo contratual com a operadora depende da existência
de relação de dependência ou de agregado a um beneficiário titular.
C
CÂMARA DE SAÚDE SUPLEMENTAR (CAMSS): Órgão para participação
institucionalizada da sociedade na Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS), de caráter permanente e consultivo, que tem por finalidade auxiliar
nas discussões da Diretoria Colegiada.
136
Sumário Saúde Suplementar | Glossário
137
Sumário Saúde Suplementar | Glossário
D
DATA DE ADESÃO: Nos planos individuais, corresponde à data de assina-
tura da proposta de adesão contratual. Nos planos coletivos, é a data de
início de vigência indicada em contrato.
138
Sumário Saúde Suplementar | Glossário
E
ENTIDADE ACREDITADORA DE SERVIÇO DE SAÚDE DO QUALISS: São
Pessoas Jurídicas que têm reconhecimento de competência ou de meto-
dologia de acreditação emitidos pelo INMETRO ou pela The International
Society For Quality in Health Care - ISQua para executar programas de
acreditação de prestadores de serviços de saúde.
F
FRANQUIA: Valor estabelecido no contrato, sobre o qual a operadora não
tem responsabilidade de cobertura, quer nos casos de reembolso ou nos
casos de pagamento à rede credenciada. Geralmente, é um valor prefixa-
do. Mecanismo de regulação financeira que consiste no estabelecimento de
valor até o qual a operadora não tem responsabilidade de cobertura, quer
nos casos de reembolso ao beneficiário do plano privado de assistência à
saúde ou nos casos de pagamento à rede credenciada ou referenciada.
G
GARANTIAS FINANCEIRAS: Conjunto de exigências a serem observadas
pelas operadoras de planos de saúde para manutenção do seu equilíbrio
econômico-financeiro, minimizando os riscos de insolvência.
139
Sumário Saúde Suplementar | Glossário
I
ÍNDICE DE DESEMPENHO DA SAÚDE SUPLEMENTAR (IDSS): Índice que
reflete o desempenho anual das operadoras de planos de saúde utilizado
no Programa de Qualificação Operadoras. O IDSS varia de zero a 1, sendo 1
o melhor desempenho e tem como objetivo comparar uma operadora com
outra, dando subsídios para a escolha de um plano de saúde.
L
LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL: Regime de Resolução em que ocorre a dis-
solução compulsória de operadora de plano privado de assistência à saúde,
decretado em face da existência, em caráter irreversível, de anormalida-
des administrativas e/ou econômico-financeiras graves que inviabilizem a
continuidade da operadora.
M
MARGEM DE SOLVÊNCIA: Regra de exigência patrimonial a ser observa-
da pela operadora correspondente ao patrimônio livre de toda e qualquer
obrigação previsível, ajustado por efeitos econômicos, devendo ser capaz
de honrar os compromissos futuros da operadora, com fórmula de cálculo
e valores a serem observados conforme norma específica.
140
Sumário Saúde Suplementar | Glossário
N
NOTIFICAÇÃO DE INTERMEDIAÇÃO PRELINIMAR (NIP): Instrumento
que visa à solução consensual de conflitos entre consumidores e operado-
ras de planos privados de assistência à saúde.
141
Sumário Saúde Suplementar | Glossário
O
OPERADORA DE PLANO PRIVADO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE: Pessoa
jurídica constituída sob a modalidade empresarial, associação, fundação,
cooperativa, ou entidade de autogestão, obrigatoriamente registrada na
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que opera ou comercializa
planos privados de assistência à saúde.
P
PADRÃO PARA TROCA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE SUPLEMEN-
TAR (PADRÃO TISS): Modelo obrigatório para as trocas eletrônicas de
dados de atenção à saúde dos beneficiários realizadas entre os agentes
da saúde suplementar.
142
Sumário Saúde Suplementar | Glossário
143
Sumário Saúde Suplementar | Glossário
Q
QUIMIOTERAPIA: Tratamento do câncer por meio de medicamentos qui-
mioterápicos (substâncias químicas).
R
REAJUSTE ANUAL DE VARIAÇÃO DE CUSTOS: Aumento da contrapres-
tação pecuniária para a correção do desequilíbrio na carteira de planos
privados de assistência à saúde em função da variação dos custos médico-
-hospitalares ocorrida no período de um ano.
144
Sumário Saúde Suplementar | Glossário
S
SEGURADORA ESPECIALIZADA EM SAÚDE: Empresa constituída em socie-
dade seguradora com fins lucrativos que comercializa seguros de saúde e
oferece, obrigatoriamente, reembolso das despesas médico-hospitalares ou
odontológicas, ou que comercializa ou opera seguro que preveja a garantia de
assistência à saúde, estando sujeita ao disposto na Lei nº 10.185, de 12 de feve-
reiro de 2001, sendo vedada a operação em outros ramos de seguro.
T
TABELA DE HONORÁRIOS MÉDICOS E HOSPITALARES: Relação dos
procedimentos médicos equiparados e previstos em contrato, valorizada
a quantidade de unidades de serviço para efeito de cálculo do pagamento
das respectivas coberturas e reembolsos.
145
Sumário Saúde Suplementar | Glossário
U
UNIMILITÂNCIA: Imposição, por parte de operadora de plano privado de
assistência à saúde, de contratos de exclusividade ou de restrição da ativi-
dade profissional com os prestadores privados de serviços de saúde.
V
VISITA TÉCNICA: Procedimento in loco na operadora de planos privados
de assistência à saúde para verificação de controles internos, governança,
confiabilidade das informações e validação dos dados transmitidos para os
sistemas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
146