DEFESA TÁTIL - No Buttons

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By Zoe Mailloux, OTD, OTR/L, FAOTA 
DEFESA TÁTIL:
 ALGUMAS PESSOAS SÃO MAIS SENSÍVEIS
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ara além do importante papel do nosso sistema tátil (abordado na “página sobre a perceção tátil”), outro aspeto fundamental deste sentido é a sua função protetora. O nosso sentido tátil alerta-nos quando algo é afiado, quente, frio ou, de qualquer outra forma, pode representar um perigo.
Aprendemos a “reparar” nas coisas que podem representar dano ou perigo e a reagir afastando-nos delas.Para alguns indivíduos, as reações ao toque são exageradas e para outros, as reações que deveriam estar presentes perante coisas potencialmente perigosas (por exemplo, coisas quentes ou dolorosas) não surgem. A Drª. A. Jean Ayres descreveu a hiper-reactividade ao toque como “defesa tátil”. Um indivíduo com hiper-reactividade ao toque ou “defesa tátil” pode parecer reagir de forma exagerada a sensações que a maioria das pessoas pode não notar particularmente ou, pelo menos, não se sentir incomodada. Os sinais comuns de defesa tátil incluem: sensibilidade a certos tipos de roupa ou tecidos; preferência ou aversão a alimentos que parece estar mais relacionada com a textura dos alimentos (por exemplo evitar alimentos macios e cremosos ou irritação em resposta a alimentos estaladiços ou com grumos); evitar tocar em substâncias como tinta para os dedos ou lama, ou sujar as mãos; evitar andar descalço em determinadas superfícies, como areia ou relva; uma resistência maior do que o normal a escovar os dentes, pentear o cabelo ou lavar a cara; e/ou uma tendência para preferir tocar em vez de ser tocado, especialmente quando o toque é inesperado. Como normalmente não pensamos muito sobre o nosso sentido tátil nem nos apercebemos de que algumas pessoas são mais “sensíveis” do que outras, muitos destes comportamentos são frequentemente atribuídos à personalidade, à constituição emocional ou a tendências comportamentais. No entanto, já foram documentados casos suficientes de defesa tátil para que possamos ter a certeza de que se trata de uma condição de base sensorial que pode criar muito desconforto e até mesmo perturbação para os indivíduos que a experienciam e para as suas famílias. O nosso sentido tátil está intimamente ligado às nossas emoções. A perceção de desconforto frequente através deste sistema sensorial é suscetível de fazer com que um indivíduo demonstre reações emocionalmente potentes. Assim, as crianças com esta condição são frequentemente descritas como irritáveis, retraídas, chorosas, zangadas, etc. É difícil prestar atenção, por exemplo, quando se está numa fila e se está a pensar na sensação da roupa ou no incómodo que sente quando alguém lhe toca. As pessoas com esta condição conseguem lidar melhor com ela nalgumas alturas do que noutras. Stress como a fadiga, a doença, a ansiedade e até mesmo a fome tornam frequentemente as reações defensivas mais graves. A terapia destinada a reduzir a sensibilidade tátil tenta gradualmente provocar reações mais reguladas a  várias sensações táteis. O objetivo é normalizar a forma como o sistema nervoso regista e interpreta a informação do toque e desenvolver estratégias eficazes para compreender e viver com uma sensibilidade acrescida.
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..as crianças com esta condição são frequentemente descritas como irritáveis, retraídas, chorosas, zangadas, etc.
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Seguem-se algumas formas de ajudar a sua criança
 ou outros membros da sua família que pareçam apresentar uma atitude defensiva ao toque:
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O toque ligeiro, com cócegas, é normalmente o mais irritante. Quando tocar na sua criança, tente usar uma pressão moderadamente firme e constante, em vez de um toque ligeiro. Poderá ajudar a sua criança a evitar a irritação do toque ligeiro, perguntando ao professor se ele pode ficar à frente ou atrás das filas ou no fim do círculo de leitura na escola, em vez de no meio.
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A pressão firme e consistente tende a anular a irritação tátil que algumas crianças sentem com o toque ligeiro. É por isso que esfregamos naturalmente algo que nos dói e é provavelmente por isso que os abraços se desenvolveram, uma vez que os abraços proporcionam uma pressão tátil consistente.
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Massagens firmes, pressão (como envolver os braços ou as pernas com um material elástico, como a lycra) e fazer uma “sanduiche” suavemente com o corpo da criança entre almofadas podem ser úteis (tenha o cuidado de manter a cabeça da criança exposta e de aplicar apenas a quantidade de pressão que a criança deseja).
O que pode fazer para ajudar4
Preste atenção aos tipos de roupa, materiais de brincadeira ou situações sociais (por exemplo, passear num centro comercial cheio de gente) que parecem provocar reações negativas na sua criança. Até que o problema seja resolvido, tente evitar situações irritantes (por exemplo, deixe a sua criança usar apenas roupas de algodão, se for essa a sua preferência).
DEFESA TÁTIL: ALGUMAS PESSOAS SÃO MAIS SENSÍVEIS © faz parte de uma série de “Páginas para pais” sobre o tema da integração sensorial escrita por Zoe Mailloux, OTD, OTR/L, FAOTA. Pode ser reimpresso para fins educativos com o título completo e informações sobre os direitos de autor incluídos.
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Evite lutas de poder sobre este assunto, exceto se estiver em causa a segurança ou outra questão crítica. É fácil pensar que a criança com sensibilidade tátil está a tentar manipulá-lo ou a dificultar-lhe a vida propositadamente. Acredite nas crianças quando elas tentam dizer-lhe que algo lhes dói. Há uma boa probabilidade de que isso aconteça.
qualquer alteração súbita ou significativa do comportamento deve ser sempre analisada. As crianças com problemas relacionados com o sono, a digestão, as alergias e outras condições médicas podem apresentar irritabilidade acrescida, incluindo sensibilidade tátil. Certifique-se de que outras condições possíveis são consideradas e avaliadas na íntegra antes de assumir que estes comportamentos são de natureza sensorial.
NOTA 
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