33 Genética

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Univrsidade Aberta ISCED

Faculdde de Ciências Educação

Curso de Licenciatura em Ensno de Biologia

Tema

Princípios Mendelianos

CHARLES GABRIEL CHARLES: 51230782


1.Introdução

Os princípios Mendelianos, fundamentados nas descobertas revolucionárias de Gregor Johann


Mendel, desempenham um papel central na compreensão da hereditariedade e na base da
genética moderna. Mendel, um monge agostiniano do século XIX, conduziu experimentos
pioneiros com ervilhas que estabeleceram as bases para as leis da hereditariedade.

Por meio dessa investigação, busca-se ampliar o entendimento sobre os princípios Mendelianos e
sua importância na compreensão da hereditariedade e na manipulação genética em diversas áreas
do conhecimento e da prática humana.

1.1.Objetivo Geral:

o Explorar e elucidar os princípios Mendelianos, compreendendo seu impacto na


transmissão de características hereditárias e seu papel na diversidade genética.

1.2.Objetivos Específicos:

o Identificar os princípios mendelianos;

o Descrever os princípios mendelianos

1.3.Metodologias

Para realizar este trabalho, buscamos diversas fontes com o objetivo de reunir informações
abrangentes e de fácil compreensão. Consultamos obras, revisões bibliográficas e realizamos
pesquisas na biblioteca eletrônica, todas relacionadas ao tema em destaque. Todas as fontes
utilizadas são devidamente mencionadas ao final do trabalho.
2.Leis Base da Genética

As Leis de Mendel são atribuídas a Gregor Johann Mendel, um monge agostiniano reconhecido
como o "Pai da Genética". Mendel realizou uma série de experimentos com ervilhas entre 1856 e
1863, explorando as características hereditárias. Os estudos de Mendel foram essenciais para o
avanço da genética, uma disciplina da biologia dedicada à investigação da transmissão de
características genéticas entre as gerações. Atualmente, a genética desempenha um papel crucial
na prevenção e tratamento de doenças, contribuindo significativamente para a continuidade da
vida., (Gilberto, 2009).

A Genética Moderna se fundamenta nas descobertas de Mendel, e entender termos-chave é


essencial para seu estudo:

- Alelo: Variação de um gene que influencia uma característica de forma distinta.

- Células diploides e haploides: Células diploides possuem dois conjuntos de cromossomos (2n),
enquanto as haploides têm apenas um conjunto (n).

- Cromossomos: Estruturas celulares compostas de DNA que abrigam vários genes.

- Fenótipo: Manifestação visualmente observável das características bioquímicas, fisiológicas e


morfológicas de um organismo.

- Hereditariedade: Processo de transmissão das características dos pais para seus descendentes
através da reprodução.

- Gametas: Células reprodutivas, como os espermatozoides (masculinos) e os óvulos (femininos)


nos seres humanos.

- Gene: Segmento de DNA que codifica e determina as características de um indivíduo.

- Genótipo: Conjunto de genes de um organismo, determinando sua constituição genética.

2.1.Quem foi Gregor Mendel

Gregor Johann Mendel, nascido em 20 de julho de 1822 e falecido em 6 de janeiro de 1884, veio
de uma família camponesa e desde cedo demonstrou interesse pela botânica. Aos 21 anos, entrou
para o mosteiro da Ordem de Santo Agostinho, com o apoio de sua família.

Enquanto estudava no Instituto de Filosofia de Olmütz, Mendel aprofundou seu conhecimento


em botânica, além de se dedicar também à meteorologia e às teorias da evolução. Entre os anos
de 1843 e 1854, ele foi professor de ciências naturais na Escola Superior de Brno, onde
concentrou suas pesquisas no estudo de cruzamento de espécies., (Gilberto, 2009)

Embora botânicos anteriores, como Joseph Kölreuter e Karl Friedrich Gartner, tenham estudado
a hibridização de plantas ornamentais, seus resultados não foram tão marcantes quanto os de
Mendel.

2.2.Experimentos de Mendel

Mendel escolheu investigar o mesmo problema que seus antecessores, mas com um cuidado
especial na seleção do objeto de estudo. Optou pelas ervilhas-de-cheiro (Pisum sativum), uma
planta de fácil cultivo, com ciclo de reprodução rápido e alta produção de sementes.

Sua abordagem metodológica envolveu o cruzamento de ervilhas de linhagem pura, que


mantinham suas características distintas após seis gerações. Após selecionar essas linhagens,
realizou polinização cruzada, transferindo pólen de uma planta com sementes amarelas para
outra com sementes verdes.

Os primeiros descendentes, chamados de geração de filhos primária (F1), foram autofecundados


para produzir a geração de filhos secundária (F2). Mendel examinou várias características da
geração parental (P) em todos os descendentes, incluindo cor da semente, textura da semente, cor
e forma da vagem, posição e altura das flores.

Esses experimentos foram cruciais para a formulação das Leis de Mendel, geralmente
categorizadas em duas: a Lei da Segregação dos Fatores e a Lei da Segregação Independente dos
Genes.
Fonte:(wikipedia).Gerações de filhos primária (F1) e secundária (F2).
2.3.Princípios Mendelianos: A Fundação da Genética Moderna

Os princípios de Mendel, segundo Pierce (2004), representam um avanço significativo na


compreensão da hereditariedade e da transmissão de características genéticas de uma geração
para outra. Desenvolvidos por Gregor Mendel, um monge e botânico austríaco no século XIX,
esses princípios foram estabelecidos a partir de seus estudos meticulosos com ervilhas (Pisum
sativum).

1ª Lei de Mendel

A primeira Lei de Mendel, chamada Lei da Segregação, estabelece que os alelos de um par de
genes se separam durante a formação dos gametas. Isso significa que cada gameta carrega apenas
um alelo de cada gene, implicando que os organismos herdam um alelo de cada gene de cada
progenitor.

Essa lei afirma que cada característica de um indivíduo é determinada por dois fatores (genes), os
quais se separam durante a formação dos gametas. Após a fecundação, esses fatores se
combinam, estabelecendo uma relação de dominância, onde um dos alelos é expresso sobre o
outro.

Mendel concluiu que ao observar que, mesmo sendo híbridas, todas as ervilhas da geração F1
apresentavam sementes amarelas. Na geração F2, as sementes eram compostas por 75% de
amarelas e 25% de verdes.

Em suma, as ervilhas amarelas da geração F1 carregavam o fator A, que se manifestou e foi


considerado dominante, enquanto o fator B, recessivo, não se expressou na F1.
2ª Lei de Mendel

A segunda lei de Mendel aborda a dominância e recessividade dos alelos. Ele observou que em
um par de alelos, um pode dominar sobre o outro. O alelo dominante expressa seu fenótipo
mesmo na presença de um alelo recessivo. Apenas quando dois alelos recessivos estão presentes
é que o fenótipo recessivo é manifestado.

Para investigar essa lei, Mendel realizou cruzamentos entre ervilhas de linhagens puras: aquelas
com sementes amarelas e lisas (características dominantes) e as com sementes verdes e rugosas
(características recessivas). Como esperado, a geração F1 resultou em ervilhas com sementes
amarelas e lisas.

Posteriormente, as ervilhas da geração F1 foram autofecundadas, revelando na geração F2 uma


variedade de fenótipos. Mendel observou:

- 9 sementes amarelas e lisas;

- 3 sementes verdes e lisas;

- 3 sementes amarelas e rugosas;

- 1 semente verde e rugosa.

Essa lei postula que as características são herdadas independentemente umas das outras. Mendel
concluiu que os fatores para diferentes características segregavam-se de forma independente,
resultando em indivíduos com características não relacionadas. Em outras palavras, uma semente
amarela não é necessariamente lisa, assim como uma semente verde não é necessariamente
rugosa.

3ª Lei de Mendel

A terceira lei de Mendel, denominada segregação independente, estabelece que os genes para
diferentes características segregam-se independentemente uns dos outros durante a formação dos
gametas. Isso implica que a herança de um gene não influencia a herança de outro gene. Esse
princípio se fundamenta na distribuição aleatória dos cromossomos homologado no processo da
meiose.
Os experimentos de Mendel com ervilhas, que envolveram cruzamentos controlados de plantas
com características contrastantes, foram conduzidos com rigor científico e resultaram em padrões
de herança consistentes que desafiaram as ideias predominantes da época. No entanto, suas
descobertas não foram amplamente reconhecidas até décadas após sua morte, quando foram
redescobertas por cientistas como Vries, Correns e Erich von Tschermak.

Os princípios estabelecidos por Mendel serviram como alicerce para a genética moderna,
proporcionando uma compreensão fundamental dos padrões de herança e da variação genética.
Esses princípios são essenciais não apenas para a agricultura e reprodução seletiva, mas também
para a medicina, biologia evolutiva e biotecnologia, moldando nosso conhecimento e capacidade
de manipular os organismos vivos (Silvester, 2008).
3.Conclusão

Os princípios Mendelianos representam um marco crucial na história da ciência, fornecendo uma


estrutura fundamental para a compreensão da hereditariedade e da transmissão de características
genéticas. Através dos experimentos de Gregor Mendel com ervilhas, foram estabelecidas as leis
da segregação de fatores e da agrupamento independente dos genes, que continuam a ser
fundamentais na genética moderna.

Ao longo deste estudo, exploramos os princípios Mendelianos e sua aplicação em diversos


contextos, desde a seleção artificial de plantas e animais até a compreensão de doenças genéticas
em humanos. Ficou evidente como esses princípios são essenciais não apenas para a pesquisa
científica, mas também para áreas práticas como a agricultura, a medicina e a conservação da
biodiversidade.

Além disso, discutimos as implicações éticas e sociais das descobertas de Mendel, destacando a
importância de uma abordagem responsável e ética na aplicação dos conhecimentos genéticos.

Em suma, os princípios Mendelianos continuam a desempenhar um papel central no avanço da


ciência e na compreensão da vida em seu nível mais fundamental. É fundamental que
continuemos a explorar e aprofundar nosso entendimento desses princípios, a fim de
melhorarmos nossa capacidade de aplicá-los de forma benéfica e responsável para a humanidade
e para o mundo natural.
4.Referencias Bibliográficas

Gilberto, V.( 2009). Introdução à Genética. 8 ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 794p.

PIERCE B. (2004). Genética: um enfoque conceitual. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 758p.

Silvester, G. (2008). Fundamentos de Genética. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 903p

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