Bov Leite P2
Bov Leite P2
Bov Leite P2
• Melhoramento genético
o Quando trabalha de maneira correta → desenvolvimento dentro da propriedade e as
novilhas que nascem tendem a ser melhores que as mães → ganhos concisos que não
dependem de manejo e nutrição, são genéticos e permanentes (porém é necessário um
bom manejo para a expressão dessa genética)
• Novilhas bem desenvolvidas
o Vacas produtivas
• Baixa mortalidade/animais saudáveis
• Venda do excedente de produção
• Custo compatível
o Tentar trabalhar minimizando os custos na atividade. Em alguns momentos não se deve
utilizar os menores preços e sim pela qualidade
Estratégias para atingir estes objetivos
• Diminuir idade ao primeiro parto: 24 meses ou próximo
o Se diminuir muito podem ocorrer problemas. São inseminadas com cerca de 15 meses, caso
estiverem com todos os parâmetros desejados (peso e desenvolvimento corporal).
o Parto aos 36 meses é mais comum em rebanhos de animais zebuínos (gir, guzerá, rebanhos
de girolando).
Reduzir mortalidade
• Deve estar abaixo de 5% (até o início de produção das vacas)
• Pesquisas nos EUA
o Até 10,8% dos bezerros nascidos morrem até o desmame
o Do total de mortes de bezerros:
▪ 60,5% das mortes são por diarreia/digestivos
▪ 24,5% por problemas respiratórios
• Fase primordial é na primeira fase e onde geralmente ocorrem as mortes
• Brasil
o Propriedades assistidas ela clinica do leite 3,65% de mortalidade nessas propriedades.
o Se fizer bem-feito é possível ter uma baixa mortalidade
o Criação de bezerras e novilhas é muito complexo
• Pontos críticos relacionados a mortalidade
o Parto: acompanhamento e higiene
o Desinfecção do umbigo (cura do umbigo)
o Fornecimento de colostro – fator mais básico e importante (imunidade passiva)
o Higiene de vasilhame
▪ Limpeza dos comedouros e vasilhames de fornecimento de leite
o Instalações (geralmente não são as vilãs) – o manejo deve ser adequado de acordo com a
instalação. É possível realizar uma cria e recria em instalações simples, porém o fator de
higiene é o que vai predominar
▪ Área abrigada de vento em locais frios – hipotermia na hora do nascimento por conta da
umidade (pouca reserva de gordura marrom – mantem a homeotermia por pouco
tempo)
Cuidados com o recém-nascido
• Limpar as vias respiratórias e estimular respiração da bezerra
• Não expor as bezerras recém-nascidas ao frio
• Fornecimento de colostro → imunidade passiva (primeiros 30 dias de vida)
• Colostro tem cerca de 25% de sólidos, mais gordura e muito mais proteínas (alta concentração
de imunoglobulinas).
o Bezerras H puras tem menos proteínas no soro. Conclui-se que as mestiças têm maior
absorção de imunoglobulinas → maior imunidade e menor mortalidade
• Novilhas tendem a ter colostro de menor qualidade (menos tempo de vida e menor exposição
a agentes e sua imunidade é menor que a de vacas mais velhas)
o Sempre é recomendado a realização de um teste para saber a qualidade do colostro que
será fornecido para a bezerra. Uma das formas é medir diretamente no soro do bezerro
(saber se teve uma transferência de imunidade passiva desejável) ou medir diretamente no
colostro através de testes
▪ Diretamente no soro das bezerras
• Absorção de colostro
o Com o passar das horas após o nascimento o epitélio do TGI vai se fechando. Momento
ótimo para absorção das grandes moléculas de IGG é nas primeiras horas de vida (de 6 a 24
horas a absorção é muito pequena). Após as 24 horas de nascimento já não absorve mais
colostro.
• Quantidade de colostro
o Ingestão de 100g de IgG o mais cedo possível
o Mínimo de dois litros nas primeiras horas, mais dois litros dentro de 12 horas
o 2 litros de colostro com 60mg/ml de IgG – coeficiente de absorção de 25%
▪ Atinge mais ou menos 15mg/mL de IgG no plasma do bezerro (que é o valor mínimo
necessário)
• Métodos de fornecimento de colostro
o Amamentação na mãe
o Mamadeira
o Balde – não ocorre goteira esofágica, não recomendado
o Bezerros que tiveram partos difíceis que estão fraquinho → sonda rígida metálica → leite
diretamente no esôfago e se tem a garantia que o bezerro vai tomar o leite
• Banco de colostro – pode congelar
o Colostro balls → quanto maior a densidade do colostro, mais bolinhas flutuam → se todas
flutuarem o colostro é de boa qualidade
o Descongelamento em banho maria 36 a 39°C
Estágios de desenvolvimento do rúmen
• No desmame deve ter 60% de rúmen e 25% de abomaso
o Depois do desmame o rúmen deve ter 80% do volume total dos estômagos e o abomaso
somente 7% → auxiliar na transformação com o manejo
Dieta líquida
• Volume: 10% do peso ao nascer
o Problema: energia pode ser insuficiente na 2ª e 3ª semana
o Pesquisas com alimentação com maiores quantidades de leite/sucedâneo
• Método: balde x mamadeira
• Tipo de alimento
o Leite normal (padrão)
o Colostro/leite de transição em excesso
▪ Diluição: 1 parte de água para 2 a 3 de leite
o Leite com mastite (animais isolados)
o Leite com antibióticos
o Sucedâneo
▪ Cuidar com a qualidade!
Sucedâneos do leite
• Características de um bom substituto do leite
o Fibra brda: 0,2 a 1%
o Proteína bruta: 20 a 22% (1/2 de origem láctea)
o Teor de gordura: 12 a 22%
o Teor de lactose: 35 a 45%
o Umidade: < 5%
• Cuidados especiais
o Higiene
o Temperatura
o Diluição
Alimentação sólida
• Fundamental para transformar o terneiro em um ruminante
• Desenvolvimento do rúmen depende mais da ingestão de grãos do que forragem
o AGV → butirato
• Volumosos: ↑ acetado
• Grãos e outras fontes de amido: ↑ propionato e butirato = maior desenvolvimento do rúmen
• O butirato estimula o crescimento e desenvolvimento das papilas ruminais
o A partir do terceiro dia até os 2 meses de idade (desmame – dependendo) a ração inicial
será à vontade sem o uso de volumoso
Desaleitamento
• Não desaleitar até que o rúmen seja funcional
o Se retirar antes → animal sofre muito com a nova dieta, atraso no desenvolvimento do
animal
• Critérios
o Idade (5 a 8 semanas)
▪ Se tudo der certo o desaleitamento deve ocorrer na 8ª semana, algumas propriedades
deixam as bezerras no aleitamento por um tempo maior para melhorar o
desenvolvimento dos animais
o Consumo de concentrado (no mínimo 1% PV)
▪ Pequenas: 600-800g
▪ Grandes: 800-1000g
Instalações
• A maioria das mortes de bezerras nos primeiros meses de vida ocorre por problemas
digestivos ou respiratórios
• Instalação pode ser qualquer uma, desde que o manejo e higiene sejam rigorosos
• Instalações adequadas auxiliam no sucesso quando acompanhado de um bom manejo
• Portanto o ambiente deve ser:
o Seco e ventilado (ventilado = possibilidade de troca de ar interior com exterior para retirada
de gases com efeito no sistema respiratório dos animais)
o Sem corrente de ar
o Alojamento individual até desleitamento
• De preferência por baias individuais
Outras rotinas de manejo
• Retirada de tetas extranumerárias
• Descorna
• Identificação
Manejo após o desaleitamento
• Agrupamento dos animais em lotes homogêneos
o Quando lote desequilibrado → dominância → animais maiores acabam crescendo mais que
os menores
• Acesso ao alimento volumoso → segue fornecendo ração, porém interrompe o fornecimento
de leite
o Não é mais necessário a utilização de palatabilizante, porém deve ser ração e forragem de
boa qualidade → para um bom desenvolvimento e cheguem com o peso e desenvolvimento
ideal no tempo que deseja-se realizar a cobertura
• Aliado ao ganho de peso o animal deve ter também um ganho de altura de cernelha
o H 360kg com 1,60m de cernelha aos 14 meses → para inseminar
o
• Até os 4 meses evitar o uso de silagem, tendem a engordar mais do que crescer. Se engordar
dá problema no desenvolvimento da glândula mamária
• Dos 8 aos 12 meses – fornecimento de ração depende do alimento volumoso
o Pastagem de alto valor nutricional – menos ração
o Pastagem com menor qualidade – mais ração de maior qualidade
Taxa de crescimento para
• Cobertura aos 15 meses – parto aos 24 meses
o Raças grandes (HPB, PARDO)
▪ Ganho diário: 750g/dia
o Raças pequenas (Jersey)
▪ Ganho diário: 500g/dia
Condição corporal
• Ferramenta extremamente importante para a correção do manejo das vacas.
• É a variação, momento, de como a vaca se encontra no dia em que estamos olhando para ela.
o Estado físico das reservas corporais da vaca em um dado momento da vida, varia conforme
o estado de lactação da vaca.
Condição corporal:
• Avaliação das reservas de gordura através da visualização e palpação dos animais. (com a
prática somente avaliação visual)
Objetivos da pontuação do escore de condição corporal:
• Detecção precoce de potenciais problemas de saúde (quando se realiza a avaliação
diariamente, com uma periodicidade).
• Identificação de áreas para melhorar o manejo alimentar
• Melhorar a saúde, produção, reprodução e lucratividade do rebanho
Avaliação de condição corporal X avaliação de Tipo
• Avaliação de tipo (classificação, julgamento) compara animais para a conformação ideal
• Escore de condição corporal considera a gordura ou magreza dos animais
ECC
• Medida indireta de estoque de gordura no animal
• Método rápido, não invasivo
• Escala Americana (1 a 5)
o Mais utilizada no Brasil
• Os escores devem se concentrar entre 2,5 e 4,0 (ideal)
o Pontos extremos não devem ser encontrados dentro de uma propriedade rural
o Quando sai desse valor, algo de errado está acontecendo
Escore 1
• Vaca extremamente magra, caquética, pele e osso.
• Não emprenha, não produz leite
Escore 5
• Vaca quadrada, não tem mais onde colocar gordura
o Forma bolas de gordura para todo o lado
o Não é desejável
• Come mais do que precisa → prejuízo
• Risco de distocia no parto
• Risco de desenvolver cetose
ECC de 1 a 5:
o Ísquios
▪ Arredondados
ECC = 2,75
▪ Angulosos
ECC = 2,75 ou menos
• Anotar todos os dados de todas as vezes que realizar a avaliação – conforme o período de
lactação das vacas
o Lançar em um sistema (já existem programas que resolvem tudo)
o Tecnologia aplicada à ECC
▪ Baixa o aplicativo, tira uma foto, coloca os dados da vaca e se tem a anotação da vaca e
o resultado do ECC da vaca
Manejo de vacas leiteiras no período de transição
• Uma das etapas mais estudas → podem ocorrer várias situações que refletem na produção de
leite da vaca, bem como toda a vida produtiva da bezerra que está no ventre da bezerra
o Prejuízos à curto e à longo prazo. Menos 4 a 5 litros na lactação das bezerras
Duração do período seco
• Enquanto não está produzindo leite, para recompor o epitélio da glândula, renovar os tecidos
e produzir o colostro → transferência de imunidade passiva
o Tem que ficar cerca de 60 dias em período seco
o Pesquisas vem reduzindo esse período → porém não são em todas as situações que se pode
realizar isso. Podem ocorrer problemas no futuro.
• Quando acaba emendando uma lactação na outra – produção aumenta, mas logo cai, não tem
pico de lactação
• Vantagem de encurtar o período seco:
o Se a vaca tem produção de leite alta na secagem (vale a pena encurtar o período seco)
▪ Deve ter baixa contagem de células somáticas
• Indicação para redução do período seco
o Duração de 30 a 45 dias
o Vacas adultas (2 ou + partos)
o Condição corporal: 2,5
o Produção na secagem acima de 15kg/vaca/dia
Frequência de infecção intramamária
• Quando para a glândula mamária → pressão no alvéolo → para a produção → absorve o leite
→ pico de infecção intramamária (microrganismos que sobram) mas são mortos
• Se o período seco for muito curto, junta com a volta das infecções por conta da ordenha. E
não tem tempo da vaca se recuperar, assim possivelmente será uma vaca que terá uma
mastite grave
Secagem das vacas
• Pode-se diminuir a alimentação alguns dias antes
• Fazer teste para mastite clínica
• Ordenha normal e esgotar
• Aplicar antibiótico intramamário para vacas secas
• Retirar animal do ambiente de ordenha
• Alimentação pobre por 1 a 2 semanas
• Não ordenhar mais, mesmo se o úbere encher
• Observar diariamente: úbere vermelho ou dolorido
o Sinal de infecção intramamária – realizar ordenha e mais aplicação de antibiótico
• Algumas propriedades não realizam mais o protocolo de secagem das vacas. Se detectar que
as vacas não estão com alta contagem de células somáticas (laboratório) não precisa fazer a
terapia de vaca seca, não precisa aplicar antibiótico.
• Período de transição
o Período seco
▪ Início do período seco
▪ Período de transição pré-parto (3 semanas)
o Período de transição pós-parto (3 semanas
• Resumindo: 30 dias que estão antes e depois do parto. Muitas mudanças físicas,
químicas e comportamentais. Vacas sujeitas a várias doenças devidas mudanças
hormonais e nutricionais (doenças metabólicas principalmente). Cuidar do manejo das
vacas
• Problemas metabólicos e reprodutivos associados com o período de transição
o Paresia puerperal (febre vitular)
▪ Diminuição do cálcio, paralisia flácida. Associada ao início da produção de leite, aumenta
a necessidade de deslocamento de cálcio do sangue para o leite, mecanismos de
regulagem não estão ativos e ocorre a deficiência.
o Cetose
▪ Relacionado ao balanço energético negativo. Demandam mais energia que consomem,
quebra de moléculas de gordura → formação de corpos cetônicos (triglicerídeos
também), os corpos cetônicos acumulados na corrente sanguínea são tóxicos → cascata
de problemas. Em níveis muitos altos podem ocasionar sintomatologia nervosa (andar
sem rumo, lamber objetos, caminha estranho, olhar pro horizonte).
o Fígado gordo
▪ Excesso de ácido graxo na corrente sanguínea → deposição de gordura no fígado →
diminui capacidade de metabolização e a produção do animal
o Deslocamento de abomaso
▪ Normalmente associado à hipocalcemia (que pode ser subclínica). Após o parto sobra
espaço vazio para o rúmen se movimentar. Quando ocorre a diminuição da motilidade
(por conta do parto)
▪ Desidratação é um sinal muito comum do deslocamento de abomaso
o Distocias
o Retenção de placenta
▪ Acima de 12 a 24 horas após o parto se não liberar a placenta.
o Mastite
o Acidose → laminite
▪ Acidose, água para o rúmen para equilibrar → desidratação → dificulta a circulação nas
extremidades do animal → laminite – congestão e edema (pode gerar necrose do tecido,
má formação da matriz do casco – crescimento anormal do casco que é irreversível – vai
virando pra cima – dificulta locomoção).
o Obs: quando ocorrem esses problemas geralmente a vaca acaba tendo problemas no pico
de produção de leite.
Transtornos metabólicos
• Funções fisiológicas para evitar distúrbios metabólicos
o Boas condições para o parto
o Adaptar o rúmen à dietas com alta energia no pós-parto
o Manutenção do nível normal de Ca no sangue
o Manutenção de um forte sistema imune
• Vacas muito gordas tendem a consumir muito pouco antes do parto → retomada do consumo
menor do que as vacas que vinham consumindo bem → problemas metabólicos e redução na
produção. Se ela está consumindo pouco, ↓glicose → aumenta corpos cetônicos (quando a
glicose está em níveis ideais, a glicose estimula o consumo). Vaca começa a perder condição
corporal, vaca que parir gorda, geralmente tem problemas com cetose
o Animais que apresentaram metrite severa, foi um grupo que no pré-parto consumiram
menos, e no pós-parto seguiram consumindo menos
• Prevenção de cetose e fígado gorduroso
o Adaptação à dieta em grãos 3 semanas pré-parto
▪ 3-4kg de concentrado/dia
▪ Modificar a flora ruminal da vaca para receber sobrecarga de concentrado
o Queda no consumo pode gerar cetose → por conta de BEN (ou muita produção ou pouco
consumo)
▪ Normalmente o BEN ocorre pelo aumento da produção
o Cetose pode ocorrer em outros momentos que não só no pós-parto imediato – se a vaca
ficar doente e não consumir → pode ocorrer cetose
o Utilização de aditivos
▪ Ionóforos – monensina
▪ Niacina
▪ Leveduras
▪ Precursores glucogênicos
• Propilenoglicol e propionato de cálcio
o Aparelho para a dosagem de corpos cetônicos na urina
▪ Betahidroxibutirato → valores menores que 1,2 µmol/L é adequado
• Prevenção da paresia puerperal
o Hipocalcemia – acomete principalmente rebanho de raça Jersey (maior predisposição), bem
como as mestiças tem mais chances de ter a doenças
o Tem relação com a raça e também com a idade, vacas mais velhas tem maiores chances de
terem hipocalcemia
o Novilhas dificilmente terão problemas com hipocalcemia (estão em crescimento e os
mecanismos de regulagem de cálcio estão em atividade). Por isso que em novilhas não é
realizado dieta aniônica (medida preventiva mais indicada)
o Níveis sanguíneos de cálcio em vacas leiteiras:
▪ Normal → 8-10mg/dl
▪ Hipocalcemia subclínica → 7,5-5mg/dl
▪ Febre do leite → ≤ 5,0mg/dl
• Tentar fazer com que as vacas após o parto mantenham os níveis de cálcio
o Dieta aniônica
▪ Analisar todos os ingredientes da dieta para Na, K, Cl e S
• -10 a -20 (mEq/100g de MS)
▪ Níveis de DCAD dos alimentos
• Leguminosas (+30 a +60)
• Gramíneas (+10 a +30)
• Cerais (ao redor de 0)
• Oleaginosas (variável
o No pré-parto deve ser -10mEq/100g MS
▪ Não basta dar um óleo aniônico, tem que fazer toda uma dieta aniônica
▪ Relação do pH urinário com o metabolismo de cálcio
• pH ácido → equilíbrio aniônico-catiônico negativo! E isso é o desejável
•
• Quando o pH estiver acima de 7 – positivo → chances de ocorrer a doença é maior!
Prestar atenção na vaca
• Ambiência no pré-parto
o Se a vaca passar por um estresse térmico muito forte → reflexo na vida produtiva da vaca
e da terneira que está dentro da vaca (acabar com a produção da novilha pelo simples fato
de a mãe dela ter passado calor no pré-parto)
o Garantir conforto antes do parto – para não cair a produção da vaca nem da terneira no
futuro
• Estratégias de manejo no pré-parto
o Manter a condição corporal entre 3,25 a 3,75 (escore de 1 a 5)
o Adaptar as vacas a dietas ricas em carboidratos solúveis
o pH da urina antes do parto:
▪ entre 6,2 a 6,8 (holandesa)
▪ 5,8 a 6,4 (Jersey)
• Estratégias de alimentação para vacas no pós-parto (2 a 3 semanas)
o Ingestão de matéria seca (% do PV)
▪ Dia 7 – 2,5% do peso vivo
▪ Dia 14 – 2,9%
▪ Dia 21 – 3,4%
▪ Após o consumo deve ser ≥ 3,5% do peso vivo
• Resultados adequados
o Vaca deve parir sem dificuldade
o Não haver a ocorrência de desordens metabólicas e doenças infecciosas
o O consumo de MS aumentar rapidamente após o parto
o A produção de leite aumentar exponencialmente com pico aos 50-60 dias de lactação
o A vaca retornar a atividade ovariana rapidamente e com alta fertilidade
Melhoramento genético
Introdução
• Objetivo: obter animais mais lucrativos
• Ganhos modestos em curto espaço de tempo
o Antecipar às necessidades futuras do produtor
o Animais mais lucrativos em um cenário de mercado futuro
• Necessidades atuais/futuras do produtor
o Vaca
▪ Produtiva
▪ Produza leite de qualidade
▪ Fértil
▪ Saudável
▪ Longeva, entre outros...
o Objetivo → a propriedade deve ter um objetivo. Geralmente elas não têm um programa de
melhoramento genético bem definido, que vai mudando ano a ano de acordo com o
vendedor de sêmen que chega na propriedade para vender.
• Considerar:
o Quantidade de terra para produzir, intensivo ou extensivo?
o Raça animal, linhagem animal, adequada para o sistema
• O principal objetivo é → ganho genético → para a qualidade que se deseja selecionar
Elevado ganho genético para características produtivas
• Características produtivas:
o Produção de leite; produção e percentagem de gordura; produção e percentagem de
proteína
• Inseminação artificial
• Avaliação genética
• Seleção intensiva de touros
o Muita tecnologia → muito caro
• Mais recentemente:
o Novas biotecnias da reprodução
▪ Transferência de embrião
▪ Fertilização in vitro
o Seleção assistida por marcadores (genotipagem)
Resistência à mastite
• Transforma o CCS em escore. O valor 3 é a média da pop. Abaixo de 3 os que tem pouca célula
somática – desejados.
Alimento salvo
• Antes da avaliação genômica – só selecionava características que estavam em toda a
população
o Com essa tecnologia pode-se selecionar a partir de uma população muito boa, fazendo
correlações estatísticas entre as populações
• Composto corporal – BWC
o (estatura + força + prof. Corporal + forma leiteira + larg. Garupa)
• Consumo residual – RFI
o Consumo real – consumo previsto
Olhar
• Garupa 10%
• Pernas e pés 26%
• Sistema mamário 42%
• Força leiteira 22%
o Na parte do 60 – não tem um ligamento bem definido. Quando se leva em conta a inserção
do úbere.
o Quando fica muito pra frente o úbere balança menos. Fica mais aderido, mais forte.
o Vaca 1 ao andar causa pequenos traumas na glândula mamária
• Profundidade de úbere
o Relacionado com longevidade das vacas
• Angulosidade
o 1 – animal roliço, com ângulo pequeno das costelas (quase perpendiculares ao solo)
o 2 – animal mais anguloso, ângulo maior das costelas (quase obliquas)
o Diferentemente das outras características – tem alta correlação com a produção de leite.
o Seleção concomitante com leite, aumentou angulosidade e leite → reduziu condição
corporal. Vacas mais angulosas tendem a perder mais condição corporal.
• Estatura da vaca
o Alta herdabilidade (40 a 50%)
o Vacas pequenas e vacas grandes – mostrou-se que produzem praticamente a mesma
quantidade – não se faz necessário selecionar para essa característica. Além disso as
maiores vacas tem uma vida produtiva pouco menor.
• Largura torácica
o
▪ Intermediário é ideal
• Profundidade corporal
o
▪ Intermediário ideal
Características que merecem destaque na seleção para rebanhos comerciais
• Produção de gordura e proteína
• CCS
• Longevidade
• Fertilidade
• Facilidade de parto
• Úbere
• Pernas e pés
• Evitar excesso:
o Estatura
o Angulosidade
o Largura do peite
o Profundidade corporal
→ focar no animal harmônico
Melhoramento genético
COMO SELECIONAR
• Ganho genético vem dos touros (precisa da maioria das fêmeas que nascem na propriedade –
futuras mães).
• Realizar avaliações genéticas
Resultados das avaliações genéticas
• Valor genético: (estimativa – para cada característica)
o Lógica: desempenho das filhas – desempenho de grupo de manejo
▪ Grupo de manejo – animais do mesmo ano, rebanho e estação
▪ A soma dos valores das filhas é que vai dizer se elas são melhores ou piores
• Uma filha deu +1000 e a outra -500 → resultado de +500 das filhas (melhores que o
pai)
o Nos EUA e Brasil o resultado é dado em PTA (predicted trasmiting ability)
▪ ½ valor genético (do touro)
• Touro só transmite metade do seu valor genético para os descendentes
o Canadá, maior parte dos países na Europa: valor genético (2x PTA)
• Confiabilidade:
▪ Como valor genético é estimativa – nunca teremos 100% de confiabilidade
o Número de filhas e outros parentes
o Herdabilidade
o Genômica (aumenta muito a confiabilidade para um touro jovem, recém-nascido já pode
ter 75% de confiabilidade)
▪ Quanto mais filhas de bom valor genético o touro tiver, mais confiável ele será
De onde que o Brasil importa sêmen de leiteiras especializadas?
• 63% eua; 29% Canadá; 6% países baixos; 1% frança...
• Para fazer avaliação genética – usa dados com mais de uma geração
o A média não é uma média leal, por isso se usa uma subpopulação de onde se estima a média
de ponto) → base genética fixa (a cada 5 anos), vacas nascidas a 5 anos atrás (vacas com 3
crias, na idade adulta)
o A base genética do canada muda anualmente.
• Índices de seleção, geralmente utilizam muito as características de produção
o Diferentes associações têm diferentes pesos das características selecionadas na produção
• Em 1971, utilizavam-se poucos índices de seleção, atualmente são utilizados diversos índices
na seleção de animais
o Sempre que tiver o negativo na frente, indica que é um número que tende a reduzir com o
tempo (quanto menor melhor)
• Para as características de tipo → gera-se uma nota final do animal, como nas seguintes fotos
o
Provas americanas de touros
• Métodos de avaliar os touros, para pontuar os touros
o A prova será seguida a oficial
• Cada empresa de sêmen no mundo tem um código
o Leite, gordura e proteína – características produtivas
o CCS – característica funcional
▪ Logaritmo de base 2 (abaixo de 3 é melhorador, acima de 3 não)
o Vida produtiva
o Facilidade de parto (abaixo de 3 é bom)
o Eficiência alimentar – acima de 0 já é ótimo (das filhas)
• Conformação – índice relacionado ao desvio padrão (estatísticas)
o Comparar todas as características de maneira fácil
o Mostra o que o touro é melhor ou não
▪ Composto de úbere e pernas e pé (mais importantes)
Aspectos genéticos
o Consanguinidade
o Seleção para fertilidade
▪ Taxa de prenhez das filhas (DPR)
• Definida como a porcentagem de vacas não gestantes que ficam gestantes durante o
período de cada 21 dias
• Quanto maior o DPR, maior o número de vacas que ficam prenhas em 21 dias e melhor
serão os índices reprodutivos
o Raças
▪ Jersey são mais férteis – apesar da raça holandesa estar sendo melhorada geneticamente
• Estresse térmico
o Faz toda a diferença na reprodução
o Cabeça baixa, esticada, boca aberta → calor
o Devemos evitar – vacas em estresse térmico não cicla, e quando cicla ocorre reabsorção do
feto
Manejo pré-parto
• Manter em um local agradável
• Diminuir o BEN
Parto
• Prevenção de problemas de parto
o Retenção de placenta e metrite
▪ Muitas vezes a retenção de placenta acaba levando a uma metrite. Metrite pode ocorrer
mesmo sem a retenção de placenta
▪ Hipocalcemia é um fator predisponente para a retenção de placenta (mesmo na forma
subclínica) – falta de cálcio diminui a contração da musculatura do útero dificultando a
expulsão da placenta.
▪ Antibióticos para evitar contaminações e problemas – ou quando o parto for distócico ou
quando passar de 12h e não tiver expulsado a placenta ainda.
o Desenvolvimento adequado (novilhas)
o Evitar excesso de alimentação (ECC menor 4)
o Sêmen de touros com boa avaliação genética para facilidade de parto
• Higiene do local do parto
o Observação do parto
▪ Vacas – 4 horas
▪ Novilhas – 6 horas
Alimentação e condição corporal pós-parto
• 3,25 a 3,75 é o escore ideal
• Normalmente pari com 3,5 e vai perdendo escore corporal. Vaca entra em BEN (até o final do
primeiro terço da lactação) – depois vai recuperando o peso, chegando na secagem com 3,5
ou mais.
o Não deve perder mais de 1 ponto de condição corporal
o Vacas em pastejo é mais difícil de corrigir e recuperar a condição corporal
• Influência da alimentação
o Vaca parindo muito magra
▪ Perda na produção de leite (não atinge o pico)
▪ Não retorna a ciclicidade tão cedo – pouca reserva energética no corpo
o Vaca parindo com peso acima do desejado
▪ Animal muito gordo – gera BEN maior → vaca entra em cetose
▪ Cetose – atraso da produção celular → atraso da reprodução
• Relação entre perda de condição corporal nas primeiras semanas e a performance produtiva
o
o Vacas que perdem menos condição corporal tiveram melhor sucesso na concepção ao
primeiro serviço e retornaram ao cio mais cedo do que as que perderam mais condição
corporal
Excesso de nitrogênio na dieta
• Fontes:
o Proteína verdadeira
o Nitrogênio não proteico
• Diagnóstico
o Nitrogênio ureico no leite (NUL ou MUN)
o ↑ NUL e baixa proteína do leite = baixa energia e alta proteína
o Alta NUL e proteína do leite normal = aumenta proteína
▪ NUL ideal
• Dietas considerando PNDR = 10-14mg/dl
• Dietas formuladas somente com PB: 12-16mg/dl
o Quando o nitrogênio está alto ou muito baixo → pode alterar a fisiologia do animal e
interferir na taxa de prenhez de maneira negativa
▪ Nitrogênio nos níveis ideais → boa taxa de prenhez
Observação de cio e momento de inseminação
• Monitorar o comportamento das vacas – pelo menos 2 vezes ao dia (nas horas da ordenha)
• Quanto maior a produção de leite, menor a duração do cio
• Comportamento
o Mais vocalização, anda mais
o Incomoda as outras vacas
o Salto sobre as outras vacas
o Quando ela entra em cio as outras vacas saltam nela e ela fica aparada
o Corrimento de muco
o Cauda levemente levantada
•
o Se não fizer a observação de cio – geralmente perde o cio, pois são vacas de alta produção
com o cio mais curto. Outro fator a ser considerado é o medo do animal em expressar o cio
em confinamento, ficam com medo de escorregar no piso....
o Quanto maior a taxa de observação durante o dia → aumenta a detecção e o sucesso na
reprodução
• Lembrar que geralmente o cio é curto e noturno
• Fatores que dificultam a observação
o Falta de rotina e anotações
o Elevada produção de leite
o Problemas de casco
o Stress térmico (apresentam cio de noite)
o Confinamento
o Piso escorregadio
• Existem dispositivos e técnicas que auxiliam na detecção do cio
o Colares, pedômetros → vão direto para um programa
o Tintas
• Melhor momento de inseminar a vaca observada em cio
o
o Na inseminação o sêmen vai direto dentro do útero – por isso devemos inseminar algumas
horas após o cio
o Entre 4 e 12 horas após o cio
• IATF
o Inseminação artificial me tempo fixo
o Protocolo hormonal – vaca que não tá dando cio (principalmente)
o Inseminação sem necessitar a observação do cio – sabe-se certamente qual dia será o cio
para realizar a inseminação
Índices reprodutivos
• Dias em aberto (dias vazios)
o Número de dias que a vaca fica até emprenhar
o Considerar
▪ A data da concepção das vacas gestantes
▪ A data da última cobertura das vacas ainda não confirmadas gestantes
▪ Ou a data em que o cálculo foi realizado
o As vacas já definidas como descarte, mas que ainda estão em lactação, não precisam ser
incluídas nos cálculos
o O cálculo da média dos dias em aberto é feito pela soma dos dias em aberto de cada vaca
dividido pelo número de vacas do rebanho
▪
• Número de serviços por concepção
o Calcular o número de coberturas da vaca gestante
o A média é obtida pela soma das coberturas dividida pelo número de vacas gestantes
▪ Vacas descarte não entram na conta
o Ex.:
▪ Total de vacas inseminadas que ficaram prenhes: 30
▪ Total de inseminações: 60
▪ =2
▪
• Taxa de detecção de esrto
o Pode-se fazer uma estimativa usando a seguinte fórmula para calcular o intervalo entre
inseminação e a partir desse valor se faz uma interpretação da porcentagem de detecção
de cio
o Intervalo de coberturas = (média de dias em aberto – média de dias pós-parto no primeiro
serviço) / (número de serviços por concepção – 1)
o
▪ Se todos os cio fossem identificados o intervalo seria perto de 21
• Taxa de inseminação
o Obtida através da divisão do número de inseminações pelo número de vacas aptas a cada
intervalo de 21 dias
o Nunca será 100% nem todas entram dentro de 21 dias
• Taxa de concepção
o Divisão entre o número de vacas prenhes pelo número de inseminações feitas em
determinado período
o Indicativo da fertilidade das vacas e do sêmen, e da qualidade da técnica de inseminação
o Ideal acima de 50%
o Abaixo de 30% indicativo de problemas
• Taxa de prenhez
o Multiplique a taxa de concepção pela taxa de serviço(inseminação) e obtenha a taxa de
prenhez. Essa taxa mede a velocidade em que as vacas aptas se tornam gestantes a cada
intervalo de 21 dias
o A meta são taxas superiores a 22-25%, sendo que índices menores que 12-15% merecem
intervenção imediata
o Ex.:
Controle
• Controlar a produção do plantel através de dados acoplados a sistemas para aprimorar a
produção da propriedade